Histórias Com... Matemática PDF
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matemtica
organizao : lusmenezes . ctiarodrigues . lilianaferraz . anamartins
Organizao
Lus Menezes, Ctia Rodrigues, Liliana Ferraz e Ana Martins
Reviso de texto
Isabel Menezes
Edio
Escola Superior de Educao de Viseu
http://www.esev.ipv.pt
1 edio, Viseu 2009
Capa e composio
Jos Lus Loureiro
Apoio:
histrias com... matemtica
Introduo
Certo dia, estava Pitgoras a passear na linda floresta dos nmeros. Ia a ca-
minho de Crotona, quando encontrou o ngulo Recto Mau, que lhe perguntou:
Onde vais?
Pitgoras respondeu:
Vou a caminho de Crotona.
E que levas a, nessa mochila? perguntou o ngulo Recto Mau.
Um livro de Matemtica. Vou estudar as potncias com o meu mestre,
Sr. p respondeu ele.
Agora j no vais. Vou comer-te tens um ar bastante apetitoso e mate-
mtico. disse o ngulo Recto Mau.
Isso que no vais. Vou transformar-te num tringulo rectngulo. disse
o matemtico, pegando na sua espada d ao (raiz quadrada de ao).
Depois de uma rdua luta entre ambos, Pitgoras deu um golpe sobre o
ngulo Recto e quebrou um dos segmentos de recta, conseguindo transform-
-lo num tringulo rectngulo.
Assim nunca mais comers ningum! exclamou o estudioso.
Pitgoras continuou o seu caminho para Crotona, levando consigo o Trin-
gulo Rectngulo. Parou para descansar um pouco e comer uns bolos de que
tinha preparado em casa da sua me, pois tinha l ido passar o fim-de-semana.
Que delcia estes bolos! A minha me tem c umas receitas! exclamou
Pitgoras, enquanto olhava para os maravilhosos bolos.
XII . doze . 12
O QUADRADO CONVENCIDO
texto: susanagomes . ilustrao: rosatavares
O professor apresentou-se:
O meu nome Lus e sou o vosso professor de Matemtica. Hoje vou ensi-
nar-vos como se adicionam e se subtraem fraces.
Quando ouviu isto, a menina Matemtica saiu, muito coradinha, da pasta do
professor e deu um pulo para o quadro. Apareceram nmeros, sinais e contas.
A menina Matemtica olhou discretamente para os alunos e reparou no seu
olhar aborrecido. Ficou to tristinha, a menina Matemtica!
De repente, ouviu-se novamente a campainha. A aula chegara ao fim.
Como foi? perguntou o quinze, muito curioso.
Muito mal respondeu a menina Matemtica com o oito no canto do olho.
Por que que ests a chorar? perguntou o porttil, novinho em folha,
que estava tambm dentro da pasta.
Os alunos no gostam de me aprender! respondeu a menina Matem-
tica Bocejaram e quase adormeceram durante a aula.
Mas porqu? Tu s to divertida! elogiou o livro de matemtica.
Antes de ir para casa, a menina Matemtica passou pelo Continmero para
comprar mais uns dezassetes e vinte e uns para o pequeno-almoo.
Quando chegou a casa foi tomar um duche rpido e deitou-se no seu con-
fortvel ngulo obtuso. Antes de dormir ainda telefonou aos seus nmeros pri-
mos para desabafar:
Foi s o primeiro dia e j estou assim? No pode ser! Amanh pensarei
numa soluo para resolver este problema. afirmou, despedindo-se.
No dia seguinte, acordou muito bem-disposta e com a cabea cheia de
nmeros racionais. Ento, decidiu mudar o seu visual: vestiu uma proporo
e uma semi-recta, colocou um sinal de multiplicar na cabea e calou os seus
confortveis ngulos rectos. Depois, encheu a carteira de nmeros, sinais de
mais, de menos, de multiplicar, de dividir, de igual, parnteses, ngulos, formas
geomtricas levava tudo o que precisava.
Quando entrou na sala quinze, ganhou coragem e correu energeticamente
21 . vinte e um . XXI
XXII . vinte e dois . 22
UM ROUBO MATEMTICO
texto: marianamenezes . ilustrao: analusasilva
Como todas as histrias comeam por Era uma vez... esta no vai fugir
regra.
Era uma vez uma cidade chamada Numeropolis onde todos os habitantes
eram amigos e no causavam problemas... viviam em paz, na paz dos deuses
matemticos. At que um dia um grande mistrio pairou sobre a cidade...
