O Adamastor e o mostrengo representam as forças da natureza que se opõem aos descobrimentos portugueses. Ambas as figuras são descritas como monstros horrendos que instilam medo, mas Vasco da Gama e o homem do leme superam seus temores para continuar suas jornadas heroicas. Os monstros simbolizam os perigos do desconhecido e os medos dos navegadores, mas também guardiões do tesouro que só pode ser alcançado através de atos de coragem.
O Adamastor e o mostrengo representam as forças da natureza que se opõem aos descobrimentos portugueses. Ambas as figuras são descritas como monstros horrendos que instilam medo, mas Vasco da Gama e o homem do leme superam seus temores para continuar suas jornadas heroicas. Os monstros simbolizam os perigos do desconhecido e os medos dos navegadores, mas também guardiões do tesouro que só pode ser alcançado através de atos de coragem.
O Adamastor e o mostrengo representam as forças da natureza que se opõem aos descobrimentos portugueses. Ambas as figuras são descritas como monstros horrendos que instilam medo, mas Vasco da Gama e o homem do leme superam seus temores para continuar suas jornadas heroicas. Os monstros simbolizam os perigos do desconhecido e os medos dos navegadores, mas também guardiões do tesouro que só pode ser alcançado através de atos de coragem.
O Adamastor e o mostrengo representam as forças da natureza que se opõem aos descobrimentos portugueses. Ambas as figuras são descritas como monstros horrendos que instilam medo, mas Vasco da Gama e o homem do leme superam seus temores para continuar suas jornadas heroicas. Os monstros simbolizam os perigos do desconhecido e os medos dos navegadores, mas também guardiões do tesouro que só pode ser alcançado através de atos de coragem.
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O Adamastor / O Mostrengo
Quer Lus de Cames, quer Fernando Pessoa, dois dos maiores
poetas portugueses, realam nas suas obras Os Lusadas e Mensagem, respetivamente,a importncia dos Descobrimentos portugueses para Portugal e para o mundo, dando especial destaque para o dobrar do Cabo das Tormentas, a partir da conhecido como o Cabo da Boa Esperana, pelas perspetivas de novas terras que a partir de ento se poderiam conhecer. A oposio da Natureza aos intentos dos Portugueses metaforicamente representada tanto por Lus de Cames, atravs do Adamastor, como por Fernando Pessoa, que recorre ao mostrengo para retratar esses medos. O Adamastor um episdio de Os Lusadas situado no Canto V, no momento em que Vasco da Gama narra a sua viagem de Lisboa at ao Canal de Moambique ao Rei de Melinde. "O Mostrengo" um poema que se situa na segunda parte de Mensagem, " Mar Portugus", momento em que Fernando Pessoa retrata os Descobrimentos portugueses, realando a nsia pela conquista do desconhecido e o esforo heroico da luta com o mar.
Caracterizao do Adamastor / Caracterizao
do mostrengo Ambas as figuras so disformes, poderosas e aterrorizadoras. O Adamastor surge de uma nuvem com uma figura " robusta e vlida", como um monstro horrendo de tamanho descomunal, " De disforme e grandssima estatura "; rosto severo e barba suja,
desalinhada; olhos "encovados" e
negros; cabelos " cheios de terra e crespos"; " boca negra" e " dentes amarelos". Apresenta uma " cor terrena e plida", tem uma " postura medonha e m" e a sua voz horrenda e grossa, " pesada " e amarga. Por sua vez, o mostrengo caracterizado com uma figura que voa e chia, " imundo e grosso", que habita em cavernas, metfora dos perigos do mar. Apresenta, assim, semelhanas com um morcego monstruoso.
