Eletronica Automotiva Basica (Bosch) - Apostila
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br
Eletricidade
Automotiva
Bsica
Sumrio
Composio da matria
Matria
Matria tudo aquilo que nos cerca e que ocupa um lugar no espao. Ela se apresenta em
pores limitadas que recebem o nome de corpos. Estes podem ser simples ou compostos.
Observao
Existem coisas com as quais temos contato na vida diria que no ocupam lugar no espao, no
sendo, portanto, matria. Exemplos desses fenmenos so o som, o calor e a eletricidade.
Corpos simples so aqueles formados por um nico tomo. So tambm chamados de elementos.
O ouro, o cobre, o hidrognio so exemplos de elementos.
Corpos compostos so aqueles formados por uma combinao de dois ou mais elementos. So
exemplos de corpos compostos o cloreto de sdio (ou sal de cozinha) que formado pela
combinao de cloro e sdio, e a gua, formada pela combinao de oxignio e hidrognio.
Molcula
Molcula a menor partcula em que se pode dividir uma substncia de modo que ela mantenha
as mesmas caractersticas da substncia que a originou.
Tomemos como exemplo uma gota de gua: se ela for dividida continuamente, tornar-se- cada
vez menor, at chegarmos menor partcula que conserva as caractersticas da gua, ou seja, a
molcula de gua. Veja, na ilustrao a seguir, a representao de uma molcula de gua.
tomo
Os animais, as plantas, as rochas, as guas dos rios, lagos e oceanos e tudo o que nos cerca
composto de tomos. O tomo a menor partcula em que se pode dividir um elemento e que,
ainda assim, conserva as propriedades fsicas e qumicas desse elemento.
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= molcula
tomo tomo
Observao
Os tomos so to pequenos que, se forem colocados 100 milhes deles um ao lado do outro,
formaro uma reta de apenas 10 mm de comprimento.
O tomo formado de numerosas partculas. Todavia, estudaremos somente aquelas que mais
interessam teoria eletroeletrnica. Existem tomos de materiais como o cobre, o alumnio, o
nenio, o xennio, por exemplo, que j apresentam o equilbrio eltrico, no precisando juntar-se a
outros tomos. Esses tomos, sozinhos, so considerados molculas tambm.
Constituio do tomo
O tomo formado por uma parte central chamada ncleo e uma parte perifrica formada pelos
eltrons e denominada eletrosfera.
O ncleo constitudo por dois tipos de partculas: os prtons, com carga positiva, e os nutrons,
que so eletricamente neutros. Veja a representao esquemtica de um tomo na ilustrao a
seguir.
rbita
rbita
ncleo
eltron
nutron
prton
Os prtons, juntamente com os nutrons, so os responsveis pela parte mais pesada do tomo.
Os eltrons possuem carga negativa. Como os planetas do sistema solar, eles giram na
eletrosfera ao redor do ncleo, descrevendo trajetrias que se chamam rbitas.
Os tomos podem ter uma ou vrias rbitas, dependendo do seu nmero de eltrons. Cada rbita
contm um nmero especfico de eltrons.
A distribuio dos eltrons nas diversas camadas obedece a regras definidas. A regra mais
importante para a rea eletroeletrnica refere-se ao nvel energtico mais distante do ncleo, ou
seja, a camada externa: o nmero mximo de eltrons nessa camada de oito eltrons.
Os eltrons da rbita externa so chamados eltrons livres, pois tm uma certa facilidade de se
desprenderem de seus tomos. Todas as reaes qumicas e eltricas acontecem nessa camada
externa, chamada de nvel ou camada de valncia.
A teoria eletrnica estuda o tomo s no aspecto da sua eletrosfera, ou seja, sua regio perifrica
ou orbital.
ons
No seu estado natural, o tomo possui o nmero de prtons igual ao nmero de eltrons. Nessa
condio, dizemos que o tomo est em equilbrio ou eletricamente neutro.
O tomo est em desequilbrio quando tem o nmero de eltrons maior ou menor que o nmero
de prtons. Esse desequilbrio causado sempre por foras externas que podem ser magnticas,
trmicas ou qumicas. O tomo em desequilbrio chamado de on.
