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MODELO DE OCUPAO

HUMANA

O Contexto e a Ocupao

M Joo Trigueiro Ramos Pinto


Joaquim Faias

Modelo de Ocupao Humana

O Modelo de Ocupao Humana (MOH) designa a


ocupao como sendo uma parte intrnseca e
exclusiva da condio humana.
Agrupa a ocupao em trs grandes reas de
actuao:
Actividades da vida diria
Actividades laborais
Actividades de lazer
Os contextos onde estas ocupaes tm lugar so
igualmente importantes

1
Modelo de Ocupao Humana

Argumentos tericos inerentes ao modelo:


Explicar os diversos aspectos da ocupao, em termos de
organizao e funo;
Conceptualizar o que sucede na presena de disfunes (no
indivduo, no meio...);
Fornecer uma explicao terica que justifique a forma como o
tratamento ajuda os indivduos na execuo de ocupaes que
sejam significativas e proporcionem satisfao, levando ao seu
bem-estar fsico e emocional.

Modelo de Ocupao Humana

A terceira verso do MOH tenta perceber como a


ocupao motivada, padronizada e desempenhada.
Para explicar essas dimenses, conceptualiza o
homem como sendo constitudo por trs subsistemas
que se interrelacionam:
Volio
Habituao
Capacidade de desempenho

2
VOLIO

O homem tem uma predisposio para a aco, o que fornece


as fundaes para a motivao de se ocupar.
Podem assinalar- se vrias motivaes para a ocupao:
ser eficaz na sua interaco com o mundo
satisfao de necessidades bsicas
expectativas financeiras e sociais
mediadas por influncias fsicas, como
humor
nvel de energia
fadiga
grau de ateno

VOLIO

O conceito biolgico de necessidade para a aco


explica a necessidade do homem se ocupar, mas no
as diferenas motivacionais entre indivduos.
Cada indivduo tem sentimentos e opinies prprias
acerca das diversas aces volio.
Logo, todos os indivduos so impelidos para a aco,
mas cada um escolher as aces que valoriza, em
que se sente competente e em que encontra
satisfao.

3
VOLIO

Pode-se conceptualizar a volio como sendo


constituda pela causalidade pessoal (competncia e
eficcia), valores (significativo) e interesses
(satisfatrio).
O processo volitivo progressivo, ou seja, os
sentimentos e opinies volitivos decorrem ao longo do
tempo.
Este processo tambm constante, dando-se
medida que cada indivduo experiencia, interpreta,
antecipa e escolhe a ocupao.

VOLIO

Atravs de um ciclo de antecipao, escolha,


experincia e interpretao, a volio tende a
perpetuar-se a si prpria.
O indivduo tende a repetir o que lhe deu prazer ou
sentido de eficcia e a evitar situaes contrrias
(escolhas ocupacionais).
igualmente um processo oculto, o qual se modifica
com a idade, novos contextos e oportunidades -
levam emergncia de novos interesses e
capacidades.

4
HABITUAO

Muito do que se faz uma repetio do que j se fez,


conduzindo a um padro de comportamento.
O ambiente tem uma certa estabilidade- leva aco
consistente e padronizada, funo representada pelos
hbitos e papis.
Hbitos preservam formas de agir que foram interiorizadas
atravs de um desempenho repetido. Requerem :
repetio suficiente para estabelecer um padro
circunstncias ambientais consistentes

HABITUAO

Papis formas de comportamento que foram aprendidos


em associao a um estatuto pblico ou identidade privada.
Derivam de um estatuto social
Adequam - se ao contexto e moldam automaticamente o
comportamento que o indivduo tem
Os papis interiorizados podem ser definidos como a
incorporao de um estatuto social ou pessoal e de uma
gama de atitudes e comportamentos com ele relacionados.

5
Capacidade de desempenho

Aptido para a aco, constituda pelos componentes


fsicos e mentais e a correspondente experincia
subjectiva.
Classicamente, a terapia ocupacional aborda o
desempenho de uma forma objectiva.
No MOH, d-se um particular nfase experincia
subjectiva, influenciada pelos componentes fsicos e
mentais e estabelecendo com eles uma relao de
reciprocidade.

Capacidade de desempenho

Abordagem objectiva perspectiva exterior da


capacidade de desempenho
Abordagem subjectiva perspectiva prpria
(interior) da capacidade de desempenho
As duas perspectivas acrescentam informao
acerca da capacidade de desempenho e as duas
contribuem, em cada instante, para o desempenho.
Ligado capacidade de desempenho encontra-se
o conceito de corpo vivido.

6
O Corpo Vivido

Componente subjectiva da capacidade de desempenho.


O corpo experienciado, medida que interage com o meio
O MOH utiliza o conceito de corpo vivido para se referir
experincia de ser e conhecer o mundo atravs de um corpo
particular.
Mente e corpo so vistos no como um fenmeno separado,
mas como parte de uma entidade nica e unitria.
A experincia subjectiva do desempenho fundamental
forma com se actua.

O Corpo Vivido

Quando h uma incapacidade, h sempre uma forma


particular de corporalizao.
O corpo passa a ser sentido como uma alienao.
Esta forma de sentir no traduz as competncias objectivas
que se possui, mas emana da forma como o indivduo se
experiencia a si prprio e ao seu mundo.
A reaquisio das competncias motoras um ponto
fundamental para vencer a incapacidade, mas a
experienciao da nova forma de agir a estratgia mais
eficaz para atingir a mudana.

