Automação Compressor
Automação Compressor
Automação Compressor
gmai
UNIVERSIDADE DE BRASILIA
CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA MECATRNICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DE BRASILIA
Faculdade de Tecnologia
TRABALHO DE GRADUAO
Banca Examinadora
ii
Dedicatria(s)
Dedico esse trabalho a memria do pai Dedico esse projeto aquele que digno de
que sempre me deu apoio pra chegar todo louvor e glria, a ti Jesus, meu
nesse momento e eu sei que sempre melhor amigo. minha famlia, a qual
continuar ao meu lado. amo muito.
iii
Agradecimentos
Porque Dele, por meio Dele e para Ele so todas as coisas Rm 11:26. Sou eternamente
grato ao Senhor Jesus Cristo, porque foi por meio Dele e para Ele que venci mais esta etapa
de minha vida. Obrigado Jesus por tua fidelidade e fora, dispensadas a mim nesses anos de
graduao. Famlia, a instituio mais importante da face da terra; sem vocs (Papai,
Mame, Thiago, Diego, Rodriguinho e Luquinha) seria impossvel chegar at aqui. Vocs so
uma torre de refgio, um lugar seguro, a base que me proporcionou subir at aqui. Amo
vocs. Agradeo ao meu orientador e amigo Joo Pimenta e sua famlia por todas as
oportunidades e incentivos, que sempre me levaram a crescer profissionalmente, ao
engenheiro Akira pela grande ajuda no projeto, aos meus grandes amigos Filipe, Marcos,
Euripedis, Marco, Pereira, Fernando, Xavier,Trsis,Carlo, Artur, valeu pela pacincia e
ajuda. Aos meus amigos de curso, pela amizade, confiana, noites de estudo, valeu muito a
pena conviver com vocs durante esses anos. Robson Ribeiro e Leandro Joffily, vocs so
uma equipe fantstica, foi uma honra trabalhar com os senhores, valeu amigos. Meus
pastores, minha igreja, vocs so minha segunda famlia, obrigado pela intercesso e
cuidado. Enfim, agradeo a todos que fazem parte da minha vida.
Em primeiro lugar agradeo a Deus por ter me guiado at esse momento. Agradeo ao meu
pai por ter feito de tudo, mesmo distante, para que eu conseguisse me formar, e em momentos
difceis o que me dava fora pra continuar era ter a certeza do quanto orgulhoso ele estaria
nesse dia, queria muito receber um abrao dele nesse dia, mas eu sei que ele estar do meu
lado, obrigado por tudo pai. Agradeo tambm minha me e minha irm por ter me
compreendido em dias de mau-humor, e estar sempre ao meu lado. Agradeo aos meus
amigos Leandro Andrade, Rodrigo de Menezes e Rodolfo Augusto, por estarem presentes
nesses cinco anos de faculdade, e no conseguiria chegar a esse momento sem a ajuda deles.
Agradeo ao meu orientador Joo Pimenta pela confiana e dedicao ao projeto, ao
engenheiro Akira(Johnson Controls) pelo o auxilio na realizao do trabalho, aos meus
companheiros de projeto Bruce dos Santos e Leandro Joffily pelo empenho em finalizar o
projeto e aos funcionrios do bloco F. Enfim, agradeo a todos os amigos do curso por
terem me ensinado a melhor lio nesse curso: o significado da palavra amizade. Obrigado a
todos.
iv
RESUMO
v
ABSTRACT
This work presents the instrumentation and control of a test bench to make tests of
small and medium hermetic compressors, typically used in refrigeration and air conditional
systems. The control of parameters and data acquisition was necessary in order to evaluate the
compressor performances.
The test bench has an unusual configuration of vapor compression systems normally
used. In the test bench, the process, with respect to conventional, occur only in the
superheated vapor region. To obtain this objective the test bench was built basically, with a
compressor, an expansion device and two heat exchangers.
With this configuration, a faster transient response can be obtained during the test
change between steady state regimes. Thanks to this feature it is possible to qualify the test
bench proposed in this work for accelerate life test of refrigeration compressors. However, to
reach this goal, it is necessary to develop efficient means of data acquisition and control.
This project presents the digital control of expansion device in order to stabilize a set-
point value for the suction pressure of the compressor. This control is carried out through the
use of a step engine driven by a programmable logical controller (PLC), where a PID
(proportional, integral and derivative) control schure is programmed. Another variable
controlled is the air temperature inside the calorimeter, which is also made using the PLC.
The PID control, configured with the adequate parameters, has proved to be a good
choice for the expansion device control, allowing to maintain the desired pressure level at
compressor supply. With the accomplishment of these controls, for the test bench it was
possible to contribute to the development of compressors performance tests according to a
new technique.
Words keys: Automation, CLP, Control PID, Expansion device, superheated vapor
vi
1 INTRODUO ................................................................................................................... 1
3 APARATO EXPERIMENTAL............................................................................................16
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vii
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viii
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Smbolos Latinos
A rea [m2]
h Entalpia especifica [kJ/kg]
m vazo mssica [kg/s]
T Temperatura [oC]
Smbolos Gregos
Variao entre duas grandezas similares
Densidade [m3/kg]
Subscritos
ext externo
in entrada
ex sada
Sobrescritos
Variao temporal
Valor mdio
Siglas
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas
CLP Controlador Lgico Programvel
Kp Ganho Proporcional
Ti Tempo integral
Td Tempo derivativo
Pcr Perodo crtico correspondente
xii
1 INTRODUO
A refrigerao por compresso muito utilizada atualmente nas mais diversas aplicaes dos
setores residencial, comercial, pblico, de transporte, etc. O seu principio de funcionamento objetiva,
como qualquer sistema de refrigerao, o transporte de energia trmica (calor) entre dois ambientes a
temperatura distintas, produzindo assim o efeito desejado tal como o congelamento ou resfriamento.
de extrema importncia o conceito da eficincia que o equipamento pode alcanar em pleno
funcionamento, pois, quanto maior for essa eficincia menor ser o consumo de energia eltrica. O
aumento da eficincia em aplicaes de refrigerao e climatizao pode ser considerado um dos
grandes desafios atuais ocasionando grandes esforos de fabricantes para minimizar o consumo.
Segundo diferentes levantamentos estatsticos (BEN, 2004; PROCEL, 2003) o consumo de
energia no Brasil est distribudo da seguinte forma: 43,8% so derivados de petrleo, 16,3% de
energia eltrica e 10,7% de bagao de cana. J o consumo de energia eltrica por setores no Brasil se
distribui em: 46,9% na industria, 22,3% no setor residencial, 14,1% no setor comercial e 8,69% no
setor pblico. No setor residencial o maior vilo de energia eltrica so aparelhos de refrigerao e ar
condicionado, que representam 33% do consumo. Uma reduo de apenas 1% no consumo dos
equipamentos de refrigerao residenciais, representaria uma economia de cerca de 30 GWh/ano. J
no setor comercial, 20% do consumo de energia eltrica se deve aos aparelhos de ar condicionado
(central e de janela). Apenas atravs desses dois setores pode ser visto que 10,2% do consumo de
energia eltrica total do pas se deve a aplicaes de ar condicionado e refrigerao, nas quais o
componente mais importante, do ponto de vista da converso de energia, o compressor. O mercado
desse componente no Brasil movimenta US$1,5 bilhes por ano, com crescimento de 3% ao ano,
onde os compressores hermticos, foco do presente trabalho, representam 37% desse montante
(Vasconcelos, 1996).
Em busca de uma melhor eficincia no processo de refrigerao, os fabricantes vm
realizando aprimoramentos nos testes realizados com os compressores. Para que estes testes tenham
uma melhora significativa, novos parmetros passaram a ser coletados, com maiores detalhes,
descrevendo melhor o comportamento dos compressores. Variveis do sistema, como presso,
vazo, temperatura, etc., devem possuir um melhor monitoramento, uma maior abrangncia na faixa
de operao, e possuindo respostas rpidas e precisas para as alteraes realizadas no sistema em
teste, alm de que esses testes devem representar o comportamento de um compressor durante toda
sua vida til, em um curto espao de tempo, ou seja, o controle desses processos tornou-se cada vez
mais complexos.
Em virtude desse contexto no qual o mercado atual se encontra, onde os fabricantes de
compressores cada vez mais buscam desempenhos melhores em seus produtos, esse trabalho tem
como objetivo a construo de uma bancada para a realizao de testes em compressores utilizando
uma metodologia inovadora, baseada na operao segundo um ciclo apenas na regio de vapor
superaquecido, que ser melhor explicada nos captulos posteriores. E para que essa bancada possa
realizar esses testes de acordo com normas vigentes, tais como ISO-917 (ISO, 1989), ASHRAE 23-
1978 (ASHRAE, 1978) e normas ABNT, um aparato experimental. Devidamente instrumentado por
sistemas de controle, como um CLP(Controlador Lgico Programvel) e aquisio de dados.
