724P395 Rev. 3 - Normas de Program. para Fresa (Portugues)

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COMANDO NUMRICO

FRESADORAS

CNC Srie WIN


SW Verso V3.02

Instrues de Programao

CDIGO: 724P395

EDIO ABRIL 2004


REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

COMANDO NUMRICO

FRESADORAS

CNC Srie WIN


SW Verso V3.02

Instrues de Programao

CDIGO: 724P395

EDIO DE ABRIL 2004


REV. 3

E.C.S. Electronic Control Systems - FIRENZE


Via Garibaldi, 84/86 - 50041 CALENZANO - (FI) ITALY

I REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

CLUSULAS GERAIS

Este manual foi preparado com o maior cuidado e ateno,


entretanto, alguns dados (ou detalhes tcnicos) podem estar
incompletos ou errados. Portanto, podero ser feitas alteraes nas
especificaes ou nos dados contidos neste manual, sem prvio aviso
ao cliente. Com isso o manual ser atualizado.
Em caso de problemas ou incorrees, favor contatar o seguinte
escritrio:
QUALITY ENGINEERING - ECS
E-MAIL: [email protected]
WEB: www.ecsitaly.com

proibida a reproduo total ou parcial deste manual sem


autorizao por escrito da ECS S.p.A.

REV. 3 II
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

LISTA ATUALIZADA DE PGINAS

EDIO ATUAL
ASSUNTO REV. 3 Nmero de Pginas
Situao Data
Capa Rev. 3 April 2004
Frontispcio Rev. 3 April 2004 I
Rev. ndice de pginas Rev. 3 April 2004 III-IV
ndice Rev. 3 April 2004 V XII
Captulo 1 Rev. 3 April 2004 page 1-1 1-2
Captulo 2 Rev. 3 April 2004 page 2-1 2-12
Captulo 3 Rev. 3 April 2004 page 3-1 3-18
Captulo 4 Rev. 3 April 2004 page 4-1 4-24
Captulo 5 Rev. 3 April 2004 page 5-1 5-8
Captulo 6 Rev. 3 April 2004 page 6-1 6-16
Captulo 7 Rev. 3 April 2004 page 7-1 7-24
Captulo 8 Rev. 3 April 2004 page 8-1 8-38
Captulo 9 Rev. 3 April 2004 page 9-1 9-22
Captulo 10 Rev. 1 July 2001 page 10-1 10-14
Captulo 11 Rev. 3 April 2004 page 11-1 11-80
Captulo 12 Rev. 2 May 2003 page 12-1 12-4
Captulo 13 Rev. 2 May 2003 page 13-1 13-20
Captulo 14 Rev. 2 May 2003 page 14-1 14-12
Captulo 15 Rev. 2 May 2003 page 15-1 15-46
Captulo 16 Rev. 2 May 2003 page 16-1 16-18
Captulo 17 Rev. 1 July 2001 page 17-1 17-30
Captulo 18 Rev. 3 April 2004 page 18-1 18-6
Captulo 19 Rev. 3 April 2004 page 19-1 19-8

III REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

TABELA ATUALIZADA

Rev. N. Descrio Data da


Edio
Captulo 1
Foi acrescentada a descrio do novo Captulo 18
No ndice especificado que no mais Captulo 18 e sim Captulo 19
Captulo 2
Foi atualizado o controle de novos comentrios.
Captulo 3
Foi acrescentada a descrio das funes G94, G95, G96, G396, G397, G398, G399
Captulo 4
Foram acrescentadas as descries das novas instrues <JMP:STL> e <STL>.
Captulo 5
Foi inserido o pargrafo com a explicao das diferenas entre os controles G58/G59 no
novo CNC e no 2401, com explanao sobre como ativar o comando mais antigo.
Captulo 6
Foi inserida a descrio do novo comando para carregar a cor da ferramenta.
Captulo 7
Foi acrescentada a descrio da Interpolao Spline
Captulo 8
3 Adio de notas sobre os cdigos GAP com a sintaxe mais antiga (CNC 2401/2601) 30/04/04
que agora foram aceitas.
Captulo 9
Foi acrescentada pequena correo no Pargrafo 9.5.7 e na FIG.9-10b.
Captulo 11
Foram acrescentadas algumas notas na macro G190 e foi documentado o fato de que,
no final do trabalho, nas seguintes macros, a ferramenta vai para o centro (G175, G179,
G185, G186, G187, G189 e G190)
Captulo 18
Novo Captulo que descreve a funo Transmit.
Foram acrescentadas as descries das funes G636 e G637.
Foram acrescentadas a decrio e a seleo do mandril secundrio e da ferramenta
motorizada (G633, G634, G635).
Foi acrescentada a seleo do Torno e Fresa.
Captulo 19
Antigo Captulo 18.
Contm o ndice que deve ser retraced com as novas entradas e que deve ser uniforme
quanto ao formato.

Emitido por QE (assinatura)


(assinatura)
Aprovao R&D

REV. 3 IV
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Validade do manual
Este manual vlido para operadores de mquinas-ferramenta equiadas com os seguintes CNC da
ECS:
CNC 1401WIN, 2401WIN e 2701WIN equipados com a verso SW 2.0
CNC 1801, 2801 e 4801 equipados com a verso SW 3.0 ou posterior
(atualizao da verso SW 3.02)

V REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Notas:

REV. 3 VI
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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INDEX
1. INTRODUO.........................................................................................................................................1-1

2. REGRAS PARA PREPARAO DE UM PROGRAMA ....................................................................2-1


2.1 DEFINIES DE USO CORRENTE ...............................................................................................2-1
2.1.1 INSTRUO.................................................................................................................................2-1
2.1.2 OPERAES ou BLOCOS...........................................................................................................2-1
2.1.3 INSTRUES MODAIS (memorizadas) ......................................................................................2-2
2.1.4 INSTRUES AUTO-CANCELVEIS ........................................................................................2-2
2.1.5 COTAS..........................................................................................................................................2-2
2.1.6 NUMERAO DAS OPERAES ..............................................................................................2-3
2.1.7 ETIQUETAS .................................................................................................................................2-3
2.1.8 INCIO DO PROGRAMA .............................................................................................................2-4
2.1.9 COMENTRIOS PARA O OPERADOR (Visualizados durante a execuo do Programa) ........2-6
2.1.10 COMENTRIOS PARA O PROGRAMADOR .........................................................................2-6
2.1.11 INSTRUES DE ENTRADA DE DADOS.............................................................................2-7
2.1.12 OPERAES OPCIONAIS .....................................................................................................2-8
2.1.13 DEFINIO DOS LIMITES GRFICOS................................................................................2-9
2.1.14 DEFINIO DE PEA BRUTA EM GRFICO EM TEMPO REAL......................................2-9
2.1.15 FASE DE USINAGEM (:N... ) ...............................................................................................2-10
2.1.16 PARADA PROGRAMADA (M0)............................................................................................2-10
2.1.17 PARADA OPCIONAL (M1)...................................................................................................2-11
2.1.18 FINAL DE PROGRAMA........................................................................................................2-11
2.1.19 ESTRUTURA DO PROGRAMA ............................................................................................2-11
3. FUNES AUXILIARES .......................................................................................................................3-1
3.1 FUNES AUXILIARES INTERNAS............................................................................................3-1
3.1.1 DEFINIO DE PAUSA (G04) ...................................................................................................3-1
3.1.2 PROGRAMAO ABSOLUTA (G90) ..........................................................................................3-2
3.1.3 PROGRAMAO EM MODO INCREMENTAL (G91) ...............................................................3-2
3.1.4 LIMITAES DO CAMPO DE TRABALHO (G25-G26) ............................................................3-4
3.1.4.1 SUSPENSO TEMPORRIA DE UM CAMPO DE TRABALHO................................................. 3-5
3.1.4.2 RESTABELECIMENTO DO CAMPO DE TRABALHO................................................................. 3-6
3.1.5 DEFINIO DA REA DE TRABALHO.....................................................................................3-6
3.1.6 PROGRAMAO MTRICA E EM POLEGADAS (G70 / G71) .................................................3-9
3.1.7 COMANDO E AVANO DO MANDRIL......................................................................................3-9
3.1.7.1 USINAGEM A UMA VELOCIDADE DE ROTAO CONSTANTE (G94-G95)......................... 3-9
3.1.7.2 USINAGEM A UMA VELOCIDADE DE CORTE CONSTANTE (G96) ..................................... 3-10
3.1.7.3 LIMITAO DA VELOCIDADE DO MANDRIL (G92).............................................................. 3-10
3.1.7.4 SINCRONIZAO ENTRE O MOVIMENTO DOS EIXOS E A VELOCIDADE DO MANDRIL
(G396-G397-G398-G399) ............................................................................................................... 3-11
3.1.7.5 PADRES DE PROGRAMAO ................................................................................................. 3-11
3.1.8 VELOCIDADE DE AVANO (F...)............................................................................................3-12
3.1.9 ALCANCE DA COTA PROGRAMADA PELA VIA MAIS CURTA (G950) ................................3-12
3.2 FUNES AUXILIARES EXTERNAS ........................................................................................3-13
3.2.1 CDIGOS DAS FUNES AUXILIARES M... .........................................................................3-14
3.3 FUNES RELACIONADAS AO CONTROLE DO MOVIMENTO ..........................................3-15
3.3.1 ESTABELECIMENTO DA ACELERAO DO EIXO ...............................................................3-15
3.3.2 ESTABELECIMENTO DO GANHO PROPORCIONAL DO ANEL DE ESPAO.....................3-16
3.3.3 ESTABELECIMENTO DOS LIMITES DE ALARME DE POSICIONAMENTO........................3-17
4. PROGRAMAO PARAMTRICA E INSTRUES PARA O CONTROLE DE EXECUO
DE UM PROGRAMA........................................................................................................................................4-1

VII REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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4.1 VARIVEIS DE APOIO...................................................................................................................4-1


4.1.1 VARIVEIS DE ACESSO DIRETO ..............................................................................................4-1
4.1.2 DEFINIO DE EXPRESSES MATEMTICAS .......................................................................4-2
4.1.2.1 OPERAES ALGBRICAS ...........................................................................................................4-2
4.1.2.2 OPERAES TRIGONOMTRICAS ..............................................................................................4-3
4.1.2.3 FUNES MATEMTICAS............................................................................................................4-4
4.1.2.4 PRIORIDADE DE CLCULO ..........................................................................................................4-5
4.2 SUB-ROTINAS.................................................................................................................................4-5
4.2.1 SEQENCIAMENTO DA SUB-ROTINA .....................................................................................4-7
4.3 SALTOS DE PROGRAMA...............................................................................................................4-8
4.3.1 SALTO INCONDICIONAL ...........................................................................................................4-9
4.3.2 SALTO INCONDICIONAL PARA UM BLOCO DE UMA SUB-ROTINA....................................4-9
4.3.3 SALTO CONDICIONAL .............................................................................................................4-10
4.3.4 SALTO CONDICIONAL PARA UM BLOCO DE UMA SUB-ROTINA......................................4-11
4.4 REPETIES DE PARTE DO PROGRAMA ................................................................................4-12
4.4.1 REGRAS REFERENTES UTILIZAO DA INSTRUO < RPT: ... >.................................4-16
4.5 EXEMPLOS DE PROGRAMAO PARAMTRICA E USO DA INSTRUO RPT ...........4-19
4.6 AVALIAO DO TEMPO DE EXECUO DE UM PROGRAMA............................................4-21
4.7 RAPIDEZ DA PROCURA APS UM RETRACE......................................................................4-22
5. ORIGENS ..................................................................................................................................................5-1
5.1 ORIGENS ABSOLUTAS..................................................................................................................5-1
5.2 TRANSLAO DE ORIGEM A PARTIR DO PROGRAMA ( G59 )..............................................5-2
5.3 CARREGANDO ORIGENS A PARTIR DO PROGRAMA .............................................................5-3
5.4 ROTO-TRANSLAO DE EIXOS ASSOCIADA ORIGEM ATIVA (G58)...............................5-4
5.5 INTERRUPO DE ORIGENS E TRANSLAES (G53) ............................................................5-6
5.6 COMPATIBILIDADE COM O CONTROLE DE ORIGENS CNC 2401 ......................................5-7
6. COMPENSAO DO COMPRIMENTO DA FERRAMENTA E DEFINIO DE TOLERNCIA
DE USINAGEM..................................................................................................................................................6-1
6.1 INSTRUES PARA ATIVAR A COMPENSAO DO COMPRIMENTO DA FERRAMENTA ...
...........................................................................................................................................................6-1
6.2 CANCELAMENTO DA COMPENSAO DO COMPRIMENTO ................................................6-2
6.3 EXEMPLO DO USO DA COMPENSAO DO COMPRIMENTO ...............................................6-2
6.4 TOLERNCIA DE USINAGEM NO PERFIL .................................................................................6-4
6.5 TOLERNCIA DE USINAGEM EM PROFUNDIDADE ...............................................................6-4
6.6 CARREGANDO FERRAMENTAS A PARTIR DO ARQUIVO .....................................................6-5
6.6.1 COMO ATIVAR OS PROCEDIMENTOS DE CARREGAMENTO...............................................6-6
6.6.2 DEFINIO DOS PARMETROS DA FERRAMENTA ..............................................................6-7
6.7 GERENCIAMENTO DE FERRAMENTA TERRA .......................................................................6-12
6.8 MUDANA DA POSIO DA FERRAMENTA ..........................................................................6-12
6.9 ELIMINANDO UMA FERRAMENTA..........................................................................................6-13
6.10 ELIMINAO DA TROCA AUTOMTICA DA FERRAMENTA .............................................6-15
6.11 PROCEDIMENTO DE ATUALIZAO DO TROCADOR DE FERRAMENTA.......................6-16
7. CONTORNO USANDO INSTRUES ISO E MODOS DE CONTORNO ......................................7-1
7.1 DEFINIO DE SUPERFCIE DE CONTORNO............................................................................7-1
7.1.1 LIVRE ESCOLHA DA SUPERFCIE DE CONTORNO (G16...)..................................................7-2
7.2 INSTRUES DE CONTORNO CONVENCIONAL .....................................................................7-3
7.2.1 DEFINIO DE UMA RETA ATRAVS DE COORDENADAS CARTESIANAS ........................7-3
7.2.2 DEFINIO DE UMA RETA ATRAVS DE COORDENADAS POLARES ................................7-4
7.2.3 DEFINIO DE UM ARCO DE CRCULO ATRAVS DE COORDENADAS CARTESIANAS .7-5
7.2.4 DEFINIO DE UM CRCULO ATRAVS DE COORDENADAS POLARES ...........................7-6
7.3 INTERPOLAO HELICOIDAL....................................................................................................7-7
7.4 MODO CONTORNO ........................................................................................................................7-9

REV. 3 VIII
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7.4.1 MODO G60 (Posicionamento e Usinagem Precisos).................................................................7-10


7.4.2 MODO G64 (Posicionamento e Usinagem Rpidos) .................................................................7-10
7.4.3 MODO G65 (Posicionamento Preciso e em Super Rpido).......................................................7-10
7.4.4 MODO G66 (Posicionamento Preciso e Usinagem Rpida)...................................................7-11
7.4.5 MODO G67 (Perfil de Suavizao)............................................................................................7-11
7.4.5.1 Como ativar e desativar o modo....................................................................................................... 7-13
7.4.5.2 Comportamento................................................................................................................................ 7-15
7.4.5.3 Comportamento no caso de RESET, %, :.................................................................................. 7-15
7.4.5.4 Vnculos e incompatibilidade........................................................................................................... 7-16
7.4.5.5 Sugestes sobre o uso de G67 .......................................................................................................... 7-16
7.4.6 Modo G62 (Insero Automtica de Filetes entre Retas na Superfcie de Contorno)................7-16
7.4.6.1 Ativao e desativao do modo: ..................................................................................................... 7-17
7.4.6.2 Limites e incompatibilidades............................................................................................................ 7-18
7.4.7 FLUTUANTE G31 ..............................................................................................................7-18
7.4.8 MODO G55 - SPLINE................................................................................................................7-20
7.4.8.1 Limitaes e incompatibilidades ...................................................................................................... 7-21
7.4.9 Interpolao de filtros: Spline on Line .......................................................................................7-22
8. PROGRAMAO COM GAP / EXPERT ............................................................................................8-1
8.1 INTRODUO ................................................................................................................................8-1
8.2 REGRAS BSICAS PARA PROGRAMAO COM GAP............................................................8-1
8.2.1 DEFINIO DE REDE UTILIZANDO GAP ...............................................................................8-5
8.2.2 DEFINIO DE CRCULOS/ARCOS DE CRCULO UTILIZANDO GAP ................................8-7
8.2.3 CASOS POSSVEIS ENTRE RETA/CRCULO E CRCULO/RETA...........................................8-12
8.2.4 POSSVEIS CASOS ENTRE CRCULO E CRCULO................................................................8-15
8.2.5 CONEXES IMPLCITAS..........................................................................................................8-19
8.3 DEFINIO INDIRETA DOS ELEMENTOS GEOMTRICOS (EXPERT) ...............................8-21
8.3.1 MODO DE DEFINIO DO PONTO .......................................................................................8-22
8.3.2 MODO DE DEFINIO DE LINHA RETA...............................................................................8-23
8.3.3 MODO DE DEFINIO DE CRCULO....................................................................................8-27
8.4 COMO DETECTAR OS PARMETROS DE UMA ENTIDADE VIRTUAL...............................8-35
8.5 GERAO DE UM PERFIL UTILIZADO POR ENTIDADES VIRTUAIS .................................8-36
8.6 TRANSLAO DE PROGRAMAS GAP/EXPERT PARA ISO ...................................................8-36
9. COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA E ENTRADA/SADA DO PERFIL ..................9-1
9.1 COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA .........................................................................9-1
9.1.1 PERFIL RAIADO OU PERFIL COM ARESTAS..........................................................................9-2
9.2 ENTRADA NO PERFIL ...................................................................................................................9-3
9.2.1 EXEMPLO DE ENTRADA EM UMA RETA ................................................................................9-4
9.2.2 EXEMPLO DE ENTRADA EM UM CRCULO ...........................................................................9-6
9.3 ENTRADAS TANGENCIAIS AO PERFIL......................................................................................9-7
9.3.1 ENTRADA TANGENCIAL EM PERFIS CIRCULARES...............................................................9-9
9.3.2 PROGRAMAO DO RAIO E NGULO DA ENTRADA .........................................................9-11
9.4 MODO G72 .....................................................................................................................................9-12
9.5 ENTRADA/SADA DE UM ELEMENTO DEFINIDO COM GAP / EXPERT .............................9-13
9.5.1 ENTRADA DE RETA A UM ELEMENTO..................................................................................9-14
9.5.2 ENTRADA TANGENCIAL A UM ELEMENTO..........................................................................9-14
9.5.3 SADA DE RETA DE UM ELEMENTO .....................................................................................9-15
9.5.4 SADA TANGENCIAL DE UM ELEMENTO .............................................................................9-16
9.5.5 ENTRADA TANGENCIAL EM DOIS ELEMENTOS CONTGUOS ..........................................9-16
9.5.6 SADA TANGENCIAL DE DOIS ELEMENTOS ........................................................................9-17
9.5.7 MELHORIAS NO MODO DE ENTRADA GAP/EXPERT..........................................................9-18
9.6 COMPENSAO DINMICA DO DESGASTE DA FERRAMENTA........................................9-18
9.7 FUNO FLUTUANTE.............................................................................................................9-20

IX REV. 3
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10. CICLOS FIXOS .................................................................................................................................10-1


10.1 DEFINIO DE EIXO PARA APLICAO DE CICLOS FIXOS ...............................................10-2
10.2 PARMETROS TEIS EM CICLOS FIXOS ................................................................................10-2
10.3 DESCRIO DOS CICLOS FIXOS...............................................................................................10-3
10.3.1 FURAO PADRO (G81) ..................................................................................................10-3
10.3.2 FURAO COM PARADA (G82) .........................................................................................10-4
10.3.3 FURAO PROFUNDA (G83) .............................................................................................10-5
10.3.4 BROCAGEM COM RETORNO EM VELOCIDADE DE AVANO (G85) ............................10-6
10.3.5 BROCAGEM COM RETORNO COM MANDRIL EM POSIO DE ESPERA BROCAGEM
(G86) ...............................................................................................................................................10-6
10.3.6 BROCAGEM COM RETORNO ORIENTADO E LIBERAO (G87) ..................................10-7
10.3.7 BROCAGEM COM PARADA (G89)......................................................................................10-7
10.4 CONSIDERAES GERAIS SOBRE OS CICLOS FIXOS ..........................................................10-8
10.5 EXEMPLOS DE PROGRAMAO DE CICLOS FIXOS .............................................................10-9
10.6 CICLO FIXO DE ABERTURA DE ROSCA/ROSQUEAMENTO RGIDO (G184)....................10-13
10.6.1 ROSQUEAMENTO RGIDO ...............................................................................................10-14
11. INSTRUES MACRO....................................................................................................................11-1
11.1 FRESAGEM/BROCAGEM INTERNA (G88)................................................................................11-1
11.2 FRESAGEM EXTERNA (G188) ....................................................................................................11-7
11.3 FUROS DISPOSTOS EM ARCO DE CRCULO (MACRO FORFLA)..........................................11-12
11.4 TRABALHANDO COM LINHAS OU MATRIZES MACRO FORMAT ..................................11-17
11.5 NOTAS EM CASO DE INTERRUPO NA PRODUO DURANTE A EXECUO DE UMA
MACRO FORFLA / FORMAT .................................................................................................11-22
11.6 DESEMPENO INTERNO/EXTERNO DE UMA JANELA RETANGULAR (MACRO MILL) ........................11-22
11.7 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES CIRCULARES G189 ...................................................11-26
11.8 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES CIRCULARES (G179) ....................................................11-31
11.9 ACABAMENTO DE CAVIDADES CIRCULARES (G190) .......................................................11-34
11.10 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES RETANGULARES (G185)..............................................11-36
11.11 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES COM CASA (G185).........................................................11-40
11.12 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES RETANGULARES (G175)..............................................11-41
11.13 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES CIRCULARES (G187) ....................................................11-43
11.14 ACABAMENTO DE CAVIDADES RETANGULARES OU COM CASA (G186).....................11-46
11.15 ESPELHAMENTO (MIR).............................................................................................................11-48
11.16 ESVAZIAMENTO DE CANAIS COM PERFIL GENRICO......................................................11-49
11.17 PRODUO DE SUPERFCIES 3-D OBTIDAS COMO LINHAS ENTRE DOIS PERFIS .......11-58
11.18 PRODUO DE SUPERFCIES 3D DEFINIDAS POR UM PROGRAMA PLANO E POR UMA
OU MAIS SEES DE PERFIL ..................................................................................................11-63
11.19 USINAGEM DE SUPERFCIES CNICAS TRUNCADAS .......................................................11-69
11.20 MACRO UTILIZADA PARA INSERO DE CARACTERES..................................................11-74
11.21 EXECUO DE CICLOS FIXOS E MACROS EM UMA GRADE PR-DEFINIDA ................11-76
12. COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA NO ESPAO E CONCEITO DE
CORRETOR DE FERRAMENTA (D)...........................................................................................................12-1
12.1 CONCEITO DE CORRETOR DE FERRAMENTA (D).................................................................12-3
13. CICLOS DE MEDIO USANDO UM PROBE ...........................................................................13-1
13.1 DEFINIO DE COTAS DE MEDIO E TOLERNCIA .........................................................13-2
13.2 INSTRUES PREPARATRIAS PARA UM CICLO DE MEDIO.......................................13-3
13.2.1 DEFINIO DA SUPERFCIE DE TESTE ..........................................................................13-3
13.2.2 DEFINIO DO EIXO DE PROFUNDIDADE ....................................................................13-3
13.2.3 DEFINIO DAS COTAS DE DESCIDA DO PROBE .........................................................13-3
13.2.4 DEFINIO DO TIPO DE MEDIO.................................................................................13-3
13.2.5 DEFINIO DO TIPO DE CORREO E DA CAUSA .......................................................13-4

REV. 3 X
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13.2.6 AJUSTE E FINAL DAS INSTRUES DE TESTE ...............................................................13-4


13.2.7 FASE OPERACIONAL DE UM CICLO DE MEDIO .......................................................13-5
13.3 CICLO DE QUALIFICAO DO PROBE (G210)........................................................................13-6
13.4 CICLO DE MEDIO COM 1 MOVIMENTO (G201) .................................................................13-8
13.5 CONSIDERAES PARA PR-ESTABELECIMENTO DO PROBE .......................................13-13
13.6 MEDIO USANDO PROBE EM POSIO FIXA (G211) ......................................................13-15
13.7 MENSAGENS PARA O OPERADOR .........................................................................................13-17
13.7.1 EXIBIO DO SUMRIO DAS TABELAS DE MEDIO ................................................13-18
13.8 DIAGNSTICO DE ERRO EM CICLOS DE MEDIO ...........................................................13-18
13.9 FUNES AUXILIARES PARA CICLOS DE TESTE ...............................................................13-19
13.10 EXECUO DE PEQUENOS AJUSTES NA FERRAMENTA MONTADA NO MANDRIL ...13-19
13.11 IDENTIFICAO AUTOMTICA DO COMPRIMENTO DA FERRAMENTA MONTADA.13-20
13.12 CICLOS DE MEDIO GUIADOS EM MDI .............................................................................13-20
14. CICLOS DE MEDIO ESTENDIDOS.........................................................................................14-1
14.1 CICLOS DE MEDIO COM 2 MOVIMENTOS.........................................................................14-1
14.1.1 EXEMPLO DE PROGRAMAO.........................................................................................14-2
14.2 CICLO DE MEDIO COM 4 MOVIMENTOS ...........................................................................14-4
14.3 CICLO DE MEDIO COM TRS MOVIMENTOS ...................................................................14-7
14.4 DESALINHAMENTO DAS MESAS ROTATIVAS....................................................................14-10
15. MATRIZES DE TRANSFORMAO............................................................................................15-1
15.1 PONTOS SOBRE O CONCEITO DE MATRIZ .............................................................................15-1
15.2 EXEMPLOS DE MATRIZ..............................................................................................................15-2
15.2.1 TRANSLAO.......................................................................................................................15-3
15.2.2 ROTAO AO REDOR DA ORIGEM...................................................................................15-3
15.2.3 ROTAO AO REDOR DE UM PONTO..............................................................................15-4
15.2.4 ROTO-TRANSLAO ...........................................................................................................15-5
15.2.5 FATORES DE ESCALA .........................................................................................................15-6
15.2.6 IMAGENS SIMTRICAS .......................................................................................................15-7
15.3 PROGRAMAO DA MATRIZ ESTTICA ...............................................................................15-8
15.3.1 REA DE APLICAO DA MATRIZ ESTTICA .................................................................15-9
15.3.2 ATIVAO DA TRANSFORMAO ....................................................................................15-9
15.4 MATRIZ DE TRANSFORMAO ESTTICA FORNECIDA POR ECS .................................15-11
15.4.1 TRANSLAO SIMPLES, SUB-ROTINA <TRANS>..........................................................15-12
15.4.2 TRANSLAO MLTIPLA, SUB-ROTINA <TRANS> ......................................................15-13
15.4.3 ROTAO SIMPLES, SUB-ROTINA <ROT> ....................................................................15-15
15.4.4 TRANSLAO COM MLTIPLAS ROTAES, SUB-ROTINA <ROT> ..........................15-16
15.4.5 REPETIO COM ROTO-TRANSLAO, SUB-ROTINA <ROTRAS> ............................15-17
15.4.6 RELAO DE ESCALA, SUB-ROTINA <SCALE>............................................................15-19
15.5 ROTAO DE SUPERFCIES, SUB-ROTINAS ROTX, ROTY, ROTZ E ROTXYZ ................15-20
15.6 PROGRAMAO DE ROTAO DE SUPERFCIES ..............................................................15-21
15.7 MATRIZ DINMICA ..................................................................................................................15-23
15.8 PROGRAMAO DE MATRIZ DINMICA.............................................................................15-24
15.8.1 DEFINIO DE UMA MATRIZ DINMICA......................................................................15-24
15.8.2 REA DE APLICAO DA MATRIZ DINMICA..............................................................15-26
15.8.3 ATIVAO DA TRANSFORMAO ..................................................................................15-26
15.9 PROGRAMAO CILNDRICA ................................................................................................15-27
15.10 USINAGEM EM SUPERFCIES INCLINADAS.........................................................................15-29
15.10.1 EXEMPLO DE APLICAO ..............................................................................................15-30
15.11 USINAGEM DE SUPERFCIES GIRATRIAS..........................................................................15-32
15.11.1 USINAGEM DE UMA SUPERFCIE ESFRICA ...............................................................15-32
15.11.2 SLIDO DE REVOLUO COMPLEXA ...........................................................................15-34
15.11.3 PRODUO DE MOLDES DE GARRAFA ........................................................................15-36

XI REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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15.12 USO DA MATRIZ DINMICA COM CABEOTE RTCP .........................................................15-38


15.13 EIXOS <SWA> - TROCA DE INSTRUO ...........................................................................15-39
15.14 COMO GERENCIAR CABEOTES BI-ROTATIVOS (RTCP ESTTICO)..............................15-41
15.15 COMO GERENCIAR CABEOTES BI-ROTATIVOS INCLINVEIS (RTCP ESTTICO)....15-44
16. PROGRAMAO DE 5 EIXOS ......................................................................................................16-1
16.1 INTRODUO...............................................................................................................................16-1
16.2 PROGRAMAO DE CABEOTES DE 5 EIXOS.......................................................................16-2
16.3 DEFINIO E ZERAO DOS EIXOS RTCP .........................................................................16-3
16.3.1 CASO ESPECIAL DE CABEOTES MONO-ROTATIVOS...................................................16-6
16.4 NOTAS SOBRE A COMPENSAO DO COMPRIMENTO DAS FERRAMENTAS ................16-8
16.5 ATIVAO E DESATIVAO DO MODO RTCP......................................................................16-8
16.6 EXEMPLO DE PROGRAMAO ................................................................................................16-9
16.7 CALIBRAO DO RTCP ............................................................................................................16-10
16.8 FORMAO DE ORIGENS COM RTCP ATIVO.......................................................................16-12
16.9 USINAGEM NO ESPAO EM SUPERFCIES ROTATIVAS COM CABEOTES BI-
ROTATIVOS/MONO-ROTATIVOS...........................................................................................16-12
16.9.1 VIRTUALIZAO DA SUPERFCIE EM NGULOS RETOS EM RELAO
FERRAMENTA (G650) ........................................................................................................16-12
16.9.2 FORMAO DE ORIGENS EM SUPERFCIE VIRTUAL (G655) .....................................16-13
16.10 IDENTIFICAO DE NORMAL A UM PLANO DEFINIDO POR MEIO DE 3 PONTOS .......16-13
16.11 FUNO <OTP>..........................................................................................................................16-14
16.12 MOVIMENTO AUTOMTICO DO EIXO DE ARRASTE .........................................................16-15
16.12.1 COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA EM RTCP (MODO 1)............................16-17
17. EXEMPLOS DE PROGRAMAO DE GAP / EXPERT ............................................................17-1
17.1 EXEMPLO 1.......................................................................................................................................17-1
17.2 EXEMPLO 2.......................................................................................................................................17-4
17.3 EXEMPLO 3.......................................................................................................................................17-7
17.4 EXEMPLO 4.....................................................................................................................................17-10
17.5 EXEMPLO 5.....................................................................................................................................17-13
17.6 EXEMPLO 6.....................................................................................................................................17-16
17.7 EXEMPLO 7.....................................................................................................................................17-18
17.8 EXEMPLO 8.....................................................................................................................................17-21
17.9 EXEMPLO 9.....................................................................................................................................17-26
18. TRANSMIT PROGRAMAO CARTESIANA DE UM SISTEMA POLAR.........................18-1
18.1 GENERALIDADES ..............................................................................................................................18-1
18.2 PROGRAMAO ................................................................................................................................18-1
18.2.1 Posicionamento e Origem de uma Pea de forma genrica ..................................................18-3
18.2.2 Limites....................................................................................................................................18-3
18.2.3 Macro de Fresagem ...............................................................................................................18-4
18.3 MANDRIL SECUNDRIO E FERRAMENTA ROTATIVA (OU MOTORIZADA)..........................................18-4
18.3.1 Ferramenta Motorizada controlada pelo PLC ......................................................................18-5
18.3.2 Utilizao do Mandril Secundrio.........................................................................................18-5
18.4 SELEO DO DISPOSITIVO ATIVO .....................................................................................................18-6
19. NDICE ANALTICO .......................................................................................................................19-1

REV. 3 XII
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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CAPTULO 1

1. Introduo
Este manual fornece os conhecimentos necessrios para a preparao de Programas de Usinagem
interpretveis pelos Comandos Numricos ECS 1401, 2401 e 2701 e CNC 1801, 2801 e 4801
equipados com a verso SW V2.04 ou superior.
Para simplificar, esses CNC sero doravante genericamente chamados de CNC srie WIN.

O manual est organizado da seguinte maneira:

O Captulo 2 descreve a sintaxe e as regras bsicas a serem respeitadas ao preparar um Programa.


O Captulo 3 descreve o significado das funes Auxiliares mais comuns (G, S, F, M).
O Captulo 4 fornece as explicaes essenciais de como programar de modo paramtrico e
descreve todas as instrues disponveis para gerenciar as sub-rotinas, bem como para controlar o
fluxo de execuo de um programa.
O Captulo 5 introduz o conceito de origens, ilustrando as instrues disponveis para seu
gerenciamento.
O Captulo 6 trata do gerenciamento da compensao do comprimento da ferramenta e explica
como ajustar as tolerncias de usinagem e como limitar o campo de trabalho.
O Captulo 7 mostra os conceitos bsicos inerentes programao do perfil a ser trabalhado,
usando as funes padro ISO (G0, G1, G2 e G3), bem como os vrios modos disponveis de
contorno.
O Captulo 8 descreve as linguagens de programao ECS GAP e EXPERT.
O Captulo 9 introduz e ilustra como comandar a entrada/sada da ferramenta do perfil
programado.
O Captulo 10 descreve os ciclos fixos implementados;
O Captulo 11 apresenta as caracteresticas e a sintaxe das funes macro.
O Captulo 12 trata do gerenciamento da compensao do raio da ferramenta no espao (para
ferramentas esfricas, cilndricas e toroidais).
O Captulo 13 descreve os ciclos de medies padres (mono-contato).
O Captulo 14 descreve os ciclos de medies estendidos (que exigem leitura em vrios pontos).
O Captulo 15 ilustra o conceito de matriz esttica e dinmica, dando exemplos de aplicaes
prticas.
O Captulo 16 explica o conceito de RTCP (Rotating Tool Centre Point Ponto Central da
Ferramenta Rotativa), descrevendo as instrues necessrias para sua ativao/desativao.
O Captulo 17 fornece exemplos de programao em GAP e EXPERT.

1-1 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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O Captulo 18 descreve a funo Transmit (virtualizao de um sistema polar em um plano


Cartesiano)
O Captulo 19 contm um ndice prtico para todas as instrues e termos especficos usados
neste manual.

REV. 3 1-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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CAPTULO 2

2. Regras Para Preparao de um Programa


O termo Programa significa qualquer programa (Arquivo) referente usinagem de uma pea em uma
Mquina-Ferramenta com Comando Numrico.
formado por uma seqncia de OPERAES (ou BLOCOS) que, por sua vez, constituem uma ou
mais INSTRUES.

2.1 DEFINIES DE USO CORRENTE

Antes de entrar em detalhes operacionais, importante ilustrar primeiramente o significado de alguns


dos termos que sero usados freqentemente nos prximos captulos.

2.1.1 INSTRUO
Uma Instruo uma ordem de movimento para um eixo ou um comando (Funo Auxiliar F.
A.) enviada ao CNC ou ao PLC integrado que gerencia a Mquina-Ferramenta.
Lembrar que Funes Auxiliares so classificadas como INTERNAS (quando direcionadas e
gerenciadas pelo CNC) ou EXTERNAS (se destinadas ao PLC).
Uma Instruo geralmente consiste de um Endereo (representado por uma letra maiscula) seguido
por um nmero, por exemplo:
X-368.412
Comanda o movimento do eixo X para a cota 368.412mm.

2.1.2 OPERAES ou BLOCOS


Uma Operao consiste de um conjunto de instrues, inseridas numa mesma linha, uma aps a
outra, e terminando com as letras LF (Line Feed Avano de Linha), por exemplo:
N1432 G01 X386.127 F200
Esta a operao (bloco) N1432 formada por trs instrues seguidas respectivamente pelos
endereos: G.., X.., e F...
Um bloco pode ser constitudo por no mximo 200 caracteres.

2-1 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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2.1.3 INSTRUES MODAIS (memorizadas)


So aquelas que permanecem efetivas at serem alteradas (ou canceladas) por outra instruo da
mesma categoria.

2.1.4 INSTRUES AUTO-CANCELVEIS


So aquelas cujo efeito permanece somente no bloco para o qual foram programadas.
Nos captulos seguintes essas instrues so identificadas pela letra A entre parnteses (A).

2.1.5 COTAS
Em instrues de movimento, o tipo de geometria fornecido juntamente com os endereos dos eixos
(X, Y, Z, B, etc.) ou com as coordenadas do centro de qualquer crculo/arco (I, J, K).
A cota expressa em milmetros (ou polegadas) e eventuais decimais (ou, para eixos rotativos, em
graus e decimais).
A parte inteira separada da decimal por um ponto ., por exemplo:
X1432.412
Notas:
- O sinal, se positivo, pode ser omitido.
- No admitido o uso da vrgula , no lugar do ponto decimal.
- O valor programvel deve estar contido dentro do seguinte limite:
10+38 para os inteiros
Com relao aos decimais, a resoluo expressa em milsimos (portanto em mcron ou milsimo do
grau).

REV. 3 2-2
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2.1.6 NUMERAO DAS OPERAES


Cada operao do Programa pode ser numerada atravs da instruo N.. (Nmero do Bloco) de forma
crescente e progressiva (pode ser tambm descontnua).
Por exemplo: N0; N15; N35; etc..

Notas:
- O campo da instruo N.. localiza-se entre N0 e N2147483647 ---> (231- 1).
- Quando um Programa deve ser numerado, sugerimos o uso de incrementos de 10 (ou 20), de
maneira a deixar espao para a introduo de possveis novos blocos entre os j existentes.
- No possvel programar vrias N.. no mesmo bloco (exceto para a instruo de carregamento
de origem G59 N..)
- A instruo N.. deve ser sempre programada ao iniciar o bloco que a contm.

2.1.7 ETIQUETAS
So geralmente usadas quando se decide no numerar as linhas do programa, para criar referncias
para as instrues de saltos incondicionais.
Sintaxe:
A Etiqueta uma srie de caracteres ASCII inserida entre colchetes.
O CNC interpreta a etiqueta como os primeiros oito caracteres de uma srie, ou os primeiros
caracteres que aparecem antes de encontrar o caractere dois pontos : ou o colchete fechado ].
O caractere espao no significativo e pode ser desconsiderado.

Exemplos:

Etiqueta Digitada Etiqueta interpretada pelo CNC


[JANELA PRINCIPAL] JANELAPR
[MOLDURA2] MOLDURA2
[OBJETO 6] OBJETO6
[F1:JANELA PRINCIPAL] F1
[ JOKER ] JOKER

Notas:
- Sempre que houver um colchete de abertura [ dever haver um colchete de fechamento ] .

2-3 REV. 3
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- A Etiqueta deve ser programada ao iniciar o bloco, como uma alternativa para numerao do
bloco.
- O CNC no possui nenhum controle para verificar a existncia, no programa, de vrias etiquetas
iguais. Conseqentemente, onde houver o SALTO de uma etiqueta, ou uma PROCURA, a
primeira etiqueta encontrada, ao iniciar o programa, ser considerada vlida.
- As instrues <RPT:...>, <JMP:N...>, <JMC:...; ...>, <IFF<...>:...>, <IFC<...>:...> (Para
esclarecimentos adicionais, consultar Captulo 4) necessitam o nmero do bloco a ser
programado para poder estabelecer o sentido de procura no arquivo.
- Atravs da instruo <JMP:[LABEL]>, possvel executar um salto incondicional para a linha
no programa identificado com [LABEL]. Lembrar tambm que, para procurar a etiqueta
[LABEL], o CNC comear a examinar o programa desde o incio.

Exemplo do uso de Etiquetas:

%
.....
[OBJETO1] G1 X50 Y-30
X60 Y70
[OBJETO2]
X90 Y100
......

2.1.8 INCIO DO PROGRAMA


Um Programa inicia com o caractere %, em sua prpria linha.
Por outro lado, o caractere % pode ser seguido por uma srie de caracteres numricos que
identificam o Programa.

Exemplo: % nnnn
O caractere % resulta nas seguintes condies:

POSICIONAMENTO LINEAR EM RPIDO (G0) (h, entretanto, um parmetro que


permite ajustar para avano de usinagem G1)

CANCELAMENTO DA COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA (G40)

DESATIVAO DA COMPENSAO DINMICA DA FERRAMENTA (USR:


OFF)

AVANO DOS EIXOS DO CNC = 100mm/min (F100)

REV. 3 2-4
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VELOCIDADE DE ROTAO DO MANDRIL = 100 rot/min (S100)

ZERA A TOLERNCIA DE USINAGEM EM COMPRIMENTO E RAIO (DRA =


DLN=0)

CANCELAMENTO DA COMPENSAO DO COMPRIMENTO DA


FERRAMENTA (D=0)

MODO DE CONTORNO COM CONTROLE AUTOMTICO DE ACELERAO


(G60)

CANCELAMENTO DO MODO DE SUAVIZAO (G67)

CANCELAMENTO DO MODO FLUTUANTE (G30/G31)

PROGRAMAO MTRICA (G71)

PROGRAMAO ABSOLUTA (G90)

DESATIVAO DE MATRIZES DINMICAS E ESTTICAS (TCT/DCT:OFF)

CANCELAMENTO DOS CICLOS FIXOS (G80)

CANCELAMENTO DOS CICLOS DE MEDIO (G200)

CANCELAMENTO DA MACRO (G100-G150-G250)

ZERA A LIMITAO DE VELOCIDADE DE ROTAO DO MANDRIL (G92)

ZERA AS COORDENADAS POLARES (Coordenadas Plo, Raio Polar, ngulo


Polar).

CANCELAMENTO DAS LIMITAES DO CAMPO DE TRABALHO (G25/G26)

CANCELAMENTO DOS LIMITES DE PROGRAMAO (G23/G24)

DESATIVAO DO ESPELHAMENTO (MIR:OFF)

ATIVAO DA SUPERFCIE DE CONTORNO CORRESPONDENTE AOS


PRIMEIROS DOIS EIXOS CONFIGURADOS (Geralmente X e Y)

ATIVAO DA ORIGEM N.1 DE CADA EIXO (G54.01 ou G54)

CANCELAMENTO DE QUAISQUER ROTO-TRANSLAES APLICADAS S


ORIGENS (G58/G59)

2-5 REV. 3
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Nota:
Os ajustes acima mencionados podem, na realidade, ser modificados pelo fabricante da Mquina-
Ferramenta (ao publicar o arquivo COST de calibrao, descrito no manual Parametrizao cdigo
720P385) e, portanto, devem ser considerados como estabelecidos como default pela E.C.S.
Para informaes adicionais sobre as mencionadas instrues, consultar os captulos seguintes.

2.1.9 COMENTRIOS PARA O OPERADOR (Visualizados durante a execuo do


Programa)
O programador pode escrever, entre parnteses, um comentrio para o operador, com o mximo de
54 caracteres. Esse comentrio aparecer na tela em uma janela especfica (para informaes
adicionais consultar o manual NORMAS DE USO PARA FRESA, cdigo 724P392) no momento
da leitura do bloco em que foi inserido. O comentrio permanecer na tela at que outro comentrio
seja programado e substitua o original. Para cancelar o comentrio na tela, suficiente programar um
comentrio vazio, por exemplo:
..
N20 .... (ESTE COMENTRIO VISUALIZADO)
N30..
N40... () {O COMENTRIO ANTERIOR DESAPARECE DA JANELA}
..

Notas:
- Com G04 (instruo de interrupo) o comentrio visualizado mesmo aps a execuo
do tempo programado com F..
- Os caracteres \ (barra invertida) $ (cifro) e = (igual) no devem aparecer no
comentrio.

2.1.10 COMENTRIOS PARA O PROGRAMADOR


O programador pode tambm escrever um comentrio entre chaves, entretanto nesse caso ele no ser
exibido na tela.
Ser utilizado, como normal para um comentrio, para documentar programas ou rotinas complexas.
O comprimento mximo desse comentrio de 199 caracteres.
A partir da verso SW V3.01, foi introduzida a possibilidade de definir comentrios com o uso do
caractere apstrofo [].
Por exemplo, nos blocos:
` Este s um comentrio

REV. 3 2-6
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N10 X0 ` Posicionamento em Rpido


- Todos os caracteres dos dois registros aps o apstrofo so interpretados como comentrios
pelo CNC
- O comentrio com apstrofo melhor (mais rpido) se comparado ao inserido entre
parnteses, j que no necessita ser fechado.
- Para acelerar a interpretao, os registros de comentrios devem ser usados sem a colocao
do N... no incio do registro;
Nos exemplos:
a) ` Este um comentrio
b) N100 ` Este um comentrio
No caso a), o CNC l os registros seguintes sem interpretar o prprio registro.

2.1.11 INSTRUES DE ENTRADA DE DADOS


Os CNC Srie WIN permitem que os operadores usem o Programa para exibir a janela contendo o
campo de descrio juntamente com a Entrada de Dados numrica. A instruo verificar,
automaticamente, se os dados at ento introduzidos esto includos no limite pr-estabelecido e
auxilia os operadores a abortarem a operao apertando [ESC].
A janela exibida no centro da tela, em posio fixa; alm do texto programado, ela mostra tambm
os valores mnimos e mximos ajustados.
Sintaxe:
<INP: Prompt; Rxx; Nxx /Label [;[Min];[Max]]>
onde:
Prompt Srie de caracteres visualizada na primeira linha da janela, descrevendo os dados
solicitados.
Pode conter at 68 caracteres.
Se a srie de caracteres a ser visualizada contiver aspas (), dois conjuntos de aspas
devem ser inseridos, um aps o outro. Por exemplo:
<INP: Ajusta valor COM (Comprimento);>

Rxx Varivel R na qual o valor ser carregado

Nxx Nmero do Bloco de Programa (Nxx) ou etiqueta [Label] que o programa deve pular
Label se a tecla [ESC] for pressionada.
Este campo obrigatrio.
Se Nxx ajustado, a instruo <INP> deve ser numerada.
Isso no se aplica se [Label] for usado.
Exemplos corretos:
N10 <INP: Valor RAL =; R0; N100>

2-7 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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<INP: Valor RAL =; R0; [LABESC]>

Min Valor mnimo dentro do limite de aceitao (parmetro opcional)


Se for ajustado, ser exibido na janela.

Max Valor mximo dentro do limite de aceitao (parmetro opcional)

Notas:
A instruo <INP:.> suspende a execuo do Programa e aguarda a interveno do operador.
A janela de Entrada de Dados permanecer exibida no monitor at que o operador pressione as
teclas [ESC] ou [Enter].
Se um valor fora do limite pr-estabelecido for introduzido usando a tecla [Enter], uma mensagem de
advertncia especfica ser emitida, porm a janela continuar aberta.
A janela de Entrada de Dados somente ativada no ambiente CNC e no Modo de Simulao Grfica.
Isto simplifica a programao.

Exemplos vlidos:
N100 <INP:Introduzir valor do raio;R0;N200>
Pressionando [Enter], o valor introduzido carregado na varivel R0 sem executar nenhum
controle (nenhum limite de valor foi estabelecido).
N10 <INP: Introduzir valor do Raio;R0;N200;100>
Pressionando [Enter], o valor introduzido carregado na varivel R0; neste caso, uma
verificao executada, para assegurar que o valor introduzido seja igual ou maior que 100.
N100 <INP:Introduzir o valor do Raio;R0;N200;;1000>
Pressionando [Enter], o valor introduzido carregado na varivel R0; neste caso, uma
verificao executada, para assegurar que o valor introduzido seja igual ou maior que 1000.
N10 <INP: Introduzir valor do Raio;R0;N200;-100;1000>
Pressionando [Enter], o valor introduzido carregado na varivel R0; neste caso, uma
verificao executada, para assegurar que o valor introduzido esteja compreendido entre 100 e
1000 (valores extremos excludos).

2.1.12 OPERAES OPCIONAIS


Qualquer operao precedida pelo caractere / se torna opcional, podendo ser ignorada pelo CNC a
critrio do operador da mquina-ferramenta.
Isto pode ser til, por exemplo, para excluir operaes que sejam necessrias somente ao se trabalhar a
primeira pea.

REV. 3 2-8
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Sua incluso ou excluso feita atravs de uma manobra no CNC (Para informaes especficas,
consultar o manual NORMAS DE USO PARA FRESA, cdigo 724P392).
possvel, entretanto, ativar/desativar os blocos opcionais diretamente do Programa, usando as
seguintes instrues especficas:
<SKP:ON> Desativa os blocos barrados (isto , ativa o salto)
<SKP:OFF> Ativa a execuo dos Blocos Barrados.

Nota:
O caractere / aceito mesmo na ausncia de programao do nmero de linha.

2.1.13 DEFINIO DOS LIMITES GRFICOS


Esta instruo, interpretada pelo CNC somente no ambiente de Simulao Grfica, permite definir,
a priori, a poro de espao a ser considerada durante a representao grfica da trajetria da
ferramenta.
A sintaxe a seguinte:
< LIM: limX- ; limX+; limY-; limY+; limZ-; limZ+ >
onde: limX- ; limX+; limY-; limY+; limZ-; limZ+ representam os limites grficos para os eixos, na
ordem 0, 1, 2 respectivamente (geralmente X, Y e Z) e so expressos em mm em relao origem
ativa.
Esta instruo til porque permite ao CNC distribuir automaticamente a representao grfica do
perfil de maneira a otimizar o uso da tela.
Seu uso recomendado, especialmente quando a linguagem EXPERT usada na programao, pois
ela requer a visualizao no s do perfil, mas tambm de quaisquer Utilidades Virtuais usadas como
apoios em sua definio.

2.1.14 DEFINIO DE PEA BRUTA EM GRFICO EM TEMPO REAL


Esta instruo, que s significativa se o modo de Simulao Grfica em Tempo Real estiver
ativada, permite definir uma pea bruta que aparea na tela, a pedido do operador, como um
paraleleppedo (mais precisamente, seu perfil ser exibido em azul).
A sintaxe a seguinte:
<SIZ:XYZ;minX-;maxX+; minY-; maxY+; minZ-; maxZ+>
onde:
XYZ so as letras dos trs eixos envolvidos (geralmente X, Y e Z)

2-9 REV. 3
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minX- ; maxX+; minY-; minY+; minZ-; minZ+ expressos in mm em relao origem da


mquina (ou origem ativa, dependendo de como o CNC foi configurado), indicam os limites
dimensionais da pea bruta a ser exibida.
Esta instruo tambm til porque permite ao programador, atravs da tecla Zoom, distribuir
automaticamente a representao grfica do perfil descrito pela ferramenta, de forma a exibir a pea
bruta e, ao mesmo tempo, fazer uso completo da tela (para informaes adicionais sobre este tpico,
consultar o manual NORMAS DE USO PARA FRESA, cdigo 724P392.

2.1.15 FASE DE USINAGEM (:N... )


usado para subdividir o Programa em vrias Fases.
Se durante uma ou mais operaes a instruo N.. precedida por dois pontos - : o CNC
ajustado como se tivesse lido o caractere % no incio do Programa, que, importante lembrar, deve
ser o nico em todo o Programa.
bvio que, a partir de cada bloco que inicia com : o operador deve prever e introduzir as
instrues tecnolgicas necessrias para a execuo dos seguintes processos de usinagem (funes T,
S, M, F, etc.) no programa.
O objetivo desta instruo obter a maior velocidade de procura para um bloco. O CNC encontra o
bloco que contm os dois pontos imediatamente antes da operao procurada e da comea a leitura do
programa at encontr-la.
aconselhvel subdividir o programa em Fases de Usinagem a cada troca de ferramenta.
A instruo :N... deve ser programada em uma linha do programa que no contenha outras
instrues de programao, sendo admitidos somente comentrios entre chaves {....} ou parnteses
(....).
Exemplo:

....
:N90 {TROCA
FERRAMENTA}
N100 T23 M06

2.1.16 PARADA PROGRAMADA (M0)


Se um bloco de programa contm esta instruo, o programa ir parar e s continuar quando o
operador pressionar a tecla [START]

REV. 3 2-10
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

2.1.17 PARADA OPCIONAL (M1)


Tem a mesma funo de M0 porm pode ser excluda atravs de uma manobra no CNC (Consultar o
manual NORMAS DE USO PARA FRESA, cdigo 724P392) ou atravs da programao das
seguintes instrues:
<STP:ON> para ativar M1
<STP:OFF> para desativar M1
A instruo M1 usada para impor uma PARADA durante vrias fases do programa, operao essa
que s significativa durante o ajuste de produo da mquina-ferramenta.

2.1.18 FINAL DE PROGRAMA


Um Programa deve ser finalizado com a instruo M02 (M2) ou M30.

2.1.19 ESTRUTURA DO PROGRAMA


Resumindo, um Programa composto pelo caractere de incio do programa % e pela seqncia de
blocos que contm instrues elementares para posicionamento dos eixos, ajuste do avano e da
velocidade do mandril, ativao da troca de ferramenta, etc.
O Programa finaliza com a instruo M2 (ou M30).

Exemplo de programao:

%
N0 (PROGRAM B28 EQUIPMENT 114 <SKP:OFF>)
N10 T13 M06 () M41
N20 Z300 B0 S800 M03
N30 X0 Y250.27 F350
N40 G01 X-100.2 G04 F1.5
N50 G09 Y0 M01 (VERIFICAR COTAS ENTRE PARNTESES)
N60 G00 B90
N70 G01 Z-15.24 F190 G04 F0.5
N80 G00 Z0 { LEMBRAR DE ADICIONAR COTA DE LIBERAO }
N90 X0 Y0 M05
N100 M02

Comentrios:
N0 Na janela correspondente na tela, aparece um comentrio entre
parnteses, que permanece at que a operao N10 que contm
um comentrio vazio seja lida. Usando <SKP:OFF> os blocos
barrados so ativados.

2-11 REV. 3
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N10 Troca de ferramenta, ferramenta n.13 montada. Definida M41


(gama1).
N20-N30 Posicionamento em rpido dos eixos Z, B e arranque do mandril a
800 rot/min no sentido horrio (M03), posicionamento em rpido
dos eixos X, Y, configurao da velocidade de trabalho a
350mm/min.
N40 X em avano de trabalho com pausa de 1.5 seg (G04 Fl. 5).
N50 Em avano de trabalho movimenta para cota Y0, portanto com
desacelerao e parada do eixo (executada por G09) e parada
opcional (M01), se ativada.
N60 B em rpido a 90 graus, se o operador no excluiu o bloco
barrado, caso contrrio a operao ser ignorada pelo CNC.
N70 Em avano de trabalho para a cota Z-15.24 com avano de F190
mm/min e, portanto, interrupo pelo perodo de 0.5 segundo.
N80 Rpido em Z0, notar que o comentrio entre chaves no
visualizado na tela.
N90 Rpido em X0 Y0 e parada do mandril.
N100 Final de programa.

Nota:
O programador pode escrever G0 em vez de G00, G1 em vez de G01, M0 em vez de M00 e assim
por diante; portanto os zeros inteis podem ser eliminados de todas as instrues que os usam.

REV. 3 2-12
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CAPTULO 3

3. Funes Auxiliares
Como mencionado no captulo anterior, Funes Auxiliares so definidas como INTERNAS quando
so enviadas ao CNC e EXTERNAS quando so enviadas ao PLC integrado.
As Funes Auxiliares G e F... pertencem primeira classificao, as Funes Auxiliares M.., T..,
D... e S... pertencem segunda.

3.1 FUNES AUXILIARES INTERNAS

Com exceo das instrues G.., que so usadas especificamente para o movimento dos eixos e outras
especificaes que sero tratadas nos captulos seguintes, as funes mais genricas e mais
comumente usadas sero examinadas.

3.1.1 DEFINIO DE PAUSA (G04)


O formato desta instruo auto-cancelvel o seguinte:
N.. G04.. F...
Onde F indica o tempo de pausa em segundos e dcimos de segundo.

Notas:
- O valor mximo que pode ser atribudo a F 719.9 segundos.
- importante assegurar que a instruo F.. seja corretamente posicionada em relao a G04, por
exemplo, enquanto correto programar:
N... G4 F2.5
para especificar uma interrupo de 2.5 segundos, no correto escrever:

N.. F2.5 G04


No caso acima, a instruo F2.5 interpretada como avano porque est posicionada na frente de G04
(e no depois, como deveria ser).

3-1 REV. 3
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3.1.2 PROGRAMAO ABSOLUTA (G90)


Informa o CNC que as cotas associadas com os eixos nas instrues de movimento seguintes so cotas
absolutas, o que significa que elas se referem a origens ativas.
G90 uma instruo modal. executada pelo caractere % no INCIO DO PROGRAMA.
Exemplo:
Para posicionar a ferramenta sobre os 4 pontos do diagrama abaixo:

b c
220.15

a
100 d

85

100 220 350 420.12 X

o programa se torna:
%
.....
N10 G90 X100 Y100
N20 X220 Y220.15
N30 X350
N40 X420.12 Y85
.....

Comentrio:
No bloco N10, a presena da instruo G90 , na realidade, redundante, uma vez que j foi executado
pelo caractere %.

3.1.3 PROGRAMAO EM MODO INCREMENTAL (G91)


Programar em modo incremental significa definir as cotas associadas com as instrues de movimento
de um eixo de uma forma relativa, o que significa referi-las com a ltima coordenada programada.
Por exemplo, estabelecer o programa que repete o posicionamento sobre os 4 pontos do exemplo
anterior, porm referindo a uma cota incremental de uma pea:

REV. 3 3-2
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b 130 c

120.15 a 135.15
120
100 70.1 d

100 X
o programa se torna:

%
.....
N10 G90 X100 Y100
N20 G91 X120 Y120.15
N30 X130
N40 X70.12 Y-135.15
.....

Comentrios:
N10 O ponto a atingido com a programao de coordenadas
absolutas (G90)
N20 - N40 Os pontos restantes so atingidos com a programao de
coordenadas incrementais (G91)

Notas:
- Geralmente, uma instruo G91 s pode ser programada se uma posio absoluta do(s)
eixo(s) que deve(m) ser movido(s) tiver sido previamente estabelecida (usando G90).
Entretanto, existe um parmetro do CNC que elimina essa limitao, mesmo se o fim de
curso do SW no estiver ativo.
- Na primeira vez que as iniciais de um eixo so usadas em um programa, aps cada origem
ou troca de ferramenta, necessrio programar em modo absoluto (G90).

3-3 REV. 3
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- possvel, entretanto, programar o eixo nico de modo incremental, sem ter que usar a
instruo G91. Tambm possvel programar no mesmo bloco eixos em modo absoluto,
juntamente com outros eixos em modo incremental.
Para isso, suficiente juntar a letra D (cota delta) na frente do nome dos eixos envolvidos,
por exemplo:
N20 X10 DY20
move o eixo X na cota 10 enquanto o eixo Y movido 20 em relao cota anterior.
No possvel usar o prefixo D nos seguintes casos:
1) Com as instrues G53 (Ver pargrafo 5.5).
2) Quando G91 ainda est ativo.
3) Quando as coordenadas polares so programadas (Ver pargrafos 7.2.2. e 7.2.4.).

3.1.4 LIMITAES DO CAMPO DE TRABALHO (G25-G26)


O campo de trabalho para cada eixo limitado pelos respectivos FIM DE CURSO DE SW
POSITIVO E NEGATIVO, que so programados pelo fabricante da Mquina-Ferramenta.
Entretanto, possvel restringir ainda mais o campo de trabalho com o uso de duas instrues
especficas:
G25 = Para estabelecer o valor mnimo do campo de trabalho.
G26 = Para estabelecer o valor mximo do campo de trabalho.
Por exemplo, programando-se:
N.. G25 X... Y... Z... A... B

so estabelecidas as cotas mnimas para o campo de trabalho dos eixos X, Y, Z, A, B.

Notas:
As cotas dos eixos programadas com as instrues G25 ou G26 referem-se ao ponto ZERO
MQUINA e no s origens que estiverem ativas no momento.
No possvel programar G25 e G26 no mesmo bloco, elas devem ser escritas em duas
linhas separadas do programa.

REV. 3 3-4
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rea de trabalho til


FC - FC +

G25 X2450
G26 X3800

Zero
Mquina

Os limites representados no diagrama acima podem ser estabelecidos com as seguintes instrues:

....
N50 G25 X2450
N60 G26 X3800
....

Comentrios:
N50 O valor mnimo do campo de trabalho ao longo do eixo X
memorizado.
N60 O valor mximo do campo de trabalho ao longo do eixo X
memorizado.
importante notar que aps essa memorizao, o campo de trabalho do eixo X se torna ainda mais
restrito em relao quele definido pelo FIM DE CURSO DE SW (FC- e FC+).
O campo total resultante de 3800 2450 = 1350 mm.

3.1.4.1 SUSPENSO TEMPORRIA DE UM CAMPO DE TRABALHO


A programao das instrues G25 (ou G26), seguidas pelos usuais endereos do eixo, sem cotas,
provoca a eliminao do campo de trabalho para os eixos X e Y. As configuraes dos outros eixos
permanecem as mesmas.

....
....
Exemplo: N20 G25 XY
N30 G26 XY
....
....

3-5 REV. 3
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Nota:
No exemplo apresentado, as limitaes do campo estabelecidas com G25 e G26 so eliminadas
somente para os eixos X e Y.

3.1.4.2 RESTABELECIMENTO DO CAMPO DE TRABALHO


A programao de G25 ou (G26) sem outras instrues restabelecer o campo de trabalho
anteriormente suspenso.

Notas:
A programao de G25 e G26 relativa posio e, portanto, a essas instrues devero seguir as
definies de campos de trabalho e nada mais.
Por exemplo, o seguinte bloco no aceito:
N...G25 X... Y... Z... F...
Tambm no possvel programar a funo F... aps G25.
Entretanto, correto escrever:
N... G01 X... Y... F... G25 X... Y... Z....
As cotas programadas antes de G25 se referem a um posicionamento durante a usinagem nas cotas
programadas.
As cotas programadas aps G25 correspondem definio do campo de trabalho mnimo para os
eixos X, Y e Z.
No possvel suspender um campo de trabalho no definido.
possvel ativar os limites de campo de vrios eixos ao mesmo tempo.

3.1.5 DEFINIO DA REA DE TRABALHO


Alm das funes G25 e G26, que restringem os fins de curso de SW estabelecidos pelo fabricante da
mquina-ferramenta com a ativao de um alarme toda vez que o limite do valor definido seja
ultrapassado, os CNC Srie WIN apresentam novos limites de trabalho com significado totalmente
diferente.
Tais limites, definidos como Limites de Programao (L.P.), so usados para estabelecer um
Volume Limite para:
Delimitar a poro do Programa a ser trabalhada.
Definir o contorno de um canal que se quer obter na pea.
As seguintes regras devem ser seguidas para gerenciar os L.P.:

REV. 3 3-6
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1. Os Limites de Programao devem ser definidos tendo como referncia a origem ativa;
pode tambm ser definido atravs das Matrizes Estticas ou Dinmicas ou da instruo
G58. Favor notar que se o sistema de referncia for revisado, os Limites de Programao
sero revisados igualmente. Em outras palavras, o volume por eles descrito est intimamente
ligado ao sistema de referncia e com ele se move.
2. Operacionalmente, os L.P. so gerenciados da seguinte maneira:
Uma vez identificado o ponto de projeo do perfil, o eixo da ferramenta se move no sentido
oposto da ponta da ferramenta, atingindo a cota que resulta da soma da cota do ponto de
projeo + um delta de segurana. Ento a ferramenta se elevar verticalmente em modo
rpido para o ponto includo no Volume Limite. Da descer diretamente para o ponto.
Conseqentemente, se o delta de segurana for estabelecido em zero, ao atingir o ponto de
projeo, a ferramenta no ser elevada e sim se mover (agora no modo de trabalho) para o
ponto includo no Volume Limite.
3. L.P. s podem ser ativados com o CNC no modo Automtico. Podem tambm ser definidos
no modo MDI ou em JOG. Uma vez definidos, podem ser ativados ou desativados
(suspensos). Portanto, para que os limites de programao estejam totalmente operantes eles
devem ser previamente definidos e ativados. L.P. podem ser definidos atravs de um
procedimento guiado e uma Entrada de Dados especfica, acessvel atravs da tecla:

Para informaes adicionais, consultar o manual NORMAS DE USO PARA FRESA,


cdigo 724P392.

Sintaxe:
A sintaxe muito semelhante quela usada para os Limites de Segurana G25 e G26.
G23 = Definio dos Limites Mnimos de Programao.
G24 = Definio dos Limites Mximos de Programao.

Z
Volume Limite Y
G24 X max
Y max
Z max

G23 X min X
Y min
Z min

3-7 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Portanto, programando-se:
N.. G23 Xmin Ymin Zmin
N.. G24 Xmax Ymax Zmax

as cotas mnimas e mximas do Volume Limite de Programao para os eixos X, Y e Z podem ser
respectivamente estabelecidas.

Ao contrrio, se o seguinte for programado:


N.. G23
N.. G24
os limites de programao previamente estabelecidos sero ativados.
Finalmente, se o seguinte for programado:
NG23 X Y Z
N.. G24 X Y Z
os limites de programao previamente estabelecidos sero desativados.

Notas:
G23 e G24 no podem ser programadas no mesmo bloco e devem ser separadas em duas
linhas de programa diferentes.
As letras dos eixos no podem preceder G23 e G24.
As letras dos eixos no podem conter outros caracteres (exceto os comentrios).
G23 e G24 no podem ser inseridas dentro de blocos de movimento no concludos (blocos
GAP abertos ou descrio de um perfil com compensao de raio ativa).
O delta de segurana pode ser programado atravs do sinnimo DZS associado varivel
#271. Refere-se ao sistema de referncia ativado durante sua definio.
Com % , : e Reset os Limites de Programao previamente definidos permanecem
inalterados. Se o CNC for desligado eles sero perdidos.
Essa caracterstica no compatvel com a funo Retornar Bloco, ou com a programao
com as coordenadas da mquina (G53).
Durante a usinagem, os limites de Programao podem ser revisados e/ou
ativados/desativados, entretanto as alteraes s sero ativadas a partir do bloco que est
sendo interpretado e no do bloco que est sendo executado.
O eixo de liberao do delta de segurana aquele onde a compensao do comprimento da
ferramenta foi ativada.
Para ativar RTCP o mesmo deve ser previamente definido atravs da instruo <CFF=CF>

REV. 3 3-8
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3.1.6 PROGRAMAO MTRICA E EM POLEGADAS (G70 / G71)


A instruo G70 informa o CNC sobre:
- Cotas dos eixos CNC lineares (portanto os rotativos esto excludos),
- Velocidade de usinagem (F...) ,
- Cotas ligadas a translaes de origem (G58-G59),
- Definies dos campos de trabalho (G25 G26)
- Quaisquer tolerncias de usinagem ( <DRA:...> e <DLN:...> ),
- Todas as outras instrues que requerem definio de comprimento.
No estaro mais expressas em mm ou mm/min mas em polegadas ou polegadas/min.
A instruo G71 restabelece os tamanhos expressos em mm e mm/min.
forada por default pelo caractere % (Incio do Programa)

Nota:
- As instrues G70 e G71 devem ser escritas em um bloco separado sem outras instrues.

3.1.7 COMANDO E AVANO DO MANDRIL


Os comandos da velocidade de giro do mandril e da velocidade de avano dos eixos e do mandril so
executados pelo CNC segundo o mtodo de usinagem programado, atravs das funes modais G94,
G95 e G96.
importante notar que a modalidade G96 s est disponvel nos CNC 2801/4801 com opo Fresa-
Torno (OPZ_FRETOR).

3.1.7.1 USINAGEM A UMA VELOCIDADE DE ROTAO CONSTANTE (G94-G95)

G94 O CNC est pr-estabelecido para interpretar os avanos F dos eixos em


mm/min e a velocidade S de rotao do mandril em rot/min.
Nesta modalidade no h nenhuma relao entre o avano dos eixos e a rotao
do mandril.
Por exemplo, se for programado:

N.. G94 S800 F250

3-9 REV. 3
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Obtm-se:
Velocidade do mandril = S = 800 rot/min
Velocidade de avano dos eixos = F = 250 mm/min

Os caracteres % e : no incio da fase destinam-se a pr-estabelecer o CNC para essa


modalidade.

G95 O CNC est pr-estabelecido para interpretar os avanos F dos eixos em mm/rot e a
velocidade S de rotao do mandril em rot/min.
Nesta modalidade, o avano dos eixos depende da velocidade de rotao do mandril.
Por exemplo, se for programado:
N.. G95 S850 F0.3 {Velocidade 850 rot/min avano 0.3 mm/rot}
Obtm-se:
Velocidade do mandril = S = 850 rot/min
Velocidade de avano dos eixos = S * F = 850 * 0.3 = 255 mm/min

3.1.7.2 USINAGEM A UMA VELOCIDADE DE CORTE CONSTANTE (G96)


G96 O CNC pr-estabelecido para manter a velocidade de corte programada S em m/min, sendo
constante em modo automtico, e para interpretar o avano F dos eixos em mm/rot.
A velocidade do mandril contnua e automaticamente ajustada ao dimetro da pea usinada
(isto , posio do eixo X), de forma que a velocidade perifrica da pea no ponto de
usinagem seja constante e igual ao valor S programado.
Dependendo da velocidade de corte, o CNC calcula a velocidade de rotao do mandril com a
seguinte relao:
Velocidade do mandril (rot/min) = S * 1000 / (3.14 * X)
X a altura do dimetro onde a ponta da ferramenta posicionada e S a velocidade de
corte programada.
Nesta modalidade, o avano dos eixos depende da velocidade de rotao do mandril.
Por exemplo, supondo o eixo X em uma posio de 100, se for programado:
N.. G96 S314 F0.1
Obtm-se:
Velocidade do mandril = 314*1000/ (3.14*100) = 1000 rot/min
Velocidade de avano dos eixos = 850*0.1 = 100 mm/min

Como j dito, importante notar que a modalidade G96 s est disponvel nos CNC
2801/4801 com a opo Fresa Torno (OPZ_FRETOR) ativada.

3.1.7.3 LIMITAO DA VELOCIDADE DO MANDRIL (G92)


Permite limitar a velocidade de rotao do mandril a uma velocidade pr-definida (rot/min.).
Formato:
N.. G92 S....

REV. 3 3-10
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Onde S.. representa o limite a ser estabelecido.


O controle sobre a velocidade mxima, normalmente obrigatrio para tornos, pode ser desativado
atravs do campo MSM, do arquivo de calibrao AXS.TAR.

3.1.7.4 SINCRONIZAO ENTRE O MOVIMENTO DOS EIXOS E A VELOCIDADE


DO MANDRIL (G396-G397-G398-G399)
Os controles de rotao do mandril e da velocidade dos eixos normalmente possuem essa
operao, estabelecida pela funo G396, assumida como padro pelo CNC.

Durante a operao velocidade de corte constante G96, o CNC ajusta a velocidade do mandril
tambm durante movimentos rpidos do eixo X.
O CNC no aguarda que o mandril esteja a uma velocidade estvel (isto , que gire velocidade
programada) para iniciar o movimento de trabalho (G1, G2 ou G3). Neste caso, o programador
tem total responsabilidade em desenvolver o programa de maneira que, durante as fases de
aproximao o mandril tenha tempo para se ajustar a uma velocidade estvel.
possvel alterar os padres estabelecidos, atravs das seguintes instrues:

G396 Cancela G397, G398, G399.

G397 O CNC, estando na modalidade G96, no ajusta a velocidade do mandril durante os


movimentos rpidos do eixo X.

G398 O CNC aguarda que o mandril esteja em velocidade estvel antes de iniciar um
movimento de trabalho e, se estiver na modalidade G96, ajusta o movimento do
mandril mesmo durante os movimentos rpidos do eixo X.

G399 O CNC aguarda que o mandril esteja em velocidade estvel antes de iniciar um
movimento de trabalho e, se estiver na modalidade G96, no ajusta a velocidade do
mandril mesmo durante os movimentos rpidos do eixo X.

3.1.7.5 PADRES DE PROGRAMAO


As funes G94, G95 e G96 so de posicionamento, portanto necessrio programar antes a
funo G.., depois a S.., F, como por exemplo:
N..G96 S90 F0.2
incorreto programar:
N..S90 F0.2 G96
Se G95 ou G96 for programada sem a programao do avano F dos eixos, o CNC impe
F0.15 mm/rot.
Se G94 for programada sem a programao do avano F dos eixos, o CNC impe
F100m/min.
Se G96 for programada proveniente de G94 ou G95, obrigatrio programar a velocidade do
mandril S, caso contrrio um alarme de programao ser ativado.
As funes G399, G398 e G397 so tambm canceladas pelas funes G95 e G96, portanto
necessrio program-las antes de ativar as modalidades desejadas (G95, G96). Exemplo:
N.. G96 S90 F0.2
...

3-11 REV. 3
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N.. G398
incorreto programar:
N.. S90 F0.2 G96 G398
ou
N...G398
N.. S90 F0.2 G96

Em ambos os casos o CNC age como se a funo G398 no tivesse sido programada.

Notas Importantes
Ao ser iniciado, com o caractere % e o caractere : o CNC pr-estabelecido na modalidade
G94 com S100 rot/min e F100 mm/min e o tipo de operao G396.
G95 e G96, estando os avanos F dos eixos em mm/rot, ao parar o mandril, os eixos
programados em avano de trabalho no se movimentaro.
G398 ou G399 a velocidade estvel do mandril aguardada nos seguintes casos:
Toda vez que uma nova velocidade do mandril S programada na modalidade G95 ou G96
Toda vez que houver a passagem de movimento rpido para movimento de trabalho dos eixos.

3.1.8 VELOCIDADE DE AVANO (F...)


Permite o estabelecimento da velocidade do avano requerido pelo perfil.
A velocidade expressa em:
Mm/min para eixos lineares, a menos que se esteja trabalhando com polegadas (G70 est
ativa) e em graus/min para eixos rotativos, se G94 estiver ativa.
Mm/rot se G95 ou G96 estiver ativa.
A instruo F uma instruo modal.

3.1.9 ALCANCE DA COTA PROGRAMADA PELA VIA MAIS CURTA (G950)


Em certos casos, o eixo rotativo acoplado em controle de posio (CNC) necessita funcionar como um
eixo independente, isto , deve alcanar o ponto programado pela via mais curta. A funo G950 foi
desenvolvida para que isso pudesse ser feito.
Considerando o exemplo seguinte relativo a uma Mquina-Ferramenta com eixos X, Y e B (mesa
giratria):

.
N10 X50 Y0 B0
N20 G1 Y100 B810 {2voltas e }
N30 G950 B0
.

REV. 3 3-12
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Comentrios:
N20 Interpolao linear entre os eixos Y e B, executada uma hlice de 2 espiral helicoidal
(810o).
N30 No necessrio executar 2 voltas no sentido oposto para colocar a mesa de volta ao B0.
suficiente programar G950, o eixo B recuar s at 90o. Daqui para frente, para o CNC, a
posio alcanada a cota B0 (ou seja, a nova origem).

Para esclarecer melhor a funo de G950, examine-se outro exemplo:


Supondo que a mesa B esteja a 45o.
G950 B359 O eixo B se move 314 no sentido positivo.
G950 B-1 O eixo B se move 46 no sentido negativo.

Comentrio:
Em ambos os casos, a posio de ngulo alcanada pela mesa a mesma, conseqentemente fica a
critrio do programador decidir o sentido de rotao tomado para alcanar a cota final, dependendo da
cota atual do eixo rotativo e da cota programada com G950.

Notas:
G950 s tem efeito em eixos declarados como rotativos.
tambm possvel programar os movimentos dos eixos lineares no mesmo bloco em que
G950 est inserida.
A cota dos eixos rotativos programada com G950 sempre considerada como cota absoluta,
mesmo quando G91 est ativa (programao incremental).
Um eixo rotativo deve ser declarado como tal no arquivo de Calibrao AXS.TAR.

3.2 FUNES AUXILIARES EXTERNAS

O termo EXTERNAS significa aquelas Funes Auxiliares com aes direcionadas para a Mquina-
Ferramenta (exteriores) e que so, portanto, gerenciadas pelo PLC incorporado no comando.

Essas F.A. so instrues com os seguintes endereos:

M00 - M199 (MISCELNEA)

3-13 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Como o nome indica, tm vrios usos. Os cdigos mais usados (M03, M08, etc.) sero listados mais
frente. Os outros cdigos (dos 200 possveis) podem corresponder s funes especiais da mquina,
pr-estabelecidas pelo fabricante.
T1 - T65535 ( FERRAMENTA )
Se a mquina for equipada com troca automtica de ferramenta, a emisso da funo desencadeia a
procura da ferramenta indicada no magazine.
Por outro lado, se a mquina tiver uma troca de ferramenta manual, uma instruo para que o operador
prepare a ferramenta programada aparecer na tela.
Finalmente, uma ao ser tomada para identificar o nmero do CORRETOR (Raio e
Comprimento) que ser associado ferramenta no momento em que a funo M6 emitida (troca de
ferramenta).

S0 - S999999 VELOCIDADE DE ROTAO DO MANDRIL


A correspondncia entre a parte numrica da instruo S... e a efetiva velocidade de rotao do
mandril definida pelo fabricante da Mquina-Ferramenta.
Na maioria dos casos, o valor em rot/min. da prpria velocidade de rotao indicado diretamente
(como se pode verificar em todos os exemplos apresentados neste manual).

3.2.1 CDIGOS DAS FUNES AUXILIARES M...


Os cdigos para as funes auxiliares mais comuns esto descritas abaixo:

M03 Comanda a rotao do mandril no sentido horrio. O mandril girar na


velocidade S.. programada.
M04 Comanda a rotao do mandril no sentido anti-horrio.

M05 Comanda a parada do mandril. Esta funo est contida em M06 e M19.

M06 Troca de ferramenta. Comanda a parada do mandril (M05) e tambm as


operaes necessrias montagem da ferramenta previamente procurada
atravs da instruo T.
Se a Mquina no possuir troca automtica de ferramenta, o nmero da
ferramenta a ser trocada aparecer na tela. O programa continuar a execuo
aps o operador ter pressionado a tecla [START].
O CNC ativa automaticamente o CORRETOR (Raio e Comprimento)
associado ferramenta T.
M08 Comanda a distribuio do agente refrigerante.

M09 Interrompe a distribuio do agente refrigerante.

REV. 3 3-14
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

M10 Comanda o bloqueio dos eixos.

M11 Comanda o desbloqueio dos eixos.

