Expressão Gráfico-Plástica
Expressão Gráfico-Plástica
Expressão Gráfico-Plástica
Mauzinho
Setembro de 2014
Verso Definitiva
Orientao: Professor Doutor Augusto Lus de Brito Henriques Pinheiro
minha famlia, e principalmente a eles, por serem os meus pilares em todo o meu
percurso de vida, e por me terem permitido meios para que realizasse este sonho de me
formar como educadora de infncia.
Ao Professor Augusto, por toda a sabedoria transmitida e por me ter aberto o meu leque
de reflexo sobre assuntos de uma forma transversal.
s Professoras Ana Lusa Pires, Manuela Matos e Maria Margarida Rocha, docentes da
Escola Superior de Educao de Setbal, pelo apoio prestado, de diversas formas.
s educadoras de infncia cooperantes que, alm de me terem recebido muito bem nas
suas salas e me terem ajudado a evoluir a nvel pessoal e profissional, fizeram-me sentir,
desde o primeiro dia, como membro integrante da equipa de trabalho, e se
demonstraram sempre solcitas e interessadas em cooperar com o presente projeto de
investigao-ao.
s crianas, porque sem elas este estudo no seria possvel, pois foram elas a base
desde Projeto de Investigao.
s minhas colegas e ex-colegas, pois com os outros, e na partilha de saberes, que nos
opulentmos enquanto pessoas e enquanto profissionais nesta rea.
i
Resumo
Ao realizar este estudo, senti a necessidade de optar por uma metodologia de trabalho,
que possibilitasse interpretar as informaes recolhidas em dois contextos educativos
(creche e jardim de infncia), bem como as intervenes que realizei no sentido de
valorizar e enriquecer a expresso grfico-plstica nesses mesmos contextos. Assim,
este trabalho tem como base a Investigao-ao e tem como intuito articular os
fundamentos tericos da investigao em educao com as experincias vividas durante
os perodos de estgio em creche e em jardim-de-infncia. Nesta investigao
evidenciam-se as caractersticas da investigao-ao que cooperam para que haja uma
mudana educativa que promova uma melhoria nas dinmicas utilizadas, na indagao e
reflexo permanente, no que diz respeito expresso grfico-plstica.
ii
Abstract
While conducting this study I felt the need to adopt a methodology that would allow the
analysis of the information collected in two different educational backgrounds (daycare
and kindergarten) as well as the impact of the suggestions I made to enrich the graphic
and plastic expressions. Therefore, this assignment has its foundation on an action-
investigation based approach and its main purpose is to articulate the theoretical
fundamentals applied on educational studies with the experiences I acknowledged
during the internship in both daycare and kindergarden. In this investigation I highlight
the characteristics of an action-investigation based approach and its impact on
promoting educational change, namely through improvements in the applied dynamics,
encouraging constant reflection on the graphic and plastic expression practices.
The main sources of information were the active-observation, the questionnaire to the
educators and the documents analysis.
The study's setting is directly linked to both of the institutions I worked in, as a Master
student of Pre-School Education, and all the participants in the investigation were my
fellow internship colleagues.
With the development of the investigation we came to the conclusion that the graphic
and plastic expression has, indeed, a pivotal role to the pedagogical team as a key tool
in the progressive growth of the children.
iii
ndice geral
Agradecimentos ................................................................................................................... i
Resumo ............................................................................................................................... ii
Abstract ............................................................................................................................. iii
ndice geral .........................................................................................................................iv
ndice de Quadros ..............................................................................................................vi
Quadro de Acrnimos .......................................................................................................vii
Introduo ................................................................................................ 1
Introduo ........................................................................................................................... 1
iv
3.1.1.2 Contexto de estudo para a segunda infncia ...................................................... 68
3.2 As concees das educadoras cooperantes .................................................................. 72
Captulo IV: Consideraes Globais ..................................................... 79
Referncias Bibliogrficas ................................................................................................ 86
ANEXOS
v
ndice de Quadros
Quadro n3: Intervenes que o Educador deve ou no fazer em relao s produes das
crianas.................................................34
vi
Quadro de Acrnimos
I.A. Investigao-Ao
vii
Introduo
1
Mestrado em Educao Pr-Escolar 2012/2013
Introduo
Introduo
Uma das minhas motivaes para a escolha da temtica deste trabalho surgiu no
mbito de uma Unidade Curricular, Psicologia da Educao, da licenciatura em
Educao Bsica, em que no decorrer das aulas foi apresentado um pouco desta mesma
temtica e nesses momentos, a minha curiosidade ficou desperta para o tema e ponderei
o seu interessante em explor-lo no Relatrio de Estgio do Mestrado, de forma a ser
eu a observar e desenvolver propostas no sentido de discernir dispositivos e
intervenes que otimizem a expresso grfico-plstica das crianas na creche e no
jardim de infncia.
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Mestrado em Educao Pr-Escolar 2012/2013
Introduo
Uma das principais intenes deste estudo , portanto compreender de que forma
as concees pedaggicas das educadoras sobre a expresso grfico-pltica infantil se
repercutem nas prticas educativas e artsticas e nos currculos para as crianas.
Pretendo com este trabalho aprofundar as concees inerentes dos contextos educativos
estudados, destacando a expresso grfico-plstica infantil enquanto momento de
aprendizagem/desenvolvimento, contentamento, alegria e expressividade. Em suma,
atribuir valor pedaggico e artstico expresso grfico-plstica infantil, sustentando
esta intencionalidade com a ideia de Stern (1974b):
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Introduo
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Introduo
educadoras.
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Introduo
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Captulo I:
Quadro
terico de
referncia
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Captulo I: Quadro terico de referncia
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Captulo I: Quadro terico de referncia
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Captulo I: Quadro terico de referncia
Segundo Lurat (1980) referido por Cerezo (1997) podemos afirmar que existe
uma relao entre o desenvolvimento do desenho da criana e algumas das
aprendizagens instrumentais que esta realiza, nomeadamente em contexto escolar, como
o caso muito em especial da escrita.
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Captulo I: Quadro terico de referncia
Sempre que desenha a criana efetua traados sobre uma superfcie, est a
efetuar movimentos do brao, da mo e dos dedos que so exerccios de adestramento
que contribuem de um modo muito significativo para o desenvolvimento das suas
capacidades de coordenao visuo-neuromotora (Sousa, 2003b:196).
