Apostila Ferroviária PDF
Apostila Ferroviária PDF
Apostila Ferroviária PDF
P
Prrooff.. D
Drr.. TTeellm
moo G
Giioolliittoo P
Poorrttoo
22000044
PTR 2501- FERROVIAS
Prof. Dr. Telmo Giolito Porto
ndice
1 Introduo................................................................................................. 4
1.1 Histria..........................................................................................................4
1.2 Caractersticas da Ferrovia...........................................................................6
1.2.1 Contato metal-metal ............................................................................................. 6
1.2.2 Eixos guiados........................................................................................................ 6
1.2.3 Bitola ..................................................................................................................... 6
1.3 Caractersticas do Material Rodante.............................................................7
1.3.1 Roda solidria ao eixo .......................................................................................... 7
1.3.2 Existncia de frisos nas rodas .............................................................................. 8
1.3.3 Conicidade das rodas ........................................................................................... 8
1.3.4 Eixos ..................................................................................................................... 9
2 Geometria da via .................................................................................... 10
2.1 Concordncia em planta .............................................................................10
2.1.1 Grau de curva ..................................................................................................... 11
2.1.2 Deflexo.............................................................................................................. 11
2.1.3 Tangentes exteriores .......................................................................................... 12
2.1.4 Raio da curva...................................................................................................... 12
2.1.5 Clculo do desenvolvimento............................................................................... 12
2.2 Raio mnimo................................................................................................13
2.3 Superelevao e velocidade limite .............................................................13
2.3.1 Superelevao terica ........................................................................................ 13
2.3.2 Superelevao prtica mxima e velocidade de projeto.................................... 14
2.3.3 Superelevao prtica das demais curvas do trecho......................................... 20
2.3.4 Velocidade mnima dos trens lentos em curva................................................... 21
2.3.5 Traados com curvas suaves ............................................................................. 22
2.4 Sobrecarga nos trilhos da curva .................................................................22
2.5 Superlargura ...............................................................................................23
2.6 Concordncia em planta com curvas de transio .....................................23
2.7 Concordncia Vertical.................................................................................26
3 Elementos da Via Permanente ............................................................... 28
3.1 Trilhos .........................................................................................................28
3.1.1 Perfis:.................................................................................................................. 29
3.1.2 Requisitos ........................................................................................................... 29
3.1.3 Ao do trilho ........................................................................................................ 31
3.1.4 Recebimento....................................................................................................... 31
3.1.5 Defeitos............................................................................................................... 32
3.1.6 Vida til ............................................................................................................... 32
11 IInnttrroodduuoo
11..11 H
Hiissttrriiaa
O engenheiro ingls Richard Trevithick construiu em 1803 um veculo a vapor
similar a uma locomotiva, que pesava 5 toneladas e atingia 5 km/h.
George Stephenson , tambm engenheiro ingls, foi o verdadeiro criador da
trao a vapor em estrada de ferro. Primeiro a compreender o princpio de aderncia
de rodas lisas sobre uma superfcie tambm lisa, construiu em 1813 a locomotiva
"Blucher", testada em 25 de julho de 1814, puxando 8 vages com 30 toneladas,
entre Lilligwort e Hetton.
A partir de 1840, houve uma expanso explosiva da construo ferroviria na
Inglaterra, fundamental para o crescimento tecnolgico que consolidou aquele pas
como potncia econmica mundial a partir da Revoluo Industrial.
A distribuio das mercadorias foi facilitada, pois os trens transportavam
rapidamente cargas pesadas, a longas distncias e por fretes reduzidos.
Desde o advento da ferrovia, as estradas de ferro justificavam tal nome, pois,
ao utilizarem trilhos de ferro, eram mesmo ferrovias ou vias frreas. Os trilhos
apresentavam o inconveniente do desgaste, encarecendo a conservao das vias
permanentes. A contribuio de Henry Bessemer em 1856 consistiu-se na
fabricao de trilhos de ao que, praticamente, no se desgastavam. A partir de
ento, as estradas de ferro passaram a trafegar sobre trilhos de ao com maior
segurana e conservao.
O sucesso ingls despertou o interesse do governo imperial brasileiro, que
elaborou uma lei em outubro de 1835 incentivando a construo de estradas de
11..22 C
Caarraacctteerrssttiiccaass ddaa FFeerrrroovviiaa
11..22..11 C
Coonnttaattoo m
meettaall--m
meettaall
A interao veculo-via se d pelo contato direto das rodas metlicas do trem
com os trilhos, que tambm so metlicos. Isto provoca um desgaste considervel
dessas partes devido a grande magnitude da carga que solicita as rodas. Apesar da
pequena resistncia ao desgaste, esta alta solicitao faz com que este tipo de
interao veculo-via seja o mais adequado.