O controle de certos parmetros nos testes realizados na bancada, como por exemplo, valores
de presses e de temperatura tanto de suco como de descarga, so necessrios para que se possa
avaliar corretamente o desempenho do compressor. Em bancadas de testes de compressores com
controle manual, a configurao desses parmetros torna-se bastante complexa e demanda um gasto
elevado de tempo, pois qualquer alterao por menor que seja, acarretar na modificao de valores
nos demais parmetros do sistema. Da a importncia de um controle eficiente da bancada.
Logo, esse trabalho pretende oferecer um estimulo busca de ganho no conhecimento prtico
dos alunos, tanto na rea relacionada refrigerao, como tambm, na rea de instrumentao,
controle e automao, disponibilizando aos alunos uma familiarizao com Controladores Lgicos
Programveis.
1
1.2 REVISO BIBLIOGRFICA / ESTADO DA ARTE
2
Ambas as vlvulas, foram montadas para alimentar um evaporador conectado a uma planta
experimental de compresso de vapor, com um condensador de refrigerao de gua, atravs de um
compressor. Tais desempenhos energticos das vlvulas foram examinados com dois refrigerantes, o
R22 e a mistura no azeotrpica, R407C. Os resultados finais deste estudo mostram um desempenho
melhor total da vlvula eletrnica de expanso, comparada com a vlvula termosttica da expanso,
sob circunstncias de estado transiente. Quando em circunstncias de estado estacionrio, ambas as
vlvulas foram iguais no desempenho energtico. Estes resultados aplicam-se para o R22 e a R407C.
Outtagarts e Lallemand (2003) publicaram um artigo onde diziam que tarefa preliminar de
uma vlvula de expanso em uma mquina de refrigerao controlar o fluxo mssico de refrigerante
no evaporador para obter a operao tima, sem operar abaixo das circunstncias desejadas. Uma
vlvula de expanso controlada por um motor deslizante e um evaporador foi estudado. Os testes
foram realizados em uma mquina de refrigerao com a em torno de 6 quilowatts, com condies
constantes de condensao, temperatura de evaporao varivel (- 20 a +10C) e de rotao do
compressor (1000 a 3000 r.p.m). Dois algoritmos do controle (proporcional/regulador timo derivativo
e qualitativo) foram desenvolvidos para a abertura e o fechamento da vlvula com o motor deslizante.
Os parmetros do controle dependem da vlvula de expanso e das funes de transferncia do
evaporador. Em circunstncias de estado estacionrio, o sistema estvel com um superaquecimento
igual ao valor esperado. Sob circunstncias transientes, com excitaes da faixa de 300 e 1000 r.p.m,
os algoritmos do controle so adequado para regular o fluxo de refrigerante no evaporador.
Zhang e Chen (2005) divulgaram um artigo apresentando resultados de testes e
desenvolvimento de uma correlao dimensional na base de dados experimentais para predizer a taxa
de fluxo mssico de R22 e de seu refrigerante alternativo R407c atravs de uma vlvula eletrnica de
expanso (EEV). A taxa de fluxo mssico foi medida em uma srie de temperaturas de condensao,
evaporao e de graus de sub-resfriamento na entrada da EEV, com cinco graus de ajuste na abertura
da vlvula eletrnica de expanso, EEV. Os resultados experimentais foram analisados, e verificou-se
que a condio de operao, a rea do fluxo e as propriedades termo-fsico do refrigerante afetariam a
taxa de fluxo mssico com o EEV.
1.3 OBJETIVOS
3
Trabalho de Graduao 2:
1) Efetuar testes da bancada de refrigerao obtendo dados experimentais caractersticos do
desempenho de compressores;
2) Controle da Bancada:
A) Controle do dispositivo de expanso;
B) Controle da temperatura no interior do calormetro.
1.4 METODOLOGIA
A metodologia adotada foi baseada no estudo do ciclo de refrigerao por compresso a vapor,
apenas na regio de vapor superaquecido, ressaltando a importncia da anlise da eficincia e
durabilidade dos compressores, porm, dar-se- uma ateno preferencial aos processos e
implementaes realizadas na rea de controle e automao da bancada.
Primeiramente foi efetuada a instrumentao do aparato experimental com a introduo de
tomadas de temperatura, presso e vazo para tornar possvel a coleta de dados necessrios para a
avaliao da eficincia do compressor.
Em seguida, as tomadas de temperatura foram conectadas a um sistema de aquisio de dados
e as tomadas de presso, vazo e potncia foram acionadas ao CLP. Foi utilizado tambm um motor
de passo para possibilitar a movimentao do dispositivo de expanso do sistema. A descrio em
detalhes de cada parte da instrumentao, do sistema de controle, aquisio e do seu funcionamento
encontra-se em captulos posteriores.
Aps a instrumentao da bancada, concluiu o projeto com o controle do dispositivo de
expanso utilizando um controlador PID no intuito de estabilizar um valor desejado na presso de
suco do compressor. E foi realizado um controle da temperatura no interior do calormetro, onde se
encontra o compressor analisado.
Figura 2.1 Ciclo de refrigerao por compresso a vapor: (a) diagrama presso
entropia para o ciclo padro; (b) circuito clssico de refrigerao (Atade
e Costa, 2005)
hcp = h2 h1 (2.1)
5
Onde hcp o trabalho de compresso.
Como resultado de ter absorvido o calor da compresso, o vapor quente saindo do compressor
est numa condio superaquecida, isto , sua temperatura maior que a temperatura de saturao
correspondente a sua presso. Antes que o vapor possa ser condensado, o superaquecimento deve ser
eliminado e a temperatura do vapor deve ser reduzida da temperatura de exausto para a temperatura
de saturao correspondente sua presso.
Processo de Condensao
Sabe-se que o processo b-c da Fig. (2.1) acontece no condensador, quando o gs quente sai do
compressor, resfriado para a temperatura de condensao e condensado.
O processo b-c ocorre na parte superior do condensador e at certo ponto na linha de gs
quente. Ele representa o resfriamento do vapor da temperatura de exausto para a temperatura de
condensao quando o vapor, a presso constante, rejeita calor do agente de condensao.
No ponto d, o refrigerante um vapor saturado presso e temperatura de condensao.
A quantidade de calor sensvel ou superaquecimento eliminado do vapor no condensador,
resfriando-se este da temperatura de exausto para a temperatura de condensao, a diferena de
entalpia do refrigerante entre os pontos b e c.
O processo c-d a condensao do vapor no condensador. Uma vez que a condensao ocorre
presso e temperatura constantes. O calor rejeitado para o agente de condensao durante esse
processo dado pela diferena entre a entalpia do refrigerante nos pontos b e c.
O calor total cedido pelo refrigerante no condensador a diferena entre a entalpia do vapor
superaquecido no ponto b e o lquido saturado no ponto c, logo;
hcd = h2 h4 (2.2)
Tem-se que m a vazo mssica do refrigerante circulado para produzir a capacidade de
refrigerao Q ev ,
Q
m = ev (2.4)
hev
W cp = m .(h2 h1 ) (2.5)
6
Processo de Expanso
O processo descrito pelos pontos de estado c-d da Fig. (2.1), ocorre na vlvula de expanso de
refrigerante, quando a presso do lquido reduzida da presso de condensao para a presso de
evaporao com a passagem do lquido atravs da vlvula.
Quando o lquido expande para o evaporador, a sua temperatura reduzida da temperatura de
condensao para a de evaporao e transforma em vapor uma poro de lquido.
O processo c-d um tipo de estrangulamento de expanso adiabtica, no qual a entalpia do
liquido de trabalho no muda durante o processo. Considera-se que isto ocorre sem ganho ou perda de
calor atravs da tubulao ou vlvulas e sem rendimento de trabalho.
Dado que a entalpia do refrigerante no muda durante o processo c-d, o ponto a localizado
no grfico presso-entalpia, seguindo-se a linha de entalpia constante do ponto d ao ponto onde a linha
de entalpia constante cruza com a linha de presso constante correspondente presso de evaporao.
Para localizar o ponto d no mesmo grfico devem ser conhecidas a temperatura e presso de
evaporao. Como resultado da evaporao parcial de um lquido refrigerante durante o processo c-d,
o refrigerante no ponto a uma mistura lquido-vapor.
Processo de Vaporizao
O processo d-a da Fig. (2.1) a vaporizao do refrigerante no evaporador. Uma vez que a
vaporizao tem lugar presso e temperatura constantes, o processo d-a tanto isotrmico como
isobrico. O refrigerante est completamente vaporizado no ponto a e um vapor saturado presso e
temperatura de evaporao.