7
O Papel do Meio

Cada indivduo existe e opera em mltiplos contextos;


As vrias expectativas e requisitos do ambiente:
Constrangem as escolhas e parecem sustentar a motivao;
Influenciam o desenvolvimento de hbitos e papis;
Ambientes que desafiam as capacidades tendem a evocar o
envolvimento, a ateno e o mximo desempenho;
Quando as exigncias do meio so abaixo das capacidades,
evocam aborrecimento e desinteresse;
Quando so acima das capacidades, podem levar ansiedade ou
confuso.

O Papel do Meio

As oportunidades, exigncias, suporte e constrangimentos


do ambiente constituem o impacto ambiental;
Resulta da interaco entre as caractersticas do meio e do
indivduo;
Condiciona o que o indivduo faz e como o faz.
O ambiente igualmente uma figura central na
incapacidade.
Ao tentar compreender a ocupao humana, tem que se
compreender o ambiente no qual ela tem lugar.

8
O Papel do Meio

Interligado com o contexto, encontra


- se o conceito de
emergncia o resultado da interaco de diversos
componentes, na ausncia de um mecanismo de controlo
central, pode originar respostas complexas.
Quando os vrios componentes de um sistema complexo
interagem, do origem a uma dinmica de fenmenos ainda
mais complexa.
A heteracia refere que, quando h interaco destes
componentes de um sistema complexo, eles dependem da
situao especfica em que se encontram.

O Papel do Meio

Consoante a situao, cada componente contribui


com algo que influencia a dinmica total.
A heteracia manifesta-se atravs da ocupao
humana, nos pensamentos, emoes e aces.
As diferentes partes do indivduo cooperam com o
contexto, de acordo com as suas solicitaes,
contribuindo cada elemento para a dinmica total.

9
O Papel do Meio

A conceptualizao da disfuno deixou de estar


unicamente centrada nas caractersticas do
indivduo, passando a depender tambm das
condies e circunstncias dos contextos.
Um indivduo com incapacidade pode no ter
impedimentos para executar as actividades
ocupacionais, se forem introduzidas alteraes ao
meio que possibilitem a sua realizao.
Um indivduo sem disfuno pode ser impedido de
realizar determinadas tarefas, se o meio lhe for
desfavorvel.

O Fazer

Participao ocupacional envolvimento do


indivduo nas actividades do seu contexto
sociocultural
Desempenho ocupacional realizao de uma
tarefa, de acordo com uma determinada forma
ocupacional
Competncia ocupacional aces realizadas com
um determinado objectivo:
Competncias motoras
Competncias de processo
Competncias de comunicao e interaco

10
A terapia centrada no cliente
perspectiva do MOH

O MOH respeita os princpios da terapia centrada no


cliente, em que:
V cada indivduo como um ser nico, cujas caractersticas
determinam a abordagem a aplicar
Tem em conta o que esse indivduo faz, pensa e sente e usa
esses valores como o mecanismo central para a mudana
Porm, valoriza do mesmo modo o conhecimento
terico do terapeuta, que ir influenciar na tomada de
decises, juntamente com o cliente.

A terapia centrada no cliente


perspectiva do MOH
O MOH perspectiva que o terapeuta se situe entre a teoria
que conhece e as circunstncias apresentadas pelo
indivduo, tentando decidir juntamente com ele aquilo que
terapeuticamente mais eficaz.
A primeira fase deste processo visa obter informao sobre as
caractersticas pessoais e histria, ocupaes actuais e
contextos onde se desloca.
Para sustentar a primeira observao, recolhe-se informao
mais detalhada, atravs do uso de avaliaes estruturadas e no
estruturadas.
Depois, impe-se discutir com o indivduo se a melhor abordagem
a seguir ser a remediativa ou a compensatria.

11
A terapia centrada no cliente
perspectiva do MOH
O envolvimento do indivduo em todo este processo
fundamental;
A forma como ele actuar, vai determinar as alteraes que ele
prprio sofrer; a sua volio, habituao e capacidade de
desempenho so modeladas, para depois serem reutilizadas no
desempenho ocupacional.
O envolvimento que colocar nas tarefas envolvimento
ocupacional implica as escolhas, a motivao e o significado da
tarefa. Tem subjacente dois conceitos:
para o desempenho ser teraputico, deve envolver uma ocupao e no
apenas uma actividade
para obter mudana atravs do desempenho, a ocupao tem que ser
relevante e significativa para o indivduo

A terapia centrada no cliente


perspectiva do MOH
O processo de mudana que se d atravs do
tratamento :
dinmico (envolve, simultaneamente, a pessoa, o contexto e a
relao dos dois)
faz parte da histria de mudana da prpria vida do indivduo.
A mudana envolve uma reorganizao complexa, em
que alteraes mltiplas e simultneas reagem umas
com as outras. A volio, habituao, capacidade de
desempenho e condies ambientais formam uma
heterarquia que interage e se influencia mutuamente.
Qualquer mudana que tenha sido promovida pelo
tratamento interfere com a totalidade dos aspectos do
indivduo.

