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Mercado de Derivativos

COMO ATUAR NO
MERCADO DE OPÇÕES
O QUE É O MERCADO DE
OPÇÕES
o mercado em que são negociados direitos de
É compra ou venda de um lote de ações, com preços e
prazos de exercício preestabelecidos.
Por esses direitos, o titular de uma opção paga um prêmio,
podendo exercê-los até a data de vencimento (no caso de
opção no estilo americano) ou na data de vencimento (no
caso de opção no estilo europeu), ou revendê-los no
mercado.

OPÇÃO DE COMPRA
ma opção de compra confere ao seu titular o direito

U de comprar as ações-objeto, ao preço de exercício,


obedecidas as condições estabelecidas pela
BOVESPA.
O lançador de uma opção de compra é uma pessoa que, por
intermédio de seu corretor, vende uma opção de compra no
pregão, assumindo assim, perante a Bolsa, a obrigação de
vender as ações-objeto a que se refere a opção, após o
recebimento de uma comunicação de que sua posição foi
exercida. Ele entregará a totalidade das ações-objeto
mediante o pagamento do preço de exercício.

OPÇÃO DE VENDA
ma opção de venda dá ao seu titular o direito de

U vender as ações-objeto, ao preço de exercício,


obedecidas as condições estabelecidas
pela BOVESPA. Além disso, o titular pode, a qualquer tempo,
negociar seu direito de venda em mercado, por meio da
realização de uma operação de natureza oposta.
O lançador que, por intermédio de seu corretor, vende uma
opção de venda no pregão, assume perante a Bolsa a
obrigação de comprar as ações-objeto, caso sua posição
seja designada para o atendimento de uma operação de
exercício. Nesse caso, ele pagará o preço de exercício,
recebendo as ações-objeto.

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PRINCIPAIS TERMOS UTILIZADOS
NO MERCADO DE OPÇÕES
PRÊMIO - PREÇO DA OPÇÃO
Em função dos direitos adquiridos e das obrigações
assumidas no lançamento, o titular (comprador) paga e o
lançador recebe uma quantia denominada prêmio.
O prêmio, ou preço da opção, é negociado entre comprador e
lançador, por meio de seus representantes no pregão da
Bolsa. Ele reflete fatores como a oferta e a demanda, o prazo
de vigência da opção, a diferença entre o preço de exercício e
o preço a vista da ação-objeto, a volatilidade de preço, bem
como outras características da ação-objeto.
Ativo-objeto
É o ativo sobre o qual a opção é lançada (ações e índices).
Mês de Vencimento
É o mês em que expira a opção. Na BOVESPA, os
vencimentos normalmente ocorrem nos meses pares, na
terceira segunda-feira do mês de vencimento.
Preço de Exercício
É o preço pelo qual será exercida a opção. Os preços de
exercício das opções são determinados pela Bolsa, segundo
critérios por ela estabelecidos.

O MERCADO DE OPÇÕES
s opções com negociação e/ou lançamento

A autorizados são divulgadas semanalmente no BDI -


Boletim Diário de Informações da BOVESPA e no
jornal Gazeta Mercantil. Também são transmitidas no serviço
NBC (Notícias BOVESPA/CBLC), ou no sistema de
negociações MEGA BOLSA.
Ao ser autorizado um novo vencimento, a Bolsa abre séries
de negociação com preços de exercício próximos ao preço a
vista da ação-objeto. No entanto, em caso de alterações
futuras nas cotações da ação-objeto, podem ser autorizadas
emissões de novas séries, cujos preços de exercício refletem
o movimento do preço da ação.

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A NEGOCIAÇÃO DE OPÇÕES
uando uma série de opções tem sua negociação em

Q pregão autorizada, permanece válida até o seu


vencimento, embora possam ser introduzidas novas
séries, com diferentes preços de exercício. A Bolsa pode,
porém, suspender, a qualquer instante, as autorizações para
lançamento e/ou negociação. Isso em geral acontece com as
séries que não apresentam posições em aberto e cujos
preços de exercício sejam muito diferentes dos preços de
mercado. Séries com posições em aberto não têm sua
negociação suspensa, salvo em casos especiais.
As operações no mercado de opções somente podem ser
efetuadas por sociedade corretora autorizada pela BOVESPA,
observando-se, na sua realização, o disposto no
Regulamento de Operações no Mercado de Opções.
São permitidas operações de “day-trade”, ou seja, a compra
e a venda da mesma série, em um mesmo pregão, por uma
mesma sociedade corretora e por conta de um mesmo
comitente (aplicador). A liquidação dessas operações,
exclusivamente financeira, é feita pelo saldo. No dia do
vencimento da opção não é permitida a realização de tais
operações.
A BOVESPA, segundo o regulamento vigente, pode impor
restrições ao mercado de opções sempre que for
aconselhável, considerados o interesse do mercado, a
proteção do investidor ou o objetivo de manter o mercado
justo e ordenado.
A suspensão da ação-objeto no mercado a vista implica,
normalmente, a suspensão das negociações com suas opções.
A suspensão das negociações com suas opções, entretanto,
pode acontecer independentemente do comportamento da
ação no mercado a vista, sempre com o objetivo único de
regular o comportamento do mercado de opções.

NEGOCIAÇÕES SEM CERTIFICADO


(ESCRITURAL)
mercado de opções é caracterizado por seu controle

O totalmente escritural. As posições de lançador e titular


resultam do registro das operações na Bolsa, em
código diferente para cada cliente. Embora não sejam
emitidos certificados de opções pela Bolsa, são mantidos
controles diários das operações realizadas e,
conseqüentemente, das posições geradas e lançadas na
conta de cada cliente. Relatórios são também enviados às
sociedades corretoras, permitindo um acompanhamento
contínuo da situação de seus clientes. Os clientes que atuam
no mercado de opções recebem, a cada operação que altere
sua posição registrada na BOVESPA, um extrato de sua
conta, que pode também ser obtido mediante solicitação.

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DENOMINAÇÃO DAS OPÇÕES NA
BOVESPA
s séries de opção autorizadas pela BOVESPA são

A identificadas pelo símbolo do ativo-objeto associado a


uma letra e a um número. A letra identifica se é uma
opção de compra ou de venda e o mês de vencimento (ver
quadro abaixo), e o número indica um determinado preço de
exercício:

Opção Vencimento
Compra Venda
A M Janeiro
B N Fevereiro
C O Março
D P Abril
E Q Maio
F R Junho
G S Julho
H T Agosto
I U Setembro
J V Outubro
K W Novembro
L X Dezembro

Exemplos:

PETR H18 – Opção de Compra sobre Petrobrás PN, com


vencimento em agosto e preço de exercício de $ 180,00 por
lote de mil ações*.
VALE V23 – Opção de Venda sobre Vale do Rio Doce PNA,
com vencimento em outubro e preço de exercício de $ 30,00
por ação*.