M13 Comanda simultaneamente a rotao anti-horria do mandril e a distribuio do


agente refrigerante (M3+M8).
M14 Comanda simultaneamente a rotao horria do mandril e a distribuio do
agente refrigerante (M4+M9).
M19 Interrompe a distribuio do agente refrigerante e a orientao do mandril para
a posio angular pr-estabelecida pelo fabricante da mquina.

M40 -M45 Comanda a seleo das diferentes Gamas de Velocidade disponveis.

Notas e explicaes:
1. Alguns cdigos das F.A. M... aqui selecionadas podem, s vezes, ter um significado
diferente para usos especficos da Mquina-Ferramenta.
2. Pode ser tambm que alguns cdigos M..., entre aqueles aqui selecionados, no tenham sido
implementados ou sejam outros (lembrar que o fabricante tem disposio 200 cdigos
M).
Em cada caso, entretanto, trabalho do fabricante da Mquina-Ferramenta definir o exato significado
das funes S, M, T, etc., usadas na mquina.

3.3 FUNES RELACIONADAS AO CONTROLE DO MOVIMENTO


As funes includas nesta categoria so usadas para alterar temporariamente alguns parmetros
relacionados aos movimentos do eixo, normalmente estabelecidos no arquivo de Calibrao
AXS.TAR pelo fabricante da mquina.
As alteraes so somente temporrias e so canceladas nos seguintes casos:
Reset,
Mudana de [MDI] para [AUTO],
Programao de % (Incio do Programa).
Os valores estabelecidos atravs das instrues descritas a seguir sero substitudos pelos valores
armazenados no arquivo AXS.TAR.

3.3.1 ESTABELECIMENTO DA ACELERAO DO EIXO


Sintaxe:
<ACC: Eixo ; n1; n2>

Onde:

3-15 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Eixo Nome, Nmero de Ordem no AXS.TAR ou expresso que identifique o eixo a ser
alterado
n1 Este nmero ou expresso indica a acelerao nominal do eixo no modo rpido, expresso
em [mm/min seg] ou [rot/ min seg].
n2 Este nmero ou expresso indica o fator de multiplicao a ser aplicado acelerao
rpida para a obteno da acelerao de usinagem.

A partir do Programa possvel restaurar os valores de acelerao estabelecidos no AXS.TAR


atravs da instruo <TAC:eixo>.

Alm da acelerao do eixo, outras instrues esto disponveis para:

- Definir o perfil de acelerao desejado.

<ACP:AccelerationProfile>

Onde Acceleration Profile = 0 Acelerao Constante


= 3 Acelerao Senoidal com controle do Jerk

- Controlar o valor do Jerk, estabelecendo a durao da rampa de acelerao.

<T1A:AccTime>

Onde AccTime expressa, em milisegundos, a durao da rampa de acelerao. Quanto maior o


valor estabelecido, mais suave ser a rampa de acelerao e menor a amplitude do Jerk.

Notas:
ACC, ACP e T1A, se inseridas em blocos de movimento, provocam a parada do movimento.
Para informaes adicionais sobre estas instrues consultar o Manual de Parametrizao
cdigo 720P385.

3.3.2 ESTABELECIMENTO DO GANHO PROPORCIONAL DO ANEL DE ESPAO


Sintaxe
Sintaxe possvel:
<PKV: Eixo; Valor> (1)
<PKV:Eixo0; valor0;Eixo1;valor1; ; Eixon; valorn> (2)

Onde:

REV. 3 3-16
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Eixo Nome, Nmero de Ordem no AXS.TAR ou expresso que identifique o eixo a ser
alterado
Valor Nmero ou expresso a ser associado ao Ganho Proporcional do anel de espao
relacionado ao eixo, normalmente conhecido como Kv.

A sintaxe (2) permite que o operador altere o valor de Kv em vrios eixos ao mesmo tempo.
Apesar de todas as alteraes feitas com a instruo <PKV:> serem temporrias, o Programa pode
restaurar o Ganho Proporcional estabelecido no arquivo de calibrao AXS.TAR atravs das
seguintes instrues:
<TKV: Eixo> ou
<TKV: Eixo0; Eixo1; ..; Eixon>

3.3.3 ESTABELECIMENTO DOS LIMITES DE ALARME DE POSICIONAMENTO

Possveis sintaxes:

<SGL:Eixo;[SGL];[SFS];[FFS]> (1)
<SGL; Eixo0;[SGL0];[SFS0];[FFS0];Eixo1 ;[SGL1];[SFS1];[FFS1];..> (2)
onde:

Eixo Nome, Nmero de Ordem no AXS.TAR ou expresso que identifique o eixo a ser alterado
SGL.. Nmero ou expresso a ser associado ao limite de alarme de fuga para o eixo em posio de
espera/inicial. Deve ser expresso em mm ou graus, dependendo do tipo de eixo.
SFS.. Nmero ou expresso a ser associado ao limite de alarme de fuga para o eixo em
movimento. Deve ser expresso em mm ou graus, dependendo do tipo de eixo.
FFS.. Nmero ou expresso a ser associado ao limite de alarme de fuga para o eixo em posio de
espera. Deve ser expresso em mm ou graus, dependendo do tipo de eixo.

Notas:
Como pode ser visto, a sintaxe (2) permite que o operador programe vrios limites em vrios eixos ao
mesmo tempo.
Os parmetros SGL, SFS, FFS so opcionais. Se um desses parmetros no for programado, o valor
atribudo em AXS.TAR permanece ativo.
A instruo <SGL :.> executa uma srie de verificaes e ajustes automticos nos parmetros
introduzidos, de maneira a torn-los consistentes. Por exemplo:

3-17 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Condio Valor Especificado


SGL < 0 | SGL |
SFS < 0 | SFS |
FFS < 0 | FFS |
SFS < SGL SFS = SGL
FFS < SGL FFS = SGL
FFS > SFS FFS = SFS

Mesmo que as alteraes realizadas com a instruo <SGL:> sejam somente temporrias, o
Programa pode restabelecer os limites de Alarme e Posicionamento usando a seguinte instruo:

<TSG: Eixo> atuando sobre um nico eixo ou


<TSG: Eixo0; Eixo1; ..> atuando sobre vrios eixos ao mesmo tempo

Tambm neste caso, cada eixo pode ser identificado atravs de sua letra, do nmero de ordem
atribudo em AXS.TAR ou por uma expresso.

REV. 3 3-18
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

CAPTULO 4

4. Programao Paramtrica e Instrues para o Controle de Execuo


de um Programa

4.1 VARIVEIS DE APOIO

O CNC coloca disposio uma srie de variveis com algumas diferenas em suas funes e
caractersticas.
Com relao ao Programa, sugerimos ao usurio comum (aquele que no precisa desenvolver macro),
usar somente as Variveis de Acesso Direto do tipo R
Neste pargrafo ser descrito somente este tipo de varivel e um mnimo de conceitos necessrio para
a definio de expresses simples e para a execuo da programao paramtrica capaz de solucionar
os problemas mais freqentes.
Quem desejar estudar o assunto em profundidade (por exemplo, quem desejar desenvolver uma nova
macro) deve consultar os captulos do Manual de Programao Avanada cdigo 720P396,
dedicados programao paramtrica com a linguagem LIP.

4.1.1 VARIVEIS DE ACESSO DIRETO


Como j mencionado, elas so caracterizadas pelo endereo R..., so exclusivamente do tipo dupla
preciso real (64 bit range 10308 para a parte inteira e 10-308 para a parte decimal) e esto disponveis
em nmero de 2000 (R0-R999 e R1050-R2049).
Os valores das variveis R.. so normalmente feitos por atribuio ( R...= ...). Este tipo de varivel
pode, entretanto, ser tambm usada, de forma indireta, para atribuio de ndices. Neste caso, porm,
somente quando a converso de seu valor inteiro real tenha sido previamente executada usando-se as
seguintes funes:
< FTI (R...) > ou <FTL (R..) >
As variveis de R0 a R999 so retentivas, isto , seu valor no cancelado no incio de cada
programa, quando o CNC for desligado ou quando a tecla [RESET] for pressionada.

4-1 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

As variveis R1050 a R2049 no so retentivas.


Alm da definio de expresses, so principalmente usadas para expressar elementos de um
programa em forma paramtrica e podem de fato ser diretamente associadas como atribuies a:
- Coordenadas de eixos ( X,Y, Z, B, etc.) X=R1
- Coordenadas de centro de arcos e crculos ( I, J, K ) I= R0
- Velocidade de rotao do mandril ( S ) e avano dos eixos ( F ) S=R11, F=R10.
- Corretor ( D ) D=R1

Nota: Neste ltimo caso a parte decimal no admitida.


ou, aps terem sido convertidas em funes inteiras, a:
- A.F. ( G ) G< FTI(R0) >
- A.F. ( M ) M<FTI(R1) >
ou mesmo, aps terem sido convertidas em funes duplas-inteiras, a:
- Nmero da Ferramenta ( T ) T< FTL(R0) >
- Nmero da Linha ( N ) N<FTL (R1) >

4.1.2 DEFINIO DE EXPRESSES MATEMTICAS


Para definir expresses matemticas, alm daquelas citadas em Variveis R..., h uma srie de
operaes Algbricas, Trigonomtricas e de Funes Especficas disponveis para o operador.

4.1.2.1 OPERAES ALGBRICAS


As Operaes Algbricas disponveis so:
+ adio
- subtrao
* multiplicao
/ diviso
** potenciao
// resto de diviso
= atribuio
O operador, ao usar " = ", est atribuindo o resultado da expresso sua direita varivel sua
esquerda.

REV. 3 4-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

O smbolo " = " significa atribuio e no o igual algbrico, como por exemplo na expresso:
R20 = R20 + 10
como igual no teria nenhum sentido, enquanto como atribuio tem o significado de atribuir mais
10 ao valor anterior da varivel R20.

Exemplos:
1) N... R15 = 40 + 217.117
O resultado da expresso atribudo varivel R15 (257.117).
2) N... R12=12 R11 = R12**3
O resultado da elevao potncia 3 do contedo de R12 (12), isto , 1728, atribudo varivel
R11.
3) N... R5 = 133//40
O resto da diviso entre 133 e 40, isto , 13, atribudo varivel R5.

4.1.2.2 OPERAES TRIGONOMTRICAS

As Operaes Trigonomtricas disponveis so caracterizadas pelo seguinte formato:


varivel = Operador (termo)
As Operaes Trigonomtrica disponveis so:
SIN seno
COS co-seno
TAN tangente
ASN arco seno
ACS arco co-seno
ATN arco tangente

Notas:
O termo deve ser colocado entre parnteses.
O termo das funes SIN, COS, TAN um ngulo expresso em graus e partes decimais.
O resultado sempre uma varivel real.

4-3 REV. 3
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Exemplos:
1) N.. R112 = SIN (30)
varivel R112 atribudo o seno de 30o, isto , 0.5.
2) N.. R3 = SIN (45) * COS (35)
O resultado do seno 45 x co-seno 35, isto , 0.5792279, atribudo varivel R3.

4.1.2.3 FUNES MATEMTICAS


O formato das Funes Matemticas disponveis o seguinte:
varivel = FUNO (termo)
As Funes Matemticas disponveis so:
FTI Converso de Varivel Real para Varivel Inteira (pode tambm ser usada como
corte do valor Inteiro).

Exemplo:
R12 = 3.824
G<FTI(R12)> X100 Y0I50 J0
O ndice 3 atribudo Funo G (valor cortado do inteiro 0.824).

FTL Converso de Varivel Real para Varivel Inteira Dupla

Exemplo:
R12 = 20.84
T<FTL(R12)> M06
O ndice 20 atribudo Funo T (Selecionar Ferramenta 20)

SQR Raiz Quadrada

Exemplo:
R1 = 50 R2 = 80 R12 = SQR (R1**2+R2**2)
Aplicando o Teorema de Pitgoras e obtendo R1 e R2 a partir dos dois catetos, a hipotenusa
atribuda varivel R12 (que assumir o valor de 94.33981).

ABS Valor Absoluto

Exemplo:
R15 = - 412.132 R28 = ABS(R15)
O valor absoluto da varivel R15, ou seja 412.132, atribudo varivel R28.

REV. 3 4-4
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RND Arredondamento para o nmero inteiro mais prximo

Exemplo:
R12 = 4.824
R15=RND (R12)
O valor 5 atribudo varivel R15.

4.1.2.4 PRIORIDADE DE CLCULO


Clculos entre variveis e/ou constantes tm prioridade algbrica, tpica das linguagens evoludas
(FORTRAN, BASIC, PASCAL, C, etc.), do tipo:

Prioridade 1: ** potenciao
Prioridade 2: * / multiplicao e diviso
Prioridade 3: // resto de diviso
Prioridade 4: + adio e subtrao
Por exemplo:
R12 = 12+3*4**3

Nesta expresso, primeiro calculada a potenciao 4**3 e depois o resultado multiplicado por 3. O
resultado final somado a 12, portanto o valor atribudo varivel R12 204.
O uso de parnteses pode alterar a ordem da execuo. Por exemplo, modificando a expresso anterior
para:
R12 = (12+3)*4**3
Primeiro ser calculada a soma entre parnteses e ento se obter o resultado do produto dessa soma
pelo resultado da potenciao. Esse resultado ser assumido pela varivel R12 e o seguinte: 15 * 64
= 960.

4.2 SUB-ROTINAS

Um Sub-rotina pode ser nomeado com o seguinte tipo de sintaxe:


1) L < nome _sub-rotina>
2) L<&Rxx>
onde:

4-5 REV. 3
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Cdigo 724P392

nome sub-rotina uma srie de caracteres, no mximo 8 (alfanumricos), que representam o nome
da sub-rotina na qual o trabalho ser executado.
&Rxx permite a definio indireta de uma sub-rotina atravs de uma das 2000 variveis R
disposio do programador. O valor da varivel flutuante Rxx aproximada ao inteiro mais prximo ,
de fato, usada para identificar a sub-rotina a ser executada. Os valores R aceitos esto entre 0 e
99999999 (considerando que o nome de um sub-rotina pode ter no mximo 8 caracteres)

Nota:
A sintaxe Ln no mais aceita porque entra em conflito com a definio da entidade virtual Linha
da nova linguagem de programao geomtrica EXPERT.

Por exemplo:
L<431286>
L<VAIVIA>
L<&R12>
efetuam a transferncia da execuo para, respectivamente, sub-rotina "431286" ou sub-rotina
chamada "VAIVIA" ou sub-rotina "100" (no caso do valor 100 ter sido atribudo varivel R12).

Notas:
Uma sub-rotina um Programa que inicia sem o caractere "%" e termina com a instruo de
retorno <RET> ou M17.
As instrues <RET> ou M17 devem ser programadas em um bloco separado.

Exemplo:

PROG. PRINC.

%
N0
.....
.....
N30 L<SUB1 > SUB-ROT.: SUB1
N40
..... N0
..... .....
N80 M2 .....
N50 <RET>

REV. 3 4-6
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Cdigo 724P395

Comentrios:

N30 Encontra a instruo L<SUB1> que transfere a execuo para a


primeira operao da sub-rotina chamada "SUB1"
N50 (de "SUB1") Encontra a instruo <RET> que finaliza a sub-rotina e retorna a
execuo para N40 do programa principal.

4.2.1 SEQENCIAMENTO DA SUB-ROTINA


Para explicar o conceito de seqenciamento e nvel de seqenciamento preciso dizer que um
programa principal pode conter vrias das chamadas sub-rotinas. Esses programas so definidos como
NVEL 1.
Se, em um programa NVEL 1, houver uma chamada para outra sub-rotina, este ltimo definido
como NVEL 2.
Se, em uma sub-rotina NVEL 2, houver uma chamada para outra sub-rotina, esta se tornar uma
sub-rotina NVEL 3... e assim por diante, at que o stimo nvel seja alcanado, que o mximo
nvel aceito.
importante especificar que o CNC, devido sua filosofia de configurao prpria, gerencia todas as
Funes Auxiliares (M..., S..., F..., T..., D..., G....) como Sub-rotinas.
Tomando em considerao o nvel mximo de seqenciamento, as F.A. acima mencionadas devem ser
lembradas quando em execuo.
Em outras palavras, o verdadeiro valor do nvel mximo de seqenciamento ser igual a (7 nmero
da F.A. simultaneamente em execuo).

4-7 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Exemplo:

PRG. PRINC.

% NIVEL3
....
.... .....
.... .....
N40 L<NIVEL1> NIVEL1 .....
.... .....
.... ..... .....
M2 ..... .....
..... <RET>
L<NIVEL2> NIVEL2
.....
..... .....
<RET> .....
.....
L<NIVEL3>
.....
.....
<RET>

Comentrio:
O fluxo indicado pelas setas ilustra o mecanismo de seqenciamento das sub-rotinas e deve-se notar
que no exemplo apresentado somente o nvel trs alcanado.

4.3 SALTOS DE PROGRAMA

Atravs de um Salto (JUMP), que pode ser classificado em uma das quatro formas abaixo, pode-se
modificar o fluxo de um programa:
<JMP:...> a instruo para um salto incondicional.
<JMC: nome do arquivo;...> permite um salto incondicional para o bloco N.. de uma sub-
rotina.
<IFF <...>:...> a instruo para um salto condicional.
<IFC<...>:nome do arquivo;...> permite um salto condicional para o bloco N.. de uma sub-
rotina.

REV. 3 4-8
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

4.3.1 SALTO INCONDICIONAL


Formato:
1) N...<JMP:N nmero>
A instruo JMP provoca a transferncia da execuo do programa para a operao do Nmero
programado na instruo JMP.
A linha N pode tambm ser expressa na forma N<exp>.
Exemplo:
%
N10 .....
........
........
N50 <JMP:N250>
.......
N250

No bloco N50, em razo da instruo JMP, a execuo do programa transferida para a operao
N250.

2) N...<JMP:[ETIQUETA] >
A instruo JMP transfere a execuo do programa para o Bloco apresentado na Etiqueta
programada na instruo JMP.

Exemplo:
%
N10 .....
........
........
N50 <JMP:[PIPPO] >
.......
[PIPPO] X.. Y..

No bloco N50, em razo da instruo JMP, a execuo do programa transferida para o bloco
identificado com a etiqueta PIPPO.

4.3.2 SALTO INCONDICIONAL PARA UM BLOCO DE UMA SUB-ROTINA


Formato:
N... < JMC: nome do arquivo;nmero N>

4-9 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Esta instruo utilizada para executar um salto incondicional para uma operao nmero N de uma
sub-rotina indicado no nome do arquivo.
A linha N pode tambm ser expressa na forma N<exp>.

Exemplo:
% N0 {SUB1} N0 {SUB2}
N0 {PROG} .... ....
.... .... N200 <JMC:SUB1;N250>
N10 L<SUB1> N200 L<SUB2> ....
.... .... N300 <JMC:PROG;N50>
.... N250 X150 Y180 ....
N50 X50 Y80 .... ....
.... N300 <RET> N500 <RET>
....
N100 M2

Comentrios:
Da N200 da sub-rotina "SUB2", se a condio for verificada, um salto executado para a sub-rotina
"SUB1"; da N300 da sub-rotina "SUB2", se a condio for verificada, um salto executado para N50
do programa principal "PROG".
A N200 do SUB2 poderia ser programada: N200<JMC:-1;N250>, que significa que um salto teria
ocorrido para N250 do nvel 1, em relao do atual nvel de seqenciamento.
A N300 do SUB2 poderia ser programada: N300 <JMC:-2;N50> que significa que um salto teria
ocorrido para nvel 2, em relao ao atual nvel de seqenciamento, que de fato o programa
principal.

4.3.3 SALTO CONDICIONAL


A instruo IFF usada para saltar para outras partes do programa, porm somente na presena de
certas condies. O formato geral :

N... < IFF<exp>: Na; Nb; Nc>


em que:
<exp> indica a varivel ou uma expresso matemtica.
Na; Nb; Nc representam outras operaes N.. presentes no programa, usando a seguinte prerrogativa:

REV. 3 4-10
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Cdigo 724P395

Se o resultado da expresso for negativo (< 0), a execuo do programa transferido para o Bloco Na.
Se o resultado da expresso for zero (= 0), a execuo do programa transferido para o Bloco Nb.
Se o resultado da expresso for positivo (> 0), a execuo do programa transferido para o Bloco Nc.
Os parmetros Na, Nb e Nc podem tambm ser expressos na forma N<exp>.

Exemplos:

1) N100 <IFF<R10 - 100>:N50;N150;N200>


Se o resultado de "R10-100" for negativo, o fluxo do programa saltar para N50, se for zero,
saltar para N150, se for positivo, saltar para N200.
2) N100 <IFF<R10 - 100>>: N50;N50;N200>>
Neste caso o salto para N50 executado com resultado de "R10-100" negativo ou igual a
zero.

4.3.4 SALTO CONDICIONAL PARA UM BLOCO DE UMA SUB-ROTINA


Formato:
N...<IFC<exp>:nome do arquivo; Na; Nb; Nc>
A instruo IFC idntica instruo IFF exceto que executa um salto para um bloco N.. de uma
sub-rotina (definida no nome do arquivo).
Os parmetros Na, Nb e Nc podem tambm ser expressos na forma N<exp>.
Para melhor esclarecimento analise-se o seguinte exemplo:
...
N200 <IFC <R12 - R28>:SUB1; N140;N120;N230>
....

Se o resultado da expresso for um valor negativo, o salto executado para a N140 da sub-rotina
"SUB1".
Se o resultado da expresso for um valor igual a zero, o salto executado para a N120 da sub-rotina
"SUB1".
Se o resultado da expresso for um valor positivo, o salto executado para a N230 da sub-rotina
"SUB1".

4-11 REV. 3
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4.4 REPETIES DE PARTE DO PROGRAMA

Usando a instruo <RPT:...> possvel repetir parte de um programa em execuo. Esta instruo
particularmente til, pois permite a simplificao de muitos programas.

De fato:

Permite a repetio automtica de uma operao de fresagem, para realizar os vrios


passes de desbaste, programando somente as de acabamento.
Permite reposicionar o mandril da Mquina em todos os processos em que vrios ciclos
fixos devem ser executados em seqncia. Por exemplo: furo de centro furao
rosqueamento, etc.
Permite, atravs da chamada mltipla de uma matriz de transformao de rotao, a
translao ou roto-translao de parte de um programa (definida em um certo processo).

A instruo de repetio tem o seguinte formato:


N.. <RPT: N..inc ; N.. fin.; n vezes>
em que N inc e N.. fin representam as extremidades do LOOP (anel) de repetio, ou mais
precisamente:
N...inc representa o nmero da linha da instruo que inicia a repetio.
N... fin representa o nmero d linha da instruo que finaliza a repetio.

n vezes um nmero inteiro que representa o nmero de vezes que se quer repetir o programa contido
entre N..inc e N.. fin.
Se o parmetro n vezes no for programado, o LOOP ser repetido uma s vez.

Por exemplo:
...
N50 <RPT: N10;N40;10>
...
significa que os blocos do programa contidos entre N10 e N40 sero repetidos 10 vezes.

A instruo lgica <RPT:...> deve ser programada em um Bloco separado, que no contenha
outras instrues.

A partir da verso do software V2.04 possvel a programao do parmetro n vezes = 0 (nas


verses anteriores provocava a ativao de um alarme especfico).
Neste caso a instruo <RPT:..> no operante e o fluxo do programa passa para a instruo
seguinte.
Isto se torna muito til no caso de programao paramtrica.

REV. 3 4-12
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Exemplo 1
A instruo <RPT:...> utilizada para executar duas vezes um perfil com uma tolerncia diferente de
usinagem.

%
N0 G16XYZ+
N10 T4 M6 <DRA:2>
N15 S800 F300
N20 G0 X... Y.. M13
N30 Z...
N40 G1 G41 X... Y...
...
N150 G0 Z50
N160 <DRA:0> S900 F150 T8 M6
N170 <RPT:N20;N150>
N180 ....
N250 M2

Comentrios:

N20 - N150 Descreve um perfil de contorno executado deixando uma


tolerncia de usinagem radial de 2mm (< DRA:2>).
N160 Estabelece novos parmetros de corte S... F... e a tolerncia de
usinagem ajustada para 0 (<DRA:0>), finalmente, uma
ferramenta adequada para acabamento montada (T8 M6).
N170 A instruo <RPT:...> controla a repetio do programa de N20 a
N150 (isto , o perfil) com os novos parmetros de corte e a
tolerncia de usinagem 0 estabelecida no bloco N160.
Ento, a passada de acabamento executada na pea.

Aps executar a N150, o CNC ignora a N160 e a N170 e reinicia a execuo do programa a partir da
N180.

Exemplo 2
A instruo <RPT: ...> utilizada para executar, nas mesmas posies, diferentes ciclos fixos (para
informaes adicionais sobre programao de Ciclos Fixos, consultar o Captulo 10).

4-13 REV. 3
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Cdigo 724P392

%
N0 G16 XYZ+ <CFF=CFZ>
N10 T3 M6
N20 G81 <RAP=2> <ENT=-4> <RAL=2> S1200 M42 {Marcao}
N30 X100 Y100 F180 M13
N40 X150
N50 X180 Y150
......
N190 X300 Y280
N200 G80 Z200 T3 M6
N205 S900 F120
N210 G83 <ENT = -90 > < INI=25> <IND =5> <TIM=0>
N220 <RPT: N30;N190>
N230 G80 Z200 T4 M6
N235 S300 F285
N240 G84 <RAP = 5> <ENT=-20> { Rosc. c/ macho}
N250 <RPT:N30;N190>
N260 ......
......

Comentrios:

N20 So memorizados os parmetros referentes ao ciclo fixo de


furao G81.
N30 - N190 O ciclo fixo de furao executado onde necessrio, dentro do
processo de usinagem.
N210 So memorizados os parmetros referentes ao ciclo fixo de
furao profunda G83.
N220 A parte do programa contido entre N30 e N190 repetido e
executado um ciclo de furao profunda nos pontos previamente
marcados.
N250 Repetio da parte do programa contido entre N30 e N190 com o
ciclo fixo de rosqueamento G84 definido no bloco N240.

Se um programa for repetido com novos parmetros (F.. S.. <DRA: ..>, <DLN:..> ou um ciclo fixo
diferente), deve ser assegurado que os parmetros anteriores sejam programados em uma operao
fora do LOOP.
Se, por exemplo, no programa do Exemplo 1 mostrado no incio deste pargrafo, as instrues S...
F... <DRA: 2> fossem programadas no bloco N20 e no no N10, o programa no atingiria a fase de
acabamento, porque a instruo <RPT:..> teria encontrado os antigos parmetros no LOOP (entre N..
e N..) e o perfil da pea teria sido repetido com os mesmos parmetros de tolerncia de usinagem e de
corte usados no processo de desbaste.

REV. 3 4-14
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Exemplo 3
A instruo <RPT:...> para iniciar a usinagem de um perfil em vrias passadas.
No exemplo 1 deste pargrafo foi explicado o processo de execuo das passadas de desbaste e
acabamento de um perfil atravs da instruo <RPT:..>.
Agora ser explicado como executar o contorno de um perfil com vrias passadas de usinagem,
usando a mesma instruo.

%
N0 G16 XYZ+
N5 R1=40 R2=4 R3=R1/R2
N10 T4 M6 F300
N15 < DRA: <R1> >
N20 G0 X.. Y.. S800 M13
N30 .....
N40 G1 G41 X.... Y...
N50 ....
.....
.....
N150 G0 Z50
N160 R1= R1 - R3
N170 <RPT: N15; N160;<FTI(R2)>>
N180 .....
.....

Comentrios:

N10 So atribudos vrios parmetros teis durante a usinagem:


R1 = tolerncia de usinagem
R2 = nmero de passadas
R3 = diminuio da tolerncia de usinagem (calculada
pela diviso da tolerncia de usinagem R1 pelo nmero de
passadas R2).
N15 estabelecida uma tolerncia de usinagem igual a R1 (ou seja,
igual a 40mm).
N020 - N150 Programa de contorno, o perfil executado com uma tolerncia
de usinagem de 40mm.
N160 Diminuio da tolerncia de usinagem R1 de R3 (R1 fica com
30mm).

4-15 REV. 3
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N170 Usando a instruo <RPT:N15;N160;<FTI(R4)>, criado um


ciclo repetitivo (4 vezes), para cada repetio a tolerncia de
usinagem diminuda at alcanar a passada de acabamento
R1=0>. No lugar do contador <FTI(R4)> pode-se programar 4
diretamente.
Um ciclo repetitivo para fresagem com vrias passadas obtido,
neste caso executando-se um total de 5 passadas, a primeira com
tolerncia de usinagem <DRA:40> e a ltima com <DRA:0>
(acabamento), com diminuio de 10mm em cada passada.
Devido Programao Paramtrica o programa se torna mais compacto.
Se ela no tivesse sido utilizada, o programa teria assumido o seguinte aspecto:
%
N0 ...
N20 G0 X.. Y..
N150 ...
N155 < DRA: 30 >
N156 < RPT:N20;N150 >
N157 < DRA: 20 >
N158 < RPT:N20;N150 >
N159 < DRA: 10 >
N160 < RPT:N20;N150 >
N161 < DRA:0 >
N165 < RPT:N20;N150 >
N180 .....
....

Comentrios:
O ciclo <RPT:..> repetido quantas vezes forem as passadas necessrias, cada vez atribuindo uma
diminuio de tolerncia de usinagem <DRA:...>. .

4.4.1 REGRAS REFERENTES UTILIZAO DA INSTRUO < RPT: ... >

1) NVEL DE SEQENCIAMENTO
Dentro de um LOOP de repetio, isto , entre a N.. inc. e a N.. fin. da instruo <RPT:...>, podem
estar programadas outras instrues <RPT:...>, como por exemplo:

REV. 3 4-16
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%
N0 ...
N10 ...
....
N80 ...
N90 < RPT: N10; N80 >
N100 ...
N120 <RPT: N10; N100 >
N130 ...
N150 G54.03
N160 <RPT: N0; N130 >
...

Comentrios:
N90 Instruo <RPT:...> de nvel 1, entre N10 e N80, no h outras
instrues <RPT:...>.
N120 Instrues <RPT:...> de nvel 2, isto , entre N10 e N100, h
uma instruo <RPT> de nvel 1.
N160 Instruo <RPT:...> de nvel 3, isto , j existe uma <RPT>3 <
de nvel 2 dentro dela. Em particular, N160 repete todo o
programa em relao origem n.3 (G54.03).
Na instruo <RPT:...> pode-se programar um Nvel de Seqenciamento mximo igual a 7.

2) CORRELAO ENTRE AS INSTRUES <RPT:...> E JUMP (SALTO)

Dentro de um LOOP de <RPT:...> possvel programar instrues para um salto incondicional


<JMP N...> ou condicional <IFF<...>:...>, mas necessrio lembrar que, nesse caso, o mecanismo
de LOOP da instruo <RPT:...> desativada.
Por exemplo:

%
N10 ....
N20 ....
N30 <IFF<R2>: N80;N80;N150>
N40 ....
...
N50 ....
N60 <RPT:N10;N80>
N70 ....

4-17 REV. 3
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Comentrios:
Ciclo de Repetio entre N10-N80. N30 contm um teste na varivel R2, que faz o programa saltar
para N80 ou para N150. <RPT:...> s executada, portanto, entre N10 e N20.

3) USO DA INSTRUO <RPT:...> PARA REPETIR UM PROGRAMA


INDEFINIDAMENTE
Isto pode ser obtido, usando-se o seguinte artifcio:
.....
Nxx <RPT: N0; Nxx>
....
Especificando uma N final com um nmero igual ao N.. do bloco onde a instruo <RPT:...> est
escrita.

Por exemplo:
%
N0 G16 XYZ+
N10 T1 M06...
N20 X... Y..
...
...
N300 <RPT: N0;N300>

Comentrios:
N300 O programa contido entre N0 e N300 repetido, N300 contm a instruo <RPT:...>, portanto
o ciclo de repetio executado indefinidamente.
O mesmo efeito pode ser obtido programando-se um salto incondicional em N300:

N300 <JMP: N0>

4) Uso da instruo <RPT:...> para repetir parte de um programa deslocado, girado, etc.
possvel associar uma matriz de transformao a uma instruo de repetio (para informaes
adicionais, consultar o Captulo 15).

REV. 3 4-18
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4.5 EXEMPLOS DE PROGRAMAO PARAMTRICA E USO DA INSTRUO RPT

1) Usinagem de um perfil elptico

Fig. 4-1

Programa:
% N60 R4 = 360
N10 G16XYZ+ N70 R5 = 2
N20 { R1 = Semi-eixo maior } N80 S600 M42
{ R2 = Semi-eixo menor } N90 X0 Y0 M3
{ R3 = ngulo inicial } N100 Z-10
{ R4 = ngulo final } N110 R8=R1*COS(R3) R9 =R2*SIN(R3)
{ R5 = Incremento angular } G1 G41 X=R8 Y=R9
N120 R3=R3 + R5
N30 R1 = 230 N130 <IFF<R4-R3>: N140;N110;N110>
N40 R2 = 160 N140 G40 G0 X0 Y0 Z100 M5
N50 R3 = 0 N150 M2

4-19 REV. 3
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2) Usinagem de uma superfcie semi-esfrica

Fig. 4-2

Programa:

%
N10 G16XYZ+
N20 T1 M6
N25 { R1 = Raio Semi-Esfrico }
N30 { R2 = ngulo Inicial }
N35 { R3 = ngulo Final }
N40 { R4 = Incremento Angular }
N50 R1=100 R2=0 R3=60 R4=3
N55 S800 M42
N60 X0 Y0 Z0 M3
N70 R7=R1*COS(R2) R8 R8=-R1*SIN(R2) {Clculo das coordenadasX eY}
N80 G1 X=R7 Y0 Z=R8
N90 G3 I0 J0 RB360
N100 R2=R2+R4
N110 < IFF <R3-R2> :N120;N70;N70 >
N120 G0 X0 Y0 Z100 M5
N130 M2

REV. 3 4-20
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4.6 AVALIAO DO TEMPO DE EXECUO DE UM PROGRAMA

Para avaliar o tempo gasto entre uma operao e a seguinte ou, de maneira geral, o tempo de usinagem
de um Programa, o programador tem sua disposio duas instrues:
<TIM:ON> e <TIM:OFF>
A instruo <TIM:ON> inicia a medio do tempo (com o uso do relgio do CNC) e, ao mesmo
tempo, zera as variveis do sistema V1025.
Os contedos dessa varivel sero, portanto, aumentados de uma unidade a cada segundo.
A instruo <TIM:OFF> desativa a medio e bloqueia o incremento da varivel V1025.
Com uma simples operao, o valor da varivel V1025 pode ser atribudo a uma das 1000 variveis R
e usado quando necessrio.

Exemplo de Uso

.....
N100 <TIM:ON>
......
... Parte do Programa em que o tempo exigido
.....
N200 <TIM:OFF>
N201 R0=V1025
.....
.....
N400 <TIM:ON>
......
... Parte do Programa em que o tempo exigido
.....
N500 <TIM:OFF>
N501 R1=V1025
.....

Nota:
O valor atual da varivel V1025 acessvel atravs da tecla Tempo de Execuo na opo
Utility. Para informaes adicionais, consultar o manual NORMAS DE USO PARA FRESA,
cdigo 724P392.

4-21 REV. 3
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4.7 RAPIDEZ DA PROCURA APS UM RETRACE

A partir da verso SW V3.02 foi introduzida uma nova funcionalidade. Ela permite, no
caso de programas muito longos, aumentar drasticamente a rapidez da procura associada
com o reincio aps um movimento em RETRACE. Permite saltar imediatamente para
prximo ao bloco de programa no qual tenha sido posicionado manualmente.
Isto possvel graas introduo de duas novas instrues:
<JMP:STL> e <STL> (STore Line). A primeira executa fisicamente o salto e a segunda
memoriza o(s) bloco(s) a serem saltados.
Portanto, em um Programa s permitida uma instruo <JMP:STL> e uma ou mais
<STL> estrategicamente colocadas pelo programador.
Para melhor entendimento da operao dessas instrues, o seguinte exemplo ser
examinado:

%
N10 G16XYZ+
N20 G54.03
N30 M6 T21
N40 M3 S10000 F3000
N50 <JMP:STL>
N60 X... Y... Z...
...
...
N1020 X... Y... Z...
N1030 <STL>
N1040 X... Y... Z...
N1050 X... Y... Z...
...
...
N3100 X... Y... Z...
N3110 <STL>
N3120 X... Y... Z...
...
...

importante salientar que durante a Execuo e a Leitura (Search) a instruo


<JMP:STL> no tem qualquer efeito. Ela operacional somente quando o programa
reiniciado aps um RETRACE (operao ativada pressionando a tecla REL).
Por outro lado, a instruo <STL> permite memorizar, durante a execuo do programa,
o bloco ao qual est associada; essa memorizao ser atualizada toda vez que uma nova
instruo <STL> for encontrada.

REV. 3 4-22
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Com referncia ao exemplo acima mencionado, o endereo de salto ser inicialmente


carregado com o endereo associado com o bloco N1030 (que est realmente afastado
se comparado com o incio do programa), e depois com o endereo do bloco N3110. Em
seguida, ativando o RETRACE, o endereo de salto ser sempre atualizado. No
exemplo acima mencionado, quando a movimentao em RETRACE executada, so
envolvidos blocos acima de N3120, portanto o endereo de salto permanecer associado
ao bloco N3110; por outro lado, se a movimentao ocorrer dentro do limite de N1040
N3100, ser atualizada com o bloco N1030 (endereo associado com a instruo <STL>
imediatamente anterior).
Deste modo, quanto o trabalho reiniciado no final do RETRACE, com a execuo de
um SEARCH do bloco atual, e quando o CNC encontra a instruo <JMP:STL>,
comear a ser lido o bloco associado com o atual endereo de salto. Isto tornar a
procura extremamente rpida, colocando-a prxima posio atingida em RETRACE.

Notas e restries:

Na realidade, a memorizao do endereo de salto com compensao permite que a


numerao do Programa seja desnecessria.

No bloco que contm a instruo STL so aceitos somente o nmero da linha e um


eventual comentrio. (Expresso entre parnteses ou apstrofo).

responsabilidade do programador fazer com que, ao executar um salto com a instruo


<JMP:STL>, todos os parmetros Tecnolgicos e Geomtricos (G1/G0, matrizes, etc.)
estejam ativos e evitar que o salto seja executado em blocos programados em modo
incremental.

As instrues <JMP:STL> e <STL> s podem ser programadas dentro do programa


principal ou de uma sub-rotina ou de uma Funo Auxiliar exclusivamente de primeiro
nvel.

Ao programar uma <STL> antes da <JMP:STL> torna esta ltima no operante (sua
execuo criaria um loop perptuo).

A instruo <JMP:STL> no pode ser inserida em um loop criado com a instruo


<RPT:...>.

4-23 REV. 3
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Notas:

REV. 3 4-24
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CAPTULO 5

5. Origens
Denomina-se ORIGEM ou ZERO PEA um ponto caracterstico, escolhido pelo programador
no plano da pea, do qual se originaram as cotas de usinagem ou dele podem ser facilmente
obtidas.
Todas as coordenadas que se referem ao ponto de origem so coordenadas absolutas.

5.1 ORIGENS ABSOLUTAS

Normalmente, em um Programa, as cotas programadas para os vrios eixos (X, Y, Z, B etc.)


se referem s suas origens n.1, pois o caractere % do incio do programa ativa a origem n.1
para todos os eixos.
O operador da mquina deve acertar essas origens de maneira que elas correspondam zero
pea indicada pelo programador.
O CNC permite a definio de 20 origens, que so diferentes e independentes entre si e podem
ser acessadas atravs da seguinte instruo:
G54.XX
Onde a extenso XX, aps um ponto decimal, indica o nmero da origem.
XX pode, portanto, ter um valor inteiro entre 01 e 20.
Programar G54 sem uma extenso significa programar G54.01, que acessa a origem n.1 de
cada eixo.
Muitas vezes pode ser til ao programador atribuir cotas a origens diferentes da n.1. Para isso,
suficiente escrever as instrues modais: G54.02, G54.03...G54.20 dependendo da
necessidade de se ativar a origem n.2, a origem n.3 ou a origem n.20 de todos os eixos do
CNC da mquina.

Exemplo:

%
N0 ....
N10 ....
....
N90 ....
N100 G54.04
....
N250 ....
N260 G54.07
....
N300 M2

5-1 REV. 3
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Comentrios:
At a instruo N90, as cotas programadas para os eixos se referem sua origem n.1, devido
ao caractere %.
Da instruo N100 at a N250 as cotas se referem s origens n. 4.
Da instruo N260 at o final do Programa, as cotas se referem s origens n.7.
Nota:
1) As instrues G54.XX cancelam quaisquer translaes de origem programadas com a
instruo G59 (ver prximo pargrafo).
2) As instrues G54.XX no so aceitas onde a origem ativa tenha sido roto-transladada
atravs da instruo G58 (ver pargrafo especfico).

5.2 TRANSLAO DE ORIGEM A PARTIR DO PROGRAMA ( G59 )

No CNC possvel transladar a origem em relao quela atualmente ativa, atravs da


seguinte instruo:
G59 X.. Y.. Z.. ou
G59 DX.. DY.. DZ... ou em todas as outras possveis formas compostas
Na qual X, Y, Z, DX, DY e DZ representam a entidade de translao dos respectivos eixos,
tanto na forma absoluta como na incremental.
Atravs desse mtodo, a origem ativa no sistema se torna aquela obtida pela adio do valor
estabelecido para a instruo G54.XX, conforme definido pela G59... .
Usando-se a forma incremental da G59 ( G59 DX... DY... DZ... ) a origem ativa pode ser
transladada um nmero indefinido de vezes.
Para cancelar quaisquer translaes de origem suficiente estabelecer a instruo G59 sem
parmetros ou ativar uma nova origem usando a instruo G54.XX.
Na qual X, Y, Z, DX, DY e DZ representam a entidade de translao dos respectivos eixos,
tanto na forma absoluta como na incremental.

....
N30 G54.03
N40 X.. Y..
....
N60 G59 X80 Y30
....
N100 G59 DX10 DY10
....
N200 G59 DX20 DY20
....
N300 G54.05

REV. 3 5-2
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Comentrios:

N30 A origem n.3 acessada


N40 O posicionamento dos eixos X e Y executado, com referncia origem n.3.
N60 A origem n.3 transladada em 80mm em X e em 30mm em Y.
N100 A primeira translao deslocada em relao a 10mm em X e 10mm em Y.
N200 Uma segunda translao desloca a origem mais 20mm em X e 20mm em Y.
N300 A origem absoluta n.5 acessada e, conseqentemente, as translaes
incrementais previamente estabelecidas so zeradas.

O efeito grfico apresentado na Fig. 5-1

G59 DX20 DY20


G54.05

G59 DX10 DY10


60

40
G59 X80 Y30
30

80 90 110 X
Fig. 5.1

5.3 CARREGANDO ORIGENS A PARTIR DO PROGRAMA

A instruo G59 usada com sintaxe diferente daquelas j vistas, para a definio das 20
origens absolutas (que so agora acessadas atravs da instruo G54.XX).
Isto permite carregar origens pr-definidas a partir do Programa.
A sintaxe a seguinte:
G59 N... X... Y... Z... A... B...
na qual o parmetro N.., em seguida G59, representa o nmero da origem a ser carregada (ou
modificada).
Por exemplo G59 N3 X.. Y.. Z.. especifica que a origem n.3 deve ser carregada para os eixos
X, Y, Z.

5-3 REV. 3
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Nota:
Se a origem sendo modificada aquela que est ativa, a G59 N... tem o efeito de
cancelar qualquer movimento incremental ativado pela instruo G59 ...
Lembrar tambm que origens com a instruo de roto-translao G58 ativa no podem
ser carregadas (ver pargrafo seguinte).

5.4 ROTO-TRANSLAO DE EIXOS ASSOCIADA ORIGEM ATIVA (G58)

Atravs da G58, em suas vrias expresses formais, possvel executar a roto-translao de


eixos da superfcie de contorno em relao origem ativa usando-se a instruo G54.XX e
quaisquer modificaes necessrias usando-se uma ou vrias G59.
Verificam-se a seguir as vrias sintaxes que podem ser aplicadas instruo G58:
1) G58 X.. Y.. RC..
Na qual X.. e Y.. so as translaes a serem aplicadas origem ativa e RC o
ngulo (positivo se anti-horrio) que a abscissa da nova referncia forma com a
abscissa do sistema ativo (definido com G54 + G59), possivelmente j roto-
transladado por uma matriz esttica ou dinmica.
2) G58 DX.. DY.. RB..
Na qual DX, DY e RB introduzem as quantidades a serem adicionadas aos valores das
G58 previamente ativadas (no caso em que isto no ocorre, os valores sero
adicionados diretamente ao sistema de referncia ativo).
A G58 pode tambm ser formulada com um ou dois parmetros. Parmetros no
definidos tm o valor de zero.
3) Mistura de Formas entre 1) e 2)
Sintaxes com termos absolutos e incrementais tambm so permitidas, mesmo que
estejam misturados. Por exemplo:
G58 X.. DY.. RC...
G58 DX.. Y.. RB..
G58 DX.. DY.. RC.. etc.
4) G58 (sem parmetros)
Cancela a roto-translao j ativada pelas instrues G58 ... anteriores.

Notas:
Na linha do Programa onde aparece a instruo G58, em todas as suas vrias formas,
no pode haver outras instrues (somente comentrios de blocos so aceitos).
Quando uma G58 est ativa, no possvel ativar/desativar qualquer matriz
esttica/dinmica nem emitir instrues G54 e G59 nem alterar superfcie de contorno
(G16, G17, G18, G19).

REV. 3 5-4
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A instruo G58 trabalha antes do GAP. Dessa maneira, em um programa que usa
GAP possvel roto-transladar somente a parte do perfil descrita pelos blocos situados
aps a G58, mesmo se ligados a elementos situados antes, que no sero roto-
transladados.
A G58 pode ser usada para definir um perfil no qual uma matriz esttica ser aplicada,
por exemplo, para deslocamento em zigue-zague.
A G58 pode ser usada para definir um perfil no qual a funo ESPELHAMENTO
ser aplicada (isto significa que pode ser obtido um perfil especular ao descrito).
A ativao/desativao da G58 no significa que a usinagem do perfil que a contm
deve ser interrompida.
A G58 atua sobre os elementos geomtricos virtuais do EXPERT no momento em
que so definidos, o que significa dizer que eles so memorizados com a roto-
translao estabelecida pela G58. Isto permite que eles sejam apoiados por um
elemento definido com a G58 ativa, e um outro elemento definido com a G58 no
mais ativa ou com valores diferentes.

Por exemplo: G58 X... Y... RC...


O2 = G3 I.. J.. R..
G58
L3 = O2 RC ...

A reta L3 apoiada pelo crculo O2 definido com a roto-translao da G58 ativa.


As cotas visualizadas no ambiente do CNC sempre se referem ao zero pea (G54 +
G59) e no ao sistema de programao criado por qualquer G58 e/ou matrizes
Esttica/Dinmica.
Na troca de modo e na interrupo de um programa, qualquer G58 ativa desativada.
A G58 no pode ser usada na definio de perfis acessados pela macro para usinagem
de superfcie tridimensional (Definindo um Perfil Plano e um ou mais Setores de
Perfis, Listrado entre 2 Perfis, Perfil de Cavidade).

Exemplo de programao:
....
N30 G54.03
N40 X... Y...
....
N60 G59 X200 Y120
N70 X... Y...
N80 G58 X50 Y100 RC45
N90 G58
N100 G54.05
....

5-5 REV. 3
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Comentrios:

N30 A origem n.3 ativada


N60 A origem ativa transladada em 200mm em X e em 120mm em Y.
N80 O sistema de referncia adicionalmente transladado por 50mm em X e 100mm
em Y, bem como rotacionado por 45o (tornando-se como ilustrado na Fig. 5-2).
N100 Acessa a origem absoluta n.5 e, conseqentemente, requer que a translao
programada com G58 seja cancelada e automaticamente restabelecidos os efeitos
da G59 anterior.

45
220
G54.05
Fig. 5.2

120

G54.03 200 250 X

5.5 INTERRUPO DE ORIGENS E TRANSLAES (G53)

A instruo G53 provoca movimentos da mquina em relao ao ZERO MQUINA


(estabelecido pelo fabricante da mquina).
Esta instruo, normalmente no usada como padro em um Programa, provoca um
cancelamento momentneo (a instruo auto-cancelante) das origens ativas (selecionadas
atravs da G54.XX), possivelmente transladadas ou roto-transladadas (atravs de G59 e G58).
A origem ativa e quaisquer roto-translaes aplicadas a esta instruo so reativadas quando a
prxima instruo G53 for executada.
Entretanto, importante lembrar que a G53 no cancela qualquer Compensao de Raio e
Comprimento da Ferramenta ativa, bem como o Espelhamento ativo e Matrizes
Esttica/Dinmica que efetuam o posicionamento da ferramenta.
Por exemplo, programando-se:
N...G53 X2000 Y1850
A mquina se posiciona nas cotas de coordenada X2000 e Y1850 em relao ao ZERO
MQUINA.

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5.6 COMPATIBILIDADE COM O CONTROLE DE ORIGENS CNC 2401

O antigo CNC ECS Srie 2401 controlava as instrues G58 e G59 de maneira
diferente, quando comparado com o descrito nos Pargrafos 5.4 e 5.2.

Especificamente:

A funo G58 era simplesmente uma duplicata da G59 (aplicando realmente um


deslocamento no espao da origem ativa que foi transladada atravs da G59). G58
X0Y0Z0 cancelava o efeito desta instruo sobre o eixo especificado.

Alm disso, ela era aplicada antes de uma matriz possvel.

Ao contrrio, a funo G59 ativava uma translao de origem ativa no espao, que
podia ser definida somente em uma forma absoluta (G59 X...Y... Z...). Para
restabelecer o deslocamento anteriormente definido era necessrio especific-lo com
G59 X0 Y0 Z0.

O estabelecimento da translao com a G59 era sempre, como agora, aplicado antes de
uma matriz possvel.

A antiga operao pode ser selecionada (a partir da verso SW V3.02) ajustando no


arquivo de parametrizao GEN.TAR, o campo OLDG=Y.

5-7 REV. 3
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Notas:

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CAPTULO 6

6. Compensao do Comprimento da Ferramenta e Definio de


Tolerncia de Usinagem
Ao estabelecer um programa de usinagem/mandrilamento, lembrar de levar em considerao o raio
R.. e o comprimento L.. da ferramenta.
No caso de usinagem mecnica geral com pontos, machos e porta-brocas, no necessrio
compensar o raio e o comprimento dessas ferramentas, que ser nulo.

Este captulo explica como compensar


automaticamente o comprimento das
ferramentas, de forma que o programador possa
estabelecer a profundidade da usinagem sem ter
que se preocupar com os comprimentos reais
das ferramentas.
Fig. 6-1 Isto normalmente significa que o programador
L tem a vantagem de programar os movimentos da
mquina considerando que uma ferramenta
ideal tem o comprimento zero.
R

6.1 INSTRUES PARA ATIVAR A COMPENSAO DO COMPRIMENTO DA


FERRAMENTA

A compensao do comprimento executada atravs das seguintes instrues:


G43 Inserir a correo de comprimento em sentido positivo no eixo imediatamente seguinte.
O eixo deve obviamente ser um de profundidade.
G44 Preparar para inserir a correo de comprimento, porm em um sentido negativo.
G43 insere a compensao de comprimento em um sentido positivo ao longo do eixo Z, por ser o
eixo que segue a instruo G43, de maneira que a profundidade Z-50 seja atingida pela ponta da
ferramenta. O eixo X, programado na mesma operao, no compensado no comprimento.
A instruo G43 vlida se o eixo de profundidade se mover em um sentido positivo, de maneira a
distanciar a ferramenta da pea que est sendo produzida.

6-1 REV. 3
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Onde isto no se aplicar, a instruo G44 deve ser utilizada.


Deve ser tomado cuidado para assegurar que as instrues G43 e G44 sejam bem posicionadas, isto
, que o eixo de profundidade esteja imediatamente aps a instruo.
Exemplo:
...
N30 G01 G43 Z-50 X100
...

Comentrios:
A G43 insere a compensao de comprimento em um sentido positivo ao longo do eixo Z ( o eixo Z
que segue a G43). Conseqentemente, a profundidade Z-50 alcanada pela ponta da ferramenta (uma
vez que o comprimento tenha sido corretamente definido na tabela).
Nota:
H tambm uma segunda forma de ativar a compensao de ferramenta no eixo de profundidade,
atravs da instruo G16.. Essa instruo explicada em mais detalhes no Captulo 7 deste Manual.

6.2 CANCELAMENTO DA COMPENSAO DO COMPRIMENTO

possvel cancelar a compensao de comprimento atravs da instruo:


D0
Notas:
- O caractere % do incio do programa fora a D0.
- D0 no deve ser confundida com a instruo D.., que usada para ativar vrios corretores
(ver Captulo 12) ou com o parmetro D.. que usado em EXPERT para expressar, por
exemplo, a distncia entre duas linhas retas paralelas. (Ver Captulo 8).

6.3 EXEMPLO DO USO DA COMPENSAO DO COMPRIMENTO

Supondo que a pea da Fig. 6-2 esteja sendo produzida, com um dimetro de furao de 20mm
com a ferramenta T5 e a fresagem seguinte, para porca, com a fresa T12 com dimetro de 40mm
e tambm supondo que as ferramentas (as mesmas representadas na Fig. 6-1) tenham um
comprimento igual a 220mm e 100mm (T5) e (T12) respectivamente.

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Fig. 6-2
+Y
5

+X
20 40

20
+Z

Antes de iniciar a usinagem, o operador da mquina deve carregar os tamanhos geomtricos reais de
todas as ferramentas necessrias para a usinagem, dentro da Tabela de Ferramentas do CNC. (Para
informaes adicionais, consultar o manual NORMAS DE USO PARA FRESA, cdigo 724P392).
Em especial, as seguintes informaes devem ser introduzidas:
T=5 L = 220 R = 0
T=12 L = 100 R = 20
Nesse ponto, o programa de usinagem se tornar:
%
....
N10 T5 M6 M42
N20 G0 X0 Y0 S750 M13 T12
N30 G43 Z2
N40 G1 Z-25 F120
N50 G0 Z200 M6
N60 Z2 S300 M13
N70 G1 Z-5 F90
N80 G0 Z200 M5
N90 M2

Comentrios:
Atravs da instruo G43 da N30, o eixo Z definido como eixo de profundidade e a compensao do
comprimento ativada em um sentido positivo (de fato, Z se move em um sentido positivo para se
distanciar da pea).

6-3 REV. 3
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O CNC leva automaticamente em considerao o comprimento das ferramentas que uma a uma so
montadas no mandril (atravs da Funo Auxiliar M6) e atingir as cotas programadas, que so
aquelas obtidas diretamente do plano da pea.

6.4 TOLERNCIA DE USINAGEM NO PERFIL

O valor <DRA:> da tolerncia de usinagem para a pea em produo pode ser programado
atravs da instruo: < DRA: valor >
onde valor representa a entidade, em mm (ou polegadas) de tolerncia de usinagem a ser
deixada no perfil.
Se o valor for positivo, uma tolerncia de usinagem igual ao valor ser deixada no perfil. Se
o valor programado for negativo, o perfil programado ser reduzido pela quantia indicada
na instruo <DRA:...>.
Por exemplo, programando <DRA:2> no incio do contorno significa que uma tolerncia de
usinagem de 2mm ser deixada em todos os contornos executados.
A instruo <DRA:...> pode ser cancelada programando-se:

<DRA: 0 >
Notas:
A instruo <DRA:...> complementar quelas que ativam a correo do RAIO DA
FERRAMENTA (para informaes adicionais ver Captulo 9) e deve, portanto, ser
programada antes dos movimentos de contorno. A instruo <DRA..> atua na superfcie de
contorno escolhida, atravs das instrues G17, G18, G19 ou G16 (ver novamente o
Captulo 9) e sobre a ferramenta que estiver ativa no momento.
A instruo <DRA:...> se torna verstil e poderosa se usada em conjunto com a macro de
repetio: <RPT:..> (ver Captulos 4 e 11).
A instruo <DRA:...> automaticamente cancelada pelo caractere % do incio do
programa.
Durante o contorno, a instruo <DRA:...> deve estar j programada e no pode variar. Para
possibilitar variar o valor de <DRA..> necessrio reiniciar o contorno.
A instruo <DRA:...> funciona pela sua prpria adio algebricamente ao raio da ferramenta
que est sendo utilizado. Conseqentemente, a soma <DRA:...> + R deve ser sempre maior
ou igual a zero.

6.5 TOLERNCIA DE USINAGEM EM PROFUNDIDADE

Para programar a tolerncia de usinagem ao longo do eixo de profundidade, a seguinte


instruo utilizada:
<DLN: valor >

REV. 3 6-4
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onde o valor representa o nmero inteiro de tolerncia de usinagem que deve ser deixado ao longo
do eixo de profundidade, ou seja, ao longo do eixo COMPENSADO NO COMPRIMENTO, atravs
das instrues G43 (ou G44) ou G16...
O CNC atua como se o comprimento da ferramenta fosse aquele especificado na Tabela de
Ferramentas, adicionado algebricamente <DLN:...> programada.
Exemplo:
%
N0 G17 <DLN:20>
N10 T1 M6
N20 X100 Y50
N30 G43 W-50

Comentrios:
Em N30 a ferramenta (T1) posicionada em uma profundidade real de W-30, que o resultado da
soma algbrica: W= -50 + 20.
Notas:
A instruo <DLN:...> age sobre o eixo compensado no comprimento (definido atravs das
instrues G43 ou G44 ou G16...) sempre que esse eixo for movimentado.
A instruo <DLN:... > deve ser programada antes ou durante a instruo de movimento do
eixo de profundidade.
A instruo <DLN:...> pode ser especialmente til quando usada com a macro de repetio:
<RPT:...>.
Enquanto a instruo <DRA:...> permite vrios passes de fresagem a serem programados no
sentido radial, a instruo <DLN:...> permite vrios passes de fresagem a serem
programados em profundidade.
Para cancelar o efeito da instruo <DLN:...>, basta programar:
<DLN:0 >
O caractere % do incio do programa forar a instruo <DLN: ...> para zero.

6.6 CARREGANDO FERRAMENTAS A PARTIR DO ARQUIVO

O CNC possui instrues especficas que permitem carregar a Tabela de Ferramentas a partir do
arquivo em vez de manualmente, como demonstrado no manual NORMAS DE USO PARA
FRESA.
H trs procedimentos de carregamento diferentes disponveis, que permitem:
a) Insero de uma nova ferramenta (G797);
b) Atualizao dos parmetros geomtricos da ferramenta (G798);

6-5 REV. 3
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c) Atualizao do comentrio associado a uma ferramenta e da cor a ser utilizada


na Simulao Grfica (G792);
d) Atualizao dos parmetros de vida til e desgaste da ferramenta (G799);
e) Atualizao dos parmetros genricos associados a uma ferramenta (G791);
f) Atualizao dos parmetros tecnolgicos (Velocidade e Avano) e dos
parmetros geomtricos especficos da ferramenta (por exemplo, comprimento
da placa e inclinao) (G796). Atualmente este procedimento est exclusivamente
disponvel no caso de ferramentas de torneamento com programao simplificada
(CAMTORNI).
tambm possvel:
g) Eliminar uma ferramenta da tabela (G793);
h) Mudar a posio da ferramenta (G794).
Obviamente, os procedimentos acima mencionados so ou no aplicveis dependendo do tipo de
troca de ferramenta configurada. A tabela abaixo apresenta a correlao entre o Procedimento e o
Tipo de troca de ferramenta:

Troca Troca Aut. de


Troca Manual
Automtica de Ferr. c/ Vida
de Ferramenta
Ferramenta til e Desgaste
G797 x x x
G798 x x x
G792 x x x
G799 x
G791 x x x
G793 x x x
G794 x x

igualmente vlido que o mesmo procedimento pode trocar diferentes parmetros dependendo do
tipo de ferramenta (de Fresagem para Torneamento) e do Tipo de Magazine.

6.6.1 COMO ATIVAR OS PROCEDIMENTOS DE CARREGAMENTO


Um procedimento de carregamento, independente do nmero de blocos nele contidos, inicia com a
instruo G795, que deve ser programada numa linha prpria. Com relao insero de dados para
uma ferramenta individual, dentro do procedimento, eles devem, necessariamente, iniciar com um
registro tipo a), caracterizado pelo comando G797.

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6.6.2 DEFINIO DOS PARMETROS DA FERRAMENTA


Para um procedimento tipo a), que define as caractersticas bsicas da ferramenta, para cada
ferramenta deve ser inserida no programa uma linha contendo os seguintes parmetros:
<TPC=... > Define o cdigo fsico da ferramenta Obrigatrio
<TTC=...> Define o cdigo lgico da ferramenta Obrigatrio
<POS=... > Define a posio da ferramenta no magazine Obrigatrio se for troca
automtica da
ferramenta
<FOR=... > Define o formato da ferramenta
Os seguintes valores esto disponveis:
<FOR=1> Fresa Esfrica
<FOR=1> Fresa Cilndrica
<FOR=1> Fresa Toroidal
<FOR=4> Broca
<FOR=5> Macho
Obrigatrio
<FOR=6> Probe
<FOR=20> Ferramenta romboidal para torneamento
<FOR=21> Ferramenta de sangrar para torneamento
<FOR=22> Ferramenta redonda para torneamento
<FOR=23> Ferramenta de recartilhar para torneamento
<FOR=24> Ferramenta quadrada para torneamento
<FOR=25> Ferramenta rosqueadora para torneamento
<SIZ=... > Define o tamanho da ferramenta
Os seguintes valores esto disponveis:
<SIZ=0> Ferramenta Pequena Obrigatrio se for troca
automtica da
<SIZ=1> Ferramenta Mdia ferramenta
<SIZ=2> Ferramenta Grande
<SIZ=3> Ferramenta Extra Grande
<MCT=... > Indica se a ferramenta normal ou multi-corte Obrigatrio se for troca
<MCT=0> Ferramenta Normal automtica da
<MCT=1> Ferramenta Multi-corte ferramenta
<TRN=> Indica se a ferramenta ou no para torneamento
<TRN=0> Ferramenta para Fresagem Obrigatrio
<TRN=1> Ferramenta para Torneamento
<QUD=> Indica o quadrante da ferramenta (isto , sua orientao) Obrigatrio para
<QUD=n> ferramentas para
onde n um nmero inteiro entre 1 e 8 torneamento
G797 Comanda o carregamento dos parmetros acima descritos
Obrigatrio
para a tabela de ferramenta

Por exemplo, o registro:


<TPC=2> <TTC=2> <POS=2> <FOR=2> <SIZ=0> <MCT=0> <TRN=0> G797

6-7 REV. 3
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insere a ferramenta T2 (fresa cilndrica) declarando que a mesma tem posio 2 no magazine, que ela
ocupa um nico local e no multi-corte.
Para o procedimento tipo b), que define as caractersticas geomtricas bsicas da
ferramenta, para cada ferramenta deve ser inserida no programa uma linha contendo os
seguintes parmetros:
<TPC=... > Define o cdigo fsico da ferramenta Obrigatrio
<TTC=...> Define o cdigo lgico da ferramenta Obrigatrio
<LUN=... > Define o comprimento da ferramenta em mm Obrigatrio
<LAR=> Define o Comprimento2 da ferramenta em mm Obrigatrio somente no caso
de uma ferramenta para
torneamento
<RTA=> Define o raio do elemento cortante em mm Obrigatrio somente no caso
Se fresa esfrica RTA=TAD de uma ferramenta para
torneamento
Se fresa cilndrica RTA=0
<RAD=... > Define o raio da ferramenta em mm Obrigatrio
G798 Comanda o carregamento dos parmetros acima Obrigatrio
descritos para a tabela de ferramenta

Por exemplo, o registro:


<TPC=3> <TTC=3> <LUN=100.000> <LAR=50.000> <RAD=1.000> G798
insere a ferramenta T3 (que deve previamente ter sido declarada para torneamento), caracterizada por:
Comprimento 100 mm, Comprimento2 50 mm e Raio 1mm.

Para o procedimento tipo c), que permite a cada ferramenta ser ligada a um comentrio e, se
necessrio, a uma cor a ser utilizada na Simulao Grfica, uma linha deve ser inserida no programa,
como segue:
<TPC=... > Define o cdigo fsico da ferramenta Obrigatrio
<TTC=...> Define o cdigo lgico da ferramenta Obrigatrio
(comentrio) O campo comentrio uma cadeia alfanumrica com um Obrigatrio
mximo de 30 caracteres.
<%%COL= Onde o campo nmero (um nmero inteiro duplo) define Opcional, se
numero> a cor a ser associada com a ferramenta. O cdigo utilizado %%COL= 0 ou no
RGB. Por exemplo: definido, se a cor da
Amarelo= 65535 ferramenta no tiver
sido inicializada
Vermelho= 255
(default amarelo)
Verde= 425984
Azul claro= 16776960
Violeta= 8388863 etc.
G792 Comanda o carregamento do comentrio para a tabela de Obrigatrio
ferramentas

REV. 3 6-8
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Por exemplo, o registro:


<TPC=4> <TTC=4> (Fresa Cilndrica dimetro 20mm) G792
Na tabela de ferramenta, liga a ferramenta T4 ao comentrio Fresa cilndrica...... e
cor vermelha.

Para o procedimento tipo d), que permite ao programador definir todos os parmetros
da ferramenta ligados ao gerenciamento da Vida til e Desgaste, uma linha deve ser
inserida no programa, como segue:
<TPC=... > Define o cdigo fsico da ferramenta Obrigatrio
<TTC=...> Define o cdigo lgico da ferramenta Obrigatrio
<ATL=... > Define, em segundos, a vida til da ferramenta Obrigatrio
<WTL=... > Define o tempo, em segundos, em cujo trmino o CNC Opcional
alerta o operador que a ferramenta est quase morta (Alerta
sobre Final da Vida til)
<MXL=... > Define o mximo desgaste no comprimento aceito pela Obrigatrio
ferramenta. Valor expresso em milmetros.
<MXS=> Define o mximo desgaste no comprimento2 aceito pela Obrigatrio somente
ferramenta. Valor expresso em milmetros. para ferramentas para
torneamento
<MXR=... > Define o mximo desgaste no raio aceito pela ferramenta. Obrigatrio
Valor expresso em milmetros.
<MXP=... > Define o mximo desgaste do primeiro uso, expresso em Opcional
milmetros.
<MXU=... > Define o mximo desgaste unitrio, expresso em Opcional
milmetros.
G799 Comanda o carregamento dos parmetros acima descritos Obrigatrio
para a tabela de ferramentas

importante lembrar que o comando G799 (e os parmetros a ele associados) s significativo na


presena da Troca Automtica de Ferramenta com a opo Controle da Vida til e Desgaste
ativa.
Por exemplo, o registro:
<TPC=16> <TTC=16> <ATL=10000> <WTL=9900> <MXL=0.012> <MXS=0.013>
<MXR=0.011> <MXP=0.016> <MXU=0.014> G799
associa ferramenta T16 (que deve primeiramente ser definida para torneamento):
Uma expectativa de vida de 10.000 segundos.
Um limite de alarme de 100 segundos (o que significa que, aps 9.900 segundos de
trabalho, o alarme de final de perodo de vida ser ativado)
Um desgaste mximo, em termos de Comprimento, Comprimento2 e Raio de 0.012, 0.013
e 0.011mm, respectivamente.
Um desgaste mximo de primeiro uso de 0.016mm e
Um desgaste unitrio mximo de 0.014mm.

6-9 REV. 3
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Para o procedimento tipo e), que permite que uma ferramenta seja associada a uma srie de
parmetros genricos, cuja significncia depender da aplicao, uma linha deve ser inserida no
programa, como segue:

<TPC=... > Define o cdigo fsico da ferramenta Obrigatrio


<TTC=...> Define o cdigo lgico da ferramenta Obrigatrio
<PGA=... > Parmetro de Objetivo Geral, tipo Flutuante Opcional
<PGB=... > Parmetro de Uso Geral, tipo Flutuante Opcional
<%%PGC=... > Parmetro de Uso Geral, tipo Inteiro Opcional
<%%PGD=> Parmetro de Uso Geral, tipo Inteiro Opcional
G791 Comanda o carregamento dos parmetros acima Obrigatrio
descritos para a tabela de ferramentas

O procedimento de atualizao ativado com o comando G791 s significativo quando existe


uma aplicao para um dos seus 4 parmetros.
importante lembrar que o acesso a PGA, PGB, %%PGC e %%PGD tambm possvel a
partir do PLC, com o uso de funes especiais (para informaes adicionais sobre este assunto,
consultar o Manual de Aplicao).
Como exemplo tem-se o seguinte registro:

<TPC=12> <TTC=12> <PGA=100.042> <PGB=99.004> <%%PGC=12300>


<%%PGD=23450> G791

Para o procedimento tipo f), que permite que uma srie de parmetros genricos de um tipo
especfico tecnolgico ou geomtrico seja ligada a uma ferramenta, uma linha deve ser inserida
no programa, como segue:

<TPC=... > Define o cdigo fsico da ferramenta Obrigatrio


<TTC=...> Define o cdigo lgico da ferramenta Obrigatrio
<FOR=... > Define o formato da ferramenta usando a mesma Obrigatrio
codificao j descrita para o comando G797 (favor
consultar).
<LUP=... > Define o comprimento do inserto. Expresso em milmetros. Depende do formato da
ferramenta
<APA=> Define o ngulo do inserto. Expresso em graus. Depende do formato da
ferramenta
< APB=> Define a inclinao do inserto. Expresso em graus. Depende do formato da
ferramenta
<LAU=> Define a largura da ferramenta. Expresso em milmetros. Depende do formato da
ferramenta
<LUU=> Define a altura da ferramenta. Expresso em milmetros. Depende do formato da
ferramenta

REV. 3 6-10
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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<PSU=> Define o passo do macho. Vlido somente para o


macho
<SPU=... > Velocidade de trabalho recomendada para a ferramenta. Depende do formato da
Expressa em mm/rot ferramenta
<FEU=> Avano de trabalho recomendada para a ferramenta. Depende do formato da
Expresso em m/min ferramenta
G796 Comanda o carregamento dos parmetros acima descritos Obrigatrio
para a tabela de ferramentas

O procedimento de atualizao ativado com o comando G796 , atualmente, somente


significativo no caso de um equipamento de torno com a opo Programao Simplificada
(CAMTORNI) ativada.
A tabela abaixo apresenta as ligaes permitidas entre os parmetros abreviados e os formatos de
ferramenta:

LUP APA APB LUU LAU PSU SPU FEU


Ferr. Romboidal x x x x x
Ferr. Redonda x x
Probe x
Ferr. de Rosquear x
Ferr. de Recartilhar x x x x
Ferr. de sangrar x x x x
Ferr. Quadrada x x x
Ferr. Esfrica x x x
Fresa Cilndrica x x x
Fresa Toroidal x x x
Broca x x x
Macho x x x

Exemplo de uma sub-rotina que ativa o carregamento dos dados de uma ferramenta:

G795
<TPC=11> <TTC=11> <POS=11> <FOR=3> <SIZ=0> <TRN=0> <MCT=0> G797
<TPC=11> <TTC=11> <LUN=100.000> <RAD=10.000> <RTA=1.000> G798
<TPC=11> <TTC=11> (Fresa toroidal dia. 20 )G792
<TPC=11> <TTC=11> <PGA=10.001> <PGB=0.999> <%%PGC=10923> G791
<TPC=11> <TTC=11><FOR=1><LUU=100.000><SPU=1.000><FEU=100.000> G796
<TPC=11> <TTC=11> <MXL=1.000> <MXR=1.000> <ATL=6000> <WTL=5900>G799
<RET>

6-11 REV. 3
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Comentrios:
T11 uma fresa toroidal com um raio de 10 mm e um raio de corte de 1 mm.
O controle de vida til e desgaste esto ativados. A expectativa de vida de 6.000 segundos; o
alerta deve ser dado 100 segundos antes do final da vida til. Os comandos G796 e G799 foram
inseridos apenas para tornar o exemplo completo.

6.7 GERENCIAMENTO DE FERRAMENTA TERRA

No gerenciamento da troca automtica de ferramenta possvel tambm definir ferramentas que


esto fora do disco como Ferramentas Terra, conforme pargrafo seguinte.
Esta particularidade do Controlador de Ferramentas usado nos CNCs da ECS especialmente til
em Mquinas-Ferramenta com um disco de ferramentas limitado (geralmente racks) ou para
criar discos secundrios a serem gerenciados pelo PLC.
Deve-se mencionar que uma Ferramenta Terra gerenciada com todas as mesmas
peculiaridades de uma ferramenta em qualquer outra posio:
- Ela pode ser reajustada
- Perodo de Vida til e Desgaste podem ser gerenciados
- Ela pode ser carregada em uma tabela a partir do Arquivo
- A posio pode ser modificada
- O tamanho pode ser definido

Notas:

- Uma Ferramenta Terra caracterizada por ter uma posio arbitrria igual a 7000.

A insero de uma Ferramenta Terra pode ocorrer em duas modalidades distintas:

1) Atribuindo um valor de 10 ao seu tamanho.

<SIZ= Cdigo de Tamanho Padro + 10 >

2) Definindo a posio como 7000


<POS=7000>
Por exemplo, para definir uma Ferramenta Terra caracterizada pelo cdigo 4, de tamanho
pequeno e formato toroidal, o seguinte registro deve ser estabelecido:

<TPC=4> <SIZ=10> <FOR=3> G797 Com referncia ao Modo 1)


<TPC=4> <SIZ=1> <FOR=3> <POS7000> G797 Com referncia ao Modo 2)

6.8 MUDANA DA POSIO DA FERRAMENTA


A mudana da posio da ferramenta na tabela tambm possvel a partir do Arquivo, seguindo
um procedimento especfico.

REV. 3 6-12
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Esse procedimento o seguinte:


- Emitir a funo G795, que resulta no restabelecimento dos parmetros inseridos.
- Escrever um bloco que contenha, respectivamente:
a) As instrues <TTC=...> e <TPC=> para definir o cdigo da ferramenta
b) A instruo <POS=... > para definir a nova posio na qual a ferramenta deve ser inserida
c) A funo G794 que ativa a atualizao da tabela.

Exemplos de programao:
G795
<TPC=10> <POS=5> G794
{ Ferr. 10 deve ser inserida, como ferr. terra, na posio 5 do disco }
<TPC=20> <POS=3> G794
{ Ferr. 20 deve ser removida e considerada de terra }

Notas sobre a funo G794


- A funo G794 executa as seguintes operaes:
a) Se a posio indicada no disco est ocupada por uma outra ferramenta, esta removida do
disco e definida como Ferramenta Terra.
b) Inserir a ferramenta na posio indicada no disco.
- A funo G794 verifica se:
a) A troca de ferramenta automtica e no est excluda.
b) A posio indicada no est reservada para uma ferramenta que est fora do disco
(montada em um mandril, na posio intermediria ou de carga/descarga).
c) A ferramenta est presente na tabela e disponvel.
d) A ferramenta est no disco ou em terra.
e) A ferramenta no est definida como multi-corte.
f) No h famlias definidas.
g) A posio indicada est dentro do limite das posies do disco.
h) O tamanho da ferramenta est adequado para a posio solicitada.
i) Se h uma ferramenta na posio indicada, que no uma ferramenta multi-corte.
Qualquer coisa em contrrio acionar um alarme.

6.9 ELIMINANDO UMA FERRAMENTA


Atravs da funo G793 possvel:
- Cancelar a ferramenta Txx na Tabela de Ferramentas.
- Cancelar o corretor Dxx na Tabela de Ferramentas.
Este procedimento consiste do seguinte:
- No bloco anterior ao primeiro G793, a programao de uma funo G795, que restabelece os
parmetros inseridos.

6-13 REV. 3
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- No bloco que contm a G793, a ferramenta pode ser definida em uma das seguintes maneiras:
1) Indicando a posio <POS=> G793
Neste caso, todas as ferramentas ligadas a esta posio so canceladas. Este modo s
vlido no caso de Troca Automtica de Ferramenta.

2) Indicando o Cdigo de Tipo (T ou TTC) <TTC=>G793


Neste caso, tanto as ferramentas que exibirem o mesmo cdigo quanto o corretor
sero eliminados. Ateno!! Se o cdigo se referir a uma ferramenta multi-corte,
todos os dispositivos de corte sero eliminados, mesmo que exibam cdigos
diferentes. Se o cdigo se referir a uma famlia, todas as ferramentas relacionadas
quela famlia sero eliminadas (elas exibem o mesmo cdigo TTC).

3) Indicando seu cdigo fsico (TPC) <TPC=> G793


Neste caso, tanto as ferramentas que exibirem o mesmo cdigo quanto o corretor
sero eliminados. Este o nico modo que pode ser usado para se eliminar uma
ferramenta dentro de uma famlia. Deve-se lembrar que uma famlia consiste de
ferramentas exibindo o mesmo cdigo TTC, porm um cdigo fsico TPC diferente.

A G793 verifica se:


- Os parmetros so congruentes com o tipo de Troca de Ferramenta.
- A ferramenta a ser cancelada no est montada em um mandril, em uma posio
intermediria ou em uma posio de carga ou descarga.
Caso contrrio, um alarme especfico ser acionado.

Exemplo:
Supondo a seguinte situao:

Famlia T1 consistindo de 3 ferramentas (TPC=1, 11, 111)


Corretor D10
Ferramenta T20 na posio 5 do disco
Ferramenta multi-corte TPC=5 (TTC/T=5, 15, 25)
E deseja-se:
Cancelar o corretor D10
Cancelar a ferramenta T20
Cancelar somente a ferramenta T1
Cancelar a ferramenta multi-corte TPC=5

O Sub-programa que permitiria tudo isso o seguinte:

REV. 3 6-14
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G795 (Reajusta parmetros de Entrada)


<TTC=10>G793 (Cancela o corretor D10)
<POS=5>G793 (Cancela a ferr. T20)
<TTC=1><TPC=111>G793 (Cancela a ferr. T1 com cdigo TPC=111)
<TTC=5>G793 (Cancela ferr. multi-corte)
<RET>

6.10 ELIMINAO DA TROCA AUTOMTICA DA FERRAMENTA

No caso de quebra da troca automtica da ferramenta, possvel exclu-la atravs das seguintes
instrues:
G309 { desligar a troca automtica de ferramenta }
Quando tiver que ser restabelecida, a seguinte instruo deve ser utilizada:
G308 { Reiniciar a troca automtica de ferramenta }
As instrues G308 e G309 so supermodais, o que significa que seu efeito permanece mesmo
quando o CNC desligado e ligado novamente.
Essas funes podem tambm ser muito teis para simplificar o procedimento de preajuste de
uma Troca Automtica de Ferramenta.
Pr-requisitos:
O disco facilmente acessvel (por exemplo, um rack aberto).
H um comando fsico para o bloqueio/desbloqueio da ferramenta.