12
AVALIAO

Ao usar o MOH como quadro de referncia, o TO


deve tentar compreender o indivduo e desenvolver
com ele um plano teraputico.
Este processo constitudo por quatro fases:
Elaborar questes que possam guiar a colheita de dados
Recolha de informao sobre a histria ocupacional do indivduo
Estabelecer um quadro geral da situao do indivduo
Definir objectivos e estratgias teraputicas baseadas na
conceptualizao da situao do indivduo e dos desejos por ele
manifestados

Avaliao

Questes gerais:
1. Qual a percepo do indivduo acerca do que foi, e ser,
enquanto ser ocupacional? (identidade ocupac)
2. Durante quanto tempo ele manteve um padro de participao
ocupacional que reflicta a sua identidade ocupacional?
(competncia ocupacional)
3. Envolve-se em actividades que faam parte dos seu contexto
sociocultural e isso importante para o seu bem estar?
(participao)
4. Pode desempenhar as tarefas ocupacionais que fazem parte da
sua rotina? (desempenho)

13
Avaliao

5. Possui as competncias motoras, de processo e de


comunicao/interaco de que necessita? (competncias)
6. De que forma a sua volio, habituao e capacidade de
desempenho afectam a forma como pensa, sente e age?
7. Qual o impacto dos contextos na forma como pensa, sente e
age?

Avaliao

As questes 1 e 2 geram outras:


a. Quais os pontos crticos na sua vida e como afectaram o seu
curso?
b. Que direco levou a sua vida (melhor ou pior)?
c. O que revela a sua histria da vida sobre as suas experincias,
desejos, esperanas, relaes e identidade?
d. Que tipo de futuro antecipa?
e. Que tipo de escolhas fez e qual o seu efeito?
f. De que forma, ao longo do tempo, os seus padres e rotinas
afectaram a sua satisfao e bem-estar?

14
Avaliao

A questo 6 gera:
g. Qual a sua viso da capacidade pessoal e eficcia e como isso
afecta as escolhas, experincias e antecipao?
h. Que convices a crenas tem e como afectam as suas
escolhas, experincias e antecipao?
i. Quais os seus interesses e como afectam as suas escolhas,
experincias e antecipao?
j. Quais os seus hbitos e como influenciam os padres do que
habitualmente faz?
k. Quais os seus papis e como influenciam os padres do que
habitualmente faz?
l. Que factores objectivos e subjectivos influenciam as suas
capacidades?

Avaliao

a questo 6g leva a:
i. Que capacidades ou limitaes se salientam na sua
apreciao prpria?
ii. A noo que tem das suas capacidades realista?
iii. Est consciente das limitaes e capacidades?
iv. Tem controlo sobre os seus pensamentos, sentimentos e
aces?
v. Pensa vir a atingir os resultados que ambiciona?
vi. Tem confiana, ansiedade ou outro sentimento, face ao seu
desempenho?

15
Avaliao

a questo 6h leva a:
vii. Que coisas so mais importantes para si fazer?
viii. Que padres ou critrios utiliza para avaliar o seu prprio
desempenho?
ix. So os valores que defende realmente seus?
x. Consegue priorizar o que importante?
xi. clara em relao a quais os seus valores?
xii. De que forma os seus valores coabitam com as suas
competncias?
xiii. Transporta os seus valores para as escolhas adaptativas?

Avaliao

a questo 6i leva a:
xiv. Consegue identificar os interesses pessoais?
xv. Que ocupaes lhe do prazer fazer?
xvi. Quais os aspectos do desempenho que mais lhe agradam
(desafio fsico, estmulo intelectual, contacto social...)?
xvii. Faz aquilo que lhe d prazer?
xviii. Alguma coisa est a interferir com os seus sentimentos de
prazer ou satisfao durante o desempenho?

16
Avaliao

a questo 6h leva a:
xix. Os papis do indivduo tm um impacto positivo na sua
identidade, gesto do tempo e envolvimento em grupos
sociais?
xx. O indivduo est muito ou pouco envolvido nos seus papis?
xxi. Que importncia eles tm para o indivduo?
xxii. Consegue cumprir as obrigaes inerentes a cada papel?
xxiii. Os papis so muito ou pouco exigentes ou causam conflitos
ao indivduo?

Avaliao

a questo 6i leva a:
xxiv. O indivduo tem hbitos bem estabelecidos?
xxv. Que rotinas tem e qual a sua eficcia?
xxvi. Qual o estilo de desempenho caracterstico do indivduo e qual
a sua eficcia?
xxvii.De que forma a rotina do indivduo lhe d qualidade de vida?

17
Avaliao

a questo 6j leva a:
xxviii.O indivduo tem conhecimentos, experincia ou treino para
desempenhar as tarefas ocupacionais?
xxix. Tem alguma incapacidade?
i. Seleccionar modelos relevantes para prosseguir a avaliao e a
interveno

xxx. Qual a experincia da incapacidade e quais as implicaes


para a funo, adaptao ou compensao?
i. De que forma influencia o desempenho?

Avaliao

A questo 7 leva a:
a. Contexto fsico
De que forma as oportunidades, exigncias, recursos e
constrangimentos do espao e objectos afectam as competncias,
o desempenho e a participao?
b. Contexto social
De que forma as oportunidades, exigncias, recursos e
constrangimentos das tarefas ocupacionais e dos grupos sociais
afectam as competncias, o desempenho e a participao?
desafiador ou inibidor?
Ajuda assuno de papis significativos?

