Relatório Prática 6 Convecção Forçada e Natural

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UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN

DEPARTAMENTO ACADMICO DE ENGENHARIA QUMICA


ENGENHARIA QUMICA

JSSICA DE CAMPOS
LARISSA DINIZ
LUCAS STEFAN
ROMULO CARDOSO

RELATRIO TRANSFERNCIA DE CALOR POR CONVECO NATURAL E


FORADA

PONTA GROSSA
2017
JSSICA DE CAMPOS
LARISSA DINIZ
LUCAS STEFAN
ROMULO CARDOSO

AULA PRTICA 6
TRANSFERNCIA DE CALOR POR CONVECO NATURAL E FORADA

Relatrio a ser apresentado como requisito


obteno de nota parcial, na disciplina de
Laboratrio de Engenharia Qumica 1,
ministrado pela Prof. Dr. Maria Regina
Parise do curso de Engenharia Qumica da
Universidade Tecnolgica Federal do
Paran.

PONTA GROSSA
2017
1. INTRODUO

A cincia da Transferncia de Calor se refere anlise da taxa de transferncia de


calor em um sistema e est relacionada grandeza mensurvel chamada
Temperatura. Ou seja, transferncia de calor energia trmica em trnsito devido a
uma diferena de temperaturas no espao.

O fluxo de calor (quantidade de calor transferido por unidade de rea por unidade
de tempo) ocorre sempre que h um gradiente de temperatura em um sistema, por
isso, o conhecimento da distribuio de temperatura no sistema essencial nos
estudos de transferncia de calor.

Existem trs modos para o processo de transferncia de calor:


Conduo: quando existe um gradiente de temperatura para um meio
estcionrio, que pode ser um slido ou um fluido;
Conveco: se refere transferncia de calor que ocorrer entre uma
superfcie e um fluido em movimento quando eles estiverem a diferentes
temperaturas;
Radiao trmica: todas as superfcies com temperatura no nula emitem
energia na forma de ondas eletromagnticas.

O modo de tranferncia de calor por conveco abrange dois mecanismos,


sendo estes observados na transferncia de energia devido ao movimento molecular
aleatrio (difuso), e tambm na energia transferida atravs do movimento global, ou
macroscpico, do fluido. Tal movimento na presena de um gradiente de temperatura,
contribui para a transferncia de calor.

Desse modo, temos como principal objetivo deste experimento, analisar a


trasnferncia de calor por conveco natural e forada, que ocorre com o contato entre
um fluido em movimento e uma superfcie, estando os dois a diferentes temperaturas.
Figura 1 Desenvolvimento da camada limite na transferncia de calor por conveco

A transferncia de calor por conveco pode ser classificada de acordo com a


natureza do escoamento do fluido. Ela dita conveco forada (Fig. 2a) quando o
escoamento causado por meios externos (como um ventilador ou uma bomba) ou
quando o escoamento de ventos atmosfricos. Na conveco natural ou livre (Fig.
2b), o escoamento dos fluidos induzido por foras de empuxo, originadas a partir de
variaes de densidade causadas por diferenas de temperatura no fluido. Na prtica,
podem ocorrer situaes nas quais ambas as formas de conveco ocorrem
simultaneamente. Diz-se, neste caso, que h conveco mista.

Figura 2 Transferncia de calor por conveco. (a) Conveco forada. (b)


Conveco natural
A radiao a energia emitida na forma de ondas eletromagnticas por uma
superfcie a uma temperatura no nula. A radiao trmica a energia
eletromagntica propagada na velocidade da luz, emitida pelos corpos em virtude de
sua temperatura. Os tomos, molculas ou eltrons so excitados e retornam
espontaneamente para os estados de menor energia. Neste processo, emitem energia
na forma de radiao eletromagntica. Uma vez que a emisso resulta de variaes
nos estados eletrnico, rotacional e vibracional dos tomos e molculas, a radiao
emitida usualmente distribuda sobre uma faixa de comprimentos de onda. Estas
faixas e os comprimentos de onda representando os limites aproximados so
mostrados na Fig. 3.