Neste caso, sugere-se a seguinte manobra:


a) Colocar o CNC em Manual.
b) Descarregar o mandril atravs de uma T0 M6.
c) Excluir a troca automtica de ferramenta com G309 e definir e ativar a
compensao de comprimento, por exemplo com G16XYZ+.
d) Executar a carga da ferramenta x com Tx M6.
e) Montar fisicamente a ferramenta com as mos.
f) Executar o Preset da ferramenta, levando a ponta da ferramenta para a
referncia conhecida com o uso de JOG e da escolha correta atravs do menu
FERRAMENTAS.
g) Repetir as operaes descritas em d), e) e f) tantas vezes quantas forem as
ferramentas a serem pr-ajustadas.
h) Descarregar o Mandril atravs da T0 M6.
i) Reativar a Troca Automtica de Ferramenta atravs da G308.

6-15 REV. 3
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6.11 PROCEDIMENTO DE ATUALIZAO DO TROCADOR DE FERRAMENTA

O procedimento para a correo do trocador de ferramenta usado quando a posio real das
ferramentas no corresponde quela apresentada pelo CNC.
A correo deve ser executada da seguinte maneira:

a) Desmontar a ferramenta do mandril, se houver.


b) Desmontar a ferramenta da posio intermediria da troca de ferramenta, se houver.
c) Desmontar a ferramenta da posio intermediria da carga/descarga, se houver.
d) Executar a instruo <ZTL> ZTL no modo [MDI], que zera as ferramentas que
esto fora do magazine. Se houver um procedimento preajustado de carga/descarga
automtica, carregue novamente as ferramentas desmontadas que esto fora do
magazine, caso contrrio ser necessrio cancel-las e reinseri-las.

REV. 3 6-16
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CAPTULO 7

7. Contorno Usando Instrues ISO e Modos de Contorno


Por contorno entende-se que o CNC capaz de movimentar os eixos ao longo dos perfis que so
formados por segmentos de retas e/ou arcos de um crculo. Os procedimentos de contorno
correspondem, portanto, fresagem de reta ou perfis circulares.
A fresagem de reta ou Interpolao Linear definida ao mesmo tempo em todos os eixos do
CNC.
A fresagem de perfis circulares ou Interpolao Circular definida para os eixos que se
encontram na Superfcie de Contorno.

7.1 DEFINIO DE SUPERFCIE DE CONTORNO

Antes de iniciar um processo de contorno necessrio definir a superfcie sobre a qual se


encontram os perfis a serem trabalhados (ver Fig. 7-1), isto , aqueles tornados operantes
atravs do uso das seguintes instrues modais:
G17 Superfcie de Contorno X-Y (DIR1- DIR2) abscissa X ordenada Y
G18 Superfcie de Contorno Z-X (DIR3 - DIR1) abscissa Z ordenada X
G19 Superfcie de Contorno Y-Z (DIR2 - DIR3) abscissa Y ordenada Z
Cada uma dessas instrues identifica em qual par de eixos da mquina (escolhidos entre os
trs X, Y, Z) os arcos de crculo G02 ou G03 devem ser executados e/ou se a compensao do
raio da ferramenta exigida.

FIG. 7-1

G03 G19 Y
G03

G18

G17

G03
X

7-1 REV. 3
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Como uma alternativa para as instrues acima, possvel utilizar uma nica instruo
em que uma superfcie formada por qualquer par de eixos do CNC de diferentes
sentidos pode ser escolhida livremente.

7.1.1 LIVRE ESCOLHA DA SUPERFCIE DE CONTORNO (G16...)


Forma:
G16 primeiro eixo segundo eixo terceiro eixo +/-
onde: o primeiro eixo e o segundo eixo identificam os eixos da superfcie de contorno.
Deve-se notar que o primeiro eixo no tem, necessariamente, que estar associado abscissa
e o segundo eixo ordenada. Qualquer que seja a ordem escrita dos eixos, o CNC
considerar as vrias superfcies de contorno ao combinar as direes vlidas seguindo a regra
da mo direita descrita na Fig.7-1 (ver tambm informaes sobre G17, G18 e G19).
O terceiro eixo identifica o eixo onde o comprimento da ferramenta ser compensado
(portanto, nos ngulos retos dos dois eixos anteriores).
+/- apresenta o sentido da compensao do comprimento da ferramenta.
Por exemplo:
G16UVZ+ significa:
Superfcie de contorno formada pelos eixos U, V.
Compensao do comprimento da ferramenta ao longo do eixo Z em um sentido positivo (+).
Notas:
Favor notar que a instruo G16... ativa a compensao do comprimento da ferramenta como
uma alternativa s instrues G43 ou G44, bem como seleciona a superfcie de
contorno.
A partir da verso V3.0 possvel especificar os dois eixos da superfcie de contorno atravs
da instruo <G16:axis1;axis2>, onde ao invs de se identificar o eixo atravs do
nome, o mesmo identificado atravs de seu nmero.
possvel definir a superfcie de contorno livremente atravs da utilizao dos trs eixos,
sendo que dois dos quais so coincidentes.
Por exemplo: G16XZZ+ significa:

Uma superfcie de contorno formada pelos eixos Z, X e compensao de comprimento da


ferramenta no eixo Z no sentido positivo.

Concluindo:
Programar G17 equivalente a escrever G16XY.
Programar G18 equivalente a escrever G16ZX
Programar G19 equivalente a escrever G16YZ

REV. 3 7-2
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7.2 INSTRUES DE CONTORNO CONVENCIONAL

Por Contorno Convencional, entende-se um perfil que definido atravs das instrues G01,
G02 ou G03, nas quais as coordenadas Cartesiana ou polar do ponto final so sempre
programadas, respectivamente, para a reta ou crculo descritos.

7.2.1 DEFINIO DE UMA RETA ATRAVS DE COORDENADAS CARTESIANAS


Neste caso, uma reta definida pela programao de ambas coordenadas do ponto final,
atravs da instruo G01 para interpolao linear em usinagem ou G00 para movimentos
em Rpido.
O ponto inicial de uma reta corresponde ao ponto final atingido na operao anterior (ver Fig.
7-2).

Exemplo:
G00 X... Y... ( P1 )
G01 X... Y... ( P2 )

F... P2

P1 FIG. 7-2

Portanto:

G00 Interpolao Linear em Rpido G00 uma instruo modal e pode tambm ser
expressa na forma contrada G0.
G01 Interpolao Linear em Velocidade de G01 tambm uma instruo modal, que pode ser
Usinagem (programada usando a funo expressa pela forma contrada G1.
F..)

Nota:
A posio final pode tambm ser expressa de forma incremental usando-se o prefixo D... na
frente da inicial do eixo (para outros detalhes, ver Pargrafo 3.1.4).
Por exemplo, as seguintes sintaxes so permitidas:

G00 DX.. Y.. ou G00 X... DY... ou G00 DX... DY...


G01 DX.. Y.. ou G01 X.. DY.. ou G01 DX.. DY..

7-3 REV. 3
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7.2.2 DEFINIO DE UMA RETA ATRAVS DE COORDENADAS POLARES


Nesse caso, uma reta definida atravs da programao de coordenadas do plo, do ngulo
polar e do raio polar relativos ao ponto final, usando-se a instruo G11 para interpolao
linear em usinagem, ou G10 para movimentos em Rpido.
Tambm nesse caso, o ponto inicial da reta corresponde ao ponto final alcanado na operao
anterior (ver Fig. 7-3).
Exemplo:
G0 XP1... YP1...
G11 Xpole ... Ypole ... a.. e...

onde :
Xpole ... Ypole.... Coordenada absoluta do plo que se refere origem ativa
a .... ngulo polar (em graus e dcimos de grau)
e .... Raio polar

P2
Y

P1
e a

Ypole
Pole

Xpole X

FIG. 7-3

Portanto:

G10 X.. a..e.. Interpolao Linear em Rpido (G10 uma instruo modal)
G11 X.. Y.. a. e... Interpolao Linear em Velocidade de Usinagem programada
usando a funo F.... (G11 tambm uma instruo modal).

REV. 3 7-4
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7.2.3 DEFINIO DE UM ARCO DE CRCULO ATRAVS DE COORDENADAS


CARTESIANAS
Um arco de crculo definido atravs da programao do sentido da rota a ser tomado usando
G02 ou G03 e as coordenadas do centro e do ponto final.
Portanto, a sintaxe :
G02/G03 I... J... X... Y... (assumindo XY como superfcie de contorno)
onde:
G02 = Interpolao Circular no sentido horrio
G03 = Interpolao Circular no sentido anti-horrio
G02 e G03 so modais e podem ser expressos, respectivamente, pelas formas contradas
G2 e G3.
I representa a coordenada do centro ao longo do eixo de DIREO 1
J representa a coordenada do centro ao longo do eixo de DIREO 2
Sempre que a superfcie de contorno for ZX ou YZ, a coordenada do centro ao longo do
eixo de DIREO 3 ser identificado como K.

Exemplo: P1
Y
XP1... YP1....
G02 I.... J.... XP2... YP2.....

YP2 P2
J

XP2 X
I

Fig. 7-4

Notas:
Se G02 foi programado em lugar de G03, um arco complementar de 360o ser obtido,
como apresentado pela linha pontilhada na Fig. 7-4.
Sempre que o ponto final do crculo coincidir com seu ponto inicial, um crculo
completo (360o) executado.
H um parmetro na configurao do arquivo GEN.TAR para decidir quando 2
pontos de um crculo devem ser considerados coincidentes. Usando-se o novo
parmetro SGLG, um limite em micron estabelecido (default igual a 50 micron),

7-5 REV. 3
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dentro do qual os pontos inicial e final so considerados coincidentes e o CNC executa


um crculo completo.
As coordenadas do centro do crculo (I, J, K) por default so expressas na forma
absoluta em relao origem ativa, entretanto possvel, usando a correta calibrao,
configurar o controle para interpret-las em diferentes maneiras (absoluta,
incremental com relao ao ponto inicial P1, ou em outras palavras, absoluta em
relao origem ativa, ou incremental em relao ao ponto inicial P1, dependendo das
funes G90 ou G91 que estiverem ativas naquele momento).
Especificamente, suficiente estabelecer o campo PINT no arquivo
GEN.TAR:
PINT=ABS As coordenadas I.. J... K.. so sempre consideradas absolutas.
PINT=INC As coordenadas I.. J.. K.. so sempre consideradas relativas.
PINT=AUT As coordenadas I.. J.. K.. so absolutas se G90 estiver ativo e
incremental se G91 estiver ativo.
Entretanto, importante observar que, se for decidido estabelecer as coordenadas
do centro de maneira incremental, no mais possvel programar usando as
linguagens GAP e EXPERT (para outras informaes ver Captulo 8).
As coordenadas do ponto final podem ser expressas de maneira incremental em
relao ao ponto inicial (P1) atravs do parmetro D... (Para informaes adicionais
ver pargrafo 3.1.4). Por exemplo, as seguintes sintaxes so aceitveis:
G02 I... J... XP2 DY...
G02 I... J... DX... YP2
G02 I... J... DX... DY...
Na verso V2.03 e posteriores do software, estabelecendo-se o campo IGAP
(localizado na arquivo de configurao GEN.TAR) = N, possvel definir um crculo
completo, passando atravs do ponto final do ltimo elemento programado e com um
centro IJ, simplesmente programando-se G2/G3 IJ A instruo
normalmente interpretada como um elemento GAP circular aberto (para outras
informaes ver Captulo 8).

7.2.4 DEFINIO DE UM CRCULO ATRAVS DE COORDENADAS POLARES


Neste caso o crculo pode ser definido programando-se as coordenadas absolutas do ponto e
do centro do crculo bem como o ngulo polar e o raio polar relativos ao ponto final,
atravs da instruo G12 (Interpolao horria) ou G13 (Interpolao anti-horria).
Exemplo:
XP1... YP1...
G12 I... J.... Xpole... Ypole ... a... e....

REV. 3 7-6
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Y
P1
FIG. 7-5

J P2
e
a
Ypole
X

I Xpole

onde:
I... J... (or K...) Coordenadas absolutas do centro do crculo em relao origem ativa
Xpole... Ypole... Coordenadas absolutas do plo em relao origem ativa
a ... ngulo polar (expresso em graus e em dcimos de grau)
e.... Raio polar

Nota:
Lembrar que as funes G12 e G13 so modais.

7.3 INTERPOLAO HELICOIDAL

Uma interpolao helicoidal em um Centro de Usinagem com mesa rotativa controlada por
CNC (normalmente eixo B) pode ser facilmente executada com uma simples interpolao do
tipo:
N. G01... Y... B....
De fato, o movimento simultneo dos dois eixos, um linear e um rotativo, gera um movimento
helicoidal.
Neste pargrafo discute-se a possibilidade de interpolao helicoidal, coordenando os
movimentos de trs eixos lineares que simultaneamente se movem em trs diferentes sentidos:
dois eixos, aqueles da superfcie de contorno (ativados por G16, G17, G18 ou G19) executam
a interpolao circular, enquanto o terceiro eixo executa uma interpolao linear de passo
controlado.
Sintaxe:
N... G02 (or G03) X...Y...Z...I...J...e...
onde:
X, Y, Z coordenadas de ponto final

7-7 REV. 3
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Cdigo 724P392

I, J, K coordenadas de centro
e.. nmero inteiro dos ngulos torneados nos quais a hlice est contida, qualquer
sobra arredondada.

Exemplos: 400 --> e2 ( 400/360 = 1.1111.. )


270 --> e1 ( 270/360 = 0.75 )

Notas:
Se e.. no for programado, ser assumido e=1.
obrigatria a programao das trs coordenadas do ponto final.
A programao em coordenadas polares no aceitvel.
Outros eixos, alm dos trs utilizados na execuo da hlice, podem ser programados.
A velocidade de usinagem programada com F.. coincide com a projeo da velocidade
efetiva da superfcie de contorno. Entretanto, ela praticamente idntica velocidade
efetiva at que o passo P da hlice ultrapasse o dimetro do crculo (condio que
sempre pr-estabelecida no caso de rosqueamento). No caso em que se deseja programar
arcos helicoidais com um passo maior que o crculo, a seguinte frmula deve ser utilizada:

onde: Fe = F * ( 1 + ( P/( * D )2 )

Fe Velocidade de usinagem real medida tangencialmente hlice.


F Velocidade programada
D Dimetro do crculo onde o arco deve ser produzido

Exemplo:

%
100 N0 G16XYZ+
N10 T3 M6 M41
N20 X-80 Y100 S500 F200 M13
N30 Z-50
N40 G1 G42 X-40 Y50
N50 Y0
N60 G3 X-40 Y0 Z-350 I0 Jo e3
Y+
N70 G1 Y-100
N80 G40 X-100 Y-100
N90 G0 Z200 M5
10 N100 M2

80 X+

REV. 3 7-8
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Comentrios:

N0 Estabelece a superfcie de contorno X-Y e a compensao de


comprimento em uma direo positiva no eixo Z.
N20 Posicionamento em Rpido em um ponto externo.
N40 Aproximao linear com a pea esquerda (G42).
N60 Interpolao helicoidal em trs espirais completas com passo de
100mm.

Nota:
A Interpolao Helicoidal pode ser utilizada para executar rosqueamento (interna e externa)
com fresa, depsito de lubrificantes usando fresas ou machos, fresamentos com incrementos
contnuos na profundidade.

7.4 MODO CONTORNO

Durante a operao de contorno, o CNC gerencia um sofisticado sistema de controle da


acelerao do perfil de maneira a respeitar a geometria programada, utilizando as instrues
G01, G02 e G03.
Este sistema de antever permite que a projeo de um perfil seja visto com antecedncia, de
maneira que a velocidade programada F.. possa ser automaticamente adaptada para
respeitar a geometria da pea programada.
Na realidade, o CNC possui quatro modos de contorno diferentes que podem ser selecionados
diretamente do Programa, atravs das seguintes instrues G.., de acordo com o processo de
usinagem a ser executado:
- G60 Posicionamento e Usinagem Precisos
- G64 Posicionamento e Usinagem Rpidos
- G65 Posicionamento Preciso e em Super Rpido
- G66 Posicionamento Preciso e Usinagem Rpida

Lembrar que o modo de contorno pode ser diretamente modificado, com as funes acima
mencionadas, durante a execuo de um perfil.
Para outras informaes sobre calibrao inerentes aos modos que esto funcionalmente aqui
descritos, consultar o Manual de Parametrizao, cdigo 720P385.

7-9 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

7.4.1 MODO G60 (Posicionamento e Usinagem Precisos)


A interpolao G60, estabelecida no CNC como modo default, deve ser usada nos casos em
que um perfil deva ser produzido com preciso, porm onde no houver restries de
velocidade. De fato, se o ngulo entre duas linhas contguas do perfil for maior que 30o (este
valor que pode ser estabelecido com a calibrao), os eixos pararo. O CNC tambm verifica
que a posio solicitada seja atingida com a tolerncia prescrita e os eixos envolvidos
permaneam nela por um certo perodo de tempo estabelecido.

7.4.2 MODO G64 (Posicionamento e Usinagem Rpidos)


Ao estabelecer este modo, o CNC continua a verificar que a acelerao caracterizada no seja
ultrapassada para cada eixo (de fato, o controle automtico da velocidade do perfil
permanece operacional).
Os eixos param, porm somente quando houver variaes consistentes do perfil (a calibrao
default prevista para um ngulo de 90o).
Outra importante caracterstica do modo G64 que os conceitos de entrada no limiar e
permanncia no limiar no so gerenciados.

Concluses do uso do modo G64


O modo G64 deve ser usado nos casos em que o objetivo manter uma velocidade alta no
perfil sem ter que tomar muito cuidado com a preciso com que a usinagem est sendo
executada.
O perfil deve tambm ser do tipo raiado, uma vez que a presena de ngulos pode
facilmente causar a ultrapassagem de limites overshoot, especialmente quando so
estabelecidas altas aceleraes.
A grande facilidade de posicionamento torna a G64 recomendvel para usinagens tpicas de
mecnica geral, que usam muitos ciclos fixos.
Neste caso, a descida da ferramenta associada em todos os ciclos pode ser ativada previamente
e antecipar os movimentos de posicionamento, de forma a melhorar o tempo de execuo da
usinagem.
Outra utilizao recomendvel da G64 nos arquivos obtidos por digitalizao. Nesse tipo de
operao importante reduzir o tempo de incremento de passo.

7.4.3 MODO G65 (Posicionamento Preciso e em Super Rpido)


Quando este modo est ativo, o CNC estabelece o Avano Programado sem verificar se o
mesmo causa um super aumento na acelerao mxima da calibrao dos eixos. Isto ocorre
para ngulos entre superfcies de perfil contguas que sejam menores que 30o (valor
estabelecido como default).
Na realidade, uma verificao executada pelo CNC, porm com um limite maior do que o
usado em outros modos.

REV. 3 7-10
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Conseqentemente, neste caso, o programador (ou o CAD) deve ter cuidado em estabelecer
um avano que no dispare um alarme no CNC.
O alarme disparado quando este limite ultrapassado Posio de Contorno no
confivel.
Mesmo que possa fornecer bons resultados em termos de velocidade de usinagem, o modo
G65 deve sempre ser usado com muito cuidado, pois ele pode interferir com o controle de
velocidade do Programa.

7.4.4 MODO G66 (Posicionamento Preciso e Usinagem Rpida)


Este modo foi criado para permitir a execuo em alta velocidade de um perfil, garantindo, ao
mesmo tempo, uma execuo precisa e que as posies programadas sejam atingidas.

G66 gerencia o conceito de entrada no limite e permanncia no limite.

Concluses do uso do modo G66

O modo G66 deve ser usado sempre que o objetivo for manter uma velocidade alta no
perfil, de forma a atingir um bom compromisso entre a velocidade e a preciso da
execuo.

O perfil pode tambm no ser do tipo raiado, uma vez que tambm possvel gerenciar o
ngulo vivo com preciso.

7.4.5 MODO G67 (Perfil de Suavizao)


Para otimizar a usinagem de superfcies em 3D, definidas por pontos, um modo de operao
adicional foi introduzido nos CNC Srie Win da ECS. o chamado G67 que permite ao
operador no s manter a mesma alta velocidade de usinagem como obter uma boa qualidade
de acabamento da pea.

A funo G67 torna o perfil programado mais fluido, atravs das seguintes operaes:

Introduo de raios (chanfros) automticos entre elementos lineares contguos, assim


garantindo um perfil menor do que o limite programado.

Reduo automtica do avano na execuo do raio (filete) inserido, de forma a


garantir um mnimo nmero de pontos.

7-11 REV. 3
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Eliminao dos segmentos retos dos perfis se seu comprimentos for menor que o
limite programado.

A insero dos raios entre os segmentos lineares contguos pode tambm ser condicionada
atravs de seus ngulos. Em outras palavras, a funo G67 pode ser interpretada como um
Ps-Processador operando on line no perfil programado. Uma vez que o perfil tenha sido
re-gerado, o mesmo ser executado de acordo com os modos de controle de movimento
(G60, G64 ou G66) previamente estabelecidos.

FIG. 7-6

A FIG. 7-6 apresenta o efeito do modo G67 sobre dois segmentos lineares contguos
genericamente orientados.

Ao introduzir uma reta e modificar o perfil dentro de um dado limite a mquina pode manter o
Avano constante. As Figuras 7-7 e 7-8 apresentam o avano dos eixos em um determinado
perfil. Com a insero automtica de raio (filete), a mquina pode obter um Avano constante
ao longo do percurso, desde que a mxima acelerao e os vnculos sobre o mnimo nmero
de pontos escolhidos para descrever o arco no sejam excedidos (Fig. 7-8).
Feed

Feed

Time Time

Fig. 7-7 Perfil de Avano para Fig. 7-8 Perfil de Avano para
bordas sem chanfro bordas sem chanfro

REV. 3 7-12
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Com relao eliminao dos segmentos retos cujos comprimentos sejam menores que o
limite programado, a funo G67 se comporta conforme indicado na FIG. 7-9.

FIG. 7-9 G67 Apagar segmentos retos

Essa caracterstica do modo G67 pode ser muito til no caso de se precisar copiar o Programa
para eliminar irregularidades inteis no perfil.

7.4.5.1 Como ativar e desativar o modo


O modo G67 ser ativo em duas fases: durante a primeira, os parmetros devem ser
estabelecidos e na segunda ocorre a ativao.

A primeira fase executada atravs de uma instruo LIP com a seguinte sintaxe:

<G67: Eps; Dist; Amin; Amax; Npoint; Ax1; Ax2; Ax3>; ON/OFF>

na qual os parmetros apresentam o seguinte significado:

Eps Erro mximo admitido no perfil, expresso em [mm]. Default 0.03.


Dist Distncia mnima de um segmento necessrio para ativar a eliminao automtica
(0=controle desativado).
Amin,Amax ngulos mnimo e mximo (expressos em graus) dentro dos quais o modo G67
aplicado (Amin>=1 Amax<=179). Default Amin=3, Amax=60.
Npoint Nmero mnimo de pontos necessrios para definir um raio. Se Npoint=0 o
controle desativado. Neste caso o Avano no limitado, de forma a garantir a
gerao de um nmero mnimo de pontos pelo interpolador.
O Avano somente limitado se o Avano perifrico correspondente mnima
acelerao da calibrao dos eixos envolvidos no movimento for excedido.
Ax1,Ax2,Ax3 Eixos nos quais o modo G67 foi ativado.
ON/OFF Parmetro opcional (o valor ON est implcito). Ele permite ativar/desativar a
interpolao dos raios nos eixos indicados como Ax1, Ax2 e Ax3. O Fator de

7-13 REV. 3
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Cdigo 724P392

Suavizao deve ser previamente definido atravs da instruo <SPL;:...> (Ver


Pargrafo 7.4.9)
A qualificao est operante somente se a varivel %V1913 em COSTUSER
tiver sido previamente definida = 1.

O modo G67 pode tambm ser habilitado pela insero tanto no Programa quanto no arquivo
COST (Para informaes adicionais, consultar o Manual de Parametrizao). No primeiro
caso, novas calibraes iro se sobrepor quelas j existentes em COST.
Uma vez que essa funo tenha sido inicializada (por exemplo em COST), ela permite aos
operadores modificar at mesmo um nico parmetro.
Por exemplo, se em COST tem-se:
.
<G67:0.05;0;3;45;3;X;Y;Z>
.
Escrevendo a partir do Programa:
.
<G67:0.02>
..
significa modificar o erro mximo admitido de 5 para 2 centsimos de mm.
Ou se for escrito
.
<G67:0.05;0.01>
..
O erro mximo pode ser restaurado para 5 centsimos de mm, porm os operadores tambm
introduzem um controle na distncia mnima de 1 centsimo de mm.
Geralmente, se quiser modificar um parmetro sem alterar os outros, tudo o que se tem que
fazer adicionar ; aos parmetros que no se deseja modificar.
Uma vez estabelecida a parametrizao, a funo ser adequadamente ativada escrevendo-se o
seguinte no Programa:
..
G67
..
Enquanto que, para desativ-la:

.
G68

Nota:
Favor notar que tanto a funo G67 como a G68 normalmente exibiro a mensagem WAIT
no CNC. Em outras palavras, ao usar essas duas funes G, os eixos sero parados. Sempre

REV. 3 7-14
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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que for desejado, pode-se desativar, temporariamente, o modo G67 em uma parte especfica
do Programa, sem parar os eixos. Isto pode ser feito atravs da seguinte instruo:

<G67:0>

Dessa forma, o modo realmente suspenso sem parar os eixos. Se desejar ativar a funo G67
a partir de um determinado ponto, deve-se escrever o seguinte:
<G67: eps> com eps>0.

7.4.5.2 Comportamento
O G67 insere raios (filetes) somente entre dois segmentos G1 consecutivos, desde que eles
contenham a instruo de movimento pertinente dos eixos indicados na instruo de
programao LIP.
O raio (filete) estar de acordo com o erro no ngulo Eps, desde que o arco de crculo no
inclua mais do que a metade do segundo segmento linear a ser acoplado. Neste caso, dois
raios (filetes) consecutivos podem tambm incluir o segmento linear completo (Fig 7.10).
Seo 1
Seo 2

Percurso modificado
Fig. 7.10
Seo 3

Como pode ser visto neste caso, o Segmento completamente eliminado pelos dois arcos
tangentes.

Sempre que o raio do filete for menor que 0.001mm, o filete no inserido e o CNC se
comporta como se a funo G67 estivesse desativada.

Se o parmetro Dist for diferente de 0 todos os segmentos lineares menores que o valor de
Dist so eliminados.

O modo de eliminao para segmentos menores que o comprimento programado pode tambm
ser ativado sem ativar a insero automtica de filetes. Neste caso, deve-se escrever o
seguinte:
.
<G67:0;Dist>
.

7.4.5.3 Comportamento no caso de RESET, %, :


Essas sadas cancelam uma funo G67 anteriormente ativada e restauram os valores de
calibrao definidos em COST. Se a instruo de programao no tiver sido definida em

7-15 REV. 3
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COST, os parmetros no sero programados. Neste caso, se a instruo G67 for ativada, um
alarme de erro ser acionado.

7.4.5.4 Vnculos e incompatibilidade


A funo G67 no compatvel com os seguintes modos:

Compensao do raio da ferramenta no plano (G41, G42, G47 ou G48) ou no espao


(< SPC:>);
Troca de eixos <SWA:..> ;
Toro ativada <TWT: ON>;
Retrace;
Ciclos Fixos;
Canais com perfis, Perfil do segmento e Elementos Alternados;
Modo G62 (descrito abaixo).

7.4.5.5 Sugestes sobre o uso de G67


Para minimizar o tempo de usinagem, ao usar o modo G67 necessrio:

Estabelecer um look ahead (antever) adequado (alto).


Aumentar o coeficiente de acelerao no crculo (bit 3 da varivel %V4194)
Zerar a varivel V1002 (para desativar a reduo de acelerao no crculo).

7.4.6 Modo G62 (Insero Automtica de Filetes entre Retas na Superfcie de Contorno)
Esta funo, disponvel na verso V2.03 e posteriores do software, foi desenvolvida para
assegurar que as bordas tenham uma velocidade de avano pr-estabelecida mnima.
Para tornar o modo efetivo, os dois elementos que formam a borda devem ser segmentos
(programados com G01) colocados sobre a superfcie de contorno.
Neste caso, a funo G62 verifica se a velocidade na borda (com base no modo ativo
G60/G64/G65/G66) menor que o valor pr-estabelecido. Se for, a funo liga os dois
elementos com o arco de crculo.
O raio do filete introduzido , entretanto, limitado por dois fatores:
O comprimento dos segmentos aos quais o filete aplicado;
O erro mximo permitido entre o perfil programado e o perfil obtido.
tambm possvel evitar que os filetes sejam inseridos quando as bordas forem maiores que
um certo ngulo.

ngulo entre dois Fig. 7.11


elementos lineares Conceito de ngulo entre
1. elemento
dois elementos lineares
2. elemento

REV. 3 7-16
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7.4.6.1 Ativao e desativao do modo:


O modo G62 ativado em duas fases: na primeira os parmetros devem ser
estabelecidos, na segunda ocorre a ativao real.

A primeira fase executada atravs de uma instruo LIP com a seguinte sintaxe:

<G62: Feed Min; AngMax; ErrMax>


na qual os parmetros apresentam os seguintes significados:

FeedMin Valor do avano mnimo (expresso em mm/min) para garantir a aresta. O


parmetro deve ser programado pelo menos uma vez.
AngMax Valor (expresso em graus) do ngulo entre duas sees lineares (ver Fig. 7.11)
que, se excedido bloqueia o funcionamento de G62. O valor de 179o
estabelecido por default.
ErrMax Erro mximo (expresso em mm) entre o perfil programado e o perfil raiado atravs
da G62. Se este parmetro for estabelecido em zero ou no programado, o erro
no verificado.

A funo, uma vez inicializada (por exemplo em COST), permite a modificao de at mesmo
um parmetro.
Por exemplo, possvel programar:
.
<G62:FeedMin>
ou:
<G62: ; ;ErrMax>
Em geral, se for desejado modificar um nico parmetro sem modificar os outros, suficiente
substituir os parmetros que no se deseja modificar com ponto-e-vrgula (;).

Notas:
Se o avano programado para a execuo da pea for menor que FeedMin, o filete a ser
inserido calculado com o uso de avano programado; como resultado, o erro no perfil
tambm ser menor.
Uma vez que os parmetros da funo tenham sido estabelecidos, a ativao real ocorre
simplesmente escrevendo-se no Programa: G62.
O modo desativado pela funo G63.
Com G62 ativo, o filete no inserido no ponto em que o perfil da pea fixado por meio de
G41 / G42, porque se uma remoo for programada no mesmo ponto (como s vezes ocorre),
uma marca permanecer no ponto de contato.
No caso de uma das duas entidades lineares formar uma borda j programada em G0, o filete
automtico no inserido.

7-17 REV. 3
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Instrues que induzem a uma mensagem Wait (Espere) no provocam a aplicao do filete
automtico no final de qualquer movimento programado no bloco anterior.

7.4.6.2 Limites e incompatibilidades


A funo G62 incompatvel com o seguinte:

G67;
Toro ativa <TWT: ON>;
Compensao da ferramenta no espao <SPC:> ;

No caso de uma matriz dinmica ativa, ela deve agir sobre os eixos da superfcie de contorno.
As matrizes estticas aceitas so exclusivamente a matriz de mudana de escala (L
<SCALE>), as matrizes de rotao em torno dos eixos perpendiculares superfcie de
contorno (L<ROT>) e as matrizes de translao (L<TRANS>).
Quando uma matriz dinmica e uma matriz esttica (do tipo aceito) esto ativas ao mesmo
tempo, ambas devem agir sobre os mesmos eixos.

7.4.7 FLUTUANTE G31


Este modo, disponvel na verso V2.0 e posteriores do software, introduziu a possibilidade de
contornar perfis com compensao do raio da ferramenta inserida que possuem reentradas
longas e complicadas, nos quais a fresa, devido ao seu dimetro, no poderia entrar. Nesses
casos, a fresa nunca realiza exatamente o perfil, porm flutua acima dele removendo somente
o material que, baseado em seu dimetro, possvel remover.
A funo preparada com a programao da instruo G31. A flutuao realmente se torna
operante aps a ativao da compensao do raio da ferramenta (independente se isso ocorrer
atravs das funes G41/G42 ou G47/G48).

Notas sobre funcionamento e programao


Na realidade, a funo exige um parmetro, isto , uma janela sob a qual o software interpreta
a distncia como zero. Esse ajuste ocorre atravs da instruo <G31: tolerance>. Como
default, o parmetro inicializado em um milsimo do mcron <G31:0.000001> na
configurao do arquivo COST e normalmente no necessrio modific-lo. No caso de ser
necessrio modific-lo, deve-se notar que os valores entre 0.001 e 10-15 so aceitos.
G31 normalmente desativado atravs da funo dual G30. Ele pode tambm ser desativado
pressionando-se a tecla [RESET] e % e :N...
As instrues G30 e G31 devem ser programadas em um bloco sem outras instrues, com
exceo de comentrios entre parnteses, nmero do bloco e etiqueta.
Os pontos de entrada e sada da ferramenta no perfil, com G31 ativo, devem ser escritos no
mesmo bloco no qual est registrado o cdigo de Ativao / Desativao do offset da
ferramenta.

REV. 3 7-18
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Se um perfil fechado tiver sua entrada / sada em um elemento no mais existente no offset
do perfil, a fresa inicia na posio que o torna tangencial aos elementos contguos ao ponto de
entrada.
No caso de perfis fechados que iniciam e terminam em uma interseo de duas entidades, o
incio e o final do offset do perfil no no ponto de interseo, como seria normalmente,
mas na bi-seco das duas entidades, de maneira que o offset do perfil tambm fechado.
A funo flutuar trabalha com a acumulao de blocos de perfil em uma de suas estruturas
at a deteco do comando de desativao do offset (G40 ou G46). Os dados armazenados
so ento processados e o resultado (isto , offset do perfil) salvo em uma sub-rotina, que
ento executada pelo CNC ou pelo Videogrfico.
O nome do programa produzido $$CNG31 para o CNC e $$PPG31 para o Videogrfico.
Ambos so criados em C:\ECSCNC\LAV\WORK.
No evento de, por razes acidentais, ser necessrio interromper a usinagem durante a execuo
da sub-rotina gerada por G31, possvel reiniciar a usinagem selecionando SEARCH e ento
rolando atravs do programa $$CNG31 para selecionar o ponto de reincio desejado.
Naturalmente, isto somente possvel se o perfil ao qual G31 foi aplicado era parte do
programa principal e no parte de uma sub-rotina.

Limitaes

Com G31 ativo, em Videogrfico no possvel visualizar o offset do perfil, mas somente o
perfil do centro da ferramenta.
Com G31 ativo, as seguintes instrues no so permitidas:
- Blocos que contm eixos diferentes daqueles da superfcie de contorno
- Ajuste de avano (F)
- Funes auxiliares externas
- Todas as instrues (tais como G59, <MIR:..>, etc.) cuja programao j est
excluda pelo offset do Raio da Ferramenta.

A funo G31, com Offset do Raio da Ferramenta ativo, no compatvel com:


Modos no automticos (e seus sub-modos);
RTCP ;
G53;
Espiral (G722);
G72;
G67;
G23/24.
Os modos acima listados so, entretanto, programveis com G31 ativo. O alarme acionado
somente quando o offset do raio da ferramenta est tambm ativado.

7-19 REV. 3
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7.4.8 MODO G55 - SPLINE


O software V2.04 (e posteriores) nos CNC Srie WIN da ECS inclui a possibilidade de
interpretar os pontos programados como pontos de verificao de um perfil spline que os
interpola.
Considerando, entretanto, que entre dois pontos de verificao podem passar um nmero
infinito de curvas, cada uma com seu prprio grau de curvatura, o spline necessita se tornar
sem ambigidade atravs de um parmetro especfico conhecido como tenso.
Uma vez identificado o spline, o CNC o executar, desmembrando-o em um certo nmero de
segmentos lineares e transformando-o em uma srie de movimentos lineares G1. A
aproximao com a qual esta segmentao ocorre controlada por outro parmetro conhecido
como tolerncia. Este ltimo responsvel pela preciso com que o spline ser executado.
Alm disso, o CNC tambm precisar conhecer a quais eixos a funo ser aplicada.
Todas essas informaes esto contidas na instruo de configurao:

<G55: tolerncia; tenso; eixo1; eixo2; eixo3>

onde:
tolerncia expressa em milmetros e no pode ser menor que 0.001mm.
tenso pode assumir valores entre 0 e 2 (inclusive). Sua programao em 0 significa
interpolar os pontos de verificao programados em uma maneira linear. Ao contrrio, com o
ajuste em 2, o spline assume a curvatura mxima.
eixo1, eixo2, eixo3 indica os eixos envolvidos no spline. Um eixo pode ser indicado por
uma letra ou por um nmero de ordem. Se os pontos de verificao fornecidos esto todos
contidos em um plano principal, suficiente declarar os dois eixos que o descrevem (portanto
somente eixo1 e eixo2).

Notas:
A instruo G55, uma vez configurada em sua forma completa (por exemplo, inserindo-a no
arquivo COST), tambm aceita em uma forma reduzida. De fato, os seguintes formatos
so vlidos:
<G55:0.01> ou <G55:;0.2>
Estando os parmetros definidos, a funo spline pode ser ativada simplesmente atravs de sua
forma contrada G55.
A instruo G55 ter, entretanto, que seguir uma instruo G0, G1, G2 ou G3. Isso
necessrio, de forma que o CNC possa definir a tangente ao spline em seu ponto inicial. De
uma maneira correspondente, o ltimo ponto de verificao do spline tambm necessitar ser
seguido por uma instruo G0, G1, G2 ou G3, que permitir que a tangente ao spline seja
definida em seu ponto final.
O modo fechado pela instruo G56.

REV. 3 7-20
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Exemplo de programao:

N100 <G55:0.01;0.3;X;Z> {configurao completa do modo spline }


. {tolerncia 0.01 mm , tenso 0.3 , eixos envolvidos: X,Y e Z}
N190 G0 X10 Y10
N200 G55 {Ativao do Modo Spline}
N210 G2 I15 J10 X20 Y10 {este bloco no parte do spline, mas identifica a tangente inicial}
N220 G1 Y25
N230 X25
N240 X30 Y30
N250 X50 { este bloco no parte do spline, mas identifica a tangente final }
N260 G56 {Desativao do Modo Spline}

7.4.8.1 Limitaes e incompatibilidades


Entre os cdigos de ativao e desativao G55 e G56, somente as seguintes instrues so
aceitas:
Chamada de Sub-rotinas,
Rotao/translaes da superfcie de contorno com G58,
Ativao/desativao de uma matriz esttica,
Programao mtrica e programao em polegadas (G71 e G70),
Programao absoluta e incremental (G90 e G91),
Clculos e atribuies de LIP aritmtica,
Repeties e saltos do Programa,
Segmentos definidos com instrues GAP ou elementos EXPERT.
Programao de segmentos em coordenadas polares.
Juntamente com os eixos associados com o spline, outros eixos do CNC podem ser
programados, bem como o Avano desejado no perfil F.
No caso do modo RTCP ou das matrizes esttica/dinmica estar(em) ativado(s), os eixos
associados a tais modos e aqueles associados G55 devem coincidir.

7-21 REV. 3
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A funo G55 pode ser ativada exclusivamente com o modo AUTO no CNC.
Toda vez que o CNC encontrar uma instruo G55, criar, automaticamente, no diretrio
C:\ECS.CNC\LAV\WORK, uma sub-rotina $$CNG55 ($$PPG55 no caso de simulao em
Videogrfico), no qual explode as sees lineares que formaro o spline programado.
Sempre que a produo for interrompida durante a execuo de uma sub-rotina gerada pela
funo G55 e o operador desejar reiniciar a execuo a partir do ponto de interrupo,
utilizando-se o modo SEARCH a sub-rotina em questo aparecer na tela, com o ultimo
bloco executado realado. Rolando atravs dele, o operador pode decidir iniciar ou no a
produo antes do ponto de interrupo. Entretanto, isto somente ser possvel desde que
nenhuma sub-rotina tenha sido utilizada para definir os pontos do spline. Se uma sub-rotina
tiver sido utilizada para esse propsito, no ser mais possvel reiniciar a produo aps uma
interrupo (o sistema no gerencia o nvel de seqenciamento maior que 1).
No sub-modo EXE /TST Single, a leitura do programa de G55 a G56 executada sem
solicitar ao operador que d START a cada bloco presente na sub-rotina $$CNCG55, mas
somente durante a execuo dos pontos de verificao. Em outras palavras, na sub-rotina
$$CNCG55, a curva entre dois pontos de verificao executada como se fosse um bloco
nico.
A nica exceo a situao em que EXE Single pressionada durante o curso de execuo
de uma curva de spline. Neste caso, cada segmento gerado pelo CNC executado em Single
at atingir um ponto de verificao; uma vez ultrapassado o ponto de verificao, o
comportamento retorna ao que foi descrito anteriormente.

7.4.9 Interpolao de filtros: Spline on Line

Para reduzir a acelerao escalonada nos eixos, devido descontinuidade do perfil de pontos
programados, foram introduzidos os filtros de interpolao on-line.

A funcionalidade deve ser previamente ativada colocando-se a varivel %V1913 no arquivo


COSTUSER em 1 (<%V1913=1>).

A menos que seja especificamente desativado (ver Pargrafo 7.4.5.1), o filtro default
ativado em G67.

Para ativar/desativar o mesmo fora da funo G67, necessrio definir os eixos em que se
deseja atuar e, no caso, o grau de suavizao desejado.

Para essa finalidade, a instruo LIP <SPL:...> utilizada, caracterizada pela seguinte
sintaxe, na qual os parmetros entre colchetes so opcionais:

<SPL: [ON;] [Pn;] Ax0 [;Ax1;Ax2;...;Axn]>

<SPL:OFF>

REV. 3 7-22
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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onde:

Pn (valores aceitos de P0 a P20) identifica o grau de suavizao desejado e define o


nmero dos pontos de controle utilizados pelo spline de interpolao.
Os pontos de controle so calculados em TCYC; realmente, para cada Pn x TCYC um ponto
de controle registrado. Se Pn=KT for imposto, ser registrado um ponto de controle a cada
KT X TCYC = Tau. Ao contrrio, impondo-se P0 (valor default), pontos de interpolao KT
sero calculados a cada Tau (realmente a cada TCYC).
Em geral, quanto maior for o valor estabelecido e, conseqentemente, os pontos considerados,
mais suave ser o manuseio dos eixos, porm neste caso ser tambm menos preciso.
Normalmente P2 - P3 so os valores adequados para limitar os passos e, ao mesmo tempo,
para assegurar adequada preciso ao perfil.

Ax0, Ax1, Ax2...Axn representam as iniciais para os eixos nos quais a interpolao do spline
ser aplicada.

Exemplos:
<SPL:X;Y;Z> Configura a ativao do Spline (sem ativ-lo, entretanto) nos eixos X,
Y e Z, com valor default de suavizao.

<SPL:P3;X;Y;Z> Configura a ativao do Spline com valor 3 de suavizao nos eixos


X, Y e Z.

<SPL:P2> Configura um valor 2 de suavizao.

<SPL: ON> Ativa o spline

<SPL: OFF> Desativa o spline

Notas:
A instruo <SPL:...> pode ser programada tanto no arquivo COSTUSER como dentro do
Programa.

Com % e RESET as condies iniciais so restauradas.

No arquivo COSTUSER, uma boa prtica definir os eixos referentes ao spline e o


coeficiente de Suavizao, para que seja necessrio somente ativar/desativar a funo dentro
de cada Programa.

Como j descrito no Pargrafo 7.4.5.1, o spline aplicado por default nos eixos declarados na
funo <G67:...>, ento esses eixos sero adicionados queles declarados com a instruo
<SPL: Axo;Ax1;...Axn>.

As instrues <SPL:ON> e <SPL:OFF> no tm qualquer efeito na ativao do spline com a


funo G67. Nesta instruo prevalece seu prprio parmetro ON/OFF de
ativao/desativao.

7-23 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Notas:

REV. 3 7-24
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

CAPTULO 8

8. Programao com GAP / EXPERT

8.1 INTRODUO

GAP permite a programao direta de programas planos utilizando a definio de linhas de


crculos/retas.
A nica limitao dessa linguagem que ela s pode descrever elementos geomtricos que
podem ser realmente produzidos pela ferramenta.
Esse limite pode ser superado com o uso da extenso EXPERT descrita na segunda metade
deste captulo.

8.2 REGRAS BSICAS PARA PROGRAMAO COM GAP

Antes de iniciar a descrio da sintaxe da linguagem GAP, alguns conceitos sero


especificados:
Elemento Geomtrico Fechado
Por elemento geomtrico fechado entende-se um elemento (reta ou crculo) no qual o
CNC consegue atingir o ponto final (Pfin), por ele estar programado ou por poder ser
calculado diretamente atravs dos dados fornecidos pela instruo de execuo e, mais
especialmente, pelas anteriores.
Elemento Geomtrico Aberto
Entende-se o elemento (reta ou crculo) no qual o ponto final (Pfin) no possa ser
imediatamente calculado pelo CNC, porm no qual, para calcul-lo, as instrues
seguintes quelas em execuo devem ser interpretadas.
O parmetro RC especifica o ngulo, em graus, da inclinao de uma reta (ou de um
raio) em relao ao sentido positivo:
do eixo X na superfcie de contorno XY ( G17 ou G16XYZ+ )
do eixo Y na superfcie de contorno YZ ( G19 ou G16YZX+ )
do eixo Z na superfcie de contorno ZX ( G18 ou G16ZXY+ )
Em outras palavras, a inclinao expressa em um valor angular absoluto.

8-1 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

O ngulo RC deve ser expresso com um smbolo (no caso de valores positivos o sinal +
opcional) e pode assumir uma forma paramtrica.
Com relao definio do smbolo, as seguintes regras so vlidas:
O ngulo de inclinao de um RC de reta (ou raio) o ngulo no qual o eixo de referncia
deve girar para se mover em direo reta (ou raio a ser produzido).
Se a rotao for anti-horria o smbolo positivo, se for horria negativo.
O Parmetro D define a distncia. Ele pode ter forma paramtrica e valor com
smbolo. O significado se altera de acordo com o contexto ou com o parmetro
utilizado.
Para evitar quaisquer sinais de erro de sintaxe, lembrar que a instruo D... (seleo do
corretor de ferramenta ou cancelamento do offset do comprimento da ferramenta
D0) deve ser programada em um bloco sem outras instrues.
O parmetro RB representa o ngulo no qual a rotao executada, comeando pelo
ponto inicial de um arco de crculo para atingir seu ponto final. Se a rotao for anti-
horria, o smbolo positivo.
Significa dizer que ela expressa uma inclinao em termos relativos posio inicial.
O parmetro R representa o raio do crculo.
O parmetro RA indica o raio de conexo a ser introduzido entre dois elementos.
utilizado para introduzir ligaes conhecidas como conexes do tipo implcito.
Por conexo implcita entende-se um arco de crculo com um dado raio, tangente a
dois elementos (reta/reta, crculo/reta, crculo/crculo) no seu ponto de interseo.
A definio de uma conexo implcita no necessita de discriminantes.
O CNC prossegue automaticamente na seleo da soluo adequada com o sentido dos
elementos na qual a conexo est apoiada.
Solues caracterizadas por pontas, lascas ou concavidade opostas borda, quer dizer,
perfis mecanicamente impossveis, so automaticamente descartados pelo CNC.
Nos raros casos em que 2 solues so potencialmente possveis, o operador pode
selecionar a soluo requerida estabelecendo o valor do raio de conexo com um
smbolo.
O valor ser atribudo como positivo se o arco descrito pela conexo tiver uma rota
anti-horria, enquanto ser negativo se o arco tiver um sentido horrio.
Lembrar que a maneira alternativa de expressar a conexo, neste caso dando a
instruo em seu prprio bloco, express-la explicitamente, isto , na forma:
G2 (G3) R.....
Na qual R.. representa o raio atribudo conexo.

REV. 3 8-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Esta ltima frmula, entre outras coisas, permite a definio de conexes entre
elementos que no tenham ponto em comum.
Neste caso h, entretanto, a restrio de que o elemento que precede essa definio
seja aberto. Se vrias solues forem possveis, pode ser necessria a utilizao de
discriminante.
O conceito de Discriminante
Onde houver duas solues possveis, uma ser sempre proposta como default, a
segunda pode ser selecionada com a insero do parmetro K no primeiro dos blocos
que determinam as duas solues.
Sempre que uma discriminao automtica puder ser ativada, K ignorado.
Os vrios mtodos a serem utilizados na determinao da soluo evidenciada com K
esto listados abaixo:
a) Caso da interseo reta-crculo e crculo-reta
Na reta orientada, a soluo K a segunda interseo encontrada no movimento ao
longo da reta, de acordo com sua orientao.
b) Caso da interseo crculo-crculo
K a soluo relativa interseo encontrada direita da reta que vai do centro do
primeiro crculo ao centro do segundo crculo.
c) Caso do crculo com centro conhecido, radio desconhecido, tangente ao crculo
conhecida
Em cada um dos casos h somente uma soluo, quando no for K, a soluo
relativa ao crculo fora daquele conhecido.
d) Caso de conexo explcita (crculo com centro desconhecido, raio conhecido, ou
conexo entre 2 elementos com nenhum ponto de interseo).
Neste caso, a soluo destacada por K aquela relativa conexo que tiver um ngulo
maior que 180o.

Nota:
necessrio tomar cuidado ao utilizar o discriminante K porque o Interpretador do
CNC deve poder distingui-lo da coordenada do eixo na direo 3 do centro do crculo.
A ausncia de um nmero aps a inicial K indica que ela um discriminante GAP.
Introduo de cnicos
Entre os dois elementos contguos reta-reta possvel introduzir um cnico utilizando
a instruo SM. A definio das duas retas deve ser executada utilizando-se ISO,
GAP (com elementos tanto fechados como abertos) ou EXPERT.

8-3 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Smbolo GAP
Smbolo GAP
Descrio utilizado em antigos
Nova Sintaxe
CNC (2401/2601)
Raio do Crculo R !R
Conexo Implcita RA !RA
ngulo Absoluto RC !RC
ngulo Relativo RB !RB
Distncia D !D
Cnico SM !SM
Discriminantes (*) Nada ou K !HA1 e !HA2

Tab. 8.1 Correspondncia entre os smbolos utilizados em GAP e EXPERT

Para utilizar os Programas gerados em EXPERT / GAP em mquinas equipadas com um


CNC produzido por outros fabricantes ou no equipado com um interpretador para tais
linguagens, ECS oferece gratuitamente um software que pode executar a converso de
EXPERT/GAP ISO. Essa ferramenta pode ser acessada no ambiente de Simulao
Grfica.
Para maiores informaes ver pargrafo 8.5 deste manual.

Notas:
Para ter compatibilidade com o GAP implementado nos CNC Srie 2401 / 2601, iniciando
com a verso SW V3.02, o interpretador do CNC tambm aceita os parmetros requisitados na
sintaxe acima mencionada (ver Diagrama 8.1). Com relao aos cdigos !HA1 e !HA2,
utilizados no passado como discriminantes do GAP, eles so agora tratados como cdigos
no-operantes, portanto quando o programa escrito para um CNC 2401 o utiliza,
necessrio executar uma verificao grfica preventiva do programa. Se o perfil no resultar
correto, ser necessrio substituir os cdigos !HA1 ou !HA2 por um novo discriminante K.

REV. 3 8-4
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

8.2.1 DEFINIO DE REDE UTILIZANDO GAP

As seguintes definies so propostas:

1) Reta, com ponto inicial j conhecido e ponto final diretamente fornecido nas
coordenadas cartesianas.

Pfin (X ,Y)

G1 Xfin Yfin
Definio de tipo fechado
Pin

2) Reta, com ponto inicial j conhecido e com inclinao RC e abscissa ou ordenada do


ponto final diretamente fornecido.
Pfin
G1 Xfin.. RC..
RC G1 Yfin.. RC..
Pin Definies de tipo fechado

3) Reta, com ponto inicial j conhecido e a inclinao RC e comprimento D diretamente


fornecidos.
Pfin
D

RC G1 RC... D...

Pin Definio do tipo fechado

4) Reta com a inclinao RC e as coordenadas do ponto final diretamente fornecidos


(Pfin), porm o ponto inicial no conhecido.

Pfin

RC G1 Xfin Yfin RC..


Definio de tipo fechado

8-5 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

5) Reta com inclinao RC diretamente fornecida, porm o ponto final no conhecido.

RC G1 RC..
Definio do tipo aberto

6) Reta com ponto final desconhecido.

G1
Definio do tipo aberto

7) Reta paralela a uma das coordenadas do eixo

Linha reta paralela a Y Linha reta paralela a X

G1 Y.. RC0 Definio de tipo aberto

G1 X.. RC90 Definio de tipo aberto

Notas:
Com todas as instrues acima possvel omitir a G1, sempre que j tenha sido escrita no
bloco anterior (tambm a definio de uma reta). Uma das caractersticas do GAP manter a
funo G.. do bloco anterior ativa.

REV. 3 8-6
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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8.2.2 DEFINIO DE CRCULOS/ARCOS DE CRCULO UTILIZANDO GAP


As seguintes definies foram planejadas:

1) Arco de crculo com coordenadas de ponto final (Pfin) e de centro (C) conhecidas.

Pin

C(I,J)
G3 I.. J.. Xfin.. Yfin..
Pfin (X,Y) Definio do tipo fechado

2) Arco de crculo com coordenadas de centro (C) e ngulo (RB) conhecidos.

Pin C(I,J)
RB
G3 I.. J.. RB..
Pfin Definio de tipo fechado

3) Arco de crculo com coordenadas de centro (C) e ngulo final (RC) conhecidos.

C(I,J)
Pin
RC G3 I.. J.. RC..
Pfin Definio de tipo fechado

4) Arco de crculo com coordenadas de centro (C), raio (R) e ngulo (RB) conhecidos.
R C(I,J)

RB
G3 I.. J.. R.. RB..
Pfin Definio de tipo fechado

8-7 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

5) Arco de crculo com coordenadas de centro (C), raio (R) e ngulo final (RC)
conhecidas.
C(I,J)
R RC G3 I.. J.. R.. RC..
Pfin Definio de tipo fechado

6) Arco de crculo com coordenadas de ponto final (Pfin) e de raio (R) conhecidas.

Soluo identificada com K


R
Pfin G2 Xfin.. Yfin.. R..[K]
Definio de tipo fechado

O arco requerido selecionado dependendo


R da presena do discriminante K.
K ser associado em especial com o arco que
subtende o ngulo maior que 180.

7) Arco de crculo com coordenadas de centro (C) e de raio (R) conhecidas.


C(I,J)
R
G2 I.. J.. R..
Definio do tipo aberto

8) Arco de crculo com coordenadas de centro (C) conhecidas.

C(I,J)
G2 I.. J..
Definio do tipo aberto

REV. 3 8-8
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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9) Arco de crculo com raio (R) conhecido

R G2 R..
Definio do tipo aberto

Notas:
- Como prescrito por ISO, G2 indicar arcos de crculo descritos em sentido horrio,
G3 em sentido anti-horrio.
- Em todas as definies anteriores, o centro do crculo pode ser expresso, bem como na
forma explcita, como suas coordenadas (I.. e J..), indicando-o como o ponto do
elemento geomtrico (P..). Isto ser mais detalhado no Pargrafo 8.3.1.

8-9 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

LIGAES PONTO EXPLCITO / RETA E PONTO / CRCULO

1) Conexo explcita entre ponto e reta

(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)


G3 R10 G3 R10 K
G1 RC11 X11 Y11 G1 RC11 X11 Y11

2) Conexo explcita entre reta e ponto

(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)


G1 RC10 G1 RC10 K
G2 X11 Y11 R11 G2 X11 Y11 R11

REV. 3 8-10
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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3) Conexo explcita entre ponto e crculo

(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)


G2 R10 G2 R10 K
G3 I11 J11 R11 G3 I11 J11 R11

(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)


G2 I10 J10 G2 I10 J10 K
G3 X11 Y11 R11 G3 X11 Y11 R11

8-11 REV. 3
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8.2.3 CASOS POSSVEIS ENTRE RETA/CRCULO E CRCULO/RETA

1) Tangncia reta/crculo

(ponto P9 conhecido)
G1
G2 I11 J11 R11

(ponto P9 conhecido)
G1 RC10
G2 I11 J11

2) Tangncia crculo/reta

(ponto P9 conhecido)
G2 I10 J10
G1 X11 Y11

REV. 3 8-12
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3) Reta tangente a dois crculos

R12

(ponto P9 conhecido)
G2 I10 J10
G1
G2 I12 J12 R12

(ponto P9 conhecido)
G2 I10 J10
G1
G3 I12 J12 R12

4) Interseo reta/crculo
(ponto P9 conhecido)
G1 RC10 K
G2 I11 J11 R11
(ponto P9 conhecido)
G1 RC10
G2 I11 J11 R11

8-13 REV. 3
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Cdigo 724P392

5) Interseo crculo/reta

( ponto P9 conhecido ) ( ponto P9 conhecido )


G2 I10 J10 G2 I10 J10 K
G1 RC11 X11 Y11 G1 RC11 X11 Y11

6) Conexo explcita reta/crculo (Os dois elementos no tm pontos em comum)

(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)


G1 RC10 G1 RC10 K
G2 R11 G2 R11
G3 I12 J12 R12 G3 I12 J12 R12

REV. 3 8-14
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Cdigo 724P395

(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)


G1 RC10 G1 RC10 K
G2 R11 G2 R11
G2 I12 J12 R12 G2 I12 J12 R12

8.2.4 POSSVEIS CASOS ENTRE CRCULO E CRCULO

1) Tangncia crculo/crculo

(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)


G2 I10 J10 K G2 I10 J10 K
G2 I11 J11 G2 I11 J11

8-15 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

(ponto P9 conhecido)
G2 I10 J10
G3 I11 J11

(ponto P9 conhecido)
G3 I10 J10
G3 I11 J11

2)Interseo crculo/crculo

(ponto P9 conhecido)
G2 I10 J10
G2 I11 J11 R11

REV. 3 8-16
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3) Conexes Explcitas Crculo/Crculo (os dois crculos no tm pontos em comum)

C12
P9
C10
R11

( ponto P9 conhecido ) (ponto P9 conhecido)


G2 I10 J10 G2 I10 J10 K
G2 R11 G2 R11
G2 I12 J12 R12 G2 I12 J12 R12

C12
R12

R11
R11

C10
C12

C10 R12

(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)


G2 I10 J10 G2 I10 J10 K
G2 R11 G2 R11
G2 I12 J12 R12 G2 I12 J12 R12

8-17 REV. 3
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R11
P9
C12
C12
C10 C10
R12
R12 P9
R11

(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)


G2 I10 J10 G2 I10 J10 K
G2 R11 G2 R11
G3 I12 J12 R12 G3 I12 J12 R12

R11 R12

C12 C10 C12


P9
C10 P9
R12
R11

(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)


G2 I10 J10 G2 I10 J10 K
G3 R11 G3 R11
G3 I12 J12 R12 G3 I12 J12 R12

R11

(ponto P9 conhecido)
G2 I10 J10
C10 G3 R11
C12 G2 I12 J12 R12
P9

R12

REV. 3 8-18
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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8.2.5 CONEXES IMPLCITAS

A sintaxe a seguinte:

<Definio do primeiro elemento> RA [+/-] ...


<Definio do segundo elemento>

Nos casos em que vrias solues so possveis, a definio da conexo com sinal RA permite
a identificao da soluo requerida sem a necessidade de utilizar um discriminante.
Naqueles casos em que o CNC capaz de determinar automaticamente o sentido da conexo
devido aos elementos entre os quais inserida (por exemplo, no caso de uma conexo entre 2
retas), no necessrio que o programador insira qualquer sinal.
Lembrar que o smbolo + atribudo a conexes executadas em sentido anti-horrio e o
smbolo no sentido horrio.
No caso de sentido anti-horrio o smbolo + pode ser omitido.
As seguintes definies so propostas:

1) Conexo reta/reta

Y
(o ponto P1 conhecido)
G1 RC45 RA20
G1 RC100 XP2 YP2
20

100
45
P1 P2 X

No exemplo anterior, o smbolo opcional porque o CNC


j possui todos os elementos necessrios para definir a
conexo.

8-19 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

2) Conexo reta/crculo e crculo/reta

Y 30
Y

P9

25 25 20
10 20
10
30
P9

X 40 X
40
(ponto P9 conhecido) (ponto P9 conhecido)
G1 RC30 RA10 G2 I40 J25 R20 RA-10
G2 I40 J25 R20 G1 RC30 X10 Y10

3) Conexo crculo/crculo

20

(ponto P9 conhecido )
20 G2 I30 J20 R15 RA20
25 G2 I70 J25 R20
20
P9
15 15

15 30 70 X

REV. 3 8-20
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8.3 DEFINIO INDIRETA DOS ELEMENTOS GEOMTRICOS (EXPERT)

Neste captulo so discutidas as definies dos elementos geomtricos virtuais utilizando a


linguagem EXPERT.
Por elemento geomtrico virtual entende-se um elemento (Ponto, Reta ou Crculo) necessrio para
descrever um perfil de contorno do qual ele um elemento de apoio.
importante esclarecer que um corpo geomtrico virtual, sempre que no formar uma parte
integral do perfil, no ser produzido pela ferramenta.
Dentro de um programa, utilizando a nova linguagem EXPERT possvel definir um mximo de
at:
50 Pontos (identificados pela letra P seguida por um nmero entre 1 e 50).
50 Retas / Linhas (identificadas pela letra L seguida por um nmero entre 1 e 50).
50 Crculos (identificados pela letra O seguida por um nmero entre 1 e 50).
Na definio do elemento virtual, deve aparecer a seguinte sintaxe:
Pxx / Lxx / Oxx = < Definio de elemento >
Um elemento virtual pode ser utilizado para definir outro elemento virtual.
No caso em que elementos virtuais so utilizados para definir outros elementos, eles
podem ser indicados implicitamente ( como P.. L.. ou O.. ) ou explicitamente:
P.. ------> X.. Y..
L.. ------> [ G1 ] X.. Y.. RC.. ou:
L..------> [ G1 ] P.. RC..
O.. ------> G2/G3 I.. J.. R..
Como EXPERT geometricamente orientado, a ordem em que os elementos so
inseridos na <Definio de Elemento> e o sentido da rota dos elementos inseridos so
importantes.
Quando houver duas solues possveis para a definio de um elemento, o CNC utilizar,
como default, a mais provvel, solicitando a utilizao do discriminante K para a seleo
da outra.
A definio de um elemento virtual pode ser inserida em qualquer ponto no programa,
desde que seja antes das expresses que utilizam o prprio elemento.
O uso da letra P para indicar Ponto impede seu uso como uma inicial para um Eixo.
Nos pargrafos seguintes as seguintes convenes sero utilizadas:
XY assumido como superfcie de contorno, para a qual as coordenadas dos pontos foram
expressas como X Y.. , enquanto aquelas do centro dos crculos so expressas como I..J..

Quando uma superfcie diferente for utilizada (por exemplo XZ), as coordenadas seriam
expressas como X.. Z.. I.. K..., respectivamente.
Os parmetros opcionais aparecem entre colchetes.
O caractere <espao> ou o caractere <;> pode ser utilizado, indiferentemente, para separar
os vrios elementos de uma <Definio de Elemento>.
Por exemplo, a definio P1 = L1 L2 poderia, para ser mais claramente definida, ser expressa
como P1= L1 ; L2.

8-21 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

8.3.1 MODO DE DEFINIO DO PONTO


Aqui esto diferentes possibilidades para definir um ponto como elemento virtual:

a) Diretamente em coordenadas cartesianas


P1= XP1 YP1

b) Como uma interseo de 2 retas P3=L1 L2 ou:


Y
RCL1 em todas as outras formas obtidas com a
L1 explicitao dos elementos L1 e L2

P1 RCL2 Exemplo:
P2
P3=[G1]XP1 YP1 RCL1 [G1]XP2 YP2 RCL2
L2
P3 X

c) Como interseo reta/crculo P1=L1 O1 (K) ou:


em todas as outras formas obtidas com a
explicitao dos corpos L1 e O1
Neste caso h duas solues possveis.
K identifica a segunda interseo, movendo no
sentido da reta.

Exemplos:

P1= [G1] XP3 YP3 RCL1 G2 IO1 JO1 RO1


P2= [G1] XP3 YP3 RCL1 G2 IO1 JO1 RO1 K

d) Como centro de um crculo P1= O1

REV. 3 8-22
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

e) Como interseo de 2 crculos P1= O1 O2 (K) ou:


em todas as outras formas obtidas com a
explicitao de O1 e O2
Tambm aqui h duas solues possveis para as
quais K utilizada como discriminadora,
identificando a interseo direita da reta que
liga o centro do primeiro crculo com o do
segundo.
Exemplo:

P1=G2 IO1 JO1 RO1 G3 IO2 JO2 RO2 P1=G2 IO1 JO1 RO1 G3 IO2 JO2 RO2 K

8.3.2 MODO DE DEFINIO DE LINHA RETA


Abaixo aparecem os modos possveis para a definio de uma reta como um elemento
virtual:

a) Passando atravs de 2 pontos L1=[G1] P1 P2 ou:


todas as outras formas obtidas com a
explicitao dos elementos P1 e P2.
Exemplo:
L1= [G1] XP1 YP1 XP2 YP2

8-23 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

c) Passando atravs de um ponto e tangente a um L1= P1 O1 ou:


crculo em todas as outras formas obtidas com a
explicitao de P1 e O1
Y Exemplo:
L1= XP1 YP1 G2 IO1 JO1 RO1

O1
RO1
P1

L1
X

d) Tangente a um crculo e passando atravs de L1= O1 P1 ou:


um ponto em todas as outras formas obtidas com a
explicitao de O1 e P1
Y L1 Exemplo:
L1= G3 IO1 JO1 RO1 XP1 YP1
O1

RO1
P1

e) Tangente a 2 crculos L1 = O1 O2 ou:


em todas as outras formas obtidas com a
Y L1 explicitao de O1 e O2.
Notar que a reta definitiva deve respeitar a
O2 ordem de definio dos crculos e a seqncia
O1 de sua rota.
RO1
RO2 Exemplo:
L1 = G3 IO1 JO1 RO1 G2 IO2 JO2 RO2

REV. 3 8-24
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

f) Linha paralela L2= L1 D +/- ... ou:


em todas as outras formas obtidas pela
explicitao de L1
Y P1 O valor D representa a distncia entre as duas
L1 retas e planejado como um smbolo.
positivo se a reta a ser definida est
RCL1 esquerda, negativa se direita, quando se olha
na mesma direo da reta pr-definida.
20 L2
Exemplo:
L2= [G1] X1 Y1 RCL1 D-20

g) Paralelo aos dados de reta e passando atravs L2 = L1 P2 ou:


de um ponto conhecido em todas as outras formas obtidas com a
Y explicitao de L1 e P2.

L1 RCL1 Exemplo:
P1 L2 = [G1] XP1 YP1 RCL1 XP2 YP2
L2

P2

h) Perpendicular aos dados de reta e passando L2=L1 P1 PE ou:


atravs de um ponto conhecido em todas as outras formas obtidas com a
Y explicitao de L1 e P1.
L1
P2

L2
90 Exemplo:
RCL1
L2=[G1] XP2 YP2 RCL1 P1 PE
P1

8-25 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

i) Tangente a um crculo e inclinada a um ngulo L1= O1 RC ou:


conhecido em todas as outras formas obtidas pela
explicitao de O1
Exemplo:
Y L1
L1= G2 IO1 JO1 RO1 RCL1
O1

RO1
RCL1

l) Rota no sentido oposto L2 = -L1

Esta expresso pode tambm ser utilizada em


uma outra definio.

Por exemplo:

L2= -L1 P1 PE

REV. 3 8-26
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

8.3.3 MODO DE DEFINIO DE CRCULO

Notas Gerais

Em muitos casos, a informao sobre o sentido de rotao do crculo, indicado por G2


ou G3, desnecessria e pode ser omitida. Entretanto, se estiver especificada, no caso
de uma inconsistncia com outros dados, ela ser sinalizada como um erro.

Abaixo esto apresentados os modos possveis para definir um crculo como um


elemento virtual:

a) Centro e raio conhecidos O1= G2/G3 P1 RO1 ou:


Y O1= G2/G3 XP1 YP1 RO1

O1 O1= G2/G3 IP1 JP1 RO1


P
RO1

b) Centro conhecido passando atravs de um O1= G2/G3 P1 P2 ou:


ponto
em todas as outras formas obtidas com a
explicitao de P1 e P2
Y O1

P1
P2

8-27 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

c) Centro conhecido tangente a uma reta O1= [G2/G3] P1 L1 ou:


em todas as outras formas obtidas com a
explicitao de P1 e L1.
O sentido da rotao do crculo opcional, pois est
Y restrito pela da reta.
P2

L1 Exemplo:
O1= G2 P1 ; G1 XP2 YP2 RCL1
O1
P1

RCL1 X

d) Centro conhecido tangente a um crculo O1= [G2/G3] IP1 JP1 O2 (K )


O1= [G2/G3] P1 O2 (K) ou:
em todas as outras formas obtidas com a
explicitao de P1 e O1
H duas solues, K discrimina aquela relativa ao
crculo com o maior raio ou, mais precisamente,
Exemplos: aquela que contm o crculo dado.

O1= G2 XP1 YP1 ; G2 IO2 JO2 RO2 O1= G2 XP1 YP1 ; G2 IO2 JO2 RO2 K

Y
O1

Y
P1
P1
O2
O2 O1

X X

REV. 3 8-28
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

e) Raio conhecido tangente a 2 linhas retas O1=L1 [ G2/G3 ] R01 L2 ou:


em todas as outras formas obtidas com a
explicitao de L1 e L2.
Neste caso o crculo visto como uma Conexo
entre as duas retas.
RCL1

P1
Exemplo:
RO1 L2
RCL2 O2= G1 P1 RCL1 ; G3 RO1 ; G1 P2 RCL2
O1
L1 P2

f) Raio conhecido, tangente a uma reta e a um O2=L1 G2/G3 RO2 O1 (K) ou:
crculo em todas as outras formas obtidas com a
explicitao de L1 e O1
onde a reta L1 e o crculo O1 no so secantes. Dois casos so planejados, caracterizados por:
Neste caso h duas solues possveis que so a) Linha reta secante e crculo
indicadas pelo discriminante K. O sentido de b) Linha reta no secante e crculo
rotao do crculo s pode ser determinado de
uma maneira e, portanto, pode ser omitido.
Exemplos:
O2= G1 XP1YP1 RCL1 ;RO2 ;G2 IO1JO1RO1 O2= G1 XP1YP1 RCL1 ;RO2; G2 IO1JO1RO1 K

O1

Y R01 O1 R01
O2

RO2 RO2
O2 L1
L1
P1 P1
RCL1
RCL1 X
X

8-29 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Caso de reta no secante e crculo


Neste caso, o estabelecimento do sentido do
crculo permite a discriminao da soluo
requerida.

g) Raio conhecido, tangente a uma reta O1= L1 [G2/G3] RO1 P1 (K)


passando atravs de um ponto O1= P1 [G2/G3] RO1 L1 (K)

Todas as combinaes possveis obtidas pela


Exemplos: explicitao de L1 e P1.

O1= P1 [G3] RO1 L1 O1= L1 [G3] RO1 P1


P1 O1 Y P1
O1
Y
RO1

L1
RO1 L1
X X

O1=P1 [G3] RO1 L1 K O1= L1 [G3] RO1 P1 K

Y P1 Y O1
P1
RO1
RO1

L1 L1
O1

X X

REV. 3 8-30
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

h) Raio conhecido tangente a 2 crculos O3 = O1 G2/G3 RO3 O2 (K) ou:


em todas as outras formas obtidas com a
Caso de crculos secantes explicitao de O1 e O2

Exemplo:
Y O3
O3 = O1 G3 RO3 O2
RO3

O1
O2

X
Caso de crculos no secantes
Neste caso h 2 solues possveis utilizando o
discriminante K.

Exemplos:

O3 = O1G3 RO3 O2 O3 = O1 G3 RO3 O2 K

Y Y
O3

RO3
O1 O1 O3
O2
O2 RO3

X X

8-31 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

m) Raio conhecido passando atravs de um O2=P1 G2/G3 RO2 O1 (K) ou:


ponto e tangente a um crculo todas as outras formas obtidas com a
explicitao de P1 e O1
H 2 solues possveis identificadas com o
discriminante K.
K identifica qual das 2 solues caracterizada
por um ngulo de rota maior que 180o.

Exemplos:

O2=XP1 YP1 G2 RO2 G3 IO1 JO1 RO1 K


O2=XP1 YP1 G2 RO2 G3 IO1 JO1 RO1

Y
O2
Y RO2
RO1 O1
P1 O1 RO1
RO2
P1
O2

X X

REV. 3 8-32
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

n) Raio conhecido passando atravs de 2 O1=P1 G2/G3 RO1 P2 (K) ou:


pontos todas as outras formas obtidas com a
explicitao de P1 e P2.

K identifica qual das duas solues


caracterizada por um ngulo de rota maior que
180o.
O1=XP1 YP1 G2 RO1 XP2 YP2 Exemplos:
Y O1=XP1 YP1 G2 RO1 XP2 YP2 K
Y
P1
O1
O1 P1 RO1
RO1
P2

X P2
X

o) Crculo concntrico a um crculo dado O2 = O1 D +/ .. ou:


em todas as outras formas obtidas pela
explicitao de O1.
A distncia D.. representa a diferena entre o
raio de dois crculos, o smbolo discrimina o
crculo que deve ser definido.
Exemplos: D assume valores positivos quando o crculo
O2= G2 IO1 JO1 RO1 D-20 com o maior raio deve ser definido, e negativos
se o crculo com menor raio deve ser definido.
O2= G2 IO1 JO1 RO1 D20

O1 O2

O2 O1
-20 +2

RO

8-33 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

p) Crculo tangente a trs elementos O1= Elemento1 Elemento2 Elemento3 (K)


genricos
Onde tanto um crculo como uma reta pode ser
definida como um Elemento.
Neste caso os sentidos das rotas dos vrios
elementos e a seqncia da conexo entre os
elementos indicados na expresso so
importantes.
Nos casos em que h vrias solues possveis, a
discriminante K permite a seleo da soluo
requerida.

Os seguintes podem ser analisados como casos


especiais:

Crculo passando atravs de trs pontos O1= P1 P2 P3 ou:


todas as outras formas obtidas com a explicitao
de P1, P2 e P3.
Y

P2 Exemplo:
P1
O1= XP1 YP1 XP2 YP2 XP3 YP3
O1 P3

q) Rota do crculo em sentido oposto O2= - O1

O smbolo menos, que incida uma mudana no


sentido da rota, pode tambm ser usado dentro de
outra definio.

Por exemplo:

O2 = -O1 D20

REV. 3 8-34
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

8.4 COMO DETECTAR OS PARMETROS DE UMA ENTIDADE VIRTUAL

Como visto nos pargrafos anteriores, EXPERT permite aos operadores definir Entidades (tais
como Pontos, linhas ou Crculos) fazendo referncia definio de outras entidades cujos parmetros
so conhecidos. Em alguns casos, especialmente ao definir Macros, til ter parmetros
caracterizando tais novas entidades.
Por exemplo:
As coordenadas de um ponto de interseo/tangncia,
A inclinao da reta,
O raio de um crculo/chanfro.
As coordenadas de um crculo/chanfro.
As 4 instrues matemticas LIP apresentadas a seguir tambm esto disponveis; elas
permitem aos operadores transferir o valor de tais parmetros para variveis do programa
genrico R (ou variveis #).

EAS (Entidade) Retorna o valor da coordenada X da entidade como um parmetro; se a entidade for
um crculo, retornar a coordenada X de seu centro.

EOR Retorna o valor da coordenada Y da entidade como um parmetro; se a entidade for


(Entidade) um crculo, retornar a coordenada Y de seu centro.

ERA S aceita crculos (On) como entidades. Retorna o valor do raio. O raio positivo
(Entidade) quando o arco desenhado anti-horrio (G3); negativo se o arco for desenhado
horrio (G2).

EAN S aceita crculos (Ln) como entidades. Retorna a inclinao da reta (expressa em
(Entidade) graus).

Nota:
A entidade passada como um parmetro deve ser previamente definida.
Exemplo de programao:

.
.
N20 <R30=ABS(ERA (O1))+50.1> { R30 contm o raio de O1 + 50.1}
N30 <R50=EAS (P<%#5>)> { R50 contm a coord. X ou um ponto parametrizado}
.
.

8-35 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

8.5 GERAO DE UM PERFIL UTILIZADO POR ENTIDADES VIRTUAIS

Ao gerar um perfil, importante respeitar as seguintes regras:


- A pea do Elemento Virtual que se torna perfil da ferramenta aquela entre o ponto
inicial (previamente definido) e o ponto de interseo/tangente com o elemento
seguinte.
- Entre dois elementos de interseo, uma conexo implcita na forma de RA +/- ...
pode ser inserida no ponto de interseo.
Na definio do smbolo de conexo, as regras previamente definidas so vlidas
(positiva se anti-horria, negativa se horria).
- No ponto de interseo de duas retas, independente do formato em que so expressas,
um cnico implcito na forma de SM... pode ser inserido.
Com relao s regras para programao de entrada em e sada de um perfil descrito em
EXPERT, consultar o Captulo 9 deste manual.
Para exemplos de programao baseados em elementos virtuais e, mais genericamente, na
utilizao da linguagem EXPERT, consultar o Captulo 17 deste manual.

8.6 TRANSLAO DE PROGRAMAS GAP/EXPERT PARA ISO

Quando necessrio transferir um programa criado com as linguagens GAP e/ou EXPERT
para uma mquina que no seja equipada com CNC da ECS (ou que no possua essas
linguagens), possvel transladar o programa original para outro no qual as instrues de
movimento sejam exclusivamente do tipo ISO (G1, G2 e G3).
Para maiores informaes sobre o procedimento operacional, consultar o manual NORMAS
DE USO DA FRESA, cdigo 724P392).

Notas sobre a converso:


1) Alm de instrues GAP e EXPERT, a converso para ISO pode ser executada em:
- Blocos programados em coordenadas polares.
- Blocos em programao incremental (G91 e D...).
2) As peas de um programa repetido so explodidas e a instruo de repetio
<RPT:...> eliminada.
3) As instrues de movimento expressas em forma paramtrica so reescritas em forma
explcita.
4) As definies de elementos virtuais so canceladas.
5) Entrada e sada s instrues de perfil G41, G42, G47 e G48 K so transformadas,
eliminando o parmetro K e especificando as coordenadas dos pontos de
entrada/sada.
6) A instruo G58 eliminada. No arquivo ISO, as cotas se referem ao sistema definido
por G54 e G59.

REV. 3 8-36
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Limites Bsicos e Consideraes


Para executar a transformao para ISO e para solucionar os pontos salientes do perfil
programado, o CNC executa a leitura do programa. Conseqentemente, os blocos que no
forem lidos (por exemplo, porque eles so executados somente sob certas condies) no so
transladados.
No caso em que uma sub-rotina deve ser transladada, isso feito somente uma vez, o que
significa que podem surgir problemas se for estabelecida em modo paramtrico.
recomendvel no utilizar instrues condicionais e de sub-rotinas (especialmente de um
tipo paramtrico) em programas desenvolvidos em GAP/EXPERT e que devem ser
transladados para ISO.