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Avaliao

Escolher avaliaes que cubram a maior parte dos conceitos


do MOH:
MOHO Screening Tool rpido e verstil de aplicar, utilizando
diversas formas de recolha de dados
Assessment of occupational functioning entrevista ou auto-
preenchimento
Occupational circumstances interview and rating scale
entrevista focada no presente (menor que a OPHI II)
Occupational performence history interview II entrevista que
engloba uma perspectiva histrica
Occupational self assessment e COSA auto-reflexo sobre
as competncias e colaborao na elaborao dos objectivos
de tratamento

Avaliao

Escolher avaliaes que se foquem em reas


especficas do MOH:
1. Checklist especficas
Interest Checklist e PIC identifica interesses, padres,
participao na vida atravs do envolvimento em ocupaes e
mudanas
NIH Activity Record identifica rotinas habituais em relao
com a dor e o cansao
Occupational questionnaire identifica rotinas em relao com
a volio
Role checklist identifica papis passados, presentes e futuros
relativamente sua importncia

19
Avaliao

Escolher avaliaes que se foquem em reas


especficas do MOH:
2. Avaliaes por observao
Assessment of motor and process skills avalia competncias
motoras e de processo
Assessment of communication/interaction skills avalia
competncias de comunicao/interaco
The volitional questionnaire - avalia a volio em indivduos
acima dos 8 anos
The pediatric volitional questionnaire - avalia a volio em
crianas at aos 8 anos

Avaliao

Escolher avaliaes que se foquem em reas


especficas do MOH:
3. Avaliaes especficas da prtica ocupacional
Work environment impact scale entrevista sobre o impacto do
local de trabalho
Worker role interview entrevista sobre a capacidade
psicossocial para o trabalho
OT Psychosocial assessment of learning observao e
entrevista acerca do papel e do ambiente de estudante
School setting interview entrevista acerca do impacto do
ambiente escolar

20
Utilizao do MOH como complemento de
outros modelos

Apesar da dor se continuar a manifestar, h agora motivao para


explorar novas formas de executar as tarefas e se envolver
novamente nas ocupaes.
Este exemplo ilustra como, sem deixar de usar a abordagem bio-
mecnica (que por si s no estava a conseguir resolver o
problema do uso funcional da mo) o terapeuta pode, atravs da
compreenso da volio, apreciar de uma forma mais global o
problema do indivduo, envolvendo-o numa ocupao significativa,
o que se torna num ponto de viragem para ele.

A natureza do contexto
Como que o contexto influencia o que
escolhemos para fazer e de que forma o
fazemos?

Que factores no ambiente influenciam a


ocupao?

21
Ambiente

Caractersticas fsicas e sociais de um


contexto especfico, no qual realizamos
qualquer coisa, que produz um impacto
sobre o que cada um de ns faz e como
feito;

Para ser compreender a ocupao humana


devemos tambm compreender o ambiente
ela acontece.

Ambiente e organizao do
contexto
Durante o dia, actuamos em diferentes
contextos, onde encontramos diferentes:
Espaos fsicos
Objectos
Grupos de pessoas
Coisa diferentes para fazer
A configurao destes elementos influencia o
que escolhemos para fazer e como o
fazemos

22
O papel da cultura
Cultura pode ser definida como as crenas e
percepes, valores e normas, costumes e
comportamentos que so partilhados por um grupo
ou sociedade e que so passados de uma gerao
para outra atravs da educao formal e informal

A cultura no influencia apenas o que est no


ambiente mas tambm como a pessoa est
predisposta para interagir com o ambiente

Cultura
A cultura determina como o nosso contexto
fsico est organizado e que tipo de
instrumentos podemos encontrar dentro dele.

A cultura tambm nos molda a forma como


vemos e actuamos no ambiente fsico,
incluindo o mundo natural e interiorizada
pelas pessoas pelo processo de educao

23
Cultura

Reflexos do sentido de pertena a uma


cultura

Os valores pessoais
Sentido de competncia
Interesses
Papeis interiorizados
hbitos

Oportunidades e recursos
Os elementos do ambiente fsico e social
proporcionam oportunidades e recursos que
promovem a escolha e o fazer. (Dunn, brown &
McGuigan, 1994)

Proporciona recursos para manter a


motivao
Proporciona recursos que facilitam o
desempenho

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Organizao e recursos
Os aspectos familiares do ambiente fsico e
social so necessrios para os
comportamentos de rotina.
A organizao familiar dos espaos e dos
objectos, os acontecimentos recorrentes e os
padres previsveis de comportamento dos
outros so essenciais para o desempenho
competente das rotinas dirias.

Solicitaes e
constrangimentos
Cada ambiente obriga-nos a enfrentar uma
variedade de condies que coloca limites ou
orienta as nossas aces:
Paredes
Degraus
Pisos
Tempo Requerem ou
Complexidade das tarefas probem certos
Desejos de outros comportamentos
Regras
Leis e normas sociais
Requisitos

25
Exigncias

Quer sejam sentidas ou impostas, a sua


influncia no comportamento depende dos
valores de cada pessoa, interesse,
causalidade pessoal, papeis, hbitos e
capacidades de desempenho

Exigncias
Quando as exigncias ultrapassam os limites
das nossas capacidades, o ambiente pode
tornar-se:
Aborrecido
Desinteressante
Se desafiarem as nossas capacidades:
Envolvimento
Ateno
Desempenho mximo

26
Impacto ambiental

Resulta da interaco das caractersticas do


ambiente e da pessoa.