A entalpia do refrigerante aumenta durante o processo d-a quando aquele flui atravs do
evaporador e absorve calor. A quantidade de calor absorvida pelo refrigerante no evaporador a
diferena entre a entalpia daquele nos pontos d e a, essa quantidade de calor absorvida pelo
refrigerante tambm chamada de efeito de refrigerao, logo:
hev = h1 h5 (2.6)
7
sub-resfriamento do lquido que deixa o condensador;
superaquecimento do vapor na aspirao do compressor;
processo irreversvel de compresso.
A utilizao desse ciclo totalmente adequada realizao de testes com compressores pois
para tal so apenas necessrios que estejam definidos os estados termodinmicos do fluido refrigerante
na suco e descarga do compressor. Com esses dois pontos determinados, os demais processos a
montante e a jusante do compressor no interferem nos resultados dos testes.
8
2.3.1 Compressores Alternativos
Ciclo de compresso
Na Fig. (2.4) ilustrado o ciclo mecnico de compresso para um compressor a pisto exposto
em quatro fases no seu trajeto dentro do cilindro. Em 1, o pisto est no ponto morto inferior e ambas
as vlvulas fechadas. O gs comprimido de forma adiabtica at 2, quando a vlvula de escape
aberta e escoa de forma isobrica pelo movimento do pisto at o ponto 3 (ponto morto superior).
Neste instante a vlvula de escape fechada. O gs contido no espao entre o ponto morto superior e o
cabeote do cilindro se expande at o ponto 4, quando a presso no interior do cilindro se iguala
presso da linha de suco, a vlvula de admisso aberta e o gs admitido de forma isobrica at o
pisto chegar no ponto morto inferior 1, quando a vlvula de admisso fechada e o ciclo reiniciado.
Para evitar o choque do pisto com as placas da vlvula, todos os compressores alternativos
so projetados com uma pequena folga entre a face superior do pisto e a placa de vlvulas. Devido a
tal aspecto construtivo uma certa quantidade de gs permanecer no interior do cilindro entre o pisto
e a placa de vlvula no final de curso de exausto.
De acordo com as Figs. (2.5) e (2.6) tem-se respectivamente o diagrama terico presso x
posio da manivela e o diagrama presso x volume de um compressor ideal. No ponto A, o pisto
est no ponto superior de seu curso, o ponto morto superior. Quando o pisto esta nessa posio, tanto
a vlvula de admisso como as vlvulas de escape esto fechadas. A alta presso do vapor preso na
cmara de compresso age sobre as vlvulas de admisso e as mantm fechadas devido presso do
vapor de admisso na tubulao de admisso, pois a presso do vapor no topo do compressor
aproximadamente a mesma que a do vapor na cmara de compresso, as vlvulas de escape so
mantidas fechadas por seu prprio peso e pela carga da mola elstica.
Quando o pisto se move de cima para baixo no curso de admisso, permitido ao volume
nocivo de gs aprisionado na cmara de compresso, se expandir. A expanso ocorre ao longo do
curso A-B de modo que a presso no cilindro diminui, quando o volume do vapor de compresso
aumenta. Quando o pisto atinge o ponto B, a presso do vapor residual expandido no cilindro torna-se
ligeiramente menor que a presso do vapor na cmara de admisso; entretanto, as vlvulas de
admisso so abertas foradas pela presso mais alta na cmara de admisso e o vapor desta flui para o
9
interior do cilindro. O fluxo do vapor de admisso dentro do cilindro comea quando as vlvulas de
admisso esto abertas no ponto B e continua at que o pisto alcance o ponto inferior do seu curso no
ponto C.
Durante o tempo que o pisto esta se movendo de B para C, o cilindro preenchido com vapor
de admisso e a presso permanece constante. No ponto C, as vlvulas de admisso so fechadas,
geralmente por ao da mola, e o curso de compresso comea.
A presso do vapor no cilindro aumenta ao longo do percurso C-D, quando o pisto se move
de baixo para cima durante o curso de compresso. Quando o pisto alcana o ponto D, a presso do
vapor no cilindro foi aumentada at ficar mais elevada que a presso do vapor no topo do compressor
e as vlvulas de escape so foradas a abrir. O vapor de alta presso passa do cilindro para a tubulao
de gs quente por meio da vlvula de escape.
O fluxo do vapor atravs das vlvulas de escape continua, quando o pisto se move de D para
A, enquanto a presso no cilindro permanece constante na presso de exausto.
Quando o pisto retorna ao ponto A, o ciclo de compresso completado e o eixo da manivela
do compressor perfez uma rotao completa.
Figura 2.5 Diagrama terico de presso X posio da manivela (Joffily e Mundim, 2004)
Figura 2.6 Diagrama de presso X volume de um ciclo de compresso ideal (Joffily e Mundim, 2004)
10
2.3.2 Compressores Hermticos
O emprego de um selo de vedao deve ser previsto a fim de evitar fugas de gs refrigerante
ou penetrao de ar externo quando a presso for menor que a atmosfrica.
Para eliminar esse problema, os compressores so alojados juntos com o motor eltrico, ou
seja na mesma carcaa. As nicas ligaes com a carcaa do compressor so as conexes da linha de
suco e de descarga e os terminais eltricos.
O aprimoramento das tcnicas de isolamento eltrico tem permitido que os motores operem
em contato com o refrigerante. Em alguns casos o gs refrigerante frio utilizado no resfriamento do
motor.
Nos ltimos tempos o significado da palavra controle tem se tornado parte do nosso dia a dia.
De fato, na literatura se comenta com freqncia sobre o controle de sistemas. Na engenharia e na
cincia, restringimos o significado dos sistemas de controle para aplic-los queles sistemas cuja
funo principal controlar, dirigir ou regular dinamicamente ou ativamente os respectivos sistemas.
A finalidade dos sistemas de controle geralmente identifica ou define a sada ou a entrada. Se a
sada, ou a entrada dada, possvel identificar ou definir a natureza dos componentes do sistema.
Os sistemas de controle so classificados em duas categorias gerais: (ogatta,2003) malha
aberta e malha fechada. Essa distino determinada pela ao do sistema de controle que a parte
responsvel pela ativao do sistema para produzir a sada.
11
Sistema de Controle de Malha Aberta: aquele no qual a ao de controle
independente da sada. Sua aptido, ou condio, para um funcionamento preciso
determinada pela calibrao, que significa estabelecer a relao entrada-sada para
obter uma desejada preciso do sistema. No so geralmente perturbados com
problemas de instabilidade.
Sistema de Controle de Malha Fechada: aquele no qual a ao de controle depende,
de algum modo, da sada. So comumente chamados de sistemas de controle com
realimentao, que uma propriedade que permite a sada (ou alguma varivel
controlada do sistema) ser comparada com a entrada do sistema, de modo que a ao
de controle possa se formada com informaes da sada e da entrada.
1
Gs ( s) = Kp 1 + + Td s (2.8)
Ti s
12
estacionrio do modo integral. Cabe destacar que sistemas com taxa de amortecimento
pequena precisam de insero do modo derivativo.
3. Derivativo Quando Ti e Td no so nulos, temos um controlador PID, tambm
conhecido como controlador de trs modos. A incluso de um termo da forma
Td(de/dt) ultrapassa a limitao das aes proporcional e integral que requerem de um
erro. Ou de um intervalo de tempo considervel, para produzir uma reposta com certa
grandeza, respondendo taxa qual a varivel controlada varia. Com a incluso do
modo derivativo, o controlador torna-se mais atento mesmo na presena de pequenos
erros, podendo assim reduzir a ultrapassagem e o tempo de assentamento.
25%
I
0 T
13
C(t)
0 T
L T
C ( s ) ke Ls
= (2.9)
U ( s ) Ts + 1
Tipo de Controlador
Kp Ti Td
T
P 0
L
T L
PI 0,9 0
L 0,3
T
PID 1,2 2L 0,5 L
L
14
Figura 2.10 Perodo crtico de oscilao (Pcr)
Tipo de Controlador
Kp Ti Td
P 0,5 Kcr 0
1
PI 0,45 Kcr Pcr 0
1,2
15
3 APARATO EXPERIMENTAL
Para realizao dos testes um aparato experimental foi desenvolvido, com alguns componentes
bsicos, como um compressor hermtico, operando no interior de um calormetro, no qual se pretende
manter a temperatura constante utilizando para isso, dois trocadores, dois ventiladores e uma bomba
de gua (Fig. 3.1). Outros componentes utilizados foram um dispositivo de expanso e dois trocadores
bi-tubulares. Enquanto no ciclo de gua, temos dois trocadores de calor, duas bombas e dois
ventiladores, somando-se a tudo isso, temos uma completa instrumentao. As Figuras (3.2) e (3.3)
apresentam, o conceito operacional e o aparato esquemtico para a bancada de testes, respectivamente.
