Kailo Apostila
Kailo Apostila
Kailo Apostila
SOMOS
O trabalho da Kailo consiste em atuar no desenvolvimento de grupos e
indivduos, estimular relaes humanas mais produtivas e saudveis focando
sempre no protagonismo consciente. Acreditamos que a partir do
desenvolvimento de indivduos que a organizao tambm se desenvolve e alcana
resultados slidos e duradouros.
Visualize por um momento um fluxo que comea no Pensar, passa pelo Sentir e chega
ao Querer/Agir. Podemos compreender a aprendizagem a partir desse fluxo: na
verdade, por meio desse caminho que a educao moderna se estruturou. Na escola
ou na universidade em geral o que acontece : recebemos um contedo (Pensar),
que pode ser uma teoria, um estudo de caso ou o passo a passo de um mtodo, por
exemplo; absorvemos o contedo a partir dos encaixes que ele faz com nossas
vises e hbitos relacionados ao tema em questo, o que usualmente acaba gerando
em ns simpatias e antipatias imediatas (Sentir); e, por fim, executamos o novo
contedo que nos foi transmitido, quer seja por meio de um teste ou de uma
avaliao ou por meio de desafios reais no trabalho e na vida (Querer/Agir). Esse
processo pode ento ser resumido da seguinte forma: Receber (P) > Absorver (S) >
Executar (Q).
Vale lembrar que as dimenses do Pensar, Sentir e Querer trabalham, cada uma,
com um objeto distinto: o Pensar lida com contedos (interpretaes e ideias), o
Sentir com a interao (como nos comunicamos com os outros e com o mundo) e o
Querer com procedimentos (formas de se fazer as coisas).
Alm disso, nosso prprio percurso de aprendizagem como facilitadores pode ser
compreendido a partir desses dois processos: em alguns momentos, buscamos
orientaes em cursos tericos, livros e conversando com profissionais mais
experientes; em outros, precisamos partir para a prtica e, por meio da interao
com outras pessoas, vamos percebendo o que serve e o que no serve para ns at
chegarmos nas nossas prprias concluses.
Existem vrias formas de aplicar o World Caf, desde seu uso em polticas pblicas,
salas de aulas com educadores, associaes, ONGs, conversas estratgicas em
empresas etc.
Algumas dicas:
Voc j foi a um evento ou discusso e sentiu que seria muito mais produtivo se as
pessoas pudessem simplesmente conversar entre si, mais do que assistirem a
palestras? Uma das premissas bsicas do World Caf que todos tm
conhecimento para compartilhar. Cada um traz consigo seu leque de histrias,
perspectivas, sonhos, ideias e sabedorias. Neste sentido, o Caf torna possvel
quebrarmos a lgica do um para muitos e enfatizar a viso sistmica, por meio de
conversas baseadas na horizontalidade e na colaborao.
Referncias
Referncias
O Open Spacetraduzido por alguns como Tecnologia do Espao Aberto uma forma
de se realizar reunies criativas partindo das vontades de cada pessoa do grupo. A
ideia que coletivos possam se auto organizar para interagir em torno de temas
complexos, estratgicos e urgentes. til em encontros de algumas dezenas de
participantes a reunies com mais de mil pessoas, o Open Space caracteriza-se como
uma abordagem autogerida, no proprietria e altamente interativa. Pelo fato de os
prprios participantes proporem e decidirem toda a agenda, as conversas de um
Open Space tendem a sustentar um grande nvel de engajamento.
Um Open Space sempre tem um tema central que interessa a todos os participantes,
geralmente orientado para a ao (um novo projeto ou mudanas necessrias numa
rea, por exemplo). Diversas conversas ocorrem simultaneamente e podem tratar
de assuntos distintos, desde que haja conexo com o tema proposto. As reunies
funcionam melhor quando tm temas urgentes, complexos e que despertem a
diversidade de pontos de vista.