Cobo (s.d.) firma que (n)os momentos difceis da sua vida, a criana evade-se para
um mundo imaginrio em que ningum a impedir de realizar os seus desenhos. As
manifestaes visveis desta fuga so os sonhos, os contos, os jogos e os desenhos (Cobo,
s.d., in Salvador,1988:14).
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Captulo I: Quadro terico de referncia
apenas tem que lhe fornecer materiais e esperar que a criana desenvolva naturalmente
o seu vocabulrio grfico. A abordagem comportamentalista oposta as outras
fundamenta que o educador tem que ensinar e estimular a criana. O desenho mostra
modificaes de atitudes ou comportamentos que so pistas para o (...)[educador] poder
atuar (Telmo, 2006:14). A abordagem desenvolvimentista defende que o desenho
reflete o estdio de desenvolvimento grfico em que a criana se encontra.
Segundo Salvador, (...) Ainda que as crianas passem por estas etapas em idades
semelhantes, no h dois indivduos que faam uma evoluo idntica. No so fases
estreitamente delimitadas, pois s vezes sobrepem-se, pois se avana ou se retrocede
no processo. Variam no momento do aparecimento, na durao e inclusivamente na
clareza com que se manifestam (...), em funo das caractersticas que (...) so prprias
[da criana] e do ambiente que a rodeia (Salvador:1988:43). Deste modo, Os estdios
de desenvolvimento no devem ser vistos como se fossem escadas. As crianas no
comeam no primeiro degrau e evoluem at alcanarem o topo (Duffy, B. 2004:140).
Os estdios de desenvolvimento servem para nos ajudar a ns adultos a apoiar as
crianas nas suas aprendizagens, a estarmos conscientes dos seus possveis interesses e
necessidades nos diferentes estgios do seu desenvolvimento.
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Captulo I: Quadro terico de referncia
atribuio de nomes.
Nesta fase a criana j varia nas cores e preenche toda a folha com as suas
garatujas, respeitando j os limites da folha. Ainda faz vrias experincias relativamente
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Captulo I: Quadro terico de referncia
forma de segurar o lpis mas, por volta dos 3 anos j consegue segur-lo quase como
o adulto. nesta altura que compreende o que copiar algo, como uma cruz, mas no se
serve do modelo para o fazer, pois os seus traos tomam direes imprevisveis.
Progressivamente, a criana vai aperfeioando as suas garatujas e percebe algumas
relaes entre aquilo que desenhou com alguma coisa do seu meio (cf. Brittain &
Lowenfeld, 1997).
a partir desta fase que o papel do adulto se torna mais importante, pois a
criana comear a mostrar as suas garatujas e a falar sobre elas (cf. Brittain &
Lowenfeld, 1997).
Alm disso, as garatujas comeam a ser mais variadas. Nesta fase, a criana,
muitas vezes, comunica o que vai desenhar. Ela poder ter uma inteno, mas durante a
produo o mesmo rabisco poder ter atributos descritivos diferentes. importante
salientar que os rabiscos e os traos concebidos pela criana podem no apresentar
qualquer significado para o adulto, mas para a criana tm sempre significado. Alguns
traos e crculos podem parecer uma pessoa, mas os adultos no devem insistir com a
criana para dar nome s suas garatujas. Nesta fase, os adultos devem limitar-se a
incentivar a criana a desenhar, mostrando aprovao relativamente s suas produes
grficas sem crticas nem exigncias (cf. Brittain & Lowenfeld, 1997).
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Captulo I: Quadro terico de referncia
Fase Pr-Esquemtica
Para Luquet (1979) o desenho desenvolve-se em mdia por volta dos 3 anos e
vai progredindo conforme a idade do autor, porque para Luquet o desenho infantil
caracterizado por uma evoluo, sendo cada uma das fases uma espcie determinada
de realismo.
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Captulo I: Quadro terico de referncia
O Realismo Fortuito
Ainda nesta fase, ao observar vrias imagens a criana repara que h traados
que parecem qualquer coisa (Luquet, 1979: 138). A partir do momento em que a
criana se apercebe que existem linhas que se parecem com uma certa imagem,
compreende que possvel executar traos, mas tambm fazer desenhos. A partir daqui,
a criana tenta imitar o adulto no s a riscar, mas tambm a desenhar. Contudo, muitas
crianas que observam os adultos a desenhar ainda continuam a executar simples traos
sem inteno figurativa durante algum tempo, porque, ainda que reconhea a existncia
da faculdade grfica nos outros, no acredita que tambm a possui.
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Captulo I: Quadro terico de referncia
partir deste momento, anuncia frequentemente o desenho que vai fazer, antes de o
executar (Luquet, 1979:143).
Sinteticamente, nesta a fase a criana comea por desenhar sem intento e apenas
por mero prazer. Quando se apercebe que os desenhos dos adultos representam objetos,
tenta imit-los e passa progressivamente a introduzir uma maior intencionalidade nas
suas produes.
O Realismo Falhado
Segundo Luquet (1979) a partir desta fase que a criana quer ser realista. No
entanto, designada por realismo falhado, porque a criana quer ser realista nos seus
desenhos, mas no chega a s-lo, pois depara-se com vrios obstculos. O primeiro
obstculo com que se depara de ordem puramente fsica (Luquet, 1979:147). A
criana tem dificuldade na coordenao dos movimentos grficos, o que a impossibilita
de dar ao seu desenho o aspeto que desejaria. Esta dificuldade torna os desenhos, em
geral, incompreensveis. Outro obstculo com que a criana se depara de ordem
psquica, resoluta do tempo limitado e descontnuo da ateno infantil (Luquet,
1979:148). Por este facto, as crianas reproduzem um nmero muito restrito de
pormenores ou elementos efetivos do objeto representado. No pelo facto de a criana
no os conhecer, mas porque est a realizar os pormenores que naquele momento so
mais importantes para si e acaba por se esquecer de colocar na sua produo os
elementos que na altura no tm relevncia para si, ou seja, a importncia que um
elemento tem, para a criana, num determinado momento, f-la esquecer-se de outro.