3.1.1 Compressor
Os compressores a serem testados, utilizando a metodologia proposta, sero hermticos de
pequeno e mdio porte (com potncia de compresso entre 149W e 1553W), utilizados em aplicaes
comerciais como em geladeiras, bebedouros, ar condicionado de janela, etc. Tal opo por
compressores de pequeno porte orientou o dimensionamento dos componentes da bancada de testes.
16
Ventilador
Liga o sistema
de refrigerao
Trocador
rel Bomba
sim Trocador
Temperatura
Ventilador
maior que 32C ?
Calormetro
T13
Compressor
sim
sim
no
By-passar trocador ? By-passar trocador ?
no
Dispositivo de
Trocador Trocador
expanso
bi-tubular bi-tubular
abre ou fecha
17
Figura 3.3 Descrio esquemtica da bancada
Legenda:
Circuito de gua Vlvulas:
Circuito de refrigerante V1 a V4 Vlvulas do circuito do refrigerante;
Sensores de Temperaturas V5 a V6 Vlvulas do circuito de gua.
T1 a T12 Termopar do tipo T;
T13 Pt-100 de 15 a 50C. Ventiladores:
VT1 a VT4 Ventiladores de ar
Sensores de Presso
P1 Transdutor de presso de 0 a 20 bar; Trocadores:
P2 Transdutor de presso de 0 a 40 bar; TC1 a TC4 Trocadores de ar
P3 Transdutor de presso de 0 a 40 bar; TB1 a TC4 Trocadores bipolar.
P4 Transdutor de presso de 0 a 10 bar.
18
3.1.2 Trocadores de calor
Todos os componentes da bancada de testes foram dimensionados de acordo com o consumo
de potncia do maior compressor a ser testado. Partindo desse limitador, trocadores de calor do tipo
bitubular, (Fig. 3.4), foram escolhidos para atuarem como desuperaquecedor do refrigerante. Esses
trocadores ficaro posicionados a montante e a jusante do dispositivo de expanso. Tal escolha tem
como finalidade proporcionar trs modos de operaes para a bancada de testes .
Trocador Comprimento
Baixa 2,42 m
presso
Alta 1,77 m
presso
19
3.1.4 Calormetro
Para avaliar o desempenho do compressor nos testes realizados, alm do controle e
instrumentao realizada, faz-se necessrio manter a temperatura constante do ambiente onde se
encontra o compressor (Figura 3.6) e mensurar a perda de calor provocada pelo aquecimento do
compressor.
Para realizar esses procedimentos foi construda uma cmara calorimtrica que isola o
compressor do ambiente externo e juntamente com um sistema de refrigerao torna-se possvel o
resfriamento do mesmo.
20
3.2 SISTEMA DE INSTRUMENTAO
Para a obteno de resultados mais precisos no ensaio do compressor, a bancada recebeu uma
serie de equipamentos capazes de medir temperatura, presso e vazo dos fludos em diversos pontos
especificamente posicionados (Figura 3.9).
220VAC
REL
Mdulos de
Aquisio
CLP
controle
Legenda:
Fios para o acionamento do sistema de refrigerao (220VAC)
Sinais de 4 a 20 mA (transdutores de presso)
Sinais dos sensores de temperatura
Sadas digitais do CLP
21
Ventilador
Liga o sistema
de refrigerao Temperatura
Trocador de entrada e
Controle da sada do trocador
rel Bomba
Temperatura
sim Trocador
Temperatura
Ventilador Temperatura
maior que 32C ?
do Calormetro
Calormetro
T13
Presso de
Temperatura
Descarga e
de Suco e Compressor Suco
Descarga
sim
sim
By-passar trocador ? By-passar trocador ?
no
no Presso antes
Temperatura e depois da
de entrada e expanso
sada do trocador
Dispositivo de
Trocador Trocador
expanso
bi-tubular bi-tubular
Temperatura
Temperatura de entrada e
de entrada e Controle sada do trocador
sada do trocador P.I.D.
Trocador Trocador
Temperatura
de entrada e
Mdulo de sada do trocador
Aquisio
C.L.P.
Legenda:
Ligaes dos sensores de temperatura
Ligaes dos transdutores de presses
Ligaes para o sistema de controle
22
A maneira que foi definida o posicionamento de cada instrumento de medio foi de acordo
com a norma ISO 917. As tomadas de presso e de temperatura na entrada e sada de cada um dos
componentes do ciclo de refrigerao devem ser localizados no mesmo ponto. Estes devem ser
posicionados num trecho de linha reta da tubulao, a uma distancia de oito vezes o dimetro do tubo,
ou o mais possvel, depois do ponto de entrada e sada de cada componente do ciclo.
3.2.1 Temperatura
Foram posicionados poos termomtricos para as medies de temperatura nos pontos
mostrados na Fig. (3.11). Para cada uma dessas tomadas, foi utilizado um termopar do tipo T (cobre-
constantan), que de acordo com a literatura (Omega, 2000), mede na faixa (-60 a 100C), com preciso
de ( 1C para medies acima de 0 e 1.2C para medies abaixo de 0C ). Essa preciso dada
pela literatura ideal, verificando nesse projeto, devido a construo do termopar, uma pequena
diferena com tal valor.
A fixao dos termopares ser feita introduzindo-os no interior de tubos de dimetros menores
que o da tubulao por onde escoa o refrigerante ou a gua, esses tubos, aps terem suas pontas
vedadas, sero inseridos no interior da tubulao de refrigerante e de gua da bancada, como mostra na
Fig. (3.9) dessa maneira a temperatura media ser muito mais precisa do que se o termopar fosse
apenas encostado na parede externa dos tubos da bancada.
(a) (b)
Figura 3.11 Posicionamento do termopar: (a) posicionamento do termopar na sada da vlvula de
expanso termosttica, (b) figura esquemtica do posicionamento do termopar
Para medir a temperatura no interior do calormetro foi utilizado um termoresistor do tipo
PT-100, como mostrado na Fig. (3.12) Os sensores do tipo PT-100, dois fios, possuem uma
resistncia, entre os fios, de 100 ohms quando a temperatura sobre o mesmo for de 0C, e 138.4
ohms em 100C. Estes sensores oferecem uma preciso de 0.3 C em 0 C.
A resistncia entre os fios varia de acordo com a variao da temperatura do meio em que o
mesmo est submetido. Dessa forma, o mesmo conectado a um condicionador de sinal, que
alimentado com uma teno 24Vcc e que possui um sinal analgico de sada de 4 a 20mA.
O sinal analgico de sada do condicionador de sinal conectado ao CLP, onde serve de
referncia para o controle da temperatura no interior do calormetro. Este tipo de sensor foi utilizado
porque o CLP j possui entradas analgicas especificas para esse tipo de sensor de temperatura.
(a) (b)
Figura 3.12 Termoresistor utilizado para medir temperatura do calormetro:
(a) PT-100, (b) Condicionador de sinal
23
3.2.2 Presso
Para a medio de presses, de acordo com o modelo esquemtico da bancada experimental
mostrado na Fig. (3.9), transdutores de presso para Aplicaes OEM, ou seja, transmissores
eletrnicos, foram instalados na entrada e sada de cada componente da linha de refrigerante , como
mostrado na Fig. (3.13). Estes transmissores possuem uma preciso, segundo o fabricante, de 1% na
medida, alimentao de 10 a 30 Vcc e um sinal de sada analgica de 4 a 20 mA, que sero
devidamente tratados no CLP.
A faixa de medio dos transmissores usados nos pontos da bancada (Fig. 3.9), esto no anexo
III.
3.2.3 Vazo
Para medio de vazo de gua, no circuito de gua que alimenta o trocador responsvel pela
rejeio de calor do refrigerante , foi utilizado um medidor de vazo ultra-snico , (Fig.3.14), do
fabricante ifm eletronics. Tal sensor possui um sinal de sada analgico, na faixa de 4 a 20 mA,
contm um display indicando a vazo em m e escala mnima de 0,0001 m. A preciso desse
equipamento de 2% na medida, de acordo com o fabricante. Este sensor foi utilizado, porque o
mesmo j se encontrara no laboratrio. Suas especificaes e calibrao encontram-se no Anexo III.
24
3.2.4 Potncia
Para mensurar o valor de potncia consumida pelo compressor, foi utilizado um transdutor de
potncia, como mostrado na Fig. (3.15).
Essas botoeiras quando acionadas (on) acendem um led vermelho, indicando que o
equipamento, esta em funcionamento. As botoeiras esto organizadas da seguinte forma:
BOMBA 1 : Acionamento da bomba do circuito de gua do trocador de alta presso e
acionamento do compressor.
25
BOMBA 2 : Acionamento da bomba do circuito de gua do trocador de baixa presso e
acionamento do compressor.