8-37 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Notas:

REV. 3 8-38
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

CAPTULO 9

9. Compensao do Raio da Ferramenta e Entrada/Sada do Perfil

9.1 COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA

A compensao do raio da ferramenta ativada/desativada atravs das seguintes instrues:


G41 Compensao com a pea em produo direita da ferramenta
G42 Compensao com a pea em produo esquerda da ferramenta
G40 Cancelamento da compensao do Raio da Ferramenta

Nota:
Ao avaliar a posio recproca FERRAMENTA/PEA, deve ser considerado que ela observada
a partir da ferramenta e no sentido do andamento da usinagem.

G42
G41
Fig. 9-1

Sempre que, em um programa ISO, as instrues G41 e G42 forem utilizadas, as seguintes regras
devem ser respeitadas para assegurar que o contorno seja corretamente programado:

1. Definir a superfcie de contorno, atravs das instrues G17, G18 ou G19, ou com uma
instruo selecionada em G16... .
2. Posicionar os eixos da superfcie de contorno (em rpido G00 ou usinagem G01) em um
ponto a uma distncia do perfil que seja pelo menos igual quela do raio da ferramenta.

9-1 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

3. Posicionar os eixos no ponto inicial atravs da instruo G00 ou G01. recomendvel


inserir, no mesmo bloco, a instruo de compensao ativada G41 ou G42 (dependendo da
posio recproca da Pea/Ferramenta). A instruo G41 ou G42 pode, entretanto, aparecer
em uma linha do prprio Programa.
Os eixos atingiro o ponto inicial do contorno com a ferramenta compensada tangencial ao
perfil e velocidade em zero.
O entrada no perfil pode ocorrer tanto numa reta como num crculo e em qualquer ponto.
Na operao seguinte ao incio de contorno necessrio executar uma operao que
contenha um movimento na superfcie de contorno.
4. Contornar utilizando as instrues ISO ( G01, G02, G03 ).
5. Afastar a ferramenta do perfil utilizando as instrues G00 ou G01, sendo que nesta operao
a compensao deve ser cancelada utilizando a instruo G40. No final do posicionamento,
o centro da ferramenta estar na coordenada programada.

Notas:
- Durante o contorno de um perfil com a compensao do raio ativa, no devem ser programadas
mudanas de posio o longo do perfil programado, o que significa que a pea dever permanecer
direita (G41) ou esquerda (G42), de acordo com a escolha feita no incio da operao de
contorno.-{}-
- Durante o contorno de um perfil com a compensao do raio ativa, no possvel:

Mudar as compensaes de ferramenta (instruo D...)


Programar uma tolerncia de usinagem (instruo <DRA :....>)
Modificar as origens (instruo G54.xx,)
Alterar a superfcie de contorno (instrues G16..., G17, G18 e G19)
Quaisquer alteraes, compensaes, origens, etc. devem ser programadas antes de iniciar o
contorno.

9.1.1 PERFIL RAIADO OU PERFIL COM ARESTAS


Um perfil raiado quando as peas geomtricas consecutivas que o formam (G01, G02, G03) so
tangenciais umas s outras. Neste caso, a compensao automtica do raio da ferramenta
executar o perfil exatamente como programado (ver Fig. 9-1).
Ele tem uma aresta em um ponto quando as duas superfcies que o consistem fazem uma
interseo naquele ponto.

REV. 3 9-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Uma aresta convexa se ela pode ser trabalhada com a rotao automtica de uma ferramenta
sobre ela. Quer dizer, a aresta convexa se ela pode ser atingida pela ferramenta sem perfurar a
seo seguinte do perfil (ver Fig. 9-2 A, C, E).
Uma aresta cncava quando ela no pode ser alcanada pela ferramenta sem perfurar o
elemento geomtrico seguinte e para execut-la a ferramenta deve sempre fazer mudanas
bruscas na direo, parando por um instante, quando ela tangente aos dois perfis contguos.
(Fig. 9-2 B.D.F).
A compensao do raio da ferramenta automaticamente resolver ambos os tipos de arestas, como
apresentado na Fig. 9-2, girando o raio nas arestas convexas e parando tangente aos elementos do
perfil nas arestas cncavas.
B
A

D
C

F
E

FIG.9-2

9.2 ENTRADA NO PERFIL

Por entrada no perfil entendem-se as operaes preliminares de movimento em direo primeira


parte do perfil, formada por retas ou crculos.

9-3 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Nos exemplos seguintes, ambos os casos so examinados e, seja qual for, sempre importante
que o ponto alcanado pelo centro da ferramenta, antes da entrada na superfcie de contorno,
esteja a uma distncia do perfil, que seja pelo menos igual ao raio da ferramenta.

9.2.1 EXEMPLO DE ENTRADA EM UMA RETA

FIG. 9-3
Y

230

200

120

80
Pinz 50

-50 80 180 270 360 X

Programa:
%
N0 G90 T3 M6 G16 XYZ+
N10 G0 X-50 Y50 S... F...
N20 Z-30 M13
N30 G1 G41 X80 Y80
N40 Y120
N50 X180 Y200
N60 G3 I270 J230 X360 Y 200
N70 G1 ....

Comentrios:
N0 O modo absoluto programado (G90), a ferramenta T3
carregada (T3 M6), a superfcie de contorno X-Y estabelecida e
a compensao no comprimento ao longo do eixo Z solicitada
(G16XYZ+).

REV. 3 9-4
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

N10 Posicionamento em Rpido no ponto Pinz ( alcanado pelo


centro da ferramenta, a correo do raio no est ainda ativa).
N20 Descida em Rpido para a cota de usinagem e ativao do
mandril com agente de refrigerao (M13).
N30 Movimento de sada em reta, a compensao da pea direita
ativada (G41).
No final do movimento, a ferramenta ser orientada como
mostrado na Fig. 9-3.
N40 -N70 A pea contornada.

Nota:
Se, em N30, fosse programada G42 (em vez de G41), durante a entrada no perfil a ferramenta
seria posicionada como na Fig. 9-4 e teria acabado a parte interna da pea.

P2

Fig. 9-4
P1
Pinz

9-5 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

9.2.2 EXEMPLO DE ENTRADA EM UM CRCULO

350
P4
343.06

275

260 Pfin
240
P2
200
P3
150

100

50 90 137.5 225 283.33 341.66 550 610 X


FIG. 9-5

Programa:

%
N0 G90 T6 M6 G16XYZ+
N10 G0 X90 Y240 S... F....
N20 Z-30 M13
N30 G1 G42 X50 Y350
N40 G2 I137.5 J275 X225 Y200
N50 G3 I283.33 J150 X341.66 Y100
N60 G1 X550 Y 343.06
N70 G0 G40 X610 Y260
.....

Comentrios:
N0 O modo absoluto programado (G90), a ferramenta T5
carregada (T5 M6), a superfcie de contorno X-Y estabelecida e
a compensao no comprimento ao longo do eixo Z solicitada
(G16XYZ+).
N10 Posicionamento em Rpido no ponto Pinz ( alcanado pelo
centro da ferramenta, a correo do raio no est ainda ativa).

REV. 3 9-6
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

N20 Descida em Rpido para a cota de usinagem e ativao do


mandril com agente de refrigerao (M13).
N30 Entrada no crculo, a compensao da pea esquerda
ativada (G41). No final do movimento, a ferramenta ser
orientada como na Fig. 9-5, perpendicular ao crculo.
N40 -N60 A pea contornada.
N70 Liberao em Rpido com correo do raio da ferramenta
cancelada (G40).

9.3 ENTRADAS TANGENCIAIS AO PERFIL

No pargrafo anterior foi discutido o mtodo de entrada no perfil utilizando a compensao do


raio da ferramenta.
Em especial, os mtodos de entrada no perfil utilizando as instrues G41 (compensao da
pea direita) e G42 (compensao da pea esquerda) foram analisadas. Essas entradas
sempre utilizam movimentos de reta (G1) para aproximao do perfil e, por essa razo, so
freqentemente definidas como entradas do tipo radial.
O CNC, entretanto, tambm permite entradas no perfil executadas tangencialmente.
Entrada no perfil com movimentos circulares evita que a ferramenta faa entalhes indesejveis no
ponto inicial do perfil. Esse tipo de entalhe pode aparecer com o mtodo anteriormente descrito
de entrada radial.
Isto muito til durante processos de usinagem interna nos quais a entrada sempre executada
diretamente na pea.
Para ativar a compensao do raio da ferramenta com entrada tangencial, h instrues diferentes
de G41, G42 e G40 que so, respectivamente, G47, G48 e G46.
G47 Entrada tangencial e compensao do raio com a pea direita da ferramenta.
G48 Entrada tangencial e compensao do raio com a pea esquerda da ferramenta.
G46 Cancelamento da compensao do raio com sada tangencial

Notas:
Nos dois casos de entrada tangencial (G47 ou G48) e no de sada (G46), dois movimentos so
automaticamente gerados:
G47-G48 movimento linear + circular
G46 movimento circular + linear

9-7 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Nos dois casos, o movimento circular executado na velocidade de usinagem programada,


enquanto que os movimentos lineares so executados em velocidade de RPIDO ou de
USINAGEM, dependendo do modo ativo G0 ou G1.
O movimento circular, que automaticamente gerado, possui um raio igual a duas vezes o raio da
ferramenta + qualquer tolerncia de usinagem estabelecida com a instruo <DRA:..> e um arco
de 90o.
Esses parmetros default podem ser modificados atravs da instruo <TGR:..>, a ser discutida
mais adiante.

FIG. 9-6

Programa:
%
N0 G16XYZ+
N10 T4 M6
N20 G0 X80 Y30 S.. F..
N30 Z-20 M3
N40 G48 X30 Y80
N50 G1 X60 Y110
N60 G2 I100 J70 X156.57 Y70
N70 G1 Y0
N80 X0
N90 Y50
N100 X30 Y80
N110 G0 G46 X80 Y30
N120 Z100 M5
N130 M2

REV. 3 9-8
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Comentrios:
N0-N10 Instruo tipo tecnolgico
N20 Posicionamento no ponto inicial
N30 Descer para a cota de usinagem e ligar o mandril (M3)
N40 Entrada tangencial em direo ao ponto programado com a pea
esquerda da ferramenta (G48). Um arco de 90o formado
iniciando a partir da tangente P para a reta P1-P2. O raio deste
arco duas vezes o raio da ferramenta + a tolerncia de
usinagem programada (<DRA:.... >).
O movimento (ver Fig. 9-6) executado em um movimento linear
em rpido a partir de PINZ at o ponto inicial do arco (um ponto
calculado automaticamente) e uma entrada circular no perfil em
usinagem executada, na velocidade programada F.. a partir de P
em direo a P1.
N50-N100 Movimentos de contorno do perfil
N110 Sada tangencial e cancelamento da compensao. O arco de
crculo gerado o mesmo daquele da entrada no perfil. O
movimento de retorno linear a PINZ executado em rpido.

Consideraes
O resultado obtido aquele da usinagem sem marcas de entrada e sem a necessidade de
programao pelo programador.
Se uma entrada padro for requerida (radial), ser suficiente programar G42 ao invs de G48 na
linha N40 e G40 ao invs de G46 na linha N110.

9.3.1 ENTRADA TANGENCIAL EM PERFIS CIRCULARES


Uma entrada tangencial pode ser utilizada tanto para perfis de reta como para perfis circulares,
dentro ou fora do perfil. O diagrama apresentado na Fig. 9.7 mostra um simples exemplo de
entrada tangencial em um perfil circular.

9-9 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Y
P3
230

180 P2

Fig. 9-7
50
P1

50 100 200 X

Programa:
%
N0 G16XYZ+
N10 T3 M6 S.. F..
N20 G0 X50 Y50
N30 Z-10 M3
N40 G47 X100 Y180
N50 G2 I200 J180 X100 Y180
N60 G46 G0 X50 Y230
N70 Z100 M5
N80 M2

Comentrios:
N0-N10 Instruo tipo tecnolgico
N20 Posicionamento em rpido no ponto inicial
N30 Descer cota de usinagem e ligar o mandril (M3)
N40 Entrada tangencial no ponto programado com a pea direita da
ferramenta (G47). Um arco de 90o formado. O raio deste arco
duas vezes o raio da ferramenta + a tolerncia de usinagem

REV. 3 9-10
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

programada (<DRA:....>). O movimento (ver Fig. 9-7)


executado em um movimento linear em rpido a partir de P1 at o
ponto inicial do arco P (um ponto calculado automaticamente) e
uma entrada circular no perfil em produo executada, na
velocidade programada F.. a partir de P em direo a P2.
N50 Movimento de contorno do perfil
N60 Sada tangencial e cancelamento da compensao. O arco de
crculo gerado o mesmo daquele da entrada no perfil. O
movimento linear para P3 executado em rpido.

9.3.2 PROGRAMAO DO RAIO E NGULO DA ENTRADA


No caso de uma entrada/sada do tipo tangencial (executada atravs de G47, G48 e G46), o raio e o
ngulo da entrada/sada do perfil podem ser programados atravs da instruo:

< TGR: koeff; ngulo >

onde:
koeff o coeficiente pelo qual o raio da ferramenta ser multiplicado, somado a qualquer
tolerncia de usinagem programada, atravs da instruo <DRA:..>.
Este coeficiente deve ser sempre maior que 1 e ter um valor default de 2.
ngulo representa a extenso de ngulo da circunferncia da entrada medida a partir do ponto de
entrada no perfil e apresentado em graus e partes decimais. Este coeficiente deve ser sempre
maior que 0 e ter um valor default de 90o.

FIG. 9-8
P3

45

P2

P1

9-11 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Notas:
- Em vez de valores de Koeff e de ngulo, as variveis R podem ser programadas.
- A instruo <TGR:...> auto-cancelante, portanto ela deve ser programa na mesma linha de
G47 ou G48 e G46.
O tipo de entrada apresentado na Fig. 9.8 o resultado da seguinte linha do programa:
G48 <TGR: 3 ; 45> X30 Y80
A entrada executada pela descrio de um arco de crculo de 45o e com o raio do arco igual a trs
vezes o raio da ferramenta utilizada.

9.4 MODO G72

Este modo, que s pode ser ativado com contorno que tenha a compensao do raio da
ferramenta ativa, especialmente til em todos os processos de usinagem nos quais, o uso de
mandris de alta velocidade pode causar defeitos de usinagem (por exemplo, o escurecimento da
madeira, causado pelo super-aquecimento).
No caso de perfis convexos e com G72 ativo, o contorno com compensao do raio da ferramenta
de fato executado tomando-se a fresa pela linha bissecionada externa, do ngulo formado entre
as duas partes do perfil.
Com a funo G73 possvel retornar ao modo anteriormente ativo. G73 executa a funo de
restabelecimento para a funo G72.

Notas:
A instruo G72 pode ser configurada como um modo pr-definido.
Neste caso, ele se tornar automaticamente ativo se a instruo % aparecer no incio do
Programa ou pressionando-se RESET.
Existem, entretanto, algumas condies em que, mesmo em G72, o posicionamento no
executado na linha bissecionada externa e sim em torno da aresta:
a) Interseo RETA/RETA.
Quando o centro da fresa for posicionado a uma distncia maior que 3 vezes o valor da
compensao do raio da ferramenta.
b) Interseo RETA/CRCULO CRCULO/RETA CRCULO/CRCULO
Quando a fresa no pode, nem fsica nem matematicamente, ser posicionada na linha
bissecionada (por exemplo, no caso de uma tangente).

REV. 3 9-12
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

com G72

com G73

FIG. 9-9

O uso de G72, em vez de modo padro, no qual o perfil convexo sempre raiado, permite a
execuo de ngulos vivos na trajetria.
Como resultado, os eixos tendem a parar no ponto da linha bissecionada.
, portanto, possvel ligar uma G72 a uma G66 ou a uma G64 que limita a desacelerao e
qualquer tempo de parada nas arestas.

9.5 ENTRADA/SADA DE UM ELEMENTO DEFINIDO COM GAP / EXPERT

Na definio de um perfil, sempre que os instrumentos do CNC forem totalmente utilizados, ou


na qual as linguagens GAP ou EXPERT so utilizadas, possvel programar as entradas/sadas
do perfil, tanto em ngulo reto como tangencial, de uma maneira simples e efetiva.
De fato, neste caso, utilizando o conceito de Elemento Geomtrico (ver Captulo 8), o
programador no necessita mais saber ou calcular as coordenadas dos pontos de entrada/sada,
mas somente indicar o Elemento Geomtrico no qual a entrada/sada ser executada.
Tambm aqui, h duas escolhas possveis:
Entrada de reta a um Elemento
Entrada tangencial a um Elemento

9-13 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

9.5.1 ENTRADA DE RETA A UM ELEMENTO

Sintaxe: G41 K ou G42 K


elemento 1 elemento 1
A sintaxe acima depende da posio da pea a ser processada, se est direita (G41) ou
esquerda (G42) da ferramenta.
Descrio:
Do ponto de posicionamento antes de G41 / G42, a ferramenta, seguindo uma reta para o
elemento 1, move-se tangencialmente ao mesmo.
O Elemento 1 pode ser uma reta ou um crculo e ser definido em uma das maneiras estabelecidas
na linguagem GAP / EXPERT:

Ln
G1 RC.. X.. Y..
G1 RC0 Y ou similar (por exemplo, G1 RC90 X)
G2/G3 I.. J.. R..
G2/G3 I.. J.. R.. RC..
G2/G3 I.. J.. X.. Y..
On

Notas:
Sempre que elemento 1 for um crculo, com dois pontos de reta diametralmente opostos, a reta
mais prxima posio da fresa antes do bloco G41/G42 ser escolhida.
Sempre que o ponto inicial coincidir com o centro do crculo do elemento 1, a escolha, entre
muitas possibilidades, ser feita onde o ngulo zero for formado.

9.5.2 ENTRADA TANGENCIAL A UM ELEMENTO

Sintaxe: G47 K ou G48 K


elemento 1 elemento 1

A sintaxe acima depende da posio da pea a ser processada, se est direita (G47) ou
esquerda (G48) da ferramenta.

REV. 3 9-14
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Descrio:
Os modos de entrada so aqueles j descritos para G47 e G48, com a nica diferena que o ponto
de entrada utilizado aquele obtido pela interseo entre a reta e o elemento 1, passando pelo
ponto em que a fresa posicionada antes de G47/G48 e do elemento 1, ou mais precisamente,
aquele que seria usado com o modo de entrada de reta (G41/ G42).
Tambm neste caso, o elemento 1 pode ser uma reta ou um crculo e ser definido em uma das
maneiras disponveis em GAP / EXPERT.
Como j visto em entrada de reta, sempre que o elemento 1 for um crculo, com dois pontos de
reta diametralmente opostos, a reta mais prxima posio da fresa antes do bloco G47/G48 ser
escolhida e sempre que o ponto inicial coincidir com o centro do crculo do elemento 1, a
escolha, entre as muitas possibilidades, ser feita onde o ngulo zero for formado.

9.5.3 SADA DE RETA DE UM ELEMENTO


Sintaxe : elemento 1
G40 K X.. Y..
As coordenadas de posicionamento X.. e Y.., aps a sada, devem ser inseridas na mesma linha
G40 do programa.
Descrio:
Um ponto que, ligado a X..Y.., reala uma reta perpendicular ao elemento 1, automaticamente
determinado no elemento 1.
Essa reta vai do centro da ferramenta at X.. Y.. .
Para discriminar o ponto de sada, se o elemento 1 for um crculo, devem ser utilizadas as regras
j explicadas para entradas tangenciais e de reta.
O elemento 1 pode ser uma reta ou um crculo e ser definido em uma das seguintes maneiras:

Ln
G1 RC.. (se o bloco anterior for para definir a posio da reta)
G1 RC0 Y.. ou similar (por exemplo, GI RC90 X..)
G2/G3 I.. J.. R..
G2 I.. J.. (se o bloco anterior for para definir o raio deste crculo)
On

9-15 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

9.5.4 SADA TANGENCIAL DE UM ELEMENTO


Sintaxe: elemento 1
G46 K X.. Y..
As coordenadas de posicionamento X.. e Y.., aps a sada, devem ser inseridas na mesma linha
G46 do programa.

Descrio:
Um ponto que, ligado a X..Y.., reala uma reta perpendicular ao elemento 1, automaticamente
determinado no elemento 1.
Esse ponto ser utilizado como ponto de sada do perfil.
Para discriminar o ponto de sada, se o elemento 1 for um crculo, devem ser utilizadas as regras
j explicadas para entradas tangenciais e de reta.
Os modos de sada so aqueles anteriormente descritos para G46.
Tambm neste caso, o elemento 1 pode ser tanto uma reta como um crculo e ser definido de uma
das maneiras j descritas no caso de Sada de Reta no pargrafo anterior.

9.5.5 ENTRADA TANGENCIAL EM DOIS ELEMENTOS CONTGUOS


Sintaxe: G41 elemento 1 ou G42 elemento 1
elemento 2 elemento 2
Descrio:
A fresa tomada a partir do ponto no qual ela estava antes de G41, tangencial aos 2 elementos
(elemento 1 e elemento 2) e ento percorre ao longo do elemento 2.
Ela no percorre ao longo do elemento 1 e no pode fazer parte do perfil ou mais comumente o
ltimo elemento em um perfil fechado, o que significa que ela no ser chamada no final da
execuo do perfil, durante a fase de sada.
O elemento 1 e o elemento 2 devem ser secantes e devem, portanto, ter pelo menos um ponto em
comum, mesmo a tangente de dois elementos no aceitvel.
Tambm neste caso, o elemento 1 e o elemento 2 podem ser tanto retas como crculos e ser
definidos por uma das seguintes expresses GAP/EXPERT:

Ln
G1 RC.. X... Y... X... e Y... identificam um ponto que mostra a reta
G1 RC0 Y... ou similar (por exemplo, G1 RC90 X..)
On
G2 / G3 I.. J.. R..
G2 / G3 I.. J.. X.. Y.. X... e Y... identificam um ponto que mostra o crculo.

REV. 3 9-16
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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A verso V2.04 (e posteriores) do software contm um novo modo de interpretar a sintaxe:


G41/G42 elemento 1
elemento 2
Como uma alternativa ao modo anterior (ilustrado na Fig. 9.10a), de fato possvel configurar o
CNC de forma que ele execute um entrada ortogonal ao elemento 1 (como apresentado na Fig.
9.10b), portanto comportando-se de maneira similar ao caso:
G41 / G42 K
elemento 1
O novo comportamento pode ser configurado pelo estabelecimento do campo AGAP=N (no
registro PAR1 do arquivo de configurao GEN.TAR).

Element 2
Element 2

Element 1
Element 1

Fig. 9.10a FIG.9.10b

9.5.6 SADA TANGENCIAL DE DOIS ELEMENTOS


Sintaxe:
elemento1 elemento1
G40 elemento2 X... Y... G40 elemento2 X... Y...
Descrio:
A fresa percorre ao longo do elemento 1 at atingir o ponto tangencial ao elemento 2.
Nesse ponto, a compensao desativada e o centro da fresa levado para X..Y.. . .
Tambm neste caso, o elemento 1 pode ser uma reta ou um crculo e ser definido em uma das
seguintes maneiras.

Ln
G1 RC.. X.. Y.. X e Y identificam um ponto que reala a reta.
G1 RC.. se o bloco anterior for para definir a posio da reta
G1 RC0 Y.. ou similar (por exemplo, G1 RC90 X..)
On
G2 / G3 I.. J.. R..
G2 / G3 I.. J.. se o bloco anterior for para definir o raio deste crculo
G2 / G3 I.. J.. X.. Y..

9-17 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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O elemento 2, por outro lado, s pode ser expresso na forma contrada, ou mais precisamente
como:
Ln se for uma reta
On se for um crculo

9.5.7 MELHORIAS NO MODO DE ENTRADA GAP/EXPERT


Na verso V2.04 do software as seguintes melhorias gerais foram feitas:
Se o movimento que precede G41/G42 ou G47/G48 um arco de crculo (G02/G03), no
necessrio especificar uma G1 no bloco que contm a G4x. Neste caso uma G1
automaticamente especificada.

Por exemplo, a programao

G02 I.. J.. X.. Y..


G41 X.. Y..

no gera mais um alarme.

Em qualquer caso, as expresses G0 G41/42 X.. Y.. e G0 G46/G47 X.. Y.. respectivamente
continuam a forar todas ou somente a parte reta do movimento de entrada/sada na/da pea em
rpido.
Nos elementos ortogonais (G41 e G42), tanto implcitos como explcitos, foi adicionada a
possibilidade de iniciar com um crculo definido por meio do ponto final e do raio:
G0 X.. Y..
G41 G2 /G3 X.. Y.. R..

9.6 COMPENSAO DINMICA DO DESGASTE DA FERRAMENTA

Em algumas aplicaes, por exemplo, se forem usadas fresas de alto desgaste, a compensao
precisa ser dinamicamente ajustada para reduo contnua do raio e comprimento da ferramenta.
O exemplo mais tpico o de fresas de polimento de vidro.
As sries de CNC so equipadas com uma caracterstica especial chamada Compensao
Dinmica do Desgaste da Ferramenta.
Utilizando dois parmetros, um para o raio da ferramenta e outro para o comprimento da
ferramenta, os usurios podem quantificar o desgaste da ferramenta ajustada no mandril e
informar ao CNC como compensar tais variaes.

O seguinte comando utilizado para ativar tal caracterstica:


USR:ON;c_r_usr;c_l_usr>

onde:
c_r_usr o coeficiente de desgaste radial da ferramenta expresso em mm/metro, enquanto

REV. 3 9-18
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

c_r_usr o coeficiente de desgaste axial da ferramenta expresso em mm/metro.

O desgaste radial compensa os eixos do plano de contorno, enquanto o desgaste axial compensa a
posio do eixo de profundidade; conseqentemente, antes de ativar esta funo, a superfcie de
contorno deve ser definida (G17, G18, G19 ou G16xxx), juntamente com o eixo em que a
compensao do comprimento deve ser aplicada (<CFF=CFx>).-{}-

Notas:
Se na instruo anterior um coeficiente estabelecido =0, a compensao relativa ser desativada.

Se um coeficiente no for definido um alarme acionado.

Se a compensao j tiver sido ativada, este comando pode ser utilizado para editar os coeficientes
importantes. Os novos valores sero ativados do bloco seguinte instruo <USR:ON;>.

Os coeficientes de desgaste podem ser editados em run time pelo PLC, agindo nas variveis
associadas.

Durante a entrada/sada de um perfil, o clculo do desgaste da ferramenta temporariamente


desativado.

De fato, a compensao de desgaste utiliza no somente os 2 coeficientes mencionados acima, mas


tambm outros coeficientes, assegurando melhores resultados se ferramentas de polimento forem
usadas em arcos de crculo.

Tais coeficientes podem ser estabelecidos no PLC atravs de funes especficas (para
informaes adicionais ler Manual de Aplicao para CNC da Srie WIN).

Essa funo desativada com o comando:

<USR:OFF>

Esse comando tambm atualiza automaticamente a tabela de ferramentas, juntamente com o


Raio e Comprimento ou Compensao do Raio e Compensao do Comprimento da
ferramenta montada no mandril, subtraindo-se dos dados originais os valores de desgaste
acumulados at ento ou simplesmente substituindo os antigos valores pelos novos (no caso do
uso de compensaes). A possibilidade de utilizar o Raio e o Comprimento e as respectivas
Compensaes pode ser configurada durante a instalao do CNC.

O comando Reset, o final (M2 ou M30) ou o incio do programa (%), o incio do bloco (:), as
trocas de modo em geral (com exceo da troca de Auto para Reposicionamento)
desativam, automaticamente, a correo de desgaste e atualizam, na Tabela, as compensaes da
ferramenta atualmente em uso.

Incompatibilidade:

A Compensao Dinmica de Desgaste no pode ser ativada com:

9-19 REV. 3
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RTCP
Compensaes de ferramenta (Dx)
Compensao de ferramenta no espao
Matrizes dinmicas que alteram o comprimento do perfil programado

9.7 FUNO FLUTUANTE

Os CNC WIN Srie 2701 apresentam uma funcionalidade que permite aos operadores
contornar qualquer perfil com compensao do raio da ferramenta ativada. Isto tambm
possvel quando o perfil possui reas cncavas que no podem ser acessadas pela fresa.
De fato, o centro da ferramenta flutua no perfil programado.
Esta funo pode ser ativada com a funo G31. A flutuao est operante se a
compensao do raio da ferramenta foi ativado (G41/42 ou G47/48).
Se tal funo for inserida no arquivo COST ela no precisar mais ser programada, pois
permanecer sempre ativa.
Neste caso ela ser desativada com a funo G30 e permanecer desativada at que os
seguintes comandos sejam acionados: Reset, %, :N.
Se no estiver contida no arquivo COST, a funo G31 pode ser desativada por G30 ou
atravs dos comandos usuais: Reset, %, :N.

Nota e limites de aplicao:


1. As instrues G30 e G31 devem ser programadas em um bloco separado (so
permitidos comentrios entre colchetes, juntamente com N do nmero do bloco ou,
alternativamente, uma Etiqueta).
2. Quando a funo flutuante ativada, os blocos que contm os seguintes
elementos so aceitos:
Geometria ISO, GAP ou EXPERT,
Definio de Chanfro ou Filete,
Rotao da Compensao/Origem no plano de contorno (G58),
Programao incremental,
Programao polar,
Programao em polegada,
Instrues aritmticas LIP,
Saltos condicionais ou incondicionais,
Repetio de sees do programa,
Definio e ativao de uma Matriz Esttica,
Chamada de Sub-rotina.

REV. 3 9-20
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3. Os seguintes elementos no so aceitos:


Eixos portando instrues outras que no aquelas referentes ao plano de contorno,
Mudanas do Avano (Fxx) dentro do perfil,
G736 com mais de uma seo de perfil.
Funes auxiliares externas.
Alm de instrues como G59, <MIR:..>, etc., cuja programao incompatvel com
a compensao do raio da ferramenta.

4. A funo G31 no pode ser ativada com:


Modos diferentes de Auto.
RTCP ativado
Origens da mquina ativadas (G53)
Interpolao Espiral (G722)
Modo G72
Modo G67
Limites de Programao (G23/G24)

5. Notar que G31 no por si s incompatvel com as funes mencionadas acima;


elas s se tornam incompatveis quando a compensao do raio da ferramenta
ativada.
6. O ponto de entrada/sada em G31 deve ser definido no mesmo bloco de
ativao/desativao da compensao (G41,G42,G47,G48 / G40,G46).
7. Se G31 tiver sido ativado, os blocos geomtricos nos quais a compensao do raio
deve ser aplicada so coletados em uma estrutura especfica at que o final da
funo de compensao seja encontrado (G40). Ento os dados colhidos so
processados e o resultado transferido para uma sub-rotina que ser executada
pelo CNC ou um monitor grfico no local do perfil programado.
Conseqentemente, se a usinagem for interrompida durante a execuo de um
perfil compensado, para retom-lo o operador no precisa se preocupar se tal
operao foi executada no arquivo $$CNG31 (gerada por G31) ao invs daquele
inicialmente programado.
8. Para operar adequadamente, G31 requer uma tolerncia que permita aos
operadores definir quando o comprimento e a distncia so to pequenos que
possam ser negligenciados. Tal parmetro inicializado no arquivo de calibrao
COST atravs da instruo <G31:n>. Como default ele estabelecido
n=0.000001. A gama de valor 0.001 0.000000000000001. O valor default de
tal parmetro no deve nunca ser editado.

9-21 REV. 3
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Notas:

REV. 3 9-22
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CAPTULO 10

10. CICLOS FIXOS

Os CNC da Srie WIN podem gerenciar os seguintes Ciclos Fixos:

Furao sem paradas G81

Furao com parada no fundo do furo G82

Ciclo de furao profunda com extrao da ferramenta para limpeza de cavaco G83

Ciclo de rosquear G84

Ciclo de brocagem com retorno em avano de trabalho G85

Ciclo de brocagem com retorno com parada do mandril G86

Ciclo de brocagem com retorno e liberao orientados G87

Ciclo de brocagem com retorno durante a usinagem e parada programvel no fundo do furo G89

Notas:

Os ciclos fixos acima mencionados so instrues do tipo modal, pois uma vez ativados eles
iniciam a seqncia de usinagem relativa de cada movimento de um ou mais eixos (aps o que
eles tero atingido as cotas programadas).
Eles so cancelados pelas funes G80 (cancelam ciclos fixos), % (inicia programa), M30 ou
M02 (encerra programa), ou por qualquer outra funo G que especifica um novo ciclo fixo.
Ciclos fixos so instrues do tipo paramtrico, que atuam na base dos contedos de variveis
especficas que devem ser corretamente reajustadas.

10-1 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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O contedo dessas variveis memorizado de forma permanente, de maneira que quando o CNC
religado, as variveis sempre contero os ltimos valores atribudos.
Para evitar qualquer comportamento irregular, uma boa regra zerar todas as variveis, pelo
menos no incio do programa.
Os ciclos fixos devem sempre ser desativados antes de se executar uma troca de ferramenta.

10.1 DEFINIO DE EIXO PARA APLICAO DE CICLOS FIXOS

Para poder definir em qual eixo da mquina os ciclos fixos sero executados, necessrio inserir a
seguinte instruo reservada no Programa:
<CFF = CF nome do eixo>

Por exemplo:
<CFF = CFZ> designa os ciclos fixos para o eixo Z
<CFF =CFY> designa os ciclos fixos para o eixo Y

Nota:
Quando a designao de um eixo tiver sido completada, o mesmo permanecer ativo at que outra
designao seja programada.

10.2 PARMETROS TEIS EM CICLOS FIXOS

Cada ciclo fixo est sempre ligado s trs seguintes variveis:


<RAP = ...> = aproxima a cota da pea alcanada pelo eixo em rpido.
<ENT=...> = finaliza a cota de usinagem alcanada em velocidade de usinagem.
<RAL=...> = extrao da ferramenta no final da cota do ciclo

Deixando de lado, por um momento, G83 (Ciclo de furao profunda com quebra ou limpeza
de cavacos) cada ciclo fixo consiste das seguintes fases:

1. Posicionamento das coordenadas dos eixos em rpido (principalmente X, Y)


2. O eixo ligado ao ciclo fixo (CFF = ..) movimentado em rpido para a cota RAP, contanto
que esta no esteja ainda posicionada em uma cota intermediria entre RAP e ENT, e nesse
caso o eixo se mover diretamente para a cota ENT em velocidade de usinagem.
3. O eixo de ciclo fixo se movimenta durante a usinagem para a cota ENT, que determina a
profundidade do processo.

REV. 1 10-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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4. Extrao, tanto em rpido ou em velocidade de usinagem, dependendo do ciclo fixo


escolhido, com relao cota RAP.
5. Movimento em rpido da cota RAP para a cota RAL.
No final da terceira fase, dependendo do ciclo em ao, sero executados tempos de interrupo,
inverses de mandril ou paradas.
As coordenadas RAP, ENT, RAL so sempre absolutas, significando que elas se referem
origem do eixo de profundidade que executa o ciclo fixo.

10.3 DESCRIO DOS CICLOS FIXOS

10.3.1 FURAO PADRO (G81)


Sintaxe:
N..G81 <RAP = ..> <ENT = ..> <RAL =..>
X..Y..

RAL Diagrama da operao

RAP
Movim. em vel. avano

Movim. em avano rpido


ENT

Os significados dos parmetros so aqueles padres descritos no pargrafo anterior.


Durante a operao, o mandril nunca est parado.

Particularidades:
Quando os passos de furao devem ser executados em material com tendncia a se fragmentar
superficialmente (por exemplo, painis laminados), possvel definir 2 reas nas quais o trabalho
pode ser executado a uma velocidade mais baixa do que aquela do Avano estabelecido pelo
Programa.
Para isso, suficiente estabelecer os seguintes parmetros:
<FE1= ...> Avano reduzido na entrada
<FE2=...> Avano reduzido na sada
<SF1=...> rea de aplicao do Avano definido em FE1
<SF2=...> rea de aplicao do Avano definido em FE2

10-3 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Se SF1 e SF2 forem definidos a partir de 0, o ciclo ser:

RAL Diagrama representando a


operao
RAP
FE1 SF1
Movim. em vel. avano

Movim. en avano rpido


F

FE2 SF2
ENT

Os parmetros SF1 e SF2 so planejados como valores absolutos e so aplicados,


respectivamente, aps RAP e antes de ENT tomando em considerao, automaticamente, o
sentido do furo (em RAP e em ENT).
A funo G81 soluciona o problema de qualquer interferncia entre as diferentes reas, dando
preferncia, na ordem, para FE1, FE2 e F.
Para utilizar a clssica G81 deve-se simplesmente estabelecer SF1 e SF2 = 0.
Os parmetros SF1, SF2, FE1 e FE2 so opcionais. SF1 e SF2 so normalmente forados a 0 na
inicializao. O fabricante da mquina pode, se solicitado, pr-estabelecer valores diferentes de 0,
configurando adequadamente o CNC.

10.3.2 FURAO COM PARADA (G82)

Sintaxe:
N..G82 <RAP = ..> <ENT = ..> <RAL =.. > <TIM =.. >

Este ciclo o mesmo do anterior, com a nica diferena da parada ao completar o furo igual a
TIM segundos.

REV. 1 10-4
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10.3.3 FURAO PROFUNDA (G83)

Sintaxe:
N...G83 <RAP = ...> <ENT = ...> <RAL = ...> <INI = ...> <IND = ...> <TIM = ...>

Descrio dos novos parmetros:


INI Incremento inicial a ser sempre programado como positivo
IND Valor de regresso do incremento inicial INI. Deve ser sempre estabelecido como
positivo. Se estabelecido = 0, o incremento permanecer constante e igual a INI entre
uma fase e outra (ver descrio do ciclo seguinte).
Dependendo do valor dado ao tempo de interrupo TIM, o ciclo de Furao Profunda
normalmente definido de maneira diferente:
Se TIM = 0 identificado como Furao com limpeza de cavaco
Se TIM > 0 identificado como Furao com quebra de cavaco

Descrio do ciclo:
Em Furao Profunda a ferramenta percorre ao longo da cota INI em profundidade e ento se
retira em rpido para a cota RAP. Ento, ainda em rpido, desce novamente para a profundidade
anterior menos 1mm (na realidade, o elemento deste delta inserido por segurana, configurvel
pelo fabricante da mquina no arquivo de calibrao do CNC), assume novamente o avano com
um incremento igual a INI - IND.
As sucessivas profundidades de furao so progressivamente alteradas pelo valor de regresso
IND at que o valor do incremento seja igual ao prprio valor de regresso, desse ponto em
diante o incremento permanece constante (igual ao valor IND) at que a cota ENT seja
alcanada.

Se o valor TIM programado como # 0, aps cada incremento a ferramenta parar pelo tempo
programado e ento continuar em direo cota ENT provocando uma limpeza de cavacos.
Neste caso, entretanto, a ferramenta no retorna cota RAP.

Diagrama do ciclo com Diagrama do ciclo com quebra


limpeza de cavaco (TIM=0) de cavaco (TIM # 0)

X..Y... X..Y..
RAL
RAL

RAP RAP
INI
INI
TIM
INI- IND INI- IND
TIM
INI- 2 *IND INI- 2* IND
TIM
IND IND
ENT ENT

10-5 REV. 1
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ROSQUEAMENTO (G84)
Sintaxe:
N...G84 <RAP = ...> <ENT = ...> <RAL = ...>
Esta funo deve ser usada sempre que um macho for usado com o compensador montado no
mandril no equipado com um transdutor.
O Andamento do Avano se o eixo de rosqueamento (F) for estabelecido de maneira a se ligar
velocidade do mandril (S), atravs do seguinte formato:
F = S x (passo de rosqueamento)
No caso em que o mandril equipado com um transdutor, deve-se utilizar G184 (rosqueamento
rgido).
O diagrama do ciclo similar quele j visto para furao simples, a nica diferena que, neste
caso, o mandril, ao alcanar a cota ENT, inverte o sentido da rotao do mandril. Assim que ele
retorna para a cota RAP, o sentido de rotao do mandril ser reajustado. (M3 para raiao
direita e M4 para raiao esquerda).

10.3.4 BROCAGEM COM RETORNO EM VELOCIDADE DE AVANO (G85)

Sintaxe:
N... G85 <RAP = ...> <ENT = ...> <RAL = ...>
Este ciclo o mesmo daquele descrito para rosqueamento simples com a nica diferena de que o
retorno executado na velocidade de avano com relao cota RAP e em rpido de RAP para
RAL.
Diagrama da operao
X..Y..
RAL

RAP
Movim. Em vel. avano

Mov. em avano rpido


ENT

10.3.5 BROCAGEM COM RETORNO COM MANDRIL EM POSIO DE ESPERA


BROCAGEM (G86)

Sintaxe:
N...G86 <RAP = ...> <ENT = ...> <RAL = ...>

REV. 1 10-6
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Este ciclo o mesmo daquele descrito para rosqueamento simples, com a nica diferena que, o
mandril pra quando alcana a cota ENT e permanece assim at que a cota RAL seja alcanada
em rpido, quando ele inicia novamente.

10.3.6 BROCAGEM COM RETORNO ORIENTADO E LIBERAO (G87)

Sintaxe:
N.. G87 <RAP = ...> <ENT = ...> <RAL = ...> <DAX = ...> <DAY = ...>
Neste ciclo, os seguintes parmetros incrementais, alm dos parmetros usuais: RAP, ENT,
RAL, so programados:
DAX = Liberao incremental ao longo do primeiro eixo da superfcie de contorno.
DAY = Liberao incremental ao longo do segundo eixo da superfcie de contorno.
A orientao do mandril executada atravs da funo auxiliar M19 pr-estabelecida no ciclo
G87.

Para a definio da superfcie de contorno, as funes so:


G17 = para definir a superfcie de contorno X, Y
G18 = para definir a superfcie de contorno Z, X
G19 = para definir a superfcie de contorno Y, Z
G16 = para definir uma superfcie de contorno livre
(para informaes adicionais ver Captulo 7).

Exemplo:
Onde a superfcie de contorno for definida com a instruo G16 XWU+ (superfcie de contorno
XW com compensao de comprimento pelo eixo U em sentido positivo), os parmetros DAX e
DAY tero efeito sobre os eixos X e W, respectivamente.
Este ciclo , portanto, diferente do anterior (G86), pois a fase de extrao da ferramenta ocorre
quando a cota ENT tiver sido alcanada. Nesse caso, o mandril parou e , ento, orientado em
uma posio definida e depois retirado em rpido, at que a cota RAL seja alcanada.

10.3.7 BROCAGEM COM PARADA (G89)


Sintaxe:
N...G89 <RAP = ...> <ENT = ...> <RAL = ...> <TIM = ...>

10-7 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Este ciclo diferente do ciclo de brocagem (G85) porque uma parada programvel introduzida
(igual a TIM segundos) entre o momento em que a cota ENT alcanada e o retorno para a cota
RAP durante a usinagem.

10.4 CONSIDERAES GERAIS SOBRE OS CICLOS FIXOS

Os ciclos fixos descritos neste manual so implementados no comando ECS em dois diferentes
modos.
- Como macro residente no arquivo. Esta soluo pode alongar ligeiramente os tempos de
execuo, mas garante a mxima flexibilidade (os ciclos podem ser modificados e,
portanto, adaptados a diferentes exigncias).
- Como funes executadas dentro do CNC (esta soluo melhora a velocidade de execuo
porm reduz a flexibilidade).
A escolha de ativao de ciclos internos normalmente feita pelo fabricante da mquina e
completamente invisvel ao programador.
Considerando que os ciclos fixos G81 ... G89 so iniciados somente depois dos eixos alcanarem
a cota programada, os 2 seguintes programas tm o mesmo resultado:
a)
%
N0 G16XYZ+ <CFF=CFZ>
N10 T1 M06 M42
N20 S800 F200 M13
N30 G81 <RAP=2> <ENT=-30> <RAL=2>
N40 X100 Y80
.......
b)
%
N0 G16XYZ+ <CFF=CFZ>
N10 T1 M06 M42
N20 S800 F200 M13
N30 G81 <RAP=2> <ENT=-30> <RAL=2> X100 Y80 Z2
........

Por outro lado, programando-se:


.......
N30 X100 Y80 Z2
N40 G81 <RAP=2> <ENT=-30> <RAL=2>
.......

REV. 1 10-8
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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No inicia a furao, pois o ciclo fixo se torna ativo somente depois que os eixos esto
posicionados:
Entretanto, modificando o programa como segue:

.......
N30 X100 Y80
N40 G81 <RAP=2> <ENT=-30> <RAL=2> Z2
.......

O ciclo fixo G81 executado devido presena do movimento dos eixos (Z2) aps sua definio.
Lembrar que, para diminuir os tempos de execuo no caso de produo com grande nmero de
ciclos fixos, recomendvel estabelecer o modo de movimento G64 (para maiores informaes
ver Captulo 3).

10.5 EXEMPLOS DE PROGRAMAO DE CICLOS FIXOS

Imagine-se que o Programa necessrio para produzir a pea descrita no diagrama abaixo deva ser
escrito:

Z+

5 20
Posio X Y 30
1 150 350
2 200 350
3 400 350
4 450 350 Y+
5 150 250
6 200 250 1 2 3 4
7 400 250
8 450 250 50
9 150 50 13
400 5 6 7 8
10 200 50
11 400 50
12 450 50 9 10 11 12
13 300 300
600 X+

10-9 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

As ferramentas disponveis so:


T05 = Ferramenta com 10mm de dimetro (para furao da posio 1 posio12)
T06 = Ferramenta com 49mm de dimetro (para furo na posio 13)
T07 = Macho M2 (para furos raiados da posio 9 posio12)
T08 = Broca com 50mm de dimetro (para furo 13)

O Programa pertinente o seguinte:

Produo Instrues
%
N0 G90 T5 M6 G17 ( EXEMPLO DE USO DE CICLOS FIXOS)
N10 G0 G43 Z100 M42
N20 < CFF=CFZ>
N30 G81 <RAP=2> <ENT=-35> <RAL=2>
(1) N40 X150 Y350 S1000 M13 F150
(2) N50 X200
(3) N60 X400
(4) N70 X450
(8) N80 Y250
(7) N90 X400
(6) N100 X200
(5) N110 X150
(13) N115 X300 Y300 <RAL=22>
N120 G83 <RAP=22> <INI=20> < IND=5> <TIM=0>
(9) N130 X150 Y50
(10) N140 X200
(11) N150 X400
(12) N160 X450
N170 G80 Z200 T6 M6
N180 G81 <RAP=2> <ENT=-50> <RAL=200>
(13) N190 X300 Y300 S400 M13 F80
N200 G80 T7 M6
N210 G84 <RAP=25> <ENT= -5> <RAL=25>

REV. 1 10-10
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

N220 X150 Y50 S500 M13 F750


N230 X200
N240 X400
N250 X450
N260 G80 Z200 T8 M6
N270 G87 <RAP=2> <ENT=-35> <RAL=2> <DAX=-0.2> <DAY=0>
N280 X300 Y300 S800 M13 F110
N290 G80 Z200 M5
N300 M2

Comentrios:

N0 Programao tipo absoluto (G90); seleo e carga da ferramenta


de 10mm de dimetro (T5 M6); seleo da superfcie de contorno
XY (G17).
N10 Compensao do comprimento das ferramentas ao longo do eixo
Z (G43); reposicionamento em rpido para Z100; seleo da
gama (M42).
N20 Reserva de ciclos fixos no eixo Z (<CFF=CFZ>)
N30 - N115 Ciclo de furao pr-estabelecido (G81) e execuo do furo
passante de 1 a 8
O valor de retorno alto (RAL) estabelecido em 22mm na linha
N115. O mandril gira no sentido horrio, com o agente de
refrigerao ativado (M13), a velocidade de rotao 1000 rpm
(S1000), o Avano de usinagem 150mm/min (F150).
N120-N160 Pr-estabelece ciclo de furao profunda (G83) e executa 4 furos
passantes.
Notar que o primeiro incremento de furao ser de 20mm, o
segundo de 15, o terceiro de 10 e assim por diante, de forma que
o ndice de regresso IND=5 alcance uma profundidade de
35mm. Com a programao de TIM=0 h uma limpeza de
cavacos. Se, por exemplo: TIM=0.5 for programado, haver uma
limpeza de cavacos com um tempo de parada de 0.5 segundo a
cada incremento.
N170 Cancela ciclos fixos (G80) e carrega uma ferramenta com 49mm
de dimetro (T6 M6).

10-11 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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N180-190 Executa passos de furo com dimetro de 49mm com Avano de


80mm/min (F80) e Velocidade de 400rpm (S400).
N200 Ciclos fixos so cancelados (G80) e um macho M12 com passo
de 1,5mm carregado (T7 M6).
N210 Um ciclo de rosqueamento estabelecido (G84) com uma
profundidade de rosqueamento de 5mm.
N220-250 So executados 4 rosqueamentos direita (M13). Estabelecendo a
velocidade do mandril em 500rpm e um Avano de 750mm/min.,
o passo resultante ser 750/500 = 1.5mm.
N260 Os ciclos fixos so cancelados (G80) e uma broca com 50mm de
dimetro carregada (T8 M6).
N270 programada uma operao de brocagem com 2 dcimos de
liberao ao longo do eixo X.
N280 executada a brocagem com liberao e o retorno do mandril
orientado, supondo-se que a orientao do mandril prepare a
ferramenta como mostrado no diagrama abaixo. A liberao s
necessria ao longo do eixo X.

DAX

A liberao < DAX = - 0.2> provoca o afastamento da ponta da ferramenta de 0.2mm do lado do furo
broqueado.

REV. 1 10-12
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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10.6 CICLO FIXO DE ABERTURA DE ROSCA/ROSQUEAMENTO RGIDO (G184)

No caso de uma mquina equipada com um mandril com transdutor de posio, a funo G184
significa que uma operao de rosqueamento / abertura de rosca pode ser programada simples e
diretamente, sem a necessidade, por exemplo no caso de rosqueamento, do uso de macho com um
compensador.
De fato, o CNC ir, automaticamente, sincronizar o movimento do eixo de profundidade com a
velocidade de rotao do mandril, de forma a garantir a execuo do passo selecionado.
Sintaxe:
N..G184 <RAP=..> <ENT=..><RAL=..><DAX=..><SPD=..> <PCH=..> <ROT=..>
Enquanto as variveis RAP, ENT, RAL conservam o mesmo significado j descrito em ciclos fixos
(G81..G89), as novas variveis possuem os seguintes significados:
SPD = Velocidade de rotao do mandril em rot/min.
PCH = Passo abertura de rosca/rosqueamento em mm.
ROT = Sentido do eixo do mandril. Pode assumir os seguintes valores:
ROT=3 rotao horria (abertura de rosca direita)
ROT =4 rotao anti-horria (abertura de rosca esquerda)

DAX= Liberao radial no final da abertura de rosca, um valor incremental deve ser
programado. A macro G184 carregada para calcular os componentes dessa liberao ao
longo dos eixos da superfcie de contorno programada.
No caso de rosqueamento, este parmetro, devido ao perigo de quebra do macho, deve sempre ser
programado como zero (DAX = 0).
Para a definio da superfcie de contorno, permanece vlido o que j foi afirmado para o ciclo
fixo G87 (brocagem com retorno orientado e liberao).
Assim como nos ciclos fixos na srie G8x, a macro G184 modal, uma vez que ela ser iniciada
a cada posicionamento dos eixos aps a cota programada ter sido alcanada.
Para cancelar a macro G184 deve-se programar a seguinte instruo:
G150 = Cancela instruo de macro de G151 a G199 (ver tambm o Captulo 11)

EXEMPLO DE PROGRAMAO DE ABERTURA DE ROSCA ATRAVS DE G184

%
N0 G90 T11 M6 G16XYZ+
N10 <CFF=CFZ>
N20 G184 <RAP=5> <ENT=-50> <RAL=100> <DAX=1> <SPD=300> <PCH=4> <ROT=3>
N30 G0 X100 Y150
N40 G150 Z200
N50 M2

10-13 REV. 1
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Comentrios:
N0 Programao absoluta (G90), seleo e carregamento da
ferramenta 11 (T11 M6), seleo da superfcie de contorno XY e
compensao do comprimento no eixo Z em sentido positivo
(G16XYZ+)
N10 Reserva do ciclo fixo ao longo do eixo Z.
(<CFF=CFZ>).
N20 Estabelecimento do ciclo de abertura de rosca rgida G184 (
interpretado por DAX # 0) direita (<ROT=3>) com passo de
4mm (<PCH=4>), rotao do eixo do mandril a 300 rot/min
(<SPD=300>).
N30 Execuo da abertura de rosca rgida com liberao final de 1mm
(<DAX=1>).
N40 Desativao do ciclo G184 (G150) e retorno, em rpido, para a
cota Z200.

10.6.1 ROSQUEAMENTO RGIDO


Como j mencionado, rosqueamento rgido significa a furao de rosca executada atravs de um
macho com passo controlado. (que no necessita um compensador).
Neste caso, o ciclo G184 deve ser programado estabelecendo o parmetro de liberao do final do
ciclo DAX= 0.
O resultado ser a obteno de um ciclo fixo que, uma vez alcanada a cota de profundidade
ENT, executar uma inverso do mandril de maneira que seja o mesmo do ciclo fixo G84.

REV. 1 10-14
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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CAPTULO 11

11. INSTRUES MACRO


Por INSTRUO MACRO, muitas vezes indicada simplesmente como Macro, entende-se
uma sub-rotina capaz de executar um processo de usinagem de forma paramtrica.
Nos pargrafos seguintes ser descrita uma grande parte das macros disponveis nos CNC da
ECS.
No so apresentadas aqui as macros baseadas em aplicaes de matrizes (estticas ou
dinmicas), uma vez que esto descritas no Captulo 15, nem aquelas utilizadas para ciclos de
medio e pr-estabelecimento de ferramentas (descritas nos Captulos 13 e 14).
Essas sub-rotinas foram desenvolvidas pela ECS utilizando uma linguagem de programao
conhecida como a LIP.
Para maiores informaes, sugerimos consultar o Manual de Programao Avanada, cdigo
721P396.
Deve-se notar que algumas macros so codificadas como funo G..., enquanto outras foram
criadas como verdadeiras sub-rotinas e podem ser chamadas no formato clssico:

L <nome macro>

Normalmente, enquanto uma macro criada como funo G... modal (isto , uma vez ajustada
permanece operante at ser desativada), uma sub-rotina sempre auto-cancelante (ou seja,
chamada somente uma vez com os parmetros passados naquele momento).

11.1 FRESAGEM/BROCAGEM INTERNA (G88)

A funo G88 permite a brocagem de um furo com uma fresa, simplesmente posicionando a
ferramenta no prprio eixo.
O furo broqueado garantindo o valor da tolerncia de usinagem estabelecido pela instruo
<DRA:...>.

Sintaxe:
N...G88 <RAP=..> <ENT=...> <RAL=..> <DIA=...> <ROT=..> <KFD=.. >

11-1 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

N... X... Y...


onde:
G88 Representa o ciclo de brocagem-fresagem interna.

X..Y.. Representam as coordenadas do centro do furo a ser broqueado/fresado.


Essas cotas devem se referir aos eixos da superfcie de contorno declarada por
G17-G18-G19 ou G16 e podem ser programadas na mesma N... da G88 ou na
instruo seguinte.

RAP Assumem o mesmo significado a eles atribudo nos ciclos fixos G81-G89, ou
ENT e seja:
RAL RAP = cota de aproximao pea, alcanada pelo eixo de profundidade em
rpido.
ENT = cota de final de procedimento alcanada em velocidade de usinagem.
RAL = cota de extrao da ferramenta no final do ciclo, realizada em rpido.

DIA Representa o dimetro do furo a ser fresado/broqueado.

ROT Representa o sentido do percurso do movimento de contorno.


Em especial:
ROT=2 ----> interpolao circular horria
ROT=3 ----> interpolao circular anti-horria

KFD Representa um coeficiente de multiplicao do Avano estabelecido que permite


definir o Avano no movimento de entrada. Isto muito til quando a fresadora
deve agredir a pea sem pr-furao.
Por exemplo, se KFD = 1, significa que o avano programado mantido
constante tanto durante o movimento de penetrao como na
fresagem/broqueagem, se KFD=0.5, o avano diminudo para a metade
durante a penetrao.

Notas:
- O ciclo G88 se inicia aps o posicionamento dos eixos da superfcie de contorno e
cancelado pela instruo G80, como todos os ciclos fixos.
- A designao dos eixos nos quais o ciclo G88 atuar executada pela instruo <CFF=CF
nome eixo>, como para todos os ciclos fixos.

REV. 3 11-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Descrio do ciclo G88:

Considerando a Fig. 11-1.


Ela trata da brocagem de um furo para o dimetro DIA. O ponto P o centro do furo e possui as
coordenadas X e Y.
Para fazer isso, utilizada uma fresa com raio R.
Para a usinagem ser possvel, deve-se, obviamente, respeitar o seguinte:
2 * R (DIA qualquer tolerncia de usinagem estabelecida com a instruo <DRA:...>)
Se no for assim, o CNC emitir um sinal de alarme.

DIA

ENT RAP RAL


A
P B

Y C

Z+

X
FIG. 11-1

O ciclo G88 constitudo das seguintes fases:

FASE 1
Posicionamento ponto-ponto em rpido dos eixos da superfcie de contorno (no exemplo X e Y)
no ponto P (centro do furo).
FASE 2
Descida rpida do mandril (no nosso caso o eixo Z) com relao cota RAP.

11-3 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

FASE 3
Descida do mandril em velocidade de usinagem com relao cota de entrada ENT com Avano
modificado pelo coeficiente KFD (F entrada = F programada * KFD ).
FASE 4
Posicionamento semi-circular P-B em velocidade de usinagem, de maneira que a lmina da fresa
entre no dimetro DIA do furo com movimento tangencial e iniciado. Dessa maneira no sero
deixadas marcas na superfcie fresada.
FASE 5
O eixo da fresa executa uma volta completa em velocidade de usinagem no sentido especificado
por ROT, trabalhando todo o furo com dimetro DIA.
FASE 6
Quando a fresa retorna ao ponto B, depois de executar uma volta completa, o arco de liberao B-
C (30) executado em velocidade de usinagem.
FASE 7
A liberao com arco C-P completada em rpido.
FASE 8
Quando o eixo da fresa retorna a P, o mandril extrado em rpido com relao cota RAL,
como acontece em outros ciclos fixos.

Importantes observaes tecnolgicas


Se o programador est seguro que o seguinte vlido para o furo a ser broqueado:
(DIA / 2 - qualquer tolerncia de usinagem DRA ) > raio de fresa ( R )
e tambm:
tolerncia de usinagem a ser removida < dimetro da fresa
possvel reduzir o tempo do ciclo programando o parmetro RAP igual a ENT.
Neste caso o ciclo mais rpido do que na FASE 3, pois a descida da ferramenta para a cota
ENT executada em rpido.
Tambm outras fases podem ser modificadas para serem melhoradas, tornando-se assim:

FASE 4
Movimento radial P-A em rpido do eixo da fresa, no sentido positivo do primeiro eixo declarado
na superfcie de contorno at alcanar o ponto A. Nesse momento a lmina da fresa se encontra
ainda a uma distncia 2 +R do lado da fresa. Essa distncia a mnima para criar uma entrada
tangencial ao perfil.

REV. 3 11-4
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

FASE 5
Durante a usinagem o eixo da fresa executa um semi-crculo A-B de raio R, de maneira que a
lmina da fresa entre no dimetro DIA do furo (+ qualquer tolerncia de usinagem) com um
movimento tangencial e iniciado.
FASE 6
Durante a usinagem o eixo da fresa executa uma volta completa no sentido ROT, trabalhando o
furo todo.
FASE 7
Quando a fresa retorna ao ponto B, aps executar uma volta completa, um arco de liberao B-C
(30) executado em produo.
FASE 8
A liberao com arco C-P completada em rpido.
FASE 9
Quando o eixo da fresa tiver retornado ao ponto P, o mandril extrado em rpido com relao
cota RAL.

Notas:
- Se o raio da fresa se avizinhar de DIA /2, a aproximao radial P-A se torna continuamente
mais curta at desaparecer completamente, iniciando quando aparecer a igualdade
3*R=DIA/2.
- O movimento de aproximao radial da FASE 4 (P-A na Fig. 11-1) executado em sentido
positivo do eixo cujas iniciais aparecerem primeiro na instruo G16xxx; por sub-rotina, por
exemplo: G16XY... (o mesmo que G17) a aproximao ser executada no eixo X+;
enquanto que, programando-se G16YX.. a aproximao executada no eixo Y+.
- Quando se utiliza G88, a compensao do raio da fresa deve sempre ser excluda (no deve
ser ativada com as instrues G41/G42/G47/G48).
A Compensao do Raio de fato ativada automaticamente.

Exemplo de programao:
Para fresar os furos A, B, C na Fig. 11-2, na qual o furo A executado com dois passos, a
180mm e 200mm. Para isso, uma fresa de raio 20mm e comprimento de 120mm deve ser
utilizada.

11-5 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Fig. 11-2

Programa:

%
N00 G90 T10 M6 G18 F150
N10 G0 G43 Y50 M41 S900
N20 <CFF=CFY>
N30 G88 <RAP=-42><ENT=-42><RAL=-42><DIA=200><ROT=2><KFD=1>
N40 X150 Z250 M13 <DRA:10>
N50 X150 Z250 <DRA:0> <RAL=2>
N60 X500 Z150 <DIA=45> <RAP=2> <KFD=0,5>
N70 X350 Z100 <DIA=80> <ROT=3>
N80 G80 Y200 M5
N90 M2

REV. 3 11-6
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Comentrios:
N00 Pr-estabelecimento da superfcie de contorno XZ (G18), troca de
ferramenta (T10 M6), programao absoluta (G90) e Avano
(F150)
N10 Compensao do comprimento da ferramenta (G43) associada ao
eixo Y.
N20 Reserva de ciclos fixos no eixo Y (CFF=CFY).
N30 Definio de ciclo fixo de fresagem interna G88 acelerada
(RAP=ENT) para a cota 42 no dimetro DIA = 200mm
executado com rotao horria (ROT=2) e sem variao entre o
Avano de entrada e o Avano de contorno (KFD=1). No final do
ciclo a ferramenta permanecer em profundidade para a segunda
passada.
N40 Posicionamento do eixo do furo com incio do mandril e
tolerncia de usinagem de 10mm para obter um dimetro de
180mm para o primeiro passo (DIA 2*DRA).
N50 O mesmo ciclo iniciado na mesma cota com tolerncia de
usinagem DRA=0 (segunda passada em DIA=200), e em rpido
em RAL=2.
N60 Posicionamento no segundo furo com DIA=45 iniciando em
pleno (RAP # ENT, RAP=2, ENT=-42) e Avano de entrada
igual a 50% do Avano estabelecido na linha N0 (KFD= 0.5).
N70 Posicionamento no ltimo furo DIA=80 trabalhado no sentido
anti-horrio (ROT=3) com o mesmo modo anterior (RAP #
ENT) e variao do Avano de 50%.
N80 Parada do mandril e cancelamento dos ciclos fixos (G80).
N90 Final de programa (M2).

11.2 FRESAGEM EXTERNA (G188)

A funo G188 permite fresar cilindros externos, posicionando a ferramenta em uso no ngulo de
fixao programado.
Sintaxe:
N...G188 <DIA=..> <ENT=..> <RAP=...> <RAL=...> <ANA=..> <SME=..>
<ROT=..> <KFD=..> <INI=.. > <ASF=.. > <ALT=.. > <DRA:..>
N... X.. Y..
onde:

11-7 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

G188 Representa o ciclo de fresagem externa.

X.. Y.. Representam as coordenadas do centro do cilindro a ser fresado


externamente.
Essas cotas devem se referir a eixos da superfcie de contorno que declarada
atravs de G17-G18-G19 ou G16 e podem ser programadas na mesma N... da
G188 ou na instruo seguinte.

DIA Representa o dimetro do cilindro a ser fresado.

RAP, ENT, RAL Possuem o mesmo significado daqueles de um ciclo fixo padro (G81-G89).

Representa o ngulo de entrada no cilindro. Este o ngulo medido entre o


ANA semi-eixo positivo combinado com a direo na ordem inferior e o raio do
crculo medido do centro do cilindro ao ponto de entrada da fresa.

SME Representa a tolerncia de usinagem presente na pea.

ROT Representa o sentido dos movimentos de contorno.

Em especial:

ROT=2 ------> interpolao circular horria

ROT=3 -----> interpolao circular anti-horria

KFD Representa o coeficiente de multiplicao do Avano estabelecido, que permite a


definio do Avano para obter a velocidade de entrada.

INI Permite o esvaziamento com incrementos constantes em profundidade at que se


alcanar a profundidade programada com o parmetro ENT. O incremente
sempre ocorre da cota RAP para a cota ENT. Para obter uma passada nica
suficiente programar INI=0.

ASF Representa o ngulo de deformao (sempre positivo). Programvel para


valores entre 0 e 80o, com ASF = 0 no ser executada nenhuma conicidade de
deformao.

ALT Representa a altura do cilindro no qual requerida a conicidade de deformao.


Se for estabelecido ASF = 0 no necessrio programar o parmetro ALT.

DRA Representa a tolerncia de usinagem que deve ser deixada na pea aps sua
produo.

REV. 3 11-8
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Notas:
- O ciclo G188 iniciado aps o posicionamento dos eixos da superfcie de contorno e
cancelado com a instruo G150.
- A designao do eixo no qual o ciclo G188 atua executada pela instruo <CFF=CF nome
eixo> como para todos os ciclos fixos na srie G80.

Descrio do ciclo G188


Considerando a Fig. 11-3.
Trata da fresagem externa de um cilindro at o dimetro DIA utilizando uma fresa de raio R.
O ciclo G188 constitudo das seguintes fases:

FASE 1
Posicionamento ponto a ponto em rpido nos eixos de superfcie de contorno no ponto C, que o
centro do cilindro a ser fresado.

FASE 2
Descida rpida do mandril (no nosso caso eixo Z) para a cota RAP.

FASE 3
Posicionamento ponto a ponto em rpido do eixo da fresa no ponto Pin cujas coordenadas so
desenvolvidas pela macro em funo das coordenadas do centro do crculo, dos parmetros DIA,
ANA e SME, de uma constante fixa de 2mm e do raio da ferramenta.

FASE 4
Descida do mandril durante a usinagem com relao cota de entrada ENT com Avano
modificado pelo coeficiente KFD (Avano de Fixao = Avano programado * KFD ).

FASE 5
Posicionamento semi-circular Pin A durante a produo, de maneira que a lmina da fresa seja
fixada ao dimetro DIA do crculo com um movimento tangencial e iniciado. No so deixadas
marcas nas superfcies fresadas.

FASE 6
O eixo da fresa executa durante a produo uma volta completa no sentido especificado do
parmetro ROT, produzindo o crculo completo com dimetro DIA.
Lembrar que ROT=2 significa um sentido horrio enquanto ROT=3 anti-horrio.

FASE 7
Quando a fresa retorna ao ponto A, aps ter completado uma volta, um arco de liberao
tangencial A-B (30o) executado.

11-9 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

FASE 8
A liberao completada, produzindo o arco B-Pin em rpido.

FASE 9
Quando o eixo da fresa retorna em Pin, o mandril extrado em rpido com relao cota RAL,
como acontece em todos os ciclos fixos da srie G8x.

Nota:
- Da mesma forma como acontece em G88, tambm ao utilizar G188 a compensao do raio
da fresa deve ser excluda (G41, G42, G47 e G48). A compensao do raio de fato
inserida automaticamente.

FIG. 11-3

Exemplo de programao
2 cilindros de dimetros 130 e 105mm, como na Fig. 11-4, devem ser fresados.
Para isso, uma fresa com as seguintes caractersticas utilizada:
T04 = R20 L 120.

REV. 3 11-10
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Y
0 25 Z

105
170

130
80

70 225 X

Fig. 11-4

Programa:
%
N00 G16XYZ+ G90
N10 T4 M6 F180
N20 G0 Z100 S900 M41
N30 <CFF=CFZ>
N40 G188 <RAP=30> <ENT=0> <RAL=30> <DIA=130> <ROT=2> <KFD=1>
<ANA=270>
<SME=3> <INI=0> <ASF=0>
N50 X225 Y80 M13
N60 X70 Y170 <DIA=105> <RAL=50> <ANA=45>
N70 G150 Z100 M5
N80 M2

Comentrios:
N00 Pr-estabelecimento da superfcie de contorno, eixo e sentido no
qual o comprimento deve ser compensado (G16XYZ+),
programao absoluta (G90).

11-11 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

N10 Troca de ferramenta (T4 M6) e estabelecimento do Avano de


produo (F180).
N30 Reserva dos ciclos fixos no eixo Z.
N40 Estabelecimento do ciclo fixo de fresagem externa G188 com
aproximao rpida a Z30 (RAP). Descida durante a produo
sem variao entre o avano de entrada e o contorno (KFD=1) em
cota de profundidade de (ENT) Z0. Num dimetro (DIA) de
130mm, a ser executado em sentido horrio (ROT= 2). A
tolerncia de usinagem na pea (SME) de 3mm, o ngulo de
entrada (ANA) de 270 graus. Tudo executado em uma nica
passada. (INI= 0).
N50 Posicionamento no eixo do cilindro de 130mm de dimetro com
incio do mandril e refrigerao e, portanto, primeiro ciclo G188.
No final do ciclo a ferramenta retorna a Z30 (RAL).
N60 Posicionamento no eixo do cilindro de 105mm de dimetro com
os mesmos parmetros do ciclo anterior com exceo do ngulo
de entrada (ANA) que desta vez de 45 graus. Incio de novo
ciclo G188. Trmino com o retorno da ferramenta a Z50 (RAL).
N70 Cancelamento de G188 com a instruo G150. Distanciamento
adicional em Z e parada do mandril (M5).
N80 Final de programa (M2).

11.3 FUROS DISPOSTOS EM ARCO DE CRCULO (Macro FORFLA)

A macro FORFLA (Furao da Flange) pode ser utilizada para executar um grupo de
processos, com passo angular constante, ao longo de uma circunferncia com raio e centro
conhecidos. Com a macro FORFLA podem ser executados os ciclos fixos de G81 a G89 (ver
detalhes no Captulo 10), bem como ciclos de fresagem interna G88 e de rosqueamento rgido
G184.
Quando comparada com mesma funo disponvel nos CNC Srie D ou nas verses WIN
precedentes V2.0, a macro FORFLA, embora compatvel com as verses anteriores, foi
melhorada para se tornar uma ferramenta mais flexvel. Ou seja, agora possvel programar o
ponto inicial no somente a partir de suas coordenadas, mas tambm definindo seu Raio e
ngulo. Neste ltimo caso, o ngulo referente ao ltimo furo no mais programado, uma vez
que ele substitudo pela diferena angular entre dois furos contguos. Pode-se mover de um
furo contguo ao outro atravs de uma chave especfica. Isto permite ao operador mover de um
furo para outro em linha reta ou desenhando um arco.

REV. 3 11-12
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Sintaxe:
N.. L < FORFLA > X.. Y.. I.. J.. <AIN= +/- ...> <ARC=..> <RDF=..><ANA=..> <%NHL=..>

onde:

Representa a Macro para a execuo de processos posicionados em um arco de


L<FORFLA> crculo.
A macro FORFLA gerenciada como uma sub-rotina e, conseqentemente,
auto-cancelante e deve, portanto, ser reprogramada quando necessrio.

Raio da Flange. estabelecido = 0 quando usar a antiga definio de usinagem


RDF (fornecer as coordenadas do ponto inicial). Por default, o parmetro RDF
automaticamente estabelecido = 0 no final da FORFLA ou aps Reset.

Representam as coordenadas absolutas do ponto inicial P.


X.. Y.. O ponto P deve se encontrar na superfcie de contorno definida pelas instrues
G16..., ou G17, G18, G19. E deve ser escolhido em uma das duas extremidades do
arco (para ser um ponto extremo).

ngulo formado entre o primeiro eixo do plano de contorno e o primeiro furo.


ANA Este parmetro ser levado em considerao pela macro somente se o parmetro
RDF for diferente de 0. positivo se medido no sentido anti-horrio e negativo
no sentido horrio.
Por default inicializado em 0.

Representam as coordenadas do centro do crculo com referncia superfcie de


I..,J..(K....) contorno pr-selecionada. Esses parmetros s so levados em considerao pela
macro na presena do parmetro RDF diferente de 0 (nova sintaxe).

Dependendo do valor da chave RDF, este representa:


AIN ngulo entre os furos inicial e final do arco de crculo;
ngulo entre dois furos contguos.
Nos dois casos est expresso em graus ou dcimos de grau.
Como no passado, sempre que for estabelecido igual a 0o ou 360o, significa que a
usinagem deve ser uniformemente distribuda ao longo de toda a circunferncia,
sempre a partir do furo inicial.
O posicionamento ser executado em sentido anti-horrio para ngulos AIN
declarados positivos e horrios para ngulos declarados negativos.

Como posicionar furos sucessivos.


ARC Se = 0 Linear (como na verso original). O movimento executado em rpido.

11-13 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Se = 1 no arco de ligao de dois pontos. O movimento, sendo um G02 ou um


G03, executado em modo de usinagem.
O parmetro ARC automaticamente ajustado para = 0 no final de FORFLA ou
aps Reset

Representa o nmero de produo a ser executado. .


%NHL O valor mximo aceito 32000.

FIG. 11-5
Significado dos parmetros FORFLA no
caso de definio do furo inicial
diretamente com sua coordenada
(Modo anterior)

FIG. 11-6
Significado dos parmetros
FORFLA mo caso de definio do
furo inicial com raio e ngulo
(Modo novo)

Exemplo de programao:

Supondo que uma mquina com um mandril ao longo do eixo Y seja utilizada e se deseje usinar
uma pea conforme FIG. 11-7.
A flange em questo apresenta:
furos n.4 (dimetro = 20mm): P1, P2, P3, P4
furos n.6 (dimetro = 20mm): distribudos em um arco de 39,7o, a partir de P5 at P6
furos n.8 (dimetro = 5mm): distribudos em um arco de 45o, a partir de P7 at P8.

REV. 3 11-14
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

O exemplo apresenta 2 Programas utilizando a macro FORMAT no modo anterior e no atual.

800

600

X Z
As seguintes ferram. devem ser usadas:
FIG. 11- 7 P1 0 300 T1 = R10 L 220 (dia. ponta 20 mm)
P5 126.68 271.89 T2 = R2.5 L 240 (dia. ponta 5 mm)
P7 116.1 -277.17

11-15 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Programa 1 (Macro FORFLA utilizada de acordo com o modo antigo):

%
N10 G16XZY+
N15 <CFF=CFY>
N20 T1 M6 M42
N25 S600 M3 F200
N30 G83 <RAP=-73> <ENT=-158> <RAL=53> <TIM=0> <INI=50> <IND=0>
N40 L<FORFLA> X0 Z300 I0 K0 <AIN=0> <%NHL=4> M08
N50 G80 Y200 T2 M6
N55 S800 F160 M3 M8
N60 G83 <RAP=-73> <ENT=-152> <RAL=-73> <INI=30> <IND=0> <TIM=0.5>
N70 L<FORFLA> X126.68 Z271.89 I0 K0 <AIN=--39,7> <%NHL=6>
N80 G80 Y53
N90 L<FORFLA> X-116.1 Z-277.17 I0K0 <AIN=-45> <%NHL=8>
N100 G80 Y300 M5
N110 M2

Programa 2 (Macro FORFLA utilizada de acordo com o modo novo):

%
N10 G16XZY+
N15 <CFF=CFY>
N20 T1 M6 M42
N25 S600 M3 F200
N30 G83 <RAP=-73> <ENT=-158> <RAL=53> <TIM=0> <INI=50> <IND=0>
N40 L<FORFLA><RDF=300> I0 K0 <ANA=90> <AIN=90> <%NHL=4> M08
N50 G80 Y200 T2 M6
N55 S800 F160 M3 M8
N60 G83 <RAP=-73> <ENT=-152> <RAL=-73> <INI=30> <IND=0> <TIM=0.5>
N70 L<FORFLA> <RDF=300> I0 K0 <ANA=65.018> <AIN=-7.94> <%NHL=6>
N80 G80 Y53
N90 L<FORFLA> <RDF=300> I0 K0 <ANA=250.318> <AIN=-6.428> <%NHL=8>
N100 G80 Y300 M5
N110 M2

REV. 3 11-16
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Comentrios:

N010 Definio da superfcie XZ como superfcie de contorno e do eixo


Y em sentido positivo como eixo no qual se aplica a compensao
(G16XZY+)

N015 Aplicao de ciclos fixos no eixo Y (<CFF=CFY>).

N020 Carregamento da ponta de dimetro 20 e seleo da gama 1

N025 Estabelecimento de Velocidade (S600) e Avano (F200) e incio


da rotao do mandril em sentido horrio (M3)

N030 Estabelecimento de ciclo de furao profunda com eliminao de


cavacos a cada 50mm (INI=50). RAL=53 programado de
maneira a no interferir com a parte central da pea.

N040 Execuo de 4 furos P1-P4 com distribuio de refrigerante (M8).

N050 Desativao do posicionamento de ciclos fixos (G80) na cota


Y=200 e carregamento da ponta de 5mm de dimetro (M6 T2).

N055 Estabelecimento de Velocidade e Avano, incio do mandril no


sentido horrio (M3), distribuio de refrigerante (M8).

N060 Furao com quebra de cavacos a cada 30mm (INI=30 e


TIM=0.5)

N070 Execuo de 6 furos P5-P6.

N080 Liberao em Y53 (para evitar interferncia com as partes


centrais da pea) e cancelamento dos ciclos fixos (G80).

N090 Restabelecimento do ciclo fixo G83 (com os parmetros


anteriores) e os furos de P7 a P8 so executados sem quebra de
cavacos.

N100 Desativao dos ciclos fixos (G80), liberao em Y=300 e parado


do mandril (M5).

N110 Final de programa (M2).

11.4 TRABALHANDO COM LINHAS OU MATRIZES Macro FORMAT

A macro FORMAT pode ser utilizada para executar um grupo de processos dispostos com
passos constantes em linhas ou matrizes (por exemplo, os furos de uma placa).

11-17 REV. 3
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Com a macro FORMAT podem ser executados os ciclos fixos de G81 a G89 (ver detalhes no
Captulo 10), bem como a macro de fresagem interna G88 e de rosqueamento rgido G184.

Sintaxe:
N... L<FORMAT>> X(PA) Y(PA) <PXL=...> <PYL=... > <%NHL=...> <PXR=...> <
PYR=... > < %NRG=...>
onde:

L<FORMAT> Representa a macro para execuo de processos em linhas ou matrizes.