O Realismo intelectual
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Captulo I: Quadro terico de referncia
Domnios
Sentido de si prprio
Relaes sociais
Representao criativa
Movimentos e msica
Comunicaes e linguagem
Explorao de objetos
Noo precoce da quantidade de nmero
Noo precoce do espao
Noo precoce do tempo
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Captulo I: Quadro terico de referncia
Este ponto do trabalho tem, assim como principal objetivo articular a expresso
grfico-plstica com os vrios domnios das primeiras aprendizagens e do
desenvolvimento da crianas. Segue-se, assim, uma breve anlise:
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Captulo I: Quadro terico de referncia
Como seres sociais desde o nascimento, os bebs querem estabelecer elos com
ouros seres humanos para criar um contexto de significado e presena (Post &
Hohmann, 2011:45). Acompanhado o seu desenvolvimento tambm a comunicao e o
expressar de sentimentos do bebs cada vez mais se tornam complexos de choro,
movimentos, gestos e sons e esto de perfeita sintonia com a linguagem corporal e as
vozes doces e quentes dos pais e educadores.
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Captulo I: Quadro terico de referncia
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Captulo I: Quadro terico de referncia
Matemtica.
Conhecimento do Mundo
Quadro n 2 reas de Contedo e respectivos domnios
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Captulo I: Quadro terico de referncia
Este ponto do trabalho tem, assim como principal objetivo articular a expresso
grfico-plstica com as diferentes reas de contedo. Segue-se, assim, uma breve
anlise:
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Captulo I: Quadro terico de referncia
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Captulo I: Quadro terico de referncia
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Captulo I: Quadro terico de referncia
Na sua dimenso social, o espao representa um papel primordial, uma vez que
conjetura uma construo social, reflete normas sociais, representaes culturais e,
consequentemente, espelha hbitos e rituais que contam experincias vividas (Horn,
2004).
Forneiro (1998), citado por Horn (2004), afirma que um dos critrios que devem
ser considerados sempre que se reflete em espaos desafiadores de interaes e
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Captulo I: Quadro terico de referncia
A palavra rotina remete-nos para algo que o hbito de fazer uma coisa sempre
do mesmo modo, por vezes j mecanicamente. A rotina importante na medida em que
() o quotidiano passa, ento, a ser algo previsvel, o que tem importantes efeitos
sobre a segurana e a autonomia (Zabalza, 1998:52). fundamental que a rotina seja
realizada de forma a que criana saiba o que vai acontecer a seguir, para que se sinta
segura, confiante para participar nas atividades e possa ser autnoma. Atravs da rotina
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Captulo I: Quadro terico de referncia
a criana lida melhor com a insegurana, tornando-se mais segura e confiante nas suas
aes.
Alm disso, segundo Barbosa e Horn (2001), no planeamento das rotinas devem
ser consideradas trs questes fundamentais: o tipo de atividades propostas, o momento
em que so mais adequadas e o local mais adequado para a sua realizao.
Analogamente, s atividades que conjeturam a livre escolha da criana, necessitaremos
de ter em considerao que isso s possvel se o ambiente e o espao assim o
permitirem. Contudo, ao contrario do que muitos pensam, apesar de serem atividades
livres, o educador deve disponibilizar o seu tempo para participar nessas atividade de
forma a prestar auxlio, lanar desafios e tambm observar as crianas, pois
exatamente a partir deste tipo de interveno que o educador se consegue envolver
numa reflexo retrospetiva, que permita prospectivamente construir a relao
pedaggica, solcita e emptica com as crianas, isto , uma relao favorvel,
compreensiva e sincera com cada uma delas, enquanto ser uno.
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Captulo I: Quadro terico de referncia
prope iniciar por sua livre iniciativa (Sousa, 2003a: 128). Contudo, deve ter uma
participao indireta, tal como a disponibilizao de tempo e materiais.
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Captulo I: Quadro terico de referncia
Por exemplo, suponhamos que a Maria deseja pintar como brinca com as outras
crianas no ptio. evidente que a Maria s incluir as coisas que conhece e que so
importante para ela. Importantes para ela, porm, so apenas as coisas com as quais
estabeleceu relaes mais ou menos sensveis. A crianas combina ento dois fatores
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Captulo I: Quadro terico de referncia
muito importantes: o seu conhecimento das coisas e a sua relao prpria, individual,
para com elas(Lowenfeeld, 1977:14).
Talvez no seja inadequado mostrar criana que falta algo to importante como
os braos, mas tem que ser feito de forma a que seja a criana a aperceber-se do que
falta no seu desenho e no dizer-mo-lhes diretamente. De modo a que seja a criana a
descobrir e assim percebermos se a criana j tem esses conhecimentos adquiridos,
neste caso a constituio do corpo. Supnhamos que falta as orelhas no desenho da
criana com 5 anos, penso que seria correto um dilogo deste gnero:
Adulto: -Olha l bem para o teu desenho, achas que est completo?
Criana: -Sim!
Adulto: - Ento olha l bem para mim. Agora olha para o Mrio (amigo que
estava por perto) e olha para o teu desenho e v se no te falta algo na cabea do teu
desenho.
Se a criana conseguir patentear o que falta, aps este pequeno dilogo, pode ter
sido apenas um esquecimento, se no conseguir mostrar ser necessrio continuar a dar-
lhe pistas at que a criana consiga descobrir.
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Captulo I: Quadro terico de referncia
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Captulo I: Quadro terico de referncia
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Captulo II:
Metodologia
do estudo
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
Walsh, Tobin & Graue ainda acrescentam a todos estes atributos a centralidade
da relao entre o investigador e o sujeito ao longo do processo de investigao
(Walsh, Tobin & Graue, 2010:1038). Tambm no mesmo mbito encontra-se a paixo
por um entendimento do significado que as pessoas vo construindo com as aes
situadas que levam a cabo no quotidiano (idem:1039).