O processo de transferncia de calor por radiao ocorre de um corpo a alta


temperatura para um corpo a baixa temperatura, quando estes corpos esto
separados no espao, ainda que exista vcuo entre eles.

Figura 3 Espectro de Radiao Eletromagntica

Nesta prtica o equipamento utilizado foi o TCLFC (unidade de transferncia de


calor por conveco livre e forada, controlada por computador):
O equipamento realiza a transferncia de calor entre uma placa plana, esta que
aquecida e se encontra no interior do equipamento e por um fluido, ar atmosfrico.
Para a conveco forada, um ventilador que se localiza na parte superior do
equipamento movimenta o ar.

2. RESULTADOS E CONCLUSO

2.1. CONVECO NATURAL

No primeiro experimento estvamos interessados na determinao do


coeficiente convectivo e na taxa de transferncia de calor em um processo de
conveco natural. Para isso, foram feitas medidas da potncia de resistncia da
placa, em % e em W e mediu-se tambm a temperatura da placa Ts,, da temperatura
do fluido na corrente livre T, e na vizinhana Tviz. A obteno dessas medidas foi
realizada uma vez por cada grupo, e os resultados obtidos para este relatrio segue
na tabela a seguir:

Experimento AR 1(%) ST8(TsC) ST7(TC) ST4(TvizC) SW 1 (W) rea (m2)


1 65 70,5 18,7 20,8 82,6 0,01 m2

Tabela 1 . Dados do experimento

+
=
2
Com os dados obtidos calculou-se a mdia entre a temperatura da placa e do
fluido na corrente livre para determinar a temperatura de filme, Tf, com a qual se obtm
as propriedades do fluido, por meio da tabela de propriedades de fluidos no livro
Incropera (tabela A.4 Propriedades termofsicas de gases presso atmosfrica):

Temperatura Propriedades
de filme
Experimento Tf (C) Tf (K) v (m/s2) k(W/m.K) (N.s/m2) Pr (1/K)
1 44,6 317,6 1,8 E-05 0,02685 19,31E- 0,704 0,003147
05
Tabela 2. Dados da literatura para o fluido

A partir dos valores obtidos, utilizando-se das correlaes da literatura,


calculou-se ento o coeficiente convectivo. As equaes empregadas para tais
clculos foram as seguintes:

1
=
()

() ;

. . ( ). 3
= . = ,
.

9,81
( 2 ) , (0,1),

. 0,6701/4

= = 0,68 +
4/9
0,492 9/16
[1 + ( ) ]
0,7074

Os valores obtidos com os clculos foram os seguintes:

Experimento Ra Nu h (W/m2.K)

1 3949830 21,4 5,74


Tabela 3. Dados do clculo do h mdio para conveco forada
Calculou-se tambm o hmd, por meio de outra correlao para efeito de
comparao. As equaes utilizadas e os resultados obtidos foram os seguintes
descritos na tabela:

1
0,75 2
() = 1
1 4
(0,609 + 1,221. 2 + 1,238. )

. . ( ). 3
=
2

1
. 4 4

= = ( ) . ()
3 4

Resultados Gr g(Pr) Nu h
1 0,003147 4672529 0,501 21,96 5,89
Tabela 4. Dados do clculo do h mdio com um mtodo alternativo

2.1.1. CLCULO DA TAXA

Usando a Lei do Resfriamento de Newton:

q = 5,74.(0,1)2.(70,5 18,7)

q conveco= 2,9733 W

Para a taxa de transferncia de calor por radiao consideramos =0,04 e


=5,67.10-8W/m2K4. Desse modo, podemos encontrar a taxa de transferncia de calor
por radiao, total e a eficincia da transferncia de calor pelas equaes a seguir:
Logo, temos a tabela:

Taxa qconv (W) qrad (W) qtotal (W) (%)


1 2,9733 5,575E-4 2,974 3,7258565
5. clculo da eficincia.