11..22..22 E
Eiixxooss gguuiiaaddooss
Diferentemente dos outros meios de transporte, o sistema ferrovirio no
possui mobilidade quanto direo do veculo. Seu trajeto guiado pelos trilhos.
11..22..33 B
Biittoollaa
A distncia entre os trilhos uma caracterstica da via e denominada bitola
(figura 1.1). Uma via, entretanto, pode ter mais de um tipo de bitola, permitindo que
seja utilizada por mais de um tipo de trem (figura 1.2).
Bitola
b1
b2
11..33 C
Caarraacctteerrssttiiccaass ddoo M Rooddaannttee
Maatteerriiaall R
11..33..11 R
Rooddaa ssoolliiddrriiaa aaoo eeiixxoo
Devido robustez do trem, as rodas so solidrias ao eixo, no permitindo
movimento relativo. Como conseqncia, aparece escorregamento entre as rodas e
os trilhos quando o trem descreve uma trajetria curvilnea. Alm disso, os eixos so
montados paralelamente numa estrutura denominada truque. A dificuldade de
inscrio do truque (com seus eixos paralelos e solidrios s rodas) nos trilhos de
uma curva limita os raios mnimos em valores bastante superiores aos das rodovias.
Sistemas que no exigissem paralelismo entre os eixos a fim de facilitar a inscrio
nos trilhos seriam muito complexos e frgeis devido, mais uma vez, robustez do
trem.
Figura 1.3 rodas solidrias ao eixo e paralelismo dos eixos de um mesmo truque
11..33..22 E
Exxiissttnncciiaa ddee ffrriissooss nnaass rrooddaass
Os frisos nas rodas (fig. 1.3) mantm o trem sobre os trilhos, evitando um
deslocamento lateral que provoque descarrilamento.
11..33..33 C
Coonniicciiddaaddee ddaass rrooddaass
As rodas possuem ainda uma configurao cnica (fig 1.3) que tem duas
funes:
centraliza o veculo nos trilhos uma vez que, quando o mesmo se
desloca mais para o lado de um trilho, a geometria cnica o faz
escorregar pela gravidade de volta para o centro.
Figura 1.5 A conicidade da roda alinha o trem entre os trilhos pela ao gravitacional
11..33..44 E
Eiixxooss
As cargas so dispostas nas pontas dos eixos, diferentemente dos caminhes
(figura 1.7). Alm disso, as rodas nunca esto fora do gabarito da caixa. Outro
aspecto relativo aos eixos o fato do paralelismo dos mesmos no truque, como foi
comentado acima.
Figura 1.7 Rodas dentro do gabarito da caixa e carregamento na ponta dos eixos
22 G
Geeoom
meettrriiaa ddaa vviiaa
O captulo aborda:
Concordncia em planta com Curva de Transio
Superelevao e velocidade limite nas curvas
Raio mnimo
Sobrecarga nas curvas
Superlargura
Concordncia vertical
22..11 C
Coonnccoorrddnncciiaa eem
m ppllaannttaa
As ferrovias tm exigncias mais severas quanto s caractersticas das
curvas que as rodovias. A questo da aderncia nas rampas, a solidariedade rodas-
eixo e o paralelismo dos eixos de mesmo truque impem a necessidade de raios
mnimos maiores que os das rodovias.
Como visto em traado em planta para rodovias (PTR 403), temos:
PI
te te
PC PT
AC
R
22..11..11 G
Grraauu ddee ccuurrvvaa
Para facilitar a locao, define-se Grau de Curva G como o ngulo central
correspondente a uma corda de 20 m.
Corda de 20 m
G/2
R
sen
G 10
=
2 R
G = 2 arcsen 10R para R dado em metros
22..11..22 D
Deefflleexxoo
Deflexo do ponto B em relao ao ponto A:
d
A B
d= , sendo o ngulo central correspondente a uma corda AB
2
Se a corda AB vale 20 m (distncia usual entre estacas para locao),
o ngulo central o Grau da Curva (dependente do raio). Assim,
temos:
Pi Pt = Pc Pi = te = R tgAC
(ver figura 2.1)
22..11..44 R
Raaiioo ddaa ccuurrvvaa
O raio pode ser calculado em funo da corda e da flecha da curva.
