Exp12cdr Ficha 2
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Livro do Professor
Grupo I
A realidade
Sempre mais ou menos
Do que ns queremos.
S ns somos sempre
10 Iguais a ns prprios.
Suave viver s.
Grande e nobre sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras1
15 Como ex-voto2 aos deuses.
V de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
20 Est alm dos Deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu corao.
Os deuses so deuses
25 Porque no se pensam.
Apresenta, de forma clara e estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
B
Num texto expositivo-argumentativo bem estruturado, de oitenta a cento e trinta palavras, refere
a importncia da inspirao estoico-epicurista na poesia de Ricardo Reis.
Fundamenta a tua opinio com argumentos decorrentes da tua experincia de leitura deste
heternimo de Fernando Pessoa.
Grupo II
L atentamente o texto que se segue.
Tenho por intuio que para as criaturas como eu nenhuma circunstncia material pode
ser propcia, nenhum caso da vida ter uma soluo favorvel. Se j por outras razes me
afasto da vida, esta contribui tambm para que eu me afaste. Aquelas somas de factos que,
para os homens vulgares, inevitabilizariam o xito, tm, quando me dizem respeito, um outro
5 resultado qualquer, inesperado e adverso.
Nasce-me, s vezes, desta constatao, uma impresso dolorosa de inimizade divina.
Parece-me que s por um ajeitar consciente dos factos, de modo a que me sejam malficos, a
srie de desastres, que define a minha vida, me poderia ter acontecido.
Resulta de tudo isto para o meu esforo que eu no intento nunca demasiadamente. A
10 sorte, se quiser, que venha ter comigo. Sei, de sobra, que o meu maior esforo no logra o
conseguimento que noutros teria. Por isso me abandono sorte, sem esperar nada dela. Para
qu?
O meu estoicismo uma necessidade orgnica. Preciso de me couraar contra a vida.
Como todo o estoicismo no passa de um epicurismo severo, desejo, quanto possvel, fazer
15 que a minha desgraa me divirta. No sei at que ponto o consigo. No sei at que ponto
consigo qualquer coisa. No sei at que ponto qualquer coisa se pode conseguir
Onde um outro venceria, no pelo seu esforo, mas por uma inevitabilidade das coisas, eu
nem por essa inevitabilidade, nem por esse esforo, veno ou venceria.
Nasci talvez, espiritualmente, num dia curto de inverno. Chegou cedo a noite ao meu ser.
20 S em frustrao e abandono posso realizar a minha vida.
No fundo, nada disto estoico. s nas palavras que h a nobreza do meu sofrimento.
Queixo-me, como uma criada doente. Ralo-me como uma dona de casa. A minha vida
inteiramente ftil e inteiramente triste.
1.2. A frase A sorte, se quiser, que venha ter comigo. (l. 10) constituda por
(A) duas oraes: uma subordinante e uma subordinada adverbial causal.
(B) uma nica orao.
(C) duas oraes: uma subordinante e uma subordinada adverbial condicional.
(D) duas oraes coordenadas.
1.3. Na expresso couraar contra a vida (l. 13), o verbo utilizado com o sentido de
(A) lutar por uma vida melhor.
(B) criar defesas para enfrentar as adversidades.
(C) aproveitar a vida.
(D) esquecer as desgraas.
1.6. As comparaes da linha 22 so usadas pelo enunciador para salientar a sua propenso
para
(A) as lamentaes e os esforos fsicos.
(B) os lamentos e as preocupaes.
(C) as preocupaes e as doenas.
(D) as enfermidades e a agitao.
Grupo III
Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estao para
estao, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruado sobre as ruas
e as praas, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes,
como, afinal, as paisagens so.
Num texto bem estruturado, com um mnimo de duzentas e um mximo de trezentas palavras,
apresenta uma reflexo sobre o papel das viagens no percurso vital do ser humano.
Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mnimo, a dois argumentos e ilustra cada um
deles com, pelo menos, um exemplo significativo.