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
Por tudo isto, como investigadora/estagiria sou levada a crer que esta
metodologia a que mais se adequa ao estudo em questo. Torna-se clara a pertinncia
que esta metodologia pode assumir em contextos educativos, pois possibilita que os
educadores modifiquem formas de trabalhar, redefinam estratgias de interveno junto
das crianas, reflitam sobre a sua prxis, modifiquem a forma como organizam o
espao, os materiais e os diversos momentos da rotina da sala.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
5 meses 0
Anos noutras valncias
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
a) Instituio A
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
Espao
A compreenso dos espaos pode ser auxiliada atravs da planta constante nos
anexos, no Anexo I.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
Quanto rea das construes um espao com materiais diversos, que devem
proporcionar momentos de construo, criao, imaginao, de desenvolvimento da
coordenao motora. Tudo isto possvel atravs da explorao de carros, avies, legos
de diferentes dimenses, animais e muitos outros. Este espao inclui tambm um tapete
com o desenho de um caminho, onde as crianas podem brincar e explorar os materiais,
sozinhas ou com outras crianas. Esta uma rea com imenso potencial para explorar as
diversas reas, principalmente a da matemtica. Penso que importante o educador
brincar e explorar esta rea com as crianas, de modo a desenvolver exploraes que
impliquem vrios conhecimentos.
Ao lado da rea das construes encontra-se a rea dos jogos que inclui
diversos jogos de mesa. Jogos que devem ajudar a criana a desenvolver o raciocnio
matemtico, a concentrao, a ateno e a coordenao motora. Esta uma rea tambm
muito explorada pelas crianas principalmente durante a hora do acolhimento. Os jogos
podem ser realizados na mesa que se encontra no centro da sala.
As duas restantes reas (rea dos livros e dos instrumentos musicais e expresso
plstica) possuem uma sala prpria.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
esta expresso, tais como, canetas, lpis de cor e de cera, pinceis, esponjas, entre outros.
Porm nenhum deste material est disposto s crianas. As crianas tem que questionar
primeiramente o adulto para utilizarem os materiais pois estes encontram-se guardados.
Na minha opinio esta uma das reas menos utilizada pela questo de nenhum
material se encontrar disposio das crianas podendo estas ser autnomas, penso que
os lpis de cor e algumas folhas deveriam estar sua disposio.
Este local e constitudo por: uma mesa, um armrio onde guardado o material
pertencente a esta rea, uma prateleira, um espelho ao nvel das crianas, um armrio
com gavetas ode est guardada a roupa das crianas e os catres ocupam um canto da
sala resguardados por um tecido.
Estes ltimos dois espaos descritos hora da sesta sofrem alteraes de modo a
servir de dormitrios.
Alm destas trs salas que englobam as diferentes reas ainda existe nesta
instalao, como referido anteriormente a copa, um corredor, um holle, uma
arrecadao e uma casa de banho.
Para alm de todos estes espaos interiores descritos existe ainda um parque
exterior que faz a ligao com a outra parte da instituio. Este espao explorado
pelas crianas todos os dias quando o clima o permite. As crianas exploram o espao e
os materiais de modo espontneo e livre, sob a superviso do adulto que se deve manter
atento e disponvel para apoiar as iniciativas da criana. Por vezes propem-se pequenas
atividades e ou momentos em grande grupo como danas e jogos de roda. ainda de
referir que o local onde convivem todas as crianas da instituio.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
Rotina
Ao longo do estgio pude observar o quo j intrnseca esta rotina nas crianas.
As crianas j sabem o que surge aps qualquer momento da rotina. O facto de terem
esta noo ajuda a criana a ser segura e confiante. O que transmite clima de calma e
serenidade s crianas durante os diversos momentos do dia, bem expresso pelas
prprias crianas e pelos elementos da equipa, existindo a preocupao de no causar
momentos de agitao nas crianas.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
a) Instituio B
O grupo da sala onde foi desenvolvido o estgio II era composto por 25 crianas,
13 do sexo masculino e 12 do sexo feminino, estando na faixa etria situada entre os 3 e
6 anos de idade, das quais uma criana Ucraniana.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
A relao pedagogia e o clima de sala, muito agradvel e positiva, uma vez que
as crianas procuram a educadora e as assistentes operacionais, para resolver os seus
problemas, para brincar, conversar, contar algum importante para elas, ou seja,
demonstram uma relao de afeto-o mtuo e de confiana, uma vez que as solicitaes
das crianas eram correspondidas de forma honesta pelos adultos da sala.
Espao
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
A sala encontra-se dividida por doze reas distintas sendo elas a rea dos
carrinhos, casinha, artes, plasticina, pintura, jogos, msica, construes, bonecos,
leitura, escrita e quadro magntico. Cada uma destas reas tem delimitado um limite de
crianas a frequent-las: 2, 3, 4 e 5 crianas.
A rea dos jogos que inclui diversos jogos de mesa. Jogos que devem ajudar a
criana a desenvolver o raciocnio matemtico, a concentrao, a ateno e a
coordenao motora.
A rea dos bonecos composta por vrias casas miniatura e os seus respetivos
mobilirio (camas, mesas, banheiras, bibels, sanitas, entre muitos outros), bonecos e
animais. Em que as crianas podem brincar ao faz-de-conta, tal como na rea da
casinha, mas em vez de serem as crianas a encarar as personagens so os bonecos que
esto sua disposio.
A rea da escrita composta por uma caixa com imagens, agendas, blocos de
notas, cartes com os nomes de todas as crianas da sala e diversos materiais de escrita
(lpis de carvo), entre outros materiais. As crianas utilizam esta rea principalmente
para iniciarem as suas tentativas de escrita, para contactarem com o cdigo escrito, de o
exercitar.
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Mestrado em Educao Pr-Escolar 2012/2013
Capitulo II: Metodologia do Estudo
Na rea das artes onde as crianas podem realizar desenho, pinturas com
aguarelas, recortes, colagens e pintar livros de desenhos. Esta rea constituda por
dois armrios (onde se encontram os matrias), uma mesa, cadeiras e duas caixas, uma
para colocar os desenhos acabados e outra para colocar os desenho por acabar. O
material encontra-se disposio das crianas para que as crianas possam ser
completamente autnomas na sua utilizao. Neste espao a criana pode gerir o seu
tempo, trabalho e os diferentes materiais, de forma autnoma.
A rea da plasticina composta por um mvel que tem uma caixa da plasticina
e uma mesa com as respetivas cadeiras. Nesta rea as crianas realizam trabalhos com
plasticina, para isso tem um rolo e diferentes formas (coraes, animais, carros).