* A identificação das séries autorizadas e seus respectivos preços


de exercício são divulgadas diariamente pela BOVESPA.

O EXERCÍCIO DA OPÇÃO
a operação pela qual o titular de uma opção de
É compra exerce seu direito de comprar o lote de ações
a que se refere a opção, ao preço de exercício. Da
mesma forma, o titular de uma opção de venda exerce o seu
direito de vender o lote de ações a que se refere a opção, ao
preço de exercício.

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A ocorrência de distribuição de proventos para a ação-objeto
provocará alterações nas séries até então autorizadas, que
serão ajustadas, nos casos de proventos em dinheiro e de
direitos de preferência, no primeiro dia de negociação “ex-
direito” do papel objeto. Já no caso de proventos em títulos,
o ajuste será efetivado somente no exercício.
O número de ações-objeto da opção e/ou o preço
efetivamente pago por ação no exercício estão sujeitos a
ajustes nos casos de distribuição de dividendos, juros sobre o
capital próprio, outros proventos em dinheiro, bonificações,
subscrições, fracionamentos, grupamentos e reorganizações
que digam respeito à ação-objeto ou a seu emissor.

DIVIDENDOS, JUROS SOBRE O


CAPITAL PRÓPRIO E OUTROS
PROVENTOS EM DINHEIRO
e uma ação-objeto, durante o período de vigência da

S opção, distribuir dividendos, juros sobre o capital


próprio ou qualquer outro provento em dinheiro, o
valor líquido recebido será deduzido do preço de exercício da
série, a partir do primeiro dia de negociação ex-direito.
Exemplo: se o preço de exercício é de $ 200,00, e ocorre a
distribuição de juros sobre o capital próprio no montante
líquido de $ 20,00, o preço de exercício será ajustado para
$ 180,00.

BONIFICAÇÃO, FRACIONAMENTO E
OUTRAS DISTRIBUIÇÕES
racionamento e bonificações – ou quaisquer outras

F distribuições que aumentem o número de ações da


empresa emissora das ações-objeto – têm o efeito de
elevar, na mesma proporção, o número de ações-objeto
cobertas pela opção, diminuindo proporcionalmente o preço
pago por ação no exercício, de forma que o valor da
operação de exercício, se realizada, permaneça o mesmo.
Se o titular de uma opção sobre ações-objeto, na qual a
empresa emissora distribuiu novas ações, exerce o seu
direito, as ações são entregues na forma “ex” e em um total
igual ao lote-padrão da opção mais as ações distribuídas em
bonificação às componentes do lote. O preço efetivamente
pago por ação no exercício sofre uma redução proporcional
ao aumento do número de ações, embora a quantia a ser
paga seja a mesma.

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SUBSCRIÇÃO
s subscrições de novas ações ou quaisquer outros

A direitos de preferência referentes à ação-objeto da


opção, aprovados na vigência da opção, implicam o
atendimento do exercício com ações na forma “ex”, sendo
deduzido do preço de exercício, a partir do primeiro dia de
negociação “ex-direito” do papel objeto, o valor teórico do
direito à subscrição, calculado pela BOVESPA no primeiro dia
de negociação ex-direito.

LIMITES AO EXERCÍCIO DE
OPÇÕES

A
s opções de estilo americano podem ser exercidas a
partir do pregão subseqüente à realização da compra,
até o vencimento, em horário definido pela BOVESPA.
As opções de estilo europeu somente podem ser exercidas
na data de vencimento. Porém, se a BOVESPA julgar
necessário, para garantia da ordem no mercado, pode
antecipar o horário limite para o exercício no dia do
vencimento, ou mesmo suspender a realização das
operações de exercício. Caso uma ação tenha a sua
negociação suspensa no mercado a vista, ficam
automaticamente suspensas as operações de exercício de
opções sobre aquela ação. Se a suspensão abranger um ou
dois últimos dias de prazo de vigência da opção, serão
permitidos apenas a negociação para encerramento e o
exercício das vincendas no período.
Se o pedido de exercício recair sobre posições descobertas,
o prazo para liquidação das operações será contado a partir
do primeiro dia útil após o término da suspensão.

LIMITES DE POSIÇÕES

A
BOVESPA acompanha permanentemente as
condições e a evolução do mercado, estabelecendo
limite para cada série e para o conjunto das séries,
antes da abertura das séries, para as posições de clientes ou
grupos de clientes e instituições do mercado, evitando, dessa
forma, a concentração do mesmo.

AÇÃO-OBJETO
partir da análise do comportamento das ações no

A mercado a vista, efetuada com base em sua liquidez,


tradição e negociabilidade, a BOVESPA elabora a
relação de ações-objeto autorizadas para negociação com
opções, que pode ser alterada a qualquer tempo, por decisão
da Superintendência Geral.

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HORÁRIO DAS NEGOCIAÇÕES
s opções são negociadas no mesmo horário de

A compra e venda das ações-objeto no mercado a vista.


Certas séries, porém, podem estar sujeitas a
restrições, por determinação da BOVESPA, que impliquem a
suspensão, o fim da negociação de qualquer série de opções
ou até mesmo da própria ação-objeto.

OBJETIVOS E RISCOS
uem se interessa por opções deve estar ciente dos

Q riscos do mercado e do valor que pode perder, como


em qualquer outra aplicação.
É importante que se leve em consideração a conjuntura
econômico-financeira do País e da empresa, bem como os
riscos da própria ação-objeto. Portanto, todas essas
informações são necessárias para um conhecimento mínimo
dos níveis de risco.
Escolhido o objetivo financeiro do aplicador, deve-se analisar
as duas posturas possíveis no mercado de opções: a de
titular e a de lançador.