A macro FORMAT gerenciada como uma sub-rotina e,
conseqentemente, auto-cancelante e deve, portanto, ser reprogramada
quando necessrio.
X(PA) e Y(PA) Representam as coordenadas do primeiro ponto da linha ou matriz.
PXL Representa o componente da distncia entre eixos R ao longo do primeiro
eixo da superfcie de contorno (deve ser expressa como um smbolo).
PYL Representa o componente da distncia entre eixos R ao longo do segundo
eixo da superfcie de contorno (deve ser expressa como um smbolo).
%NHL Representa o nmero de processos a ser executado em cada linha, incluindo a
primeira.
%NHL = 1 significa um processo nico coincidindo com o ponto inicial.
%NHL pode assumir um valor mximo de 32000.
PXR Representa o componente da distncia entre eixos S ao longo do primeiro
eixo da superfcie de contorno (deve ser expressa como um smbolo).
PYR Representa o componente da distncia entre eixos S ao longo do segundo
eixo da superfcie de contorno (deve ser expressa como um smbolo).
%NRG Representa o nmero de linhas incluindo a primeira (%NRG max = 32000).

Com referncia Fig. 11-8, observa-se o seguinte:

Todas as linhas da grade devem estar eqidistantes e paralelas entre si: ou seja, o passo
S deve ser constante.
Tambm a distncia entre eixos R dos ns ao longo das linhas deve ser constante.
A macro FORMAT permite que S seja diferente de R.

REV. 3 11-18
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Numa macro FORMAT possvel utilizar todos os ciclos fixos de G81-G89 e as macros G88,
G188, G189, G185, G186, G184, G190.
Na execuo da macro o CNC se posiciona em todos os pontos %NHL da primeira linha, a
partir do ponto inicial PA. Depois posiciona-se no incio da segunda linha (ponto PD) e
continua ao longo dela at terminarem todas as linhas %NRG da grade.

O andamento , portanto, grega.

NHL
PXL
PYL

PYR

PXR

NRG

Fig. 11-8

Exemplo de programao

Supondo-se que a pea da Fig. 11-9 deva ser centrada e furada com uma mquina equipada com um
mandril ao longo do eixo Y.
Para isso, as seguintes ferramentas seriam utilizadas:

T3 = R2,5 L100 (centragem)


T5= R10 L300 (furao)

11-19 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Fig. 11-9

Programa:
%
N0 G16XZY+
N5 <CFF=CFY>
N10 T3 M6 M42
N15 S900 M3 F300
N20 G81 <RAP=2> <ENT=-5> <RAL=2>
N30 L<FORMAT> X40 Z250 <PXL=100> <PYL=0><%NHL=7> <%NRG=1> M8 T5
N40 L<FORMAT> X40 Z40 <PXL=30> < PYL=10.5> <%NHL=8> <%NRG=1>

REV. 3 11-20
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

N50 G80 Y200 M6 T5


N60 G83 <RAP=2> <ENT=-255> <INI=45> <IND=5> <TIM=0> S600 M3 F180
N70 L<FORMAT> X40 Z250 <PXL=100> <PYL=0> <%NHL=7> <%NRG=1> M8
N80 L<FORMAT> X40 Z40 <PXL=30> < PYL=10.5> <%NHL=8> <%NRG=1>
N90 G80 Y200 M5
N100 M2

Comentrios:
N0 Definio da superfcie XZ como superfcie de contorno e do eixo
Y em sentido positivo como eixo no qual se aplica a compensao
de comprimento (G16XZY+).

N5 Aplicao de ciclos fixos no eixo Y (< CFF=CFY >).

N10 Carregamento da ponta de 5mm de dimetro (T3 M6) e seleo


de gama (M42)

N15 Estabelecimento de Velocidade (S900) e Avano (F300) e incio


da rotao do mandril em sentido horrio (M3)

N20 Estabelecimento de ciclo de furao (centragem) G81

N30 Execuo de furos de centragem na linha PA-PB utilizando a


macro L<FORMAT>, os parmetros PXR e PYR so omitidos
porque estamos tratando de uma nica linha %NRG=1, o agente
refrigerante ativado (M8) e a procura pela prxima ferramenta
ativada (T5).

N40 Execuo de furos de centragem na linha PC-PD utilizando a


macro L<FORMAT>, os parmetros PXR e PYR so omitidos
porque novamente estamos tratando de uma nica linha
(%NRG=1)

N50 Desativao de ciclos fixos (G80) e carregamento de ferramenta


(T5).

N60 Estabelecimento de furao profunda (G83) com eliminao de


cavacos (TIM=0), a eliminao programada para cada 45mm
(INI=45) porm com um valor de regresso de 5mm para cada
reincio de furao (IND=5). Estabelecimento de Avano e
Velocidade e ativao de rotao horria do mandril. (M3).

N70 Execuo de furao profunda de 7 furos de PA a PB.

N80 Execuo de furao profunda de 8 furos de PC a PD.

11-21 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

N90 Desativao dos ciclos fixos (G80), movimento para liberao da


cota Y200 e parada do mandril (M5).

N100 Final de programa (M2).

11.5 NOTAS EM CASO DE INTERRUPO NA PRODUO DURANTE A EXECUO


DE UMA MACRO FORFLA / FORMAT

Durante a execuo dos ciclos FORFLA ou FORMAT possvel visualizar o nmero de furos
(%NHL) ou linhas em execuo (%NRG somente para macro FORMAT).
Isto til no caso de recomeo de usinagem, aps interrupo por causas acidentais, dentro da
macro FORFLA ou FORMAT.
O procedimento a ser seguido est descrito a seguir:

1. No menu principal, selecionar o menu display pressionando a tecla

2. Pressionando a tecla duas janelas aparecero na tela. Essas janelas so dedicadas


visualizao dos dados referentes ao Programa em Execuo (essas janelas esto acima das
teclas de funo F1-F10).

3. Pressionando a tecla os contadores %NHL e %NRG sero visualizados na janela


direita no lugar dos dados relativos a um possvel terceiro nvel de repetio (ver FIG. 11-10).

4. Para ativar o modo de procura guiada (SEARCH) e o procedimento de Reposicionamento,


ler o Captulo 16 do manual Normas de Uso para Fresa, cdigo 724P392.

FIG. 11-10 Janela de Informao FORMAT


ltima usinagem executada

11.6 Desempeno Interno/Externo de uma Janela Retangular (Macro MILL)

A macro MILL permite o desempeno interno e externo das superfcies delimitadas pela janela
retangular, com passadas e andamento grega.

REV. 3 11-22
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Sintaxe:
N.. L<MILL> <INX=..> <INY=..> <DAX=..> <DAY=..> <INT=..>
<RIC=..> <RAP=..> <ENT=..> <RAL=..> <KFD=..>
onde:

Chama a macro de desempeno MILL.

L<MILL> A macro MILL gerenciada como uma sub-rotina e,


conseqentemente, auto-cancelante e deve, portanto, ser
reprogramada sempre que necessrio.

Estas so as coordenadas absolutas do primeiro vrtice do retngulo


(ver Fig. 11.11).
INX e INY
INX est associado com o primeiro eixo da superfcie de contorno
definido com a instruo G16 (ou G17, G18, G19). INY est
associado com o segundo eixo da superfcie de contorno.

Estas so as coordenadas absolutas do segundo vrtice do retngulo.

DAX e DAY DAX est associado com o primeiro eixo da superfcie de contorno e
DAY est associado com o segundo eixo da superfcie de contorno.

Este o cdigo que identifica o tipo de entrada:

INT INT=0 Entrada interna tangencial ao retngulo definido

INT=1 Entrada externa com 2mm de segurana em relao s


paredes.

Expressa o valor mnimo de recobrimento entre as duas passadas


contguas. Se o recobrimento for requerido tambm nas paredes
RIC externas deve-se programar os lados aumentados.

RAP

ENT e Esses parmetros possuem o mesmo significado daqueles utilizados


nos ciclos fixos G81-G89.
RAL

Representa o coeficiente multiplicador do Avano no movimento de


entrada de RAP para ENT. melhor estabelecer este parmetro # 1
KFD quando h necessidade de ser diferente do parmetro da passada.
Quando KFD=1, o avano na entrada o mesmo da passada.

11-23 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

INX - INY Y+

INT = 0

X+
RIC

50

100

FIG. 11-11
DAX - DAY

Descrio da macro de desempeno:

FASE 1
Posicionamento no primeiro ponto da passada, calculado em funo do valor do parmetro INT.
Se INT=1 (desempeno externo), a ferramenta se coloca tangente ao lado paralelo direo da
passada e a uma distncia de segurana de 2mm do vrtice do retngulo identificado pelas
instrues INX=.. e INY=...
Se INT=0 (desempeno interno), a ferramenta se posiciona tangente ao lado paralelo direo da
passada no vrtice programado com INX e INY.

FASE 2
Descida em rpido do eixo designado para os ciclos fixos atravs da instruo <CFF=CF..>, com
relao cota RAP.

FASE 3
Descida durante a produo com Avano alterado conforme necessrio do coeficiente KFD at
ENT.

FASE 4
Incio da passada paralelo ao lado mais longo.

REV. 3 11-24
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

FASE 5
Aumento ao longo do lado mais curto; durante a produo se INT=0, em rpido se INT=1.
Repetio das FASES 4 e 5 at a ltima passada.

FASE 6
Extrao em rpido para a cota RAL.

Exemplo de programao:
Supondo-se que a pea na Fig. 11-11 deva ser desempenada, o programa o seguinte:
%
N00 G90 G16XYZ+
N01 <CFF=CFZ>
N10 L<MILL> <INX=-50> <INY=25> <DAX=50> <DAY=-25><INT=0>
<RIC=2> < RAP=5> <ENT=-10> <RAL=100> <KFD=0.75>
............
N50 M02

Comentrios:
N00 Programao absoluta (G90) e definio da superfcie de
contorno e do eixo Z+ com o qual o comprimento deve ser
compensado (G16XYZ+)

N01 Os ciclos fixos so designados no eixo Z (<CFF=CFZ>)

N10 A macro MILL definida com o primeiro vrtice do retngulo


com X=-50 e Y=25, cotas designadas como absolutas em relao
origem definida.

A fresa coloca-se tangente aos lados do primeiro vrtice como


programado com INT=0 (desempeno interno). Notar que foi
programado um recobrimento de 2mm entre passadas (RIC=2) e
um coeficiente de reduo do Avano de entrada igual a 75%
daquele de desempeno (KFD=0.75).

11-25 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

11.7 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES CIRCULARES G189

A funo G189 permite esvaziar (desbastar) cavidades circulares, posicionando a ferramenta no


eixo de seu centro.
Nota Importante
O tipo de aproximao tecnolgica utilizada na macro requer ou que uma fresa com uma
lmina central seja usada ou que a pr-furao seja executada no ponto de entrada.
Sintaxe:
N...G189 <DIA=..> <RAP=..> <ENT=...> <RAL=...> <RIC=...> <R0T=...>
<KFD=...> <ASF=...> <INI=...> <ALT=...> [ <DRA:..>]
N... X.. Y..
onde:

G189 Representa o ciclo de fresagem de uma cavidade circular.

X.. Y.. Representam as coordenadas do centro da cavidade a ser esvaziada, elas devem
permanecer na superfcie de contorno previamente escolhida (so X e Y
programando G17 ou G16XY...). Podem ser programadas na mesma N.. da
G189 ou na instruo seguinte.

DIA Representa o Dimetro da cavidade circular a ser esvaziada.

RAP Possuem o mesmo significado atribudo a ciclos fixos padro (G81-G89).

ENT e

RAL

RIC Especifica a grade mnima da ferramenta entre 2 passadas contguas.

ROT Este parmetro representa o sentido que a ferramenta se move durante a


produo.

Em especial:

ROT=2 ------> significa rotao horria

ROT=3 ------> significa rotao anti-horria

KFD Este parmetro representa o coeficiente multiplicador do Avano estabelecido


que permite a definio do Avano durante a fase de entrada.

INI Este parmetro permite esvaziar com incrementos em profundidade constantes


at que a profundidade programada com o parmetro ENT alcanada. Este
incremento sempre executado a partir da cota RAP em direo cota ENT.
Para obter um ciclo nico (nica profundidade) suficiente programar INI=0.

REV. 3 11-26
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

ASF ngulo de deformao (sempre positivo). Pode ser programado para valores
entre 0 e 80, com ASF=0 nenhuma conicidade de deformao executada.

ALT Altura da cavidade na qual requerida a conicidade de deformao. Com


ASF=0 no necessrio programar o parmetro ALT.

DRA Este parmetro define qualquer tolerncia de usinagem a ser deixada no perfil.

Notas:
- O ciclo G189 iniciado aps o posicionamento dos eixos da superfcie de contorno e
cancelado com a instruo G150.
- A designao do eixo no qual o ciclo G189 atuar executada pela instruo <CFF=CF
nome eixo>, como nos ciclos fixos.
- No final do ciclo, a ferramenta ser trazida automaticamente para o centro da cavidade (a
partir da verso SW C3.05).

Descrio do ciclo G189:


Considerando a Fig. 11-12.
Trata do esvaziamento de uma cavidade circular com dimetro DIA.
O ponto C o centro do furo e possui as coordenadas X.. e Y....
Para executar essa operao utilizada uma fresa com raio R (2*R<<DIA).

FIG. 11-12

11-27 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

O ciclo G189 pode ser resumido nas seguintes fases:


FASE 1
Posicionamento em rpido dos eixos X e Y no ponto C.
FASE 2
Descida do mandril em rpido (no exemplo, eixo Z) com relao cota RAP.
FASE 3
Descida do mandril durante a produo (F efetiva = F programada * KFD) com relao cota
RAL.
FASE 4
Incio da operao de fresagem com o movimento da ferramenta no sentido especificado por
ROT ao longo da rota espiral gerada pela macro em funo da grade RIC e do nmero de
passadas calculado, at que um esvaziamento seja executado em um dimetro igual: DIA - (2 *
DRA).
Se DRA no foi programada, ou seja, foi estabelecido DRA=0 (desbaste simples de furos
aliviados), tem-se:
FASE 5
Posicionamento semi-circular durante a produo de maneira que a lmina da fresa se destaque
2mm do dimetro DIA.
FASE 6
Retorno em rpido do mandril com relao cota RAP e qualquer movimento eventual para a
cota RAL.
Se DRA for programado diferente de 0, tem-se:
FASE 5
Posicionamento semi-circular A-P durante a produo, de maneira que a lmina da fresa entre no
dimetro DIA com um movimento tangencial.
FASE 6
O eixo da fresa executa durante a produo uma volta completa no sentido de ROT, produzindo o
dimetro completo DIA para remover a tolerncia de usinagem DRA.
FASE 7
Sada tangencial durante a produo ao longo do semi-crculo P-A com retorno do eixo da fresa
para A.
FASE 8
Retorno em rpido do mandril com relao cota RAP com qualquer movimento eventual para a
cota RAL.

REV. 3 11-28
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Importantes observaes tecnolgicas


- O movimento de remoo (espiral) desenvolvido ao longo do eixo definido como segundo
na superfcie de contorno (G16XY...).
- Programando G189, a compensao do raio da fresa (G41, G42, G47 e G48) deve ser
sempre excluda. A compensao do raio automtica dentro da macro.

Exemplo de programao
Para se executar o esvaziamento de 2 cavidades concntricas, como mostrado na Fig. 11-13,
sendo a cavidade superior de 120mm de dimetro, executado num s ciclo, com programao de
tolerncia de usinagem para acabamento de 3mm e a cavidade inferior de 70mm de dimetro,
executado com somente dois ciclos aliviados.
Deve ser utilizada uma fresa com as seguintes caractersticas:
T12 = R15 L120

40
Y+

70
120

60

110 Z+
X+ 20 10
Fig. 11-13

11-29 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Programa:

%
N00 G16XYZ+ G90
N10 T12 M6 F150
N15 S900 M41
N20 <CFF=CFZ>
N30 G189 <DIA=120> <RAP=2> <ENT= -10> <RAL= -8> <RIC=2>
<ROT=2> <KFD=0.5> <INI=0> <ASF=0> <DRA:3>
N40 X110 Y60 M13
N50 X110 Y60 <DIA=70> <RAP= -8> <ENT= -20> <RAL = -18> <DRA:0>
N60 X110 Y60 <RAP= -18> <ENT= -30> <RAL=2 >
N70 G150 Z200 M5
N80 M2

Comentrios:

N00 Pr-estabelecimento da superfcie de contorno (G16... ), e


programao absoluta (G90)

N10 Instalao da ferramenta T12 e estabelecimento do Avano de


produo (F=150)

N20 Reserva dos ciclos fixos no eixo Z.

N30 Ciclo de fresagem fixa de cavidades circulares G189 sem pr-


furao (RAP # ENT) de dimetro DIA=120mm executado com
rotao G2 (ROT=2) e com reduo de 50% do Avano de
entrada (KFD=0,5). Com relao ao contorno, o esvaziamento
ocorrer em um dimetro de 114mm DIA - (2* DRA) para
prosseguir automaticamente para o contorno do dimetro de
120mm para acabamento, removendo a tolerncia de usinagem
deixada por DRA.

No final do ciclo a ferramenta retorna para a cota Z=RAL.

N40 Posicionamento no eixo do furo com incio do mandril e do


agente refrigerante (M13) e execuo do ciclo G189.

REV. 3 11-30
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Cdigo 724P395

N50 Posicionamento nas cotas anteriores, ativando o ciclo no dimetro


DIA= 70 mm para a primeira passada em Z = ENT = 20.

Neste caso, somente executado o desbaste de aliviamento


(DRA:0).

No final, a ferramenta se retira com um movimento tangencial de


2mm em relao ao lado, retornando em rpido para a cota RAL.

N60 Repetio do posicionamento para execuo do ciclo na cota Z -


30 (ENT) com as mesmas caractersticas anteriores. No final, a
ferramenta se retira em rpido em relao cota Z 2 (RAL).

N70 Cancelamento de G189 com a instruo G150, parada do mandril


(M5) e movimento em rpido para a cota Z200.

N80 Final de programa (M2).

11.8 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES CIRCULARES (G179)

A funo G179 permite esvaziar (desbastar) uma cavidade circular utilizando passadas
concntricas, a partir do exterior da cavidade, com movimento progressivo do eixo de
profundidade, de acordo com o ngulo programado.
Como conseqncia, sempre que a produo for executada com ferramentas equipadas com
lmina de corte central, no necessrio realizar uma operao de pr-furao no centro,
como para a macro G189, porque como j dito, como o incremento em profundidade gradual,
a fresa ser capaz de remover material eficientemente, mesmo se estiver equipada com lminas
de corte lateral.

Sintaxe:
N...G179 <DIA=...> <RAP=..> <ENT=...> <RAL=...> <RIC=...> <ROT=..>
<KFD=...> <ASF=...> <INI=...> <ALT=...> <ANL=....> [ <DRA:..>]
N... X.. Y..
em que, com exceo de <ANL>, todos os parmetros assumem os significados j descritos para a
macro G189.

11-31 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

ANL Define o ngulo positivo (em graus) dos incrementos em profundidade da


fresa, iniciando na posio de entrada P (ver Fig. 11-14)
Casos especiais:
Forando este parmetro = 0, o avano do eixo de profundidade capaz de
assegurar, ao completar o permetro externo do canal, o valor programado
INI.
O mesmo comportamento ser, automaticamente, forado pelo CNC ao
programar ngulos to pequenos que no consigam garantir o avano INI
ao executar a primeira volta completa.

Notas:
- O ciclo G179 iniciado aps o posicionamento dos eixos da superfcie de contorno e
cancelado com a instruo G150.
- A designao do eixo no qual o ciclo G179 atuar utilizando a instruo <CFF=CF nome
eixo>, como nos ciclos fixos.
- No final do ciclo, a ferramenta ser trazida automaticamente para o centro da cavidade (a
partir da verso SW C3.05).

Y
C
DIA X
FIG. 11-14

ANL
INI
ENT

G179 Modo de conexo do perfil externo

REV. 3 11-32
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Descrio do Ciclo G179


Para simplificar, imagine-se a produo caracterizada por ANA=0 (cavidade orientada com lados
paralelos aos eixos da superfcie de contorno) e ASF=0 (cavidade sem nenhuma conicidade de
deformao).
Para um melhor entendimento, consultar a Fig. 11-14 acima.

FASE 1
Posicionamento em rpido dos eixos X e Y no ponto C.

FASE 2
Descida do mandril em rpido (no exemplo, eixo Z) com relao cota RAP.

FASE 3
Posicionamento em rpido no ponto P no contorno da cavidade (levando em considerao
qualquer tolerncia de usinagem DRA programada).

FASE 4
Movimento de desbaste durante a produo (F efetiva = F programada * KFD) com um
incremento progressivo do eixo de profundidade at alcanar o incremento programado de INI. O
movimento executado ao longo do contorno exterior da cavidade, de acordo com o ngulo ANL
e de acordo com o sentido da rotao ROT previamente programado. importante notar que se
os ngulos ANL programados so muito pequenos, sero necessrias vrias rotaes ao redor do
contorno da cavidade para completar a profundidade INI. Uma vez alcanada a profundidade
designada, o movimento se torna circular (uma espiral em profundidade constante) at que a
passada do centro da cavidade C seja completada e o avano se torne igual ao valor estabelecido.
O percurso da espiral gerado automaticamente pela macro do RIC programado.

FASE 5
Movimento, durante a produo, para a posio no contorno da cavidade e repetio da FASE 4.

FASE 6
As operaes descritas nas FASES 4 e 5 so repetidas at que a cota ENT seja alcanada.

FASE 7
Retorno do mandril em rpido para a cota RAL.
Notas e Observaes Tecnolgicas
No caso de cavidades sem passadas, uma tolerncia de usinagem, baseada no
mecanismo especial da penetrao da ferramenta, permanecer no fundo. Neste caso,
para obter um acabamento completo no fundo, um ciclo de desbaste G189 ou um
ciclo de acabamento G190 deve ser executado.

11-33 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Quando se designa <ANL=0>, h um incremento de profundidade de acordo com o


eixo declarado com a instruo <CFF=CF..>, do mesmo modo como para G189. A
execuo de desbaste sempre ocorre do contorno externo em direo ao interior, sem
a execuo de entradas tangenciais.
Programando G179, o raio da fresa (G41, G42, G47 e G48) deve ser excludo. A
compensao , de fato, automtica e, portanto, suficiente definir a ferramenta na
tabela.

11.9 ACABAMENTO DE CAVIDADES CIRCULARES (G190)

Nos captulos anteriores foram descritas as macros G179 e G189 como utilizadas para desbaste
de cavidades circulares mediante terraamentos e com possibilidade de programar a conicidade
de deformao.
Em especial, se for programada uma deformao e for utilizada uma fresa cilndrica, esta macro
no garante um bom nvel de acabamento ou uma altura pr-definida de crista.
A macro descrita neste captulo, identificada como G190, permite o acabamento de uma cavidade
circular com o uso de ferramentas toroidais ou esfricas e garantindo, caso seja programado um
ngulo de deformao, uma altura de crista entre duas passadas contguas, igual ao valor
programado.
Sintaxe:
N... G190 <DIA=.. > <RAP=...> <ENT=...> <RAL=...> <KFD=...> <RGS=... > <ROT=...>
<ASF=...> <ALT=...> <RUT=... > <SME=...> [ <DRA:..>]
N..X.. Y..

Descrio dos Parmetros:

G190 Identifica a macro que permite o acabamento de cavidades circulares.


X... Y... Representam as coordenadas do centro da cavidade das quais iniciar o movimento
de entrada do perfil a ser acabado. As coordenadas devem se referir superfcie de
contorno programada. So X Y somente quando a superfcie de contorno for
definida com a instruo G16XYZ+ (ou G17).
ASF Representa o ngulo de deformao (sempre positivo). Pode ser programado para
valores entre 0 e 80, com ASF=0 nenhuma conicidade de deformao executada.
RGS Representa a altura mxima da crista que deve permanecer entre duas passadas
contguas e expressa em micron.
Se for programado ASF=0, isto , ausncia de conicidade de deformao, RGS se
torna o incremento em profundidade (portanto semelhante ao parmetro INI de
G179-G189) e, neste caso, deve ser expresso em mm.

REV. 3 11-34
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

RUT Possui diferentes significados, dependendo do formato da ferramenta utilizada. (ver


Fig. 11-13).
No caso de ferramentas Esfricas, o raio. Para uma ferramenta toroidal, o raio da
lmina de corte. Com uma ferramenta cilndrica, deve ser estabelecida superior a 0
(normalmente 0.1mm).
SME Representa a tolerncia de usinagem na pea.

Todos os outros parmetros da macro mantm o mesmo significado j descrito para G179 / G189.

Notas:
A macro G190 cancelada pela macro G150.
Programando G190, a compensao do raio da ferramenta (G41, G42, G47 e G48)
deve ser desativado. No crculo a compensao do raio automtica. Portanto,
suficiente que o raio da ferramenta utilizado tenha sido definido na tabela.
A produo prev uma entrada do tipo radial com aproximao para cada passada,
sempre radial em 2mm antes do ltimo mergulho da ferramenta na pea.
No recomendvel a utilizao de ferramenta tipo cilndrico com a macro G190.
Quando for programado ASF diferente de zero, a macro verifica que o parmetro
RGS no exceda o valor de RUT. A verificao feita considerando as diferentes
unidades de medida (micron e mm).
No final do ciclo, a ferramenta ser trazida automaticamente para o centro da
cavidade (disponvel a partir da verso SW V3.02)

1 2 3

<RUT=0>
<RUT=10> <RUT=0.1>

R R R

Fig. 11-15

11-35 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

11.10 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES RETANGULARES (G185)

A funo G185 permite esvaziar (desbastar) cavidades retangulares, porm orientada na


superfcie de contorno.
Nota Importante
O tipo de entrada utilizada pela macro requer ou que uma fresa com uma lmina central seja
usada ou que uma operao de pr-furao seja executada no ponto de entrada.

Sintaxe:
N...G185 <DAX =..> <DAY=...> <RAP=..> <ENT=...> <RAL=...> <RIC=...>
<KFD=...> <ROT=..> <RAG=.. > <ANA=...> <INI=...> <ASF=...>
<ALT=...> [ <DRA:..>]
N... X.. Y..
onde:
G185 Representa o ciclo de fresagem para uma cavidade retangular.

X.. Y.. Representam as coordenadas absolutas do centro da cavidade a ser


esvaziada, elas devem permanecer na superfcie de contorno previamente
escolhida (so X e Y programando G17 ou G16XY...). Podem ser
programadas na mesma N.. da G185 ou na instruo seguinte.

DAX Representa o tamanho do lado da cavidade de acordo com o primeiro eixo


na superfcie de contorno. Se a cavidade for orientada pelo ngulo ANA, a
medida DAX se refere ao eixo no qual permanecer antes da rotao.

DAY Representa o tamanho do lado da cavidade de acordo com o segundo eixo


na superfcie de contorno. So vlidas as mesmas consideraes expressas
para o parmetro DAX.

RIC Representa o valor mnimo de recobrimento entre as duas passadas


contguas.

RAP, ENT Possuem o mesmo significado atribudo a ciclos fixos padro (G81-G89).

e RAL

KFD Este parmetro representa um coeficiente multiplicador do Avano


estabelecido que permite a definio do Avano durante a fase de
descida de profundidade.

ROT Este parmetro representa o sentido da ferramenta na cavidade durante a


produo. Em especial:

ROT=2 -----> significa rotao horria

ROT=3 ------> significa rotao anti-horria

REV. 3 11-36
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

RAG Representa o raio de conexo nas arestas da cavidade. Se forem


programados iguais a 0 ou em valor menor que o raio da ferramenta, as
arestas so conectadas com o raio da ferramenta.

ANA Representa o ngulo formado entre o primeiro eixo da superfcie de


contorno e o lado DAX da cavidade. positivo se medido em sentido
anti-horrio, negativo no sentido horrio. Com ANA=0 obtida uma
cavidade com eixos paralelos aos eixos da superfcie de contorno.

INI Este parmetro permite esvaziar com incrementos em profundidade


constantes at que a profundidade programada com o parmetro ENT
seja alcanada.

O incremento sempre executado a partir da cota RAP em direo


cota ENT. Para obter um ciclo nico (nica profundidade) suficiente
programar INI=0.

ASF Representa o ngulo de deformao (sempre positivo) que programvel


para valores entre 0 e 80. Com ASF=0 no ser executada conicidade
de deformao.

ALT Define a altura da cavidade na qual requerida a conicidade de


deformao. Se for estabelecido ASF=0 no necessrio programar o
parmetro ALT.

DRA Este parmetro define qualquer tolerncia de usinagem a ser deixada no


perfil.

FIG. 11-16

11-37 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Notas:
- O ciclo G185 iniciado aps o posicionamento dos eixos da superfcie de contorno e
cancelado com a instruo G150.
- Designao do eixo no qual o ciclo G185 atuar utilizando a instruo <CFF=CF nome
eixo>, como nos ciclos fixos.
- No final do ciclo, a ferramenta ser trazida automaticamente para o centro da cavidade
(disponvel a partir da verso SW V3.02)

Descrio do Ciclo G185


Para simplificar, imagine-se a necessidade da produo caracterizada por ANA=0 (cavidade
orientada com lados paralelos aos eixos da superfcie de contorno) e ASF=0 (cavidade sem nenhuma
conicidade de deformao).
Para melhor entendimento, consultar a Fig. 11-17.

DAY
C

Fig. 11-17
DAX

FASE 1
Posicionamento em rpido dos eixos X e Y no ponto C.

FASE 2
Descida do mandril em rpido para a cota RAP.

FASE 3
Descida durante a produo (F efetiva = F programada * KFD) para a cota ENT.

FASE 4

Incio da fresagem com a ferramenta se movendo no sentido especificado com o parmetro ROT
ao longo do percurso retangular gerado pela macro em funo do overlap estabelecido (RIC).

REV. 3 11-38
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

A fresagem continua para retngulos concntricos at que a seo retangular no consiga mover a
ferramenta para perfurar o perfil programado ou a tolerncia de usinagem DRA estabelecida.
Desse ponto em diante a ferramenta percorre o perfil da cavidade executando o nmero de
passadas necessrias para remover o material, sempre respeitando o overlap estabelecido pelo
parmetro RIC.
Se a macro for chamada com DRA # 0, a tolerncia de usinagem ser deixada para o final da
produo.
Entrada da ltima passada sempre tangencial e executado no ponto mediano do lado mais
longo da cavidade.
FASE 5
Sada da fresa a 2mm do perfil.
FASE 6
Retorno do mandril em rpido para a cota RAP ou RAL.
Observaes Tecnolgicas
A macro G185 executa o esvaziamento de uma cavidade com uma ferramenta cilndrica.
Para acabamento h uma macro especfica disponvel, a G186, que gerencia tanto ferramentas
Toroidais como Esfricas e que , de fato, obrigatria para se criar, por exemplo, uma
deformao.
A programao de G185 deve excluir a compensao do raio da fresa (G41, G42, G47 e G48). A
compensao , de fato, automtica, de forma que suficiente definir a ferramenta na tabela.
Exemplo de programao:
Com referncia Fig. 11.16, necessrio o esvaziamento de uma cavidade com uma fresa de
20mm de dimetro.

%
N10 G16XYZ+ <CFF=CFZ> G90
N20 T11 M6
N25 S600 F150 M41
N30 G185 <DAX=80> <DAY=40> <RIC=2> <RAP=2> <ENT= -10> <RAL= 2>
<KFD=0.8> <ROT=2> <RAG=10> <ANA=20> <DRA:0.5> <INI=0> <ASF=0>
N40 X120 Y90 M13
N50 G150 Z100 M5
N60 M2

11-39 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Comentrios:

N10 Pr-estabelecimento da superfcie de contorno (G16...), programao


absoluta (G90) e reserva de ciclos fixos no eixo Z (<CFF=CFZ>).
N20 Instalao da ferramenta T11 (T11 M6)
N25 Estabelecimento de Velocidade (S600), Avano de produo (F=150) e
Gama (M41).
N30 Ciclo de fresagem fixa de cavidade retangular G185 com lados 80 x 40
(DAX =80, DAY= 40), inclinados em 20 graus (ANA=20), com uma
profundidade de 10mm (ENT= -10), trabalhado em sentido horrio
(ROT=2), com raio de conexo de 10mm (RAG=10), com lados verticais
(ASF=0) e deixando uma tolerncia de usinagem de 0.5mm (DRA=0.5)
N40 Posicionamento no centro da cavidade com incio do mandril e do agente
refrigerante (M13) e execuo do ciclo G185. Como foi programada uma
tolerncia de usinagem de 0.5mm, no final ser tambm executada uma
passada de acabamento.
N50 Cancelamento de G185 com a instruo G150, parada do mandril (M5) e
movimento em rpido para a cota Z100.
N60 Final de programa (M2).

11.11 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES COM CASA (G185)

Uma cavidade com casa (ver Fig. 11-18) uma cavidade retangular com conexes nos lados mais
curtos com um raio igual metade do comprimento do lado. Conseqentemente, possvel o
esvaziamento utilizando a macro G185 novamente.

<DAX>

<RAG>
<ANA>
C

<DAY>
Fig. 11-18

REV. 3 11-40
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

suficiente estabelecer RAG = 0.5 * (DAX ou DAY)

11.12 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES RETANGULARES (G175)

A funo G179 permite esvaziar (desbastar) uma cavidade retangular, entretanto orientada na
superfcie de contorno, utilizando passadas concntricas, a partir do exterior da cavidade, com
movimento progressivo do eixo de profundidade, de acordo com o ngulo programado.
Como conseqncia, sempre que a produo for executada com ferramentas equipadas com lmina
de corte central, no necessrio realizar uma operao de pr-furao no centro, como para a
macro G159, porque como j dito, como o incremento em profundidade gradual, a fresa ser
capaz de remover material eficientemente, mesmo se estiver equipada com lminas de corte lateral.

Sintaxe:
N...G175 <DAX =..> <DAY=...> <RAP=..> <ENT=...> <RAL=...> <RIC=...>
<KFD=...> <ROT=..> <RAG=.. > <ANA=...> <INI=...> <ASF=...>
<ALT=...> <ANL=....> [ <DRA:..>]
N... X.. Y..
em que, com exceo de <ANL>, todos os parmetros assumem os significados j descritos para a
macro G185.
ANL Define o ngulo positivo (em graus) dos incrementos em profundidade da
fresa, iniciando na posio de entrada P (ver Fig. 11.19)

Y
C

INI
ANL ENT

FIG.11-19 G175 Modo de conexo do perfil externo

11-41 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Nota:
- O ciclo G175 iniciado aps o posicionamento dos eixos da superfcie de contorno e
cancelado com a instruo G150.
- Designao do eixo no qual o ciclo G175 atuar utilizando a instruo <CFF=CF nome
eixo>, como nos ciclos fixos.
- No final do ciclo, a ferramenta ser trazida automaticamente para o centro da cavidade
(disponvel a partir da verso SW V3.02)

Descrio do Ciclo G175


Para simplificar, imagine-se a necessidade da produo caracterizada por ANA=0 (cavidade
orientada com lados paralelos aos eixos da superfcie de contorno) e ASF=0 (cavidade sem
nenhuma conicidade de deformao).
Para melhor entendimento, consultar a Fig. 11-19.

FASE 1
Posicionamento em rpido dos eixos X e Y no ponto C.

FASE 2
Descida do mandril em rpido para a cota RAP.

FASE 3
Posicionamento em rpido no ponto P no contorno da cavidade (levando em considerao a
tolerncia de usinagem DRA programada).

FASE 4
Movimento de desbaste durante a produo (F efetiva = F programada * KFD) com um
incremento progressivo do eixo de profundidade at alcanar o incremento INI programado. Uma
vez alcanada a profundidade designada, ela permanece constante at que a passada do centro da
cavidade C seja completada e o avano se torne aquele estabelecido.
O movimento da ferramenta no sentido especificado pelo parmetro ROT ao longo do percurso
espiral gerado pela macro em funo da grade RIC estabelecida.

FASE 5
Movimento, durante a produo, para a posio no contorno da cavidade e repetio da FASE 4.

FASE 6
As operaes descritas nas FASES 4 e 5 so repetidas at que a cota ENT seja alcanada.

FASE 7
Retorno do mandril em rpido para a cota RAL.

REV. 3 11-42
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Notas e Observaes Tecnolgicas


- Quando o ngulo de aumento ANL tiver sido programado muito pequeno e, portanto, o
aumento INI programado no for alcanado, um alarme especfico (25030) ser acionado e
o seguinte procedimento dever ser executado:
Aumentar ANL ou:
Reduzir INI ou:
Aumentar o overlap das passadas RIC de modo que a trajetria seja alongada e o incremento
da profundidade seja reduzido em sees mais longas.
- No caso de cavidades sem passadas, uma tolerncia de usinagem, baseada no mecanismo
especial da penetrao da ferramenta, permanecer no fundo. Neste caso, para obter um
acabamento completo no fundo, um ciclo de desbaste G189 ou um ciclo de acabamento
G190 deve ser executado.
- Quando se designa <ANL=0>, h um incremento de profundidade de acordo com o eixo
declarado com a instruo <CFF=CF..>, do mesmo modo como para G189. A execuo
de desbaste sempre ocorre do contorno externo em direo ao interior, sem a execuo de
entradas tangenciais.
- Programando G179, o raio da fresa (G41, G42, G47 e G48) deve ser excludo. A
compensao , de fato, automtica e, portanto, suficiente definir a ferramenta na tabela.

11.13 ESVAZIAMENTO DE CAVIDADES CIRCULARES (G187)

A macro G187 utilizada para remover material dentro de uma cavidade circular do tipo apresentado
na Fig. 11-20.
Sintaxe:
N... G187 <RAP=...> <ENT=...> <RAL=...> <KFD=...> <ANA=..> <DIA=...>
<ROT=...> <RIC=...> <INI=...> <ASF=...> <ALT=...> [ <DRA:..>]
N..X.. Y.. I.. J... (ou K...)

Descrio dos Parmetros:

G187 Identifica a macro que executa o esvaziamento de cavidades circulares.

X... Y... Representa as coordenadas do centro da conexo nas quais a cavidade deve ser
entrada. As coordenadas devem se referir superfcie de contorno programada. So
X Y somente quando a superfcie de contorno for definida atravs da instruo
G16XYZ+ (ou G17).

11-43 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

RAP Possuem o mesmo significado que lhes foi atribudo nos ciclos fixos (G81-G89) e
ENT e atuam no eixo definido pela instruo <CFF=CF..>.
RAL
KFD Coeficiente multiplicador do Avano programado, durante a fase de descida em
profundidade.

I.. J.. (ou K) Coordenadas absolutas do centro dos crculos que definem a cavidade circular.
Devem ser programadas com as instrues I... J ou K de acordo com o sentido
dos eixos pertencentes superfcie de contorno.
Devem ser programadas juntamente com o movimento dos eixos, no mesmo bloco
da G187 ou na instruo imediatamente posterior.

ROT Sentido da cavidade.


ROT pode assumir os valores 2 ou 3.
ROT = 2 cavidade no sentido horrio ( G2 )
ROT = 3 cavidade no sentido anti-horrio ( G3 )
ANA ngulo entre o centro dos arcos concntricos e os centros de duas conexes. Deve
ser programado como positivo se for medido em sentido anti-horrio ou negativo se
medido em sentido horrio, a partir do ponto inicial PIN(X..Y..).

DIA Largura da cavidade.

RIC Overlap mnimo entre 2 passadas.

INI Permite esvaziar com incrementos em profundidade constantes at que a


profundidade programada com a instruo <ENT=...> seja alcanada. O
incremento sempre executado a partir da cota RAP em direo cota ENT. Para
obter um ciclo nico (nica passada) suficiente programar INI=0.

ASF ngulo de deformao. Deve ser programado como positivo com valores entre 0 e
80. Com ASF=0 nenhuma deformao executada.

ALT Altura da cavidade na qual a conicidade de deformao deve ser executada. Se for
ASF=0 no necessrio programar este parmetro.

DRA Programao de qualquer tolerncia de usinagem a ser removida na passada final de


acabamento.

Notas:
- A macro G187 cancelada pela macro G150.
- Na produo supe-se a utilizao de uma ferramenta cilndrica.

REV. 3 11-44
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

- Programando uma G187, a compensao do raio da ferramenta (G41, G42, G47 e G48)
deve ser desativada. Dentro do ciclo a compensao do raio automtica. Portanto,
suficiente que a ferramenta utilizada tenha sido definida na tabela.
- No final do ciclo, a ferramenta ser trazida automaticamente para o centro da cavidade
(disponvel a partir da verso SW V3.02)

P < DIA >


in X.. Y..

< ANA >

FIG. 11-20

C I.. J.. < K>

Descrio do Ciclo

FASE 1
Posicionamento em rpido dos eixos X e Y no ponto Pin.

FASE 2
Descida do mandril em rpido para a cota RAP.

FASE 3
Descida durante a produo (F efetiva = F programada * KFD) para a cota ENT.

FASE 4
Incio da fresagem com a ferramenta se movendo no sentido especificado com o parmetro ROT
ao longo da espiral alongada gerada pela macro em funo do overlap estabelecido (RIC).
A fresagem continua at que a seo da ferramenta se mova para perfurar o perfil programado ou
a tolerncia de usinagem DRA seja estabelecida.
Se a macro for chamada com DRA # 0, a tolerncia de usinagem ser deixada para o final da
produo.

11-45 REV. 3
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FASE 5
Sada da fresa a 2mm do perfil.

FASE 6
Retorno do mandril em rpido para a cota RAP ou RAL.

Observaes Tecnolgicas
A macro G187 executa o esvaziamento de uma cavidade com uma ferramenta cilndrica.
- A programao de G187 deve excluir a compensao do raio da fresa (G41, G42, G47 e
G48). A compensao , de fato, automtica, de forma que suficiente definir a ferramenta
na tabela.

Exemplo de programao:
Com referncia ao diagrama apresentado na Fig. 11-20

%
N10 G16XYZ+ <CFF=CFZ>
N20 T10 M6
N25 S600 F150 M41
N30 G187 <RAP=2> <ENT= -5> <RAL=2> <KFD=0. 8> <ROT=2> <ANA=-80>
<DIA=40> <RIC=2> <INI=0> <ASF=0> <DRA:0.5>
N40 X0 Y60 I100J0 S900 M3
N50 G150 Z100 M5
N60 M2

Comentrios
N30 O esvaziamento de uma cavidade circular realizado com
abertura de 80o, em sentido horrio em relao do centro I100 J0
e com ponto de entrada nas coordenadas X0 Y60.

11.14 ACABAMENTO DE CAVIDADES RETANGULARES OU COM CASA (G186)

Nos pargrafos anteriores foram descritas as macros G185, G175 e G187 como utilizadas para
desbaste de cavidades retangulares ou com casa mediante terraamentos e com possibilidade
de programar a conicidade de deformao.
Em especial, se for programada uma deformao e for utilizada uma fresa cilndrica, as macros
acima mencionadas no garantem um bom nvel de acabamento ou uma altura pr-definida de
crista.

REV. 3 11-46
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A macro descrita neste captulo, identificada como G186, permite o acabamento de um cavidade
retangular com o uso de ferramentas toroidais ou esfricas e garantindo, caso seja programado um
ngulo de deformao, uma altura de crista entre duas passadas contguas, igual ao valor
programado.
No final do ciclo, a ferramenta ser trazida automaticamente para o centro da cavidade
(disponvel a partir da verso SW V3.02)

Sintaxe:
N... G186 <DAX=.. > <DAY=.. > <RAP=...> <ENT=...> <RAL=...> <KFD=...> <RGS=...
> <ROT=...> <RAG=.. > <ANA=..> <ASF=...> <ALT=...> <RUT=... >
<SME=...> [ <DRA:..>]
N..X.. Y..

Descrio dos Parmetros:


G190 Identifica a macro que permite o acabamento de cavidades retangulares.

X... Y... Representam as coordenadas do centro da cavidade das quais iniciar o movimento
de entrada no perfil a ser acabado. As coordenadas devem se referir superfcie de
contorno programada. So X Y somente quando a superfcie de contorno for
definida com a instruo G16XYZ+ (ou G17).

RGS Representa a altura mxima da crista que deve permanecer entre duas passadas
contguas e expressa em micron.
Se for programado ASF=0, isto , ausncia de conicidade de deformao, RGS se
torna o incremento em profundidade (portanto semelhante ao parmetro INI de
G179-G185) e, neste caso, deve ser expresso em mm.

RUT Possui diferentes significados, dependendo do formato da ferramenta utilizada. (ver


descrio da macro G190 no Captulo 11.9).

No caso de ferramentas Esfricas, o raio. Para uma ferramenta toroidal, o raio da


lmina de corte. Com uma ferramenta cilndrica, deve ser estabelecida superior a 0
(normalmente 0.1mm).

SME Representa a tolerncia de usinagem na pea.

Todos os outros parmetros da macro mantm o mesmo significado j descrito para G175, G185 e
G187.

Notas:
A macro G186 cancelada pela macro G150.
Programando G186, a compensao do raio da ferramenta (G41, G42, G47 e G48) deve ser
desativada. No crculo a compensao do raio automtica. Portanto, suficiente que o raio da
ferramenta utilizado tenha sido definido na tabela.

11-47 REV. 3
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A produo tem uma entrada do tipo tangencial com aproximao para cada passada no ponto
central do lado maior da cavidade.

11.15 ESPELHAMENTO (MIR)

Espelhamento significa que o CNC pode, automaticamente, obter a figura correta a partir dos dados
do Programa. A Fig.11-21 ilustra um caso genrico no qual alguns dados do Programa programam a
pea P, que se encontra no primeiro quadrante da superfcie cartesiana. Com a macro correta
possvel obter as peas P1, P2 e P3, respectivamente espelhadas em X, Y e XY.

P1
P

P2 P3

FIG. 11-21

A sintaxe da instruo para ativar o espelhamento em relao aos eixos definidos :


< MIR:ON; eixo; eixo;...>
e para desativar : < MIR:OFF;eixo;eixo;...>
onde:
eixo especifica o eixo ou eixos em relao aos quais se deseja aplicar o
espelhamento.

REV. 3 11-48
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Em especial, quando necessrio desativar completamente o espelhamento recomendvel utilizar a


seguinte sintaxe:
<MIR:OFF>

Exemplo:

%
N0 G16 XYZ+
N10 T1 M6
....
N50 <MIR:ON;X> { Ativa espelhamento em X }
....
N100 <MIR:ON;Y> { Ativa espelhamento tambm em Y, em X permanece ativo }
N150 <MIR:OFF;X> { Cancela espelhamento em X , em Y permanece ativo }
....
N200 <MIR:OFF> { Cancela espelhamento em todos os eixos}....

Notas:
- A instruo <MIR:...> combinada com a macro de repetio <RPT:...> permite a repetio
de um programa aplicando o espelhamento (ver exemplo No. 9 mostrado no Captulo 17).
- O CNC inverte, automaticamente, as instrues G2 em G3 (e vice-versa) e as instrues
G41 em G42 (e vice-versa) encontradas no Programa.
- O caractere % de incio de programa cancela qualquer espelhamento eventualmente
inserido.

11.16 ESVAZIAMENTO DE CANAIS COM PERFIL GENRICO

A macro descrita neste captulo permite o esvaziamento de um canal circunscrito por um perfil
fechado, com passadas paralelas inclinadas a um dado ngulo. O canal pode conter at 26
ilhas, ou seja, reas em que o material no removido.
No h limite para o nmero de elementos que constituem o perfil do canal e da ilha.
Os canais podem ser esvaziados em vrias passadas; incremento em profundidade sempre
executado em um ponto definido.
Cada passada em profundidade realizada efetuando-se primeiro o contorno do perfil externo do
canal (iniciando no ponto programado), depois so contornadas e definidas as ilhas (mesmo neste
caso os operadores iniciam do ponto programado) e, finalmente, os canais so esvaziados por
meio de vrias passadas.

Uma tolerncia de usinagem pode ser estabelecida, que ser removida pela repetio do contorno
do perfil, atravs de uma sub-funo especfica (G779).

11-49 REV. 3
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Devido compensao do raio da ferramenta, alguns perfis podem intersectar-se. Isto faz com
que eles se juntem, formando um nico perfil. O ponto de entrada e o sentido dos perfis juntados
sero aqueles referentes ao primeiro perfil juntado.
Sempre devido compensao do raio da ferramenta, o perfil pode ser dividido em duas ou mais
sees. Neste caso, a poro que contm o ponto de entrada ser a nica a ser considerada e a ser
usinada. Para evitar esse inconveniente, o dimetro da ferramenta utilizada durante a usinagem
deve ser reduzido.
Os perfis das ilhas e do canal devem ser definidos especificando-se o ponto/modalidade de
entrada/sada.
No caso de entrada tangencial, os pontos de entrada/sada tangencial so mantidos sob controle
para verificar se esto ou no dentro da rea a ser usinada. Se no estiverem, o CNC emitir um
alarme. Obviamente o percurso da ferramenta tambm ser levado em conta. So efetuadas
verificaes nos pontos de entrada/sada e no no perfil usinado completo.

A programao do ciclo de produo de uma cavidade perfilada utiliza as funes:


G777 Usada para a definio dos parmetros referentes ao processo de usinagem
G701 Usada para a definio dos perfis do canal e das ilhas.
G778 Comanda a execuo do ciclo sem a passada de acabamento
G779 Comanda a execuo do ciclo com a passada de acabamento

Sintaxe:
N... G777 <QFO=...> <QIN=...> <PPA=...> [<QPO=...>] [<APA:...>]
[<KPE:...>] [<DQS=...>] [<DRA:...>] [<KFE=...>]

Descrio dos Parmetros:

QFO Cota do fundo da cavidade.

QIN Cota do incio da cavidade.

PPA Profundidade de passada.

QPO Cota de segurana para movimentos rpidos fora da pea (se no programada,
QPO=QIN+2).

APA ngulo de inclinao das passadas (se no programado, APA=0).

KPE Coeficiente de percurso; determina como movimentar a fresa quando deve se


deslocar para a prxima passada ou quando encontra o perfil durante uma passada
e esta ainda no foi completada (como no caso de perfil convexo).

Se a parte do perfil a percorrer para encontrar o novo ponto for menor ou igual a
KPE multiplicado pela distncia no ar entre os 2 pontos, a fresa segue o perfil sem

REV. 3 11-50
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se levantar.

Em caso contrrio, a fresa se levanta em rpido at a cota QPO, move-se na


vertical do novo ponto inicial, desce em rpido para a distncia de segurana DQS
da cota de produo, desce durante a produo para a cota da passada e reinicia a
passada interrompida.

Com KPE=0, o movimento executado no ar para a cota QPO.

Com KPE grande (por ex.: 100), a fresa sempre segue o perfil sem se levantar.

Com KPE negativo, so calculados os tempos para execuo dos dois percursos
alternativos e o mais curto escolhido. Se no estiver programado, KPE = -1.

DQS Distncia de segurana para reentrada durante a produo (se no estiver


programada, DQS=2).

DRA Tolerncia de usinagem para acabamento; ser removida na segunda fase do


contorno da cavidade se G779 estiver programado (se no estiver programado,
permanece vlido o ltimo valor programado).

KFE Coeficiente de modificao do Avano no movimento de entrada (se no estiver


programado, KFE=1).

G701 [<XAT=...>] [<YAT=...>]

XAT Ponto de entrada no perfil do canal ou da ilha. Quando associado ao perfil


YAT do canal, tambm indicam o ponto em cujo sentido os eixos se movero em
rpido aps completar o esvaziamento, de forma a executar a passada
seguinte (se no estiver programada, a cota da ltima passada).

Aps a funo G701, o perfil do canal ou da ilha deve ser programado em linguagem ISO ou
GAP/EXPERT; sugere-se programar o perfil como uma sub-rotina.
O perfil da cavidade, bem como das ilhas, se houver, deve ser um perfil fechado e deve ser
fechado mesmo aps a aplicao da correo do raio. Os pontos inicial e final no podem,
portanto, ser num canto, mas num ponto intermedirio de uma reta ou crculo.

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O perfil da cavidade deve, necessariamente, estar sobre a superfcie de contorno (superfcie XY


no caso de G16XYZ+) que pode ser rodado mediante uma matriz de rotao dinmica. As cotas
QIN, QFO, QPO e PPA referem-se ao eixo de profundidade (no caso, eixo Z).

G778/G779 [<DPA=...>]

DPA Distncia de passada em raios de fresagem; a distncia entre uma passada e


outra na superfcie de contorno ser, portanto, igual a DPA*raio de
fresagem (se no estiver programada, DPA=1.6 e, portanto, o incremento da
passada ser 1.6*raio de fresagem).

As funes G778 ou G779 concluem a programao da cavidade perfilada e ativam a criao e


produo da prpria cavidade.

Notas:
- G778 no executa um segundo contorno da cavidade e, portanto, qualquer tolerncia de
usinagem programada com DRA deve ser removida na fase seguinte de produo.
- G779 sempre executa um segundo contorno mesmo se DRA for nulo.
- A funo de entrada no perfil define a posio da ferramenta em relao s paredes do
canal ou da ilha (G41 ou G47 ferramenta esquerda, G42 ou G48 ferramenta direita) e
deve, portanto, ser coerente com o sentido do prprio perfil.

Exemplo de programao de canal com 2 ilhas:


N10 G777 .. {Definio dos parmetros de usinagem}
N20 G701 <XAT=> <YAT=> {Ponto de Entrada ao Perfil do Canal}
N30 L<CAVA> {Sub-rotina para definir o Perfil do Canal}
N40 G701 <XAT=> <YAT=> {Ponto de Entrada ao o perfil da primeira ilha}
N50 L<ISOLA1> {Sub-rotina para definir o Perfil da ILHA 1}
N60 G701 <XAT=> <YAT=> { Ponto de Entrada ao perfil da segunda ilha }
N70 L<ISOLA2> {Sub-rotina para definir o Perfil da ILHA 2}
N80 G778 <DPA=> {Ciclo de Esvaziamento sem passada de acabamento}

Notas:
O primeiro perfil a ser descrito deve sempre ser associado definio do canal.

Descrio do Ciclo
FASE 1
A ferramenta se move para as cotas XAT e YAT de G701 que definem o ponto inicial de
produo.

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FASE 2
Execuo de descida em rpido para QIN+DQS.

FASE 3
Movimento durante a produo para Avano = F*KFE para a cota QIN-PPA e aproximao ao
primeiro ponto do perfil, durante a produo para F programada.

FASE 4
Execuo do contorno da cavidade deixando qualquer tolerncia de usinagem programada com
DRA.

FASE 5
Repetio da FASE 1 FASE 3 anteriores, contornando das ilhas definidas e deixando a
tolerncia de usinagem (se definida).

FASE 6
Aps sua sada do perfil, a fresa se move em rpido em direo a QPO e pra no primeiro ponto
da primeira passada de esvaziamento.

FASE 7
A fresa desce para a cota de usinagem + DQS e inicia a primeira passada de esvaziamento na
velocidade F.
Se encontrar algum obstculo nessa fase, a fresa sobe at alcanar QPO, ento se move em
direo ao primeiro ponto de usinagem, desce rapidamente para cota de usinagem + DQS,
baixada em velocidade de usinagem e reinicia o esvaziamento. Se o novo ponto de usinagem for
alcanado mais facilmente contornando o obstculo em velocidade F, o CNC escolher,
automaticamente, esta segunda soluo.

FASE 8
Esvaziamento de canal: a fresa sobe para QPO em rpido, posiciona-se no ponto de entrada
(XAT YAT) e se G779 estiver ativo, repete o acabamento (com DRA=0).

FASE 9
O ciclo (FASE 3-8) repetido n vezes, aumentando cada vez a profundidade do valor DPA, at
alcanar a cota final QFO.

Notas:
- O primeiro ponto da primeira passada de esvaziamento automaticamente calculado pelo
CNC; para um ngulo de inclinao de zero grau (APA=0), o CNC calcula uma reta
horizontal distante DPA*raio de fresa do ponto mais baixo do perfil; a primeira
interseo, esquerda, dessa linha com o perfil o ponto inicial da primeira passada que

11-53 REV. 3
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vai da esquerda para a direita. A passada seguinte vai da direita para a esquerda e assim por
diante.
Com APA diferente de zero, o CNC se comporta da mesma maneira, apesar de considerar
que a reta no mais horizontal, mas inclinada a um ngulo APA.
- Quaisquer matrizes estticas de roto-translao ou definies de fatores de escala devem
ser programados antes de G777, que abre as definies da cavidade. As matrizes estticas
acima mencionadas no so aplicadas aos parmetros DPA, PPA e DQS que permanecem
como programados mesmo se um fator de escala for ativado; as matrizes so, portanto,
aplicadas aos parmetros QFO, QIN, QPO, XAT, YAT e ao perfil da prpria cavidade.
- Quaisquer matrizes dinmicas devem ser programadas antes de G778/G779 que d incio
execuo da cavidade; elas podem tambm ser programadas antes de G777, porm no
influenciam os parmetros introduzidos.

EXEMPLO DE PROGRAMAO N. 1

PROGRAMA PRINCIPAL
%
N00 G16XYZ+ {CAVIDADE PERFILADA COM PASSADA DE ACABAMENTO}
N10 M6 T1 F500
N20 M3 S1500
N30 G0 X10 Y10 Z100
N40 G777 <QFO=20> <QIN=50> <PPA=10> <QPO=60> <APA=30>
<KPE=1.5> <DQS=2> <DRA:1> <KFE=0.5>
N50 G701 <XAT=10> <YAT=10>
N60 L<PROF1>
N70 G779 <DPA=1.5>
N80 M2

{Sub-rotina com definio do perfil PROF1}


N30 G1 X0 Y10 G42 {PROF1}
N40 G1 X0 Y60
N50 G1
N60 G3 I20 J90 R20
N70 G2 R11

REV. 3 11-54
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N80 G1 RC45 X70 Y160


N90 G1 RC-32
N100 G3 I182 J 90 R38
N110 G2 R52
N120 G2 I150 J10 R10
N130 G3 R8
N140 G2 I120 J10 R10
N150 G1 RC100
N160 G2 I92 J105 R34 RC-100
N170 G1
N180 G2 I60 J10 R10
N190 G1
N200 G3 I35 J30 R10
N210 G1
N220 G2 I10 J10 X0 Y10
N230 G1 X11 Y12 G40
N300 <RET>

FIG. 11-22

Comentrios
Na Fig. 11-23, o ponto de entrada Pinz est embaixo esquerda (<XAT=10> <YAT=10>),
enquanto que o primeiro ponto da primeira passada, automaticamente calculada pelo CNC, est
embaixo direita, indicado pelo percurso da fresa.
Os percursos executados em rpido podem ser realados por uma linha pontilhada para
ultrapassar quaisquer obstculos encontrados durante o esvaziamento quando, em razo do
parmetro KPE, o CNC decidir no seguir o perfil.

11-55 REV. 3
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FIG. 11-23

Pinz

Nota-se, tambm, a passada dupla de contorno (G779 com DRA:1).

EXEMPLO DE PROGRAMAO N. 2
O exemplo consiste em definir um Programa que permita o esvaziamento de uma cavidade circular,
como mostrado na FIG. 11-24. O canal apresenta uma rea no usinada (ilha) em forma de cruz.

FIG. 11-24 CANAL A


SER ESVAZIADO

REV. 3 11-56
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O Programa consiste de um Programa Principal (CAVACIR) que tem duas sub-rotinas distintas.
Uma utilizada para definio do perfil externo do canal (CRCULO) e a outra para definio do
perfil da ilha (CRUZ).
Deve-se notar que ambos os perfis foram definidos atravs de EXPERT e que a compensao
sempre ativada/desativada num bloco nico e que os perfis compensados so sempre fechados.

%
{ PROGRAMA CAVACIR }
{ CANAL PERFILADO COM ILHA SEM PASSADA DE ACABAMENTO }
N5 G16XYZ*
N10 M6 T1 F500
N20 M3 S1500
N30 G0 X0 Y0 Z100
N40 G777 <QFO=20> <QIN=40> <PPA=8> <QPO=50> <APA=30>
<KPE=10> <DQS=5> <DRA:0> <KFE=10>
N50 G701 <XAT=-230> <YAT=0>
N60 L<CERCHIO>
N70 G701 <XAT=220> <YAT=0>
N80 L<ISOLA>
N70 G778 <DPA=1.6>
N80 M2

{ SUB-ROTINA DO CRCULO }
N10 O5 = G2 I0 J0 R250
N20 P2 = X-250 Y0
N30 G1 G48 P2
N40 O5 =
N50 P2
N60 G46 X-230 Y0
N70 <RET>

11-57 REV. 3
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{ SUB-ROTINA DE CRUZ }
N10 O1 = G3 I150 J0 R50
N20 O2 = G3 I0 J150 R50
N30 O3 = G3 I-150 J0 R50
N40 O3 = G3 I0 J-150 R50
N50 L1 = G1 X150 Y 50 RC180
N60 L2 = G1 X50 Y 150 RC90
N70 L3 = G1 X-50 Y150 RC-90
N80 L4 = G1 X-150 Y-50 RC0
N90 P1 = X200 Y0
N100 G1 G49 P1
N110 O1
N120 L1 RA20
N130 L2
N140 O2
N150 L3 RA20
N160 L1
N170 O3
N180 L4 RA20
N190 L3
N200 O4
N210 L2 RA20
N220 L4
N230 O1
N240 P1
N250 G46 X220 Y0
N300 <RET>

11.17 PRODUO DE SUPERFCIES 3-D OBTIDAS COMO LINHAS ENTRE DOIS PERFIS

A macro descrita neste captulo permite a produo de uma superfcie tridimensional tracejada,
definida por 2 perfis paralelos planos posicionados em cotas fornecidas.

Para sua produo so utilizadas ferramentas cilndricas, esfricas e toroidais.

REV. 3 11-58
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A programao do ciclo de produo de uma superfcie tracejada utiliza as funes:

G726 Usado para definir parmetros e o primeiro perfil


G727 Usado para definir o segundo perfil
G728 Usado para comandar a execuo do ciclo

Sintaxe
G726 [<XAT=...>] [<YAT=...>] <QIN=...> <DPA=...> [<QPO=...>] [<DQS=...>]
[<KFE=...>] [<DRA:...>]

Descrio dos Parmetros

XAT YAT Ponto de entrada no primeiro perfil (se no estiver programado, a cota da ltima
posio).
QIN Posio em Z do primeiro perfil.
DPA Distncia entre passadas, ao longo do primeiro perfil.
QPO Cota de sada em rpido para passadas unidirecionais (se no estiver programada,
as passadas so bidirecionais).
DQS Distncia de segurana para reentrada durante produo em caso de passadas
unidirecionais (se no estiver programada, DQS=2).
KFE Coeficiente de modificao do Avano no movimento de entrada e na primeira
passada (se no estiver programado, KFE=1).
DRA Tolerncia de usinagem a ser deixada na superfcie (se no estiver programada,
vlido o ltimo valor estabelecido).

- Aps a funo G726, o primeiro perfil deve ser programado em linguagem ISO ou
GAP/EXPERT.
- recomendvel programar o perfil como uma sub-rotina.
- Cada um dos 2 perfis pode ser constitudo por um nmero infinito de elementos.

Sintaxe
G727 <QFO=...>

Descrio dos Parmetros


QFO Posio em Z do segundo perfil.
Aps a funo G727, o segundo perfil deve ser programado em linguagem ISO ou
GAP/EXPERT; recomendvel programar o perfil como uma sub-rotina.

Sintaxe:
G728 [<RTA=...>]

11-59 REV. 3
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Descrio dos Parmetros

RTA Raio da lmina de corte da ferramenta


RTA = 0 Fresa Cilndrica.
RTA > 0 < R Fresa Toroidal
RTA = R Fresa Esfrica (default, se o parmetro no tiver sido programado)
A partir da verso V3.0 o parmetro no mais necessrio, porque utilizado o valor
estabelecido na Tabela de Ferramentas.

A funo G728 conclui a programao dos perfis e ativa a criao e produo de superfcies
tridimensionais.
Os perfis podem ser abertos ou fechados e devem estar sobre superfcies paralelas superfcie de
contorno (superfcie XY no caso de G16XYZ+, que pode ser rodada atravs de uma matriz
dinmica de rotao). As cotas QIN, QFO e QPO referem-se ao eixo perpendicular (neste caso,
eixo Z).-{}-
A funo de entrada no primeiro perfil define a posio da ferramenta em relao s superfcies
(G41 ou G47 pea direita, G42 ou G48 pea esquerda).
As cotas XAT e YAT de G726 definem o ponto inicial para produo, o ponto no qual o primeiro
posicionamento executado antes da descida em rpido para QIN+DQS, seguido pelo
movimento em produo (para F*KFE) para QIN e aproximao ao primeiro ponto do primeiro
perfil.
A primeira das linhas tracejadas a reta que conjuga o ponto inicial do primeiro perfil ao ponto
inicial do segundo perfil.
A ltima das linhas tracejadas a reta que conjuga o ponto final do primeiro perfil ao ponto final
do segundo perfil.
Com passadas bidirecionais, a primeira linha percorrida velocidade igual a F*KFE e os
movimentos seguintes, velocidade F programada. O aumento feito, alternativamente, no
primeiro e no segundo perfil; o aumento no primeiro perfil igual a DPA, enquanto no segundo
perfil proporcional relao entre o desenvolvimento dos dois perfis.
Com passadas unidirecionais (QPO definido), o movimento realizado do primeiro para o
segundo perfil (na primeira linha com velocidade igual a F*KFE), ento segue um movimento
em rpido do eixo perpendicular superfcie de contorno cota QPO, posicionando em rpido na
vertical do ponto inicial da linha produzida, aproximao em rpido para QIN+DQS, descida em
produo (em F*KFE) para o primeiro perfil, execuo do aumento DPA e, finalmente produo
da linha seguinte velocidade programada F.-{}-
A compensao da ferramenta (quer seja cilndrica, esfrica ou toroidal) garante que as cotas do
fundo da linha no sejam ultrapassadas (cota do perfil mais baixo) e que seja realizada a
tangncia com outro perfil.

REV. 3 11-60
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Quaisquer matrizes estticas de roto-translao ou definies de fatores de escala devem ser


programados antes de G726, que abre as definies das superfcies tracejadas. As matrizes
estticas acima mencionadas no so aplicadas aos parmetros DPA e DQS que permanecem
como programados mesmo se um fator de escala for ativado; as matrizes so, portanto, aplicadas
aos parmetros QFO, QIN, QPO, XAT, YAT e ao perfil da prpria cavidade.
Quaisquer matrizes dinmicas devem ser programadas antes de G728, que d incio execuo
da cavidade; elas podem tambm ser programadas antes de G777, porm no influenciam os
parmetros introduzidos.

Exemplo:

%
N0 G16XYZ+ {CAVIDADE ALINHADA COM DUAS PASSADAS DIRECIONAIS}
N10 M6 T13 {FRESA TOROIDAL COM DIAM. 10}
N20 M3 S2000 F500
N30 G0 Z15
N40 X0 Y0
N50 G726 <QIN=10><DPA=3><KFE=0.5><DQS=3><DRA:0>
N60 L<BORDO> {PRIMEIRO PERFIL}
N70 G727 <QFO=-5>
N80 L<FORO> {SEGUNDO PERFIL}
N90 G728 <RTA=3> {ALINHADO COM FRESA TOROIDAL DE RAIO 3}
N100 G0 Z50
N110 X0Y0
N120 M2

SUBPROGRAMAS FURO E ARESTA

N00 { SUB-PROGRAMA ARESTA}


N10 G1 X0 Y-50 G42
N20 X-50 RA20
N30 Y50 RA20
N40 X50 RA20
N50 Y-50 RA20
N60 X0
N70 X0 Y0 G40
N80 <RET>

11-61 REV. 3
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Cdigo 724P392

N00 { SUB-PROGRAMA FURO }


N10 G1 X0 Y-10 G42
N20 G2 I0 J0 X0 Y-10
N30 G1 X0 Y0 G40
N40 <RET>

Representao grfica dos parmetros - Fig. 11-25

FIG.11-26
FIG. 11 - 26

REV. 3 11-62
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SUPERFCIE 3D OBTIDA Fig. 11-27

11.18 PRODUO DE SUPERFCIES 3D DEFINIDAS POR UM PROGRAMA PLANO E


POR UMA OU MAIS SEES DE PERFIL

Esta funo permite a definio e produo de uma superfcie gerada por um perfil plano que se
desloca ao longo de uma ou mais sees de perfil (at 9).
Podem ser utilizadas ferramentas cilndricas, esfricas e toroidais.

A programao de um ciclo de produo tridimensional utiliza as funes:


G736 Usado para definir parmetros e o primeiro perfil
G737 Usado para definir o segundo perfil
G738 Usado para comandar a execuo do ciclo

Sintaxe
G736 [<XAT=...>] [<YAT=...>] [<%RAC=...>] [<%PAS=...>] [<QPO=...>]
[<DQS=...>] [<KFE=...>] [<RTA=...>][<DRA:...>] [<KRU=>] [<AAT=>]

XAT Ponto de entrada ao perfil plano no primeiro eixo da superfcie de contorno (se no
estiver programado, a cota do ltimo posicionamento).
YAT Ponto de entrada ao perfil plano no segundo eixo da superfcie de contorno (se no
estiver programado, a cota do ltimo posicionamento).
%RAC Tipo de conexo entre os elementos do perfil plano em funo da seo:
1 conexo de raio varivel
2 conexo de raio fixo
(se no estiver programado, %RAC=1)

11-63 REV. 3
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%PAS Passadas unidirecionais ou bidirecionais, no caso de perfil plano aberto


1 passadas unidirecionais
2 passadas bidirecionais
(se no estiver programado, %PAS=1)

QPO Sada da coordenada em rpido (se no estiver programada, QPO= cota do ltimo
posicionamento).

DQS Distncia de segurana para sada e reentrada durante a produo no final e incio
da passada (se no estiver programada, DQS=2). O movimento at a coordenada
estabelecida por este parmetro em rpido.

KFE Coeficiente de modificao do Avano no movimento de entrada (se no estiver


programado, KFE=1).

RTA Raio da lmina de corte da ferramenta


RTA = 0 Fresa Cilndrica.
RTA > 0 < R Fresa Toroidal
RTA=R Fresa Esfrica (default, se o parmetro no tiver sido programado)
A partir da verso V3.0 o parmetro no mais necessrio, porque utilizado o
valor estabelecido na Tabela de Ferramentas.

DRA Tolerncia de usinagem a ser deixada na superfcie (se no estiver programada,


vlido o ltimo valor estabelecido).

AAT ngulo de entrada em graus aplicvel quando, na definio do perfil plano, so


utilizados entradas tangenciais G47/G48 e na sada utilizada G46 (para outros
detalhes ver instruo <TGR:..> Pargrafo 9.3.2).

KRU Coeficiente de multiplicao do raio da ferramenta para obter o raio do arco


seguido nas entradas G47/G48 e na sada G46, eventualmente inseridos na
definio do perfil plano. (Para maiores detalhes ver instruo <TGR:..>
Pargrafo 9.3.2). Por default KRU estabelecido = 2.

Aps a funo G736, o perfil plano deve ser programado em linguagem ISO ou GAP/EXPERT.
recomendvel programar o perfil como uma sub-rotina.
Os perfis podem ser criados com um mximo de 100 elementos cada.
Na programao de um perfil plano, so inseridas as instrues <SEZ:n> (com n de 1 a 9) para
definir a seo onde deve ser aplicado o elemento correspondente (reta ou crculo); <SEZ:..>
posicional e, portanto, aplicada iniciando no elemento atual e permanece vlida at a chamada
de uma nova seo.

REV. 3 11-64
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No caso de vrias sees de perfil, a primeira seo fica ativa at a chamada de uma seo
diferente (como se <SEZ=1> fosse programada como primeira instruo).
Na programao de um perfil plano as seguintes regras devem ser seguidas:
- O perfil plano pode ser de qualquer tipo, aberto ou fechado. Deve incluir entrada e sada do
tipo padro (G41/G42 /G40) ou tangencial (G47/G48/G46).
- O perfil deve estar sobre a superfcie de contorno (superfcie XY no caso de G16XYZ+),
que pode ser rodado mediante uma matriz de rotao dinmica. As cotas QPO e DQS
referem-se ao eixo perpendicular (neste caso, eixo Z).
- A funo de entrada no perfil plano define a posio da seo do perfil em relao
orientao do perfil plano; se G42 for programado, o eixo Y positivo das sees de perfil
coincide com o sentido de trabalho do perfil plano; programando-se G41, o eixo Y positivo
das sees do perfil so rodadas em 180o e, portanto, a seo obtida o espelhamento do
perfil plano. -{}-
- Com a funo G737 (a ser escrita em linha prpria) iniciada a programao das sees de
perfil, que devem ser definidas como sub-rotinas e, portanto, chamadas com L<NOME>;
cada seo de perfil deve ser precedida pela G737. Um nmero (de 1 a 9) associado a
cada seo de perfil, com base na posio que ocupada na seqncia de G737; este o
nmero a ser escrito nas instrues <SEZ=n> do perfil plano.

Na programao de sees de perfil as seguintes regras devem ser seguidas:


- A seo de perfil deve ser programada na mesma superfcie de contorno do perfil plano e
deve ser um perfil aberto.
- O eixo da ordenada positiva (Y com G16XYZ+) deve coincidir com o eixo perpendicular
positivo da mquina (neste caso, Z).
- Para a definio da posio da ferramenta com relao ao perfil terico, as instrues G41
so usadas para peas direita e G42 para peas esquerda. A utilizao das instrues de
entrada tangencial G47/G48 no permitida e gera um alarme especfico.
No caso de vrias sees de perfil, os pontos inicial e final de diferentes perfis, levando em
considerao a compensao do raio de corte, devem ter a mesma cota.
O exemplo mostrado na Fig. 11.28 evidencia um erro tpico que pode ocorrer se no for levado
em considerao o corretor introduzido pela compensao do raio da ferramenta.
Como pode-se notar, as duas sees (SEZ-1 e SEZ-2) possuem cotas inicial e final, em Y,
perfeitamente alinhadas.
Entretanto, se uma ferramenta toroidal for utilizada para usinagem (o mesmo aconteceria com
uma ferramenta esfrica), as cotas compensadas no estariam mais alinhadas. Conseqentemente,
o CNC emitir um sinal de erro.

11-65 REV. 3
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Y
SEZ-2
SEZ-1

Fig. 11.28

Sintaxe
G738 <DPA=...>

Descrio dos Parmetros

DPA Distncia entre as passadas na primeira seo de perfil (aquela programada


aps a primeira G737 e chamada com <SEZ:1>).

Notas:

A funo G738 conclui a programao das sees de perfil e ativa a criao e produo de
superfcies tridimensionais.
Quaisquer matrizes estticas de roto-translao devem ser programadas antes de G736, que
define o perfil plano e desativada antes da primeira definio de seo G737.
As matrizes estticas que ativam fatores de escala podem ser aplicadas independentemente do
perfil plano e/ou das vrias sees de perfil.
As matrizes estticas acima mencionadas no so aplicadas aos parmetros DPA e DQS, que
permanecem como programados mesmo se um fator de escala for programado; as matrizes
so, portanto, aplicadas aos parmetros XAT, YAT, QPO e aos perfis.
matrizes dinmicas devem ser programadas antes de G738, que d incio ao processo de
produo; elas podem tambm ser programadas antes de G777, porm no influenciam os
parmetros introduzidos.

REV. 3 11-66
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Exemplo

%
N0 { G738: superfcies 3D definidas por um perfil plano }
N4 { e por 3 sees de perfil com conexes constantes }
N8 G16XYZ+
N10 M6 T10 {Fresa toroidal com dia. 20}
N12 M3 S2000 F500
N14 G0 X0 Y50 Z100
N16 G736 <%RAC=2><KFE=0.5><RTA=5><DRA:0> {Lmina de raio 5}
N18 L<PROFP>
N20 G737
N22 L<PROFS1>
N24 G737
N26 L<PROFS2>
N28 G737
N30 L<PROFS3>
N32 G738 <DPA=2>
N34 G0 Z100
N34 M2

SUB-PROGRAMAS:

N00 {PROFP: Perfil plano} N00 {PROFS1: Seo 1 do perfil}


N10 G1 X0 Y-300 G48 N10 G1 X0 Y200 G41
N20 G1 X-500 RA115 N15 G1 RC0
N40 G1X-350 Y250 RA80 <SEZ:2> N20 G3 I210 J200 X210 Y0
N50 X350 RA80 <SEZ:3> N30 G1 X250
N60 Y-300 X500 RA115 <SEZ:2> N40 G1 X260 G40
N70 X0 <SEZ:1> N50 <RET>
N80 Y-200 G46
N90 <RET>

11-67 REV. 3
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N00 {PROFS2: Seo 2 do perfil} N00 {PROFS3: Seo 3 do perfil}


N10 G1 X0 Y200 G41 N10 G1 X0 Y200 G41
N15 X10 N20 X30 RA20
N20 G1 N30 Y0 RA50
N30 G3 I110 J100 X110 Y0 N40 X90
N40 G1 X120 Y0 N50 X300 G40
N50 X500 G40 N90 <RET>
N90 <RET>

Fig. 11-29 Representation Grfica dos Parmetros

Fig. 11- 30 PERFIL PLANO

REV. 3 11-68
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SEES DE PERFIL Fig. 11-31

SUPERFCIE 3D OBTIDA Fig. 11-32

11.19 USINAGEM DE SUPERFCIES CNICAS TRUNCADAS

A macro G722 permite a produo de uma cavidade ou relevo cnico truncado desenvolvendo
um perfil em espiral de Arquimedes.
O reconhecimento do tipo de superfcie a ser produzido (cavidade ou relevo) automtico, com
base nas informaes fornecidas sobre as posies inicial e final da espiral.
Estabelecendo esses dados, o programador pode selecionar o tipo de produo requerida (de cima
para baixo ou vice-versa).
Isso tambm possvel atravs de um parmetro especfico, caso se queira trabalhar a superfcie
respeitando a cota final programada (mesmo se a cota final for penetrada por parte da
ferramenta) ou se for importante que a cota estabelecida para o fundo no seja ultrapassada (para
uma melhor explanao desta funo, ver Fig. 11-33).

11-69 REV. 3
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O perfil executado utilizando-se uma interpolao especificamente criada. A trajetria


calculada a cada tau (elemento de tempo do CNC) para garantir a mxima preciso.
O passo da espiral automaticamente estabelecido pelo CNC com base no tipo de ferramenta
utilizado (tanto as ferramentas esfricas como as toroidais so gerenciadas) e do overlap
requerido.
O Avano estabelecido garantido pela interpolao com relao a alcanar a mxima acelerao
dos eixos na superfcie de contorno, a partir desse momento o movimento continua em acelerao
constante (a mxima possvel para os eixos da superfcie de contorno).
O movimento envolve os eixos da superfcie de contorno e um terceiro eixo normal, que est
associado com a compensao do comprimento da ferramenta.

Sintaxe:
G722 I... J... <RIN=...> <RFI=...> <QIN=...> <QFI=...> <DPA=...> <ROT=...>
<%FON=....>
onde:
IeJ So as coordenadas da espiral, caso a superfcie de contorno tenha as direes 1 e 2.
Mudando-se as direes, as siglas so mudadas como para um crculo genrico.

RIN o raio do crculo no qual se inicia a produo da espiral.

RFI o raio do crculo no final da produo.

QIN a cota do eixo normal superfcie de contorno, a partir do qual se inicia a produo
da espiral.

QFI o final da cota de produo..

DPA a passada helicoidal, ou seja, a distncia medida ao longo da geratriz do cone


truncado, entre os pontos de contato da ferramenta aps uma volta da espiral.

ROT o sentido de execuo da espiral.