A lua estava cheia, os gatos miavam e os ces ladravam... No meio daquele
luar prateado, mas estranho, algo de surpreendente aconteceu. Houve um cri-
me no Museu de Histria Matemtica.
Algum roubara um dos mais valiosos nmeros do mundo, o Nmero de
Ouro que estava bem guardado no centro da sala maior daquele espao. O
guarda X e o guarda Y do museu, quando se aperceberam, contactaram o Ban-
do da Justia. Pensaram que s esse bando seria capaz de resolver um proble-
ma desta gravidade! Eles vieram rapidamente no seu square mobile.
Analisaram o local do crime. Depois de muito investigarem, encontraram
um bilhete que dizia Divide o permetro da circunferncia pelo dimetro do
crculo. Segue o resultado e ters uma surpresa. Quando acabaram de ler aqui-
lo viram um enorme crculo desenhado no cho.
Calcularam tudo e obtiveram um nmero infinito cujos primeiros dgitos
eram 3,141592654... Ficaram sem entender o que queria dizer aquela mensa-
gem. Entretanto, mandaram chamar o elemento neutro para ajudar na resolu-
XXIV . vinte e quatro . 24
o daquele problema. Rapidamente ele chegou concluso que aquele era o Pi.
O historiador do Museu de Histria Matemtica, ao ouvir aquele nome, lem-
brou-se que tinha catalogado uma caixa com uma inscrio que dizia Pi. Todos
foram arrecadao e viram-na a um canto. Junto dela estava outro bilhete que
dizia: Com o vocs vo sofrer. Depois de lerem esta mensagem enigmtica,
olharam uns para os outros, mas no se preocuparam muito Parecia ser uma
brincadeira de mau gosto, pois este caso estava a ser muito mediatizado. As tele-
vises, a rdio, os jornais, as revistas no se cansavam de falar do assunto. E afinal,
que mal poderia fazer o desaparecimento de um simples nmero? Est bem, era
um nmero de elite, sempre era o Nmero de Ouro Mas que raio, no mundo
matemtico mais nmero menos nmero
Todos estavam curiosos para abrir a caixa. Olharam uns para os outros e
resolveram tirar ventura quem a haveria de abrir. Logo foi calhar a sorte ao
elemento absorvente da multiplicao. Destemido, abriu-a E qual no foi o
espanto!!! Dentro daquela caixa saiu um fumo vermelho. O que seria aquilo?!
De repente, todos os que estavam presentes comearam a correr pelas ruas a
calcularem permetros de crculos, tinham febres cbicas, delrios com contas
de dividir e uma imensa vontade de estudar Matemtica.
Todos os cursos de Matemtica ou algo que tivesse a ver com ela estavam
sobrelotados. Era uma correria, todos queriam aprender e trabalhar contedos
matemticos A cidade fervilhava de tanta agitao. A rotina calma e serena
daquela cidade tinha sido perturbada e no havia como parar.
Um dia, houve um estranho comunicado na rdio. O emissor identificou-
se como M.M.. O comunicado dizia o seguinte: Esta cidade ir pagar por
tudo o que nos fez. A caixa continha uma infinita e--dmia. Toda a gente j viu
quais so os sintomas. Conseguem ver do que ns somos capazes. E aviso-vos,
esta e--dmia no s ataca os cidados de Numeropolis como tambm ataca
as letras que compem a palavra Matemtica.
25 . vinte e cinco . XXV
XXVI . vinte e seis . 26
A e--dmia alastrava cada vez mais, apesar das vrias tentativas de cura.
Foram chamados os mais famosos cientistas, pensadores e investigadores do
mundo inteiro. Ningum conseguia resolver o problema. Eles prprios tambm
ficavam contaminados e comeavam a estudar e a resolver grandes problemas
matemticos.
Os meses foram passando, a cidade estava cada vez mais estranha. As pes-
soas no comiam, no trabalhavam, as crianas no brincavam Mas esta si-
tuao estava a rebentar pelas costuras, no podiam ficar assim para sempre
Todos iriam morrer de desgaste, pois nem s de Matemtica vive o homem.
Todos sabemos como ela importante na nossa vida, mas assim no havia
quem aguentasse. Aquela vontade incessante, aquele amor estava a tornar-se
fastidioso e com o tempo tornou-se um grande aborrecimento. Achavam que
aquilo era obra dos Malficos Matemticos (M.M.).