Discurso do Adamastor/ Discurso do mostrengo
O Adamastor inicia o seu discurso com um tom assustador, como se pode notar, por exemplo, em: " E da primeira armada, que passagem/ Fizer por estas ondas insofridas,/ Eu farei de improviso tal castigo,/ Que seja mor o dano que o perigo!" ( est. 43, vv.5-8) De igual modo, no discurso do mostrengo nota-se uma certa agressividade e um tom de ameaa, como evidente nalgumas expresses, tais como: "Quem vem poder o que s eu posso,/ Que moro onde nunca ningum me visse / E escorro os medos do mar sem fundo?( vv.14-16) Todavia, deixa transparecer uma certa admirao e espanto, tal como o Adamastor, por este povo aventureiro que ousou o que jamais algum ser humano o fizera: " gente ousada, mais que quantas/ No mundo cometeram grandes cousas,/ (...) Pois os vedados trminos quebrantas/ E navegar meus longos mares ousas" (est. 42, vv.1-6) de notar igualmente a presena de funestas profecias por parte do Adamastor e que contribuem para intensificar o momento de terror que est a ser vivido pelos argonautas portugueses:" Antes, em vossas naus vereis, cada ano,/ (...)/ Naufrgios, perdies de toda a sorte, / Que o menor mal de todos seja a morte!" ( est.44, vv. 5-8 ) Contudo, no final deste episdio, o Adamastor deixa de lado a figura assustadora e medonha para dar lugar a um ser sofredor e castigado, mostrando assim uma faceta muito humana. Se por um lado representa uma figura causadora de sofrimento, por outro assume-se como um ser vtima de um fracasso amoroso: "Da mgoa e da desonra ali passada,/ A buscar outro mundo, onde no visse/ Quem de meu pranto e de meu mal se risse." (est.57,vv.6-8) e " Comecei a sentir do fado immigo,/ Por meus atrevimentos, o castigo." (est.58, vv.7-8)
Pelo contrrio, o mostrengo no autor de profecias e mantm a sua postura
horrenda do princpio ao fim, tendo sido vencido pela coragem e determinao dos Portugueses. Reao de Vasco da Gama e seus homens / Reao do homem do leme
A apario do gigante mitolgico, a que Lus de Cames chamou Adamastor e Fernando
Pessoa o mostrengo, suscitou reaes semelhantes. Vasco da Gama e os seus homens comeam por sentir receio perante a viso horrenda do Adamastor: " Arrepiam-se as carnes e o cabelo / A mi e a todos, s de ouvi-lo e v-lo "( est.40, vv.7-8). No entanto, esse sentimento depois substitudo por uma certa admirao : " Lhe disse eu : " Quem s tu ? Que esse estupendo / Corpo, certo, me tem maravilhado !" " ( est. 49, vv. 3-4 ). De igual modo, no poema de Fernando Pessoa, o homem do leme revela sentimentos de temor e receio: "E o homem do leme tremeu e disse" ( v. 17 ). Mas aps as primeiras hesitaes do homem do leme que sente vontade de fugir, de largar o leme, este acaba por reunir toda a sua determinao e permanecer no seu posto : "Trs vezes do leme as mos ergueu, / Trs vezes ao leme as reprendeu " ( vv.19-20 ) . Ele sente que essa no apenas a sua vontade, mas a do povo portugus por ordem de D. Joo II : " Aqui ao leme sou mais do que eu : / Sou um Povo que quer o mar que teu ; / E mais que o Mostrengo, que me a alma teme / E roda nas trevas do fim do mundo, / Manda a vontade, que me ata ao leme, / De El-Rei D. Joo Segundo " ( vv. 22 a 27 ). O temor causado por esta figura no demoveu nem o homem do leme nem Vasco da Gama dos seus propsitos, terminando o episdio dOs Lusadas com um apelo de Vasco da Gama, pois mais horrendo que o aspeto do Adamastor eram as suas profecias para o futuro, tanto que pediu a Deus que lhes evitasse semelhante sofrimento.
Simbologia do Adamastor e do mostrengo
O Adamastor e o mostrengo, embora associados representao
do denominado Cabo das Tormentas, so personificaes do medo e do receio que os navegadores revelavam ao enfrentar o desconhecido e o nunca antes navegado. Simbolizam tambm as histrias fantsticas relacionadas com seres monstruosos que habitavam os mares e que destruam todos aqueles que tivessem a ousadia de entrar nos seus domnios, histrias essas em que os navegadores da poca acreditavam. O monstro representa ainda o guardio, que se encontra a impedir o acesso ao "tesouro", obrigando assim o homem a praticar um ato heroico e a vencer o medo. Primeiro, Bartolomeu Dias e seus homens, no reinado de D. Joo II, superaram os seus receios e provaram ser possvel navegar para alm do Cabo das Tormentas, a partir da conhecido como cabo da Boa Esperana, e Fernando Pessoa imortalizou-lhes o mrito em " O Mostrengo". Depois, Vasco da Gama e seus homens, no reinado de D. Manuel I, descobriram o caminho martimo para a ndia, chegaram at ao "tesouro", e Lus de Cames imortalizou-os na sua obra pica.