ROT=2 no caso de rotao horria, ROT=3 no caso de rotao anti-horria.
Quando o parmetro no programado, a rotao anti-horria estabelecida
automaticamente como default.

%FON Permite a escolha entre as possibilidades de produo respeitando as cotas


programadas, mesmo se a cota de fundo for ultrapassada com a ponta da ferramenta ou
no ultrapassar essa cota, sem completar a produo do perfil.
%FON=0 Produo do perfil com relao cota do fundo do perfil (entendida como
menor entre QFI e QIN).

REV. 3 11-70
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

%FON=1 Produo sem ultrapassar a cota do fundo do perfil. Neste caso a espiral
inicia e termina com um raio e uma cota diferentes daquelas estabelecidas.
Caso este parmetro no seja estabelecido, default estabelecido como no
ultrapassando o fundo do perfil (%FON=1).
(Para mais detalhes, ver Fig. 11-33)

Z
PIN
RIN
QIN
DPA

Sentido da
QFI produo
RFI ROT = 2
Y

Exemplo de usinagem de X
cone truncado executado de I.. J..
cima para baixo PIN

QIN > QFI

RIN > RFI


FIG. 11-33

11-71 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Z PIN
RIN
QIN

%FON=1
QFI

Z PIN
RIN
QIN

Significado grfico do
parmetro %FON
QFI
%FON=0

FIG. 11-34

Descrio do funcionamento da macro


Com referncia ao caso ilustrado na Fig. 11-34, a produo da pea no crculo com raio RIN,
centro I J, cota QIN e ngulo nulo (no ponto indicado como PIN).
O posicionamento neste ponto efetuado em G1, iniciando no ltimo ponto programado.
Em seguida, executada uma rotao completa no sentido definido pelo parmetro ROT e ento
iniciada a execuo da espiral.
O ponto final de produo encontra-se no crculo com raio RFI, centro I J, cota QFI e forma um
ngulo definido pelo overlap DPA estabelecido.
Ao atingir o ponto final, ocorre uma rotao completa.

Notas:
Se as cotas QIN = QFI (espiral plana) foram definidas, os dois crculos no incio e final da
espiral no sero executados. A espiral ser executada na superfcie de contorno sem a aplicao
de qualquer compensao de raio.
Se %FON =1. O ponto relativo ao fundo no se encontra na posio exata programada, mas a
produo inicia e termina um pouco antes que a ponta da ferramenta seja usada. Portanto, se a
produo for executada com uma ferramenta toroidal ou esfrica, necessrio definir o raio da
lmina de corte com a instruo G49 (para outros detalhes, ver Captulo 12).

REV. 3 11-72
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

A funo G722 ativa automaticamente a compensao da ferramenta no espao;


automaticamente desativada uma vez terminada a usinagem.
O raio inicial (RIN) e a espiral final (RFI) devem ser maiores que 0.1mm.
Quando G722 chamada, a compensao do raio da ferramenta deve ser desativada.
A programao incremental no deve estar ativada (G91).
Qualquer RTCP deve ser desativado (<TWT:OFF>).
As matrizes estticas aplicveis so de rotao da superfcie de contorno sobre um terceiro eixo
(normalmente ROT), o eixo de translao (TRANS) e mudana de escala (SCALE). Neste
ltimo caso os fatores de escala nos dois eixos da superfcie de contorno devem ter o mesmo
valor.
A condio RIN=RFI no aceitvel e o CNC emitir um alarme especfico.
O bloco que segue a G722 deve conter a G... do movimento requerido, seno o movimento de
espiral permanecer ativo.

Exemplo

%
N10 G16XYZ+
N20 M6 T1
N30 Z50
N40 G0 X0Y0
N50 F1000 S4000 M3
N60 G49 <RTA=5>
N70 G722 I0 J0 <RIN=40> <RFI=20> <QIN=0> <QFI=-10> <DPA=2> <ROT=2> <%FON=1>
G0 Z50
M2

Comentrios:

N10 Pr-estabelecimento da superfcie do contorno e do eixo no qual a compensao deve ser


ativada (G16XYZ+).

N20 Instalao da ferramenta T1 (M6 T1)

N50 Estabelecimento do avano (F1000) e arranque do mandril a 4000 rpm (S4000 M3)

N60 Estabelecimento do raio de corte (G49 <RTA05>)

11-73 REV. 3
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N70 Estabelecimento da produo do cone truncado, caracterizada por:


centro I0 J0, raio inicial (RIN) 40 mm, raio final (RFI) 20 mm, cota inicial (QIN) 0 mm,
cota final (QFI) 10 mm. Como conseqncia, a produo ser iniciada.
A espiral ser percorrida no sentido horrio (ROT=2), com uma passada que garante o
overlap (DPA) de 2mm e sem ultrapassar a cota final declarada (o fundo da cavidade
obtido ser raiado).

11.20 MACRO UTILIZADA PARA INSERO DE CARACTERES

A macro <WRITE> utilizada para fresar sries de caracteres alfanumricos, maisculos ou


minsculos, e caracteres especiais. As sries podem ser posicionadas livremente.
Pode-se escolher o estilo (itlico ou normal) e o tamanho (relao altura/largura) dos caracteres.
Os caracteres so do tipo proporcional.

Sintaxe:
L<WRITE> X Y <STR:Srie de caracteres e Smbolos> <RIN=...> <DAX=...>
<DAY=...> <AIN=...> <FE1=...> <FE2=...> <FE3=...> <RAP=> <ENT=> <RAL=>

Onde:

X So as coordenadas do ngulo inferior esquerdo do primeiro caractere da srie.


Y

STR a srie de caracteres a ser inserida. Pode conter at 39 caracteres. A srie deve estar
representada entre aspas.
Os caracteres que podem ser usados so os seguintes:
Nmeros 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9
Maisculos A,B,C,D,E,F,G,H,I,J,K,L,M,N,O,P,Q,R,S,T,U,V,X,Y,W,Z
Minsculos a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,x,y,w,z
Caracteres especiais espao, , (, ), *, vrgula, ponto, +, - , /, =

DAX Base do caractere expressa em mm. Normalmente a mdia da base (por exemplo, a
base do D)

DAY Altura do caractere expressa em mm. Ao selecionar a altura e a base do caractere, a


relao Altura/Base deve ficar entre 0.8 e 2.

REV. 3 11-74
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AIN Inclinao do caractere. Ativa o itlico. A inclinao deve estar compreendida entre
0-15.

FE1 Velocidade de fresagem.

FE2 Velocidade de retorno a um ponto anteriormente fresado (movimentos necessrios


para inserir alguns caracteres tais como a base do 1).

FE3 Velocidade de penetrao da fresa entre as cotas RAP e ENT.

RAP Cota de aproximao em rpido (mesmo significado do parmetro definido para os


ciclos fixos).

ENT Profundidade de insero.

RAL Cota de retorno atingida em rpido no final da fresagem.

FIG.11-35
Significado dos Parmetros
DAX DAY and AIN

Exemplo
Inserir a srie de caracteres Made in Italy 25/05/2003 - E.C.S. S.p.A. a partir da coordenada
X100, Y20. A macro WRITE pode ser introduzida em uma nica ou em vrias linhas (4, por
exemplo):

Pode ser entrado em um nico registro :


N80 G16XYZ+
N90 <CFF=CFZ>
N100 L<WRITE> X100 Y20 <STR:"Made in Italy - 25/05/2001; ECS S.p.A.">
<DAX=10.5> <DAY=16> <AIN=4> <FE1=500> <FE2=1500> <FE3=200> <RAP=0.5>
<ENT=-1.2> <RAL=5>

11-75 REV. 3
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Ou em vrios registros:
N80 G16XYZ+
N90 <CFF=CFZ>
N100 <STR:"Made in Italy - 25/05/2001; ECS S.p.A.">
N110 <DAX=10.5><DAY=16><AIN=4>
N120 <FE1=500><FE2=1500><FE3=200>
N130 <RAP=0.5><ENT=-1.2><RAL=5>
N140 L<WRITE> X100 Y20

Notas:
Antes de ativar a macro WRITE, deve-se definir a superfcie de contorno (G16 ou G17, G18,
G19) e o eixo dos ciclos fixos <CFF=CF..>.
Se a macro for escrita em vrios blocos, todos os parmetros a ela associados devem ser
previamente definidos.
Se quiser inserir o caractere (aspas) na srie e o mesmo no constar da lista dos caracteres
gerenciados, ele pode ser criado repetindo-se duas vezes o caractere (apstrofo). A execuo da
macro WRITE pode apresentar problemas com alguns caracteres (execuo de crculos
completos em lugar de arcos) sempre que o campo IGAP=N esteja configurado no arquivo
GEN.TAR, porque ele altera o significado padro da instruo LIP G2/G3 IJ... utilizada em
seu interior.

11.21 EXECUO DE CICLOS FIXOS E MACROS EM UMA GRADE PR-DEFINIDA

Esta seo inclui um programa que permite a execuo de usinagens complexas (por exemplo,
fresagem de perfis ou esvaziamento de cavidades) dispostas sobre ns de uma matriz (cota
mxima 99x99) com a possibilidade de selecionar a excluso de um certo nmero de ns.
Para mais detalhes, ver a Fig. 11-36 abaixo:

Crc. Pretos = usinagem executada


Crc. brancos = usinagem No executada

Fig. 11.36

REV. 3 11-76
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A sintaxe a seguinte:
%
N10 G16XYZ+ <CFF=CFZ>
N20 T1 M6
N30 M3 S100 F100
N40 XIN=100><YIN=500><PXL=200><PYL=100><%NHL=9>
N50 <PXR=100><PYR=-200><%NRG=6> Descrio da grade. Os parmetros so os mesmos
utilizados para a macro FORMAT, apenas com a
substituio de X/Y por XIN/YIN.
Como primeira linha entende-se aquela definida
por XIN/YIN e PXL/PYL. A usinagem ocorre
como na marco FORMAT, executando
movimentos de posicionamento grega.
A numerao dos ns a serem excludos (ou
includos ver abaixo) sempre feita de acordo
com o sentido definido pela primeira linha,
independentemente de ser ou no executada em
concordncia. Por exemplo, os furos da segunda
linha (no exemplo) que no devem ser executados
so especificados como 4/5/6/8/9.

N60 L<DSCMAT> Sub-rotina que especifica os furos que no devem


ser executados (ou os que devem).
N70 L<ESEMAT> Sub-rotina no acessvel, localizada no sub-
diretrio MACRO de LAV, que executa,
fisicamente, a grade de usinagens.
Ateno: a macro utiliza a funo G58 para
transladar as vrias usinagens. Portanto, essa
funo no pode ser utilizada na usinagem.
N80 M02

Sub-rotina DSCMAT
Como mencionado, este arquivo especifica os ns nos quais as usinagens so executadas ou no
executadas.
Tomar como referncia o seguinte exemplo:

L<RESMAT> Sub-rotina no acessvel, localizada no sub-diretrio MACRO de LAV, que executa o Reset
das reas paramtricas destinadas descrio da usinagem.

R100= x x = cdigo de definio para ns ativos


R100= - 1 A descrio a seguir refere-se a usinagens QUE NO DEVEM SER
R101= .. EXECUTADAS
R102= ..
R103= .. R100= +1 As usinagens de todos os ns da grade DEVEM SER EXECUTADAS
R104= ..
R105= .. R100= +2 As usinagens na periferia da grade NO DEVEM SER EXECUTADAS

R100= +3 As usinagens na periferia da grade DEVEM SER EXECUTADAS

R100= +4 A descrio a seguir refere-se a usinagens QUE DEVEM SER


EXECUTADAS
(so descritas as usinagens complementares a R100 = -1)

11-77 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Os parmetros de R101 a R199 so reservados para a descrio dos furos que devem ou no
ser executados (se R100 = -1 ou 4).
Esses parmetros no devem ser definidos para os casos de R100 = +1/+2/+3.
O cdigo de definio o seguinte:

R...= xx aa bb cc dd
(descrio de ns)
onde: xx= nmero da linha (de 01 a 99)
(no obrigatrio o 0 antes do nmero para ns 1...9)
aa= nmero do 1o. n (de 01 a 99)
( obrigatrio o 0 antes do nmero para ns 1...9)
bb= nmero do 2o. n (de 01 a 99)
( obrigatrio o 0 antes do nmero para ns 1...9)
cc= nmero do 3o. n (de 01 a 99)
( obrigatrio o 0 antes do nmero para ns 1...9)
dd= nmero do 4o. n (de 01 a 99)
( obrigatrio o 0 antes do nmero para ns 1...9)

O nmero de ns que se pode descrever deve ser no mnimo = 1 e no mximo = 4.


Sempre que o nmero de ns for maior que 4, necessrio definir um ou mais parmetros
sucessivos para os ns restantes (que sero caracterizados pelo mesmo cdigo xx).

Ou:

R...= - xx aa bb
(descrio do intervalo dos ns)
onde: xx= nmero da linha (de 01 a 99)
(no obrigatrio o 0 antes do nmero para ns 1...9)
aa= nmero do 1o. intervalo de n (de 01 a 99)
( obrigatrio o 0 antes do nmero para ns 1...9)
bb= nmero do ltimo intervalo de. n (de 01 a 99)
( obrigatrio o 0 antes do nmero para ns 1...9)

Nota:
Os parmetros utilizados de R101 a R199 devem ser prximos. Isto , no deve haver
parmetros no utilizados (entre eles).
Por exemplo, a seguinte definio no aceita:
R101 = 02.....
R102 = 02...
R103 = 04...
R105 = 06...
R106 = 08...
no qual o parmetro R104 no definido. Neste caso, a descrio deve utilizar os
parmetros de R101 a R105.

<RET>

Sub-rotina ESEMAT

Este um arquivo inacessvel (localizado no sub-diretrio MACRO de LAV), que executa a


grade de usinagem de acordo com as modalidades descritas no arquivo DSCMAT.

REV. 3 11-78
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

A macro (ou programa) para ser executada nos vrios ns deve ter um nome fixo
LAVMAT; conseqentemente, qualquer ciclo fixo ou macro padro presente ter que ser
duplicado ou renomeado como tal.

Ateno: a funo G58 usada para translao de vrias figuras, portanto a funo no pode
ser usada em programa de usinagem que se repete.

ALARMES

Alarme Prog. 25310 : as reas R101-R199 utilizadas para descrio dos ns a serem
executados (ou no executados) no esto prximas.
Alarme Prog. 25311 : Um intervalo de ns a ser executado (ou no executado) foi definido
de maneira incorreta.
Alarme Prog. 25312 : Nenhum n ou mais de 4 ns definidos na mesma varivel.
Alarme Prog. 25313 : %NHL ou %NRG no compreendidos entre 1 e 99.
Alarme Prog. 25314 : Cdigo de erro passado por meio de R100 no previsto.

Notas:
O disco Exemplos de Programao (fornecido sob encomenda) contm o exemplo ESERET,
que pode ser modificado atravs dos seguintes arquivos:

DSCMAT para definir onde executar ou no a usinagem.


LAVMAT para definir qual usinagem executar em cada n.

11-79 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Notas:

REV. 3 11-80
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

CAPTULO 12

12. COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA no ESPAO e


CONCEITO DE CORRETOR DE FERRAMENTA (D)
J descritas no Captulo 9, a ativao da compensao vetorial do raio da ferramenta na superfcie,
executada atravs das instrues G41, G42, G47 ou G48 e a desativao atravs da instruo G40 ou
G46.
No espao, entretanto, a compensao vetorial do raio da ferramenta possvel somente se os
diretrios dos co-senos relativos ponta da ferramenta forem conhecidos e programados.
Lembrar que o termo diretrio de co-seno (normalmente indicado por p, q e r) significa os
componentes, nas direes 1, 2 e 3 (normalmente X, Y, Z) do vetor unitrio (versor) ortogonal em
relao quele ponto da superfcie.
Neste caso especfico, os diretrios dos co-senos podem ser descritos simplesmente como fatores de
multiplicao do raio da ferramenta ao longo das direes 1, 2 e 3 dos eixos.
A ativao e o uso do co-seno do diretrio na correo do raio no espao so executados com a
instruo:
<SPC:eixo dir1; eixo dir2; eixo dir3 >
Por exemplo, programando-se:
N.... <SPC:X;Y;Z>
O seguinte co-seno de diretrio ser pr-estabelecido:
p Para eixo X
q Para eixo Y
r Para eixo Z

A partir da verso V3.0 no mais necessrio definir o raio da lmina de corte atravs
da instruo:
G49 <RTA = valor do raio da lmina em mm>

A partir da verso acima mencionada, o raio da lmina RTA , de fato, um valor que
est sempre presente na Tabela de Ferramentas para cada ferramenta de fresar. No caso
de uma ferramenta toroidal, ele inicializado pelo operador durante sua introduo na
Tabela, quando automaticamente colocado:
= ao raio da ferramenta no caso de uma fresa esfrica;
= 0 no caso de uma fresa cilndrica.

A compensao desativada programando-se:


<SPC:OFF>

12-1 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Com SPC ativo e no caso em que h uma ferramenta esfrica montada, se o posicionamento for
programado num ponto P (ver Fig.12-1) com o bloco:
N... G1 X... Y... Z.... (P) p... q.... r....
O centro da ferramenta alcanar o ponto no espao nas seguintes coordenadas:

Xc = X + Rut * p
Yc = Y + Rut * q
Zc = Z + Rut * r

Em outras palavras, os fatores p, q e r correspondem aos componentes vetoriais que possuem um raio
unitrio em relao ao ponto programado na superfcie da pea.

FIG. 12-1

Compensao vetorial no espao normalmente usada em programas gerados atravs de sistemas


CAD/CAM. A definio direta do co-seno de diretrio no espao , de fato, uma tarefa muito difcil
ser executada manualmente.

Notas:
- A ativao da compensao vetorial no espao <SPC:....> no aceita com compensao na
superfcie ativa (G41, G42, G47 ou G48).
- Em modalidade dual, a compensao do raio da ferramenta na superfcie no aceita com a
compensao no espao ativa.

REV. 2 12-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

- A reserva da superfcie de contorno (G17,G18 G19 ou G16) aceita tambm quando a


compensao no espao est ativa, mesmo se, obviamente, no tiver efeito em produo
tridimensional.

Raio da Lmina de Corte


P(X,Y,Z) r
p

FIG. 12-2 Compensao do espao de uma ferramenta toroidal

12.1 CONCEITO DE CORRETOR DE FERRAMENTA (D)

Para ser capaz de compensar a geometria da ferramenta montada no mandril, necessrio que o
CNC recupere suas reais cotas na tabela de ferramentas, mais precisamente, seu comprimento e seu
raio.
No momento da troca da ferramenta: T.. M6, o CNC levanta automaticamente os valores de
comprimento e raio a serem associados ferramenta ativa da tabela de ferramentas (a ferramenta
chegar com a funo M6 montada no mandril).
Como resultado, programando-se:
N... T12 M06
Obtm-se efeito duplo de montar a ferramenta n. 12 e carregar os corretores (Comprimento e
Raio) associados a ela.
Usando o cdigo D possvel atribuir vrios corretores mesma ferramenta fsica:

12-3 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

A instruo D assume o significado de Troca de Corretor.


Por exemplo, programando-se:

....
N10 T12 M6
N40 D15
....
N70 D14
....
....
N150 T30 M6
....

Obtm-se:
N10 Troca da ferramenta n.12 e correspondente corretor.
N40 Troca de corretor, daqui para frente a ferramenta n.12 est
associada ao corretor n.15.
N70 Troca corretor n.14
N150 Troca ferramentas, daqui para frente a nova ferramenta
associada ao respectivo corretor n.30.
Programa:
N...T30 M06

equivalente a programar:
N... T30 M06
N.. D30

Notas:
Normalmente possvel continuar a indicar o nmero do corretor declarando somente o nmero da
ferramenta. A associao de vrios corretores mesma ferramenta deve ser usada em casos especiais
de geometria da ferramenta, como ferramentas multi-corte por exemplo, fresas frontais cilndricas ou
furos de multi-corte, em que necessrio compensar as duas lminas contrapostas.
A instruo D... deve ser inserida em seu prprio bloco, no programa. Deve ser assim para no
confundir com o parmetro D.. utilizado para definir distncia em GAP/ EXPERT.
necessrio lembrar, tambm, que o corretor D0 no aceito enquanto j utilizado como reset da
Compensao do Comprimento da Ferramenta (ativada atravs de G43,G44 ou G16 ...).

REV. 2 12-4
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Cdigo 724P395

CAPTULO 13

13. CICLOS DE MEDIO USANDO UM PROBE


Este captulo contm todas as informaes necessrias para programao de ciclos de medio
usando um probe tipo ON/OFF montada no mandril ou fixada em uma posio conhecida na
mesa.

Permite executar o seguinte:


Verificao do tamanho das peas produzidas, executada diretamente na mquina, de
acordo com o ciclo que ser chamado de Programa-Teste (P.T.), revelando qualquer
erro pela comparao entre a cota medida e a cota programada.
Correo do comprimento e/ou raio da ferramenta, alterando seu valor na Tabela de
Ferramentas.
Correo das origens dos eixos, intervindo diretamente na Tabela de Origens.
Pr-estabelecimento ou verificao do comprimento da ferramenta usando um probe
montado em posio fixa na mesa composta da mquina-ferramenta.

Notas:
A presena dos dois tipos de probes aceita: ou no mandril ou em uma posio fixa da prpria
mquina.
As correes acima mencionadas so, em alguns casos, executadas automaticamente, enquanto
em outros casos, somente aps o consentimento do operador ou da lgica do sistema. Na
comparao do erro revelado com a tolerncia programada, uma srie de mensagens
visualizada pelo operador.
Os procedimentos de teste podem ser usados pela sua insero diretamente no programa de
produo da pea ou pela sua chamada como sub-rotinas com a instruo L<nome sub-rotina>.
possvel definir vrios programas-teste diferentes no mesmo Programa.
Com relao correo do raio e comprimento da ferramenta, existe uma varivel no arquivo de
calibrao GENLIP para estabelecer a escolha da correo direta do comprimento/raio da
ferramenta ou atribuio de erro ao respectivo OFFSET. Esta segunda escolha obrigatria
quando o CONTROLADOR DE FERRAMENTA tiver sido configurado para gerenciar
desgaste de ferramenta (para maiores detalhes, consultar o Manual de Parametrizao, cdigo
720P385).

13-1 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

13.1 DEFINIO DE COTAS DE MEDIO E TOLERNCIA

Cota Nominal
Esta a cota mostrada no diagrama da pea a ser medida.
Cota de Medio
Esta a cota terica na qual um eixo deve ser posicionado para efetuar a prpria medio da
cota.
A Cota de Medio assume, como valor numrico, a mdia aritmtica dos tamanhos, incluindo
as tolerncias planejadas no diagrama, para o qual a cota 100-0+0.024 se torna a seguinte Cota de
Medio:
100.012
com o smbolo que a completa em funo da posio em relao origem.
Tolerncia Larga <LTZ=...>

o desvio mximo em relao Cota de Medio que aceita pelo CNC ao corrigir o elemento
responsvel. Por exemplo, ao programar <LTZ=0.5> significa que o elemento responsvel pelo
erro (ferramenta ou origem) pode ser corrigido automaticamente por um mximo de 0.5 mm. A
TOLERNCIA LARGA, portanto, deve ser um valor maior que o erro de medio assumido na
pea.
Se durante o ciclo de medio for encontrado um erro maior que o valor atribudo ao parmetro
LTZ, uma mensagem aparecer no vdeo, perguntando se o operador tenciona continuar com o
ciclo de medio (para detalhes, ver Pargrafo 13.7).
Durante o ciclo de teste o CNC posiciona os eixos em rpido para a cota:

Cota de Medio - 2*(LTZ+0,5).


Tolerncia Estreita <STZ=...>

Este o desvio em relao Cota de Medio que no efetua nenhuma correo do elemento
responsvel pelo erro, pelo CNC.
Por exemplo, ao programar <STZ=0.02> significa que foi revelado um erro na Cota de Medio
inferior a 0.02mm, e nenhuma ao corretiva ser tomada.

Notas:

<STZ=...> deve ter um valor sempre inferior a <LTZ=....>.


Ao programar <STZ=0> significa que a causa do erro deve ser corrigida, independente do
erro revelado.
Ao programar o parmetro STZ diferente de zero, significa que no so executadas correes
nos elementos incorretos em qualquer ferramenta ou origem.

REV. 2 13-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

13.2 INSTRUES PREPARATRIAS PARA UM CICLO DE MEDIO

Este pargrafo descreve todas as instrues usadas para estabelecimento do Ciclo de Medio.

13.2.1 DEFINIO DA SUPERFCIE DE TESTE

Antes de iniciar o ciclo de medio necessrio definir a Superfcie na qual este ciclo ser
executado, atravs das instrues G17, G18 ou G19 ou G16... (instrues j descritas em detalhes
no Captulo 7).

13.2.2 DEFINIO DO EIXO DE PROFUNDIDADE

executado atravs da instruo:


<CFF=CF..> j descrito no Captulo 10 em que foi usado para definir o eixo em que eram
aplicados os ciclos fixos.

13.2.3 DEFINIO DAS COTAS DE DESCIDA DO PROBE

Assim como nos Ciclos Fixos, definem os parmetros:


<RAP=...> Cota de descida do probe em rpido.
<ENT=...> Cota de descida do probe velocidade de F3000 mm/min
<RAL=...> Cota de extrao do probe em rpido no final do ciclo

13.2.4 DEFINIO DO TIPO DE MEDIO

<MIS=a.b> Expressa o TIPO DE MEDIO


Os parmetros a e b possuem os seguintes significados:
a= 0 medio sem correo (os erros so somente visualizados)
a=1 medio sem correo
a=2 sem medio, somente uso dos dados calculados quando
anteriormente detectados (disponvel somente em ciclos de
medio complexa, ver Captulo 14).

13-3 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

b=0 sem compensao de desalinhamento do probe


b=1 com compensao de desalinhamento do probe (ver pargrafo
13.3)
Por exemplo, programando-se <MIS=1.1> significa:
Medio com correo com compensao de desalinhamento do probe.

13.2.5 DEFINIO DO TIPO DE CORREO E DA CAUSA

<TYP=yyy.x> Define o TIPO DE CORREO e a CAUSA DO ERRO.


Os parmetros x e yyy possuem os seguintes significados:
x=0 correo de Origem
x=1 correo de Raio da Ferramenta (ou Offset do Raio)
x=2 correo de Comprimento da Ferramenta (ou Offset do
Comprimento)
yyy nmero da Causa do Erro (mximo de 3 nmeros)

A causa yyy deve ser programada como positiva, exceto no caso em que o elemento responsvel
o raio do prprio Probe. Neste caso o elemento responsvel deve receber um nmero negativo.

Exemplos:

<TYP=-15.1> Correo do raio da ferramenta n. 15 ( o prprio PROBE, que


pode ser entendido pelo smbolo menos).
<TYP=17.0> Correo da origem n. 17
<TYP=25.1> Correo do raio da ferramenta n. 25
<TYP=13.2> Correo do comprimento da ferramenta n. 13

13.2.6 AJUSTE E FINAL DAS INSTRUES DE TESTE

Antes de iniciar o ciclo de medio necessrio programar a rotina em uma linha separada:

L<TESTON> ajuste dos ciclos de TESTE, necessria essa programao


antes de iniciar um ou mais ciclos de teste.

REV. 2 13-4
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

A rotina TESTON origina vrios parmetros, mais precisamente:


F=300 mm/min. (avano durante a fase de medio)
<LTZ=0.05> <STZ=0.01>
<ROT=0> (Ver Captulo 14)
Aps completar os ciclos de medio, a rotina desativar o seguinte:
L<TESTOF> Final dos ciclos de TESTE, deve ser programado no final de
uma srie de ciclos de medio.

13.2.7 FASE OPERACIONAL DE UM CICLO DE MEDIO


Os ciclos de medio descritos nos pargrafos seguintes (e no Captulo 14) so caracterizados
pelas seguintes fases:
1- Movimento em rpido nas coordenadas da superfcie de contorno programado como
incio do ciclo.
2- Descida em rpido para a cota <RAP=...>
3- Descida velocidade de F3000 mm/min para a cota <ENT=...>
4- Aproximao velocidade de F3000 mm/min para a cota:
Cota de medio nominal - (2*<LTZ=...>+0.5)
5- Movimento de medio em relao comutao do probe na velocidade F..
programada.
Onde a pea no encontrar o PROBE, ela ultrapassa a cota nominal em um valor igual
a 2*<LTZ>, finalmente, se a pea no for encontrada, o alarme 27005 ser acionado
(para detalhes, ver Pargrafo 13.9).
6- Retorno para o incio das coordenadas do ciclo velocidade de F3000 mm/min.
7- Extrao em rpido para a cota <RAL=...>

Nota:
A preciso na medio depende principalmente dos seguintes fatores:
Preciso no posicionamento da Mquina-Ferramenta.
Preciso na comutao do probe ON/OFF usado.
Avano programado. Usando-se SW V2.0 juntamente com os novos cartes
representando a funo Probe de Toque, o parmetro muito menos importante do
que era no passado. Cotas de contato so de fato capturadas via HW, por meio de
trincos especficos, independente da velocidade de aproximao do probe para a
pea.

13-5 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

13.3 CICLO DE QUALIFICAO DO PROBE (G210)

Os vrios modelos de probes ON/OFF disponveis no mercado consistem de um corpo de metal e


uma haste com uma bolinha na ponta. (ver Fig. 13-1A).

FIG. 13-1

Na maioria dos casos, essa haste apresenta um erro de desalinhamento E (ver Fig. 13-1 B) em
relao ao eixo de rotao do mandril.
Entretanto, antes de continuar a execuo dos ciclos de medio, necessrio dar a esse
desalinhamento um valor insignificante.
Isto pode ser feito ajustando-se os parafusos de regulagem no corpo do probe.
Uma vez terminados esses ajustes mecnico, a qualificao do probe pode ser executada atravs
do ciclo especfico G210. Esta sub-rotina permite revelar os erros de desalinhamento ao longo
dos eixos da Superfcie de Contorno do probe. Esses erros sero salvos em duas variveis do
sistema do CNC e podem ser usados por outros ciclos de medio para corrigir medies.
Para ativar a compensao necessrio especific-la com a instruo <MIS=a.b>, em especial
estabelecendo o parmetro b=1.
Com b=0 os erros de desalinhamento memorizados pelo ciclo G210 no tero nenhum efeito
sobre as medies.

Sintaxe:
N... G210 X... Y... <RAP=...> <ENT=...><RAL=...> <DAX=...> <DAY=...> F...

REV. 2 13-6
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Onde:

G210 Ciclo de qualificao do probe


X... Y... Coordenadas absolutas do ponto inicial escolhido na superfcie de
contorno programada. So X... e Y... no caso da superfcie de contorno
G16 XY.. ou G17.
<RAP=...> Cota de descida do probe em rpido
<ENT=...> Cota de descida velocidade de F3000 mm/min.
<RAL=...> Cota de extrao em rpido quando terminado o crculo
<DAX=...> Distncia entre o ponto inicial da medio e o ponto que deve ser medido
ao longo do primeiro eixo da superfcie de contorno ( X, no caso de
G16 XY.. ou G17).
A cota de medio NOMINAL ser a soma algbrica das coordenadas
X programadas + <DAX....>
<DAY=...> Distncia entre o ponto inicial da medio e o ponto a ser medido ao
longo do segundo eixo da superfcie de contorno ( Y, no caso de G16
XY.. ou G17).
A medio NOMINAL ser a soma algbrica da coordenadas Y
programada + <DAY....>

Exemplo de programao
Em relao Fig. 13-2, o desalinhamento da haste do probe ao longo dos eixos X e Y deve ser
calculado (Ex e Ey, respectivamente), com referncia a um bloco calibrador vazado a rebolo de
20x20, montado na superfcie da mquina. A origem n.9 foi formada no centro do bloco
calibrador (com a mxima preciso).

FIG. 13-2

13-7 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

O programa pode ser o seguinte:

....
N190 T20 M06
N200 G16 XYZ+ <CFF=CFZ> G54.09
N205 M28 {LIGAR PROBE}
N210 L<TESTON>
N215 M19
N220 <LTZ=0.5> <STZ=0> F300
N230 G210 X-20 Y0<DAX=10><DAY=0><RAP=-10><ENT=-10> <RAL=20>
<RAP=-10> <ENT=-10> <RAL=20>
N240 X0 Y-20 <DAX=0><DAY=10>
N250 G200
N260 L<TESTOF>
N270 M29 {DESLIGAR PROBE}
....

Comentrios:
N190 Probe (T20) montado no mandril.
N200 Definio da superfcie de contorno, eixo de profundidade e
origem n. 9.
N210 Incio do ciclo de teste.
N215 Programao da orientao do mandril.
N220 Definio de tolerncias estreita e larga.
N230 Medio do desalinhamento ao longo do eixo X.
N240 Medio do desalinhamento ao longo do eixo Y.
N250 Cancelamento do ciclo G210.
N260 Final do ciclo de TESTE.

Nota:
Para poder reutilizar os erros de desalinhamento memorizados com o ciclo G210 necessrio
assegurar que o probe montado no mandril esteja sempre orientado no mesmo sentido pela
instruo M19.

13.4 CICLO DE MEDIO COM 1 MOVIMENTO (G201)

til para verificar e corrigir um erro numa pea processada em relao cota nominal de um
ponto (a cota nominal , como sempre, a soma algbrica das coordenadas programadas e de
<DAX=...> e <DAY=...>), e esses erros podem ser causados por:

REV. 2 13-8
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Origens
Raio da Ferramenta
Comprimento da Ferramenta

Medies do tipo paraxial, qualquer que seja a inclinao na superfcie de contorno, e


medies de profundidade so possveis.

Sintaxe:
N.. G201 X... Y... <RAP=...> <ENT=...> <RAL=...> <MIS=...> <TYP=...>
<DAX=...> <DAY=...> F...

onde:

G201 Ciclo de teste com um nico movimento de medio (instruo do tipo


modal deve ser desativada)
X... Y... Coordenadas absolutas do ponto inicial de medio, escolhido na
superfcie de contorno programada. So X e Y no caso da superfcie de
contorno G16XY... ou G17.
<RAP=...> Cota de descida do probe em rpido
<ENT=...> Cota de descida velocidade de F3000 mm/min.
<RAL=...> Retorno do probe em rpido na cota de final de ciclo
<MIS=...> Definio do Tipo de Medio a ser executado (Ver Pargrafo 13.2)
<TYP=...> Definio do Tipo de Correo e Causa do Erro (Ver Pargrafo 13.2)
<DAX=...> Distncia entre o ponto inicial da medio e o ponto que deve ser medido
ao longo do primeiro eixo da superfcie de contorno ( X, no caso de
G16XY.. ou G17). A cota de medio ser a soma algbrica das
coordenadas programadas para o primeiro eixo da superfcie de contorno
e de <DAX=...>
<DAY=...> Distncia entre o ponto inicial da medio e o ponto que deve ser medido
ao longo do segundo eixo da superfcie de contorno ( Y, no caso de
G16XY.. ou G17). A cota de medio ser a soma algbrica das
coordenadas programadas para o segundo eixo da superfcie de contorno
e de <DAY=...>

13-9 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

EXEMPLO DE CONTROLE DE SUPERFCIES FRESADAS COM CORREO DO


RAIO E COMPRIMENTO DA FERRAMENTA RESPONSVEL

FIG.13-3

A Fig. 13-3 acima mostra uma operao de fresagem especial, na qual se quer:
- Verificar as paredes internas esquerda e designar o erro revelado na ferramenta T11,
responsvel pela produo.
- Verificar as paredes direita e designar o erro no raio da ferramenta T13.
- Verificar a cota de profundidade de 20mm e designar o erro no comprimento da ferramenta
T11.
Programa:
%
....
N80 G16XYZ+ <CFF=CFZ>
N90 T20 M6
N100 M19
N105 M... {LIGAR PROBE}
N110 L<TESTON>
N120 <LTZ=2><STZ=0>
N130 G201 X80 Y50 <ENT=-10> <RAP=-10><RAL=100><MIS=1.0><TYP=11.1><DAX=30><DAY=0>
N140 X130 Y50 <ENT=-5><RAP=-5> <RAL=100><MIS=1.0> <TYP=13.1> <DAX=30> <DAY=0>
N150 G16XZZ+ <CFF=CFZ>
N160 X80 Z0 <ENT=0><RAP=0><RAL=100> <MIS=1.0><TYP=11.2> <DAX=0> <DAY=-20>
N170 G200
N180 L<TESTOF>
N190 M... {DESLIGAR PROBE}
.....

REV. 2 13-10
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Comentrios:

N80 Estabelecimento da superfcie de contorno (XY) e do eixo no qual


os ciclos de medio devem ser aplicados (Z)
N90 O probe montado no mandril
N100 Orientao do mandril (M19)
N110 Estabelecimento de ciclos de TESTE (L<TESTON>)
N120 So programadas uma tolerncia larga de 2mm (<LTZ=2>) e
uma tolerncia estreita de 0mm (<STZ=0>), qualquer erro
encontrado ser sempre corrigido, qualquer que seja seu
elemento.
N130 O ciclo de medio executado na parede esquerda em cota de
medio nominal de X50mm (X80 -<DAX>). A medio no
considera o desalinhamento do probe (<MIS=1.0>). A correo
ser executada no raio da ferramenta T11 (<TYP=11.1>).
N140 O ciclo de medio executado na parede direita, a correo do
erro executada no raio da ferramenta T13 (<TYP=13.1>).
N150 A superfcie de contorno nos eixos X e Z trocada e, de fato, uma
medio de profundidade no eixo Z requerida.
N160 Medio de profundidade ao longo do eixo Z. Notar que a
coordenada Z; <ENT=..> e <RAP=..> so idnticas enquanto se
referem ao mesmo eixo Z. Neste caso, Z o eixo compensado
em comprimento e parte da superfcie de contorno. A correo
do erro executada no comprimento da ferramenta T11
(<TYP=11.2>). Notar tambm que a cota de medio a soma
algbrica de Z0 mm + <DAY> (portanto, mm).
N170 Desativao do ciclo G201 usando G200.
N180 Desativao dos ciclos de medio (L<TESTOF>)

EXEMPLO DE VERIFICAO EM SUPERFCIE DE REFERNCIA PARA


EXECUTAR CORREO DE UMA ORIGEM

Supondo-se que um ponto de referncia seja conhecido na pea a ser produzida e que seja
requerida a formao da origem referente quele ponto, pode-se examinar na Fig. 13-2 o
procedimento necessrio para essa finalidade.

13-11 REV. 2
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Supondo-se, por exemplo, que uma origem no usinada tenha sido formada no centro do bloco
(ORIGEM N.9), e que se queira verificar que a aproximao em formao da origem no seja
inferior TOLERNCIA LARGA programada (<LTZ=...>) e, se for o caso, corrigi-la.
O programa-teste pode ser o seguinte:
Programa:
%
....
N90 T20 M6 G54.09
N100 G16XYZ+ <CFF=CFZ>
N110 M19
N120 L<TESTON>
N125<PRT=1>
N128 ($VERIFICAR SUPERFCIES E MODIFICAR A ORIGEM DE X )
N130 <LTZ=5> <STZ=0>
N140 G201 X20 Y0 <DAX=-10> <DAY=0> <RAP=-10> <ENT=-10>
<RAL=20> <MIS=1.0> <TYP=9.0>
N145 ( $VERIFICAR SUPERFCIES E MODIFICAR A ORIGEM DE Y)
N150 X0 Y-20 <DAX=0> <DAY=10> <RAL=100>
N160 G200
N170 L<TESTOF><PRT=0>
....

Comentrios:
N90 O probe montado no mandril e a origem n.9 estabelecida (G54.09)
N100 Superfcie de contorno, dependendo dos eixos X e Y, ciclo fixo em Z.
N110 Orientao do mandril
N120 Estabelecimento do ciclo de medio
N130 Estabelecimento de TOLERNCIA LARGA em 5mm e
TOLERNCIA ESTREITA em 0. Supe-se, portanto, que um erro na
aproximao da origem no maior do que 5 mm e deve ser sempre
compensada.
N140 Ciclo de medio com correo imputada origem n.9 (<TYP=9.0>), a
medio executada no eixo X em cota de medio de X10 (X20-
<DAX-10>).
N150 Ciclo de medio com erro imputado origem n.9 (lembrar que o ciclo
G201 modal), a medio executada no eixo Y em cota de medio de
Y-10 (Y-20 -<DAY10>).
N160 Cancelamento do ciclo G201 (com G200).
N170 Final dos ciclos de teste

REV. 2 13-12
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13.5 CONSIDERAES PARA PR-ESTABELECIMENTO DO PROBE

O probe que est montado no mandril deve ser considerado como uma ferramenta em todos os
aspectos. O valor do raio da esfera e do comprimento da ferramenta deve ser mostrado na tabela de
ferramentas. O comprimento da ferramenta se refere ao centro da esfera (ver FIG. 13-4)
Se, durante os ciclos de teste, o desalinhamento da haste do probe deve ser compensado, o ciclo de
qualificao G210 (ver Pargrafo 13.3) deve ser usado antes da execuo de qualquer outro ciclo
de medio.

FIG. 13-4

Probes do tipo ON/OFF so um tanto insensveis comutao, essa insensibilidade pode ser
compensada pela insero, na tabela de ferramentas, do raio da esfera de valor inferior (em
centsimos de milmetro) ao raio terico, medido com um micrmetro.
possvel qualificar o raio da esfera aps sua introduo com seu raio terico na tabela de
ferramentas, atravs de um ciclo de medio adequado: novamente levando em considerao o
bloco de qualificao apresentado na Fig. 13-2, que j foi usado para medir o desalinhamento da
haste do probe, o ciclo de medio seria o seguinte:

13-13 REV. 2
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Programa:
%
....
N190 T20 M6
N200 G16XYZ+ <CFF=CFZ> G54.09
N205 M... {LIGAR PROBE}
N210 L<TESTON>
N215 M19
N220 <LTZ=0.1> <STZ=0> F300
N230 G201 X-20 Y0 <DAX=10> <DAY=0> <RAP=-10> <ENT=-10>
<RAL=20> <MIS=1.1> <TYP=-20.1>
N240 G200
N250 L<TESTOF>
N260 M... {DESLIGAR PROBE}
......

Comentrios:

N190 O probe montada no mandril

N200 Estabelecimento da superfcie de contorno em X e Y, do eixo Z


no qual os ciclos devem ser aplicados e da origem n.9.

N210 Estabelecimento do ciclos de medio

N215 Orientao do mandril

N220 Estabelecimento de Tolerncia Larga em 0,1 e da Tolerncia


Estreita em 0, o Avano em 300mm/min.

N230 Ciclo de medio executado no eixo X em cota de medio de X-


10, (X-20 -<DAX=10>), notar que com <MIS=1.1> a correo
executada levando em considerao o desalinhamento da haste do
probe (um ciclo de qualificao G210 do probe deve ser
executado previamente) e com <TYP=-20.1> se efetua a correo
do raio da ferramenta T20, que o prprio probe. Este , de fato,
o nico caso em que a programao de <TYP> negativa. -{}-

N240 Cancelamento do ciclo de medio

N250 Final dos programas de teste.

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13.6 MEDIO USANDO PROBE EM POSIO FIXA (G211)

Um probe montado em uma posio fixa na mquina pode ser usado para executar o pr-
estabelecimento automtico do comprimento da ferramenta ou para verificar que esteja correta.
Sintaxe:
N... G211 X.. Z... <DAX=...>
onde:
G211 Ciclo de teste para probes de posio fixa (esta uma instruo
modal e deve, portanto, ser cancelada atravs de G200).
X.. Z.. Representam as coordenadas do ponto inicial do ciclo de
medio.
<DAX=...> Distncia entre o ponto inicial e a superfcie de contato do probe,
este movimento executado no eixo reservado pela instruo
de ciclos fixos <CFF=CF..>
Nota:
A correo aplicada por default na ferramenta montada no mandril.

EXEMPLO DE PR-ESTABELECIMENTO AUTOMTICO


Aqui dado um exemplo de pr-estabelecimento automtico com referncia Fig. 13-5, em que
o eixo do probe e a superfcie de contato esto posicionadas em N.7 (G54.07), a ferramenta a ser
medida T25.

Fig. 13-5

13-15 REV. 2
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Programa:

%
...
N100 G16 XZZ+ <CFF=CFZ>
N110 T25 M6
N120 L<TESTON>
N130 <LTZ=5><STZ=0>
N140 X0 Y0 G54.07
N150 G211 X0 Z15 <DAX=-15> F300
N160 G200
N170 L<TESTOF>
....

Comentrios:

N100 A superfcie de contorno estabelecida nos eixos X e Z e


estabelecido o eixo que executar o movimento de medio (Z).
N110 Troca de ferramenta, ferramenta T25, que ser medida pelo probe,
montada.
N120 Estabelecimento do ciclo de medio
N130 Estabelecimento de TOLERNCIA LARGA em 5mm e
TOLERNCIA ESTREITA em 0.
N140 Posicionamento dos eixos X e Y no centro do probe na origem
n.7 (G54.07).
N150 Ciclo de medio em cota nominal Z0 (Z15- <DAX=-15>),
qualquer erro verificado atribudo ao comprimento da
ferramenta atualmente montada no mandril (neste caso, T25).
N160 Cancelamento do ciclo com G200.
N170 Final dos ciclos de medio.

Nota:
O pr-estabelecimento de uma ferramenta permite que o comprimento (mesmo aproximado) seja
estabelecido na tabela de ferramentas. Declarando-se uma TOLERNCIA LARGA <LTZ=...>
maior que a aproximao presumida, o ciclo G211 executar, automaticamente, a correo do
comprimento da ferramenta medida.

REV. 2 13-16
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13.7 MENSAGENS PARA O OPERADOR

Durante a execuo do ciclo de medio uma srie de mensagens para o operador pode aparecer
no monitor do CNC, se a PARADA OPCIONAL M01 estiver ativada. A mensagem principal
resume os resultados da medio com os erros encontrados e tem o seguinte formato:

COTA NOMINAL PRIMEIRO EIXO = 50.000


COTA NOMINAL SEGUNDO EIXO = 50.000
ERRO NO PRIMEIRO EIXO = 0.120 (*)
ERRO NO SEGUNDO EIXO = 0.000 (*)
TOTAL DE ERROS REVELADOS = 0.12
VALOR PROGRAMADO STZ = 0.000
VALOR PROGRAMADO LTZ = 2.000
CORREO DO RAIO DA FERRAMENTA = 11

(*) Corresponde diferena entre a Cota Nominal e aquela da comutao do probe.


Pressionando-se [START] o programa inicia a execuo da correo nas ferramentas ou origens,
de acordo com o ciclo de medio escolhido.

Outra mensagem, que sempre aparece quando o erro revelado maior que a TOLERNCIA
LARGA estabelecida, :

ERRO FOR A DE TOLERNCIA CORRIGIR


NO CORRIGIR

Se o operador escolhe o erro correto, uma tabela resumida acima visualizada e as correes
requeridas so executadas, caso contrrio o programa continuar sem executar qualquer correo.
No caso de erro LTZ maior, possvel modificar o comportamento do CNC atravs de %#28:
%#28 = 0 : o operador deve confirmar
%#28= 1 : sempre retifica sem a confirmao do operador
%#28= 2 : declara, automaticamente, que a ferramenta est morta.

Nota:
Em que as correes so atribudas ao Raio e/ou Comprimento da Ferramenta, a atribuio no
ser aceita quando a respectiva ferramenta nunca tenha sido usada na produo.

13-17 REV. 2
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13.7.1 EXIBIO DO SUMRIO DAS TABELAS DE MEDIO


As mensagens que resumem as medies executadas e os correspondentes erros aparecem no
monitor se PARADA OPCIONAL M01 tiver sido ativada. Os resultados das medidas podem
tambm ser armazenados em um arquivo para posterior anlise.

O armazenamento de dados gerenciado pelas seguintes instrues:

<PRT=0> Impresso desativada, deve ser programada no final do ciclo de


medio ou quando o armazenamento de dados estiver
desativado.
<PRT=2> Criao de um arquivo TESTDAT.TAB contendo os resultados
dos ciclos de medio (at 100). Este arquivo armazenado no
diretrio C:\ECS.CNC\TAR. Para imprimir o contedo desse
arquivo o usurio deve primeiro exportar o arquivo (usando a
funo Dump on Floppy) para um PC e ento usar Microsoft
EXCEL para reorganizar/reprocessar os dados. Uma descrio
dos campos contidos em TESTDAT.TAB est disponvel no
arquivo TESTDAT.TXT, sempre armazenado em
C:\ECS.CNC\TAR.

Nota:
Entre os dados salvos no arquivo TESTDAT.TAB est includo o valor assumido pela varivel
%COD, que o programador pode escolher para inicializar antes de cada ciclo usando-o como
discriminante genrica.

13.8 DIAGNSTICO DE ERRO EM CICLOS DE MEDIO

Durante a execuo de Ciclos de Medio, a aparncia das condies do erro far com que o
CNC emita os seguintes alarmes:

27001 Troca de probe durante aproximaes em rpido


27002 <DAX=..> e <DAY=...> ambos programados iguais a 0
27003 <DAX=..> e <DAY=..> ambos programados diferente de 0
(somente ciclo G210)
27004 Probe trocado durante um movimento de aproximao
27005 Durante o movimento de medio, a pea no foi encontrada
27006 Tolerncia de usinagem programada no raio ou comprimento da
ferramenta
27007 <TYP=..> programada incorretamente
27008 <TYP=..> parmetro no programado
27009 Erro genrico na leitura do arquivo de origens (ORGA.TAB)

REV. 2 13-18
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27010 Erro genrico na escrita do arquivo de origens (ORGA.TAB)


27011 Produo em ao, o CONTROLADOR DE FERRAMENTA no
terminou uma operao iniciada previamente.
27012 <MIS=..>parmetro no programado ou incorreto
27013 Erro na escrita do arquivo de teste tabulado.

13.9 FUNES AUXILIARES PARA CICLOS DE TESTE

M.. Probe ligado (este comando deve ser definido pelo fabricante da
mquina)
M.. Probe desligado (este comando deve ser definido pelo fabricante
da mquina)

13.10 EXECUO DE PEQUENOS AJUSTES NA FERRAMENTA MONTADA NO


MANDRIL

s vezes necessrio efetuar pequenas correes no comprimento ou no raio da ferramenta


montada no mandril em relao ao valor mostrado na tabela. Por exemplo, para compensar o
desgaste da ferramenta aps a verificao de medio efetuada diretamente na pea, possvel
usar as instrues LIP:
<DRL : L; valor> e
<DRL : R; valor>
Essas instrues modificaro, respectivamente, o Comprimento e o Raio da ferramenta montada
no mandril como especificado (em mm) no campo valor.
Por exemplo, se quiser introduzir uma variao em comprimento de 1.12mm (onde a
compensao de comprimento inserida), que far com que a ferramenta se afaste da
profundidade alcanada, suficiente executar as seguintes operaes:
Ativar o modo (MDI).
Introduzir a seqncia <DRL:L;+1.12> (START)

Supondo-se que a ferramenta 12 esteja montada no mandril, a correo solicitada ser


automaticamente feita na tabela de ferramentas, na qual o valor do comprimento da ferramenta 12
ser atualizado. O novo comprimento corresponder ao valor anterior adicionado algebricamente
ao campo valor especificado na instruo <DRL:L;valor>.

13-19 REV. 2
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13.11 IDENTIFICAO AUTOMTICA DO COMPRIMENTO DA FERRAMENTA


MONTADA

Quando o CNC deve, automaticamente, assumir o comprimento da ferramenta montada no


mandril, sem ter que usar o procedimento guiado PRESET disponvel no menu Ferramentas
da interface, possvel usar as instrues LIP:
<LNT: : valor >
Neste caso, a seqncia operacional a seguinte:
Ajustar o CNC no modo (MDI).
Ativar a compensao do comprimento da ferramenta definindo, ao mesmo tempo, a superfcie de
contorno, atravs da instruo G16XYZ+ (START).
Movimentar a ponta da ferramenta montada no mandril em (JOG) at que ela toque a pea.
Ajustar o modo manual (MDI) novamente.
Introduzir a linha de caracteres <LNT:0> (START).
o mesmo que controlar o CNC para calcular o comprimento da ferramenta, de forma que a
posio atual de sua ponta esteja na cota Z=0 (isto , na origem do eixo de profundidade). Esse
comprimento , ento, escrito na tabela de ferramentas.

13.12 CICLOS DE MEDIO GUIADOS EM MDI

Um conjunto de ciclos de medio est disponvel em SW V 2.0 no modo [MDI] (Manual Data
Input). Tais ciclos de medio so completamente guiados e usam Entradas de Dados interativas.
Alguns ciclos de medio so dedicados calibrao do Probe; recomenda-se o uso desses ciclos
antes da execuo de qualquer ciclo automtico descrito neste Captulo e nos prximos.
Por exemplo, no ambiente [MDI] esto disponveis os seguintes ciclos de medio:
- Ciclo para calibrar o raio da Esfera do Probe;
- Ciclo para calibrar o comprimento da haste;
- Ciclo para definir o desvio do centro da esfera quando comparado ao eixo do mandril;
- Ciclo para calcular o desalinhamento da pea quando comparado ao eixo;
- Ciclo para criar a origem da pea em qualquer um dos eixos;
- Ciclo para criar origem na borda;
- Ciclo para criar origem no centro do crculo;

Para informaes adicionais, consultar o manual NORMAS DE USO DA FRESA, cdigo


724P392.

REV. 2 13-20
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

CAPTULO 14

14. CICLOS DE MEDIO ESTENDIDOS


Este captulo uma extenso do Captulo 13, referente aos ciclos de medio padro
(mono-toque) usando probes ON/OFF, e trata de ciclos estendidos, isto , execuo com
revelao de vrios pontos em uma determinada figura:

G202 Ciclo de medio com dois movimentos internos


G203 Ciclo de medio com dois movimentos externos
G204 Ciclo de medio com quatro movimentos internos
G205 Ciclo de medio com quatro movimentos externos
G206 Ciclo de medio com trs movimentos internos
G207 Ciclo de medio com trs movimentos externos
G208 Compensao de desalinhamento das mesas rotativas
G200 Cancelamento dos ciclos de medio ativos

14.1 CICLOS DE MEDIO COM 2 MOVIMENTOS

So teis para medir duas superfcies opostas: cabos, etc.


Ciclo de medio com dois movimentos internos
Ciclo de medio com dois movimentos externos

Sintaxe:
<LTZ=..> <LTZ=..> <ROT=..>
G202/G203 X... Y... <RAP=...> <ENT=...> <RAL=...>
<MIS=...> <TYP=...> <DAX=...> <DAY=...> F....

onde:
<LTZ=...> Tolerncia Larga (Ver Pargrafo 13.1)
<STZ=...> Tolerncia Estreita (Ver Pargrafo 13.1)

14-1 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

G202 Ciclo de medio com dois movimentos internos opostos a 180o


(deve ser cancelado com G200)
G203 Ciclo de medio com dois movimentos externos opostos a 180o .
Funo do tipo modal (deve ser cancelada com G200)
X... Y... Coordenadas absolutas do ponto inicial de medio, escolhido na
superfcie de contorno programada. So X Y se forem
escolhidas na superfcie G16XY... (ou G17)
<ROT=...> Orientao do mandril, com <ROT=0> no h orientao, com
<ROT=1> a medio executada orientando o mandril.
Obviamente, esta funo s est disponvel em mquinas com
mandril gerenciado.
<RAP=...> Dimenso de descida em rpido.
<ENT=...> Dimenso de descida velocidade de F3000 mm/min.
<RAL=...> Dimenso de subida em rpido.
<MIS=...> Tipo de medio a ser executado (Ver Pargrafo 13.2).
Especialmente em ciclos complexos, pode-se usar tambm
<MIS=2.X>, que significa que nenhum movimento de medio
requerido e devem ser usados os clculos executados no ciclo
anterior.
<TYP=...> Tipo de correo e causa do erro qual o erro revelado deve ser
imputado. (Ver Pargrafo 18.2)
<DAX=...> Distncia entre o ponto inicial da medio e o ponto que deve ser
medido ao longo do primeiro eixo da superfcie de contorno ( X,
no caso de G16XY.. ou G17). A cota de medio nominal ser a
soma algbrica da coordenada programada para o primeiro eixo
da superfcie de contorno e de <DAX=...> (ver Fig. 14-1).
<DAY=...> Distncia entre o ponto inicial da medio e o ponto que deve ser
medido ao longo do segundo eixo da superfcie de contorno ( Y,
no caso de G16XY.. ou G17).

14.1.1 EXEMPLO DE PROGRAMAO


Relevo de 2 pontos externos (P2 e P3), verificao da distncia entre as superfcies.

REV. 2 14-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

Fig. 14-1

%
...
N110 G16XYZ+ <CFF=CFZ>
N115 T20 M6
N120 M... {Ligar probe}
N130 L<TESTON>
N132 <PRT=2>
N135 {Ativao armazenamento de medidas}
N140 <LTZ=2><STZ=0><ROT=1>
N150 G203 X0 Y0 <ENT=-20><RAP=10><RAL=100>
<MIS=1.0><TYP=1.0><DAX=50><DAY=0>F50
N160 X0 Y0 <MIS=2.0><TYP=12.1>
N170 G200
N180 L<TESTOF><PRT=0>
N190 M... {Desligar probe}
...

14-3 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Comentrios:

N110 Definio da Superfcie de Medio (XY) e do eixo vertical (Z)


N115 Instalao do probe no mandril
N130 Estabelecimento do ciclo de medio
N132 Ativao do armazenamento de resultados (em TESTDAT.TAB)
N135 Comentrio para impresso
N140 Orientao do mandril <ROT=1>. Estabelecimento de
Tolerncias Larga e Estreita.
N150 O ciclo de medio executado com correo <MIS=1.0>, o erro
revelado atribudo origem n.1 <TYP=1.0>. Um segmento de
50mm medido em ambos os lados do paraleleppedo
(<DAX=50>). O probe se aproxima da pea a um Avano de
50mm/min (F50).
N160 Nenhuma medio, mas erro de tolerncia de usinagem
previamente revelado <MIS=2.0> atribudo ao raio da
ferramenta T12 <TYP=12.1>. Notar que, como G203 modal,
suficiente reprogramar esta linha com o posicionamento X0 Y0
(na superfcie de contorno).
N170 Cancelamento do ciclo G203 usando G200.
N180 Final dos ciclos de medio, desativar armazenamento.

14.2 CICLO DE MEDIO COM 4 MOVIMENTOS

So teis para medio de superfcies cilndricas internas (furos brocados/fresagem) ou


cilindros externos.

G204 Ciclo de medio com 4 movimentos internos


G205 Ciclo de medio com 4 movimentos externos

Sintaxe:

<LTZ=...><STZ=...><ROT=...>
G204/G205 X... Y... <RAP=...> <ENT=...> <RAL=...>
<MIS=...><TYP=...><DIA=...><AIN=...> F...

onde:

REV. 2 14-4
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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G204 Ciclo de medio com 4 movimentos internos, cada um a 90o do


anterior.
G205 Ciclo de medio com 4 movimentos externos, cada um a 90o do
anterior.
A maioria dos parmetros a mesma descrita no pargrafo
anterior, referente a G202/203.
As excees so:
<ROT> Orientao do mandril: com <ROT=0> nenhuma orientao; com
<ROT=1> h orientao de 90o para cada das 4 medies.
X... Y... Coordenadas absolutas do centro do furo (ou do cilindro),
escolhido na superfcie de contorno programada.
<DIA=...> Dimetro do furo ou cilindro a ser medido.
<AIN=...> Primeiro ngulo de entrada a ser medido com relao ao primeiro
eixo da superfcie de contorno. Positivo em sentido anti-horrio,
negativo em sentido horrio.

Notas:
Ao usar os ciclos de medio estendidos, til qualificar o probe usando um ciclo de
medio em quatro pontos internos (G204), atribuindo o erro ao prprio probe
<TYP=-....> (para informaes adicionais, ver Pargrafo 13.5, dedicado
qualificao do probe).
Se o probe for insensvel comutao diferente em 4 direes, necessrio usar a
varivel <ROT=1>, tanto para qualificao como para medio, para obter ciclos
com uma orientao angular em relao ao mandril.

EXEMPLO DE PROGRAMAO
Como exemplo, supondo-se que se queira mostrar o valor do dimetro e do formato oval
do furo (ver Fig. 14-2) usando o ciclo de probe G204 em quatro pontos internos. O raio
da lmina e as origens do centro do crculo programado sero corrigidos.

14-5 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Fig. 14-2

%
...
N100 G16 XYZ+ <CFF=CFZ>
N110 T20 M6
N120 M... { Ligar probe }
N130 L<TESTON>
N135 <PRT=2>
N137 { Ativar armazenamento de resultados }
N140 <LTZ=1><STZ=0><ROT=1>
N150 G204 X0 Y0 <ENT=-10> <RAP=-10> <RAL=100>
<MIS=1.0><TYP=2.0> <DIA=100> <AIN=80> F50
N160 X0 Y0 <MIS=2.0><TYP=13.1>
N170 G200
N180 L<TESTOF> <PRT=0>
N190 M... { Desligar probe }
...

REV. 2 14-6
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Comentrios:

N100 Definio da superfcie de medio XY e do eixo de profundidade


Z.
N110 Montagem do probe no mandril
N130 Estabelecimento dos ciclos de medio
N135 Ativao do armazenamento de resultados <PRT=2>
N137 Comentrio de impresso
N140 Solicitao de orientao do mandril durante o ciclo <ROT=1>.
Definio de Tolerncias Larga e Estreita.
N150 executado o ciclo de medio interna em 4 pontos, o primeiro
ponto a 80o do eixo X, o segundo a 170o , o terceiro a 260o , o
quarto a 350o .
A medio executada com correo <MIS=1,0> da origem n.2
<TYP=2,0>. De tempos em tempos um segmento igual ao raio
de 50mm medido <DIA=100>.
N160 Nenhuma medio, mas erro de tolerncia de usinagem
previamente medido <MIS=2,0> atribudo ao raio da
ferramenta T13 <TYP=13,1>. Notar que G204 modal,
suficiente, nesta operao, reprogramar o posicionamento no
centro do furo (X0 Y0) onde o probe j foi posicionado.
N170 Cancelamento dos ciclos de medio (G200)
N180 Final dos ciclos de medio e desativao do armazenamento
<PRT=0>.

14.3 CICLO DE MEDIO COM TRS MOVIMENTOS

Estes ciclos so teis para medir o arco de qualquer crculo, revelando trs pontos no arco.
Ciclo de medio com trs movimentos internos
Ciclo de medio com trs movimentos externos

Sintaxe:
<LTZ=...><STZ=...><ROT=...>
G206/G207 X... Y... <RAP=...> <ENT=...> <RAL=...> <MIS=...> <TYP=...>
<DIA=...><AIN=...><ANA=...>F...

14-7 REV. 2
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onde:

G206 Ciclo de medio com trs movimentos internos. A funo


modal e, portanto, deve ser cancelada no final, atravs de G200.
G207 Ciclo de medio com trs movimentos externos. A funo
modal e, portanto, deve ser cancelada no final, atravs de G200.

A maioria dos parmetros a mesma descrita nos ciclos anteriores, sendo excees:
<ROT> Orientao do mandril: com <ROT=0> nenhuma orientao; com
<ROT=1> h orientao angular para cada uma das 3 medies.
X... Y... Coordenada absoluta do centro do arco, escolhido na superfcie
de contorno programada.
<DIA=...> Dimetro do arco de crculo a ser medido.
<AIN=...> Primeiro ngulo de entrada medido entre o primeiro eixo da
superfcie de contorno e o primeiro ponto a ser medido.
<ANA=...> Incremento angular entre o primeiro ponto de entrada e o segundo
(e entre o segundo ponto e o terceiro).

EXEMPLO DE PROGRAMAO
Supondo-se o arco de crculo a ser cortado em placa, usando um contorno programado
(ver Fig. 14-3).

Fig. 14-3

REV. 2 14-8
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%
...
N100 G16 XYZ+ <CFF=CFZ>
N110 T20 M6
N120 M... {Ligar probe}
N130 L<TESTON>
N132 <PRT=2>
N135 {Ativar armazenamento de resultados}
N140 <LTZ=1><STZ=0><ROT=0>
N150 G206 X100 Y50 <RAP=-10> <ENT=-10> <RAL=100>
<MIS=1.0> <TYP=1.0> <DIA=160> <AIN=60> <ANA=20> F50
N160 ($ MODIFICAR RAIO DA FERRAMENTA)
N170 X100 Y50 <MIS=2.0><TYP=11.1>
N180 G200
N190 L<TESTOF><PRT=0>
N200 M... {Desligar probe}
...

Comentrios:

N100 Definio da superfcie de medio XY e do eixo de profundidade


Z.
N110 Carregamento do probe no mandril
N130 Estabelecimento do ciclo de medio
N132 Ativao de armazenamento <PRT=2>
N135 Comentrio associado com a impresso de dados
N140 Ciclo de medio sem orientao do mandril <ROT=0>,
estabelecimento de Tolerncias Larga e Estreita.
N150 O ciclo de medio executado em 3 pontos (G206) e so
calculadas as passadas para cada ponto. O primeiro ngulo de
medio em 60o para X, as outras 2 medies so executadas
com incrementos de 20o cada com relao ao primeiro ngulo
(significando, portanto, 60+20=80 e 60+40=100).
Uma vez calculado, o centro comparado com as coordenadas
programadas X.. Y..
O erro atribudo origem n.1 <TYP=1,0>.
N160 Comentrio para impresso, ser posicionado no topo do formato
de impresso.
N170 Nenhuma medio, mas o erro no raio atribudo ferramenta n.
11 (<MIS=2,0> e <TYP=11,1>).
N180 Cancelamento dos ciclos de medio

14-9 REV. 2
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N190 Final dos ciclos de medio e desativao do armazenamento


<PRT=0>.

14.4 DESALINHAMENTO DAS MESAS ROTATIVAS

Este ciclo til para alinhar a pea na mesa rotativa, corrigindo a origem dos respectivos
eixos de rotao.

G208 Compensao de desalinhamento das mesas rotativas

Sintaxe:
N... <LTZ=...><STZ=...>
N... G208 X... Y... <RAP=...><ENT=...> <RAL=...> <MIS=...>
<TYP=...> <DAX=...> <DAY=...> <AXS=...> F...

onde:
X... Y... Coordenadas do ponto inicial de medio programada na
superfcie de contorno programada selecionada com G16....
<DAX=...> Distncia entre o primeiro e o segundo pontos de medio ao
longo do primeiro eixo a aparecer em G16...
<DAY> Distncia a ser trabalhada ao longo do eixo que aparecer em
segundo lugar em G16... para encontrar a pea.
<AXS=...> Esta instruo utilizada para estabelecer o eixo de rotao que
deve ser corrigido pelo erro calculado, por exemplo, se o eixo
de rotao for B, programar <AXS=CFB>; se for A
<AXS=CFA>, e assim por diante.

Nota:
recomendvel que o ngulo de desalinhamento a ser corrigido na mesa rotativa no seja
maior do que 30 em relao ao eixo da abcissa.

EXEMPLO DE PROGRAMAO
Supondo-se que o ciclo G208 deve ser executado para alinhar automaticamente a pea
como na Fig. 14-4, em que se apresenta montada em uma mesa rotativa.

REV. 2 14-10
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Fig. 14-4

%
...
N100 G16 XZZ+ <CFF=CFY>
N110 T20 M6
N120 M... {Ligar probe}
N130 L<TESTON>
N135 <PRT=2>
N140 {Ativar armazenamento de resultados}
N150 <LTZ=20><STZ=0>
N160 G208 X-50 Z200 <RAP=10> <ENT=-50> <RAL=100> <MIS=1.0>
<TYP=1.0> <DAX=200> <DAY=-100> <AXS=CFB> F50
N170 G200
N180 L<TESTOF> <PRT=0>
N190 M.. {Desligar probe}
...

Comentrios:
N100 Escolha da superfcie de medio XZ e de Z como eixo vertical.
Conseqentemente, <DAX=...> associado a X e <DAY=...> a
Y.
N110 Instalao do probe no mandril

14-11 REV. 2
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N130 Estabelecimento do ciclos de medio.


N132 Ativao do Armazenamento (<PRT=2>).
N135 Mensagem de impresso ($.....).
N160 Tabela de medio de desalinhamento B <AXS=CFB>. Dois
pontos so medidos: o primeiro em coordenadas nominais X-50;
Z100, o segundo em X150; Z100 calculado no ngulo de erro
e atribudo origem n.1 do eixo B <TYP=1.0>.
N170-N190 Cancelamento do ciclo de medio (G200), final dos ciclos de
medio e desativao de armazenamento (<PRT=0>).

REV. 2 14-12
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CAPTULO 15

15. MATRIZES DE TRANSFORMAO


Este captulo trata da possibilidade de construir matriz de transformao a ser aplicada ao perfil ou
uma macro para executar translaes, rotaes, roto-translaes, modificaes de escala, etc. Ela pode
tambm estar ligada a instrues de repetio (<RPT:..>).
Os pargrafos 15.1 e 15.2 tratam do conceito geral de matriz de transformao visto principalmente do
seu ponto de vista matemtico. Nos ltimos captulos sero explicadas as instrues de programao e
a sintaxe ECS.

15.1 PONTOS SOBRE O CONCEITO DE MATRIZ


A matriz de transformao formada por um grupo de nmeros (coeficiente de matriz)
colocados numa tabela de trs linhas, cada linha formada por quatro coeficientes.

a11 a12 a13 a14


a21 a22 a23 a24
a31 a32 a33 a34

Uma matriz pode apresentar trs equaes, como na frmula:

Xb = a11*Xl + a12*Yl + a13*Zl + a14


Yb = a21*Xl + a22*Yl + a23*Zl + a24
Zb = a31*Xl + a32*Yl + a33*Zl + a34

onde:

Xl, Yl, Zl representam as coordenadas de um ponto a ser transformado,


significando aqueles presentes no Programa e que o programador
deseja transladar, rodar, etc. So as coordenadas do chamado
sistema local.
Xb, Yb, Zb representam as coordenadas de um ponto transformado da
matriz, significando o resultado da transformao.

Como ser visto mais adiante, a matriz de transformao estabelecido no CNC ECS com a
programao somente de seus 12 coeficientes.

15-1 REV. 2
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Os CNCs da srie WIN permitem a programao de 2 tipos diferentes de Matrizes.

- Matriz Tipo Esttica. Essas matrizes so aplicadas no nvel Interpretador e,


portanto, s atuam no incio e no final de cada elemento nico do perfil.
Em outras palavras, a Matriz Esttica permite a transformao dos pontos (G0 e G1)
tanto na superfcie como no ar, enquanto a transformao de arcos de crculo podem
ser somente executadas em superfcies em ngulos retos em relao aos programados.

- Matriz Tipo Dinmica. So aplicadas em nvel Interpolator e permitem a


transformao de arcos de crculo em superfcies orientadas no ar.
Matriz Dinmica ser tratada na segunda metade do Captulo (iniciando no
pargrafo 15.7).

15.2 EXEMPLOS DE MATRIZ


Abaixo esto exemplos de vrias Matrizes de uso geral. Lembrar que a estrutura matemtica
usada nos CNCs ECS permite o gerenciamento de qualquer transformao de um ponto na
superfcie ou no ar.

FIG. 15-1

REV. 2 15-2
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15.2.1 TRANSLAO

A Figura 15.1 apresenta a pea A que deve ser transladada por uma quantidade X, Y, Z
ao longo dos respectivos eixos, de forma a obter a figura B. A matriz de transformao
relativa se torna:

1 1 0 0 X
2 0 1 0 Y
3 0 0 1 Z
1 2 3 4

Supondo-se que um ponto P pertencente pea A possui as coordenadas absolutas:


X 120 Y 230 and Z 50

Aplicando um eixo de translao igual a:


X = 230, Y = 150 e Z = 80
a matriz relativa se torna:

1 0 0 230
0 1 0 150
0 0 1 80

que realiza a transformao da coordenada do ponto P para a coordenada P, que so:

Xp' = 1 * (120) + 0 * (230) + 0 * (50) + 230 = 350


Yp' = 0 * (120) + 1 * (230) + 0 * (50) + 150 = 380
Zp' = 0 * (120) + 0 * (230) + 1 * (50) + 80 = 130

15.2.2 ROTAO AO REDOR DA ORIGEM

FIG. 15-2

15-3 REV. 2
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A matriz de transformao relativa :

COS() -SIN() 0 0
SIN() COS() 0 0
0 0 1 0

Se, por exemplo, (ver Fig. 15-2) o ponto P possui as coordenadas: X150 Y235 e elas devem
ser rodadas em relao origem em 38o no sentido horrio (=-38) a matriz de rotao se
tornaria:
0,788 0.6157 0 0
-0.6157 0.788 0 0
0 0 1 0

Isto , aplicando essa transformao ao ponto P, ser obtido o ponto P da coordenada:

Xp' = -0.788 * (150) + 0.6157 * (235) = 261.8895


Yp' = - 0.6157 * (150) + 0.788 * (235) = 92.825

15.2.3 ROTAO AO REDOR DE UM PONTO

FIG. 15-3

REV. 2 15-4
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A matriz de transformao relativa :

COS() -SIN() 0 Xc* (1 - COS()) + Yc * SIN()


SIN() COS() 0 Yc* (1 - COS()) - Xc * SIN()
0 0 1 0

Se, por exemplo, (Ver Fig. 15-3) ponto P tem a coordenada X120 Y160, as coordenadas do
centro de rotao Xc; Yc seriam 90 e 50, respectivamente, e o ngulo de rotao seria -33, a
matriz de rotao relativa se tornaria:

0.8387 0.5446 0 -12.712


-0.5446 0.8387 0 57.084
0 0 1 0

Isto , aplicando esta transformao ao ponto P na Fig. 15-3, um ponto P da coordenada seria
obtido de:

Xp' = 0.8387 * (120) + 0.5446 * (160) 12.712 = 175. 068


Yp' = -0.5446 * (120) + 0.8387 * (160) + 57.084 = 125. 924

15.2.4 ROTO-TRANSLAO

Corresponde a uma matriz que a combinao de uma matriz de ROTAO (ver o pargrafo
anterior) e uma de TRANSLAO (ver pargrafo 15.21).

FIG.15-4

15-5 REV. 2
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A matriz de transformao relativa se torna:

COS() -SIN() 0 X+Xc* (1-COS()) + Yc * SIN()


SIN() COS() 0 Y+Yc* (1-COS()) + Xc * SIN()
0 0 1 0

Nota:
Aplicando a matriz de roto-translao como descrito, obtm-se primeiramente a rotao da
figura. Aps a rotao da figura, os elementos de translao X, Y so, ento, aplicados.

15.2.5 FATORES DE ESCALA

FIG.15-5

possvel construir uma matriz de transformao que leva em considerao o fator S de


escala, a matriz relativa se torna:
S 0 0 0
0 S 0 0
0 0 S 0

Nota:
Com S>1 o fator de escala executa aumentos, com S<1 executa redues.

REV. 2 15-6
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Supondo-se que se quer aplicar um fator de escala de S=0,5 Fig. 15-5 para reduzir todos os
eixos em 50%.

A matriz relativa :
0.5 0 0 0
0 0.5 0 0
0 0 0.5 0

O resultado a figura descrita na Fig. 15-5.

15.2.6 IMAGENS SIMTRICAS


A caracterstica de espelhamento pode ser programada usando a instruo lgica: <MIR:...>,
j explicada no Captulo 11. A caracterstica de espelhamento em um ou mais eixos pode
tambm ser obtida usando a aplicao de uma matriz:

a) CARACTERSTICA DE ESPELHAMENTO NO EIXO X


-1 0 0 0
0 1 0 0
0 0 1 0

b) CARACTERSTICA DE ESPELHAMENTO NO EIXO Y


1 0 0 0
0 -1 0 0
0 0 1 0

c) CARACTERSTICA DE ESPELHAMENTO NO EIXO Z


1 0 0 0
0 1 0 0
0 0 -1 0
Nota:
- Matriz a) ter o efeito de inverter o smbolo da cota X.
- Matriz b) de inverso do smbolo da cota Y.
- Matriz c) de inverso do smbolo da cota Z.

15-7 REV. 2
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15.3 PROGRAMAO DA MATRIZ ESTTICA

A programao de matriz de transformao esttica em um Programa possui trs tipos de


instrues:
1) <MAT: nome; coeficientes de matriz>
Com a qual uma ou mais Matrizes Estticas so designadas, com seus respectivos
parmetros.
2) <MTX: primeiro eixo, segundo eixo; terceiro eixo>
Com os quais os eixos referentes transformao so indicados.
3) <TCT: ON; nome>
Com o qual a transformao ativada e desativada. (<TCT:OFF>)
4) <MAT: OFF; nome>
Com o qual a Matriz Esttica previamente definida cancelada.

A sintaxe para designar uma Matriz Esttica tem o seguinte formato:

<MAT: nome; a11; a12;...;a21;...;a31;...a34>


<MAT: nome;< exp11>;< exp12>; ...;<exp34>>

em que:
nome nome da matriz com um mximo de 6 caracteres alfanumricos.
a11..a34 so os nmeros que representam os 12 coeficientes da matriz de
transformao. Em vez de constantes numricas possvel
programar uma varivel R ou uma expresso entre as variveis R
(exp1...exp34), por exemplo:
....
N20 <MAT:TRASL; 1; 0; 0; 230; 0; 1; 0; 150; 0; 0; 1; 80>
....
Isto define a matriz de translao que, uma vez ativada, executar a translao de X=230;
Y=150 e Z =80.

Notas:
At 5 matrizes (Estticas e Dinmicas) podem ser memorizadas pelo CNC, s quais devem
ser dados diferentes nomes (mximo de 6 caracteres).
A matriz memorizada no tem efeito sobre o programa se no tiver sido ativada pela
instruo <TCT: ON;nome matriz>
A matriz esttica permite a transformao de PONTOS tanto em superfcie como no ar,
enquanto na transformao de ARCOS DE CRCULO, somente em superfcies em
ngulo reto.
No caso de Reset, Mudar modo de Iniciar execuo de um novo programa (%), todas
as Matrizes Estticas definidas so canceladas (uma <TCT:OFF> forada).

REV. 2 15-8
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15.3.1 REA DE APLICAO DA MATRIZ ESTTICA

Uma vez definida uma matriz, necessrio indicar, usando a correspondente instruo, quais
eixos do CNC esto envolvidos na transformao.
Esta instruo define o espao de aplicao da matriz.
O formato :
<MTX: iniciais do primeiro eixo; iniciais do segundo eixo; iniciais do terceiro eixo> ou
<MTX: <exp>; <exp>; <exp>> ou
<MTX: nmero; nmero; nmero>

onde:
primeiro eixo representa o eixo ao qual os coeficientes a11... a14 esto ligados (ver par.
15.1).
segundo eixo representa o eixo ao qual os coeficientes a21... a24 esto ligados.
terceiro eixo representa o eixo ao qual os coeficientes a31... a34 esto ligados.
Em vez dos iniciais dos eixos, uma expresso entre as variveis pode ser programada ou o
nmero de identificao do eixo (de 0 a 15).