Na rea da pintura as crianas podem realizar pinturas com tintas. Esta rea
tem um grande inconveniente, pois encontra-se localizada ao lado da porta da sala de
atividades, mas do lado exterior, por no existir mais espao na sala. Para a utilizao
desta rea tem que estar sempre um adulto disponvel para fornecer as tintas, que se
encontram num armrio na sala, s crianas e supervisionar as crianas. Esta rea
comporta por uma mesa, um cavalete e um mvel onde se encontram os bibes e os
pinceis.
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Mestrado em Educao Pr-Escolar 2012/2013
Capitulo II: Metodologia do Estudo
No incio do ano letivo a sala possua apenas seis reas de interesse e ao longo
do ano a educadora cooperante foi aumentando as reas conforme o interesse das
crianas e as reas de contudo que foi abordando. As reas tambm se encontram
sempre em constantes mudanas, pois muitas vezes so trocados alguns dos matrias, de
forma a que as reas sejam sempre estimulantes e possibilitem novos desafios e
conhecimentos. Uma vez que O espao jamais neutro. O educador no deve
conformar-se com o meio tal como lhe oferecido, deve comprometer-se com ele, deve
incidir, transformar, personalizar o espao onde desenvolve a sua tarefa, torn-lo seu,
projetar-se fazendo deste espao um lugar onde a criana encontre o ambiente
necessrio para se desenvolver ( Pol & Morales, 1982:3).
Rotina
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
destas alteraes a rotina volta ao normal, assim que esses momentos ou perodos
terminam.
Como podemos ver na tabela a rotina (cf. Anexo IV), esta encontra-se
estruturada em dezoito momentos distintos, correspondendo os principais deles ao
modelo C.O.C: Acolhimento; Tempo de -Planear Fazer Rever; Recreio; Almoo;
Descanso/ Relaxamento; Tempo de grande grupo; Lanche; Atividades Livres. A estes
momentos so acrescentado as a higiene, o momento do grupo dos finalista e a troca do
momento do exterior que antigamente seguia o modelo C.O.C. e neste momento j no,
com a alterao da rotina.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
que realmente era isso. Tranquilizei quando li Bogdan e Bicklen (1994) e compreendi
que esta altura de se ficar confuso mesmo aflito com tanta informao nova.
Ainda h muito para aprender (Bogdan & Biklen, 1994:123). Alm disso, tambm
percebi que () as pessoas do mundo real tambm podem conduzir investigao
investigao que seja prtica, dirigida s suas preocupaes e, para aqueles que o
desejem, como instrumento de mudana social (Bogdan & Bicklen,1994:292).
Sucedendo-se ainda o facto de que a investigao em causa () um tipo de
investigao aplicada no qual o investigador se envolve ativamente(Bogdan & Bicklen,
1994:293), resolvi assim me envolver e neste estudo e adotei a postura reflexiva que se
encontra intrnseca a este tipo de investigao.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
Por fim, considero salientar o facto de que qualquer investigador dever estar
pronto a () trabalhar com crianas ao colo ou penduradas nas costas, deixar as
crianas rabiscar o nosso caderno de apontamentos, () devemos estar prontos a lidar
com narizes e mos sujos, a viver a aventura de almoar na cantina da escola() se
quisermos aceder s crianas muito pequenas (Walsh, Tobin e Graue, 2002:1054). Foi
a tudo isto com que me deparei quando comecei a assumir o papel de observador-
participante, desta forma e segundo Walsh, Tobin e Graue (2002) compreendo que
investigador deve acima de tudo estar preparado para o inesperado. Contudo, tendo
conhecimento de que a minha forma de olhar e a minha interveno poderia de certa
forma influenciar as recolhas de informao, optei por adotar a justa distncia em alguns
casos de forma a que os meus sentimentos no interferissem nessa recolha.
Mais uma vez acho importante voltar ideia inicial de que todas as informaes
recolhidas expem a minha forma de olhar e as minhas ideologias, sendo estas duas
componentes precisas daquilo que me define como pessoa.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
Observao
Desta forma, comeo por refletir sobre as minhas observaes, que na minha
opinio so o testemunho natural, e o mais verdadeiro, da dinmica dos contextos. Tal
como Esteves (2008) refere as observaes ajudam a compreender os contextos, assim
como, as pessoas que neles se movimentam e as suas interaes.
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Notas de Campo
Relativamente aos registos estes esto sendo feitos sobretudo sob a forma de
notas de campo, com o objetivo de registar um pedao de vida que ali ocorre,
procurando estabelecer as ligaes entre os elementos que interagem nesse contexto
(Esteves, 2008: 88).
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
refletindo sobre os dados de um estudo qualitativo (Bogdan & Biklen, 1994: 150).
Fotografia
Os registos fotogrficos facultam fortes dados descritivos, [que] so muitas
vezes utilizados para compreender o subjetivo e so frequentemente analisadas
indutivamente (Bogdan & Biklen, 1994: 183).
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Inqurito
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
Anlise documental
A anlise documental pode ser usada de diferentes formas: pode servir para
complementar as informaes adquiridas atravs de outras formas de pesquisa ou pode
ser o mtodo central da investigao, ou seja, os documentos so estudados com o
objetivo de extrair de l concluses (Bell, 1993).
Neste estudo, a anlise documental foi utilizada para vrios efeitos, para analisar
os desenhos livres das crianas, atravs de notas escrita com o intuito de verificar se
existe alguma evoluo dos desenhos durante o perodo de estgio. Alm disso foram
tambm consultados documentos institucionais, tais como o Projeto Pedaggico de Sala
de Creche, e o Projeto Pedaggico de sala do jardim-de-infncia.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
1984, in Hbert, Goyette & Boutin, 1990: 109), para que, se obtenha assim a
informao estritamente necessria.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
Como j foi referido anteriormente, realizei um inqurito composto por uma trs
questes de resposta aberta, cujas educadoras puderam responder por escrito, como tal,
evitei o processo moroso de transcrever as respostas, por outro lado, no tive a
oportunidade de observar as expresses das educadoras face ao dilogo e a questo
realizada.
Numa fase aps o inqurito, foi indispensvel realizar algumas leituras das
respostas. Esta segundo Bardin (1988) uma leitura flutuante, no qual se inicia o
processo de categorizao, se salientam e definem algumas ideias relevantes que vo ao
encontro do objetivo do estudo, realizando assim uma seleo da informao.