Certo dia, apareceu por l a doutora Gertrudes Lingustica. Ao ver aquele
cenrio, ficou aterrorizada e resolveu investigar aquele caso to indito. Foi
pesquisar em dicionrios, enciclopdias, livros de medicina at que na Inter-
net encontrou o site dos M.M.
Depois de vrios meses de pesquisa, a nossa amiga encontrou um blog no
qual vinha em destaque uma entrada que dizia: Sou a Magnifgicameteora123
e gostaria de comentar o seguinte tema O interesse humano pela Matemti-
ca. Ao longo dos meus anos como vigilante da terra tenho-me vindo a aper-
ceber que o interesse dos terrqueos est a descer a um nvel assustador. Isto
deixou--me bastante preocupada e ento tomei a liberdade de libertar para o
planeta terra uma e--dmia matemtica. Todos devem estar a pensar que eu
estou maluca. Mas no tm motivos para se alarmarem, porque benigna e s
ataca os terrqueos. At vista e mandem-me uma mensagem caso queiram
saber mais informaes. Ao ler esta mensagem foi logo avisar as autoridades.
O polcia Joo Pestana, que estava a ser chamado da terra do sono, no
ligou muito ao que ela disse. Achou que aquela mulher estridente estivesse
27 . vinte e sete . XXVII
A VIAGEM NO TEMPO
texto: lusmelo . ilustrao: joosousa
e foram dar uma volta. E ento puderam encontrar-se nos monumentos, nas
fontes, nos aquedutos, nas igrejas e sentiram-se muito importantes. E to
importantes se sentiram que comearam a medir as suas foras. O nove (IX)
proclamava ser o rei, visto ter o maior valor absoluto. Houve uma grande dis-
cusso e quase se declarou uma guerra.
No, o rei sou eu disse logo o oito (VIII) sou o mais belo e o mais per-
feito! Empurrando o oito veio logo o trs (III), dizendo que todos gostam do trs
e por isso ele que deveria ser o rei.
No! gritou o nmero um (I). Sou eu, porque sou o primeiro!
De repente, os nmeros que ali estavam, descobriram que o zero no tinha
vindo e ficaram muito preocupados e calaram-se todos.
Um deles dissera que sem o zero no devia haver nenhuma eleio, que
era uma injustia e que j tinha saudades de regressar, saudades de ser usa-
do nos raciocnios, nos clculos mentais, nas caixas dos supermercados, nos
balces dos centros comerciais, na construo das mquinas, nas fbricas, nas
indstrias, nos aeroportos, nas escolas e em tantos outros lugares.
Todos concordaram.
Mas agora como voltaremos? perguntou outro.
E de repente, comearam todos a chorar. O que lhes tinha acontecido!!...
Um deles, o mais desesperado falara da sorte do zero, pois ele tinha esca-
pado a tal desgraa.
Todos pararam de chorar e pensaram no que teria acontecido ao zero.
O zero, esse, tinha ficado aflito no meio da mquina do tempo circulando
por todo o lado, carregando em todos os botes procura de uma sada.
O tempo parecia passar to devagar, mas o zero no desistia, at que numa
certa altura ouviu-se um rudo e numa grande agitao apareceram todos os
viajantes perdidos que se abraaram tanto que prometeram nunca mais fazer
tal experincia.
Todos preferiam serem usados nos computadores e nos problemas mais
difceis que os homens podem exigir.
XXXVIII . trinta e oito . 38
39 . trinta e nove . XXXIX
A IMPORTNCIA DO ZERO
texto: joomatos . ilustrao: acciosantos
A SAPATARIA SOMA
texto: inssilva . ilustrao: michellemiranda
Como eu desejava
Poder multiplicar
Mas nasci Soma
S aprendi a somar
nmero da turma. A Ana era o quatro, a Carla o dez e por a adiante. O Alex j
estava a aterrar. Finalmente, tinha chegado. Aterrou mesmo em frente escola
e na hora do intervalo. Quando viu a Zoe e a Zoe o viu a ele, pensaram logo:
Estamos salvos!
Quando foram ter um com o outro, combinaram encontrar-se noite para
resolverem a situao. Minutos depois, tocou para entrar.
Vamos trabalhar em Matemtica. disse-lhes o professor.
Mas ns j somos matemtica.