A oportunidade, suporte, solicitao e


constrangimento que os aspectos fsicos e
sociais do ambiente tm sobre um indivduo

Ambiente fsico

Espaos
Natural
Construdo
Escolas
Lojas
Quarto
Restaurante
Estdio de futebol

27
Ambiente fsico
Objectos
Brinquedos
Contentores
Texturas
Peso
Tamanho
Dureza
Ferramentas
Instrumentos
Electrodomsticos

Ambiente social
Grupos sociais
pessoas a que nos juntamos com objectivos formais
e informais
Organizao interna
Formas ocupacionais
Formas convencionais de fazer as coisas (Nelson,
1988)
Maneiras especficas, aces e significados que
caracterizam o fazer
So nomeadas (cozinhar, jogging, lavar, jogar s
cartas, etc)

28
Organizao do espao
ocupacional (Setting)

uma composio de espaos, objectos, formas


ocupacionais e grupos sociais que formam uma
coerncia e constituem um contexto significativo
para o desempenho.

So mundos de vida, compostos de ritmo e


organizao que proporcionam organizao e
significado para as aces realizadas, na
perspectiva do ser e do fazer.

Modelo de Ocupao Humana

Dimenses do Fazer

29
Nveis do Fazer
Participao ocupacional

Desempenho ocupacional

Competncias ocupacionais

Participao ocupacional
Envolvimento de uma pessoa em situaes
de vida
AOTA (2001); WHO (1999)

Envolvimento em actividades de:


Trabalho
brincar/lazer
Vida diria
Que so parte do contexto sociocultural de uma
pessoa e que so desejadas e necessrias para o seu
bem
- estar.

30
Participao ocupacional
Fazer coisas com significado pessoal e
social:
Voluntariado
Trabalho a tempo inteiro ou em part- time
Recreao com amigos
Auto
- cuidados
Manuteno de espaos de vida
Frequentar aulas

Participao ocupacional
influenciada por:

Capacidades de desempenho
Habituao
Volio
Condies ambientais

31
Desempenho ocupacional
Refere-se concretizao de uma forma
ocupacional.
De cada vez que uma pessoa concretiza
uma forma ocupacional est a desempenhar
com um objectivo nico, estruturado e com
uma determinada aparncia que
reconhecida e nomeada.

Desempenho ocupacional
influenciada:
pela habituao
Pelos papis
Pelos factores ambientais

Requer uso de objectos e espaos


Ocorre em grupos sociais

32
Competncias
Aces observveis e objectivas que so
utilizadas durante o desempenho
Aces concretas que so realizadas no
mbito de uma forma ocupacional
Trs tipos de competncias:
Competncias motoras
Competncias de processo
Competncias de comunicao e interaco

Competncias motoras
Referem-se movimentao do corpo e dos
objectos
Incluem:
Estabilizao, equilbrio
Manipulao de objectos
Levantar objectos
Transportar objectos
Inclinar
Flexo
Exteno
Rotao

33
Competncias de processo
Sequncia lgica de aces ao longo do
tempo, seleco e uso de instrumentos e
materiais apropriados e adaptao do
desempenho face a problemas.
Inclui:
Escolha, organizao de objectos no espao
Iniciao
Passos no sentido de terminar o desempenho

Competncias de
comunicao e interaco
Referem-se s convenientes intenes e
necessidades e coordenao de aces
sociais para agir em conjunto com outras
pessoas.
Inclui:
Gestos
Contacto fsico com outros
Falar
Envolvimento e colaborao com outros
Assertividade

34
Trs nveis do fazer
Nvel do fazer Exemplos

Trabalhar como Manuteno de Socializao


Participao Auto-cuidados
enfermeira uma casa com amigos

Lavar os
Desempenho Dar uma injeco Aspirar o cho Jogar trivial
dentes

Calibrar Falar Alcanar Alcanar


Alcanar Alcanar Sequenciar Sequenciar
Competncia
Sequenciar Sequenciar Manipular Manipular
Manipular Manipular Andar Falar

Consequncias do Fazer

Identidade ocupacional

Competncia ocupacional

Adaptao ocupacional

35
Adaptao
Extenso pela qual uma pessoa capaz de
desenvolver, modificar em resposta a desafios ou
alcanar um estado de bem-estar atravs do que
faz. (Fidler & Fidler, 1978; Nelson, 1988)
Ir ao encontro das necessidades e desejos
pessoais enquanto responde s expectativas
razoveis do ambiente, atravs da ocupao
(Kielhofner, 1995)

Estado de competncia ao funcionar para aquilo


que se aspira (Schkade & Schultz, 1992)

Identidade Ocupacional
Sentido do que se e deseja ser como ser
ocupacional gerado a partir da histria de
participao ocupacional.
Integra:
Volio
Habituao
Experincia como corpo vivido

36
Identidade Ocupacional
Inclui:
Sentido de capacidade e eficcia no fazer;
Que coisas so consideradas interessantes e do
prazer em fazer;
Quem se , definido pelos papis e relaes;
O que se sente obrigado a fazer e considerado
importante;
Sentido de rotinas de vida familiares;
Percepes do ambiente e o que ele suporta e exige.