OPÇÃO DE COMPRA
Aquisição
o se decidir pela compra de uma opção, o aplicador

A espera beneficiar-se de uma elevação do preço da


ação-objeto, com a conseqüente valorização do
prêmio da opção.
Pensando assim, e levando em conta seus objetivos de
atuação no mercado, o aplicador pode:
1) Utilizar opções de compra para obter maior retorno, ou
seja, alavancar seus ganhos
Como isso significa buscar maior lucratividade, implica
também expor seu investimento a um maior grau de risco.
Como o prêmio de uma opção é sensivelmente menor do que
o preço da ação-objeto a que se refere, uma determinada
quantia em dinheiro pode comprar certo número de opções
correspondentes a uma quantidade de ações muito maior do
que a que seria possível adquirir no mercado a vista.
Assim, cada aumento no preço da ação-objeto costuma
corresponder a um aumento no prêmio da opção e a maiores
retornos sobre a aplicação, pois a variação percentual é maior
para o prêmio. O mecanismo de alavancagem atua também
no sentido inverso: a queda na cotação pode até levar à
perda integral da aplicação, ou seja, do prêmio pago.

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2) Utilizar as opções de compra como alternativa para
adquirir uma ação-objeto
A compra de uma opção sobre ações que se deseja adquirir,
e para as quais se prevê uma alta de preço, permite ao
aplicador reduzir o risco de que a cotação da ação-objeto
sofra uma grande alta.
Dessa forma, o aplicador assegura seu ganho em caso de
alta e, em caso de baixa, sua perda se resume ao prêmio
pago pela opção, ou apenas parte dele.
Em ambos os casos, porém, o aplicador tem vantagens, seja
porque ganhou na elevação do preço da ação-objeto, ou
porque apesar de perder o prêmio no caso de baixa, pode
adquirir o título por um preço bem menor do que no momento
inicial. E ainda, como aplicou em opções apenas parte de
seus recursos, pode, por exemplo, fazer aplicações
alternativas durante o período, aumentando seus ganhos ou,
se for o caso, diminuindo ou talvez anulando suas perdas.

3) Utilizar opções de compra como proteção para uma


venda em margem
Um aplicador que realizou uma venda em margem, e que
teme uma elevação no preço da ação-objeto, pode,
comprando uma opção, prevenir-se contra uma possível alta.
Se a cotação da ação realmente baixar, o lucro obtido na
operação de venda em margem será reduzido pelo valor do
prêmio pago pela proteção da opção. Se, por outro lado, o
preço se elevar, o investidor estará protegido contra uma
perda grande.

4) Utilizar opções de compra para fixar o preço de uma


futura aquisição de determinada ação
Se um aplicador acredita que o preço de uma ação é atrativo,
mas não tem os recursos necessários para comprá-la
naquele momento, pode comprar uma opção e assim fixar o
preço. Quando puder concluir a compra da ação, exercerá a
opção dentro do seu prazo de validade e pagará o preço que
julgou conveniente.
Essa prática é particularmente interessante para os fundos,
pois, comprando opções, pode beneficiar-se das diversas
variações de preço no tempo, sem comprometer seu fluxo de
caixa.

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LANÇAMENTO DE OPÇÕES DE
COMPRA
lançamento de opções pode oferecer lucros ao

O aplicador que acredita numa certa estabilidade, numa


pequena ou até numa grande baixa no nível de preços.
O lançamento sujeita o aplicador, durante o período da
validade da opção a ser designado pela BOVESPA, a entregar
as ações-objeto da opção, contra o pagamento do valor de
exercício. As obrigações assumidas pelo lançamento de
opções somente se extinguem pelo seu exercício, pelo seu
vencimento, se não forem exercidas, ou ainda pelo
fechamento da posição lançadora.
Designado para o exercício, o lançador não pode mais fechar
sua posição. O lançamento somente pode ser efetuado sobre
séries autorizadas e publicadas pela BOVESPA.

O lançamento de opção de compra


coberta
Diz-se que uma opção é coberta quando o lançador deposita,
em garantia, a totalidade das ações-objeto a que se refere a
opção lançada.
O objetivo básico do lançamento coberto é obter um retorno
maior do que o que seria conseguido com a simples posse ou
venda imediata das ações. Coberto o lançamento, o aplicador
reclassifica o seu nível de risco, deslocando o seu ponto
teórico de venda para um valor igual ao preço a vista da
ação-objeto, menos o prêmio recebido.
Com o mercado em baixa, o lançador coberto se protege até o
ponto em que o preço a vista da ação-objeto for igual ao preço
que ele pagou por ela, menos o valor do prêmio recebido.
Somente a partir desse ponto é que incorrerá em prejuízo.
O lançador coberto pode fechar sua posição (veja adiante o
texto sobre fechamento de posição) e desta forma encerrar a
obrigação assumida, liberando suas ações para a venda
imediata ou para a espera de maior valorização da ação-
objeto.

O lançamento de opção de compra


descoberta
Uma opção é considerada descoberta quando o lançador não
efetua o depósito da totalidade das ações-objeto. Nesses
casos, o lançador descoberto deve atender a exigência de
margem por meio do depósito de ativos aceitos em garantia
pela CBLC (ações que compõem o Índice Bovespa, títulos
públicos federais e privados, cartas de fiança bancária
incondicionada e outros). A exigência de margem é reavaliada
diariamente.
Essa operação serve aos aplicadores que acreditam em uma

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queda nos preços, e que, portanto, lançam opções sobre
ações que não possuem ou que pretendem vender
rapidamente.
Dessa maneira, se o mercado realmente cair, o lucro dos
aplicadores (no caso o recebimento do prêmio) estará
assegurado. Mas, se o preço da ação-objeto superar o preço
de exercício da opção, o lançador poderá, a qualquer
momento, até a data do vencimento, ser designado para
atender o pedido de exercício e entregar as ações a que se
refere a opção. O risco envolvido nessa segunda hipótese é
ilimitado, pois além das chamadas de recomposição de
margem – que ocorrerão à medida que o prêmio de opções
desta série for se elevando –, o lançador descoberto estará
sujeito, se designado a atender o exercício, a adquirir as
ações em mercado a um preço talvez superior ao preço de
exercício mais o prêmio recebido.
O lançamento descoberto é, portanto, mais aconselhável para
aplicadores acostumados a riscos maiores e com capacidade
financeira suficiente para atender a chamadas de
recomposição de margem (em casos de prejuízos na posição
descoberta) e/ou comprar as ações-objeto para cobertura de
posição ou entrega definitiva, caso ocorra o exercício.
O lançador descoberto que julgar conveniente pode, à
semelhança do coberto, fechar sua posição para encerrar
suas obrigações, e apurar o lucro ou prejuízo até então
acumulado. Pode, também, cobrir sua posição, depositando
as ações-objeto da opção.