Prtons = +8
Eltrons = -9_
Resultado = -1
Prtons = +8
Eltrons = -7_
Resultado = +1
A transformao de um tomo em on ocorre devido a foras externas ao prprio tomo. Uma vez
cessada a causa externa que originou o on, a tendncia natural do tomo atingir o equilbrio
eltrico. Para atingir esse equilbrio, ele cede eltrons que esto em excesso ou recupera os
eltrons em falta.
Tipos de eletricidade
A eletricidade uma forma de energia que faz parte da constituio da matria. Existe, portanto,
em todos os corpos.
Fundamentos da eletrosttica
Para estudar este captulo com mais facilidade, voc deve ter bons conhecimentos anteriores
sobre o comportamento do tomo e suas partculas.
Energia e trabalho
A energia est sempre associada a um trabalho. Por isso, dizemos que energia a capacidade
que um corpo possui de realizar um trabalho. Como exemplo de energia, pode-se citar uma mola
comprimida ou estendida, e a gua, represada ou corrente.
Assim como h vrios modos de realizar um trabalho, tambm h vrias formas de energia. Nesse
curso, falaremos mais sobre a energia eltrica e seus efeitos, porm devemos ter conhecimentos
sobre outras formas de energia.
A energia eltrica manifesta-se por seus efeitos magnticos, trmicos, luminosos, qumicos e
fisiolgicos. Como exemplo desses efeitos, podemos citar:
Conservao de energia
A energia no pode ser criada, nem destruda. Ela nunca desaparece, apenas se transforma, ou
seja, passa de uma forma de energia para outra.
Transformao de energia mecnica em energia eltrica, quando a gua de uma represa flui
atravs das comportas e aciona as turbinas dos geradores da hidroeltrica.
Transformao de energia eltrica em mecnica que acontece nos motores eltricos que, ao
receberem a energia eltrica em seu enrolamento, transformam-na em energia mecnica pela
rotao de seu eixo.
Tipos de eletricidade
A eletricidade uma forma de energia que faz parte da constituio da matria. Existe, portanto,
em todos os corpos. O estudo da eletricidade organizado em dois campos: a eletrosttica e a
eletrodinmica.
Eletrosttica
No estado natural, qualquer poro de matria eletricamente neutra. Isso significa que, se
nenhum agente externo atuar sobre uma determinada poro de matria, o nmero total de
prtons e eltrons dos seus tomos ser igual. Essa condio de equilbrio eltrico natural da
matria pode ser desfeita, de forma que um corpo deixe de ser neutro e fique carregado
eletricamente.
O processo pelo qual se faz com que um corpo eletricamente neutro fique carregado chamado
de eletrizao. A maneira mais comum de se provocar eletrizao por meio de atrito. Quando se
usa um pente, por exemplo, o atrito provoca uma eletrizao positiva do pente, isto , o pente
perde eltrons.
A eletrizao pode ainda ser obtida por outros processos como, por exemplo, por contato ou por
induo. Em qualquer processo, contudo, obtm-se corpos carregados eletricamente.
Descargas eltricas
Sempre que dois corpos com cargas eltricas contrrias so colocados prximos um do outro, em
condies favorveis, o excesso de eltrons de um deles atrado na direo daquele que est
com falta de eltrons, sob a forma de uma descarga eltrica. Essa descarga pode se dar por
contato ou por arco.
Um bom exemplo de descarga eltrica por contato o uso das correntes ligadas s carrocerias
dos caminhes que transportam lquidos inflamveis. O atrito da carga contra as paredes do
tanque causa o acmulo da carga que pode resultar numa fasca. Assim, a funo das correntes
que tocam o cho permitir a descarga da eletricidade esttica acumulada.
Quando dois materiais possuem grande diferena de cargas eltrica, negativa pode passar de um
material para o outro pelo ar. Essa a descarga eltrica por arco. O raio, em uma tempestade,
um bom exemplo de descarga por arco.
Por meio dos processos de eletrizao, possvel fazer com que os corpos fiquem intensamente
ou fracamente eletrizados. Um pente fortemente atritado fica intensamente eletrizado. Se ele for
fracamente atritado, sua eletrizao ser fraca.
O pente intensamente atritado tem maior capacidade de realizar trabalho, porque capaz de atrair
maior quantidade de partculas de papel.
Como a maior capacidade de realizar um trabalho significa maior potencial, conclui-se que o pente
intensamente eletrizado tem maior potencial eltrico.
