Determinação de Cobre em Cachaça Por Absorção Atômica
Determinação de Cobre em Cachaça Por Absorção Atômica
Determinação de Cobre em Cachaça Por Absorção Atômica
CEFET MG
Belo Horizonte MG
2016
i
CEFET MG
Belo Horizonte MG
2016
ii
SUMRIO
1. RESUMO .................................................................................... 1
2. OBJETIVOS ................................................................................. 2
5. CONCLUSO .............................................................................. 11
6. REFERNCIAS ............................................................................ 12
1
1. RESUMO
O presente trabalho foi realizado para a determinao de cobre em duas amostras de cachaa
a partir da tcnica instrumental de Espectrofotometria de Absoro Atmica. Com o intuito de
validar o mtodo de rotina mais adequado para anlise foram realizados trs procedimentos
para a anlise de cobre em cachaa: mtodo de rotina, de simulao de matriz e de adio de
padro. A partir dos dados obtidos foi possvel a realizao de testes estatsticos que permitiram
verificar qual o mtodo mais adequado para a anlise de cobre em cachaa
2
2. OBJETIVOS
- Determinar o teor de cobre em duas cachaas diferentes por absoro atmica utilizando
o mtodo de rotina, adio de padro e simulao de matriz.
- Realizar o tratamento estatstico dos dados obtidos para cada mtodo comparar os mtodos
assim como os analistas, comparando o T1 com o T2.
- Analisar a possibilidade de outliers na curva de calibrao do mtodo de rotina e simulao
de matriz.
- Determinar o limite de deteco para o mtodo de simulao de matriz.
3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1. Materiais
- Bales volumtricos (25 e 50 mL) - Bquer
- Pipeta automtica de 1-5 mL - Ponteiras
3.2. Reagentes
- gua destilada, CEFET-MG
- lcool Absoluto (99,5 GL) - EMFA, Fabricao:12/11, Lote:0201.1065 12/11
- Soluo estoque de cobre 1000 ppm, preparada por: Qui-3 T2, em 18/05/15
- Cachaa de alambique contida em garrafa pet genrica
- Cachaa artesanal contida em garrafa de vidro Cdigo: 7UF
3.3. Equipamentos
- Espectrmetro de Absoro atmica Varian, modelo SpectrAA 55B.
A curva de calibrao foi feita com padres de 2, 4, 6, 8 e 10 ppm de cobre. Para isso
pipetaram-se respectivamente 1, 2, 3, 4 e 5 mL de uma soluo intermediria de cobre preparada
previamente e transferiu-se para bales de 25 mL e completou-se o balo com a soluo
alcolica previamente preparada.
4. RESULTADOS E DISCUSSO
A segunda bebida alcolica mais consumida no Brasil, a cachaa vem conquistando cada
vez mais mercados. Obtida pela destilao do mosto fermentado de cana-de-acar, sem adio
de acar, corante ou outras substncias qumicas, a cachaa vem se destacando por sua
qualidade e pelo empreendedorismo de muitos produtores1.
Com base nisso determinou-se o teor de cobre em duas cachaas diferentes utilizando trs
mtodos distintos: O mtodo de rotina, o mtodo de simulao de matriz que tem como simular
a matriz da cachaa para eliminar possveis interferentes em um mtodo de rotina e por fim o
mtodo de adio de padro que a metodologia oficial para a determinao do teor de cobre
na cachaa. Os resultados obtidos foram tratados no excel para determinar se houve diferena
ou no entre mtodos e analistas.
Curva de Calibrao
0,7
0,6
0,5
0,4
y = 0,0562x + 0,0393
0,3 R = 0,9965
0,2
0,1
0
0 2 4 6 8 10 12
Com base nos valores obtidos realizou-se o tratamento estatstico dos dados encontrados e
determinou-se se havia outliers na curva, o limite de deteco do mtodo e a concentrao das
amostras (Planilha em Anexo). Para testar se havia outliers na curva plotou-se o grfico dos
resduos e realizou-se o teste G para os valores suspeitos da curva.
5
Resduos
0,01500
0,01000
0,00500
0,00000
0 2 4 6 8 10 12
-0,00500
-0,01000
-0,01500
Sy
x
LD =
b
A partir desse clculo obteve-se que o limite de deteco desse mtodo de 0,65 ppm o
que constata que toda a anlise foi realizada acima da deteco mnima obtida para o mtodo.
Por fim obteve-se a concentrao de cobre presente em cada amostra de cachaa por todos
os analistas que realizaram a anlise, Tabela 4.