Identidade Ocupacional
Estes elementos so acumulados ao longo
do tempo e tornam-se parte da identidade de
cada um.
As suas implicaes para o futuro tambm
contribuem para a identidade ocupacional.
A sua construo comea com o auto-
conhecimento das capacidades e interesses
a partir de experincias passadas e estende-
se at construo de uma viso do futuro
que se deseja.

37
Competncia Ocupacional
o grau pelo qual se mantm um padro de
participao ocupacional que reflecte a
identidade ocupacional de cada um.

Tem a ver com por a identidade ocupacional


em aco de uma forma contnua.

Competncia Ocupacional
Inclui:
Concretizar as expectativas dos papis, dos valores
e nveis esperados de desempenho.
Manuteno de rotinas que permitem a descarga de
responsabilidades.
Participao num espectro de ocupaes que
proporciona um sentido de capacidade, controlo,
satisfao e realizao.
Manter e actuar de acordo com valores e actuar para
alcanar os resultados desejados na vida.

38
Competncia Ocupacional
Comea com a organizao da vida de cada
um de forma a ir ao encontro das
responsabilidades bsicas e dos nveis
pessoais esperados e estende-se at s
obrigaes inerentes aos papis
ocupacionais, alcanando-se, ento, uma
vida satisfatria e interessante.

Adaptao Ocupacional
a construo de uma identidade
ocupacional positiva e o alcanar de uma
competncia ocupacional ao longo do tempo,
no ambiente de cada um.

Acontece num contexto especfico, com as


suas oportunidades, suportes,
constrangimentos e solicitaes

39
Desde o tempo em que aprendemos as nossas primeiras
formas ocupacionais e comeamos a participar no mundo
nossa volta fazendo coisas, modelamos a nossa prpria
volio, habituao e capacidade de desempenho.

Estamos em constante interaco com o ambiente fsico e


social que forma e desenvolve a nossa volio,
habituao e capacidade de desempenho, influenciando a
nossa participao ocupacional

Ao longo do tempo, construmos a nossa identidade


ocupacional e competncia atravs de uma contnua
participao e em resposta s mudanas na vida.

~
O nosso grau de sucesso na adaptao ocupacional
varia ao longo do tempo, reflectindo as identidades
construdas e o nosso nvel de competncia.

40
Todos ns, em determinada altura das nossas vidas,
vivenciamos uma ameaa nossa adaptao
ocupacional, requerendo uma reformulao da nossa
identidade ocupacional e do sentido de competncia

Narrativa de vida
As pessoas conduzem e atribuem
significados via atravs da construo de
narrativas que integram os seus passados,
presente e futuro Eus.
Eus
A forma como a narrativa gere esta sntese e
inclui significados de vrios elementos e
episdios de vida tem sido um tpico de
constinuas discusses

41
Narrativa de vida

Pelos menos duas caractersticas, podem


ser atribudas narrativa:
Grfico de vida
Metfora

Grfico de vida
Estrutura da narrativa que determina como
ns pensamos e falamos quando utilizamos
histrias
Representa a interseco entre a progresso
de tempo e a direco (para melhor ou pior)
que a vida leva
Resume onde a vida acontece e para onde
vai

42
Grfico da vida
Grfico trgico
Resulta numa linha descendente a partir de uma vida
anterior boa ou ascendente

Bom

Mau

Progresso do tempo

Grfico da vida
Grfico melodramtico
Revela uma vida de luta.
Envolve uma srie de subidas e descidas

Bom

Mau

Progresso do tempo

43
Grfico da vida
Avaliamos o que fizemos e o que nos
aconteceu sempre em termos do seu
impacto nas nossas vidas
Os acontecimentos representam uma
continuao da direco bsica das nossas
vidas

Grfico da vida
Implica, no s antecipar o significado dos
acontecimentos para o futuro, mas tambm
como vemos as nossas experincias
passadas para compreender o que as
circunstncias do presente podem significar
Antecipar o que pode ser estar reformado

44
Matfora
a utilizao de um objecto ou fenmeno
familiar no lugar de um acontecimento ou
situao menos compreendida ou difcil de
enfrentar;
Inclui uma caracterizao sucinta de uma
circunstncia complexa ou emocionalmente
difcil.

Metfora
D-nos uma forma de lidar com aquilo que
difcil ou impossvel de gerir;
A doena como uma batalha ou inimigo ameaador
A deficincia motora como uma priso

As metforas so, frequentemente, o


primeiro veculo atravs do qual a pessoas
compreendem as coisas que esto mal nas
suas vidas

45
Narrativa, Significado e Fazer
As narrativas, com as suas direces
grficas e metforas, moldam a forma como
percebemos a nossa vida
So uma forma de dar significado medida
que a vida se desenrola e novas
circunstncias surgem;

Narrativa - aco
Aquilo que fazemos permite dar continuidade
nossa histria
Tentar mudar o rumo dos acontecimentos
Levar as coisas a fazer por diante
Resignar quilo que parece inevitvel
A narrativa tanto pode impedir como facilitar
a aco
Vida trgica no h razo para agir
Vida a melhorar mais razo para continuar

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Narrativa
Junta o passado, o presente e o futuro bem como
integra mltiplos temas do Eu e do mundo que nos
rodeia;
Integra e inclui significado atravs do uso da
orientao grfica e da metfora
So abertas e, por isso, permitem-nos incluir
acontecimentos de vida emergentes e novas
circunstncias de vida, adicionadas ao que
aconteceu antes e ao que pode vir a acontecer

Narrativa

No so apenas faladas mas tambm


concretizadas;

O que cada um faz continua o desenrolar da


respectiva narrativa.