OPÇÃO DE VENDA
Aquisição
o adquirir uma opção de venda, o aplicador procura se

A beneficiar da queda no preço a vista da ação-objeto e,


por extensão, da valorização do prêmio da opção.
Dessa forma, e de acordo com a postura que pretenda
assumir nesse mercado, o aplicador pode:
1) Realizar operação oposta de opção de venda
Um investidor que tem uma expectativa baixista, em relação à
tendência de preços de uma determinada ação, pode assumir
uma posição titular de venda. Se suas expectativas se
concretizarem poderá, a qualquer tempo, reverter sua
posição em mercado ou, na data de vencimento, exercer seu
direito de vender a ação-objeto da operação ao preço de
exercício, auferindo o lucro resultante da diferença entre os
preços de exercício e a vista e o valor do prêmio pago para
adquirir a opção.
Por outro lado, se as cotações da ação-objeto se elevarem,
no mercado a vista, acima do preço de exercício de sua
opção, esse investidor não exercerá seu direito de vender a
ação-objeto e incorrerá em um prejuízo equivalente ao valor
do prêmio desembolsado.

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No entanto, visando se proteger contra eventuais erros de
avaliação, o aplicador poderá, simultaneamente à aquisição
de uma opção de venda, assumir uma posição lançadora de
opção de venda, a um preço de exercício menor ou igual ao
preço de exercício da posição titular.
A abertura dessa posição oposta, na qual provavelmente o
prêmio pago será maior do que o prêmio recebido, resultará
em desembolso líquido de prêmios.
Dessa forma, se realmente o preço da ação-objeto baixar no
mercado a vista, o investidor exercerá seu direito de vendê-la
a um preço superior ao vigente no mercado a vista. Esse
lucro será crescente quanto maior for a queda dos preços a
vista, até o ponto em que atinja o preço de exercício da
posição lançadora, ponto de lucro máximo do investidor.
Por outro lado, se o preço a vista situar-se acima do preço de
exercício da posição titular, esse investidor incorrerá em
máximo prejuízo, que é o desembolso inicial de prêmios.

2) Utilizar opções de venda como proteção para uma


compra a termo
Assim, se o preço da ação subir, o lucro apurado na operação
será reduzido pelo valor do prêmio pago pela opção. Por
outro lado, se a cotação cair, o aplicador estará protegido
contra uma elevada perda ou, em alguns casos, terá
garantido o lucro na operação original de compra.

3) Utilizar opções de venda como proteção para ações de


sua carteira
Um aplicador inseguro quanto à tendência futura do mercado
e, portanto, quanto ao comportamento de algumas ações de
sua carteira, pode, mediante a aquisição de opções, prevenir-
se contra uma possível queda. Desse modo, se os preços de
alguns de seus títulos declinarem no mercado a vista, o
aplicador terá fixado um preço de venda (igual ao preço de
exercício) que considera adequado, deixando de correr os
riscos de uma possível inversão de tendência. Nesse caso
(queda do preço a vista), o aplicador pode fechar sua posição
ou, na data de vencimento, exercer a opção, lucrando em
ambos os casos o equivalente ao que teve de prejuízo no
mercado a vista. Note-se que, se o mercado tivesse
continuado seu processo de alta (expectativa principal de
quem possui ações), o aplicador continuaria participando das
elevações de preço, aumentando seu retorno ainda mais, o
que não aconteceria a quem tivesse vendido as ações a vista
no primeiro momento.

4) Utilizar opções de venda para atender expectativa de


queda
Um aplicador que preveja queda nas cotações de ações que
não detém, pode adquirir uma opção de venda sobre essas
ações e lucrar, se suas expectativas estiverem corretas (isso

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possibilita a participação deste tipo de aplicador, o
especulador, atraindo-o ao mercado também na baixa). Se,
ao contrário, o preço se elevar, o aplicador perderá o prêmio
pago pela opção.

LANÇAMENTO DE OPÇÃO DE
VENDA
lançador de opções de venda deve atender a

O exigência de margem por meio do depósito de ativos


aceitos em garantia pela CBLC (ações que compõem
o Índice Bovespa, títulos públicos federais e privados, cartas
de fiança bancária incondicionada e outros). A exigência de
margem é reavaliada diariamente.
O lançamento de opções de venda serve aos aplicadores
que, acreditando em alta, procuram receber rendas adicionais
(prêmios) e/ou que aceitam a possibilidade de adquirir a ação
por um custo líquido inferior ao valor atual de mercado.
Assim, se o mercado subir ou se mantiver estável, o lançador
terá assegurado o seu lucro (igual ao valor do prêmio).
Por outro lado, se o preço da ação-objeto, na data de
vencimento, cair abaixo do preço de exercício da opção, o
lançador poderá ser designado para atender ao pedido de
exercício, tendo então de adquirir as ações e entregar o valor
de exercício.
O risco no lançamento de opção de venda é elevado, mas, ao
contrário do risco de lançar opção de compra a descoberto, é
limitado, isto é: o prejuízo potencial máximo que um lançador
pode ter é conhecido no momento em que é feita a venda da
opção em pregão, sendo igual ao preço de exercício menos o
preço a vista do momento do exercício e o prêmio recebido
pelo lançamento (devendo-se observar que o limite máximo
do prejuízo potencial ocorre se o preço a vista cair para zero).
O lançador de opções de venda deve, como os demais
participantes desse mercado, estar sempre atento à
possibilidade de fechar sua posição, o que pode se revelar
mais aconselhável, em caso de lucro ou mesmo de prejuízo.

MERCADO SECUNDÁRIO DE
OPÇÕES
BOVESPA organiza e disciplina o mercado secundário

A de opções de maneira a manter as melhores


condições para a sua negociação, bem como
a criação de liquidez neste mercado.
É no mercado secundário que ocorrem as operações de
aumento e de fechamento de posição, parcial ou total, tanto
de titular como de lançador.

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O desinteresse por determinadas opções e restrições a
aberturas e/ou fechamento de posições podem ocorrer,
embora esporádica e independentemente da vontade da
BOVESPA, acarretando algumas dificuldades para a
negociação com opções e aumentando os riscos dos
investidores que não conseguiram fechar sua posição. Esses
serão obrigados, se designados para o exercício, a entregar
as ações-objeto no caso de opção de compra; ou a adquiri-
las, no caso de opção de venda. Da mesma forma, o titular
que não conseguiu encerrar sua posição para realizar um
lucro deverá, para tanto, exercer suas opções até o
vencimento, ou estas perderão seu valor.
A BOVESPA permite a realização de operações por conta de
um mesmo aplicador de compra e de venda de opções, de
mesma série, em um mesmo pregão, por uma mesma
sociedade corretora. Assim, é possível ao aplicador
aproveitar-se dos diferenciais de preços e de taxas existentes
num mesmo pregão (operação de “day-trade”). É também
permitida a apregoação de “spreads” no mercado de opções.
Ex.: box, butterfly etc. A modalidade inicialmente autorizada
foi o “box”, que envolve, simultaneamente, operações com
opções de compra e de venda.
Se uma ação-objeto tem sua negociação suspensa no
mercado a vista, automaticamente é suspensa a negociação
com opções sobre a referida ação, a menos que a suspensão
abranja um ou dois últimos dias do prazo de vigência da
opção, permitindo-se então a negociação apenas das opções
que estão vencendo.