Exemplos:
N50 <MTX: X;Z;Y>
A matriz esttica aplicada aos eixos X, Z e Y, respectivamente.
N80 <MTX: U;V;W>
Associa a matriz de transformao esttica aos eixos U, V, W; para a qual os primeiros 4
coeficientes executam a transformao no eixo U, os segundos 4 no eixo V e os terceiros 4 no
eixo W.

Notas:
A instruo <MTX:...> modal e substituda somente pela programao sucessiva da
mesma instruo.
Trs eixos do CNC pertencentes a 3 direes diferentes devem ser associados instruo
<MTX:...>.
A matriz de transformao aplicada somente aos eixos que so definidos por <MTX: ...>

15.3.2 ATIVAO DA TRANSFORMAO


Para ativar uma Matriz Esttica, memorizada pela instruo <MAT:...>, usa-se a seguinte
instruo:

15-9 REV. 2
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<TCT: ON; nome matriz>


onde:

nome matriz representa o nome designado matriz pela instruo


<MAT:nome; ..>

Para desativar a transformao, suficiente programar:


<TCT:OFF>

As transformaes estabelecidas pela matriz memorizada so executadas na parte do programa


que est entre a instruo <TCT:ON;nome> e a instruo <TCT:OFF>, por exemplo:

..
N50<MAT:TRASL; 1; 0; 0; 120; 0; 1; 0; 50; 0; 0; 1; -20>
N60 <MTX:U;V;Z>
N70 T12 M6
N80 U... V...
N90 Z...
...
N110 U... V...
N120 <TCT:ON;TRASL>
N130 U...V...Z...
N140 U...V...
...
N190 U...V...
N200 <TCT:OFF>
...

Comentrios:
N050 As matrizes de translao com o nome TRASL so memorizadas
com os coeficientes de translao iguais a X = 120; Y = 50;
Z=-20.
N060 Associa a matriz de translao aos eixos U, V e Z.
N070- N110 A parte do programa entre N70 e N110 executada sem efetuar
qualquer transformao. A matriz de transformao foi
memorizada, mas ainda no ativada.
N120 Ativao da matriz de translao.
N130 - N190 As transformaes estabelecidas por TRASL. Matrizes so
executadas na parte do programa entre N130 e N190. Os eixos
U.., V... e Z.. so transladados respectivamente por 120mm,
50mm e 20mm em relao maneira como foram programados
nas operaes entre N130 e N190.

REV. 2 15-10
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N200 Desativao da matriz de transformao.

15.4 MATRIZ DE TRANSFORMAO ESTTICA FORNECIDA POR ECS

Com o CNC, ECS fornece uma biblioteca de sub-rotinas baseadas no uso de Matriz de
Transformao Esttica.
Estas, em conjunto com a instruo <RPT..>, permitem a execuo das seguintes operaes:

TRANSLAO/ TRASL. MLTIPLA ( L<TRANS> )


ROTAO / ROT. MLTIPLA ( L<ROT> )
ROTO-TRANSLAO / ROTRANSL. MLTIPLA ( L<ROTRA> )
RELAO DE ESCALA ( L<SCALE> )

As variveis que esto associadas a essas sub-rotinas esto apresentadas abaixo:

<DTX> Translao ao longo do primeiro eixo a aparecer na instruo <MTX:...> que


define a rea de aplicao da matriz. Normalmente ser o eixo X, mas isso
depende da configurao da mquina e da escolha feita pelo programador. Por
exemplo, se <MTX:U;W;V>, <DTX> for programado, ser aplicado ao eixo U,
<DTY> ao eixo W e <DTZ> ao eixo V.
<DTY> Translao ao longo do segundo eixo a aparecer na instruo <MTX:...>.
Normalmente este o eixo Y, apesar dos comentrios feitos para <DTX> deverem
ser considerados.
<DTZ> Translao ao longo do terceiro eixo a aparecer na instruo <MTX:...>.
<XCE> Coordenada absoluta do centro de rotao ao longo do primeiro eixo a aparecer
na instruo <MTX:...>
<YCE> Coordenada absoluta do centro de rotao ao longo do segundo eixo a aparecer na
instruo <MTX:...>
<ANR> ngulo de rotao expressa em graus e partes decimais (359,999 graus) entre a
figura original e a figura a ser repetida ( um ngulo incremental).
+ = ANTI-HORRIO
- = HORRIO
<SCA> A Relao de Escala deve sempre ser programada como positiva
<%NRP> Nmero de repeties a ser repetido
<%CON> Contador do nmero de repeties

15-11 REV. 2
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Notas:
- O valor 1 deve sempre ser designado varivel <%NRP=...> no caso de uma
repetio nica.
- O contador do nmero de repeties <%CON=..> deve ser estabelecido em 1:
<%CON=1> em uma linha do programa fora do ANEL de repetio no caso de
translaes e/ou rotaes mltiplas e reajuste em 1 no final da repetio.
Uma vez fora do ANEL de repetio e imediatamente aps a linha que contm a instruo
<RPT:...>, necessrio desativar a matriz de transformao com a instruo <TCT:OFF>.

15.4.1 TRANSLAO SIMPLES, SUB-ROTINA <TRANS>

Exemplo:

%
N0 <MTX:X;Y;Z>
N10 ...
...
N100 ..
N110 L<TRANS><DTX=...><DTY=...><DTZ=...><%NRP=1>
N120 <RPT:N10;N100>
N130 <TCT:OFF>
...
...

FIG. 15-6

REV. 2 15-12
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Comentrios:
N0 Definio da rea de aplicao da matriz.
N110 Incio de sub-rotina TRANS que gera e ativa a matriz de
translao. Os parmetros de translao so designados.
N120 Repetio da parte do programa contida entre N10 e N100 com
parmetros de translao programados. Supondo-se que a pea A
foi programada entre N10 e N100, a pea B ser obtida.
N130 Desativao da matriz de transformao.

Notas:
- No esquecer de desativar a matriz de transformao, usando a instruo
<TCT:OFF>, quando o efeito da transformao no for mais necessrio.
- Na realidade, ao ter que transladar um perfil muitas vezes, recomendvel usar a
funo G59 DX.. DY... (para informaes adicionais ver Captulo 5).

15.4.2 TRANSLAO MLTIPLA, SUB-ROTINA <TRANS>

Fig. 15-7

15-13 REV. 2
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Exemplo:

%
N0 <MTX:X;Y;Z> <%CON=1>
N10 ..
...
N100 ..
N110 L <TRANS> <DTX = 180> <DTY=120> <DTZ=0> <%NRP=3>
N120 <%CON=%CON+1>
N130 <RPT:N10; N120;<%NRP>>
N140 <TCT:OFF> <%CON=1>
..

Comentrios:
N0 Definio da rea de aplicao da matriz. A varivel
<%CON=1> estabelecida; %CON o contador de repetio
estabelecido (e, portanto, uma varivel inteira).
N110 Incio da sub-rotina TRANS que gera e ativa a matriz de
translao, notar que a varivel do nmero de repeties
<%NRP=..> designada.
N120 Aumento do contador %CON.
N130 Repetio da Figura A trs vezes, cada vez a figura executada
com translao no eixo X de 180/3=60mm e no eixo Y de 40mm.

- DTX e DTY representam a translao total, isto , aquela entre a pea original e a ltima
pea a ser repetida.
- Ao ter que transladar um perfil muitas vezes, recomendvel usar a funo G59 DX..
DY... (para informaes adicionais ver Captulo 5).

Por exemplo, o programa anterior seria simplificado como segue:

%
N10 ..... { Incio do perfil/produo a transladar }
....
N100 ..... { Final do perfil/produo a transladar }
N110 G59 DX180 DY 120
N120 <RPT:N10;N100; 4> { Supondo 4 repeties}
.....

REV. 2 15-14
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15.4.3 ROTAO SIMPLES, SUB-ROTINA <ROT>

Exemplo:
N000<MTX:X;Y;Z>
N10 .. { Incio do perfil/produo a transladar }
N100 .. { Final do perfil/produo a transladar }
N110 L<ROT> <XCE=50> <YCE=-100> <ANR= -30> <%NRP=1>
N120 <RPT:N10;N100>
N130 <TCT:OFF>
...

Fig. 15-8

Comentrios:

N0 Definio da rea de aplicao da matriz.


N120 A Figura B obtida idntica Figura A, porm rodada pelo
ngulo ANR em relao ao centro de rotao da coordenada
XCE, YCE. Se for necessria a rotao ao redor da origem,
suficiente designar <XCE=0> <YCE=0>.

15-15 REV. 2
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Nota:
Ao ter que roto-transladar um perfil muitas vezes, recomendvel usar a funo G58 X.. Y...
RC/RB... (para informaes adicionais ver Captulo 5).
Por exemplo, o programa anterior seria simplificado como segue:

N10 ..... { Incio do perfil/produo para rototransladar }


....
N100 ..... { Final do perfil/produo para rototransladar }
N110 G58 X50 Y-100 RB-30
N120 <RPT:N10;N100>

15.4.4 TRANSLAO COM MLTIPLAS ROTAES, SUB-ROTINA <ROT>

FIG. 15-9

Exemplo:

%
N0 <MTX:X;Y;Z> <%CON=1>
N10...
...
N100...

REV. 2 15-16
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N110 L <ROT> <XCE=50><YCE= -120> <ANR= -120><%NRP=3>


N120 <%CON=%CON+1>
N130 <RPT:N10; N120;<%NRP>>
N140 <TCT:OFF>
N150 <%CON=1>
...

Notas:
- O ngulo a ser programado <ANR=..> o ngulo total, que significa o ngulo entre a
figura original e a ltima figura a ser repetida.
- Ao ter que roto-transladar um perfil muitas vezes, recomendvel usar a funo G59 X..
Y.. para a primeira translao e G58 RB... para as rotaes seguintes (para informaes
adicionais, ver Captulo 5).

15.4.5 REPETIO COM ROTO-TRANSLAO, SUB-ROTINA <ROTRAS>

FIG. 15-10

15-17 REV. 2
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Exemplo:
%
N0 <MTX: X;Y;Z >
N10 ..
...
N100 ..
N110 L <ROTRAS> <XCE=50> <YCE= -150> <ANR= -45> <DTX=160> <DTY=80> <%NRP=1>
N120 <RPT:N10;N100>
N130 <TCT:OFF>
..

Comentrios:
N0 rea de aplicao da matriz.
N120 A roto-translao da figura A obtida gerando-se a figura B. A
matriz de roto-translao primeiro executa a rotao da figura A
obtendo a figura B, que somente calculada e no executada,
ento com a translao da figura B se obtm, finalmente, a
figura B.

Exemplo do uso real da sub-rotina ROTRAS


A Figura 15.11. (a) apresenta o projeto de como deve ser produzida uma certa pea na
mquina, adequadamente transladada e rodada com relao s origens. A programao direta
dessa figura se torna complexa devido aos clculos que devem ser efetuados para poder
programar todos os pontos que constituem o perfil da pea.
A soluo programar a figura usando um sistema de eixos (local) X1 e Y1, como mostrado
na figura 15.11 (b), e aplicar a matriz de ROTO-TRANSLAO <ROTRAS> a essa figura.

FIG.15-11

REV. 2 15-18
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Programa

% N90 X0 Y0
N0 <MTX:X;Y;Z> N100 X200
N10 T3 M6 N110 G03 X200 Y100 I200 J50
N20 S500 F200 M42 N120 G01 X100
N30 L<ROTRAS><ANR=35> <DTX=215> N130 Y200
<DTY=125><XCE=0><YCE=0><%NRP=1> N140 G03 X0 Y200 I50 J200
N40 G16 XYZ+ N150 G01 Y100
N50 X50 Y100 M13 N160 G40 X50 Y100
N60 Z3 N170 G00 Z100 M05
N70 G01 Z-20 N180 <TCT: OFF>
N80 G41 X0 Y100 N190 M2

Comentrios:
N020 Estabelecendo os parmetros de roto-translao: o ngulo de
rotao (ANR) igual a 35 graus em sentido horrio, as
coordenadas de translao iguais a 215mm ao longo do eixo X
(DTX) e 125mm ao longo do eixo Y (DTY).
N030 Incio da macro L <ROTRAS> que executa e ativa a
transformao, a macro pode ser como segue:
N040-N170 Programa de contorno, as coordenadas programadas so aquelas
em relao aos eixos locais Xl e Yl e alinhadas em relao aos
eixos. O processo de produo executado aquele apresentado na
Fig. 15-11 (a) rodado e transladado quando a matriz de
transformao ROTRAS ativada.
N180 Desativao da matriz de transformao.

15.4.6 RELAO DE ESCALA, SUB-ROTINA <SCALE>

Exemplo:
%
N0 <MTX: X; Y; Z>
N10 L<SCALE><SCA=0.8>
N20 ....
.....
.....
N100 ....
N110 ....
N130 <TCT:OFF>
.....

15-19 REV. 2
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Comentrios:
N10 A sub-rotina <SCALE> iniciada, programando-se uma relao
de escala de 0.8. Todas as cotas dos eixos X, Y, Z,
sucessivamente programadas, sero multiplicadas por um fator da
escala igual a 0.8, obtendo-se, portanto, uma reduo de 20% das
cotas programadas.
N20 - N110 Todas as cotas de X e Y programadas entre as operaes N20 e
N110 sero reduzidas por um fator de escala de 0.8. (Ver Fig. 15-
5).
N130 Desativao da matriz <SCALE>, a partir desse momento as
coordenadas X e Y programadas sero executadas sem reduo
adicional.
Nota:
O fator de escala estabelecido pela sub-rotina <SCALE> no atua sobre o raio da ferramenta
ou as origens.

15.5 ROTAO DE SUPERFCIES, SUB-ROTINAS ROTX, ROTY, ROTZ e


ROTXYZ

Utilizando uma matriz de rotao esttica <ROTX>, <ROTY> e <ROTZ> possvel


transformar um processo de produo, executado em uma superfcie de contorno especial, em
uma outra superfcie. Por exemplo (ver Fig. 15-12), considerando o tema dos eixos:

FIG. 15.12

REV. 2 15-20
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Tendo-se um Programa definido para a superfcie de contorno X-Y, ser possvel transform-
lo para a superfcie Z-X atravs da matriz L<ROTX>, ou para a superfcie Y-Z atravs da
matriz L<ROTY>.

15.6 PROGRAMAO DE ROTAO DE SUPERFCIES

As sub-rotinas a serem chamados para obter a rotao de uma superfcie so:

a) ROTAO AO REDOR DO EIXO X

Formato:
N.. L<ROTX> <ANR=...>
onde:
<ANR> ngulo de rotao ao redor do eixo X ou em relao ao primeiro eixo a
aparecer na instruo <MTX:...>, positivo se em sentido anti-horrio
ou negativo se em sentido horrio, observando o tema na Fig. 15-12 a
partir do lado X+.
O ngulo a ser programado deve ser de 90o ou um mltiplo de 90 se
a figura a ser transformada contiver instrues de contorno circular.
Qualquer ngulo pode ser usado no caso de contorno de linha reta.
Como ser visto, essa limitao pode ser superada pela Matriz
Dinmica descrita na segunda parte deste captulo.

Supondo-se que um perfil a ser reproduzido tenha sido programado na superfcie X-Y, para
transform-lo na superfcie Z-X suficiente adicionar o seguinte no incio do programa:

%
N0 <MTX:X;Y;Z>
N1 L<ROTX><ANR=-90>
..
{Perfil programado na superfcie X-Y}
..
N155 <TCT:OFF>
N160 M2 Fig. 15-13

E para variar a designao da superfcie do processo de trabalho e os eixos compensados


no comprimento com a instruo G16ZXY+ (no lugar da original G16XYZ+).

15-21 REV. 2
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Usando o parmetro <ANR=-90>, a sub-rotina ROTX produzir a rotao de 90o, em


sentido horrio, em relao ao eixo X, da superfcie XY que, ento, se mover para a
superfcie XZ. O efeito no programa ser deixar a cota X intacta enquanto a cota Y ser
transformada em Z e a cota Z em Y (ver figure 15.13).
O smbolo do ngulo atribudo olhando-se a partir de X+.
A matriz ativada por <ROTX> :

1 0 0 0
0 COS() -SIN() 0
0 SIN() COS() 0

b) ROTAO AO REDOR DO EIXO Y

Formato:
N.. L<ROTY><ANR=...>
onde:
<ANR> ngulo de rotao ao redor do eixo Y (ou em relao ao segundo eixo
a aparecer na instruo <MTX>). O tema da Fig. 15.12 deve ser
observado a partir do lado Y+.

A matriz de transformao ativada por <ROTY> :

COS() 0 SIN() 0
0 1 0 0
-SIN() 0 COS() 0

c) ROTAO AO REDOR DO EIXO Z


Formato:
N.. L<ROTZ> <ANR=...>
onde:
<ANR> ngulo de rotao ao redor do eixo Z (ou em relao ao terceiro eixo a
aparecer na instruo <MTX>). O tema do eixo na Fig. 15.12 deve
ser observado a partir do lado Z+.

A matriz de transformao ativada por <ROTZ> :

COS() -SIN() 0 0
SIN() COS() 0 0
0 0 1 0

REV. 2 15-22
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d) ROTAO SIMULTNEA AO REDOR DOS EIXOS X, Y E Z

Formato:
N.. L<ROTXYZ> <ANR=...> <AN2=...> <AN3=...>

onde:

<ANR> ngulo de rotao ao redor do eixo X (ou em relao ao primeiro eixo


a aparecer na instruo <MTX>). O tema dos eixos deve ser
observado a partir do lado X+.
<AN2> ngulo de rotao ao redor do eixo Y (ou em relao ao segundo eixo
a aparecer na instruo <MTX>). O tema dos eixos deve ser
observado a partir do lado Y+.
<AN3> ngulo de rotao ao redor do eixo Z (ou em relao ao terceiro eixo a
aparecer na instruo <MTX>). O tema dos eixos deve ser
observado a partir do lado Z+.
Indicando-se por , e , respectivamente, os ngulos de rotao ao redor do primeiro,
segundo e terceiro eixos que aparecem na instruo <MTX>, a matriz de transformao
ativada por <ROTXYZ> se torna:

COS()COS() SIN()SIN()COS()-SIN()COS() COS()SIN()COS()+SIN()SIN() 0


SIN()COS() SIN()SIN()SIN()+COS()COS() SIN()COS()COS() 0
-SIN() COS()SIN() COS()COS() 0

Nota:
Observar que a seqncia de aplicao das trs rotaes forada (primeiro em relao a X,
ento em relao a Y e finalmente em relao a Z).

15.7 MATRIZ DINMICA

Como j mencionado, o termo Matriz Dinmica significa aquelas matrizes que, medida que
so ativadas em nvel de interpolao, bem como tendo todas as prerrogativas de Matriz
Esttica, elas no tm limitaes na transformao de arcos de crculo em superfcies
orientadas no ar.
Por exemplo, com Matriz Dinmica possvel executar:
Revoluo de Slidos programando somente a geratriz e rodando-a em relao ao
eixo de revoluo:
Cames de Tambor que incluem interpolao linear e circular que envolve um eixo
linear programado em milmetros e um eixo circular programado em graus.

15-23 REV. 2
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Figuras geomtricas formadas por linhas retas e crculos com uma relao de escala
diferencial entre os eixos e a superfcie de contorno (neste caso, entretanto, no
possvel executar a compensao vetorial do raio da ferramenta).
Processos de contorno ou ciclo fixo que tenham sido orientados no ar, rodando o
eixo do mandril de acordo com o necessrio.

Em geral, matriz dinmica permite a roto-translao no ar de perfis programados em


superfcie, usando as linguagens disponveis para isso (ISO, GAP e EXPERT) significando
que a compensao vetorial do raio da ferramenta permanece vlida.

15.8 PROGRAMAO DE MATRIZ DINMICA

Para programar a matriz dinmica h trs tipos de instrues:

1) <MAT: nome; coeficientes de matriz>


usada para designar uma ou mais matrizes com seus respectivos parmetros. A
instruo e a respectiva sintaxe so idnticas quelas usadas para matriz esttica.
2) <DMX: 1o. eixo; 2o. eixo; 3o. eixo>
usada para indicar os eixos referentes transformao dinmica, a mesma da
instruo <MTX> da matriz esttica.
3) <DTC: ON; nome>
usada para ativar a matriz de transformao e desativada atravs de <DTC:OFF>
4) < MAT: OFF; nome>
usada para cancelar a matriz anteriormente definida.

15.8.1 DEFINIO DE UMA MATRIZ DINMICA


A sintaxe designada matriz tem o mesmo formato daquela descrita no Pargrafo 15.3 tanto
para matriz esttica como para dinmica:

<MAT: nome; a11; a12; ...;a21;...;a31;...;a34> ou:


<MAT: nome; <exp1>; <exp2>;...<exp34>>

onde:

nome nome da matriz dinmica (mximo de 6 caracteres).


a11...a34 representam os 12 coeficientes da matriz de transformao. Em
vez de um coeficiente, possvel usar uma varivel R ou uma
expresso entre variveis (exp 1exp 34). Informaes gerais
disponveis no Pargrafo 15.1.

REV. 2 15-24
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Notas:

At 5 matrizes podem ser designadas (estticas e dinmicas) distinguidas por diferentes


nomes.
As matrizes dinmicas memorizadas no tm nenhum efeito no programa se no forem
ativadas pela instruo <DTC:ON; nome matriz>.
Uma matriz esttica ativada com <TCT:ON;nome> e uma matriz dinmica ativada com
<DTC:ON;nome> podem ser usadas juntas e, portanto, ser aplicadas ao mesmo tempo,
no mesmo Programa. A matriz esttica trabalhar no eixo definido pela instruo
<MTX>, enquanto a matriz dinmica trabalhar no eixo definido pela instruo
<DMX:...>. O tema do eixo escolhido para transformao pela matriz esttica pode ser
diferente daquele escolhido para o eixo transformado pela matriz dinmica.
[RESET], mudana de modo e iniciar Programa % cancelam qualquer matriz esttica
que tenha sido definida, porm no tm nenhum efeito sobre matriz dinmica que, por essa
razo, definida como supermodal.

Uma matriz dinmica pode, de fato, ser cancelada somente atravs do seguinte comando:

<MAT: OFF; nome>


<MAT: OFF; nmero>
<MAT: OFF; <exp>
onde:

OFF tecla de caractere para cancelamento de matriz


nome nome da matriz a ser cancelada
nmero nmero de ordem da matriz a ser cancelada O nmero de ordem
designado pelo CNC no momento em que define a prpria matriz
e vai de 0 a 4.
<exp> expresso complexa que define o nmero de ordem da matriz a
ser cancelada.

O CNC aciona um alarme com a emisso do comando <MAT:OFF,....> em um dos seguintes


casos:

1) A matriz a ser cancelada, definida pelo nome ou nmero ou <exp> no existe.


2) A matriz a ser cancelada est ativa.

Observar que o CNC, cancelando a matriz de sua memria, move uma posio atrs a matriz
definida aps aquela cancelada.

15-25 REV. 2
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15.8.2 REA DE APLICAO DA MATRIZ DINMICA

Os eixos da mquina, sujeitos transformao dinmica, so definidos pelas seguintes


instrues:
<DMX:1 eixo inicial;2 eixo inicial;3 eixo inicial> ou:
<DMX:<exp>;<exp>;<exp> ou:
<DMX: nmero;nmero;nmero>
onde:

1o. eixo representa o eixo ao qual os coeficientes a11...a14 esto associados (para
outras informaes, ver Pargrafo 15.1).
2o. eixo representa o eixo ao qual os coeficientes a21...a24 esto associados.
3o. eixo representa o eixo ao qual os coeficientes a31...a34 esto associados.
Em vez das iniciais do eixo, pode-se usar uma varivel R ou uma
expresso, ou o nmero de ordem do eixo usado na calibrao (arquivo
AXS.TAR).

Notas:

- A instruo <DMX:...> modal e substituda quando a mesma instruo


programada sucessivamente.
- Trs eixos do CNC pertencentes a trs direes diferentes devem ser sempre
associados instruo <DMX:...>.
A matriz de transformao somente aplicada aos eixos definidos na instruo
<DMX:...>.

15.8.3 ATIVAO DA TRANSFORMAO

Para ativar uma Matriz Esttica, memorizada pela instruo <MAT:...>, usa-se a seguinte
instruo:
<DCT: ON;nome matriz>
onde:

nome matriz representa o nome designado matriz pela instruo <MAT:..>


Para desativar a transformao, suficiente programar:
<DCT:OFF>

REV. 2 15-26
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Notas:
No bloco <DTC:ON;nome> ou <DTC:OFF> nenhuma outra instruo pode ser
escrita.
Uma vez uma matriz ativada, a transformao ser executada at encontrar a
instruo <DTC:OFF>. A instruo de ativao de matriz dinmica
<DTC:ON;nome> , de fato, "Supermodal". Qualquer modo de mudana do
CNC ([MAN], [JOG], [AUTO]), o caractere % do incio do Programa, pressionar
a tecla [RESET] ou desligar o CNC no provocar a desativao da instruo
<DTC:ON;nome>.

O movimento (JOG) ao longo do eixo de profundidade (supondo-se que a origem Z foi


programada) , portanto, til para o operador, por exemplo no caso de liberao da
ferramenta de uma superfcie inclinada com a cabea do mandril orientada, uma vez
que provoca o distanciamento da ponta da ferramenta da superfcie de referncia,
causando movimento simultneo dos eixos envolvidos na transformao. Se a matriz
dinmica foi desativada, o movimento [JOG] ao longo do eixo Z teria provocado
movimento somente no eixo selecionado.
Nas pginas seguintes, exemplos de aplicao de matriz dinmica so apresentados em situaes
mais generalizadas. Essas matrizes podem ser chamadas como sub-rotinas com a sintaxe L<nome>.

15.9 PROGRAMAO CILNDRICA

A Programao Cilndrica permite a produo de qualquer perfil arranjado na capa de um


cilindro, movendo ao mesmo tempo um eixo rotativo e um eixo linear coincidindo com o eixo
do cilindro. tpico de cames cilndricos de canal ou cames de tambor. Para programar um
came cilndrico, necessrio posicionar o projeto de um came desenvolvido no plano com a
abscissa que representa o eixo circular (expresso em mm) e a ordem do eixo linear (ver
exemplo na Fig. 15-14).

FIG. 15-14

15-27 REV. 2
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O perfil pode ser programado usando o contorno ISO convencional ou as linguagens GAP e
EXPERT, ambas as coordenadas (B e Y neste exemplo) so expressas em milmetros.
A sub-rotina L<TRACYL> ativar a transformao, usando uma matriz dinmica especfica.
O formato de chamada da sub-rotina o seguinte:
N... L<TRACYL> <DIA=...>
onde:

<DIA=..> valor do dimetro de produo do cilindro.

A instruo <DMX:1o. eixo; 2o. eixo; 3o. eixo> deve conter o 1o. eixo, as iniciais do eixo
rotativo, o 2o. eixo, as iniciais do eixo linear ligado ao rotativo e com o 3o. eixo, o eixo de
profundidade. No exemplo da Fig. 15-14, deve ser escrito o seguinte:
<DMX:B;Y;Z>.

Isto dito, o programa de produo do came representado na Fig.15.17 se torna:

% N80 B250 Y120 RA50


N0 G16BYZ+ N90 B600 Y300 RA60
N10 <DMX:B;Y;Z> N100 B850 RA60
N20 T2 M6 N110 Y120 RA18
N30 S800 M13 M42 N120 B1200.09
N40 L<TRACYL> <DIA=382> N130 G0 G40 B1200.09 Y110
N45 X0 N140 Z220 M5
N50 Y110 Z220 B0 N150 <DCT:OFF>
N60 G1 Z191 F150 N160 M2
N70 G42 B0 Y120

Comentrios:

N0 Definio da superfcie de contorno.


N10 Definio dos eixos que esto sujeitos transformao, eles so
B, Y e Z.
N40 Chamada da matriz de transformao para programao
cilndrica. O dimetro de produo do cilindro 382mm.
N50-140 Programao do perfil: notar que as cotas esto todas em
milmetros e os arcos de conexo foram programados com GAP.
As cotas do eixo B sero transformadas momento a momento pela
matriz <TRACYL> em graus.
N150 Desativao da transformao dinmica: <DTC:OFF>.

REV. 2 15-28
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Nota para o integrador:


Contanto que um eixo rotativo possa ser transformado pela matriz <TRACYL>, necessrio
que na calibrao (no arquivo de configurao AXS.TAR), um eixo redondo seja definido.

15.10 USINAGEM EM SUPERFCIES INCLINADAS


As matrizes dinmicas descritas neste pargrafo so usadas para executar operaes de
furao, fresagem, etc. em superfcies inclinadas usando um cabeote de mandril mono ou bi-
rotativo, de forma a orientar o eixo da ferramenta perpendicular superfcie a ser trabalhada.
As matrizes dinmicas para a rotao de superfcies so:

<DROTX> Rotao ao redor do eixo X a ser programado no formato


N...L<DROTX><ANR=...>. <ANR=..>
representa o ngulo de rotao ao redor do eixo X ou em relao
ao eixo que aparece primeiro na instruo <DMX:...>. positivo
em um sentido anti-horrio ou negativo em um sentido horrio,
observando o tema dos eixos a partir do lado X+ (Ver pargrafo
15.8.2).-{}-
<DROTY> Rotao ao redor do eixo Y a ser programado no formato
N...L<DROTY><ANR=...>. <ANR=..>
representa o ngulo de rotao ao redor do eixo Y ou em relao
ao segundo eixo a aparecer na instruo <DMX:...>. Para a
determinao do smbolo, aplicam-se as mesmas regras descritas
para a macro DROTX.
<DROTZ> Rotao ao redor do eixo Z a ser programado no formato
N...L<DROTZ><ANR=...>. <ANR=..>
representa o ngulo de rotao ao redor do eixo Y ou em relao
ao terceiro eixo a aparecer na instruo <DMX:...>. Para a
determinao do smbolo, aplicam-se as mesmas regras descritas
para a macro DROTX.
<DRTXYZ> Seqncia de rotao ao redor dos eixos X, Y e Z a serem
programados no formato:
N.. L<DRTXYZ> <ANR=..> <AN2=...> <AN3=...> <ANR>
representa o ngulo de rotao ao redor do eixo Z ou ao redor do
eixo que aparecer na terceira posio na instruo <DMX:..>;
para identificar o sinal, as mesmas regras vlidas para DROTX
aplicam-se a este caso.

15-29 REV. 2
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Notas:
A matriz de rotao das superfcies de trabalho ao redor da origem, se uma roto-
translao for requerida, necessrio usar as instrues de translao da origem
G59.
No caso de cabeotes RTCP configurados (para outras informaes, ver Cap. 16),
a compensao de todas as descentralizaes mecnicas automtica (atravs da
instruo G51).

15.10.1 EXEMPLO DE APLICAO

Supondo-se que a pea da Fig. 15-15 deva ser produzida, consistindo de tronco de pirmide,
usando uma mquina com 3 eixos lineares: X, Y e Z e dois eixos rotativos: B e A capazes de
orientar os eixos da ferramenta, respectivamente, em relao ao eixo Y (B) e ao eixo X (A).

Fig. 15.15

REV. 2 15-30
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Programa

% N300 G81<RAP=2><ENT=-20> <RAL=2>


N0 G16XYZ+ <CFF=CFZ> N310 X-100 Y90
N10 T1 M6 N320 Y-90
N20 G0 X0 Y0 A0 B0 S800 M42 F150 N330 G80 Z100
N30 G81 <RAP=3><ENT=- 40> <RAL=3> N340 B0
N40 X0 Y0 M3 N342 <DTC:OFF>
N50 G80 Z100 N350 T3 M6
N60 T2 M6 N360 S800 M3 F180
N80 <DMX:X;Y;Z> N370 B-20
N90G59 X50 Y0 Z0 N374 L <DROTY>
N100 L <DROTY> <ANR=20> N380 G185 <DAX=50><DAY=80>
N110 S1200 M42 B20 F160 <RIC=2><RAP=2><ENT=-20>
N120 G81 <RAP=2> <ENT=-40> <RAL=2> <RAL=2><KFD=0.5><ROT=3>
N130 X100 Y-50 M3 <RAG=0><ANA=0><INI=11>
N140 Y0 <ASF=0>
N150 Y50 N390 X-55 Y0
N160 G80 Z100 N400 G150 Z100
N170 <DTC:OFF> N410 B0 A30
N180 B0 A-30 N420 <DTC:OFF>
N185 G59 X0 Y30 Z0 N440 G59 X0 Y-30 Z0
N190 L <DROTX> <ANR=-30> N450 L <DROTX> <ANR=30>
N200 G81 <RAP=2><ENT=-30> <RAL=2> N460 G185 <DAX=100> <DAY=40> <RIC=2>
N210 X0 Y50 <RAP=2> <ENT=-10> <RAL=2>
N220 Y 110 <KFD=0.5> <ROT=3> <RAG=20>
N230 Y170 <ANA=0> <INI=0>
N240 G80 Z100 N470 X0 Y-120
N250 <DTC:OFF> N480 G150 Z100 M5
N270 A0 B-20 N490 A0
N280 G59 X-50 Y0 Z0 N500 <DTC:OFF>
N290 L <DROTY><ANR=-20> N520 M2

Comentrios:

N0 Ativao da compensao automtica do cabeote RTCP.


N5 Definio da superfcie de contorno e dos eixos de ciclo fixo.
Notar que todas as cotas so programadas com relao
superfcie de contorno XY e ao eixo de profundidade Z, portanto
ser tarefa da matriz de rotao ajustar tudo de maneira que as
superfcies de trabalho reais tenham a exata orientao.
N20-N50 Produo do furo central.

N80 Definio da rea de aplicao das matrizes dinmicas X-Y-Z.

15-31 REV. 2
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N90 Ativao de uma compensao de +50mm ao longo do eixo X na


origem ativa.
N100 Ativao da matriz de rotao da superfcie <DROTY> com um
ngulo de rotao de +20o. identificada como superfcie (1).
N110-N160 Produo de furos arranjados na superfcie (1), notar que as cotas
so programadas como se a superfcie fosse perpendicular ao eixo
Z.
N175 Desativao da matriz dinmica.
N180-N250 Identificao e execuo de furao na superfcie (2).
N270-N340 Identificao e execuo de furao na superfcie (3).
N370-N400 Fresagem da cavidade T na superfcie (3) usando a macro G185.
N440-N510 Identificao da superfcie (4) e fresagem de uma cavidade,
novamente usando a macro G185.

15.11 USINAGEM DE SUPERFCIES GIRATRIAS

Matrizes dinmicas de rotao permitem a fresagem de superfcies tridimensionais pela


rotao da seo do perfil (geratriz) em relao a um eixo (eixo giratrio).
Isto possvel com a programando-se somente a seo do perfil.
Os processos de fresagem nesse tipo de superfcie usam fresas do tipo esfrico com o
comprimento da ferramenta referente ao centro da esfera.

15.11.1 USINAGEM DE UMA SUPERFCIE ESFRICA

FIG. 15-16

REV. 2 15-32
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Programa

%
N0 G16 ZXZ+
N5 <DMX: X;Y;Z >
N10 T1 M6
N20 S900 F500 M42
N30 G0 X50 Y0 Z10 M3
N40 R0 = 0
N50 L <DROTZ> <ANR=R0>
N60 G1 X60 Z0 Y0
N70 G3 X0 Z-60 I0 K0
N80 R0 = R0+2
N90 L <DROTZ> <ANR=R0>
N95 G1 X0 Z-60
N100 G2 X60 Z0 I0 K0
N110 R0 = R0+2
N120 <RPT:N50;N110;90>
N130 <DTC:OFF>
N140 G0 Z100 M5
N150 M2

Comentrios

N5 Ativao da rea de aplicao da matriz.


N40 A varivel R0 contm o ngulo de rotao a ser associado
matriz.
N50 Ativao da matriz de rotao em relao ao eixo Z, o ngulo de
rotao <ANR=...> inicialmente 0.
N60-N70 Um arco de 90o realizado, correspondendo geratriz da esfera.
N80 O ngulo (varivel R0) aumentado em 2o.
N90-N100 O arco de retorno realizado aps ter sido rodado em 2o.
N110 A varivel R0 aumentada em mais 2o.
N120 Repetio de N60 a N100 em 90 vezes, at que 360o tenham sido
completados.
N130 Desativao da matriz de rotao.

O resultado do processo de produo simulado em videogrfico mostrado na Fig. 15-17.

15-33 REV. 2
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FIG. 15.17

15.11.2 SLIDO DE REVOLUO COMPLEXA

Fig. 15-18

REV. 2 15-34
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Programa

N0 G16 ZXZ+ N140 R0 = R0 +5


N10 <DMX:X;Y;Z> N150 L <DROTZ> <ANR=R0>
N20 T1 M6 N160 G1 G42 X0 Z-80
N30 S800 F300 M42 N170 G1 X60 Z-80 RA15
N40 G0 X180 Z20 Y0 M3 N180 G1
N50 R0 = 0 N190 G3 I80 K-60 R20
N60 L <DROTZ> <ANR=R0> N200 G1
N70 G1 X180 Z0 Y0 G41 N210 G2 I120 K0 R37
N80 G2 I180 K-30 N220 G3 I180 K-30 RC0
N90 G3 I120 K0 N225 G1 Z10 G40
N100 G1 N230 R0 = R0+5
N110 G2 I80 K-60 R20 N240 <RPT:N60; N230; 36>
N120 G1 X60 Z-80 RA15 N250 <DTC:OFF>
N130 G1 X0 Z-80 N260 G0 Z100 M5
N135 G40 X0 Z-60 N270 M2

Comentrios:

N10 Definio da rea de aplicao da matriz.


N60 Ativao da matriz de rotao para o eixo Z.
N70-N225 Programao do contorno da geratriz em 2 sentidos usando a
linguagem GAP. Notar que em 40-N150, antes de descrever o
perfil na direo oposta, o ngulo de rotao foi aumentado em
5o.
N230 Aumento do ngulo de rotao.
N240 Repetio de parte do programa 36 vezes; cada vez o ngulo de
rotao aumentado em 5o em cada direo.

15-35 REV. 2
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Fig. 15-19
Grfico Resultante do Processo de Produo

15.11.3 PRODUO DE MOLDES DE GARRAFA

Fig. 15.20

REV. 2 15-36
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Programa

% N145 G40 X15 Y0


N0 G17 N150 R0 = R0-5
N10 T2 M6 N160 L <DROTX> <ANR = R0>
N15 G59 Z<V5023 +V2027> N170 G1 G42 X0 Y0 Z0
N20 <DMX: X; Y; Z> N175 G1
N30 S900 F250 M42 N180 G2 R60 I70 J60
N40 G0 X260 Y0 M3 N190 G3 R50
N50 Z20 N200 G2 R50 I160 J80
N60 R0 = 0 N210 G1 X230 Y30 RA20
N70 L <DROTX> <ANR=R0> N220 X260
N80 G1 G41 X260 Y30 Z0 N225 G40 X250 Y0
N90 X230 RA20 N230 R0 = R0 - 5
N100 G1 N240 <RPT:N70;N230;18>
N110 G3 R50 I160 J80 N250 G1 G40 X260 Y0
N120 G2 R50 N260 G0 Z10 M05
N130 G3 I70 J60 R60 N270 M2
N140 G1 X0 Y0

Comentrios

N0 A superfcie XY definida como a superfcie de contorno (G17).


N15 Diferente dos exemplos anteriores, neste caso a rotao no
ocorre em relao ao eixo de profundidade. Para evitar a rotao
da ferramenta, a compensao eliminada e, portanto, para levar
em considerao o comprimento da ferramenta e qualquer
tolerncia de usinagem no comprimento, a origem Z transladada
com G59 (a varivel do sistema V5023 contm o comprimento da
ferramenta e a V20271 contm qualquer <DLN>)
N20 Definio da rea de aplicao da matriz.
N70 Ativao da matriz de rotao em relao ao eixo X.
N80-N220 Descrio do perfil em 2 direes usando GAP.
N230 Aumento do ngulo de rotao, a geratriz do perfil rodada em
sentido horrio.
N240 Repetio 18 vezes, no total um ngulo de 180o coberto.

15-37 REV. 2
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A Fig. 15-21 abaixo apresenta o resultado da simulao grfica do processo de produo.

Fig. 15.21

15.12 USO DA MATRIZ DINMICA COM CABEOTE RTCP

Quando se pretende ativar matriz dinmica em mquina equipada com cabeotes mono ou bi-
rotativos, a funo G51 est disponvel e ativa uma compensao automtica de todas as
descentralizaes do cabeote.
Para desativar a compensao suficiente emitir a funo dual G52.

Notas:

A descrio do cabeote deve ser feita pela compilao do arquivo de calibrao


SPC.TAR.
Antes de comandar a instruo G51, os eixos que compem o cabeote devem ser
definidos com a instruo <ATW:...> (para informaes adicionais ver Captulo
16). Uma boa regra inserir esta instruo no arquivo L<COSTUSER>.

REV. 2 15-38
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Para G51 funcionar corretamente, necessrio que os eixos lineares definidos na


instruo <ATW:...> sejam os mesmos daqueles definidos na instruo
<DMX:...>. Onde este no for o caso, um erro ser sinalizado.

15.13 EIXOS <SWA> - TROCA DE INSTRUO


Esta instruo permite mover o eixo atravs de sua programao com o nome de outro eixo.
Esta funo tipicamente usada em mquina com duas ou mais bases, cada uma movida por
eixos diferentes. Isto significa que o mesmo programa pode ser executado em qualquer uma
das bases.
A sintaxe completa da instruo :

<SWA: nomep1=nomem1; nomep2=nomem1;>p

onde:

nomepx o nome do eixo usado no programa que deve ser trocado.


nomemx o nome do eixo que ser fisicamente movido ao longo do eixo programado
nomepx. Tambm aqui, o nmero de ordem relativo pode ser usado em lugar
das iniciais definidas na calibrao, ou diretamente ou como uma expresso
aritmtica.

Exemplo:
Escrevendo <SWA:X=U;Y=V>, ao programar X100 Y200 eles so os eixos U e V que devem
se posicionar nas cotas 100 e 200, respectivamente, X e Y no se movem.
X e Y no se movem mesmo se U e V forem programados diretamente, uma vez que a troca
unidirecional. X , portanto, designado para U mas no a vice-versa no verdadeira.

Para desativar esta funo necessrio usar a seguinte instruo:


<SWA:nomep1=nomep1;nome p2=nomep2>

Com relao ao exemplo anterior, necessrio escrever:


<SWA:X=X;Y=Y>

Nota:
- A troca entre um ou mais eixos visualizada no CNC, tanto no formato Bsico como
no formato Completo, usando o cone que mostra a prxima troca de eixos, o novo
nome que est associado a ele.

15-39 REV. 2
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- S pode haver campos de comentrio e nmero do bloco presentes no bloco em que a


instruo <SWA:> inserida.
- Trocar um eixo na superfcie de contorno provoca tambm a troca automtica das
iniciais do centro do crculo e a programao Polar, GAP e EXPERT age na
superfcie de troca. Mais genericamente, qualquer instruo (RTCP, matrizes, MIR,
compensao da ferramenta na superfcie e dentro de uma distncia) age na superfcie
de troca.
- O que quer que seja definido primeiro na instruo de troca <SWA:> no
modificado, por exemplo:
N10 G16XYZ+
N50 <SWA:Y=Z>
N60 Y100
Em N60 o eixo Z vai a 100 mas no leva em considerao a compensao do
comprimento da ferramenta que foi executada primeiro na troca (N50).
- A troca de eixos programados com a instruo <SWA:..> somente tem efeito em
instrues que indicam um eixo diretamente (no atravs de um nmero de ordem).
Por exemplo:
N20 <SW:Y=V>
N25 G17
N30 <MVW:<1>;200>
N40 Y300
No bloco N30, Y que vai a 200 e no V, em N40 V que vai a 300.
- Se um eixo com um nome diferente do anterior redesignado na mesma instruo ou
em outra instruo, o ltimo nome que permanecer ativo.
- A macro para a produo de Cristas (G726/ 727/ 728) e a macro para esvaziamento de
cavidades usando um perfil genrico (G777/ G778/ e G701) no funcionam com a
instruo de troca de eixo.
- A macro para a produo de Superfcies Seccionadas (G736/ G737/ G738) e de uma
Espiral (G722) pode ser usada com uma instruo de troca de eixo.
- Quaisquer trocas, ativadas por uma ou mais instrues <SWA:>, so canceladas
pelo uso de RESET ou pela troca de modo.

REV. 2 15-40
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15.14 COMO GERENCIAR CABEOTES BI-ROTATIVOS (RTCP ESTTICO)

A instruo G621 pode ser usada para calcular a posio da ponta da ferramenta aps a
rotao de um cabeote de fresa mono ou bi-rotativo, do tipo indexado, contnuo ou manual
(universal). Entretanto, a instruo G621 no roda o cabeote, que ter que ser previamente
posicionado atravs de instrues fornecidas pelo fabricante da mquina.

Eis o formato de programao:

G621 <ATA =.> <ATB => <TYP =>

Onde:

<ATA => Indica a rotao do ngulo do meio corpo A do cabeote, isto , aquele que toca o
plano a 45 graus ou Arrastado (Ver Fig. 15-22).

<ATB => Representa a rotao do ngulo do meio corpo B Eixo de arraste.

<TYP => scriminante usado para indicar o plano onde foi fixada a origem de usinagem; pode
ter os seguintes valores:
0=G16XYZ+,
1=G16ZXY+,
2=G16YZX+,
3=G16YZX-.

Isto permite aos operadores fresar uma superfcie com fresadora esfrica, orientando-se o eixo
da ferramenta de tal maneira a usinar com baixa velocidade de corte, ou usinar superfcies
caracterizadas por um recorte por baixo, que no pode ser alcanado se o eixo da ferramenta
for perpendicular ao plano de usinagem.
A instruo G621 pode tambm ser usada para usinar mais do que uma face de uma pea
nica, reajustando a ferramenta na face de um dos planos ou usinando planos inclinados com
uma matriz de rotao dinmica. Exemplos sero dados mais adiante.

Nota:
Para que G621 trabalhe eficientemente, a origem de referncia (G54.XX) deve ser reajustada
no plano XY com o cabeote orientado ao longo de Z+ <TYP=0> ou no plano ZX com o
cabeote orientado ao longo de Y+ <TYP=1>, ou no plano YZ com o cabeote orientado ao
longo de X+ <TYP=2> ou X- <TYP=3>.

15-41 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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A instruo G621 calcula automaticamente o comprimento da ferramenta e o deslocamento do


cabeote bi-rotativo - D1 e D2 (ver FIG.15-22) orientado ao longo do eixo da ferramenta
rodada. O resultado de tais clculos ativado por meio de uma instruo de translao de
origem, como: G59 X Y Z. Por essa razo, uma programada a instruo G621, os
operadores no podem programar uma troca de origem (G54.XX) ou uma translao de
origem absoluta (G59 X Y Z). Para transladar a origem, pode-se usar a translao de
incremento do tipo G59 DX DY DZ, a ser programada na linha seguinte da instruo
G621. Aps cada troca de ferramenta, troca de origem ou uma nova rotao de cabeote a
funo G621 deve sempre ser reprogramada.

G620 desativa a instruo G621 e restaura a compensao do comprimento da ferramenta no


eixo selecionado antes da programao de G621.

Mandril Vertical Mandril Horizontal

FIG. 15-22

D1= distncia entre o eixo de rotao de Arraste e o eixo do mandril quando este est
na posio horizontal.

D2 = distncia entre o eixo do mandril na posio horizontal e o prprio nariz do


mandril na posio vertical.
No exemplo seguinte, a programao dos meio corpos A e B do cabeote foi executada atravs
dos eixos A e B do CNC. O cabeote posicionado no eixo do mandril paralelo ao eixo Z na
posio A0. Para a atual programao da posio do cabeote, as funes M.., H.. so
necessrias juntamente com as variveis fornecidas pelo fabricante da mquina. Para a correta
programao do cabeote, deve-se ler o manual do usurio referente mquina, fornecido pelo
fabricante.

REV. 2 15-42
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Fig. 15.23

Comentrios:
%\
<LIM:-13.7;163.3;0.0;150.0;- N20: definio dos eixos ativados para transformao.
88.8;300.0>
N0 G16XYZ+ <CFF=CFZ> G54.01 N60: ativao da instruo G621 para compensar o
N10 T4 M6 (DM15 Tip ) comprimento da ferramenta perpendicular a um plano
N20 <DMX:X;Y;Z> orientado em 30 graus. A origem 1 foi previamente
N30 G0 X100 Y100 Z300 reset (G54.01) no plano G16XYZ+ .
N40 A0 {HALF BODY positioned at A0
degrees} N70: translao da origem por DX150. Notar que a
N50 B30 {HALF BODY ROTATION B30 translao incremental foi usada para no alterar a
degrees} translao calculada por G621 e combinada com G59.
N60 G621 <ATA=0><ATB=30> <TYP=0>
N70 G59 DX150
N90: ativao da matriz dinmica para rotao do plano
N80 X50 Y60 Z50 S1500 M13 F150
ao redor do eixo Y por 30 graus.
N90 L<DROTY><ANR=30>
N100 G81 <RAP=3><ENT= -40><RAL=3>
N160: desativa a translao da origem incremental pela
N110 X50 Y50
programao da mesma cota com sinal contrrio.
N120 Y150
N130 X110
N170: desativa a instruo G621 atravs da G620. O
N140 Y50
N150 G80 Z200 M5 offset do comprimento da ferramenta restaurado como
N160 G59 DX-150 programado em N0
N170 G620
N180 <DTC:OFF> N180: desativa a matriz dinmica para rotao do plano.
N190 B0
N200 Z300 N190-N200: a posio vertical do cabeote restaurada
N210 M02 e permanece em posio de cota clara com offset do
comprimento ativado.

15-43 REV. 2
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15.15 COMO GERENCIAR CABEOTES BI-ROTATIVOS INCLINVEIS (RTCP


ESTTICO)

A instruo G622 usada para calcular a posio da ponta da ferramenta aps a rotao do
cabeote de fresagem bi-rotativo do tipo INCLINVEL indexado. A instruo G622 no
provoca a rotao do cabeote; este ter que ser posicionado atravs das instrues fornecidas
pelo fabricante da mquina. Eis o formato da programao:

G622 <ATA =.> <ATB => <TYP =>


Onde:

<ATA => o ngulo de rotao do meio corpo do cabeote A, ou seja, o que


apresentado na FIG. 15-24 (arrastado)
<ATB => o ngulo de rotao do meio corpo B (de arraste).
<TYP => o discriminante usado para indicar o plano onde foi gerada a origem de
usinagem; pode apresentar os seguintes valores: 0=G16XYZ+, 1=G16ZXY+, 2=G16YZX+,
3=G16YZX-.

Permite que os operadores executem tipos diferentes de processos de usinagem, tais como:
fresar uma superfcie usando uma fresa esfrica, orientando o eixo da ferramenta de forma a
ter baixa velocidade de corte, ou usinar superfcies com reas que no podem ser alcanadas
com o eixo da ferramenta perpendicular ao plano de usinagem.

A funo G622 tambm freqentemente utilizada para usinar vrias faces da mesma pea,
reajustando a ferramenta na face de um dos planos ou usinar em planos inclinados com uma
matriz de rotao dinmica, como mostrado no pargrafo abaixo.

Nota:
Para G622 trabalhar eficientemente, a origem de referncia deve ser zerada (G54.XX) no
plano XY, com o cabeote orientado em direo a Z+: <TYP=0> (A0 e B0), ou no plano ZX
com o cabeote orientado ao longo do eixo Y+: <TYP=1> (A90 B90), ou no plano YZ com o
cabeote orientado ao longo do eixo X+ <TYP=2> (A90 B0) ou X- <TYP=3> (A-90 B0);
exemplos em parnteses referem-se a mquinas com eixo vertical Y. Para mquina com eixo
vertical Z, o plano XY com cabeote ao longo do eixo Z+ <TYP=0> (A90 B90), plano ZX
com Y+ <TYP=1> (A0 B0), plano YZ com cabeote orientado em direo a X+ <TYP=2>
(A-90 B0) , X- <TYP=3> (A90 B0).

A instruo G622 automaticamente leva em conta o comprimento da ferramenta e o


deslocamento do cabeote bi-rotativo: D1 e D2 (ver FIG.15.24) orientados ao longo do eixo
da ferramenta rodada; o resultado dos clculos ativado atravs das instrues de translao
de origem, ou seja: G59 X Y Z. Por essa razo, aps a programao de G622, a troca
de origem G54.XX ou a translao da origem absoluta G59 X Y Z no podem ser
programadas: Para transladar a origem deve-se usar a translao incremental do tipo G59
DX DY DZ a ser programada na linha seguinte da instruo G622. Aps cada troca
de ferramenta, troca de origem ou uma nova rotao de cabeote a funo G622 deve sempre
ser reprogramada.

REV. 2 15-44
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G620 Desativa G622 e restaura a compensao do comprimento da ferramenta no


eixo selecionado.

Antes de programar G622.

D1

A
D2
D2

FIG. 15-24

Este pargrafo ilustra o processo de usinagem descrito na seo anterior (ver FIG.15-23),
supondo-se uma mquina com eixo vertical Y e eixo horizontal Z. Supondo-se, agora, que os
ngulos dos meio corpos A e B do cabeote so programados usando os eixos A e B do CNC e
que o cabeote est localizado com o eixo do mandril paralelo ao eixo Z na posio A0. Para a
real programao da posio do cabeote h necessidade do uso das funes M.., H..,
juntamente com as variveis fornecidas pelo fabricante da mquina. Para a correta
programao, deve-se ler o manual do usurio da mquina, fornecido pelo fabricante da
mquina.

Neste caso, o Programa o seguinte:

% N160 G59 DX-150


<LIM:-13.7;163.3;0.0;150.0;-88.8;300.0> N170 G620
N0 G16XYZ+ <CFF=CFZ> G54.01 N180 <DTC:OFF>
N10 T4 M6 ( Tip DM15 ) N190 B0
N20 <DMX:X;Y;Z> N200 Z300
N30 G0 X100 Y100 Z300 N210 M02
N40 A30 { SEMIBODY in position A30}
N50 B0 {SEMIBODY ROTATION B0}
N60 G622 <ATA=30><ATB=0> <TYP=0>
N70 G59 DX150
N80 X50 Y60 Z50 S1500 M13 F150
N90 L<DROTY><ANR=30>
N100 G81 <RAP=3><ENT= -40><RAL=3>
N110 X50 Y50
N120 Y150
N130 X110
N140 Y50
N150 G80 Z200 M5

15-45 REV. 2
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Comentrios:

N20 Definio dos eixos ativados para transformao.

N60 Ativao de G622 para compensar o comprimento da ferramenta perpendicular a


um plano inclinado em 30 graus ao redor de Y. Origem 1 (G54.01) foi
previamente zerado no plano G16XYZ+ .

N70 A translao da origem DX150; notar que a translao incremental usada para
editar a translao calculada por G622 e associada a G59.

N90 Ativa a matriz dinmica de rotao ao redor do eixo Y de 30 graus.

N160 Desativa a translao de origem incremental com a programao da mesma cota


com sinal invertido.

N170 Desativa G622 atravs da instruo G620; a compensao do comprimento da


ferramenta programada em N0 restaurada.

N180 Desativa a matriz dinmica de rotao no plano vertical e a ferramenta se afasta


da rea de usinagem.

N190-N200 O cabeote retorna posio home.

REV. 2 15-46
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CAPTULO 16

16. PROGRAMAO DE 5 EIXOS

16.1 INTRODUO
Por programao de 5 eixos entende-se que o CNC capaz de comandar, ao mesmo tempo, o
movimento de 3 eixos lineares (por exemplo X, Y, Z) e 2 eixos rotativos (por exemplo B e C),
pertencentes ao um cabeote bi-rotativo. (Ver Fig.16-9 no Pargrafo 16.7).
Onde o CNC no possui funes especiais, a programao de 5 eixos requer clculos muito
complicados, uma vez que o movimento de rotao de um eixo faz o centro da ferramenta se mover
em uma cota que depende do ngulo de rotao, da distncia do centro da ferramenta at o centro de
rotao do eixo arrastado e do comprimento da cobertura do porta-ferramenta.
Dependendo da posio do centro do cabeote rotativo e do elemento rotativo dos eixos (B e C), o
valor linear para se mover os eixos X, Y, Z deve ser calculado de forma que o centro/ponta da
ferramenta sempre esteja em contato com as superfcies que esto sendo trabalhadas.
Baseado na hiptese que esse clculo tenha sido feito por CAD/CAM, o Programa obtido ser
correspondente mquina e s ferramentas para as quais foi gerado.
Graas funo de gerenciamento automtico dos cabeotes TORCIDOS, agora identificados como
RTCP (Rotation Tool Centre Point Ponto Central da Ferramenta Rotativa), o CNC ECS
automaticamente calcula e ativa todas as correlaes nos eixos X, Y, Z capazes de compensar
quaisquer movimentos dos eixos rotativos.
Em outras palavras, o Programa gerado pelo CNC simplesmente descrever, ao mesmo tempo, o
percurso que o centro/ponta da ferramenta deve percorrer no espao X, Y, Z e as posies que os eixos
rotativos devem ter.
Sempre que for necessrio descrever o perfil da ponta da ferramenta ao invs do centro (o que
normalmente requerido), CAD deve tambm fornecer ao CNC o diretrio de co-seno p, q e r, de
maneira que o CNC possa, corretamente, ativar o raio da ferramenta no ar.
Lembrar que, por diretrio do co-seno de um ponto, entendem-se os componentes, nas direes X, Y,
Z, do vetor unitrio (versor) ortogonal superfcie naquele ponto.

16-1 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

O RTCP implantado no comando ECS d acesso, a qualquer momento, s cotas dos 5 eixos que se
referem ao centro da ferramenta e isto pode ser facilmente utilizado para saber, automaticamente os
pontos salientes de um perfil.
A partir desses pontos, com ranhura ou interpolao similar algortmica, possvel reconstruir todo o
perfil e, conseqentemente, com o gerenciamento RTCP ainda ativo, sua usinagem.
A grande vantagem deste procedimento que ele significa que a reconstruo algortmica do perfil
pode ser muito mais simples, pois est livre da geometria da mquina.
Observar que:
- Devido natureza do processo de usinagem executado, somente ferramentas esfricas so
compensadas.
- O perfil comandado deve consistir somente de planos lineares.
- Como mostrado abaixo, o gerenciamento do RTCP ECS permite o controle de cabeotes
mono-rotativos, caracterizados por um nico eixo rotativo.

Para resumir, a soluo que ECS prope permite:

Adequao para qualquer tipo de cabeote


Correo automtica dos movimentos baseados no comprimento da ferramenta
montada.
Gerenciamento de forma a otimizar o avano no perfil para manter uma velocidade de
avano regular e uniforme.
Grande simplificao da complexidade dos ps-processadores necessrios para gerar o
correspondente Programa, no caso em que usado para conhecer automaticamente o
perfil.

16.2 PROGRAMAO DE CABEOTES DE 5 EIXOS


Nos exemplos a seguir, faz-se referncia Fig. 16-1, que apresenta uma verso estilizada de um
cabeote RTCP com eixos rotativos A e B e eixos lineares X, Y, Z orientados de acordo com o
terceiro ISO direita.
No diagrama em questo pode-se observar que o eixo B, de acordo com instrues ISO, sempre
roda em torno do eixo Y. O eixo A, entretanto, roda em torno do eixo X com B orientado
conforme mostrado no diagrama.
Em posio diferente, B pode ser rodado em relao a Z e seria, portanto, definido como C.

REV. 2 16-2
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Dragging
Axis B Dragged
Axis A

Fig. 16-1

Algumas observaes sobre a denominao dos eixos rotativos

Nos prximos pargrafos eles sero definidos como:


Eixo de ARRASTE
O eixo rotativo (eixo B na Fig. 16-1) que apia o segundo eixo rotativo.
Eixo ARRASTADO
O eixo rotativo (eixo A na Fig. 16-1) que est montado acima do eixo de arraste.
PIV
O centro de rotao do eixo de arraste.

16.3 DEFINIO E ZERAO DOS EIXOS RTCP


O CNC ativa corretamente a compensao automtica do RTCP somente se os eixos rotativos
tiverem sido definidos e zerados.
A definio dos eixos envolvidos efetuada com uma instruo especfica:
<ATW: 1o. eixo linear; 2o. eixo linear; 3o. eixo linear; eixo arrastado; eixo de arraste>
A posio de mquina zero est, entretanto, ligada a uma configurao especial do cabeote.

16-3 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

So as seguintes as configuraes diferentes possveis (com relao s convenes ISO para


definio dos eixos).
1) Caso de eixo de arraste rotativo em relao ao eixo linear X (de acordo com a instruo
ISO definida como A).
Os eixos sero definidos com a instruo:
<ATW: X; Y; Z; B; A>
O conjunto de eixos rotativos requer que:
- o eixo arrastado seja orientado de tal maneira que ele rode em relao a Y (por essa
razo definido como B) orientando a ponta da ferramenta na direo positiva de Z.

Fig. 16-2

A rotao ao redor de Y deve ocorrer em sentido positivo indicado pela instruo ISO e no
seguinte diagrama:

2) Caso de eixo de arraste rodado em relao ao eixo linear Y (de acordo com a instruo
ISO definida como B).
Os eixos sero definidos com a instruo:
<ATW: X; Y; Z; C; B>
O conjunto de eixos rotativos requer que:

- o eixo arrastado seja orientado de tal maneira que ele rode em relao a Z (por essa
razo definido como C) orientando a ponta da ferramenta na direo positiva de X.

REV. 2 16-4
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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- A rotao ao redor de Z deve ocorrer em sentido positivo indicado pela instruo ISO
e no seguinte diagrama:

FIG. 16-3

3) Caso de eixo de arraste rodado em relao ao eixo linear Z (de acordo com a instruo
ISO definida como C).

Os eixos sero definidos com a instruo:


<ATW: X; Y; Z; A; C>

O conjunto de eixos rotativos requer que:


- o eixo arrastado seja orientado de tal maneira que ele rode em relao a X (por essa razo
definido como A) orientando a ponta da ferramenta na direo positiva de Y.

A rotao ao redor de X deve ser executada em sentido positivo indicado pela instruo ISO e
mostrada na Fig. 16-4.

Z+ C+

FIG.16-4

Y+
B+
A+ A+

X+

16-5 REV. 2
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Nota:
Lembrar que a instruo de definio <ATW...>, sendo do tipo modal, normalmente
programada uma vez no arquivo COST, que inicializa o CNC na ignio. Dessa maneira, no
mais necessrio program-la no Programa de Usinagem.

16.3.1 CASO ESPECIAL DE CABEOTES MONO-ROTATIVOS

A funo RTCP, que implantada nos CNCs ECS, permite o gerenciamento de cabeotes mono-
rotativos (caracterizados por um nico eixo rotativo).
Tambm neste caso o CNC ativar a compensao automtica de RTCP somente se os eixos
lineares e rotativos tiverem primeiro sido definidos e zerados.
Nesse caso, a definio dos eixos envolvidos efetuada usando-se uma instruo simplificada:
<ATW: 1o. eixo linear; 2o. eixo linear; eixo rotativo>

Notar que os trs eixos devem ter sentidos diferentes.


A posio de mquina zero est, tambm aqui, ligada a uma configurao especial do cabeote.
So as seguintes as configuraes possveis (com relao s convenes ISO para definio dos
eixos).
1) Caso de eixo rotativo em relao ao eixo linear X (de acordo com a instruo ISO
definida como A).
Os eixos sero definidos com a instruo:
<ATW: Y; Z; A>
O eixo rotativo A ser zerado assim que a ponta da ferramenta for orientada no sentido
positivo de Y.

FIG. 16-5

Y+

B+ A
X+

REV. 2 16-6
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2) Caso de eixo rotativo em relao ao eixo linear Y (de acordo com a instruo ISO
definida como B).
Os eixos sero definidos com a instruo:
<ATW: X; Z; B>
O eixo rotativo B ser zerado assim que a ponta da ferramenta for orientada no sentido
positivo de Z.

Fig. 16-6

3) Caso de eixo rotativo em relao ao eixo linear Z (de acordo com a instruo ISO
definida como C).
Os eixos sero definidos com a instruo:
<ATW: X; Y; C>
O eixo rotativo C ser zerado (posio = 0) assim que a ponta da ferramenta for orientada
no sentido positivo de X.

FIG. 16-7

B+

16-7 REV. 2
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16.4 NOTAS SOBRE A COMPENSAO DO COMPRIMENTO DAS FERRAMENTAS

Com RTCP ativada, a compensao do comprimento da ferramenta est sempre ativa e


completamente automtica.
A compensao do comprimento tradicional, ativada com a instruo G16 XYZ+ ou com a
instruo G43, desativada e reajustada automaticamente pelo CNC ao sair do modo RTCP.
Como a compensao pode ser ativada, os comprimentos das ferramentas utilizadas devem ser
definidos em uma tabela especfica.
Durante o funcionamento da RTCP, o CNC compensar automaticamente o comprimento
declarado tambm levando em considerao o comprimento das coberturas dos porta-ferramentas
e tambm qualquer desvio mecnico presente no cabeote.
Ainda com referncia Correo do Comprimento da Ferramenta, deve-se esclarecer que, quando
os diretrios de co-senos p, q e r no so definidos, o perfil programado ser executado, com o
modo RTCP ativo, como se fosse descrito pelo centro da ferramenta.
Nota:
A partir da verso V3.0 no mais necessrio, imediatamente antes de ativar o RTCP, declarar o
raio da lmina atravs da instruo G49 < RTA = .... >. Isto porque esta informao agora
diretamente acessvel na tabela de ferramentas.

16.5 ATIVAO E DESATIVAO DO MODO RTCP

A ativao do modo RTCP (TWIST) possvel programando-se a seguinte instruo:


<TWT: ON>
Ao contrrio, a desativao executada com a instruo:
<TWT: OFF>

Notas sobre a programao:


O RTCP gerenciado independentemente do modo de contorno ativo (G60 / G64 / G66).
Com RTCP ativo, as instrues de compensao do raio da ferramenta (G41, G42, G47 ou G48)
no devem ser ativadas.
Qualquer matriz DINMICA deve ser desativada (<DTC: OFF>).

Matriz de transformao esttica, translaes de origem, caracterstica de espelhamento,


instrues de repetio <RTP> etc., so aceitas.

REV. 2 16-8
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A ativao/desativao do RTCP provoca a parada dos eixos no final do movimento em curso.


No Painel do Operador (ambiente VISCNC) possvel selecionar o tipo de cota que se quer que
seja visualizado. De fato, possvel apresent-lo com referncia ou ao centro da ferramenta ou ao
Piv.
Durante a Execuo ou Leitura de um Programa com RTCP ativo, o CNC efetua uma verificao
preventiva no final da execuo somente sobre o final da cota de movimento. Conseqentemente,
no caso de dever-se mover em overtravel em X, Y e Z em uma fase intermediria do perfil, a
condio no ser sinalizada imediatamente, mas somente quando o procedimento ocorrer
durante a execuo. Nesse caso, o movimento parado imediatamente.
Lembrar que, em um ambiente de simulao grfica, o perfil programado mostrado (centro da
ferramenta) com relao aos trs eixos Cartesianos (X,Y,Z).

16.6 EXEMPLO DE PROGRAMAO

Com a mquina como na Fig. 16-1, a criao de um percurso de linha reta simples (ver Fig. 16-8
abaixo), com a orientao do cabeote RTCP diferente no ponto inicial e no ponto final.

Fig. 16-8

16-9 REV. 2
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Programa

%
.....
N100 G49 <RTA=5>
N105 <SPC:X;Y;Z>
N110 G64
N120 <ATW:X;Y;Z;A;B>
N130 <TWT:ON>
N140 G0 X... Y... Z... A.. (0) B... p... q... r... (Pin)
N150 G1 X... Y... Z... (Pfin) A.. (1) B... p... q... r...
N180 <TWT:OFF>

Comentrios:

N100 Como a ferramenta usada do tipo esfrico, necessrio definir o


raio da lmina de corte assumindo que = raio declarado na
tabela de ferramentas (5mm).
N105 Definio do espao de contorno para ativar os co-senos de
diretrio p, q, r.
N110 G64=fresagem de alta velocidade.
N120 Reserva dos eixos relativos ao gerenciamento de RTCP.
N130 Ativao de RTCP.
N140 Posicionamento de todos os eixos com compensao do raio
usando co-senos de diretrio (Pin).
N150 Posicionamento em G1 de Pfin; os diretrios de co-senos so
programados em relao ao ponto final. Os eixos rotativos so
orientados ao mesmo tempo dos movimentos dos eixos lineares.
RTCP mover os eixos lineares de maneira a atingir o ponto Pfin
enquanto mantm a ferramenta em contato com o perfil
comandado.
N180 Desativao do RTCP.

16.7 CALIBRAO DO RTCP

Esta informao apresentada somente para familiarizar o usurio com alguns dos termos e
conceitos atualmente em uso.

REV. 2 16-10
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Na realidade, a configurao dos parmetros descritos neste pargrafo uma tarefa exclusiva do
fabricante da mquina.
Quando o CNC ligado, leia as caractersticas dimensionais do cabeote RTCP no arquivo
especfico (SPC.TAR) residente no HD.

Os seguintes parmetros so l definidos:

EC1 Este o grau de excentricidade ao longo do eixo na direo 1, que a distncia


entre o centro do cabeote (PIV) e o eixo arrastado medido ao longo do eixo
na direo 1 (normalmente X). (*)
EC2 Este como EC1, porm ao longo da direo 2 (normalmente Y). (*)
EC3 Este como EC1, porm ao longo da direo 3 (normalmente Z). (*)
EAU Este o grau de excentricidade do eixo da ferramenta, isto , a distncia com
smbolo entre o eixo arrastado e o eixo da ferramenta. Todos os valores
descritos so referentes ao cabeote na posio em que as origens dos eixos de
rotao foi estabelecida.
DVP Este o delta do piv, ou a distncia entre a ponta do mandril e a ponta realada
por EAU ao longo do eixo da ferramenta; o comprimento da ferramenta ser
adicionado a esse valor para determinar o efetivo comprimento da ferramenta
usado durante a compensao no modo RTCP.

(*) Esses valores so assumidos com smbolo e, no caso de um RTCP mono-rotativo, so


considerados nulos.
Para entender mais claramente os parmetros acima, consultar a Fig. 16-9, que apresenta uma
representao grfica de um cabeote bi-rotativo com eixo de arrastamento B e eixo arrastado C.

Z+ FIG.16-9 Significado dos


Centro Rotao diferentes parmetros no caso de
eixo de arraste cabeote bi-rotativo
C
Centro Rotao
eixo de arraste
(PIVO)
EC2 Y+
EC1
EAU B

EC3

X+ DVP

Compr. Ferramenta

16-11 REV. 2
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16.8 FORMAO DE ORIGENS COM RTCP ATIVO

Com RTCP ativo, a origem sempre se refere ponta da ferramenta (mesmo quando rodado, o
cabeote retorna posio zero, o ponto de posicionamento).
No caso em que RTCP no est ativo, a origem ser estabelecida na ponta da ferramenta ou do
mandril, baseado em se a compensao do comprimento da ferramenta est ou no ativada. A
formao de origens deve ser executada levando a ferramenta para a origem e orientando-a de
acordo com o eixo de profundidade (normalmente Z).

16.9 USINAGEM NO ESPAO EM SUPERFCIES ROTATIVAS COM CABEOTES BI-


ROTATIVOS/MONO-ROTATIVOS

Um cabeote bi-rotativo/mono-rotativo tambm usado para orientar a ferramenta e pode


trabalhar em superfcies inclinadas no espao.
bvio que neste caso a ferramenta ser orientada em ngulos retos em relao superfcie de
trabalho.
A proposta da ECS para esse tipo de usinagem era, nas verses anteriores, baseada no uso da
matriz dinmica e, especialmente, na macro <DRTXYZ> (para outros detalhes, ver Pargrafo
15.10).
Entretanto, quando a mquina foi configurada para usinar com RTCP, e especialmente quando a
orientao dos eixos durante o Ajuste foi respeitada, possvel usar as novas macros G650 e
G655, que foram desenvolvidas especial para simplificar esse tipo de operao.

16.9.1 VIRTUALIZAO DA SUPERFCIE EM NGULOS RETOS EM RELAO


FERRAMENTA (G650)

A macro G650 determina e ativa a matriz de rotao dinmica apropriada em relao origem
ativa, iniciando nos valores dos ngulos que determinam a inclinao da ferramenta.
A matriz roda a superfcie de trabalho no espao para torn-la normal para a ferramenta. A partir
desse momento a programao executada usando XYZ virtual que identifica, com XY, os eixos
localizados na superfcie e, com Z, identifica o correspondente eixo de profundidade.

Notas:
- Antes de chamar a macro G650 necessrio ter configurado todos os dados das caractersticas
mecnicas do cabeote (EC1, EC2, EC3, EAU e DVP) tendo definido os eixos
correspondentes (usando a instruo <ATW: ... >) e tendo estabelecido os eixos rotativos,
conforme solicitado pelo gerenciamento de RTCP.

REV. 2 16-12
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Cdigo 724P395

- A macro pode ser tambm aplicada em cabeotes mono-rotativos, contanto que as instrues
descritas para cabeotes bi-rotativos continuem sendo respeitadas.

16.9.2 FORMAO DE ORIGENS EM SUPERFCIE VIRTUAL (G655)

Quando em execuo, G650 ativa a rotao ao redor da origem ativa. As cotas visualizadas, e aquelas
comandadas, continuam a se referir a essa origem.
Para simplificar a programao til, e s vezes necessrio, formar uma origem em um ponto especial
na nova superfcie de contorno visualizada.
Para fazer isso suficiente levar, (por exemplo em JOG), a ponta da ferramenta para o ponto
requerido e ento simplesmente chamar a macro G655, desenvolvida para esse propsito.

16.10 IDENTIFICAO DE NORMAL A UM PLANO DEFINIDO POR MEIO DE 3


PONTOS

A verso V2.03 (e posteriores) contm uma nova instruo LIP, que permite ao usurio, em
mquinas com trs eixos Cartesianos e dois rotativos, identificar o normal a um plano identificado
por meio de 3 pontos.
A funo requer a entrada de coordenadas lineares (ponta da ferramenta) de trs pontos e fornece
a sada de coordenadas de dois eixos rotativos, que trazem, pelo menor percurso, o eixo da
ferramenta perpendicular ao plano identificado pelos trs pontos.
A instruo, cuja sintaxe simplesmente <NOR> requer que os eixos sejam declarados
previamente atravs da instruo <ATW:> e que SET seja previamente executado de acordo
com a regras estipuladas pelo gerenciamento de RTCP.
Para que a macro possa calcular corretamente o lado do plano no qual a ferramenta orientada,
necessrio respeitar uma regra especfica na definio da ordem de introduo dos pontos.

Para essa finalidade, examina-se o plano a partir do lado no qual a ferramenta est localizada.
Uma vez definidos o primeiro e segundo pontos, conforme desejado, o terceiro deve,
necessariamente, ser localizado esquerda da linha reta que liga o primeiro e o segundo pontos.

P3

P2
Fig. 15-25
P1 Modo de seleo dos 3
pontos

16-13 REV. 2
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As coordenadas assim identificadas devem ser inseridas, em ordem de direo crescente, nas
seguintes variveis:

Primeiro ponto (P1) #185, #186, #187;


Segundo ponto (P2) #188, #189, #190;
Terceiro ponto (P3) #191, #192, #193;

As coordenadas P1-P3 devem ser absolutas (coordenadas de mquina) ou relativas a qualquer


sistema de referncia paralelo aos eixos da mquina.

O resultado obtido ser:


Na varivel #194 a coordenada do eixo Arrastado
Na varivel #195 a coordenada do eixo de Arraste.

Ambas sero relativas origem ativa no momento da execuo da funo <NOR>.

Exemplo:

N0 <ATW:X;Y;Z;B;A> { X,Y,Z eixos lineares A de Arraste, B Arrastado}


N10 <#185=100> <#186=0> <#187=0> {primeiro ponto X100,Y0,Z0}
N20 <#188=0> <#189=100> <#190=0> {segundo ponto X0,Y100,Z0}
N30 <#191=0> <#192=0> <#193=100> {terceiro ponto X0,Y0,Z100}
N40 <NOR>
N50 G1 B<#194> A<#195> {A ferramenta Normal orientada para o Plano}

16.11 FUNO <OTP>

Usando-se esta funo possvel determinar os coeficientes a serem aplicados a uma matriz
dinmica, que permitir levar, automaticamente, em considerao eventuais erros na colocao de
uma pea no espao. De fato, a matriz em questo no s compensar simples
rotaes/translaes, mas tambm qualquer inclinao que possa ter ocorrido no bloqueio.
A funo requer a entrada de dois conjuntos de quatro pontos cada. O primeiro conjunto ser
referente a posies estipuladas (tericas), o segundo s mesmas posies, diretamente medidas
na pea, uma vez colocadas.
Em outras palavras, a instruo <OTP> calcula os coeficientes da matriz de transformao, que
aplicada ao primeiro conjunto de pontos, fornece o segundo conjunto como resultado.

Parmetros a serem fornecidos em entrada:


Em #185, #186 e #187 as coordenadas do primeiro ponto terico, ordenadas de acordo com a
declarao feita com a instruo <DMX:.>.

REV. 2 16-14
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Em #188, #189 e #190 as coordenadas do segundo ponto terico, ordenadas de acordo com a
declarao feita com a instruo <DMX:.>.
Em #191, #192 e #193 as coordenadas do terceiro ponto terico, ordenadas de acordo com a
declarao feita com a instruo <DMX:.>.
Em #141, #142 e #143 as coordenadas do quarto ponto terico, ordenadas de acordo com a
declarao feita com a instruo <DMX:.>.
Em #100, #101 e #102 as coordenadas do primeiro ponto real, ordenadas de acordo com a
declarao feita com a instruo <DMX:.>.
Em #103, #104 e #105 as coordenadas do segundo ponto real, ordenadas de acordo com a
declarao feita com a instruo <DMX:.>.
Em #106, #107 e #108 as coordenadas do terceiro ponto real, ordenadas de acordo com a
declarao feita com a instruo <DMX:.>.
Em #109, #194 e #195 as coordenadas do quarto ponto real, ordenadas de acordo com a
declarao feita com a instruo <DMX:.>.

Parmetros retornados pela funo:

Em #185, #186, #187 e #188 os coeficientes a11, a12, a13 e a14 da primeira fileira da matriz.
Em #189, #190, #191 e #192 os coeficientes a21, a22, a23 e a24 da segunda fileira da matriz.
Em #193, #141, #142 e #143 os coeficientes A31, a32, a33 e a34 da terceira fileira da matriz.

16.12 MOVIMENTO AUTOMTICO DO EIXO DE ARRASTE

No caso de usinagem executada em superfcie que normal quela do eixo de arraste, esta
funo, que usada com RTCP ativo, ajusta automaticamente a posio do eixo de arraste de
maneira que o ngulo formado com o eixo normal e o perfil seja mantido constante. -{}-
Entretanto, essa nova funo requer a presena de cabeote RTCP (5 eixos). Graas
possibilidade de configurar eixos virtuais ou falsos, a funo pode tambm ser usada em
mquinas mono-rotativas (caracterizadas por 4 eixos). Neste ltimo caso, necessrio definir o
eixo rotativo arrastado como virtual (ou falso).