VENT. 2 : Acionamento do ventilador do trocador de calor de baixa presso.
VENT. 1 : Acionamento do ventilador do trocador de calor de alta presso.
BOTOEIRA 5 : Reservada para acionamento de eventuais equipamentos a serem utilizados
em trabalhos futuros.
O circuito de funcionamento das botoeiras 1 e 2 foi projetado para segurana do compressor,
onde o mesmo nunca estar ligado, sem que pelo menos uma das bomba tambm seja acionada. Dessa
forma, sempre que uma das botoeiras, 1 ou 2 for acionada, automaticamente o compressor ligado.
Este sistema de segurana ser melhor detalhado no captulo seguinte.
Para construo do sistema de acionamento eltrico, foram utilizadas 2 contatoras, do
fabricante WEG, modelo 22E. Essas contatoras suportam 7 Amperes em cada um dos seus contatos,
dois normalmente abertos e dois normalmente fechados, sendo estes necessrios para a construo do
sistema de segurana do compressor.
26
O controlador possui 8 (oito) entradas analgicas de alta resoluo utilizando 13 bits;
O controlador possui 8 (oito) entradas digitais;
O controlador possui 2 (duas) sadas analgicas isoladas, ou seja, a sada pode ser
configurada com uma tenso diferente, no podendo ser superior, da tenso de
alimentao do CLP (24 VAC);
O controlador possui 6 (seis) sadas digitais isoladas, podem ser a tenso de
alimentao do CLP, 24 VAC, ou uma tenso inferior, tendo que ser uma tenso
alternada, pois as sadas utilizam triacs.
O controlador possui 12 mdulos de funes programveis, que disponibilizam uma
biblioteca de funes que incluem um controle proporcional (P), um controle
proporcional integral (PI), um controle proporcional integral e derivativo (PID) e um
controle de liga e desliga (on/off), alm de mdulos de calculo numricos e mdulos
para as constantes analgicas e digitais;
O controlador possui 8 (oito) mdulos programveis de tempo, 2 (dois) mdulos
opcionais de start / stop e oitos mdulos de expanso de entradas e sadas;
O controlador tambm possui algumas funes lgicas como o AND, AND NOT, OR,
OR NOT, COS (mudana de estado), OUT, OUT NOT, SET, RESET, AND LOGIC
BLOCK e OR LOGIC BLOCK.
3.4.1 Instalaes
O CLP alimentado com uma tenso de 24 VAC (corrente alternada), para suprir essa tenso
utilizado um transformador de 220V para 24V, ligando um dos fios do transformador nos terminais
24 VAC supply e o outro no terminal common.
Porm, antes de ligar o CLP os seus jumpers e o endereo de controle devem ser configurados.
Os jumpers JP3 e JP4 esto relacionados com as entradas analgicas, podem apresentar 3 (trs)
configuraes distintas
Entrada Analgica de 0 a 10 volts
Entrada Analgica de 0 a 20 mA
Entrada Analgica RTD (Sensores de Temperatura)
O jumper JP6 est relacionado com a sada analgica, podendo apresentar duas configuraes
Sada analgica de 0 a 10 volts
Sada analgica de 0 a 20 mA
O jumper JP2 nunca deve ser modificado, esse jumper para uso interno do CLP e somente na
fabrica da Johnson Controls pode ser alterado. O jumper JP BAT deve ser configurado em ON quando
o CLP estiver em funcionamento e somente deve ser configurado em OFF quando o CLP for mantido
27
desligado e guardando por um longo perodo de tempo, sempre antes de ligar o CLP esse jumper deve
estar configurado em ON.
O endereo de controle configurado utilizando as chaves de endereos de 8 (oito) bits,
podendo variar o endereo de 1 a 255.
PR%
AI = ( ) (HR - LR) + LR (3.1)
100
Onde:
AI = entrada analgica
PR = valor analgico em porcentagem de acordo com o sinal de entrada
HR = Maior valor recebido pelo sinal de entrada
LR = Menor valor recebido pelo sinal de entrada
As entradas analgicas passivas podem ser configuradas para receber os seguintes sensores:
Ni1000 (Johnson Controls )
Ni1000 escala de temperatura extendida (Jonhson Controls),
A99 (Johnson Controls)
Pt1000 (DIN)
Ni1000 (L & G.)
Ni1000 (DIN)
Para todas as entradas analgicas pode ser configurada a sua unidade de medida, que pode
variar entre:
Nenhuma unidade de medida,
Celsius ou Fahrenheit (C ou F),
Porcentagem (%)
29
tempo de trabalho da sada (duty cycle) que vai determinar o perodo de execuo da sada. Por
exemplo, se o tempo de trabalho for configurado em 600 segundos, e o valor de referencia pedir um
sinal de 25% a sada permanecer ON durante 150 segundos e OFF por 450 segundos.
3) Tipo ON/OFF: Esse o tipo de sada mais simples do CLP, que pode estar relacionado com
uma varivel lgica ou uma varivel numrica onde um valor positivo gera uma sada ON e um valor
igual a zero ou negativo gera um sada OFF.
4) Tipo Start/Stop: A sada digital do tipo Start/Stop utiliza, assim como a sada PAT, duas
sadas digitais do CLP, alem de uma varivel lgica de referncia. Para que a sada seja iniciada (start
command) a varivel lgica de referncia sai do estado 0 para o estado 1, resultando num pulso de 1
segundo na primeira sada digital, e para que a sada seja finalizada (stop command) a varivel lgica
de referncia varia de 1 para 0, resultado num pulo de 1 segundo na segunda sada digital.
5) Tipo Pulso: A sada digital do tipo pulso utiliza apenas uma sada e uma varivel digital de
referncia. Sua operao consiste em gerar um pulso na sada digital de um segundo toda vez que
ocorrer uma mudana de estado na varivel digital de referncia.
100
P.saida = Desvio (3.2)
PB
onde,
P.sada Sada proporcional de controle em porcentagem (%)
PB Banda proporcional, que define a quantidade de alterao na varivel do
processo, que produz uma alterao de 0 a 100 na sada do mdulo de controle.
Desvio Diferena (erro) da varivel do processo (PV) e a configurao de trabalho
(WSP).
Quando o controle integral utilizado no PID, a sada proporcional somada ou subtrada de
um valor na sada integral que determinado atravs da Equao (3.3).
1
I.sada(t) = I.sada(t-1) + (Sada proporcional) TI (3.3)
60
onde,
30
TI Tempo de integrao, expressado em repeties da resposta do controle
proporcional por minuto.
O tempo de integrao (TI) usado para compensar o desvio apresentado pelo controle
proporcional e reduzir, todo tempo, esse desvio para zero.
Quando o controle derivativo utilizado no PID ele produz uma sada que varia de 0 a 100,
como,
D.sada(t) = [(PV(t) - PV(t-1)) CD] + (D.sada(t-1) BD) (3.4)
onde:
D.sada (t) Sada derivativa atual
31
3.5.1 Mdulos de aquisio de sinal
O mesmo composto por mdulos de aquisio de sinal analgico, como mostrado na Figura
(3.24), sendo esses do modelo 8018 e 8017. Estes mdulos possuem 8 canais de entrada analgica
(mA, mV ou sinais de termopares), sendo que os mesmos podem ser acrescidos no sistema de
aquisio de acordo com a necessidade de mais canais de medio. O protocolo de comunicao entre
os mdulos de aquisio realizado atravs de uma rede RS-485, que conectada a um conversor
analgico-digital, modelo 8020 que converte o sinal analgico RS-485 em um sinal digital RS-232,
porta serial do computador.
32
3.5.2 Mdulo conversor RS-232 / RS-485
33
3.5.3 Software de aquisio
O software responsvel pela leitura e armazenamento de dados, configurao dos mdulos,
configurao da porta serial e configurao dos parmetros de comunicao o WINview CP32
(Super Logics, 2003).
O software WINview CP 32 (Figura 3.26) indica e representa graficamente at 32 entradas de
um a quatro mdulos de aquisio dos modelos 8018 e 8017. O mesmo permite a leitura de dados em
tempo-real dos mdulos de aquisio, bem como grficos dos sinais lidos. Atravs do WINview CP 32
pode-se configurar as faixas de operao dos mdulos de aquisio, editar frmulas matemticas para
cada um dos sinais de entrada, configurar todos os parmetros de comunicao do sistema de
aquisio. Os dados numricos dos sinais de aquisies realizados podem ser conservados ao disco
rgido do PC como um arquivo de ASCII, de modo que seja facilmente importado para o Ms-Excel.
34
4 METODOLOGIA DE CONTROLE
Para que os testes dos compressores dentro do calormetro sejam realizados de acordo com a
norma ISO 917 necessrio que a temperatura do interior do calormetro seja mantida em 32C 3C,
sendo esse controle realizado pelo controlador lgico programvel (CLP).