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Capitulo II: Metodologia do Estudo
Captulo III:
Apresentao
da descrio
e
interpretao
da
interveno
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
Uma das situaes que teve especial interesse no delinear da temtica deste
trabalho teve lugar no contexto para a primeira infncia, na sala polivalente, no
momento do acolhimento. Algumas crianas encontravam-se j a brincar e a explorar o
espao. A criana chegou com a me cumprimentou os adultos que estavam presentes
no espao (estagiria, educadora e auxiliar), depois de cumprimentar a auxiliar a criana
pediu-lhe se poderia fazer um desenho. A auxiliar dirigiu-se sala onde se encontram os
matrias e trouxe varias folhas e lpis de cor. Colocou os materiais disposio da
criana numa mesa de forma a que a criana os pudesse explorar. Imediatamente se
aproximam duas crianas que se interessaram pelo material e acabaram por ingressaram
na explorao. As crianas exploraram vrios lpis de cor que tomaram vrios sentidos
e direes sem inteno, mas no se verificou a inteno de representao nos seus
desenhos. Esta observao, foi realmente a base para a inteno de compreender o
sentido desta experincia para as crianas, pelo facto de ter interpretado um interesse
distinto, comparativamente aos outros materiais da sala, nomeadamente os brinquedos a
que tm mais acesso.
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
Estas diferentes reaes das crianas levam-nos a pensar que de facto as crianas
misturavam as diferentes substncias porque gostavam de ver as modificaes que
estavam a ocorrer, ou seja, as crianas desenvolveram a sua ao com intencionalidade,
no se tratando por isso de simples explorao. Por outro lado, tambm nos parece que
houve por parte das crianas uma reflexo sobre a sua prpria ao, uma vez que as
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
Outra situao que suscitou bastante interesse neste projeto foi a envolvncia das
crianas com o pano que designmos por paraquedas e toda a sua explorao. Foi uma
proposta da minha iniciativa, com intuito de explorar um conjunto de materiais com
propriedades fsicas distintas.
Achei que seria apenas relevante referir o processo de dar cor ao paraquedas,
pois atividade que esteve relacionada com a temtica em estudo.
Dadas as circunstncias de ter que optar por uma forma econmica para colorir
o tecido, considerei que seria mais interessante serem as crianas a colori-lo.
Infelizmente, acabou por se tornar numa forma menos rica do que o que eu esperava,
tendo que me restringir aos materiais existentes e assim preferi utilizar as mos das
crianas como carimbos para colorir o paraquedas de modo a que pudessem explorar a
tinta, que era um pouco diferente da tinta a que esto habituadas, e de forma a que
pudessem senti-la nas suas mos, explorando as texturas da tinta e do tecido.
Simultaneamente, foi dada a nfase utilizao de algo pertencente criana, neste
caso a sua mo, para assim valorizar ainda mais a criana.
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
Outro aspeto muito curioso e que aconteceu com todas as crianas foi quando
levantavam a mo do paraquedas e viam l a sua mo desenhada olhavam para a mo.
Gostava de tentar entende o porqu, penso que talvez fosse para verificar se a tinta tinha
passado toda para o paraquedas, e eventualmente para se assegurarem da imagem da
prpria mo.
No dia seguinte, depois de a tinta ter secado, para mostrar s crianas o resultado
da carimbagem das suas mos no paraquedas, solicitei que fizssemos uma roda. Neste
momento s ainda estavam presentes nove crianas, destas nove crianas s o menino
recm chegado que no quis juntar-se a ns para fazer a roda. Depois da roda feita e
todas sentadas estiquei o paraquedas. As crianas adoraram ver as suas mos e
quiseram saber quais eram as delas. De facto as crianas manifestaram interesse em
identificar a impresso das mos umas das outras.
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
quadros surgiu a ideia de vermos qual era o que as crianas mais gostavam, pois durante
a apresentao apercebi-me de que duas crianas estavam a dialogar sobre o que
gostavam mais. Ento para saber quais os quadros preferidos decidi realizar com as
crianas um grfico de barras. Desta forma, consegui obter um dialogo em torno do
sentido esttico das crianas para alm de trabalhar a matemtica.
Depois de chegarmos concluso que era necessrio: uma folha preta, uma azul
uma amarela, tesoura e cola, para realizar um quadro com a tcnica do pintor sugeri ao
grupo fazer uma produo com as tcnicas propostas. Primeiramente, realizmos a
tcnica do pontilhismo e no dia seguinte a do desenho com tesoura (cf. Anexo VI e
VIII).
O pontillismo foi realizado com canetas e uma folha branca. Algumas crianas,
primeiramente, desenharam s pontos e depois aperceberam-se que podiam construir
desenhos com os pontos, o que foi bastante interessante revelando as suas evolues na
utilizao das tcnicas. Houve at o interesse de uma criana em utilizar a tcnica do
pontillismo numa pintura no caderno de desenhos j feitos para colorir.
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
Para realizar a tcnica do desenho com tesoura dei s crianas trs folhas, uma
A4, para base da obra, e duas folhas A5 para desenharem e seguidamente recortarem.
As crianas escolheram trs cores e pintaram as folhas cada uma de sua cor com lpis de
cera. Depois das trs folhas pintadas desenharam nas duas folhas A5 e de seguida
recortaram os seus desenhos e colaram-nos na folha base, de forma a construir a sua
obra.
O resultado final de ambas as atividades foi muito interessante, pois foi muito
relevante a observao dos trabalhos, umas crianas tentaram reproduzir os quadros do
pintor outras fizeram o seu prprio quadro, atravs da sua imaginao e criatividade.
Senti que esta atividade tinha sido apelativa e que as crianas tinhas gostado de
trabalhar estas tcnicas, mais ainda, passados alguns dias, uma das crianas veio ter
comigo e disse-me que em casa tambm tinha realizado desenhos com estas tcnicas.
Outra forma que poderia ter trabalhado esta atividade seria com diversos tipos de
papis, tambm teria sido interessante e juntamente podia explorar as diferentes texturas
dos papis.
Como observei o interesse das crianas em saber coisas sobre Frana, decidi
propor uma tarefa para realizarem com os pais. Uma pesquisa sobre o pas do pintor
Matisse. Cada criana apresentou o seu trabalho sempre com a ajuda dos adultos da sala
e tambm com a interao dos amigos.