Alm desses quatro princpios, o Open Space regido pela lei dos dois ps. Em
suma, ela reafirma a responsabilidade de cada um para com seu aprendizado e suas
contribuies e confere a todos a liberdade de ir e vir. Assim, a ideia que as pessoas
participem do que realmente tm vontade, podendo sair de uma conversa sempre
que entenderem que no esto fazendo a diferena ali. A lei dos dois ps permite o
surgimento da figura das abelhasos participantes que levam informaes de um
grupo a outroe das borboletas, que podem optar por no participar de nenhum
grupo para fazerem o que consideram mais importante. s vezes, o encontro entre
duas ou mais borboletas pode acabar inaugurando uma nova conversa.
Aps o facilitador explicar os quatro princpios e a lei dos dois ps, o grupo comea
a montar a agenda do Open Space. Todos so convidados a refletir por um momento
em silncio e em seguida, caso queiram, podero oferecer sesses s quais queiram
assumir responsabilidade. Uma parede j deve estar preparada com o esqueleto de
uma tabela contendo os tempos e espaos reservados para as sesses. Um Open
Space pode durar de duas horas a at vrios dias.
Espaos / Sala Salo de
Lounge Biblioteca Jardim
tempos principal ch
9h30 11h30
11h30 13h00
13h00 14h00
14h00 15h30
15h30 17h00
O Open Space pode ser aplicado em situaes diversas, desde que haja um tema
quente e um grupo disposto a experimentar uma forma de trabalho colaborativa.
Em escolas, por exemplo, o mtodo pode ser uma boa forma de elaborar novas
estratgias e solucionar desafios; em organizaes, o Open Space pode servir para
engajar todos os funcionrios e partes interessadas num novo projeto.
Referncias
Livro digital Kit Educao fora da Caixa, Alex Bretas. Baixe o livro em
www.alexbretas.com.br/kit
AS DUAS ENERGIAS DA FACILITAO
No existe uma verdade absoluta e nem uma definio exata sobre o conceito
facilitao. Contudo, existem vises, percepes e muitos aspectos em comum
entre os diversos conceitos existentes.
Para exercer esse papel, o facilitador pode fazer uso de duas energias: a Arte e a
Cincia da Facilitao.
J a Arte da Facilitao tem a ver com tudo que sutil, no racional, intuitivo.
necessrio:
Inspirar uma sensao de confiana para que seja possvel criar junto com o
grupo um ambiente de dilogo, isto , um espao seguro e acolhedor de fala
e escuta;
Permitir-se errar;
Prefira perguntas abertas e que do pano pra manga (O que; Quais; Como);
Evite polarizaes (A ou B; Sim ou No; Concordo ou Discordo);
Crie perguntas que permitam ao grupo piramidar em cima (isto , construir
novas possibilidades a partir delas);
Evite perguntas muito longas e confusas e perguntas que comeam com
longas introdues (pergunta-discurso);
Fazer boas perguntas pode contribuir para: acolher; espelhar uma
determinada situao; provocar mudanas; agir; estruturar; questionar e
problematizar; conhecer melhor o outro; abordar um problema de uma
maneira nunca antes tentada (mais apreciativa ou aprofundada, por
exemplo).
A arte das boas perguntas parte da premissa que as respostas que encontramos
em nossas relaes, organizaes e na sociedade so condicionadas pelas
perguntas que somos capazes de fazer. Se, por exemplo, s fazemos perguntas
focadas em problemas e na parte negativa de uma situao, bem possvel que
tenhamos dificuldades de focar em solues e no que podemos construir juntos como
grupo.
Para um facilitador numa reunio, duas perguntas essenciais so: O que este
momento precisa? e Qual poderia ser minha melhor contribuio para este
grupo agora?
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
Livros indicados para o estudo biogrfico:
Outras indicaes:
Esse material foi baseado a partir das nossas prprias experincias no campo da
facilitao e tambm com informaes adaptadas do curso de formao de
consultores da ADIGO (www.adigo.com.br); do Programa Germinar de
Desenvolvimento de Lderes Facilitadores, do Instituto Ecosocial
(www.ecosocial.com.br); da formao Art of Hosting
(http://www.artofhosting.org/pt-br) e da formao de coaching ontolgico do
Instituto Appana (www.institutoappana.com.br).
Agradecemos imensamente por voc ter compartilhado esse momento conosco!
Com carinho,