6
Tabela 4. Concentraes de cobre obtidas por todos os analistas que realizaram a prtica
0,3
0,25
0,2
0,15
y = 0,0494x + 0,0801
0,1 R = 0,9992
0,05
0
0 1 2 3 4 5 6
0,35
0,3
0,25
0,2
y = 0,0712x + 0,0826
0,15 R = 0,992
0,1
0,05
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
Com base nesses dados realizou-se o teste G para analisar se havia outliers nos valores
obtidos pelos analistas, e de acordo com o teste constatou-se que no havia outliers entre as
concentraes calculadas. Em seguida, comparou-se as mdias e incertezas entre os analistas
tambm para esse mtodo, para isso realizou-se o teste T e F. Com base nos valores obtidos
pelo tratamento estatstico pode-se afirmar com 95% de certeza que no h diferena entre as
mdias e incertezas dos analistas. Entretanto, observa-se que para a cachaa de alambique os
desvios para os dois Ts encontram-se altos, j para a cachaa artesanal observa-se que o desvio
do T1 consideravelmente mais alto que o do T2, mas ainda assim pode-se afirmar
estatisticamente que no h diferena entre as mdias e incertezas dos analistas.
O mtodo de simulao de matriz tem como objetivo obter uma curva de calibrao
onde simulada a matriz da amostra analisada visando reduzir a ao de interferentes. Para
isso, os padres da curva de calibrao foram preenchidos com uma soluo alcolica e
realizou-se as leituras.
9
Curva de Calibrao
0,6
0,5
0,4
0,3
y = 0,0491x + 0,0252
R = 0,9996
0,2
0,1
0
0 2 4 6 8 10 12
Com base nos valores obtidos realizou-se o tratamento estatstico dos dados encontrados e
determinou-se se havia outliers na curva, o limite de deteco do mtodo e a concentrao das
amostras. Para testar se havia outliers na curva plotou-se o grfico dos resduos e realizou-se o
teste G para os valores suspeitos da curva.
Resduo
0,00600
0,00500
0,00400
0,00300
0,00200
0,00100
0,00000
0 2 4 6 8 10 12
-0,00100
-0,00200
-0,00300
-0,00400
Por fim obteve-se a concentrao de cobre presente em cada amostra de cachaa por todos
os analistas que realizaram a anlise, Tabela 6.
Com base nesses dados realizou-se o teste G para analisar a existncia ou no de outliers
nos valores de concentrao para as amostras de cachaas. A partir do teste G foi possvel
constatar com 95% de confiana que no h outliers em nenhum dos valores obtidos para as
duas amostras.
Aps obter-se os dados para todos os mtodos foi possvel realizar o tratamento estatstico
para determinar se os mtodos so semelhantes entre si. Para isso realizaram-se os testes
ANOVA, teste T e F entre as metodologias adotadas para cada amostra e a partir do resultado
determinou-se a semelhana ou no nos testes.
11
Feito isso, realizaram-se os testes F e T para determinar onde os testes diferiam. Os testes
T e F possibilitam comparar os mtodos dois a dois, permitindo que assim determine-se um
equivalente ao outro. No teste T para a amostra de cachaa de alambique constatou-se a partir
do teste que h diferena significativa entre as mdias dos trs testes comparados entre si
(rotina/simulao de matriz, rotina/adio de padro, adio de padro/simulao de matriz).
Entretanto para a cachaa artesanal, constatou-se que as mdias entre a simulao de matriz e
adio de padro no diferiam significativamente entre si. Acredita-se que as mdias entre os
mtodos de adio de padro e simulao de matriz possam ser equivalentes visto que ambos
mtodos buscam a reduo de interferentes na anlise. Entretanto, como em uma amostra
constatou-se que no havia diferena e em outra constatou-se que havia diferena, no
possvel dizer que os testes de adio de padro e simulao de matriz so equivalentes.
5. CONCLUSO
Por fim, conclui-se que os trs mtodos no so equivalentes entre si uma vez que estes
diferiram em suas varincia, mdia e incerteza. Observou-se grande diferena entre a mdia dos
resultados finais obtidos para cada mtodo, reforando que estes no so equivalentes.
Entretanto no possvel afirmar qual dentre eles o mais eficiente uma vez que a concentrao
real da amostra era desconhecida.
12
6. REFERNCIAS
1. SORATTO, Alexandre Nixon; VARVAKIS, Gregorio; HORII, Jorge. A certificao
agregando valor cachaa do Brasil. Cinc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 27, n. 4, p. 681-
687, Dec. 2007.