Diferena de potencial
Quando se compara o trabalho realizado por dois corpos eletrizados, automaticamente est se
comparando aos seus potenciais eltricos. A diferena entre os trabalhos expressa diretamente a
diferena de potencial eltrico entre esses dois corpos.
A diferena de potencial (abreviada para ddp) existe entre corpos eletrizados com cargas
diferentes ou com o mesmo tipo de carga.
Observao
No campo da eletroeletrnica, utiliza-se exclusivamente a palavra tenso para indicar a ddp ou
tenso eltrica.
Eletrodinmica
Como j vimos, a eletrosttica a parte da eletricidade que estuda a eletricidade esttica. Esta,
por sua vez, refere-se s cargas armazenadas em um corpo, ou seja, sua energia potencial. Por
outro lado, a eletrodinmica estuda a eletricidade dinmica que se refere ao movimento dos
eltrons livres de um tomo para outro.
Para haver movimento dos eltrons livres em um, corpo, necessrio aplicar nesse corpo tenso
eltrica. Essa tenso resulta na formao de um polo com excesso de eltrons denominado de
polo negativo e de outro com falta de eltrons denominado de polo positivo. Essa tenso
fornecida por uma fonte geradora de eletricidade.
Potencial eltrico
Tomando-se um pente que no tenha sido atritado, ou seja, sem eletricidade esttica, e,
aproximando-o de pequenas partculas de papel, no ocorre nenhum fenmeno. Entretanto, se o
pente for eletrizado, ao aproxim-lo das partculas de papel estas sero atradas pelo pente. Isto
significa que o pente carregado tem capacidade de realizar o trabalho de movimentar o papel.
Quando um corpo adquire capacidade de realizar um trabalho diz-se que este corpo tem um
potencial. Como no caso do pente a capacidade de realizar o trabalho se deve a um desequilbrio
eltrico seu potencial denominado de potencial eltrico.
Qualquer corpo eletrizado tem capacidade para realizar um trabalho, de forma que se pode
afirmar: Todo o corpo eletrizado apresenta um potencial eltrico.
Trabalho eltrico
Pode-se obter energia eltrica por meio do aquecimento direto da juno de dois metais
diferentes. Por exemplo, se um fio e cobre e outro de constantan (liga de cobre e nquel) forem
unidos por uma de suas extremidades e se esses fios forem aquecidos nessa juno, aparecer
uma tenso eltrica nas outras extremidades.
Isso acontece porque o aumento da temperatura acelera a movimentao dos eltrons livres e faz
com que eles passem de um material para o outro, causando uma diferena de potencial. A
medida que aumentamos a temperatura na juno, aumenta tambm o valor da tenso eltrica na
outra extremidade. Esse tipo de gerao de energia eltrica por ao trmica utilizado num
dispositivo chamado par termeltrico que usado como elemento sensor nos pirmetros que so
aparelhos usados para medir temperatura de fornos industriais.
Para se gerar energia eltrica por ao de luz, utiliza-se o efeito fotoeltrico. Esse efeito ocorre
quando irradiaes luminosas atingem o fotoelemento. Isso faz com que os eltrons livres da
camada semicondutora se desloquem at seu anel metlico.
Dessa forma, o anel se torna negativo e a placa base, positiva. Enquanto dura a incidncia da luz,
uma tenso aparece entre as placas. Ouso mais comum desse tipo de clula fotoeltrica no
armazenamento de energia eltrica em acumuladores e baterias solares.
Alguns cristais, como o quartzo, a turmalina e os sais Rochelle, quando submetidos a aes
mecnicas como compresso e toro, desenvolvem uma diferena potencial. Se um cristal de um
desses materiais for colocado entre duas placas metlicas e sobre elas for aplicada uma variao
de presso, obteremos uma ddp produzida por essa variao. O valor da diferena de potencial
depender da presso exercida sobre o conjunto.
Outro modo de se obter eletricidade por meio da ao qumica. Isso acontece da seguinte forma:
dois materiais diferentes como o cobre e o zinco so colocados dentro de uma soluo qumica
(ou eletrlito) composta de sal (H2O+NaCL) ou cido sulfrico (H2O+H2SO4) constituindo-se de
uma clula primria.
A reao qumica entre o eletrlito e os metais vai retirando os eltrons do zinco. Estes passam
pelo eletrlito e vo se depositando no cobre. Dessa forma, obtm-se uma diferena de potencial
(ou tenso) entre os bornes ligados no zinco (negativo) e no cobre (positivo).