FECHAMENTO DE POSIÇÃO
Posição Titular
BOVESPA mantém disponíveis, em seu mercado de

A opções, operações que possibilitam diversas formas


de atuação, entre elas a que permite a realização de
lucro antes do vencimento, por uma operação de venda no
mercado secundário*.
* Um aplicador comprou, em março, opções de venda sobre 100 mil
ações ABC com vencimento em junho, ao preço de exercício de
$ 5,00, pagando de prêmio $ 0,50 por ação ($ 50.000,00 no total).
Dois meses depois, como o preço da ação-objeto no mercado a
vista caiu, a opção teve seu prêmio elevado para $ 0,65. O titular
pôde realizar o lucro, vendendo opções da mesma série, encerrando
sua posição e ganhando o diferencial dos prêmios ($ 65.000,00 -
$ 50.000,00 = $ 15.000,00) menos os custos de transação.

Posição Lançadora
No mercado de opções, também é possível ao lançador
antecipar o seu lucro ou evitar o exercício, fechando sua
posição mediante a compra de opção de série igual à
lançada**.
** Um aplicador vendeu, em março, opções de compra sobre 100
mil ações ABC que possuía, com vencimento para junho, ao preço

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de exercício de $ 5,00, recebendo um prêmio de $ 0,50 por ação,
$ 50.000,00 no total. Como o preço da ação-objeto no mercado a
vista caiu abaixo do preço de exercício, o prêmio da opção caiu para
$ 0,35. Se o lançador acredita que o preço a vista da ação vai
diminuir mais, é interessante que encerre sua posição lançadora,
comprando ações de série igual à lançada, para realizar um lucro
igual ao diferencial dos prêmios ($ 50.000,00 - $ 35.000,00 =
$ 15.000,00) menos os custos de transação. Aí, libera suas ações
para imediata venda no mercado a vista ou para um outro
lançamento numa série com preço de exercício mais próximo do
preço a vista e, conseqüentemente, com prêmio maior, obtendo
mais receita.
Se acreditasse que o preço da ação-objeto subiria ao invés de cair,
poderia, ao fechar sua posição lançadora realizando lucro, guardar
as ações para uma venda posterior no mercado a vista para outro
lançamento de opções ou ainda passar a titular de opções. Mas se o
aplicador não possuísse as ações a que se refere a opção e a alta do
preço das ações houvesse elevado o prêmio para $ 0,65 por ação,
ele estaria sendo chamado para a manutenção do nível mínimo de
margem.
Um aplicador, sem interesse ou condições de continuar atendendo
a essas chamadas ou de comprar as ações-objeto para responder
ao provável aviso de exercício, poderia comprar opções de série
igual às lançadas, encerrando suas obrigações como lançador e
apurando o prejuízo correspondente ao diferencial dos prêmios
($ 65.000,00 - $ 50.000,00 = $ 15.000,00) mais os custos de
transação.
A operação de compra para fechamento de posição, como a
de venda, é efetuada por intermédio de sociedade corretora,
que deverá, simultaneamente à realização da operação de
fechamento, indicar à BOVESPA o bloqueio de exercício de
sua posição. Isso somente será possível se a posição
lançadora ainda não houver sido designada para atendimento
de um aviso de exercício. Nessa hipótese, a operação de
compra, em vez de fechar a posição lançadora, gera uma
posição compradora (titular) de opções, porém poderá ser
fechada no mesmo pregão, mediante uma operação de venda
de opções (mesmo que isto ocorra no dia do vencimento).
Em se tratando de opções de venda de estilo europeu, o
exercício somente poderá se dar na data de vencimento.

A OPERAÇÃO DE EXERCÍCIO
exercício de opção de estilo americano pode ser
O efetuado a qualquer tempo até a data de vencimento.
O exercício de opção de estilo europeu somente pode
ser realizado na data de vencimento, mediante a entrega em
pregão, pela sociedade corretora, do aviso de exercício. Após
isso são selecionadas tantas posições lançadoras quantas
forem necessárias ao atendimento do aviso.
A designação para o atendimento do exercício de uma opção
resulta do sorteio realizado entre as posições lançadoras de
opções de igual série da opção exercida.

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A BOVESPA permite que o titular de uma opção de compra
exerça sua opção e venda as ações-objeto no mesmo
pregão. Também garante ao titular de uma opção de venda a
oportunidade de comprar no mercado a vista as ações que
serão entregues no exercício. Essa possibilidade proporciona
uma agilidade maior ao aplicador que procura se aproveitar
dos diversos diferenciais de preços e de taxas existentes no
mercado.
Assim, o lançador de uma opção de compra pode comprar a
vista no mesmo pregão em que é exercido, e o lançador de
uma opção de venda pode vender a vista as ações recebidas
no exercício. Isso dá mais flexibilidade ao fluxo de caixa dos
aplicadores, evitando que comprem posições de ações que
não querem. Todas as operações de exercício são registradas
em pregão como compra e venda a vista das ações-objeto.
A suspensão da negociação de uma ação-objeto implica a
suspensão do recebimento pela Bolsa das solicitações de
exercício. Nos casos em que a suspensão da ação se dê nos
últimos dias de um prazo de validade de opções, apenas
aquelas que vençam nessa data poderão ser exercidas.