O CLP, com o valor de temperatura fornecido pelo PT-100, instalado no interior do
calormetro, e um rel (Figura 4.1), para acionamento dos ventiladores e da bomba do sistema de
refrigerao do calormetro, mantm a temperatura do mesmo por volta de 32C.
35
Figura 4.2 Esquema de ligao no rel
Para evitar que ocorra uma oscilao na sada do controlador on/off, foi utilizado um valor
diferencial, o qual foi implementado na programao do CLP, esse valor numrico define a mudana
requerida na varivel de processo evitando ciclos curtos na sada do controlador, ou seja,
implementado um valor no diferencial de uma unidade, para que a sada do controlador torne-se On
necessrio que a varivel de processo atinja o valor de 32,5C, e do mesmo modo para que ela volta
para o esto Off, ela precisa chegar a 31,5C.
O controle de certos parmetros nos testes realizados na bancada, como por exemplo, valores
de presses e de temperatura tanto de suco como de descarga, so necessrios para que se possa
avaliar corretamente o desempenho do compressor.
Em bancada de testes de compressores com controle manual, a configurao de parmetros,
como presso de suco ou temperatura de descarga, torna-se bastante complicada e demanda um
gasto elevado de tempo, pois qualquer alterao por menor que seja, acarretar na modificao de
valores nos demais parmetros do sistema.
Logo, configurar valores constantes manualmente para determinados parmetros torna-se uma
tarefa quase que impossvel de ser realizada. Em vista disso, foi realizado o controle de um dos
parmetros do sistema, a presso de suco do compressor, isso foi possvel variando a abertura e o
fechamento do dispositivo de expanso. Com esse controle alm conseguir mudana rpidas e precisas
no valor de presso de suco apenas selecionando o valor de presso desejado, o controle desse valor
constante, permitindo a variao de outros paramentos sem alterar-lo, analisando assim, o
comportamento do compressor para diferentes situaes de operao.
O controle do dispositivo de expanso foi realizado pelo CLP (controlador lgico
programvel) que juntamente com um motor de passo e duas placas (uma de retificao de sinal e
outro de potncia) permitiu a abertura e fechamento do dispositivo automaticamente.
36
CLP
5 VDC
Fonte de
Placa de Potncai
Alimentao 2A
Motor de
Passo
No CLP, o algoritmo de controle PID, foi configurado para receber a entrada analgica (AI2,
referente presso de suco do compressor) como a varivel de referncia de controle (RSP) e uma
constante analgica interna, como a varivel de processo (PV), que sendo essa, diferente da RSP, o
controlador PID transmite uma resposta, que varia de 0 a 100, para a sada P.A.T. no intuito de iguala
as variveis RSP e PV.
Para o controlador PID, mais outros trs parmetros foram configurados: ganho proporcional
(PB), o tempo integral (TI) e o tempo derivativo (TD), obtidos de forma experimental, seguindo os
passos do mtodo de sintonia de Ziegler-Nichols, como visto na reviso bibliogrfica de controladores
PID. Das respostas obtidas foi escolhida a configurao que resulta numa reposta rpida, com pouco
sobre-sinal e estvel, sendo o fator mais importante a estabilidade da resposta no regime permanente.
Ainda, na programao do CLP, alguns parmetros foram configurados para a sada do tipo de
ajuste de posio (P.A.T). A resposta enviada pelo PID torna-se o ponto de referncia, ou seja, esse
valor representa a posio para a qual o dispositivo de expanso dever se mover, sendo que o valor
100 representa a posio mais fechada do dispositivo e 0 a mais aberta.
Para a sada P.A.T. ter conhecimento da posio na qual o dispositivo se encontra, e
configurado outro parmetro, o tempo total de operao (Full Stroke time) que expresso em
segundos e representa o tempo que o dispositivo leva para sair da posio de totalmente fechado para
totalmente aberto. E como a sada P.A.T. utiliza duas sadas digitais da CLP, cada uma representa um
sentido de operao.
Para que o motor de passo receba um sinal identificando cada uma das sadas do CLP, como
sendo um sentido de operao, foram elaboradas duas placas de circuitos.
Em virtude das sadas digitais do CLP utilizarem triacs, as tenses geradas nessas uma
tenso alternada de 24V, pois as sadas utilizam a alimentao do CLP como referncia. Trabalhar
com uma tenso alternada no acionamento de um motor DC (corrente contnua) e com circuitos
lgicos no seria possvel. Para solucionar esse problema, foi elaborada uma placa reguladora de sinal
(Figura 4.3), na qual o sinal fornecido pela sada digital do CLP de 24V alternado retificado e
transformado em um sinal de 5V DC (corrente contnua).
37
Figura 4.4 Circuito Retificador de Sinal
Para cada sada digital foram utilizados os seguintes componentes para a realizao da
retificao:
Resistncias,
Um diodo 1N4007,
Um diodo Zenner 1n4433 de 5,1V,
Um capacitor de 22 F e
Um led.
O projeto da placa reguladora de tenso tinha como base modificar uma tenso de 24V
alternada para uma tenso de 5VDC. A primeira parte do circuito composta de um diodo (1N4007)
que impede a passagem da tenso negativa e provoca uma queda de 0,8V na tenso como mostrado na
Figura 4.5.
38
Para determina um valor para a resistncia R do circuito utilizamos a Eq. (4.1). Uma
estimativa para Vmin obtida subtraindo-se a queda no diodo de 24V e permitindo uma tenso de
ondulao (ripple) sobre o capacitor de 1V.
(Vmin - Vzo - rz Izmin)
R= (4.1)
(Izmin +Ilmax)
Onde :
Vmin = menor tenso fornecida pelo capacitor;
Vzo = tenso no diodo zenner;
Rz = resistncia interna do diodo zenner;
Izmin = menor corrente para que o diodo zenner conduza;
ILmax = mxima corrente fornecida pela placa reguladora de tenso.
Para esse projeto foram atribudos os seguintes valores:
Vmin = 22,2V (24 0,8 -1);
Vzo = 5,1V (fornecido pelo fabricante);
Rz = 7 (fornecido pelo fabricante);
Izmin = 5mA (fornecida pelo fabricante);
ILmax = 80mA (corrente escolhida).
Esses valores resultam numa resistncia de 200,76 , sendo assim usaremos uma resistncia
de 200 .
A seguir foi determinado o valor do capacitor C usando a Eq. (4.1), substituindo o valor de
Vp/R pela corrente atravs do resistor de 200 . Essa corrente foi estimada notando que a tenso do
capacitor varia de 21,2 a 22,2 V, tendo ento uma mdia de 21,7V, e que a tenso atravs do zenner
de aproximadamente 5,1V
Vp
C= (4.1)
2 f Vr R
39
Com o sinal digital de 24 VAC do CLP retificado para uma sada de 5 VDC, foi elaborada
uma placa de potncia para acionamento do motor de passo, j que o mesmo requer uma corrente de
2A, para possibilitar o movimento do dispositivo de expanso.
Para essa placa de potncia, mostrada na Fig. (4.8), foram utilizados os seguintes
componentes:
Circuito Integrado com seis portas inversoras (CI 74ls04);
Circuito Integrado com trs portas and, com trs entradas cada uma (CI 74ls10);
Circuito Integrado com quatro portas or de duas entradas cada uma (CI 74ls32);
Circuito Integrado gerador de clock (LM555);
Circuito Integrado contador (CI 74ls191);
Circuito Integrado decodificador (CI 74ls138);
Estabilizador de tenso para 5VDC (CI LM7805);
4 transistores de sinal (BC556);
4 transistores de potencia (TIP122).
40
Figura 4.9 Esquema do Circuito de Potncia
LOAD = XY (4.2)
41
Tabela 4.1 Equao lgica do circuito para habilitao do movimento
X Y LOAD
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
Sentido = X .Y + XY (4.3)
X Y LOAD
0 0 1
0 1 1
1 0 0
1 1 1
Para que ocorra a movimentao do motor de passo necessrio um clock, um pulso de bit
numa freqncia determinada. No primeiro caso foi pensado na gerao desse pulso pela prpria CLP,
porm, a freqncia de oscilao gerada por ela de apenas um 1 Hz, o que acarreta numa demora na
rotao completa do motor, que demoraria 200 segundos para conseguir completar um ciclo.
Com a baixa freqncia gerada pela CLP, foi configurado um gerador de clock externo
utilizando o LM555, que conseguiu aumentar a freqncia do clock para aproximadamente 10Hz, o
que abaixo o tempo de 200 para algo em torno de 25 segundos para que o motor complete um ciclo
completo.