A pilha da lanterna funciona segundo o princpio da clula primria que acabamos de descrever.
Ela constituda basicamente por dois tipos de materiais em contato com um preparado qumico.
Veja a figura a seguir.
O mtodo mais comum de produo de energia eltrica em larga escala por ao magntica. A
eletricidade gerada por ao magntica produzida quando um condutor movimentado dentro
do raio de ao de um campo magntico. Isso cria uma ddp que aumenta ou diminui com o
aumento ou a diminuio da velocidade do condutor ou da intensidade do campo magntico.
Grandezas Eltricas
A tenso (ou ddp) entre dois pontos pode ser medida por meios de instrumentos. A unidade de
medida de tenso o volt, que representado pelo smbolo V.
Como qualquer outra unidade de medida, a unidade de medida de tenso (volt) tambm tem
mltiplos e submltiplos adequados a cada situao. Veja tabela a seguir:
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Corrente eltrica
A corrente eltrica pode ser medida por meio de instrumentos. A unidade de medida da corrente
o ampre, que representado pelo smbolo A. Como qualquer outra unidade de medida, a
unidade de corrente eltrica tem mltiplos e submltiplos adequados a cada situao. Veja tabela
a seguir.
Antes que se compreendesse da forma mais cientfica natureza do fluxo de eltrons, j se utilizava
a eletricidade para iluminao, motores e outras aplicaes. Nessa poca, foi estabelecido por
conveno que a corrente eltrica se constitua de um movimento de cargas eltricas que flua do
polo positivo para o polo negativo da fonte geradora. Esse sentido de circulao foi denominado
de sentido convencional de corrente.
Com o desenvolvimento dos recursos cientficos, verificou-se que nos condutores slidos, a
corrente eltrica se constitui de eltrons em movimento do plo negativo para o plo positivo. Esse
sentido de circulao foi denominado de sentido eletrnico da corrente.
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Seja qual for o sentido adotado como referncia para o estudo dos fenmenos eltricos (eletrnico
ou convencional), isso no interfere nos resultados que se obtm. Por isso, ainda hoje se
encontram defensores para cada um dos sentidos.
Resistncia eltrica
Resistncia eltrica a dificuldade que os eltrons encontram para percorrer o circuito eltrico. A
resistncia eltrica pode ser calculada a sua umidade de medida o ohm, representada pela letra
grega (l-se mega). Veja no quadro a seguir a unidade de medida de resistncia, seus
mltiplos e submltiplos, bem como seus smbolos.
Potncia Eltrica
A potncia eltrica uma grandeza e, como tal, pode ser medida. A unidade de medida da
potncia eltrica o watt, simbolizado pela letra W. Um watt (1W) corresponde potncia
desenvolvida no tempo de um segundo em uma carga, alimentada por uma tenso de 1V, na qual
circula uma corrente de 1A.
A unidade de medida da potncia eltrica watt tem mltiplos e submltiplos como mostra a tabela
a seguir.
Fontes de tenso
Tenso contnua
a tenso eltrica entre dois pontos, cuja polaridade invarivel. Todas as fontes geradoras de
tenso que tem polaridade fixa so denominadas de fontes geradoras de tenso contnua; Fontes
geradoras de tenso contnua, polaridade fixa.
A tenso contnua pode ser representada em um grfico. Este grfico mostra o comportamento da
tenso fornecida ao longo do tempo.
Tenso Alternada
A tenso eltrica disponvel nas residncias do tipo alternada, por ser a forma de gerao mais
barata e uma das mais limpas, razo pela qual a maior parte dos equipamentos eltricos
construdo para funcionar alimentado a partir desse tipo de corrente eltrica.
A condio fundamental para que uma determinada tenso eltrica seja considerada como tenso
alternada que a sua polaridade no seja constante. Assim, podem existir os mais diversos tipos
de tenso alternada, distinguidos atravs de 4 caractersticas:
- Forma de onda;
- Ciclo;
- Perodo;
- Freqncia.
Forma de Onda
Existem tenses alternadas com diversas formas de onda. Nas figuras a seguir so apresentados
os grficos de alguns tipos e corrente alternada.
Triangular Senoidal
Ciclo
uma variao completa da forma de onda. O ciclo e, em resuma, uma parte da forma de onda
que se repete sucessivamente.