Pois, mas vamos fazer assim. Eu vou chamar-vos ao quadro e vo formar
nmeros. Os que esto sentados lem o nmero. Nmero seis, quatro, nove, dois
e um. Vo formar um nmero decimal. Eu vou ser a vrgula, como podem ver.
o nmero vinte e uma unidades e novecentos e sessenta e quatro
milsimas. respondeu imediatamente a Marta.
Certo. Muito bem Marta, estou impressionado!
Algum tempo depois, tocou para sair. Era hora de almoo.
Esta coisa de sermos nmeros at fixe. Ao menos ficamos a perceber
melhor a Matemtica. comentavam os alunos.
At eu, que no percebo nada disto estou uma craque. respondeu
a Marta.
noite, o Alex e a Zoe tentavam resolver o assunto.
Temos de encontrar uma maneira. As coisas no podem continuar assim.
disse o Alex.
Concordo. Tenho uma ideia!
Fala, fala. Estou curioso. Depressa.
O Dr. Cientista pode ajudar-nos. Ele uma pessoa mais avanada em
termos de cincia.
Claro. Ento vamos, do que estamos espera?
E l foram os dois a correr para o laboratrio do Dr. Cientista que, acordou
de repente e estremunhado.
51 . cinquenta e um . LI
LII . cinquenta e dois . 52
O que fazem aqui a uma hora destas? No deviam estar a dormir? Afinal
o que querem? Desembuchem!
Bom, como sabe, todo o planeta se transformou em nmeros. Menos
ns os dois. Gostvamos de poder ajudar toda a gente, at o senhor.
Eu acho que tenho ali um livro que nos pode ajudar. Era do meu bisav.
Aqui est, Os Numris.
O que que diz?
Eu ainda no estou bem acordado. Importam-se de voltar amanh de
manh, quando eu estiver realmente acordado?
No, no nos importamos nada. Voltamos amanh. Boa noite.
Adeus, meninos. At amanh.
E l foram eles para casa, um pouco mais descansados, depois de saberem
da existncia do tal livro. Com certeza que l dizia o que fazer para as pessoas
voltarem ao normal.
No dia seguinte, de manhzinha, foram de novo ao laboratrio do Dr. Cien-
tista que j se encontrava acordado.
Bom dia, Dr. Cientista. J est bem acordado? perguntou a Zoe.
Sim, claro. Vamos ver o que o livro diz. Mas aonde que eu o meti?
Se me recordo, na mesa-de-cabeceira. Oh, no! Ele no est aqui!
Se calhar p-lo noutro lugar. respondeu Alex.
Vamos procur-lo.
Estiveram horas e horas procura do livro at que...
Encontrei-o! exclamou Zoe Estava debaixo da estante.
Vejamos. Diz assim: Para acabar com os Numris tm de resolver um
problema matemtico.
A Filipa vai comprar 15 bolos. Quando chega confeitaria verifica que
cada um custa 65 cntimos. Ento diz ao empregado:
Eu no tenho dinheiro para pagar tudo porque apenas trago uma nota
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de dez euros.
Ser que a Filipa tem razo? Justifica a resposta com os clculos.
Vamos ter de pensar. disse Zoe J sei! 0,65 15 que vai dar...
9,45.
De repente, os humanos deixaram de ser nmeros e ficaram de novo normais.
Viva! Obrigado, meninos.
E assim, ficou tudo resolvido.
LIV . cinquenta e quatro . 54
A AMIZADE PODEROSA
texto: anamargaridaalmeida . ilustrao: hernnipestana
Quando o zero chegou ao Portugal dos Grandes, teve uma grande surpresa,
s via zeros e o 1, o 2, o 3, o 4, o 5, o 6, o 7, o 8 e o 9,mas cada um deles, sempre
acompanhado pelo menos com um zero. Ento ele percebeu, que era um algaris-
mo muito importante para todos e que tambm os outros algarismos faziam toda
a diferena, quando acompanhados por si ou pelos seus irmos zero.
Todos, a partir daquele momento, perceberam que no mundo todos te-
mos um lugar e uma misso para cumprir. Todos perceberam que, indepen-
dentemente do lugar que ocupamos e da misso que temos, devemos sempre
respeitar a diferena e se pudermos unirmo-nos a ela e da unio fazer a fora.
LVIII. cinquenta e oito . 58
Era uma vez uma figura geomtrica fininha e flexvel que vivia no Pas dos
Polgonos. Tinha muitos amigos, todos polgonos como ela: uns trapzios iss-
celes at quadrados e rectngulos. Um dia, ao ir brincar com as suas colegas,
encontrou um losango triste que lhe disse:
Deixa-me sozinho! rejeitando-a, com ar rabugento.