Para configurar o CI LM555 (Figura 4.10) para gerar um clock constante foi utilizando os
seguintes componentes:
Capacitores de 10 F e de 10nF;
Resistncias de 10K e 2.2K ;
42
Figura 4.11 Esquema de ligao no LM555
Para a configurao dos valores das resistncias e do capacitor, foi escolhida uma freqncia
com um valor adequando para movimentar o motor de passo e foram utilizadas as Equaes (4) e (5),
t1 = 0, 693 Rb C (4.4)
Exigncias :
Ra 1K ;
Ra + Rb 6, 6 M ; (4.6)
C 500 pF
Uma freqncia ideal para obter uma resposta do sistema satisfatria, seria uma freqncia em
torno de 10Hz, com isso, os valores escolhidos de Ra, Rb e C foram, respectivamente, 2,2k , 10K e
10 F. Esses valores geraram um ciclo de trabalho de 55% e um perodo de 150ms e uma freqncia de
6,67Hz.
Com todo circuito lgico ligado ao CI do contador (74ls191), o sentido e habilitao da
contagem, ligados ao pino 4 e 11, respectivamente, e o clock ligado ao pino 14, esse fornecer uma
contagem binria de 0 a 15 utilizando 4 pinos de sada. Como para o motor de passo necessrio
apenas 4 bits utiliza-se apenas os dois bits menos significativo da contagem, os quais variam de 0 a 3
sequencialmente na contagem.
As duas sadas do contador so ligadas a duas das trs entradas do decodificador, sendo a
outra liga a 5VDC, pois como a entrada invertida, essa sempre permanecer em zero, delimitando o
circuito integrado a utilizar apenas quatro das oitos sadas que contm. O decodificador interpretar o
numero binrio recebido pelas trs entradas e libera um sinal de 5VDC para uma das oitos sadas, a
qual representa o numero binrio lido nas entradas.
A cada clock do circuito uma das quatro sadas do decodificador libera um sinal de 5VDC,
sendo o sentido determinado pelo circuito lgico do sentido descrito anteriormente. Cada sinal
liberado ligado base de um transistor PNP de sinal (BC556), o qual tem seu receptor ligado
43
tenso de 5VDC e seu coletor base de um transistor NPN de potncia (TIP 122). O transistor de sinal
tem a funo de habilitar a passagem de corrente pelo transistor de potncia para alimentar uma das
bobinas do motor de passo. Essa variao no acionamento de bobinas no motor de passo provoca a
rotao do mesmo.
Para o correto dimensionamento do motor de passo necessrio para a movimentao do
dispositivo de expanso, foi medido o torque exigido no dispositivo. Com o auxilio de um torqumetro
foi encontrado o valor de aproximadamente 1,4N.m. Para suprir tais necessidades foi adquirido o
motor de passo KTCHT23-400 da Kalatec (Figura 4.13) com as seguintes caractersticas:
Torque de 1,9 N.m;
Variao de 1,8 por pulso;
Alimentao de 4,5V e 2A;
Preciso de 5% no acumulativa;
Otimizado para uso em aplicaes de micro passo;
Enrolamento das bobinas otimizado para alimentao de tenso BUS de at 160VDC;
Trabalha com controladores unipolares e bipolares;
Nesse projeto o motor foi ligado de forma unipolar, sendo um fio de cada uma das bobinas
ligada ao VCC da fonte de alimentao e os outros 4 fios restantes ligados cada um em um transistor
de potncia (TIP 122) da placa de potncia. A seqncia de acionamento das bobinas deve ser
respeitada para que o motor gire corretamente, a Fig. (4.14) mostra as ligaes realizadas no motor de
passo.
44
Como o motor necessita de uma corrente de 2A, uma fonte externa foi alocada ao circuito de
potncia a fonte FTP 752E para suprir essa necessidade. Essa uma fonte estabilizada de 7,5V e 2A.
Em virtude de a fonte liberar uma tenso de 7,5V e os CI`s trabalharem com uma tenso de
alimentao de 5VDC, foi utilizado um estabilizador de tenso (LM7805), o qual recebe uma tenso
de at 30VDC mas libera no mximo uma tenso de 5VDC.
Com o desenvolvimento de todo esse aparato experimental, realiza-se o controle do
dispositivo de expanso de acordo com o valor da presso recebido no CLP
Nos testes de compressores devem-se tomar alguns cuidados relevantes para o melhor
funcionamento dos equipamentos da bancada. Um desses cuidados deve ser com o fato de que os
compressores no podem funcionar sem que haja perda de calor nos trocadores, pois se no, a
temperatura de descarga do compressor aumentaria descontroladamente, danificando o mesmo. Da a
45
importncia de quando acionado o compressor, a bomba do circuito de gua seja tambm acionada, j
que tal circuito o responsvel por retirar calor do refrigerante.
Diante desse fato, foi projetado um sistema de segurana para o melhor funcionamento dos
compressores em testes. Esse sistema consiste em que o compressor s acionado, via quadro de
acionamento eltrico, quando uma das bombas do circuito de gua for acionada. Dessa forma, quando
se aciona uma das bombas, atravs das botoeiras do quadro de acionamento eltrico, automaticamente
o compressor ligado.
Para construo do sistema de segurana da bancada, foram utilizadas duas contatoras, do
fabricante WEG, modelo 22E.
As contatoras utilizadas no circuito possuem uma bobina de acionamento, que quando
energizada fecha os dois contatos normalmente abertos e abre os dois contatos normalmente fechados.
Cada um dos contatos suporta at 8 mperes de corrente, no ultrapassando assim o limite de pico de
corrente utilizado para ligar a bomba mais o compressor, como calculado:
Pico de corrente da bomba: 5,46A
Pico de corrente do compressor: 1,92A
Pico mximo de corrente para acionar a bomba mais o compressor: 7,38A
46
5 RESULTADOS
34
32
30
Temperatura (C)
28
26
24
22
20
19:53 20:15 20:38 21:01 21:24 21:47 22:10 22:34
Tempo (hh:mm)
47
36
34
Temperatura (C) 32
30 Sistema de
Resfriamento
Acionado
28
26
24
22
20
11:34 11:50 12:06 12:22 12:38 12:54 13:10 13:27 13:43
Tempo (hh:mm)
Com essa configurao, o sistema de controle conseguiu manter a temperatura por volta de
32C, sendo o erro de 2C aceitvel. Porm, com essa configurao o sistema de refrigerao
permaneceu ligado durante todo o ensaio, que durou quase 3 horas, traduzindo numa escolha de
parmetros no muito boa para o sistema de controle.
Assim, outros parmetros foram configurados para conseguir um melhor controle. O sistema
de resfriamento passou a funcionar quando a temperatura do calormetro ultrapasse o valor de 32,5C
e desligando quando baixar de 31,5C, os resultados obtidos podem ser observados na Figura (5.3).
34
33
32
31
Temperatura (C)
30
29
28
27
26
25
1:13 1:26 1:39 1:52 2:05 2:18 2:31 2:44 2:58 3:11 3:24
Tempo (hh:mm)
48
32.8 Ligado Desligado
32.6
32.4
32.2
Temperatura (C)
32
31.8
31.6
31.4
31.2
31
30.8
0:00 0:42 1:26 2:10 2:52 3:34 4:18 5:02 5:44 6:26 7:10 7:52 8:36 9:20 10:02 10:44 11:27
Tempo (m:ss)
Com essas configuradas o controle consegue manter a temperatura em 32C com um erro de
aproximadamente 1C, e o sistema de refrigerao no permanece constantemente ligado, ficando em
mdia 3 minutos acionado e 5 minutos desligado.
Aps a montagem de todo o aparato experimental, foram realizados testes apenas para
observar a viabilidade do sistema, visualizar sua faixa de operao e velocidade de resposta s
variaes desejadas. Parmetros aleatrios foram escolhidos, como PB(banda proporcional) igual a
20% e TI (tempo integral) igual a 0,6 s. Esses primeiros testes no utilizaram o TD (tempo derivativo).
2.5
2
Presso (bar)
Srie1
1.5
Srie2
0.5
0
58:27 58:50 59:16 59:40 00:04 00:26 00:50 01:14 01:38 02:02 02:24 02:48 03:10 03:33 03:56
Tempo (mm:ss)
Figura 5.5 Grfico da resposta do PID a uma entrada degrau (PB= 20 e TI =0,6)
Observa-se com esses parmetros, que a presso desejada no foi alcanada alm de
apresentar uma oscilao na reposta em regime permanente, sendo essa instabilidade prejudicial para a
realizao dos testes de compressores, tornando os parmetros escolhidos inviveis para o sistema.
49
Os parmetros da Fig. (5.6) j mostram um melhor desempenho em regime permanente,
porm, apresenta um elevado tempo para alcanar a referncia, em torno de 8 minutos, o que o torna
invivel para utilizao na bancada.