2.2 CONVECO FORADA

Em uma segunda etapa, realizou-se um experimento para a determinao do


coeficiente convectivo e a taxa de transferncia de calor em um processo de
conveco forada. Desse modo, foram feitas medidas da potncia da resistncia da
placa, em % e em W, mediu-se a temperatura da placa Ts,, a temperatura do fluido na
corrente livre T e na vizinhana, Tviz. A obteno dessas medidas foi realizada uma
vez por cada grupo, e os resultados obtidos para este relatrio segue na tabela a
seguir:

Potncia AR ST8(TsC) ST7(TC) ST4(TvizC) SW 1 SC1 rea


do 1(%) (W) (m3/h) (m2)
ventilador
50 % 65% 79,1 18,5 19,5 82,2 6,0 0,01
Tabela 6. Dados do experimento (2)

Temperatura Propriedades
de filme do ar
Experimento Tf (C) Tf (K) v (m/s2) k(W/m.K) (N.s/m2) ( Pr
/3)
1 48,8 321,8 18,5E-6 0,0272 19,515E-6 1,058 0,704
Tabela 7. Dados do fluido a temperatura do filme
Aps os resultados obtidos, calculou-se ento o coeficiente convectivo para a
conveco forada pelas seguintes relaes:

. .
=

Para tal clculo, considerou-se a vazo igual a 6,0 m3/h. Converteu-se esse
valor para velocidade considerando-se uma rea transversal de 100mm por 100mm
para o escoamento. Como o valor de Re foi menor que 500000, o escoamento
laminar, e o xcrtico = 45,43m, pode-se ento usar a correlao:

.
=
= 0,664. 1/2 1/3

Os resultados obtidos foram:

Resultados Q (m3/h) Q (m3/s) v (m3/s) Re Nu h


(W/m2.K)
1 6 1,667E-3 0,166 904,005 17,81 4,844
Tabela 8. Clculo h mdio conveco forada

2.2.1. CLCULO DA TAXA

Aplicando a lei do resfriamento de Newton, calculou-se a taxa de transferncia de


calor por conveco:

Considerando =0,04 e =5,67.10-8W/m2K4. Desse modo, podemos encontrar a taxa


de transferncia de calor por radiao, total e a eficincia da transferncia de calor
pelas seguintes equaes:
Utilizando dessas relaes, obtivemos os seguintes resultados:

Taxa qconv (W) qrad (W) qtotal (W) (%)


1 2,9355 8,85E-4 2,93638 3,572
Tabela 9. Clculo da taxa e eficincia.

3. CONCLUSO

Com o experimento do estudo da ao da conveco na troca de calor, foi


possvel observar que para que haja uma taxa de transferncia de calor e tambm
uma troca trmica eficiente, preciso que ocorra um gradiente de temperatura entre a
superfcie e o fluido.

Em teoria as etapas devem concluir que as taxas obtidas de transferncia de


calor devido conveco maior quando ela forada por um agente externo, como
bombas, ventiladores, etc. No entanto, quando se trata das taxas de transferncia de
calor que relacionada a radiao, a conveco natural se torna a mais influente no
processo de troca trmica. Desse modo, em relao ao processo da radiao,
conclumos que a transferncia de calor ocasionada pela radiao tem maior influncia
sobre o meio, quando envolve a transferncia de calor por conveco natural.

Por fim, a conveco forada mostrou-se com valores parecidos ao da


conveco natural com os resultados obtidos atravs dos clculos, mesmo que a
literatura aponte o contrrio. Isso se poderia explicar pelo fato do experimento ser
realizado em regime transiente, o que impediria a demonstrao exata da teoria. A
conveco forada, no entanto, no se torna vantajosa em devido ao gasto de energia,
gerando assim custos adicionais para o processo. Desse modo conclumos que,
quando no necessria uma alta taxa de transferncia de calor, torna-se mais vivel
a aplicao da conveco natural para esses processos. Mesmo com os erros
existentes durante o procedimento da prtica, os resultados obtidos nos experimentos
encontram-se de acordo com a literatura consultada, Incropera.
4. REFERNCIAS

ENGEL, Yunus A.; GHAJAR, Afshin J. Transferncia de calor e massa. 4 ed.


Porto Alegre: AMGH EDITORA LTDA, 2012.

INCROPERA, Frank P. [et al.]. Fundamentos de transferncia de calor e de


massa. Traduo de: Fundamentals of heat and mass, 6th ed. Rio de Janeiro: LTC,
2011.

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