Eu sou um solitrio trapzio escaleno e gostaria de saber por que ests
triste?! perguntou ele com um ar preocupado.
E o losango respondeu:
Estou perdido e sou novo por aqui! E ningum me liga porque sou um
quadrado deformado.
No fiques triste, porque vais ver que encontras muitos amigos, neste pas.
Mas como que vou ter amigos, se ningum me liga nenhuma
Ento j tens aqui uns bons amigos, que somos ns. Vem tambm con-
nosco procura de muitos amigos para depois connosco construres poliedros.
E ento, quando chegaram cidade de TRIPOLGONO, encontraram mui-
tas espcies de tringulos, tais como escalenos, issceles e equilteros, que
no tinham amigos e por isso perguntaram-lhes:
Por que que esto to tristes?
E os trs tringulos responderam em coro:
Ns estamos tristes, porque no temos amigos e ningum nos liga
nenhuma
LXIV . sessenta e quatro . 64
65 . sessenta e cinco . LXV
Um cubinho,
Dois cubinhos,
Trs cubinhos a girar.
A aula de Geometria,
Aqui vamos ns contar.
O senhor Daniel,
Fez o poliedro estrelado,
Era multicolorido,
E muito engraado!
O prisma triangular,
E o hexagonal construmos,
E quando j estavam todos feitos,
Todos ns nos rimos!
Um cubinho,
Dois cubinhos,
Trs cubinhos j giraram.
A aula e todas as figuras,
Foi assim que acabaram
69 . sessenta e nove . LXIX
Num belo dia de sol, fui ao encontro do amigo Mrio. Perto da casa dele, vi
uma papelaria onde vendiam revistas, jornais e outras coisas mais. Decidi com-
prar uma caderneta de cromos de futebol. Eu tive muita sorte, pois o Senhor
da papelaria conhecia-me e ofereceu-me um livro com enigmas matemticos.
Estava ansioso por mostrar ao Mrio o que me tinha oferecido, porque ele ado-
rava Matemtica e, assim, podamos desvendar os enigmas.
Cheguei a casa dele por volta das dez horas. Nesse momento, ele estava a
ver uns desenhos animados muito engraados que, por acaso, eu tambm cos-
tumava ver. Eu disse-lhe que tinha um livro com enigmas matemticos. Ele des-
ligou logo a televiso e fomos para o quarto dele tentar resolver os problemas.
Abrimos o livro e reparmos que tinha problemas, semana a semana.
Como j estvamos no dia catorze de Agosto, abrimos nessa semana e depar-
mo-nos com um problema estranhssimo. O problema era o seguinte:
No dia seguinte, eram oito horas quando o Mrio telefonou. Ele disse-me
que a papelaria do Sr. Carlos abria s nove. Ns combinmos ir l ter quando a
papelaria abrisse, portanto s s nove que nos amos encontrar.
Antes das nove j l estvamos os dois, pois queramos imenso saber qual
era a resposta. Quando chegou, o Sr. Carlos estranhou ver-nos por ali to cedo.
S quando ns lhe perguntmos a soluo do problema, que ele percebeu o
que ns queramos. Ele no nos quis dizer a resposta, ns insistimos, mas ele
no nos disse. Ento, fomos para minha casa destroados.
Quando l chegmos, tentmos resolver o enigma, mas nada. Resolvemos,
ento, perguntar s professoras de Matemtica e Portugus que, por mero aca-
so, iramos ter, nesse mesmo dia, tarde.
Perguntmos s duas professoras, mas nem uma, nem outra sabiam a res-
posta e ainda tiveram de explicar turma toda, desde o incio, a histria. Ns j
estvamos a pensar: ser que este problema tem soluo?
No fim das aulas, fomos para nossas casas. Mal sabamos o que nos espe-
rava no dia seguinte.
De manh, fomos para a escola. No entanto, fomos por caminhos diferen-
tes. Eu ia muito bem no meu caminho, quando um senhor, que eu no conhe-
cia, lia um jornal, cuja manchete dizia: assalto a um banco os ladres deixa-
ram uma pista:
Se (1) ladro (60) num bar e (70) sair (100) pagar, vem (1) polcia e diz: (20)
prender.
O segundo era:
Se (1) ladro roubar (2) caixas multibanco e (70) fugir aparece (1) polcia e
diz (20) prender.
O prximo banco a ser assaltado o banco 2 16 9 = BPI.