C (arraste)
ngulo a ser mantido
constante

Y Fig. 16-10

16-15 REV. 2
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No caso de mquina com 5 eixos, quando estabelecido o ngulo que deve ser formado pelo eixo
arrastado com a superfcie de contorno, possvel estabelecer, usando o eixo de arraste, a partir
de qual lado do percurso a ferramenta ser posicionada. De fato, em um ngulo completo do eixo
arrastado, h duas posies de 180o defasadas nas quais a ferramenta (ou melhor, sua projeo na
superfcie de contorno) colocada na mesma linha.
Para determinar isso, as seguintes regras podem ser utilizadas:
Orientar a ferramenta normal na superfcie de contorno com a ponta indicando para baixo. Para
colocar a ferramenta direita do perfil (olhando em direo ao perfil) necessrio estabelecer a
rotao de um ngulo positivo (igual ao cnico requerido).
Portanto, para colocar a ferramenta esquerda do perfil, necessrio estabelecer uma rotao
negativa.
Uma vez ativada esta funo, o primeiro movimento ser executado ao mesmo tempo pelo eixo
linear e pelo eixo de arraste, que se orientar como estabelecido em relao ao perfil. Para os
movimentos seguintes, possvel estabelecer duas maneiras diferentes:

A) Ajuste gradual do eixo rotativo para o final da posio do bloco.

Fig. 16.11

Como pode ser visto na Fig. 16.11, neste caso a ferramenta no mais mantida conforme
orientado com o ngulo requerido (0o) em todo o perfil, mas somente em pontos individuais no
incio e final de cada uma de suas partes.

B) Em relao ao ngulo estabelecido ao longo de todo o perfil com o ajuste somente do eixo
de arraste no incio de cada parte.
Neste caso, se o bloco em execuo o arco de um crculo, o movimento dos eixos linear e de
arraste executado ao mesmo tempo, de forma a manter o ngulo da projeo da ferramenta
constante com o normal do percurso.
As instrues para ativar este modo RTCP so:

<TWT:1;p1,p2;p3> >
Onde:

1 o cdigo que indica o modo especial RTPC.


p1 o ngulo em graus entre a projeo do eixo da ferramenta na superfcie de
contorno e a normal no percurso do perfil. Portanto, o ngulo que deve ser
mantido constante pelo CNC durante a usinagem.

REV. 2 16-16
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p2 o ngulo limite (expresso em graus) que determina se pode ou no trabalhar


nos modos previamente descritos em A) ou B). Se o ngulo formado pela
direo de duas partes similares do perfil for menor no ponto de toque do que o
valor atribudo ao parmetro p2, o CNC seguir o modo A), caso contrrio,
trabalhar em B). Em outras palavras, estabelecendo-se p2=0, o modo B) ser
sempre usado e estabelecendo-se p2=180, o modo A) ser sempre usado.
p3 a velocidade de ajuste do eixo de arraste (expresso em graus/min) para
alcanar a nova posio ao trabalhar no modo B).

Limitaes e Detalhes
A instruo (<TWT:1;p1;p2;p3>) deve ser ativada aps a programao dos eixos associados RTCP.
Se o modo RTCP no estiver ainda ativado, esta instruo o far.
Com esta instruo tambm possvel mover os eixos rotativos, movendo o eixo de arraste pode-
se, implicitamente, mudar o valor do ngulo para manter constante.
No possvel aplicar matrizes estticas ao eixo de arraste.
Esta instruo ser desativada colocando-se o CNC em modo manual (MDI).

16.12.1 COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA EM RTCP (MODO 1)

Quando o modo RTCP 1 est ativo, esta funo permite no somente o movimento automtico
do eixo de arraste de forma a manter o ngulo da ferramenta com o perfil inalterado, mas tambm
compensa o raio da ferramenta.

Limitaes e Detalhes:

O modo RTCP 1 (<TWT:1;p1;p2;p3>) deve ser ativado.


O ngulo entre a projeo da ferramenta na superfcie de contorno e a normal no perfil deve ser
igual, em 0o (isto , p1=0).
Se a usinagem deve ser executada no modo Ajuste gradual do eixo rotativo, o parmetro p2
deve ser estabelecido em 180o (p2=180) e o parmetro p3 neste caso no necessrio e,
portanto, estabelecido em zero (p3=0).
Em outras palavras, neste caso o RTCP 1 deve ser emitido com a instruo:
<TWT:1;0;180;0>
Entrada e sada da pea deve ser executado usando os modos tangenciais (G47/G48/G46) e no
G41/G42/G40.

16-17 REV. 2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Se forem programados perfis cncavos (ver FIG.16-11) diferente do que acontecia com os CNCs
Srie D, nenhum alarme acionado. Uma vez que o offset aplicado em raio constante, o
chanfro ter um leve defeito na aresta cncava, devido ao fato do offset ser sempre aplicado em
raio constante. O problema pode ser facilmente solucionado com a insero de um filete entre as
duas sees cncavas.
Aps ativao da compensao, no possvel mover os eixos rotativos explicitamente, pois a
ferramenta e a trajetria devem permanecer normais entre si e todos os clculos executados com
os valores estabelecidos na ativao.
Espelhamento (MIR) e Matrizes Estticas no devem ser aplicadas em eixos rotativos.
O modo de contorno G72 no aceito.
No possvel alterar a superfcie de contorno aps a programao do bloco <TWT:1;>.

REV. 2 16-18
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

CAPTULO 17

17. EXEMPLOS DE PROGRAMAO DE GAP / EXPERT


Este captulo fornece uma srie de exemplos de programao usando as linguagens ECS GAP e
EXPERT.
Cada exemplo acompanhado de um comentrio e apresenta a lista das principais funes usadas.

17.1 Exemplo 1
Int./ext. Perfil de uma caixa de derivao.

Fig. 17-1

17-1 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Casos geomtricos como exemplos:


Linha reta interseo de crculo com conexo implcita.
Crculo interseo de linha reta com conexo implcita.
Crculo como conexo entre 2 crculos.
Fixao tangencial em ngulos retos a um crculo.
Remoo tangencial em ngulos retos a um crculo.

%(Exemplo EXPERT N.1)

<LIM:-150;150;-105;105;-100;100> Definio dos limites grficos.


N5 G16XYZ+
N10 T2 M6 Fresa com dimetro de 20 mm.
N20 M3 M41 S350 F500
N30 G0 X-75 Y0 Usinagem interna do perfil.
N40 Z-9
N50 G1 Z-10 F200
N60 G48 X-100 Y0 Fixao tangente ao perfil da pea.
N70 G1 RC90 RA10 Movimento linear na direo Y+ com conexo anti-horria ao
crculo definido no bloco seguinte.
N80 G2 I-100 J50 R20 RA10 Centro do crculo e raio conhecidos que sero ligados ao
elemento seguinte usando uma conexo com um raio de
10mm.
N90 G1 Y50 RC0 RA10 Linha horizontal na direo X+ paralela ao eixo Y que ser
ligado ao prximo elemento de crculo usando uma conexo
com raio de 10mm.
N100 G2 I100 J50 R10 RA10 Definio equivalente ao bloco N80.
N110 G1 X100 RC-90 RA10 Definio equivalente ao bloco N90. Neste caso a linha reta, a
uma distncia de 100mm da origem X, orientada na direo
Y-.
N120 G2 I100 J-50 R10 RA10 Definio equivalente ao bloco N80.
N130 G1 Y-50 RC180 RA10 Definio equivalente ao bloco N80. Neste caso a linha reta
paralela ao X.
N140 G2 I-100 J-50 R10 RA10 Definio equivalente ao bloco N80.
N150 G1 RC90 X-100 Y0 Linha reta vertical (direc. Y+) cujo ponto final X-100 Y0. O
ponto inicial dado pela interseo com o crculo definido no
bloco anterior.
N160 G46 X-75 Y0 Cancela a compensao com remoo tangencial.
N170 G0 Z20
N180 X-150 Y0 Usinagem fora do perfil.

REV. 1 17-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

N190 Z-10
N200 G47 K Insero de compensao e entrada tangencial ortogonal em
relao pea no elemento descrito no bloco seguinte.
N210 G3 I-300 J0 R170 Definio de centro e raio do crculo conhecidos.
N220 G2 R20 Conexo entre o crculo definido no bloco N210 e o crculo
definido no bloco seguinte. Neste caso no necessrio ter o
discriminante K pois a conexo tem um arco de menos de
180o.
N230 G3 I0 J400 R320 Centro e raio do crculo conhecidos.
N240 G2 R20 Definio equivalente a N220.
N250 G3 I300 J0 R170 Definio equivalente a N230.
N260 G2 R20 Definio equivalente a N220.
N270 G3 I0 J-400 R320 Definio equivalente a N230.
N280 G2 R20 Definio equivalente a N220.
N290 G3 I-300 J0 R170 Definio equivalente a N230, neste caso a definio
geomtrica fechada, designando de forma implcita o ponto
do crculo onde o ngulo em relao ao centro 0.
N300 G46 K G0 X-150 Y0 Cancela a compensao com remoo tangencial do elemento
anteriormente descrito.
N310 Z200
N320 M2

17-3 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

17.2 Exemplo 2
Fresagem de eletrodo para molde fivela de sapato.

Fig. 17-2

Casos geomtricos como exemplos:


Ligao implcita
Interseo crculo crculo com conexo
Interseo crculo linha reta com conexo.
Interseo linha reta crculo com conexo.
Fixao tangencial ao crculo.
Remoo tangencial ao crculo.

REV. 1 17-4
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

% (Exemplo EXPERT N.2)

<LIM:-45;40;-20;20;-100;100> Definio dos limites grficos.


N5 G16XYZ+
N10 T4 M6 Fresa com dimetro de 5 mm.
N20 M3 M41 S1280 F90
N30 G0 X-60 Y0 Usinagem do perfil externo.
N40 Z-10
N50 G47 K Definio de fixao tangencial em ngulos retos ao elemento
seguinte (o CNC calcula o ponto de fixao).
N70 G2 I60 J0 R100 RA-10 Definio de centro e raio do crculo conhecidos. A conexo
com o crculo seguinte definida, e negativa sendo o
percurso horrio.
O ponto final no definido, portanto ser necessrio
interpretar o bloco seguinte.
A designao da conexo do raio evita a definio do
discriminante. De fato, se a borda viva foi solicitada, ser
necessrio designar K (a interseo solicitada est direita da
linha que liga o centro do primeiro crculo ao centro do
segundo).
N80 G2 I0 J-300 R320 RA-10 Definio de centro e raio do crculo conhecidos.
Este bloco permite a geometria definida no bloco N70 ser
fechada e, portanto, soluciona o caso da interseo crculo-
crculo com raio de conexo.
A conexo com o crculo seguinte definida como negativa,
pois o percurso horrio.
O ponto final no definido, portanto ser necessrio
interpretar o bloco seguinte.
A designao da conexo evita a definio do discriminante.
Se a borda viva foi solicitada, ser necessrio designar K (a
interseo solicitada est direita da linha que liga o centro do
primeiro crculo ao centro do segundo).
N90 G2 I-60 J0 R100 RA-10 A geometria a mesma definida no bloco N80.
N100 G2 I0 J300 R320 RA-10 A geometria a mesma definida no bloco N80.
N110 G2 I60 J0 R100 Definio fechada do crculo que encerra a interseo
crculo-crculo com uma conexo definida pelos blocos N100-
N110.
N130 G0 G46 X-60 Y0 K Remoo tangencial em ngulos retos ao perfil. O CNC
calcula o ponto final no perfil definido por N110.
N140 Z20
N150 G0 X-10 Y0 Usinagem interna do perfil.

17-5 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

N160 Z-10
N170 G1 G42 Y5
N180 X2.5
N190 G1 RC90 RA-5 Definio da linha vertical que intersecta o elemento do
crculo definido no bloco seguinte (N200).
A conexo negativa, uma vez que o percurso horrio.
N200 G2 I0 J-300 R315 RA-5 Definio de centro e raio do crculo conhecidos. Esta
definio fecha o caso da interseo linha reta crculo com
uma conexo iniciada no bloco N190. Uma conexo negativa
definida no bloco, uma vez que o percurso horrio.

N210 G2 I-60 J0 R95 RA-5 Mesma definio como no bloco N200.


N220 G2 I0 J300 R315 RA-5 Mesma definio como no bloco N200 no que se refere ao
fechamento da interseo com o caso anterior. Neste caso
uma conexo com a linha reta seguinte definida.
N230 G1 RC90 X2.5 Y-5 Definio da linha reta vertical na direo Y+.
Esta definio conclui o caso da interseo do crculo com
linha reta e conexo iniciada no bloco anterior.
N240 G1 X-2.5
N250 G1 RC-90 RA-5 Definio da linha reta vertical na direo Y+.
Esta definio a mesma daquela definida no bloco N190.
N260 G2 I0 J300 R315 RA-5 Definio igual quela no bloco N200.
N270 G2 I60 J0 R95 RA-5 Definio igual quela no bloco N210.
N280 G2 I0 J-300 R315 RA-5 Definio igual quela no bloco N220.
N290 G1 RC-90 X-2.5 Y4 Definio igual quela no bloco N230.
N300 G40 X-5 Y0
N310 Z20
N320 M2

REV. 1 17-6
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

17.3 Exemplo 3
Fresagem de braos de alavanca para rgos de transmisso.

Fig. 17-3

Casos geomtricos como exemplos:


Ligao implcita
Tangente linha reta crculo.
Tangente crculo linha reta.
Tangente crculo crculo.
Tangente crculo linha reta - crculo.
Interseo linha reta crculo com conexo.
Interseo crculo linha reta com conexo.

17-7 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

% (Exemplo EXPERT N.3)

<LIM:-91;+23;0;31;-100;100> Definio dos limites grficos.


N5 G16XYZ+
N10 T4 M6 Fresa com dimetro de 5 mm.
N20 M3 M41 S1280 F900
N30 G0 X-90 Y-5
N40 Z-5
N50 G41 X-86 Y-5
N60 G1 Definio de tangente da linha reta ao crculo definido no
bloco seguinte. Como nenhuma outra instruo foi definida,
outra que no G1, o CNC considera aquela linha reta como
tangente ao elemento geomtrico seguinte.
N70 G2 I-83 J3 R3 Definio de um crculo usando centro e raio. Como este
crculo foi definido em uma superfcie, a linha reta
designada ao bloco anterior ser considerada tangente. Como
a definio no define o ponto final, o CNC deve interpretar
o bloco seguinte para determinar o final do movimento
definido nesse bloco.
N80 G1 X-58 Y13 RA5 Definio da linha com designao do ponto final.
Neste caso a posio da linha reta definida como tangente ao
crculo definido no bloco anterior.
Uma conexo designada com a linha reta definida no bloco
seguinte.
N90 G1 RC0 RA9 Linha reta horizontal na direo X+.
O ponto final, que ser designado pelo CNC para solucionar
a interseo com o elemento seguinte (crculo), no
conhecido. A passagem da linha reta para o crculo
executada usando uma conexo.
N100 G2 I0 J11 R25 Definio do crculo usando centro e raio. Esta definio
permite ao CNC definir completamente a linha reta e a
conexo definida no bloco anterior. Como um ponto final
no foi designado, o CNC ler o bloco seguinte.
N110 G2 I14.5 J20.5 Definio de um crculo com somente o centro conhecido.
O raio livre, portanto a geometria formatada pelos blocos
N100 e N110 ser interpretada como um caso de tangente
entre 2 crculos. Neste caso, o discriminante K no
solicitado, como seria necessrio se a tangente do crculo
externo ao crculo definido no bloco N100 tivesse sido
solicitada. O ponto inicial e o raio do crculo so definidos
pelo par de blocos N100 e N110, enquanto o ponto final no
for definido. O CNC deve ler as instrues a seguir para ser
capaz de fechar a geometria do presente bloco.

REV. 1 17-8
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

N120 G1 Definio de linha reta, sem especificar o ngulo ou o ponto


final, de forma que ela s possa ser interpretada como
tangente ao crculo anterior. Esta interpretao tambm no
ser suficiente para definir completamente a geometria,
portanto ser necessrio ler o bloco seguinte.
N130 G3 I0 J11 R9 Um crculo definido usando centro e raio.
A definio da linha tangente aos 2 crculos iniciada nos
blocos N110 e N120 fechada. O ponto final no definido
e, portanto, o CNC ler os blocos seguintes para ser capaz de
fechar a geometria.
N140 G2 R2 Definio de conexo explcita entre o crculo (N130) e a
linha (N150).
N150 G1 RC180 Y0 Definio de linha paralela ao eixo X em direo negativa,
passando atravs da origem. Isto conclui o caso da
interseo crculo linha reta com conexo implcita
iniciada nos blocos N130-N140.
N160 G2 I-83 J3 RC180 Definio do crculo com o ponto final designado usando o
ngulo (RC180) formado pelo vetor conjugado ao centro
com o ponto final.
N170 G0 G46 X-90 Cancela a compensao com remoo tangencial.
N180 Z20
N190 M2

17-9 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

17.4 Exemplo 4
Gancho para guindastes (de MACHINE DESIGN Speluzzi and Tessalotto -Ed. Hoepli)

Fig. 17-4

Casos geomtricos como exemplos:


Conexo implcita
Conexo explcita
Conexo explcita entre crculo e ponto
Conexo explcita entre 2 crculos externos
Tangncia crculo - crculo
Interseo linha reta crculo com conexo.
Interseo crculo crculo com conexo

REV. 1 17-10
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

% Exemplo EXPERT N. 4

<LIM:-87;69;-84;135;-100;100> Definio dos limites grficos.


N5 G16XYZ+
N10 T4 M06 Fresa com dimetro de 5 mm.
N20 M3 S1450 F800
N30 G0 X-25 Y135
N40 Z-10
N50 G42 X-19
N60 G1 RC-90 RA-67 Definio de linha vertical na direo Y- com definio de
conexo em sentido horrio (negativo). Esta linha cruza o
crculo definido no bloco seguinte.
N70 G3 I-3 J0 R84 . Definio de centro e raio do crculo conhecidos. Esta
definio permite que a interseo linha crculo seja
executada com a conexo definida pelos blocos N60-N70.
Como o ponto final no foi definido, o CNC deve interpretar o
bloco seguinte para ser capaz de fechar a atual instruo.
N80 G3 I-6 J-10 RA-35 Definio de centro de crculo conhecido e raio desconhecido
(ateno, notar que RA-35 no o raio do crculo, e sim a
conexo com o elemento seguinte). Neste caso o CNC calcula
o raio de conexo, uma vez que o elemento definido neste
bloco resulta em tangente ao crculo no bloco N70.
N90 G3 I60 J15 R9 Definio de centro e raio do crculo conhecidos. Este
elemento conectado ao elemento anterior usando a conexo
implcita (RA 35) definida no bloco anterior.
N100 G3 R71 Definio de conexo explcita entre os elementos definidos
nos blocos N90 e N110. No necessrio definir o
discriminante K no bloco N90, j que o ngulo sob o arco de
conexo menor que 180o.
No foi possvel usar a conexo implcita, j que os 2 crculos
N90 e N110 no possuem pontos em comum.
N110 G2 I0 J0 R33 Definio de centro e raio do crculo conhecidos. Este
elemento fecha a geometria iniciada no bloco N90. Como o
ponto final no conhecido, o CNC deve interpretar o bloco
seguinte.
N120 G3 X19 Y131 R131 Definio de centro do crculo e ponto final conhecidos. Este
crculo tangente ao crculo definido no bloco N110. A
geometria definida nos blocos N110-N120 interpretada
como uma conexo explcita entre o crculo e o ponto. O
discriminante K no necessrio no bloco N110, uma vez que
o crculo possui um ngulo de menos de 180o.

17-11 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

N130 G1 Y135
N140 G40 G0 X25
N150 Z20
N160 M2

REV. 1 17-12
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

17.5 Exemplo 5
Perfil do molde para piv

FIG. 17-5

Casos geomtricos como exemplos:


Definio de geometria indireta:
Definio de crculo. Definio de ponto como interseo linha crculo.
Definio de linha de juno de 2 pontos.
Conexes implcitas
Interseo linha reta crculo com conexo.
Interseo crculo linha reta com conexo.
Ativao da compensao do raio com fixao tangencial em ngulo reto.
Desativao da compensao do raio com remoo tangencial em ngulo reto.

17-13 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

% (Exemplo EXPERT N. 5)
<LIM:-96;+88;-18;18;-100;100> Definio dos limites grficos.
N5 G16XYZ+
N10 T1 M06 ( Diam. da fresa 5mm)
N20 M3 S1450 F800
N30 O1=G2 X-75 Y0 R16 Definio do centro (X-75 YO) e do raio (R16) do
crculo (para se mover em sentido horrio).
N40 O2=G2 X0 Y0 R18 Definio do centro (X0 Y0) e do raio (R18) do crculo
(para se mover em sentido horrio).
N50 O3=G2 X75 Y0 R12. 5 Definio do centro (X75 Y0) e do raio (R12,5) do
crculo (para se mover em sentido horrio).
N60 P1= G1 Y12 RC0 O1 K Definio de ponto como segunda interseo entre o
crculo O1 e a linha horizontal, numa distncia de
12mm do eixo X e orientado de acordo com X+.
N70 P2= G1 Y15 RC0 O2 Definio de ponto como primeira interseo entre o
crculo O2 e a linha horizontal, numa distncia de
15mm do eixo X e orientado de acordo com X+.
N80 P3= G1 Y15 RC0 O2 K Definio de ponto como segunda interseo entre o
crculo O2 e a linha horizontal, numa distncia de
15mm do eixo X e orientado de acordo com X+.
N90 P4= G1 Y10 RC0 O3 Definio de ponto como segunda interseo entre o
crculo O3 e a linha horizontal, numa distncia de
10mm do eixo X e orientado de acordo com X+.
N100 P5= G1 Y-10 RC0 O3 Mesma definio daquela descrita nos blocos N60-N90.
N110 P6= G1 Y-15 RC180 O2 Mesma definio daquela descrita nos blocos N60-N90.
N120 P7= G1 Y-15 RC180 O2 K Mesma definio daquela descrita nos blocos N60-N90.

N130 P8= G1 Y-12 RC180 O1 Mesma definio daquela descrita nos blocos N60-N90.
N140 L1=P1 P2 Definio de linha de juno entre P1 e P2.
A ordem de definio dos pontos corresponde ao
sentido de percurso da linha reta.
N150 L2=P3 P4 Mesma definio da linha N140.
N160 L3=P5 P6 Mesma definio da linha N140.
N170 L4=P7 P8 Mesma definio da linha N140.
N180 G0 X-100 Y0 {Ex. Contorno} Posicionamento da ferramenta fora da pea.
N190 Z-5
N200 G47 K Insero de compensao com fixao tangencial em
ngulo reto ao crculo O1 seguinte.
N210 O1 RA3 O crculo O1 executado (no sentido horrio como
definido pelo bloco N30) at encontrar a interseo com

REV. 1 17-14
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

a linha reta descrita no bloco seguinte.


N220 L1 RA3 A linha reta L1 executada at a interseo com o
crculo O2, inserindo uma conexo entre os 2 elementos
no ponto de interseo.
N230 O2 RA3 O crculo O2 executado (no sentido horrio como
definido no bloco N40) at encontrar a interseo com a
linha reta descrita no prximo bloco. A presena de
conexo anti-horria (RA3) evita ter que designar o
discriminante K, que necessrio nos casos de
geometria com bordas vivas.
N240 L2 RA3 A linha reta L2 executada at a interseo com o
crculo O3, inserindo uma conexo entre os dois
elementos no ponto de interseo.
N250 O3 RA3 O crculo O3 executado (no sentido horrio como
definido no bloco N50) at encontrar a interseo com a
reta descrita no prximo bloco. Uma conexo inserida
entre os dois elementos no ponto de interseo. A
presena de conexo anti-horria (RA3) evita ter que
designar o discriminante K, que necessrio nos casos
de geometria com ngulos vivos.
N260 L3 RA3 A linha reta L3 executada at a interseo com o
crculo O2, inserindo uma conexo entre os dois
elementos no ponto de interseo.
N270 O2 RA3 O crculo O2 executado (no sentido horrio como
definido no bloco N40) at encontrar a interseo com a
linha reta descrita no prximo bloco. A presena de
conexo anti-horria (RA3) evita ter que designar o
discriminante K, que necessrio nos casos de
geometria com bordas vivas.
N280 L4 RA3 A linha reta L4 executada at a interseo com o
crculo O1, inserindo uma conexo entre os dois
elementos no ponto de interseo.
N290 O1 O crculo O1 executado (em sentido horrio, como
definido no bloco N30) at o ponto de remoo
tangencial em ngulo reto programado no prximo
bloco (G46 X...Y... K).
N300 G0 G46 X-100 Y0 K Eliminao da compensao do raio e da remoo
tangencial em ngulo reto da pea.
N310 Z200
N320 M02

17-15 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

17.6 Exemplo 6
Perfil do molde para abertura do macho de inspeo.

FIG. 17-6

Casos geomtricos como exemplos:

Definio dos elementos geomtricos indiretos:


Definio de crculo. Definio de conexo entre 2 crculos externos.
Ativao da compensao do raio com fixao tangencial em ngulo reto.
Desativao da compensao do raio com remoo tangencial em ngulo reto.

REV. 1 17-16
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

% (Exemplo EXPERT N. 6)

<LIM:-176;152;-121;121;-100;100> Definio dos limites grficos.


N5 G16XYZ+
N10 T4 M06 Fresa com dimetro de 5 mm.
N20 M3 S1450 F80
N30 O1=G2 I-120 J80 R25 Definio de centro e raio de crculo conhecidos (com
percurso em sentido horrio).
N40 O2=G2 I120 J80 R25 Mesma definio da mostrada no bloco N30.
N50 O3=G2 I120 J-80 R25 Mesma definio da mostrada no bloco N30.
N60 O4=G2 I-120 J-80 R25 Mesma definio da mostrada no bloco N30.
N50 O12= O1 G2 R500 O2 Definio de raio de crculo conhecido (com percurso em
sentido horrio G2) tangente aos crculos O1 e O2
previamente definidos. O discriminante no necessrio, j
que o arco menor que 180o.
N60 O23= O2 G2 R500 O3 Mesma definio da mostrada no bloco N50.
N70 O34= O3 G2 R500 O4 Mesma definio da mostrada no bloco N50.
N80 O41= O4 G2 R500 O1 Mesma definio da mostrada no bloco N50.
N90 G0 X-200 Y0
N100 Z-20
N110 G47 K Insero de compensao do raio com fixao tangencial em
ngulo reto ao crculo 041 chamado no bloco seguinte.
N120 O41 O crculo 041 executado (em sentido horrio, como
estabelecido no bloco N80). O crculo executado at o
ponto inicial de O1 onde O41 foi previamente declarado
como tangente (bloco N80).
N130 O1 O crculo O1 executado at o ponto inicial O12 que foi
previamente declarado como tangente no bloco N50.
N140 O12 O crculo O12 executado at sua interseo com O2.
N150 O2 O crculo O2 executado at sua interseo com O23.
N160 O23 O crculo O23 executado at sua interseo com O3.
N170 O3 O crculo O3 executado at sua interseo com O34.
N180 O34 O crculo O34 executado at sua interseo com O4.
N190 O4 O crculo O4 executado at sua interseo com O41.
N200 O41
N210 G46 K G0 X-200 Y0 K Remoo tangencial em ngulo reto do crculo 041. O ponto
X-200 Y0 externo pea e alcanado pela ferramenta
aps execuo da remoo tangencial.
N220 Z200
N230 M2

17-17 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

17.7 Exemplo 7

Perfil de bomba de repuxamento em centrfuga helicoidal.

Fig. 17-7

REV. 1 17-18
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Cdigo 724P395

Casos geomtricos como exemplos:


Definio de elementos geomtricos virtuais:
Interseo ponto de linha reta - crculo
Ponto como centro de crculo
Raio de crculo conhecido passando atravs de ponto e tangente de uma linha reta.
Raio de crculo conhecido passando atravs de ponto e tangente de um crculo.
Centro de crculo conhecido passando atravs de um ponto
Centro de crculo conhecido passando atravs de dois pontos
Raio de crculo conhecido tangente a 2 crculos
Linha reta passando atravs de um ponto e um ngulo conhecidos
Linha reta de ngulo conhecido tangente a um crculo
Ativao da compensao do raio com fixao tangencial em ngulo reto.
Desativao da compensao do raio com remoo tangencial em ngulo reto.

% (Exemplo EXPERT N. 7)
<LIM:-2;15;0;99;-100;100) Definio dos limites grficos.
G16XYZ+
T4 M06 (Diam. de fresa 5 mm.)
M3 S1450 F800
P1= G1 X0 RC90 G2 I-44 J6 R95 K Definio de P1 como interseo de linha reta Y+ com
centro e raio do crculo conhecidos. O discriminante K
necessrio para assumir a segunda interseo.
O1= P1 G2 R83 G1 X14.5 RC-90 Definio do crculo O1 com raio conhecido, percurso
em sentido horrio, passando atravs do ponto P1 e
tangente linha reta vertical, a uma distncia de 14,5mm
do eixo Y.
L1= G1 Y0 RC180 Definio do eixo X.
P2= L1 O1 Definio do ponto P2, interseo da linha L1 com o
crculo O1. O discriminante no necessrio pois aqui
est se tratando da interseo.
P3= O1 Definio do ponto P3 como centro do crculo O1.
O2= G3 P3 X0 Y0 Definio do crculo O2 (sentido anti-horrio),
concntrico ao crculo O1 (o mesmo centro P3) e
passando atravs da origem.
O3= X5 Y50 G3 R35 O2 Definio do crculo 03 (sentido anti-horrio) com raio
conhecido passando atravs do ponto X5 Y50 e tangente
ao crculo O2.
O4= X5 Y50 G3 R86 P1 Definio do crculo O4 (sentido anti-horrio) com raio
R86 passando atravs do ponto X5 Y50 e do ponto P1.
O5= O4 G2 R1 O1 Definio do crculo O5 (sentido horrio) com raio R1
tangente a O4 e O1. O discriminante no necessrio, j
que o ngulo menor que 180o.

17-19 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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L4= O5 RC0 Definio de linha reta horizontal e tangente a O5.


G0 X3 Y90
Z-10
G47 K Ajuste do raio de compensao com fixao tangencial
linha reta L4.
L4 Linha reta L4 j definida em uma posio paralela a X+ e
executada at o elemento aps O5, que foi previamente
definido como tangente.
O5 Crculo O5 j definido em sentido horrio e executado at
o crculo O1, previamente definido como tangente.
O1 RA-0.5 Crculo O1 executado at a interseo com a linha reta
definida no bloco seguinte, ao qual est conectado por
uma conexo horria (RA-0,5).
L1 RA-0,5 Linha reta L1 executada at a interseo com o crculo
definido no bloco seguinte, ao qual est conectado por
uma conexo horria (RA-0,5). ( RA-0,5).
O2 O crculo O2 executado at o ponto tangencial com o
crculo O3.
O3 RA-12 O crculo O3, tangente ao crculo anterior, executado
at o ponto X5 Y50. O crculo conectado ao crculo
seguinte por uma conexo implcita (RA-12).
O4 O crculo O4 executado at o ponto tangencial com o
crculo O5.
O5 O crculo O5 executado at o ponto tangencial com a
linha reta L4.
L4 Linha reta L4 executada.

G46 K G0 X5 Y90 Remoo tangencial pea executada com


cancelamento da compensao do raio.
Z200
M2

REV. 1 17-20
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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17.8 Exemplo 8

Usinagem de uma roda dentada.

Dentes Cicloidais N27

N. 30 holes 18
crossing on 100

Primitivo circle

Detalhe do Perfil

FIG. 17.8

17-21 REV. 1
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O crculo planejado, iniciando de uma fuso de ferro fundido, com furo central j broqueado,
capaz de executar as seguintes fases:
1) Marcao de furo de 18 com pontas marcadoras (T1).
2) Furao com furos passantes de 18 com ponta (T4)
3) Fresagem acabada e semi-acabada de perfil dentado com fresa de 20 (T2)

Casos geomtricos como exemplos:


Ponto como interseo linha reta/crculo
Ponto como interseo linha reta/linha reta
Crculo passando atravs de ponto e centro conhecido.
Crculo com centro conhecido tangente a outro crculo.
Interseo de 2 crculos.
Ativao da compensao com fixao tangencial em ngulo reto.
Uso com interao da roto-translao das instrues do eixo (G58) para mltipla
repetio tanto para processos de usinagem ou definies geomtricas rodadas por uma
passada de ngulo constante.

% (Exemplo EXPERT N.8)

<LIM:-320;320;-320;320;-10;70> Definio dos limites grficos.

N0 G16XYZ+ <CFF=CFZ>

N10 T1 M6 Ponto de marcao

N20 M3 M41 S400 F70

N30 G81 <RAP=48> <ENT=30> <RAL=48> Definio das caractersticas do ciclo de


marcao.
N40 L<FORFLA> X125 Y150 I-75 J150 Definio do ciclo de marcao dos furos n.5
<AIN=0> colocados no crculo de 100. A definio se
<%NHL=5> refere borda no topo direito.
N50 L<FORFLA> X-125 Y150 I75 J150 Definio do ciclo de marcao dos furos n.5
<AIN=0> colocados no crculo de 100. A definio se
<%NHL=5> refere borda no topo esquerdo.
N60 G58 X0 Y0 RB-120 Rotao da origem ativa (em relao do centro
da pea) definida em incrementos (RB-120)
para se obter as duas posies de furao a 120o
e 240o, usando a seguinte instruo de repetio
mltipla.

N70 <RPT:N40;N60;2> Furao das duas bordas repetida com furos


definidos pelos blocos N40 e N50 rodados a

REV. 1 17-22
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Cdigo 724P395

120 e 240.
N80 G80 Z200

N90 T4 M6 Uma ponta de 18mm de dimetro montada.

N100 M3 M41 S400 F70

N110 G81 <ENT=10> Definio das caractersticas do ciclo de


furao.

N120 <RPT:N40;N60;1> Repetio dos blocos de definio das coroas


dos furos e dos incrementos do ngulo de
rotao. Notar em especial que a rotao
calculada no final da fase de usinagem anterior
corrigiu o ngulo de rotao, em relao ao
primeiro par de coroas.

N130 G80 Z200


N140 G58 Cancela coordenadas de rotao. Na realidade,
este bloco no seria necessrio porque no final
da execuo da fase anterior o ngulo de rotao
corrigido por um mltiplo do ngulo de 360.
A programao deste bloco foi executada
apenas para esclarecimento.

N150 T2 M6 Fresa com dimetro de 20mm montada.

N160 M3 M41 S350 F500 <DRA:0.5> A tolerncia de usinagem estabelecida para


execuo do prximo processo de acabamento.

N170 R0=27 {NMERO DE DENTES} Estabelecimento dos parmetros da roda


dentada.

N171 R1=360/R0 {PASSADA ANGULAR}


N174 R2=300 {RAIO PRIMITIVO}
N175 R3=314 {RAIO EXTERNO}
N180 G0 X0 Y350 Posicionamento da ferramenta fora da pea, no
topo.
N190 Z5
N200 O1 = G3 I0 J0 R=R3 Definio do centro (I0 J0) e do raio de 314mm
do crculo externo (para percurso em sentido
anti-horrio).

N210 O2= G3 I0 J0 R=R2 Definio do centro (I0 J0) e do raio de 300mm


do crculo primitivo.

N215 G1 G48 X0 Y=R3 Para iniciar contorno tangencial com a pea

17-23 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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esquerda da ferramenta, no ponto X0 Y314.


N220 L1=G1 X0 RC90 Definio da linha reta de apoio.

N230 L2=G1 X0 Y0 RC=90+R1

N240 L3=G1 X0 Y0 RC=90+R1/2

N250 P1= L3 O2 K Definio do ponto P1 adjacente ao crculo


primitivo referente ao ponto central do dente. O
discriminante K encontra, entre as duas
intersees possveis, a segunda estimativa de
acordo com a definio de sentido da reta.

N260 L4=L1 P1 PE A linha reta L4 perpendicular linha reta L1 e


passa atravs do ponto P1.

N270 P2=L1L4 O ponto P2 est na interseo com as linhas


retas L1 e L4.

N280 L5=L2 P1 PE A linha reta L5 perpendicular linha reta L2 e


passa atravs do ponto P1.

N290 P3=L2L5 O ponto P3 est na interseo com as linhas


retas L2 e L5.

N300 G1 G48 X0 Y=R3 Para iniciar contorno tipo tangencial com a pea
esquerda da ferramenta, no ponto X0 Y314.

N310 O1 RB1 Um arco de 1 grau no crculo O1 executado.

N320 G3 P2 Um arco de crculo com centro em P2


executado em sentido anti-horrio.

N330 G2 P1 Um arco de crculo com centro em P1


executado em sentido horrio.
N340 G3 P3 Um arco de crculo com centro em P2
executado em sentido anti-horrio.

N310 O1 RB1 Um arco de 1 grau do crculo O1 executado.

N360 G58 RB=R1 O ngulo de rotao do ngulo de passada


aumentado para poder repetir o processo de
usinagem dos 26 dentes seguintes.

N370 <RPT:N220;N360;FTI (R0-1)> Instruo de mltipla repetio que roda a


definio dos elementos virtuais do perfil que,
portanto, deve ser recalculado para os 26 dentes
seguintes do perfil.

REV. 1 17-24
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N380 G58 Cancela coordenadas de rotao.

N390 G1 G46 X0 Y350 Remoo tangencial do perfil.

N390 <DRA:0>

N400 <RPT:N180;N380;1> Execuo do processo de acabamento aps o


cancelamento da tolerncia de usinagem no
bloco N390.
N410 G0 Z100 M5

N420 M2 Final de programa.

17-25 REV. 1
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17.9 Exemplo 9

Usinagem de caixas de alumnio.

Raio no citado = 10mm

FIG. 17-9

REV. 1 17-26
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Este ciclo, iniciando com uma chapa de alumnio externamente acabada, com 400 x 600mm e
60mm de espessura, executa os processos de desbaste e acabamento interno em bolsos,
excluindo o furo central de 100.
Para isso, utiliza uma fresa de 16 mm HSS com 2 lminas (T5).

Casos geomtricos como exemplos:


Definio de linha reta passando atravs de um ponto e de inclinao conhecida.
Definio de linha reta paralela a uma linha reta designada. .
Definio de linha reta paralela ao eixo X ou ao eixo Y.
Conexes implcitas
Intersees linha reta crculo e crculo linha reta, com conexes implcitas.

% (Exemplo EXPERT N.9)

<LIM:-320;320;-220;220;0;70> Definio dos limites grficos.

N0 G16XYZ+ <MTX:X;Y;Z> Definio de superfcie de contorno e eixo de compensao


<%CON=1> do comprimento da ferramenta (G16XYZ+), designao
dos eixos aos quais a matriz esttica (MTX...) deve ser
aplicada, definio dos parmetros para repeties
sucessivas do programa com rotao mltipla (%CON=1 ).
N10 T5 M6

N20 M3 M41 S400 F500

N30 L1=G1 X0 Y0 RC-45 Definio da Linha 1 passando atravs do centro e


inclinada a 45o (ver diagrama).

N40 L2=G1 X0 Y0 RC45 Definio da Linha 2 passando atravs do centro e


inclinada a 45o (ver diagrama).
N50 L3=L1 D10 Definio da Linha 3 paralela L1, a uma distncia de
10mm. (D positivo, pois est no sentido do percurso da
linha reta L1, a linha reta L3 est esquerda).

N60 L4=-L2 D10 Definio da Linha 4 paralela L2, a uma distncia de


10mm. O parmetro D positivo, j que a linha reta L4
est esquerda de L2 (orientado olhando-se no sentido de
seu percurso).
L4 percorre em sentido oposto a L4 (devido ao smbolo -).
N70 G777 <QFO=-40> <QIN=0> Designao dos parmetros de desbaste da cavidade com
<PPA=10> <APA=-90> <KPE=100> perfil genrico (G777) relativo cavidade no interior
direito em relao ao centro. Em especial, notar:
<DRA:1> <KFE=0.2>
QFO=-40 cota base da cavidade

17-27 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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QIN=0 cota inicial da cavidade


PPA=10 profundidade de passada.
APA=-90 ngulo de inclinao da passada
KPE=100 fresa segue o perfil sem levantar
DRA:1 tolerncia de usinagem para acabamento
KFE=0.2 coeficiente de modificao de avano na
entrada

N80 G701 <XAT=80> <YAT=0> Incio da descrio do perfil e definio do ponto de


fixao.

N90 G0 G41 X70 Y0 Definio do 1o ponto do perfil com insero de


compensao.

N100 G2 I0 J0 RA10 Movimento circular com centro designado. O raio


estabelecido a partir do ponto inicial, enquanto o ponto
final estabelecido a partir da interseo com a prxima
seo de linha reta definida pelo bloco N110. O
discriminante no necessrio para encontrar a interseo
porque a programao do implcito RA10 permite o
correto estabelecimento do perfil a ser executado.

N110 L3 RA10 Movimento linear em que o ponto final encontrado pela


interseo com o prximo arco de circunferncia. Aqui
tambm a conexo implcita RA10 evita ter que designar o
discriminante.

N120 G3 I0 J0 R180 RA10 Movimento circular com centro e raio designados. Para
encontrar o ponto final, a explicao no bloco N100
permanece vlida.

N130 L4 RA10 Movimento linear como descrito no bloco N110.

N140 G2 I0 J0 R70 RC0 Movimento circular com centro e raio conhecidos. O ponto
final encontrado pelo ponto que forma um ngulo 0o
(RCO) com o centro da circunferncia.

N150 G1 G40 X80 Y0 Cancela compensao e descrio final do perfil.

N160 G779 Ativao do processo de usinagem da cavidade com


execuo de remoo de passadas DRA de tolerncia de
usinagem.
N170 L<ROT> <ANR=270>
<%NRP=3>
N180 <%CON=%CON+1>

REV. 1 17-28
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N190 <RPT:N30;N180;<%NRP>>
N200 <TCT:OFF>
N210 <%CON=1> Definio de execuo de outros trs cabos rodados entre si
em 90 com centro de rotao correspondendo origem da
pea.
N220 G777 <QFO=-40> <QIN=0> Designao dos parmetros de desbaste do cabo com perfil
<PPA=10> <APA=0> <KPE=100> genrico (G777) relativo ao cabo no interior direito em
relao ao centro. Em especial, notar:
<DRA:1> <KFE=0.2>
QFO=-40 cota base da cavidade
QIN=0 cota inicial da cavidade
PPA=10 profundidade de passada.
APA=-90 ngulo de inclinao da passada
KPE=100 fresa segue o perfil sem levantar
DRA:1 tolerncia de usinagem para acabamento
KFE=0.2 coeficiente de modificao do avano na
entrada

N230 G701 <XAT=210> <YAT=0> Incio da descrio do perfil e definio do ponto de


fixao.
N240 G0 G41 X200 Y0 Definio do 1o ponto do perfil com insero de
compensao.
N250 G2 I0 J0 RA10 Movimento circular com centro designado. O raio
estabelecido a partir do ponto inicial, enquanto o ponto
final estabelecido a partir da interseo com a prxima
seo de linha reta definida pelo bloco N260. O
discriminante no necessrio para encontrar a interseo
porque a programao do implcito RA10 permite o correto
estabelecimento do perfil a ser executado.

N260 G1 RC0 Y-180 RA10 Definio de reta horizontal paralela ao eixo X a uma
distncia de 180mm. (negativo porque parte de Y-). O
ponto final encontrado a partir da interseo com a
prxima seo. A presena de uma conexo implcita evita
ter que definir o discriminante.
N270 G2 I280 J-180 R60 RA10 Definio da circunferncia de centro e raio conhecidos. O
ponto final definido pela interseo com o prximo
elemento de linha reta. A presena de uma conexo de raio
implcita executa a discriminao automtica da soluo.

N280 G1 RC90 X280 RA10 Mesma definio do bloco N260.

N290 G2 I280 J180 R60 RA10 Mesma definio do bloco N270.

N300 G1 RC180 Y180 RA10 Mesma definio do bloco N260.

N310 G2 I0 J0 R200 RC0 Movimento circular do centro e do raio conhecido. O ponto

17-29 REV. 1
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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final definido pelo ponto que forma um ngulo 0o (RCO)


com o centro da circunferncia.

N320 G1 G40 X210 Y0 Trmino do perfil e desativao da compensao.

N330 G779 Ativao da execuo do processo de usinagem da


cavidade com execuo de remoo de passadas DRA de
tolerncia de usinagem.

N340 <MIR:ON;X;Y>

N350 <RPT:N220;N330> Repetio de usinagem para cavidades simtricas, aps


ativao do espelhamento.
N360 G0 Z200 M5

N370 M2

REV. 1 17-30
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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CAPTULO 18

18. Transmit Programao Cartesiana de um Sistema Polar

18.1 Generalidades

A funo G37 ou Transmit permite trabalhar qualquer perfil em um plano polar identificado
por uma linear e por um plano rotativo, programando-o em um plano Cartesiano virtual. O eixo
linear deve ser aquele diamtrico, o eixo rotativo (tipicamente uma mesa identificada como eixo
C).
A G37 assim til para executar cortes/trabalhos em superfcies de peas colocadas na mesa.

18.2 Programao

Um Programa que usa a G37 refere-se a um plano de programao normal ao eixo rotativo que
ter como abscissa o eixo diamtrico e como ordenada um eixo fictcio rodado a 90 graus no
sentido anti-horrio, com relao pessoa em frente da mesa. De qualquer maneira, o eixo
fictcio usado como ordenada pode adotar um nome genrico definido pelo programador. Com os
dois eixos do plano de contorno, possvel programar tambm um terceiro eixo que deve ter uma
direo normal, se comparada ao plano polar.
A instruo que configura a funo Transmit caracterizada pela seguinte sintaxe:
<G37: Eixo1; Eixo2; Eixo3; Eixov; tacc>
onde:
Eixo1 Iniciais ou nmero de ordem do eixo radial. Parmetro obrigatrio.
Eixo2 Iniciais ou nmero de ordem do eixo rotativo. Parmetro obrigatrio.
Eixo3 Iniciais ou nmero de ordem de qualquer eixo normal no plano polar que tenha
que ser programada ao mesmo tempo. Parmetro no obrigatrio.
Eixov Iniciais tomadas como ordenada do plano virtual de programao. Sua
programao no obrigatria. Se no estiver presente, o Eixo2 pode ser
usado como ordenada do plano virtual.
tacc Parmetro que permite a otimizao da performance do sistema, especialmente
com relao aos movimentos prximos origem polar.
Quando o valor desse parmetro diminui, a performance do sistema melhor,
porm podem surgir golpes nos eixos (em especial ao chegar mais prximo
origem polar). Ao contrrio, quando ele aumenta, o sistema fica mais
relaxado, reduzindo a acelerao no perfil.-{}-

18-1 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

apropriado estabelecer valores entre 0.01 e 3. Se no estiver programado,


Tacc igual a 0.8, por default.

Exemplos de programao:

1) <G37: Eixo1; Eixo2> <G37:X;C>


Neste caso, durante Transmit somente possvel programar os eixos do plano de
contorno usando como ordenadas as iniciais do eixo rotativo.
2) <G37:Eixo1; Eixo2; ;EixoV> <G37:X;C;;Y>
Durante Transmit sempre possvel programar somente os eixos do plano de contorno,
mas usando, como ordenadas, a inicial Y.
3) <G37:Eixo1; Eixo2; Eixo3 ;;tacc> <G37:X; C; Z;; 0.05>
Durante Transmit tambm possvel programar um terceiro eixo (Z) tendo uma direo
ortogonal com relao ao plano de contorno. O parmetro Tacc imposto e igual a 0.05
seg.

Considerao sobre as caractersticas dos eixos envolvidos


Para a operao correta de Transmit, os eixos envolvidos devem respeitar a seguinte orientao
(campo DRZ do arquivo AXS.TAR):

Eixo radial Eixo rotativo


DRZ = 1 DRZ = 2
DRZ = 2 DRZ = 3
DRZ = 3 DRZ = 1

Alm do mais, o eixo rotativo deve ser definido em AXS.TAR Linear em Graus (TYP=IGR)
ou Redondo (TYP=INT).
Transmit foi ativada com a instruo G37, pode ser desativada programando G36.

Exemplo de programao:

N.. X100 C0 {ltimo movimento sem um G37 ativo}


N.. <G37:X;C;Y> {macro que pr-arranja a G37 para atuar nos planos virtuais X Y}
N.. G37 {Ativao da funo Transmit}
N.. G1 X50 Y30 {primeiro movimento: ambos eixos precisam sempre ser
programados}
N.. G1 Y80 {movimentos adicionais no plano Cartesiano }

N.. G36 {Desativao da funo Transmit}

REV. 3 18-2
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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Aps ativar G37, possvel programar, de maneira usual, qualquer tipo de movimento em
contorno (G1,G2 ou G3) com eventual compensao do raio da ferramenta e uso da sintaxe GAP
/ EXPERT / LIP.
Quando G37 est ativo, os dois eixos associados do plano virtual podem ser reconhecidos graas
apario das iniciais do CNC na tela, prximo s cotas (tanto em Formato Bsico como em
Completo), do seguinte cone:

Quando um eixo virtual for definido como ordenadas, que diferente do eixo rotativo (parmetro
Axisv) este mesmo eixo ser automaticamente visualizado em ambos os formatos (Bsico e
Completo) at que a funo Transmit esteja ativa.
Dentro de G37 possvel efetuar pesquisa e reposicionamento. Quando for reposicionamento, a
seleo Skip Axes (pular eixos) desativada por default.
Esta performance desativada pressionando [RESET] ou programando "%".
Quando houver vrios mandris ou mecnicas complexas, pode ser til ao fabricante incorporar
todas as operaes necessrias para ativao / desativao de Transmit com as duas Funes:
G636 - Input in Transmit e
G637 - Output from Transmit.

18.2.1 Posicionamento e Origem de uma Pea de forma genrica


Trabalhando com Transmit ativada, normalmente a origem formada no centro da mesa.
Ao trabalhar primeiro com uma pea de forma genrica (no cilndrica), necessrio verificar seu
posicionamento e ento formar a origem, como estabelecido com a programao.
Para posicionar a pea na meda rotativa, tendo como referncia os lados que so paralelos ao eixo
fictcio, JOG ativada tambm com Transmit ativa. Nessas condies, movendo em JOG em
um desses dois eixos Transmit, o CNC move simultaneamente o eixo radial e o rotativo, de
forma que o mandril se move em percurso paralelo com relao ao eixo Cartesiano fictcio
selecionado. Assim, o operador pode verificar que o lado da pea colocada sobre a mesa est
paralelo a esse movimento. Se isso no ocorrer, o operador pode desativar Transmit, girar a
mesa, emitir novamente a G37 e tentar de novo.
Aps verificar o alinhamento, o mandril pode ser movido, sempre em JOG, para o ponto onde se
tenciona definir a origem da programao. Para forar a origem nesse ponto, suficiente
adicionar, a cada incio de programa, a instruo G59 com as cotas dos eixos Transmit que
foram visualizadas.

18.2.2 Limites
Quando G37 est ativa, o centro da lmina no pode estar dentro de um crculo de 1mm de raio
ao redor da origem polar.
Ao ativ-la, a cota radial de X deve ser maior que 1.
No permitida a utilizao de matrizes dinmicas; ao contrrio, matrizes estticas podem ser
utilizadas.

18-3 REV. 3
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Ao inserir Transmit, a origem ativa (G54.N..) deve se localizar no eixo longitudinal com relao
funo ativa, a origem no pode ser mudada. Se quiser trabalhar com um sistema de referncia
diferente, deve-se usar G58 / G59 ou uma matriz esttica de roto-translao.
No possvel programar outros eixos do CNC juntamente com os eixos Transmit, com exceo
do eixo ortogonal ao plano virtual (declarado com o parmetro Eixo3).
Antes de ativar G37, obrigatrio programar as modalidades G64 e G94 (Avano em mm/min).
Muitas vezes mais fcil ativar essas funes com a escolha do plano de contorno, com uma
especificao de macro (G637).

Alm do mais, com G637 ativa, no possvel:


- Programar um propulsor;
- Mudar o plano de contorno;
- Ativar a funo Retornar Bloco;
- Ativar as modalidades G67 e G62.
- Ativar o Grfico de Tempo Real.
O esvaziamento / acabamento de cavidades de um perfil genrico operacional com relao ao
perfil ou a rea a ser esvaziada no passa perto ou no incorpora a origem polar.

18.2.3 Macro de Fresagem

Com Transmit ativo possvel utilizar o seguinte conjunto de macros de fresagem:

Fresagem-brocagem interna (G88)


Fresagem para exterior (G188)
Esvaziamento de bolsos circulares (G179, G189, G190)
Esvaziamento de bolsos retangulares (G175, G185)
Esvaziamento de cavidades circulares ou em formato de feijo (G186 e G187)
Execuo de Ciclos Fixos em uma Flange (Macro FORFLA)
Execuo de Ciclos Fixos em Linhas ou Matrizes (Macro FORMAT)

18.3 Mandril Secundrio e Ferramenta Rotativa (ou Motorizada)

Em um torno, a ferramenta motorizada usada tipicamente em combinao com a mesa (ou eixo
C), para executar trabalhos de fresagem. O CNC 4801 pode ser ajustado para comandar 2
Mandris (um Principal e um Secundrio) ambos com transformador de voltagem e uma
Ferramenta Motorizada sem transformador de voltagem (controlada pelo PLC). Para execuo
de trabalhos de fresagem esto disponveis as seguintes solues:

REV. 3 18-4
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1) Somente a ferramenta motorizada sem o transformador de voltagem,


2) Mandril secundrio usado como ferramenta motorizada (que pode ser controlado como
um eixo),
3) Ambos os mecanismos descritos nos pargrafos 2 e 3 acima.

18.3.1 Ferramenta Motorizada controlada pelo PLC


Os sentidos Horrio e Anti-Horrio e tambm a parada desse dispositivo so ativados graas s
especficas funes M definidas pelo fabricante da mquina (com inicializao das variveis
%#106, %#107 e %#108 no arquivo COST). Ao contrrio, a velocidade de rotao
estabelecida com a 2. e 3. Funes Auxiliares (inicializando, em COST, a varivel %#110 ).

18.3.2 Utilizao do Mandril Secundrio


Neste caso, a rotao (parada horria/anti-horria), a orientao, a alterao de limite, etc., so
executadas com as mesmas Funes utilizadas para o controle do mandril principal e,
especificamente:
- M03, M04, M13, M14, M5 (rot. Horria/anti-horria, com ou sem refrigerante, parada)
- M19 (Orientao do mandril)
- M40...M45 (Alterao de limite)
- S... (Velocidade de Rotao)
- G92 S... (Max. Velocidade)
- <WAT:MND> (Esperar mandril parado)

necessrio selecion-lo antecipadamene com a instruo G63x adequada.


G633 : Ativa o Mandril Principal, escolhendo as Funes Auxiliares M..., S...etc. para
este mecanismo. Normalmente uma condio estabelecida por default (a menos
que seja diferentemente especifica no arquivo COST).
G634 : Ativa o Mandril Secundrio, escolhendo as Funes Auxiliares M..., S..., etc.
para este mecanismo. Deve-se enfatizar que o mandril secundrio pode ser
estabelecido (com o campo AMN do arquivo AXS.TAR) tanto como mandril de
Torneagem como de Fresagem. Em ambos os casos, apoiaro as modalidades
G94, G95 e G96.
G635 : Ativa a Ferramenta Motorizada controlada pelo PLC. Neste caso, a emisso das
Funes Auxiliares padro mencionadas acima provocar o acionamento de um
alarme. Neste caso, a nica modalidade aceita a G94.

18-5 REV. 3
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Notas:
As teclas [RESET], [HOLD] atuam sobre o Mandril Principal, o Secundrio e a Ferramenta
Motorizada, independente de qual esteja ativa.
1. Alterando a modalidade no CNC ([MDI], [SET], [JOG], [AUTO]), o ltimo mandril
selecionado permanece ativo.
2. As instrues <SMN:..> so efetivas no CNC na modalidade TESTE (Leitura).
3. Com as instrues % ou: N ou pressionando a tecla [RESET], o ltimo mandril
selecionado que est em execuo permanece ativo.
4. O esquema abaixo resume as informaes associadas com os 2 mandris e com a
ferramenta motorizada:

Estado
Modalidades Funes Auxiliares
Seleo Visualizao no
Permitidas Aceitas
CNC
G94, G95 e MNP
Mandril Principal G633 Padro
G96(*)
G94, G95 e
Mandril Secundrio G634
G96(*) Padro MNS
M Definida pelo
Ferramenta Motorizada G635 G94
fabricante
UTR

(*) Funo ativada somente quando a opo FRE_TOR estiver ativa.

18.4 Seleo do Dispositivo Ativo

Quando a opo OPZ_FRETOR estiver presente e, conseqentemente, os dois ambientes de


Fresa e Torno, a seleo do dispositivo desejado possvel com as seguintes funes:
G630 Selecionar Dispositivo de Fresagem
G631 Selecionar Dispositivo de Torno (com eixos de fresagem principal)
G632 Selecionar Dispositivo de Torno (com eixos de fresagem secundria)

REV. 3 18-6
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
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CAPTULO 19

19. NDICE ANALTICO


Neste captulo so encontradas, em ordem alfabtica, todas as instrues e termos especficos,
usados neste manual
%
% - INICIO DO PROGRAMA............................................................................................................................2-4
:
:N - FASE DE TRABALHO..............................................................................................................................2-10
A
a.. - NGULO POLAR........................................................................................................................................7-4
ABS - FUNO ABSOLUTA DE TRABALHO ...............................................................................................4-4
ACC - DEFINIO DE ACELERAO NOMINAL E DE TRABALHO DO EIXO....................................3-15
ACP - DEFINE PERFIL DE ACELERAO ..................................................................................................3-16
ACS - FUNO DE ARCO CO-SENO.............................................................................................................4-3
ANDAMENTO DE SUB-ROTINAS...................................................................................................................4-7
ASN - FUNO ARCO SENO...........................................................................................................................4-3
EIXO DE ARRASTE.........................................................................................................................................16-3
EIXO ARRASTADO .........................................................................................................................................16-3
ATN - FUNO ARCO TANGENTE................................................................................................................4-3
ATW - DEFINIO EIXOS RTCP ..................................................................................................................16-3
B
BLOCO ................................................................................................................................................................2-1
C
CFF - PR-ESTABELECIMENTO EIXO CICLOS FIXOS...........................................................................10-2
COS - FUNO CO-SENO ................................................................................................................................4-3
D
D .........................................................................................................................................................................8-2
D... - CORRETOR DA FERRAMENTA..........................................................................................................12-3
D0 - ANUL. COMP. DO COMPRIMENTO ......................................................................................................6-2
DISCRIMINANTE K...........................................................................................................................................8-3
DLN - SOBREMETAL EM PROFUNDIDADE .................................................................................................6-4
DMX - DEFINE EIXOS MATRIZES DINMICAS ......................................................................................15-24
DRA - SOBREMETAL SOBRE PERFIL............................................................................................................6-4
DRL - INTRODUO PEQUENAS CORREES NA FERRAMENTA MONTADA ..............................13-19
DROTX - ROTAO EM TORNO DE X......................................................................................................15-29
DROTY - ROTAO EM TORNO DE Y......................................................................................................15-29
DROTZ - ROTAO EM TORNO DE Z.......................................................................................................15-29
DRTXYZ - ROTAO EM TORNO DE X,Y e Z .........................................................................................15-29

19-1 REV. 3
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DTC - ATIVA / DESAT. MATRIZES DIN....................................................................................................15-24


DVP - DELTA PIV (RTCP) ..........................................................................................................................16-11
E
e... - RAIO POLAR ..............................................................................................................................................7-4
EAN - RETORNA INCLINAO RETA.........................................................................................................8-35
EAS - RETORNA ABCISSA PONTO OU CENTRO CRCULO.....................................................................8-35
EAU - EXCENTRICIDADE EIXO FERRAMENTA (RTCP) ........................................................................16-11
EC1 - EXCENTRICIDADE EM DIREO 1 (RTCP)...................................................................................16-11
EC2 - EXCENTRICIDADE EM DIREO 2 (RTCP)...................................................................................16-11
EC3 - EXCENTRICIDADE EM DIREO 3 (RTCP)...................................................................................16-11
ELEMENTO GEOMTRICO ABERTO.............................................................................................................8-1
ELEMENTO GEOMTRICO FECHADO..........................................................................................................8-1
EOR - RETORNA ORDENADA PONTO OU CENTRO CRCULO...............................................................8-35
ERA - RETORNA RAIO DO CRCULO ..........................................................................................................8-35
ETIQUETAS ........................................................................................................................................................2-3
EXPERT ..................................................................................................................................................... 8-1; 8-21
F
F.. - VELOCIDADE AVANO EIXOS ............................................................................................................3-12
Fe - VELOCIDADE EFETIVA NO PERFIL.......................................................................................................7-8
FORFLA - MACRO FURAO FLANGE ....................................................................................................11-12
FTI - FUNO CONV. REAL -> INTEIRO ......................................................................................................4-4
FTL - FUNO CONV. REAL -> DUP. INT.....................................................................................................4-4
FUNES AUXILIARES ...................................................................................................................................2-1
FUNES AUXILIARES EXTERNAS ...........................................................................................................3-13
FUNES AUXILIARES INTERNAS...............................................................................................................3-1
G
G00 - INTERPOLAO LINEAR EM RPIDO ...............................................................................................7-3
G01 - INTERPOLAO LINEAR EM TRABALHO ........................................................................................7-3
G02 - INTERPOLAO CIRCULAR HORRIA .............................................................................................7-3
G03 - INTERPOLAO CIRCULAR ANTI-HORRIA..................................................................................7-3
G04 - DEFINIO DE PAUSA DE FECH.........................................................................................................3-1
G10 - INT. EM COORDENADAS POLARES EM RPIDO .............................................................................7-4
G11 - INT. EM COORDENADAS POLARES EM TRABALHO .....................................................................7-4
G12 - INT. CIRC. HORRIA EM COORD. POLARES ....................................................................................7-6
G13 - INT. CIRC. ANTI-HORRIA EM COORD. POLARES..........................................................................7-6
G150 - ANULA CICLOS G1xx .........................................................................................................................11-9
G150 - CANCELA G184 .................................................................................................................................10-13
G16 EIXO1 EIXO2 DEDINIO EIXOS PLANO DE CONTORNO .............................................................7-2
G16 - DEFINIO PLANO LIVRE DE CONTORNO ......................................................................................7-2
G17 - PLANO DE CONTORNO XY...................................................................................................................7-1
G175 - ESVAZIAMENTO CAVIDADES RETANGULARES ......................................................................11-41
G179 - ESVAZIAMENTO CAVIDADES CIRCULARES .............................................................................11-31
G18 - PLANO DE CONTORNO ZX ...................................................................................................................7-1
G184 - ROSCA RIGIDA..................................................................................................................................10-13
G185 - ESVAZIAM. CAVIDADE COM CASA .............................................................................................11-40
G185 - ESVAZIAMANTO CAVIDADES RETANGULARES ...............................................11-31; 11-36; 11-41
G186 - TRMINO CAVIDADES CIRCULARES ..........................................................................................11-47
G188 - FRESAGEM EXTERNAS .....................................................................................................................11-7
G189 - ESVAZIAMENTO CAVIDADES CIRCULARES .............................................................................11-26
G19 - PLANO DE CONTORNO YZ ...................................................................................................................7-1

REV. 3 19-2
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G190 - TRMINO CAVIDADES CIRCULARES ..........................................................................................11-34


G201 - CICLO MEDIO COM 1 MOVIMENTO..........................................................................................13-9
G202 - CICLO MEDIO COM 2 MOVIMENTOS INTERNOS...................................................................14-1
G203 - CICLO MEDIO COM 2 MOV. INTERNOS ...................................................................................14-1
G204 - CICLO MEDIO COM 4 MOV. INTERNOS ...................................................................................14-5
G205 - CICLO MEDIO COM 4 MOV. INTERNOS ...................................................................................14-5
G206 - CICLO MEDIO COM 3 MOV. INTERNOS ...................................................................................14-7
G207 - CICLO MEDIO COM 3 MOV. ESTERNOS...................................................................................14-7
G208 - COMP. DESALINHAMENTO MESA................................................................................................14-10
G210 - CICLO QUALIFICAO PROBE .......................................................................................................13-6
G211 - CICLO MEDIO COM PROBE EM POS. FIXA ............................................................................13-15
G23 / G24 - DEFINIO LIMITES DE PROGRAMAO..............................................................................3-8
G25 / G26 - LIMITES SW CAMPO DE TRABALHO .............................................................................. 3-4; 3-6
G308 - RESTAURAO TROCA AUTOMTICA FERRAMENTA ............................................................6-15
G309 - EXCLUSO TROCA AUTOMTICA FERRAMENTA ....................................................................6-15
G31 - FUNO "FLUTUANTE"......................................................................................................................9-20
G31 - FLUTUANTE ..........................................................................................................................................7-18
G36 - DESATIVAO FUNO "TRANSMIT"............................................................................................18-2
G37 - ATIVAO FUNO "TRANSMIT" ...................................................................................................18-1
G37 - CONFIGURAO FUNO "TRANSMIT" ........................................................................................18-1
G396 - CANCELA FUNES G397, G398 e G399.........................................................................................3-11
G397 - EM G96 NO MODIFICA VELOCIDADE MANDRIL EM RPIDO...............................................3-11
G398 - MODALIDADE GERENCIAMENTO MANDRIL ..............................................................................3-11
G399 - MODALIDADE GERENCIAMENTO MANDRIL ..............................................................................3-11
G40 - CANCELA COMPENSAO .................................................................................................................9-1
G41- COMP. COM PEA DIREITA ..............................................................................................................9-1
G42 - COMP. COM PEA ESQUERDA ........................................................................................................9-1
G43 - ATIVA COMP. EM COMPRIMENTO POSITIVA..................................................................................6-1
G44 - ATIVA COMP. EM COMPRIMENTO NEGATIVA ...............................................................................6-1
G46 - SADA TANGENCIAL .............................................................................................................................9-7
G47 - AT. TANG. COM PEA DIREITA ......................................................................................................9-7
G48 - AT. TANG. COM PEA ESQUERDA .................................................................................................9-7
G49 - RAIO DE CORTE....................................................................................................................................12-1
G51 - COMPENSAO CABEOTE............................................................................................................15-38
G52 - CANCELA COMPENSAO CABEOTE ........................................................................................15-38
G53 - ORIGEM ABSOLUTA..............................................................................................................................5-6
G54.XX - CHAMAR ORIGEM...........................................................................................................................5-1
G55 - ATIVAO MODALIDADE SPLINE......................................................................................... 7-20; 7-23
G56 - DESATIV. MODALIDADE SPLINE .....................................................................................................7-21
G58 - ROTO-TRANSLAO ORIGEM ............................................................................................................5-4
G59 - TRANSLAO ORIGEM ........................................................................................................................5-2
G59 N... - CARREGAMENTO ORIGEM ARQUIVO.......................................................................................5-3
G60 - MODALIDADE DE CONTORNO ..........................................................................................................7-9
G62 INSERO AUTOM. ACOPL. RETAS PLANO CONTORNO..............................................................7-16
G620 - DESATIVA G621 ................................................................................................................................15-44
G620 - DESATIVA GERENC. RTCP ESTTICO.........................................................................................15-42
G621 - ATIVAO RTCP ESTTICO..........................................................................................................15-41
G622 - POSICIONAMENTO CABEOTE TILTING BI-ROTATIVO & INDEXADO ...........................15-44
G63 - DESATIVA MODALIDADE G62 ..........................................................................................................7-17
G630 - SELECIONA DISPOS. FRESA.............................................................................................................18-6
G632 - SELEC. DISPOS. TORNO (COM EIXOS SECUND. DE TORNEAGEM).........................................18-6
G632 - SELECIONA DISP. TORNO (COM EIXOS PRINCIPAIS DE TORNEAGEM) ................................18-6
G636 - ENTRADA EM TRANSMIT ...............................................................................................................18-3

19-3 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

G637 - SADA DE TRANSMIT ........................................................................................................................18-3


G64 - MODALIDADE DE CONTORNO............................................................................................................7-9
G65 - MODALIDADE DE CONTORNO............................................................................................................7-9
G650 .................................................................................................................................................................16-12
G655 .................................................................................................................................................................16-13
G66 - MODALIDADE DE CONTORNO............................................................................................................7-9
G663 - ATIVA MANDRIL PRINCIPAL...........................................................................................................18-5
G664 - ATIVA MANDRIL SECUNDRIO .....................................................................................................18-5
G665 - ATIVA FERRAM. MOTORIZADA......................................................................................................18-5
G67 - ATIVAO MODALIDADE ....................................................................................................... 7-13; 7-17
G68 - DESATIV. MODALIDADE ....................................................................................................................7-14
G70 - PROGRAM. EM POLEGADAS................................................................................................................3-9
G701 - DEFINIO PERFIL ..........................................................................................................................11-50
G71 - PROGRAM. MTRICA ............................................................................................................................3-9
G72 - MODALIDADE CONTORNO ................................................................................................................9-12
G722 - TRABALHO DAS SUPERF. TRONCNICAS..................................................................................11-69
G726 - DEFINIO PARMETROS E PRIMEIRO PERFIL RISCADO.....................................................11-59
G727 - DEFINIO SEGUNDO PERFIL ......................................................................................................11-59
G728 - PREPARA CICLO ...............................................................................................................................11-59
G73 - RESET MODALIDADE G72 ..................................................................................................................9-12
G736 - DEFINIO PARM. E PERFIL PLANO.........................................................................................11-63
G737 - DEFINIO PERFIL / SEES ........................................................................................................11-63
G738 - EXECUO CICLO ...........................................................................................................................11-63
G777 - DEFINIO PARMETROS MACRO ESVAZIAMENTO CAVID. GENRICA..........................11-50
G778 - COMANDA ESVAZ. CAVIDADE SEM PASSADA ACABAM. 11-50
G779 - COMANDA ESVAZ. CAVIDADE COM PASSADA ACABAM. ....................................................11-50
G793 - FUNO CANCELAM. FERRAM. 6-13
G794 - COMANDA ATUALIZ. TABELA, CARREGANDO FERRAM. COM LOCAL DEFINIDO............6-13
G797 - COMANDA CARREG. LOCAL E FORMA FERRAM. .......................................................................6-7
G798 - COMANDA CARREGAM. PARM. GEOMTRICO FERRAM.........................................................6-8
G799 - COMANDA CARREGAM. DADOS GERENC. FERRAM. ..............................................6-9; 6-10; 6-11
G80 - ANULA CICLOS FIXOS ........................................................................................................................11-2
G81 - FURAO SIMPLES..............................................................................................................................10-3
G82 - FURAO COM PAUSA .....................................................................................................................10-4
G83 - FORAO PROFUNDA.........................................................................................................................10-5
G84 - MASCHIATURA.....................................................................................................................................10-6
G85 - ALARGAM. COM RETORNO EM TRABALHO..................................................................................10-6
G86 - FURAO...............................................................................................................................................10-6
G88 - FRESAGEM INTERNA ..........................................................................................................................11-1
G89 - FURAO COM PAUSA.......................................................................................................................10-7
G90 - PROGRAMAO ABSOLUTA...............................................................................................................3-2
G91 - PROGR. INCREMENTAL ........................................................................................................................3-2
G92 S - LMITAO VELOC. MX. MANDRIL........................................................................................3-10
G94 - FEED EIXOS EM MM/MIN E SPEED MANDRIL EM RPM ................................................................3-9
G95 FEED EIXOS EM MM/ROT E SPEED MANDRIL EM ROT/MIN......................................................3-10
G950 - REALIZAO COTA PROGRAMADA PELA VIA MAIS BREVE..................................................3-12
G96 TRABALHO EM VELOC. DE CORTE CONSTANTE.........................................................................3-10
GAP ......................................................................................................................................................................8-1
I
IFC - SALTO CONDICIONAL ...........................................................................................................................4-8
IFF - SALTO CONDICIONAL............................................................................................................................4-8
INP INPUT DADOS ............................................................................................................................................2-7

REV. 3 19-4
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INSTRUO .......................................................................................................................................................2-1
INSTRUES AUTO-CANCELANTES ...........................................................................................................2-2
INSTRUES MODAIS.....................................................................................................................................2-2
J
JMC - SALTO INCONDICIONAL .....................................................................................................................4-8
JMP - SALTO INCONDICIONAL......................................................................................................................4-8
JMP:STL - SALTA PARA ENDEREO MEMORIZADO TRAMITE <STL> ...............................................4-22
JRK - LIMITAO DO JERK ..........................................................................................................................3-16
L
L - ELEMENTO VIRTUAL LINHA .................................................................................................................8-21
L<&Rxx> - MODALIDADE DE CHAMADA DE UMA SUB-ROTINA..........................................................4-5
L<...> - CHAMADA SUB-ROTINA ...................................................................................................................4-5
L<TESTOF> - FINAL CICLOS MEDIO.....................................................................................................13-5
L<TESTON> - INICIAL. CICLOS MEDIO ................................................................................................13-4
LIM - DEFINE LIMITES GRFICOS................................................................................................................2-9
LNT FORMAO AUTOM. COMPRIM. FERRAMENTA ........................................................................13-20
LTZ - LARGA TOLERNCIA .........................................................................................................................13-2
M
M0 - STOP PROGRAMADO ............................................................................................................................2-10
M1 - STOP OPCIONAL ....................................................................................................................................2-11
M17 - FINAL SUB-ROTINA ..............................................................................................................................4-6
M19 - ORIENTAO MANDRIL....................................................................................................................3-15
M2 - FINAL PROGRAMA................................................................................................................................2-11
M30 - FINAL PROGRAMA..............................................................................................................................2-11
M40-M45 - SELEO GAMA .........................................................................................................................3-15
MAT - DEFINIO DE MATRIZES ...............................................................................................................15-8
MAT: OFF - CANCELA MATRIZ ...................................................................................................................15-8
MATRIZES DE TRANSFORMAO .............................................................................................................15-1
MATRIZES DINMICAS .................................................................................................................... 15-2; 15-23
MATRIZES ESTTICAS..................................................................................................................................15-2
MILL - MACRO SPIANATURA ....................................................................................................................11-22
MIR ATIVA / ANULA ESPELHAM. ............................................................................................................11-49
MIR:OFF - ANULA ESPELHAM. TODOS EIXOS......................................................................................11-49
MIS - TIPO DE MEDIO...............................................................................................................................13-3
MODALIDADE G67 ............................................................................................................................... 7-11; 7-16
MTX - DEFINIO EIXOS MATR. EST. .......................................................................................................15-8
N
NOR DEDINIO NORMAL PLANO 3 PONTOS.......................................................................................16-13
O
O - ELEMENTO VIRTUAL CRCULO ...........................................................................................................8-21
OPERADORES ALGBRICOS..........................................................................................................................4-2
OPERADORES TRIGONOMTRICOS.............................................................................................................4-3
OPERAO OPCIONAL "/ " ............................................................................................................................2-8
OTP - CLC. COEFF. MATRIZ P/ COMPENSAR DESALINHAM. PEA ...............................................16-14
P
P - ELEMENTO VIRTUAL PONTO ...............................................................................................................8-21
PROGRAMA .......................................................................................................................................................2-1

19-5 REV. 3
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PKV - DEFINE GANHO PROPORCIONAL KV .............................................................................................3-16


Q
COTAS .................................................................................................................................................................2-2
R
R ..........................................................................................................................................................................8-2
R.. - VARIVEIS DE APOIO .............................................................................................................................4-1
RA ........................................................................................................................................................................8-2
RB.........................................................................................................................................................................8-2
RC.........................................................................................................................................................................8-1
RET - FINAL SUB-ROTINA...............................................................................................................................4-6
RND - FUNO ARROT. INTEIRO..................................................................................................................4-5
ROT - ROTAO MLTIPLA.......................................................................................................................15-16
ROT - ROTAO SIMPLES ..........................................................................................................................15-15
ROTRAS - ROTO-TRANSLAO ................................................................................................................15-17
ROTX - ROTAO EM TORNO A X ...........................................................................................................15-20
ROTXYZ - ROTAO EM TORNO X, Y e Z ...............................................................................................15-23
ROTY - ROTAO EM TORNO A Y ...........................................................................................................15-20
ROTZ - ROTAO EM TORNO A Z ............................................................................................................15-20
RPT - REPETIO DOS BLOCOS ..................................................................................................................4-12
RTCP ..................................................................................................................................................................16-1
S
SCALE - SUB-ROTINA ..................................................................................................................................15-19
SGL - DEFINIO LIMIAR POSICIONAMENTO E FUGA EIXOS.............................................................3-17
SIN - FUNO SENO.........................................................................................................................................4-3
SKP:OFF ..............................................................................................................................................................2-9
SKP:ON................................................................................................................................................................2-9
SM ........................................................................................................................................................................8-3
SPC- SELEO ESPAO CONTORNO..........................................................................................................12-1
SPL FILTRO INTERPOLAO SPLINE ........................................................................................................7-22
SQR - FUNO RAIZ QUADRADA.................................................................................................................4-4
STL - MEMORIZA COTA SALTO ..................................................................................................................4-22
STP:OFF- DESABILITA STOP OPCIONAL ...................................................................................................2-11
STP:ON - HABILITAO STOP OPCIONAL ................................................................................................2-11
STZ - ESTREITA TOLERNCIA....................................................................................................................13-2
SWA TROCA EIXOS ....................................................................................................................................15-39
T
TAC - RESTAURA ACELERAO CONFIGURADA ..................................................................................3-16
TAN - FUNO TANGENTE ............................................................................................................................4-3
TCT - HABILITAO MATR. ESTAT. ..........................................................................................................15-8
TGR - PROGRAM. PARAM. ENTRADA ........................................................................................................9-11
TIM - DETERMIN. TEMPO EXECUO DE UM PROGRAMA..................................................................4-21
TKV - RESTAURA GANHO PROPORCIONAL Kv DE CALIBRAO ......................................................3-17
TRACYL - PROGRAM. CILNDR. ................................................................................................................15-28
TRANS - TRANSLAO MLTIPLA ..........................................................................................................15-13
TRANS - TRANSLAO SIMPLES..............................................................................................................15-12
TSG - RESTAURA LIMIAR POSICION. E FUGA TARATURA ...................................................................3-18
TWT - ATIVA/DESATIVA RTCP ....................................................................................................................16-8
TWT:1... - MOVIM. AUTOM. EIXO ARRASTE EM RTCP .........................................................................16-16
TYP - DEFINIO TIPO MEDIO E RESP. ERRO ....................................................................................13-4

REV. 3 19-6
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P395

U
USR - GERENC. DINM. USO FERRAMENTA............................................................................................9-18
W
WAT:MND - ESPERA MANDRIL FECHADO ...............................................................................................18-5
WRITE SUB-ROTINA PARA INSERO CADEIA CARACTERES .......................................................11-74
Z
ZTL - ZERA FERRAM. FORA MAGAZINE...................................................................................................6-16

19-7 REV. 3
Normas de Programao - CNC FRESA Srie WIN
Cdigo 724P392

Nota:

REV. 3 19-8

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