Flecha f
C2 + 4 f
2
C
2
R = + (R f ) R =
2 2
2 8 f
22..11..55 C
Cllccuulloo ddoo ddeesseennvvoollvviim
meennttoo
22..22 R
Raaiioo m
mnniim
moo
O raio mnimo para uma via frrea estabelecido por normas e deve permitir
a inscrio da base rgida dos truques dos carros e locomotivas, alm de limitar o
escorregamento entre roda e trilho.
22..33 S miittee
Suuppeerreelleevvaaoo ee vveelloocciiddaaddee lliim
Superelevao consiste em elevar o nvel do trilho externo de uma curva.
Esta tcnica reduz o desconforto gerado pela mudana de direo, diminui o
desgaste no contato metal-metal e o risco de tombamento devido fora centrfuga
que aparece nas curvas.
A velocidade mxima de projeto de um determinado trecho (que possui em
geral mais de uma curva) ser definida considerando o raio da curva mais fechada
22..33..11 S
Suuppeerreelleevvaaoo tteerriiccaa
Fora Resultante
Fora Centrfuga
h Fora Peso
h superelevao
B
B bitola
m V 2
P sen ( ) = sen = h/B;
R
h P V2
P =
B g R
B V2
h= g = 9.81 m/s2 e v (m/s) = v (km/h) / 3.6;
g R
B V2
h=
127 R
para:
h em metros;
B em metros;
R em metros;
V em km/h;
22..33..22 S
Suuppeerreelleevvaaoo pprrttiiccaa m maa ee vveelloocciiddaaddee ddee pprroojjeettoo
mxxiim
A velocidade mxima de projeto de uma via prevista para trens de
passageiros. Entretanto, esta mesma via utilizada por veculos mais lentos, como
trens de carga e veculos de manuteno. Como a velocidade desses veculos
menor, a componente da fora centrfuga tambm menor. Aparece portanto, o
risco de tombamento do veculo mais lento para dentro da curva e de excesso de
desgaste do trilho interno, caso a superelevao da mesma tenha sido
dimensionada pelo critrio terico. Alm disso, mesmo o trem de passageiros pode,
por algum motivo, parar na curva.
A superelevao mxima admissvel definida como aquela que
seguramente no provoca o tombamento do trem para o lado interno da curva
quando este est parado sobre ela. Queremos determinar qual a velocidade mxima
que um dado trem (com caractersticas definidas, como peso, altura do centro de
gravidade, etc.) pode descrever uma curva que tenha superelevao mxima.
Lembrando: as curvas consideradas sero as de menor raio em cada trecho
de velocidade constante.
Seqncia de raciocnio:
1 passo: Com os dados do veculo crtico (peso, altura do CG, etc.)
verificamos qual o mximo valor da superelevao que pode ser aplicado com
segurana numa curva para que, estando o veculo parado sobre ela, no venha
tombar para o interior da mesma.
Obs: o clculo tambm pode considerar reduo de velocidade, ao invs de
H d: deslocamento do CG
H: altura do CG
hmax B: bitola
fora peso
B
Mtodo Racional:
B B
Momento estabilizador: Me = P cos d P d
2 2
Mi = P sen (H ) = P
h
Momento instabilizador: H
B
Equilbrio: Me = n M
B h
P d = n P max H
2 B
B B
hmax = d
H n 2
EExxeem
mpplloo 11
EExxeem
mpplloo 22
Fora Resultante
Fora Centrfuga
Fora .m
B
h Superelevao prtica
Fc cos P sen = m
m V 2 hPRT MAX
m g = m
R B
V2 h PRT MAX
= g
R B
sendo:
V: velocidade mxima com conforto
B: bitola
R: raio da curva
: ngulo da superelevao
hprat Max: superelevao prtica mxima
: componente da acelerao centrfuga no compensada
B
hmax +
Vmax = 127 g
R
B
H Fora Centrfuga
Fc . cos
P . sen
B
P . cos
Momento instabilizador:
V2 P V2 P V2
Fc = m = e, para V dado em km/h, Fc = 2
R g R g 3,6 R
Assim,
P V 2 P hp
Mi = (Fc P sen ) H = H ;
12,96 9.81 R B
Momento estabilizador:
B B
Me = P cos d P d ;
2 2
Equilbrio:
Me = n Mi
sendo n um coeficiente de segurana, em geral igual a 5.
B P V 2 P h p
P d = n H
2 127 R B
B
h d
Vmax = 127 max + 2 R
B H n
Esta a velocidade mxima (dada em km/h) com a qual o trem pode
percorrer a curva de superelevao mxima hmax (dada em metros) sem
correr o risco de tombar para o lado de fora da curva.