47
Narrativas ocupacionais
So histrias que integram, ao longo do tempo, o desenrolar das
nossas motivaes (volio), habituao, capacidade de
desempenho e contextos, atravs de uma linha grfica e de
metforas que resumem e atribuem significado a esses
elementos.

Tanto a nossa identidade como a nossa competncia reflectem-


se e so promovidas nessas histrias que do sentido ao que
fazemos nas nossas vidas ocupacionais

A nossa adaptao reflectida em como contamos as nossas


narrativas ocupacionais

Instrumentos de Avaliao

Como seleccionar os instrumentos


1. Avaliao inicial:
a. MOHO screening tool
2. Se o indivduo aparenta dificuldades de
comunicao/interaco:
b. ACIS
3. Se o indivduo aparenta dificuldades motoras ou
de processo:
c. AMPS

48
Instrumentos de Avaliao

Como seleccionar os instrumentos


4. Se forem detectadas problemas de motivao
graves:
d. Volitional questionnaire
6. Se o indivduo demonstra facilidade em ser
entrevistado:
e. OCAIRS
7. Se o indivduo pretende regressar ou conseguir
emprego:
f. WRI ou WEIS

Aplicao do MOH a clientes internados

Mulher de 22 anos que sofreu TCE, em consequncia de um


acidente de automvel. Apresenta hemiparsia direita, afasia e
contracturas mltiplas. Permanece em coma por 4 semanas e
semi-comatosa por mais sete semanas.
A terapeuta utiliza como modelos de delineao o biomecnico,
sensorio-motor e perceptivo-cognitivo, no sentido de guiar a
interveno sobre os componentes de desempenho. Para alm
disso, utiliza o MOH como modelo profissional, no sentido de
ajudar a cliente a reajustar-se sua vida ocupacional e a
encontrar uma nova identidade e competncia ocupacional.

49
Aplicao do MOH a clientes internados

Interveno na famlia, para traar um quadro dos interesses,


papis e rotinas.
O primeiro objectivo traado pela terapeuta para a sua volio e
habituao providenciar um ambiente enriquecido com os seus
interesses, de forma a comear a orienta-la para a vida real.
A terapeuta faz uma avaliao informal das suas competncias
motoras, de processamento e de comunicao/interaco. Nesta
fase, o tratamento incide sobre os componentes em dfice e na
rea especfica de AVD, visando um ganho de autonomia.

Aplicao do MOH a clientes internados

Quando apresenta competncias de comunicao, emocionais e


cognitivas suficientes, a terapeuta utiliza o OPHI-II (Entrevista
sobre a Histria do Desempenho Ocupacional) e o Questionrio
de Papis que, conjuntamente, fornecem uma viso da cliente,
antes do acidente.
Consegue identificar o ser independente, estar com o namorado,
ter animais de estimao e viver fora de casa, como as coisas
que mais valoriza.
Neste contexto, o impacto da situao actual assume ainda
maiores propores, sentindo-se despojada desses valores e
forada a depender de terceiros em quase todos os aspectos da
sua vida.

50
Aplicao do MOH a clientes internados

Conjuntamente, constrem objectivos concretos para a


reabilitao, nomeadamente fazer marcha independente no prazo
de seis meses e, a curto prazo, ser capaz de fazer a sua higiene e
vestir-se sozinha.
A par com o tratamento convencional, a terapeuta planeia
actividades ocupacionais que vo de acordo s necessidades
encontradas e respeitem os seus valores e interesses.
Consoante as competncias sensorio-motoras, cognitivas e de
comunicao/interaco melhoram, planeada a alta hospitalar,
inicialmente para casa dos pais, mais tarde para um dormitrio.

Aplicao do MOH a clientes internados

Prossegue TO em regime externo e aps triagem dos interesses


vocacionais, frequenta um centro de formao profissional, na
rea da informtica.
Um ano e meio aps o TCE, retoma parcialmente a sua antiga
vida.
O tratamento neuromotor ajudou ao restabelecimento das
competncias em dfice, mas as alteraes verificadas a nvel de
valores e interesses e a redefinio de papeis e hbitos permite o
seu retorno a uma vida ocupacional.
Como muitas outras pessoas que sofreram uma leso grave, no
capaz de voltar sua vida anterior, mas consegue reconstruir
uma nova identidade e competncias ocupacionais, dentro das
suas limitaes.

51
Utilizao do MOH
como complemento de outros modelos
Homem de 40 anos, com fractura do punho esquerdo por queda
de um escadote. Aps a cirurgia, desenvolve um caso grave de
sndroma compartimental do punho lesado. Depois de tirar o
gesso, inicia tratamento em TO - modelo bio-mecnico,
nomeadamente fluidoterapia, alongamentos e treino de
movimentos finos.
Quando apto para voltar a usar a mo, o medo da dor leva-o a
evitar faze-lo.
O terapeuta conclui que a falta de progressos funcionais se deve
a causas pessoais, como o medo de exacerbar a dor. Decide
obter informao sobre outros aspectos da sua volio que
possam ser usados como recurso no tratamento.