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
seus trabalho e tomar conscincia do que elas tinham para transmitir e dar a conhecer
aos amigos. Considerei muito rico o facto de terem sido as crianas a apresentar os seus
trabalhos.
Uma outra situao que me fez querer apostar neste projeto foi quando duas
crianas se encontravam na rea das expresses e uma delas fez uma flor no desenho da
outra criana. A cooperao que existiu naquele momento fez-me refletir sobre as
relaes sociais que ocorrem no decorrer das atividades de expresso grfico-plstica e
a importncia que esta tem para criar uma relao afetiva com o outro, de cooperao,
de respeito, de saber esperar pela sua vez quando o outro est a utilizar uma cor que se
quer, por exemplo.
Outra situao que me suscitou bastante interesse neste projeto foi a minha
observao relativamente ao apoio do adulto perante os desenhos das crianas. Comecei
a observar-me a mim mesma, s auxiliares e educadora cooperante nestes momentos,
pois muitas vezes surgiam conversas muito interessantes e que me faziam questionar se
eram ou no adequadas. Tal como cheguei a referir no meu bloco de notas:
s vezes dou por mim prpria a comparar os desenhos das crianas com um
amigo, por exemplo: Olha l para o Alexandre, observa o rosto dele. E agora
olha para o teu desenho, no lhe falta nada? Seria esta minha interveno
adequada?
Ser que devamos questionar as crianas em relao aos seus desenhos? Ser
que as devamos alertar para o esquecimento de algum detalhe importante nas suas
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
atividade de expresso plstica (Ed. Cr.). Alm disso, ambas partilham a mesma
opinio de que o material e os utenslios devem estar organizados de modo a garantir
um maior controlo e autonomia por parte das crianas nessas atividades (Ed. JI.). A par
disso, a educadora de creche refere que as diversas possibilidades [de atividades desta
rea] so dadas a conhecer criana (pintura, desenho, recorte, rasgagem, colagem,
modelagem, etc..) para que a criana possa tornar-se autnoma e criativa e poder
desenvolver as suas atividades (Ed. Cr.).
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
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S a educadora de jardim de infncia se prestou a responder a esta questo.
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
3.2.1 Sntese
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Captulo III: Apresentao e anlise de informaes
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Captulo IV:
Consideraes
Globais
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Captulo IV: Consideraes Globais
relevante evidenciar, mais uma vez, que esta investigao no teve como objetivo
alcanar respostas conclusivas, na inteno de as generalizar, sendo que este estudo se refere
somente a dois contextos muito distintos e especficos, pelo que tais concluses s podero ser
aplicadas e afirmadas relativamente aos contextos, grupos e intervenientes investigados. Desta
forma, considero que, pelo tipo de interveno que as educadoras cooperantes tiveram no estudo,
existiu um trabalho colaborativo e de partilha de conhecimentos que proporcionou a reflexo de
diversas situaes sobre as quais nunca tinham pensado.
Atravs da fundamentao terica, depreendi que apesar de cada autor ter a sua conceo
sobre a expresso grfico-plstica e as suas teorias, numa primeira abordagem parecem ter
algumas diferenas, mas quando analisadas detalhadamente complementam-se e no se
contradizem, como por exemplo as concees de Post e Hohmann e Salvador referidas no
primeiro capitulo.
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Captulo IV: Consideraes Globais
Tendo em conta as intencionalidades que delineei para o presente estudo, considero que,
globalmente, a recolha de informaes deveria ter incidido de forma mais aprofundada sobre a
observao das prticas das educadoras, considero ter sido uma lacuna no meu papel inicial
como observadora-participante, principalmente no que diz respeito interveno direta com as
crianas. Relativamente, intencionalidade de compreender e interpretar as concees
pedaggicas das educadoras sobre a expresso grfico-plstica, apesar de no ter conseguido a
resposta de uma das educadoras a algumas das minhas questes, considero que a anlise de
contedo das entrevistadas permitiu-me chegar a diversas concluses. O que foi possvel
compreendermos de melhor forma foi a interveno das educadoras e a organizao dos espaos
e dos materiais que influenciam a expresso grfico-plstica.
Desta forma, torna-se apropriado refletir acerca da forma como me servi dos instrumentos
de recolha de informao, principalmente porque no tinha as respostas de uma das educadoras,
para ir ao encontro das intencionalidades do meu estudo e, portanto, alcanar um nvel de
compreenso adequado do objeto de estudo.
Efetivamente, pude constatar que a observao participante constituiu uma valiosa forma
de nos apropriarmos do contexto educativo, de conhecer os participantes, destacando ainda o
valor das reflexes cooperadas e as preciosas conversas informais. Estas trs fontes to
importantes, foram atravs de um processo de interpretao, que requereu tempo, esforo e
dedicao, que resultaram num dos objetivo do estudo: uma compreenso das concees e ideias
pedaggicas e prticas das educadoras.
A anlise de contedo das fontes de informao, foi o captulo com o qual me senti mais
envolvida e pelo qual senti um maior interesse, pois foi num dos momento que me suscitou
dvidas em que clarifiquei as minhas concees relativamente expresso grfico-plstica. Este
captulo exigiu bastante parcimnia, respeito e uma capacidade de compreenso de ideias e
concees, dado que fui confrontada com a minha viso daquilo que est a ser objeto de anlise e
a viso das participantes no estudo.
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Captulo IV: Consideraes Globais
Neste sentido, posso afirmar que o presente trabalho constituiu um grande contributo para
a construo da minha identidade profissional, enquanto futura educadora de infncia, suscitou
transformaes nas minhas concees, bem como uma maturao de ideias. Ao longo de todo o
processo de anlise e de interpretao dos discursos das educadoras fui construindo um
sentimento de consonncia e convergncia de ideias com algumas das suas prticas.
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Captulo IV: Consideraes Globais
de expresso plstica (Ed. Cr.), as minhas observaes contrariam um pouco aquilo que
enunciado pela educadora. Observei por exemplo, que todos os materiais de expresso grfico-
plstica se encontravam dentro do armrio o que no permitia o livre acesso das crianas aos
materiais, rompendo com a ideia de autonomia na utilizao dos materiais.
Analisando a minha perspetiva acerca de cada dimenso de anlise considero que, no que
respeita primeira pergunta relativamente opinio sobre a expresso grfico-plstica na
educao de infncia, identifico-me com a perspetiva da educadora de jardim de infncia, que e
considera a expresso grfico-plstica como um aspeto essencial ao desenvolvimento da criana.