SISTEMA DE GARANTIA
uando um aplicador assume uma posição lançadora

Q de opções de compra, compromete-se também,


contratualmente a, se designado para atender um
aviso de exercício, entregar as ações-objeto a que se refere a
opção exercida contra o recebimento do preço de exercício.
Essa obrigação do lançador perante o sistema é garantida
pelo depósito efetuado pela sociedade corretora das próprias
ações-objeto em custódia (lançamento coberto) ou pelo
depósito de margens que o lançador é obrigado a efetuar e
manter nos níveis requeridos pela CBLC (lançamento
descoberto).
O aplicador que assume uma posição lançadora de opções
de venda está também se obrigando a, se for exercido, pagar
o valor de exercício da opção, mediante o recebimento das
ações-objeto. A garantia que o lançador fornece ao sistema,
perante o qual assumiu a obrigação, é o depósito de margens
efetuado por intermédio da sociedade corretora, e que deve
ser mantido nos níveis requeridos pela CBLC.
Os lançadores de opções estão obrigados a manter as
garantias que a CBLC exige das sociedades corretoras, as
quais podem, para sua segurança, solicitar garantias
adicionais de seus clientes.
Para o lançamento coberto, a sociedade corretora deve
depositar a totalidade das ações-objeto no mesmo dia em
que foi realizada a operação em pregão ou efetuar compra a
vista para cobertura.
É possível substituir as garantias referentes a uma posição
coberta, ou seja, retirar as ações-objeto, desde que haja uma

18
autorização da CBLC e o respectivo depósito da margem em
dinheiro, certificados representativos de ouro, títulos públicos
federais ou privados, carta de fiança bancária incondicionada,
ações constantes da relação de garantias ou outros ativos
aceitos pela CBLC.
Se um lançamento é feito a descoberto, a sociedade
corretora deve depositar garantias referentes ao total de
posições descobertas, no nível requerido pela CBLC, o qual
será mantido até o vencimento da opção ou fechamento da
posição.
O nível de garantia é calculado diariamente pela CBLC por
meio do sistema de cálculo de margem CM-TIMS (Clearing
Members Theoretical Intermarket Margin System).
O sistema toma por base o cálculo de dois componentes
para obter o valor da margem total:
- Margem de Prêmio: a margem de prêmio corresponderá ao
custo/valor de liquidação da posição. Para as posições no
mercado a termo, será a diferença entre o preço de
fechamento do valor mobiliário de referência e o preço do
respectivo contrato. Para as posições no serviço de
empréstimo de títulos (BTC), corresponderá ao preço de
fechamento do respectivo prêmio ou seu valor teórico. Para
as posições no mercado de opções, corresponderá
simplesmente ao preço de fechamento do valor mobiliário de
referência.
- Margem de Risco: a margem de risco corresponderá à
perda potencial da posição, decorrente de um movimento
adverso no preço do valor mobiliário, e será calculada, por
meio do CM-TIMS, empregando-se a avaliação completa
(“full valuation”) das posições para cada um dos dez cenários
relativos ao preço de mercado do valor mobiliário de
referência.
A margem de risco corresponderá à maior perda (“pior caso”),
entre todas as calculadas para os dez cenários.
Os créditos de margens de garantia corresponderão à
margem de prêmio menos a respectiva margem de risco (isto
é, o valor de liquidação da posição incorporando a respectiva
perda potencial).
Os débitos de margem de garantia corresponderão à margem
de prêmio mais a respectiva margem de risco (isto é, o custo
de liquidação da posição incorporando a respectiva perda
potencial).
Conforme o comportamento do mercado, o lançador
descoberto que esteja com prejuízo é chamado a recompor o
nível de garantia.
Tanto a margem inicial como as possíveis chamadas de
recomposição devem ser depositadas na CBLC no primeiro
dia útil subseqüente à constatação – pelo sistema de
garantias – de sua necessidade.
A CBLC poderá arbitrar, segundo critérios fixados por sua
Diretoria Geral, os prêmios que não estiverem compatíveis
com o mercado.

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CUSTOS DE TRANSAÇÃO
Corretagens
obre o valor das operações em pregão, isto é, sobre o

S valor dos prêmios, é calculada a corretagem a ser


cobrada dos clientes pela corretora. A taxa de
corretagem é livremente negociada entre a sociedade
corretora e seus clientes.
Se houver o exercício da opção, será cobrada, tanto do
lançador como do titular, a corretagem sobre o valor de
exercício, ou seja, o resultado da multiplicação do preço total
da operação pelo número de ações de cada opção exercida.

TAXAS DE REGISTRO
anto as operações de compra como as de venda de

T opções são registradas na CBLC em código distinto,


para cada comitente (cliente) de uma corretora.
É cobrada de ambos os comitentes uma taxa de registro, em
percentual estabelecido pela BOVESPA/CBLC, sobre o valor
de cada operação em pregão.

OPERAÇÕES CASADAS
peração casada é a denominação que se dá aos

O conjuntos de operações: uma operação no mercado


de opções e uma compra ou venda de ações no
mercado a vista, realizadas num mesmo pregão e liquidadas
em conjunto. A operação casada permite ao aplicador –
lançador ou titular de opções – maior flexibilidade para
aproveitar situações favoráveis de mercado e/ou menor
desembolso ou menor imobilização de recursos.

1) Operações casadas - titular de opções


A operação casada, possível para o titular de opções,
viabiliza a “liquidação por diferença” das operações de
exercício de opções de duas maneiras:
a) exercício de opções de compra e venda a vista de ações: o
titular de opções de compra pode vender a vista as
ações-objeto no mesmo pregão do registro da operação de
exercício, solicitando a liquidação conjunta das duas
operações;
b) compra de ações a vista e exercício de opções de venda.

2) Operações casadas - lançador de opções


a) compra a vista de ações e atendimento ao aviso de
exercício de opções de compra lançadas descobertas: essa

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operação permite que, no pregão de registro do exercício das
opções, o lançador compre a vista as ações-objeto e liquide
conjuntamente as duas operações;
b) compra de opções para fechamento de posição e venda a
vista das ações-objeto depositadas: o lançador coberto de
opções de compra pode adquirir opções para fechamento de
posição e, no mesmo pregão, vender as ações-objeto
depositadas em garantia;
c) lançamento de opções de compra sobre ações compradas
a vista: um aplicador pode comprar ações a vista e, no
mesmo pregão, lançar opções de compra sobre essas ações,
indicando estar a compra a vista vinculada ao lançamento. Na
liquidação dessas operações, as ações adquiridas são
depositadas para a cobertura das opções lançadas;
d) atendimento ao exercício de opções de venda e venda das
ações no mercado a vista: o lançador de opções de venda
que é designado para o exercício pode vender as ações-
objeto no mercado a vista, no mesmo pregão em que foi
exercido.

3) Operações casadas - inadimplências


A responsabilidade pela liquidação das operações realizadas
no mercado de opções é sempre do lançador e do titular de
opções, mesmo quando fizer parte de uma operação casada.
O aplicador que realizar uma operação casada deve,
portanto, estar atento para o fato de que a inadimplência
daquele com quem negociou no mercado a vista pode
impedi-lo de atender às exigências relativas à sua operação
no mercado de opções, sujeitando-o às penalidades previstas
no Regulamento de Operações no Mercado de Opções.