Utilizao do MOH como complemento de


outros modelos

Nos dias seguintes, durante a fluidoterapia, administra-lhe o


Questionrio de Interesses que revela que o Fbio desistiu das
actividades que lhe proporcionavam mais prazer (jogar bilhar e
cozinhar) por receio de magoar o punho.
Aplica-lhe a Auto-avaliao Ocupacional, na tentativa de
identificar as reas problemticas e importantes para ele.
As duas avaliaes confirmam que a dor afecta muito a vida do
cliente, particularmente no seu sentido de eficcia e na
capacidade de fazer o que importante para ele. Ou seja, o
estado funcional do seu membro superior funciona como um
stressor, no apenas pela dor, mas pelo efeito causado na sua
vida ocupacional.

52
Utilizao do MOH como complemento de
outros modelos

Juntamente com o terapeuta, identificam trs reas de


interveno - a capacidade fsica para executar o que precisa, a
capacidade de relaxar e se divertir e ser auto-suficiente a tratar de
si.
A par com a abordagem bio-mecnica, o terapeuta dirige algumas
sesses a actividades que vo de acordo aos interesses
identificados.
Essas sesses despoletam sentimentos volitivos que substituem
o medo e a perca de satisfao na realizao de actividades.

INSTRUMENTOS DE
OBSERVAO
NOME DO INSTRUMENTO CONCEITOS INCLU
INCLUDOS POPULA
POPULAO

Assessment of Competncias de Adolescentes, adultos,


Communication and Comunicao e idosos (potencialmente
Interaction Skills (ACIS) Interaco relevante para crianas)
Crianas (3 4 anos em
Assessment of Motor and Competncias motoras e
diante), adolescentes,
Process Skills (AMPS) de processo
adultos e idosos
Volio (causalidade
Pediatric Volitional pessoal, valores e
Questionnaire (PVQ) interesses), influncia do Crianas dos 2 aos 6 anos
ambiente na volio

Volio (causalidade Crianas com mais de 6


Volitional Questionnaire pessoal, valores e anos, adolescentes,
(VQ) interesses), influncia do adultos, idosos (especialmente
apropriado para pessoas que no
ambiente na volio podem fazer um auto-relatrio)

53
QUESTIONRIOS E CHECKLISTS

NOME DO INSTRUMENTO CONCEITOS INCLU


INCLUDOS POPULA
POPULAO

Modified Interest Interesses (passado, presente e participao


Adolescentes , adultos e idosos
Checklist desejada, grau de atractabilidade)
Hbitos, papeis, valores, interesses e
causalidade pessoal reflectida na rotina, grau
NIH Activity record de dificuldade no desempenho e experincia
Adolescentes , adultos e idosos

de corpo vivido ao nvel da dor e fadiga


Occupational Self OSA: crianas com mais de 11
Assessment (OSA) e anos, adolescentes, adultos e
Competncia ocupacional, valores e impacto idosos
Child Occupational Self ambiental COSA: crianas entre os 8 e os 11
Assessment (COSA) anos

Role Checklist Papeis e valores Adolescentes e adultos

Occupational Hbitos, papeis, valores, interesses e


Adolescentes, adultos e idosos
Questionnaire causalidade pessoal reflectida na rotina

Pediatric Interest Interesses (fora de atraco, sensao de Crianas dos 6 aos 12 anos
Profile competncia e participao) Adolescentes 12 a 21 anos

ENTREVISTAS
NOME DO INSTRUMENTO CONCEITOS INCLU
INCLUDOS POPULA
POPULAO

Occupational Circumstances
Assessment: Interview and Valores, interesses, causalidade pessoal, Adolescentes,
Rating Scale (OCAIRS version papeis, hbitos, desempenho, ambiente adultos e idosos
2)
Occupational Performance Competncia ocupacional, identidade
Adolescentes,
History Interview 2nd version ocupacional, ambiente, valores, interesses,
causalidade pessoal, papeis, hbitos adultos e idosos
(OPHI-II)
Necessidades de adaptao para lidar com Crianas em idade
School Setting Interview (SSI) objectos, espaos, formas ocupacionais e
grupos sociais no contexto escolar escolar
Causalidade pessoal, valores, interesses,
Worker Role Interview (WRI) papeis, hbitos, percepo de trabalho e Adultos
ambiente
Worker Environment Impact Ambiente fsico (objectos e espaos) e social
(formas ocupacionais e grupos sociais)
Adultos
Scale (WEIS)

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MTODOS DE AVALIAO
MISTOS
NOME DO INSTRUMENTO CONCEITOS INCLU
INCLUDOS POPULA
POPULAO

Valores, interesses,
Assessment of
causalidade pessoal, Adolescentes, adultos e
Occupational Functioning
papeis, hbitos e idosos
(AOF-CV)
desempenho
Causalidade pessoal,
Model of Human Occupation Adolescentes, adultos e
valores, interesses,
Screening Tool (MOHOST) idosos
papeis e hbitos
Volio (capacidade para
Occupational Therapy fazer escolhas),
Psychosocial assessment of habituao (papeis e Crianas em idade escolar
Learning (OT PAL) rotinas) e impacto
ambiental

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