Vmax 4.2 R
22..33..33 S
Suuppeerreelleevvaaoo pprrttiiccaa ddaass ddeem
maaiiss ccuurrvvaass ddoo ttrreecchhoo
A menor das duas velocidades calculadas pelos dois critrios acima pode ser
definida com conforto e segurana como velocidade mxima para o trecho. Tal
velocidade ser ainda a velocidade constante com a qual o trem descreve tal trecho,
passando por vrias outras curvas (que possuem raio maior que o da curva crtica
utilizada no clculo da velocidade).
Entretanto, o fato de os raios serem diferentes e a velocidade ser a mesma
para todas as curvas, faz com que os valores da acelerao centrfuga que aparece
nas curvas sejam diferentes. Dessa forma a superelevao das curvas varia em
funo do raio e pode ser calculada pelo mtodo terico, desde que o limite superior
seja hmax. As superelevaes calculadas teoricamente e menores que hmax, oferecem
conforto e segurana.
H d: deslocamento do CG
H: altura do CG
hmax B: bitola
fora peso
B
fora centrpeta
B
h d
Vmn = 127 max 2 R
B H n
EExxeem
mpplloo 33
Vmn 2,3 R
22..44 S
Soobbrreeccaarrggaa nnooss ttrriillhhooss ddaa ccuurrvvaa
Se a fora centrfuga no est totalmente equilibrada, aparecer sobrecarga
num dos trilhos.
CG
H Fora Centrfuga
CG
Fora Peso
hpr F1
F2
B
Situaes possveis:
As foras de reao dos trilhos sero iguais (~P/2) se a superelevao
tiver sido calculada pelo mtodo terico e a velocidade de trfego for a
de projeto, ou seja, fora centrfuga equilibrada;
O trilho externo sofrer solicitao maior se a curva possuir
superelevao prtica e o veculo trafegar na velocidade de projeto;
22..55 S
Suuppeerrllaarrgguurraa
Constitui-se no alargamento da bitola nas curvas para facilitar a inscrio do
truque ou reduzir o escorregamento das rodas.
Os valores de superlargura variam geralmente de 1 a 2 cm. O trilho deslocado
o interno, pois o externo guia a roda. A distribuio da superlargura feita antes
da curva circular ou durante a transio, numa taxa de 1mm/m em vias
convencionais ou 0.5mm/m em vias de alta velocidade.
( S 2 cm )
6000
S= 5
R
R dado em metros e S em milmetros.
22..66 C
Coonnccoorrddnncciiaa eem m ccuurrvvaass ddee ttrraannssiioo
m ppllaannttaa ccoom
Definimos curvatura como sendo o inverso do raio de uma curva:
1
C=
R
R=
C=0 C = 1/R
R=
lM
l
C = 1/R
C = 1/
hM h
M
B
Assim,
l M hM l M B tg M tg M l
= = = tg M = tg M
l h l B tg tg l
Como
V2
m g sen = Fc cos g tg M =
R
temos:
V2 l V 2 l
= tg M l M =
g l g . tg
22..77 C
Coonnccoorrddnncciiaa V
Veerrttiiccaall
PIv
PCv
Iv
ACv
PTv
ACv
PTv
PCv
Iv
PIv
Risco de
descolamento
x
Fcf
z
z=c.x2
33 E
Elleem
meennttooss ddaa V
Viiaa P
Peerrm
maanneennttee
O captulo aborda:
Trilhos Curtos e Trilhos Longos Soldados
Talas de Juno
Fixaes
Retensores
Aparelho de Mudana de Via
Dormente
Lastro
Sublastro
Plataforma
Trilho
Placa de apoio
Dormente
Fixaes
Sub lastro
33..11 TTrriillhhooss
So elementos da via permanente que guiam o veculo no trajeto e do
33..11..11 P
Peerrffiiss::
Perfil Vignole:
boleto
alma
patim
solicitao da roda
reao do trilho
dormente
dormente
Figura 3.3 tenses normais na seo do trilho solicitada pela roda
33..11..22 R
Reeqquuiissiittooss
Boleto:
O boleto deve ser massudo, para que o desgaste no afete o
Momento de Inrcia da seo.
Patim:
No deve ser muito fino, garantindo dessa forma que a alma continue
perpendicular ao dormente (ou placa de apoio) durante solicitaes
transversais (em curvas, por exemplo). Se no possuir espessura
adequada ao nvel de solicitao transversal, pode acumular
deformaes permanentes ao longo da vida til e provocar acidentes.