O PRÊMIO DAS OPÇÕES

O
prêmio (preço) pelo qual uma opção pode ser
comprada ou vendida é determinado pelo acordo entre
as partes numa transação no pregão da BOVESPA. O
prêmio é pago pelo titular e recebido pelo lançador da opção,
seja ela de compra ou de venda.
Seu valor depende da tendência de alta ou de baixa que os
preços das opções possam apresentar, pela existência de
maior número de aplicadores querendo comprar ou vender
opções. No caso de operações de “spread” é apregoado
apenas o saldo líquido dos prêmios das séries de opções
envolvidas na operação.
Os prêmios são influenciados por dois componentes na sua
formação:
a) Valor intrínseco
Este valor é obtido pela subtração do preço de exercício da
opção do preço a vista da ação-objeto, no caso de opção de
compra e, inversamente, no caso de opção de venda.

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Uma opção de compra com preço de exercício superior ao
preço a vista da ação-objeto não tem valor intrínseco, já que
não representa nenhuma vantagem comparativamente à
compra a vista das ações. Da mesma maneira, não é
vantagem o fato de o preço a vista ser superior ao preço de
exercício de uma opção de venda*.

* Se o preço a vista da ação ABCD PN for $ 8,50, a opção de


compra ABCD/agosto/$ 8,00 terá um valor intrínseco de $ 0,50;
de $ 0,80 se este preço for $ 8,80, e assim por diante. Se no
mercado a vista o preço da ação ABCD PN for menor que $ 8,00
($ 7,50, por exemplo), então considera-se que a opção de compra
ABCD/agosto/$ 8,00 não tem valor intrínseco.
Uma opção de venda ABCD PN/agosto/$ 8,00 terá um valor
intrínseco de $ 0,50, se o preço a vista da ação-objeto for $ 7,50; de
$ 0,80, se este preço for $ 7,20, e assim por diante. Se o preço a
vista for superior ao preço de exercício, não haverá valor intrínseco.
Assim, quando a ação ABCD estiver cotada a $ 8,50, a opção de
venda ABCD PN/agosto/$ 8,00 não possuirá valor intrínseco.

b) Valor do tempo
O prêmio de uma opção antes de seu vencimento é
geralmente superior ao seu valor intrínseco. Além disso,
mesmo as opções sem valor intrínseco podem ter um preço
de mercado (prêmio), desde que haja alguém disposto a
pagá-lo. Isso porque o prêmio de uma opção deve remunerar
seu lançador pela imobilização de recursos. A remuneração
que exige o lançador pela imobilização de recursos depende
basicamente de suas expectativas, do prazo da opção e da
taxa de juros vigente no mercado financeiro.
O aplicador também quer ser remunerado pelos riscos e por
suas obrigações como lançador. Dessa forma, de acordo com
o nível de risco que é apresentado pelas ações, o lançador
estabelece a remuneração que deseja. Um dos fatores de
risco é o grau médio de variação das cotações da ação-
objeto no mercado a vista, num determinado período de
tempo, ou seja, a volatilidade, ressaltando-se que, quanto
mais volátil for a ação, maior será a remuneração exigida pelo
lançador.
Essas duas parcelas do prêmio – os juros e a remuneração
pelo risco – vão se reduzindo gradativamente ao longo do
período de vigência de uma opção, de forma que, na data do
vencimento, o preço da opção corresponda apenas ao seu
valor intrínseco, se ela o tiver. Após a data de vencimento, as
opções não exercidas não têm qualquer valor.
Exemplo: uma opção de compra ABCD/agosto/$ 8,00 foi
negociada no dia 15 de abril por um prêmio de $ 0,50 por
ação. Se nesse dia o preço a vista da ação ABCD PN
permaneceu estável em $ 8,00, tem-se que o total do prêmio
pago pela opção correspondeu apenas às parcelas de juros e
remuneração do risco. Se a mesma situação ocorresse no dia
15 de maio, o prêmio ao qual a opção seria negociada estaria
abaixo dos $ 0,50 por ação, caso não se alterassem as

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condições no mercado financeiro. Além, naturalmente, das
expectativas do aplicador quanto ao desempenho da ação-
objeto.

OPÇÕES REFERENCIADAS
EM DÓLAR
essa modalidade, o preço de exercício é expresso em

N pontos, sendo que cada ponto equivale a um


centésimo da taxa de câmbio real por dólar
norte-americano, divulgada pelo Banco Central do Brasil.
É importante ressaltar que todas as negociações nesse
segmento, tanto com relação aos prêmios pagos e recebidos
quanto aos montantes de exercícios, são efetuadas em reais.
A BOVESPA calcula e divulga diariamente, antes do início do
pregão, o valor dos preços de exercício equivalentes em reais
dessas séries, que serão utilizados em caso de exercício
nesse pregão.
Outra particularidade desse mercado é a existência de séries
protegidas e não protegidas. As séries protegidas, assim
como acontece com as opções em reais, têm seus preços de
exercício ajustados sempre que a empresa emissora das
ações-objeto distribui algum provento. Já as séries não
protegidas somente são ajustadas no caso de proventos
envolvendo ações do mesmo tipo (bonificações,
desdobramentos e grupamentos).
As demais características das opções denominadas em dólar
são idênticas às das opções em reais.

OPÇÕES SOBRE O ÍNDICE


BOVESPA E O IBX
a BOVESPA também são autorizadas as negociações

N com Opções sobre Índice, que proporcionam a seus


possuidores o direito de comprar ou vender um Índice
até (ou em) determinada data. Tanto o prêmio como o preço
de exercício dessas opções são expressos em pontos do
índice, cujo valor econômico é determinado pela BOVESPA
(atualmente R$ 1,00).

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GLOSSÁRIO

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AÇÃO-OBJETO
Valor mobiliário a que se refere uma opção.

ALAVANCAGEM
1) Nível de utilização de recursos de terceiros para aumentar
as possibilidades de lucro, elevando, conseqüentemente, o
grau de risco da operação.
2) Possibilidade de controle de um lote de ações, com o
emprego de uma fração de seu valor (nos mercados de
opções e a termo), enquanto o aplicador se beneficia da
valorização desses papéis, que pode implicar significativa
elevação em sua taxa de retorno.

BLOQUEIO DE POSIÇÃO
Operação pela qual o lançador impede o exercício de sua
posição, pela compra anterior, no mesmo pregão, de opções
da mesma série que as lançadas.