A figura a seguir mostra dois tipos de forma de onda alternada com um ciclo completo indicado.
Quando se faz um estudo mais detalhado de cada uma das regies do grfico (acima e abaixo do
eixo) utiliza-se a expresso semiciclo para identificar a metade de um ciclo completo (entre dois
pontos zero). Os semiciclos podem ser identificados como positivo (acima do eixo) e negativo
(abaixo do eixo).
Perodo
Perodo a designao empregada para definir o tempo necessrio para que se realize um ciclo
completo de uma corrente alternada. Portanto, perodo o tempo de realizao de um ciclo
completo.
Como os perodos das correntes alternadas so normalmente menores que 1 segundo, utiliza-se
os submltiplos da unidade.
- milisegundo - ms - 1 / 1.000s = 10-3 s
- microsegundo - s - 1 / 1.000.000s = 10-6 s
Freqncia
A freqncia o maior nmero de ciclos que uma corrente alternada ocorre em 1 (um) segundo.
indicada pela letra f e sua unidade o Hertz (Hz). As freqncias mais utilizadas no Brasil so
60Hz e 50Hz.
Existe uma relao matemtica entre perodo e freqncia de uma corrente alternada. Quanto
menor o perodo (menor o tempo de durao de um ciclo) maior o nmero de ciclos realizados em
1 segundo, ou seja, freqncia e perodo so inversamente proporcionais.
Circuito eltrico
Fonte geradora - Todo o circuito eltrico necessita de uma fonte geradora. A funo da fonte
geradora fornecer o valor da tenso para que exista a corrente eltrica. A bateria, a pilha e o
alternador so exemplos de fontes geradoras.
Seria muito inconveniente, a cada vez que se necessitasse desenhar um circuito eltrico, ter que
desenhar os componentes na sua forma real. Por esta razo foi criada uma simbologia, de forma
que cada componente representado por smbolo toda a vez que se tiver que desenha um circuito
eltrico.
Condutor
Lmpada
Observao
Esquema ou diagrama eltrico a representao grfica de um circuito eltrico, empregando a
simbologia.
Os interruptores ou chaves podem ter as mais diversas formas, mas cumprem sempre a funo de
ligar ou desligar o circuito. Nos esquemas os interruptores e chaves tambm so representados
por um smbolo. Este smbolo apresentado na figura abaixo.
Observao
Este smbolo representa o interruptor na posio desligado.
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Circuito srie
Circuito srie aquele cujos componentes (cargas) so ligados um aps o outro. Desse modo,
existe um nico caminho para a corrente eltrica que sai do polo negativo da fonte, passa atravs
do primeiro componente, passa pelo seguinte e assim por diante at chegar ao plo positivo da
fonte. Veja representao esquemtica do circuito srie no diagrama a seguir.
Caracterstica do circuito srie - num circuito srie, o valor da corrente sempre o mesmo em
qualquer ponto do circuito. Isso acontece porque a corrente eltrica tem apenas um caminho para
percorrer. Esse circuito chamado de dependente porque, se houver falha ou se qualquer um
dos componentes for retirado do circuito, cessa a circulao da corrente eltrica.
Circuito paralelo
O circuito paralelo aquele cujos componentes esto ligados em paralelo entre si. Veja circuito a
seguir.
Circuito misto
Leis de Ohm
Muitos cientistas tm se dedicado ao estudo da eletricidade. George Simon Ohm, por exemplo,
estudou a corrente eltrica e definiu uma relao entre corrente, tenso e resistncia eltricas em
um circuito. Foi a partir dessas descobertas que se formulou a Lei de Ohm.
Embora os conhecimentos sobre eletricidade tenham sido ampliados, a Lei de Ohm continua
sendo uma lei bsica da eletricidade e eletrnica, por isso conhec-la fundamental para o estudo
e compreenso dos circuitos eletroeletrnicos.
Esta unidade vai tratar da Lei de Ohm e da forma como a corrente eltrica medida. Desse modo,
voc ser capaz de determinar matematicamente e medir os valores das grandezas eltricas em
um circuito.
A Lei de Ohm estabelece uma relao entre as grandezas eltricas: tenso ( V ), corrente ( I ) e
resistncia ( R ) em um circuito.