A expresso grfico-plstica uma forma de expresso do pensamento e emoes das crianas, e
permite desenvolver o sentido esttico, a imaginao e a criatividade e alm disso a primeira
forma de escrita.
Relativamente segunda questo que incidia nas dinmicas utilizadas, perspetivei que a
forma como organizado o espao relacionado com a expresso grfico-plstica muito
importante para garantir um controlo e desenvolver tambm a autonomia das crianas.
Evidenciei que muitas vez as atividades de expresso grfico-plstica surgem associadas s
temticas que esto sendo abordadas nas salas. portanto indispensvel conhecer de que forma a
nossa interveno poder influenciar os momentos de expresso grfico-plstica, refletindo
cuidadosamente sobre as nossas intencionalidades na organizao dos espaos e dos materiais,
sendo necessrio pensar e repensar sobre essa organizao e delinear modificaes caso se
reconheam lacunas nessa mesma organizao. Mais do que defender a importncia das
expresses para o desenvolvimento da criana preciso saber enquadr-la nos currculos, torn-
la educativa, pedaggica e verdadeiramente intencional, ou seja, necessrio ter convico e
clareza dos princpios educativos e das nossas concees de expresso grfico-plstica e para
isso, estarmos cientes da importncia de refletir e autocriticar aos nossas prticas.
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Captulo IV: Consideraes Globais
social e da identidade das crianas. Uma das finalidades que considero mais importante a
partilha das produes das crianas com os seus colegas que permite desenvolver a linguagem
das crianas ao mesmo tempo que se valoriza o trabalho da criana conduzindo ao
desenvolvimento da sua autoestima.
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Captulo IV: Consideraes Globais
tempo para concretizar estas propostas, bem como a organizao dos materiais. O modo como
refletimos sobre os espaos e a organizao dos materiais apresenta condicionantes nos
momentos de expresso grfico-plstica, pois influencia diretamente esses momentos permitindo
ou no uma livre acessibilidade aos materiais. Deste modo, sendo a organizao dos espaos e
materiais estruturada pela educadora, podemos inferir que transparecem princpios pedaggicos,
por exemplo, a organizao dos materiais pode proporcionar o desenvolvimento da autonomia da
criana ou condicion-la, quando os materiais no esto ao seu alcance.
Foi com um enorme empenho que tentei descrever e analisar o que vivi, aprendi, conheci
e reconheci, refletindo os principais carizes do meu estudo, ainda que compreenda que escrever
o que se vive coisa de pouca ou nenhuma graa. O desafio est em viver o que se escreve
(Galeano, in Kramer et al, 1999: 18). Apesar da importncia deste relatrio, o que mais me
marcou foram as minhas vivncias, os constrangimentos que encontrei e os obstculos que
superei, pois foram estes que me fizeram perceber a minha prpria praxis. Foram estas meras
grandes coisas que me fizeram valorizar o esprito reflexivo, pilar da minha formao enquanto
pessoa e enquanto profissional.
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Referncias Bibliogrficas
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Educao: Direo-Geral de Inovao e do Desenvolvimento Curricular.
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Leite, M. I. F. P. Desenho infantil: questes e prticas polmicas. In: Karmer, S.; Leite,
M. I. F. P. (Org.). Infncia e produo cultural. Campinas: Papirus, 1998.
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Mestrado em Educao Pr-Escolar 2012/2013
Salvador, A. (1988). Conhecer a criana atravs do desenho. Porto: Porto Editora
Sousa, A. (2003b). Educao pela arte e artes na educao: Vol. 3. Msica e artes
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Educao de Infncia (pp. 1037-1058). Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian.
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Mestrado em Educao Pr-Escolar 2012/2013
Zabalza, M. A. (1992). Didtica da Educao Infantil. Rio Tinto: Edies Asa.
89
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ANEXOS
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Anexo I
Legenda da Imagem:
6 - Holle de Entrada
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Anexo II
Rotina da Instituio A
Hora Momentos
7h30/9h00 Acolhimento e momento de grande/pequeno grupo ou de explorao
livre dos espaos e materiais
9h30/10h00 Reforo alimentar da manh e higiene
10h00/10h30 Momento de grande grupo/ Planear
10h30/11h30 Atividades espontneas e/ou propostas pelo adulto
11h30/11h45 Higiene
11h45/12h30 Almoo
13h00/15h30 Repouso (com tempos e sentidos adequados s necessidades
individuais; as crianas quando acordam realizam a sua higiene e
brincam livremente na sala)
15h30/16h15 Higiene e vestir as crianas
16h15/16h45 Lanche da tarde
16h45/17h00 Higiene
17h00/17h30 Momento de grande grupo
17h300/19h30 Momento de explorao livre
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Anexo III
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Anexo IV
Rotina da Instituio B
Horrio Momento
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Anexo V
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Quadro produzido com a tcnica do pontillismo
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Anexo VI
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Quadro de uma criana- produzido com a tcnica do desenho com tesoura
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Anexo VII
Na minha sala existe uma rea destinada atividade de expresso plstica, onde
as crianas podem autonomamente e/ou com apoio do adulto experimentar e explorar
diversos materiais e tcnicas de expresso plstica.
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Anexo VIII
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mostrar aos outros como deram de comer ao beb, a construo que fizeram, o caracol
de plasticina que moldaram, etc.) Pretendo que a criana aprenda a trabalhar em grupo
ao partilhar os materiais por exemplo e que se responsabilize pela limpeza e arrumao
do seu local de trabalho, que desenvolva o seu controlo motor, mais especificamente a
motricidade fina e a sua linguagem ao conversar e partilhar as suas produes. Tento
que a criana reconhea que mais capaz de fazer produes de expresso do que
muitas vezes pensa, atravs de incentivos, estmulos e reconhecimento pessoal.
Pretendo tambm que a criana crie gosto pelo que faz e se desafie a si prpria, assim
como desenvolva a sua capacidade de criatividade, imaginao, raciocnio, anlise,
deciso, sentido esttico e crtico. Atravs da expresso grfico-plstica consigo
explorar todas as outras reas de contedo definidas para o trabalho pedaggico da sala.
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Mestrado em Educao Pr-Escolar 2012/2013