BOX
Negociação simultânea, em pregão, de um “spread” – altista
– de opção de compra e um “spread” – baixista – de opção
de venda, ou vice-versa, ambos envolvendo os mesmos
preços de exercício, quantidade de opções e vencimento. A
apregoação dá-se pelo saldo líquido dos prêmios das séries
de opções envolvidas na operação.

CALL
Veja “Opção de Compra de Ações”.

CASAMENTO DE OPÇÕES (STRADDLE)


Compra ou venda, por um mesmo aplicador, de igual número
de opções de compra (call) e de venda (put) de ações sobre a
mesma ação-objeto e com idêntico preço de exercício e data
de vencimento.

CBLC - Companhia Brasileira de


Liquidação e Custódia
Sociedade anônima com capital fechado, com sede na
capital do estado de São Paulo, que provê serviços de
compensação, liquidação e controle de risco das operações.
A CBLC também presta o Serviço de Custódia Fungível de
ativos e administra o Banco de Títulos CBLC - BTC. É uma
organização auto-reguladora, supervisionada pela Comissão
de Valores Mobiliários - CVM.

COMBINAÇÃO DE OPÇÕES
Compra ou venda de duas ou mais séries de opções sobre a
mesma ação-objeto, porém com preços de exercício e/ou
datas de vencimento diferentes.
CONJUGADO
Veja “Casamento de Opções”.

DATA DE EXERCÍCIO DA OPÇÃO


Data da operação em pregão, de compra ou venda da ação-
objeto da opção.

DATA DE VENCIMENTO DA OPÇÃO


O dia em que se extingue o direito de uma opção.

DENTRO DO PREÇO
Opção cujo preço de exercício é inferior ao preço a vista da
ação-objeto, no caso de opção de compra, ou superior, no
caso de opção de venda.

DIFERENCIAL (SPREAD)
Combinação de possíveis compras e vendas de opções
sobre a mesma ação-objeto, porém de séries ou vencimentos
diferentes.

EXERCÍCIO DA OPÇÃO
Operação pela qual o titular da opção exerce o seu direito de
comprar, no caso de opção de compra, ou vender, no caso
de opção de venda, o lote de ações-objeto da opção, ao
preço de exercício.

FECHAMENTO DE POSIÇÃO
Operação na qual o lançador compra, em pregão, outra
opção da mesma série daquela por ele previamente lançada;
ou na qual o titular, pela venda das opções adquiridas,
encerra sua posição ou parte dela.

FORA DO PREÇO
Opção cujo preço de exercício é superior ao preço a vista da
ação-objeto, no caso de opção de compra, ou inferior, no
caso de opção de venda.

LANÇADOR
Aquele que vende a opção e assume os compromissos a ela
referentes.

LANÇAMENTO DE OPÇÃO
Venda de opção.

LOTE-PADRÃO
Quantidade predeterminada de títulos a que se refere uma
opção.
MARGEM
Montante de garantia em ativos, entre os aceitos pela CBLC,
que um cliente precisa depositar na sociedade corretora para
efetuar um lançamento descoberto de opções. Para o
lançador de opção de compra, o depósito das ações-objeto o
dispensa do depósito de margem de garantia.

MERCADO DE OPÇÕES
Mercado em que são negociados direitos de compra ou
venda de um lote de ações, com preços e prazos de exercício
preestabelecidos.
Por esses direitos, o titular de uma opção paga um prêmio,
podendo exercê-los até a data de vencimento (no caso de
opção de compra) ou na data de vencimento (no caso de
opção de venda), ou revendê-los no mercado.

NEGOCIAÇÃO
Operação de compra e venda, em pregão, a um preço
acordado entre as duas partes.

NO PREÇO
Opção de compra ou de venda, cujo preço de exercício é
igual ao preço a vista da ação-objeto.

OPÇÃO
No mercado de capitais, modalidade que envolve o
estabelecimento de direitos e obrigações entre as partes,
possibilitando adquirir ou vender títulos por determinado
preço, em quantidade e por período preestabelecidos.

OPÇÃO DE COMPRA (CALL) DE AÇÕES


Direito outorgado ao titular da opção de, se o desejar, adquirir
do lançador um lote-padrão de uma ação, por um preço
previamente estipulado e dentro de um prazo prefixado.

OPÇÃO DE VENDA (PUT) DE AÇÕES


Direito outorgado ao titular da opção de, se o desejar, vender
ao lançador um determinado lote-padrão de uma ação, por
um preço previamente estipulado e na data prefixada.
PARIDADE
Uma opção atinge a paridade quando seu preço de exercício
mais o prêmio (no caso de opção de compra), ou menos o
prêmio (no caso de opção de venda), é igual ao preço a vista
do objeto.

POSIÇÃO EM ABERTO
Número de opções em aberto e correspondentes
quantidades de ações-objeto.

POSIÇÃO LANÇADORA
Aquela resultante de uma ou mais operações de venda e
compra de opções, com saldo vendedor.

POSIÇÃO TITULAR
Resultante de uma ou mais operações de compra e venda de
opções, com saldo comprador.

POSIÇÕES OPOSTAS
É a operação na qual um aplicador é ao mesmo tempo titular
e lançador de séries diferentes de opções referentes à mesma
ação-objeto (veja “Combinação de Opções”).

PRAZO
Período a decorrer entre a data de lançamento ou da compra
da opção, e o seu vencimento.

PREÇO DE EXERCÍCIO DA OPÇÃO


Preço pelo qual a ação-objeto será negociada, no exercício
da opção.

PRÊMIO
Preço da opção negociada no pregão da BOVESPA.

PUT
Veja “Opção de Venda de Ações”.

SÉRIE DE OPÇÃO
Opções do mesmo tipo (venda ou compra), referentes à
mesma ação-objeto, tendo o mesmo mês de vencimento e o
mesmo preço de exercício.

SPREAD
Veja “Diferencial”.

STRADDLE
Veja “Casamento de Opções”.
TITULAR DA OPÇÃO
Aquele que tem o direito, mas não a obrigação, de exercer a
opção.

VALOR DE EXERCÍCIO DA OPÇÃO


Preço de exercício de uma opção, multiplicado pelo número
de ações que compõem o lote-padrão da opção.

VALOR INTRÍNSECO DA OPÇÃO


Diferença, quando positiva, entre o preço a vista da ação-
objeto e o preço de exercício da opção, no caso de opção de
compra, e entre o preço de exercício da opção e o preço a
vista da ação-objeto, no caso de opção de venda.
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