Montando-se um circuito eltrico com uma fonte geradora de 9V e um resistor de 100, notamos
que no multmetro, ajustado na escala de miliampermetro, a corrente circulante de 90mA.
Formulando a questo, temos:
V = 9V
R = 100
I = 90mA
Vamos substituir o resistor de 100 por outro de 200. Nesse caso, a resistncia do circuito torna-
se maior. O circuito impe uma oposio mais intensa passagem da corrente e faz com que a
corrente circulante seja menor. Formulando a questo, temos:
V = 9V
R = 200
I = 45mA
medida que aumenta o valor do resistor, aumenta tambm a oposio passagem da corrente
que decresce na mesma proporo. Formulando a questo, temos:
V = 9V
R = 400
I = 22,5mA
A partir dessas observaes, conclui-se que o valor de corrente que circula em um circuito pode
ser encontrado dividindo-se o valor de tenso aplicada pela sua resistncia. Transformando esta
afirmao em equao matemtica, tem-se a Lei de Ohm:
Com base nessa equao, enuncia-se a Lei de Ohm: A intensidade da corrente eltrica em
um circuito diretamente proporcional tenso aplicada e inversamente proporcional
sua resistncia.
2 Lei de Ohm
George Simon Ohm foi um cientista que estudou a resistncia eltrica do ponto de vista dos
elementos que tm influncia sobre ela. Por esse estudo, ele concluiu que a resistncia eltrica de
um condutor depende fundamentalmente de quatro fatores a saber:
- Material do qual o condutor feito;
- Comprimento (L) do condutor;
- rea de sua seo transversal (S);
- Temperatura no condutor.
Para que se pudesse analisar a influncia de cada um desses fatores sobre a resistncia eltrica,
foram realizadas vrias experincias variando-se apenas um dos fatores e mantendo constantes
os trs restantes. Assim, por exemplo, para analisar a influncia do comprimento do condutor,
manteve-se constante o tipo de material, sua temperatura e a rea da sesso transversal e variou-
se seu comprimento.
Com isso, verificou-se que a resistncia eltrica aumentava ou diminua na mesma proporo
em que aumentava ou diminua o comprimento do condutor. Isso significa que: A resistncia
eltrica diretamente proporcional ao comprimento do condutor.
S resistncia obtida = R
2.S resistncia obtida = R/2
3.S resistncia obtida = R/3
Desse modo, foi possvel verificar que a resistncia eltrica diminua medida que se aumentava
a seo transversal do condutor. Inversamente, a resistncia eltrica aumentava, quando se
diminua a seo transversal do condutor.
Utilizando-se materiais diferentes, verificou-se que no havia relao entre eles. Com o mesmo
material, todavia, a resistncia eltrica mantinha sempre o mesmo valor. A partir dessas
experincias, estabeleceu-se uma constante de proporcionalidade que foi denominada de
resistividade eltrica.
Resistividade eltrica
Diante desses experimentos, George Simon OHM estabeleceu a sua segunda lei que diz que: A
resistncia eltrica de um condutor diretamente proporcional ao produto da resistividade
especfica pelo seu comprimento, e inversamente proporcional sua rea de seo
transversal.
Multmetro
Nessa unidade trataremos apenas as caractersticas bsicas e gerais dos multmetros. Para
detalhes de cada modelo de multmetro, conveniente consultar o manual do fabricante
verificando suas especificaes de funcionamento, limitaes e instrues de utilizao.
O multmetro digital, tambm conhecido como DVM, possui algumas caractersticas tcnicas que
fizeram dele um dos instrumentos de medio mais usado na bancada do tcnico.
Alta impedncia de entrada - Devido a sua alta impedncia de entrada, o DVM tem leitura mais
precisa nas escalas do voltmetro, pois reduz o efeito de carga provocado pelo equipamento no
instante de medida. Esta impedncia gira desde dezenas de M at dcimos de G (gira ohms).
Erro de paralaxe nulo - Por ser um equipamento que no possui deflexo mecnica (ponteiro),
no ocorrer o erro de posicionamento do operador em relao ao aparelho. Sua leitura direta
nos displays.
Preciso - Devido a sua alta impedncia de entrada e leitura direta, o DVM tem ainda a vantagem
de manter sua preciso por muito mais tempo, porque no ocorre desgaste mecnico no medidor,
como o caso dos multmetros anlogos que tm o galvanmetro.