3.5
2.5
Presso (bar)
1.5
1
Srie1
0.5 Srie2
0
9
7
:2
:5
:4
:4
:3
:3
:2
:1
:1
:0
:0
:5
:4
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
11
12
Tempo (mm:ss)
Figura 5.6 Grfico da resposta do PID a uma entrada degrau (PB= 40 e TI =0,5)
2.2 T
2
Presso (bar)
1.8
1.6
1.4
L
1.2
1
50:08 50:18 50:27 50:36 50:45 50:53 51:02 51:11 51:19 51:28 51:37 51:46 51:54 52:03 52:12 52:20 52:29
Tempo (mm:ss)
50
Tabela 5.1. Tempo das posies L e T
50:16 1,075 L
51:18 2,135 T
2.2
1.8
Presso (bar)
1.6
Presso de Suco
Presso de Referncia
1.4
1.2
0.8
38:20 38:46 39:50 40:15 40:40 41:04 41:30 41:55 42:20 42:46
Tempo (mm:ss)
51
2.3
Pcr
2.1
1.9
Temperatura (C)
1.7
1.5
1.3
Presso de Suco
1.1 Presso de Referncia
0.9
0.7
06:13 06:34 06:56 07:17 07:39 08:00 08:22 08:44 09:05 09:27 09:49 10:10
Tempo (mm:ss)
52
2.5
Presso (bar)
1.5
Srie1
Srie2
1
0.5
0
15:05 15:27 15:50 16:12 16:33 16:55 17:16 17:37 17:59 18:20 18:42
Tempo (mm:ss)
Com os parmetros do controlador PID determinados, realizou-se mais testes para analisar o
comportamento do sistema para diferentes presses, observando seu comportamento no grfico
presso x entalpia.
1.8
1.6
Presso (bar)
1.4
Presso de Referncia
Presso de Suco
1.2
0.8
0.6
20:26 22:14 24:00 25:48 27:36 29:27 31:12 33:01 34:50 36:45 38:41 40:30 42:18 44:04 45:50
Tempo (mm:ss)
Figura 5.11 Resposta do sistema com presso de referncia de 1,7 bar (PB=40, TI=10 TD=2,5)
53
4
3.5
3
Presso (bar)
Srie1
2.5
Srie2
1.5
1
22:38 23:19 23:58 24:36 25:16 25:56 26:36 27:16 27:56 28:36 29:16 29:54 30:33 31:12 31:52
Tempo (mm:ss)
Figura 5.12. Resposta do sistema com presso de referncia de 3,3 bar (PB=40, TI=10 TD=2,5)
3.6
3.4
3.2
3
Presso (bar)
Presso de Referncia
2.8
Presso de Suco
2.6
2.4
2.2
2
31:20 33:28 35:38 37:48 39:56 42:06 44:15 46:24 48:32 50:40 52:50 55:00 57:08 59:16
Tempo (mm:ss)
Figura 5.13 Resposta do sistema com presso de referncia de 2,8 bar (PB=40, TI=10 TD=2,5)
54
Figura 5.14 Ciclo de resfriamento controlando a presso de suco em 1 bar
55
Figura 5.17 Ciclo de resfriamento controlando a presso de suco em 4,2 bar
56
80 Inicio das
Perturbaes
70
Temperatura (C) 60
50
Temperatura de Descarga
40
Temperatura de Suco
30
20
10
0
1:21 1:30 1:40 1:50 2:00 2:10 2:20 2:30 2:40 2:50 3:00 3:10 3:20
Tempo (hh:mm)
3.5
3
Presso (bar)
2.5
Inicio das
Presso de Suco
2
Perturbaes Presso de Referncia
1.5
0.5
0
1:21 1:30 1:40 1:50 2:00 2:10 2:19 2:29 2:39 2:49 2:59 3:09 3:19 3:29
Tempo (hh:mm)
57
300
250
200
Potncia (watts)
150
100
50
0
19:40 20:18 20:56 21:34 22:14 22:52 23:32 24:12 24:52 25:32 26:12 26:49 27:31 28:10 28:48 29:25
Tempo (mm:ss)
5
Presso (bar)
2
Presso de Suco
Presso de Descarga
1
0
19:40 20:18 20:56 21:34 22:14 22:52 23:32 24:12 24:52 25:32 26:12 26:49 27:31 28:10 28:48 29:25
Tempo (mm:ss)
Com os dados obtidos nesse teste, foi observado que para diferentes configuraes de
funcionamento o compressor trabalha com um certo valor de potncia, e que a presso de suco
diretamente relacionada com esse valor.
58
6 CONCLUSES E RECOMENDAES DE
TRABALHOS FUTUROS
Os resultados desse projeto mostram que foi desenvolvido e implementado um mtodo
melhorado para o teste de performance de compressores de refrigerao, numa bancada que opera no
estgio de vapor superaquecido. Tal configurao tem como principal caracterstica uma resposta
dinmica adequada para os propsitos do sistema, onde alteraes desejadas nas variveis essenciais,
presses e temperaturas de suco e descarga do compressor, so facilmente obtidas.
Com os resultados obtidos, atravs da instrumentao da bancada conclui-se que um dos mais
importantes parmetros que afetam essas variveis do sistema, a variao da expanso do
refrigerante, efetuada pela vlvula de expanso. Dessa forma, esse projeto focalizou-se no controle do
dispositivo de expanso da bancada.
Os primeiros testes demonstraram que a utilizao de um motor de passo para direcionar a
abertura e fechamento da vlvula satisfatrio para alterar as variveis do sistema, sendo a presso de
suco a que possui a melhor resposta a esta alterao. Com isso, o controle do dispositivo de
expanso teve como referncia o valor obtido por essa varivel.
A anlise dos resultados do controle PID, utilizado para o dispositivo de expanso, mostrou-se
eficiente, pois agilizou o processo de ajuste na presso de suco e garantiu a estabilidade da mesma,
durante o funcionamento da bancada. Esta estabilidade no foi comprometida diante a perturbaes
provocadas no sistema, mostrando assim xito em tal controle.
Observando as respostas do controle PID, em relao ao tempo de subida e estabilidade do
regime permanente, verificou-se que os melhores desempenhos foram obtidos quando os parmetros,
banda proporcional, tempo integral e tempo derivativo, foram configurados seguindo o mtodo
Ziegler-Nichols, demonstrando, de acordo com a teoria, que tal mtodo uma boa opo para
configurar o controlador PID em situaes onde no h o conhecimento prvio da funo transferncia
do sistema.
Outro parmetro controlado com xito nesse projeto, foi a temperatura interna do calormetro,
onde se encontra o compressor. Vrios testes foram realizados antes de atingir os valores ideais dos
parmetros para esse controle. Esse procedimento ser importante para o clculo do balano
energtico do compressor, o qual fundamental para avaliao de performance do mesmo.
Sabendo que nos testes realizados nessa bancada, o ciclo de refrigerante apresenta trs estados,
a compresso , a expanso e perda de calor do gs, que est associado, respectivamente, ao
compressor, ao dispositivo de expanso e ao trocador de calor. Nesse projeto foi realizado o controle
da expanso do refrigerante, restando outro importante parmetro a ser controlado, a perda de calor do
refrigerante. Essa perda acontece nos trocadores bipolares podendo ser controlada pela vazo de gua
que circula nesses trocadores. Sugerimos tal controle como um dos trabalhos futuros.
Alm disso, ter o conhecimento da quantidade de massa de refrigerante presente no sistema
permitiria uma melhor anlise do compressor testado.E se somado a esse conhecimento, existisse um
controle do mesmo, permitindo colocar e retirar refrigerante do sistema, haveria outro parmetro que,
uma alterao no mesmo provoca mudanas em todo sistema, permitindo configuraes distintas para
o sistema. Tal controle seria uma recomendao de trabalho futuro.
Conclumos finalmente que o projeto obteve xito em sua realizao, com resultados
expressivos e confiveis para o controle e automao da bancada de teste de compressores no estgio
de vapor superaquecido.
59
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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performances using R22 and R407c, Department of Mechanical Engineering, University of Salerno,
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China, Energy Conversion and Management, Volume 47, Issue 5 , March 2005, Pages 529-544.
60
61
ANEXOS
Anexo I Dados do compressor
62
63
Anexo I Dados do compressor
Performance
64
Dimenses
65
Anexo II Calibrao dos transdutores de presso
66
Transdutor que mede presso na sada do dispositivo de expanso
67
Transdutor que mede presso de suco
68
Transdutor que mede presso de descarga
69
Anexo III Especificaes de equipamentos
Transdutor de potncia
70
Medidor de Vazo
71
Transdutor de potncia
72
Anexo IV Data sheet utilizados
Diodo Zener
73
Regulador de tenso
74
Gerenciador de clock
75
Anexo V Fotos da bancada
76