F
alma
patim de espessura insuficiente
dormente
Outros condicionantes:
Estvel ao tombamento (espessura de alma e patim compatveis com a
solicitao);
Resistncia lateral (patim e boleto largos, afim de garantir resistncia
flexo devido fora transversal, atuante principalmente em curvas);
Arestas arredondadas, diminuindo a ao de tenses residuais
Limite de utilizao devido a desgaste vertical concomitante ao devido
desgaste lateral;
33..11..33 A
Aoo ddoo ttrriillhhoo
O ao o material utilizado nos trilhos por diversas razes relacionadas
resistncia e qualidade:
Elevada tenso de escoamento e ruptura (e e r);
Composio qumica uniforme
Iseno (garantida pelo processo de fabricao) de incluses no
metlicas, vazios e trincas trmicas;
O ao comum possui como impurezas o Mangans (Mn) ou o Silcio (Si).
Quando combinado com o Fsforo (P), fica quebradio.
Os trilhos de ao especial so trilhos de alta qualidade (mais resistncia e
dureza), produzidos com ligas que combinam em geral o ferro com Vandio (V),
Cromo (Cr), Molibdnio (Mo), Titnio (Ti), Nibio (Nb), entre outros.
Para um aumento da dureza superficial, os trilhos podem ainda ser tratados
termicamente. Tal processo consiste num resfriamento rpido do trilho, que
reaquecido pelo calor interno, esfrirando lentamente depois.
Existem processos que tratam totalmente o trilho, enquanto outros tratam
apenas o boleto.
33..11..44 R
Reecceebbiim
meennttoo
Para verificar a qualidade do lote de trilhos recebidos, existem diversos
33..11..55 D
Deeffeeiittooss
De fabricao:
Vazios;
Segregaes;
Incluses;
Fissuras provocadas por tenses internas de trao no resfriamento;
Defeitos de laminao;
Avarias em servio:
Deformao das pontas;
Autotmpera superficial;
Escoamento do metal na superfcie do boleto;
Ataque da alma e do patim por corroso atmosfrica;
Desgaste por atrito, principalmente nas curvas;
Desgaste ondulatrio;
Fratura, provocada principalmente por fissuras decorrentes da fadiga;
33..11..66 V
Viiddaa ttiill
A vida til limitada pelo desgaste do trilho ou pela ruptura por fadiga
decorrente do carregamento cclico.
Geralmente o desgaste o fator limitante que ocorre primeiro.
33..11..77 aa)) D
Deessggaassttee::
O desgaste decorrente da ao mecnica entre a roda e o trilho, que podem
ou no possuir a mesma dureza. A rapidez com que surge o desgaste funo do
raio das curvas e do peso da carga transportada pelos veculos. Para se medir o
desgaste utiliza-se aparelhos como o pantgrafo e as ponteiras. Definiu-se ainda
lb
p = 0,5 G
jd
433
p = kg/m para cada 9.072 106 ton, sendo R dado em m
R
Ou seja, para cada 9,072 . 106 ton de carga bruta que passam sobre uma via
de ao comum, temos uma perda de massa do boleto por unidade de comprimento
do trilho igual a p. Esse valor p vai depender do raio da curva em anlise, sendo
tal desgaste mais intenso para curvas muito fechadas. Vamos fixar agora o p
admissvel para a via que estamos analisando e descobrir qual carga deve passar
sobre a curva estudada para provocar este desgaste. Com uma simples regra de
trs encontramos a relao:
433
9.072 10 6
R
T padm
Assim,
9.072 10 6 padm
T=
433
R
Sendo o desgaste limitado geralmente a 25% da rea da seo transversal do
boleto, podemos determinar o padm:
padm = S
onde:
S: rea perdida do boleto;
densidade linear do trilho kg / m
: 2
;
rea do perfil cm
Assim,
padm = 0,25 S B
RUPTURA
Log N
Figura 3.5 Relao entre a mxima tenso suportada por materiais metlicos e o nmero
ciclos de carregamento
33..11..99 S
Soollddaaggeem
m
Como se ver adiante, os trilhos de uma via podem ser montados em duas
configuraes: trilhos curtos ou trilhos longos soldados. Em ambos os casos,
aparece a necessidade da solda, pois os trilho so laminados em perfis com
comprimentos de 12 ou 18 m e a menor unidade inteiria que aparece entre duas
folgas numa via de 36 m (trilhos curtos).
Para tanto, duas tcnicas so as mais utilizadas:
Solda Aluminotrmica:
Solda feita no campo (fuso in loco), obtida por reao qumica exotrmica.
Na junta dos trilhos a serem soldados feito um molde de barro onde so
entornados os componentes reagentes. A folga deixada entre os topos dos trilhos
(aproximadamente 17 a 26 mm) preenchida com a liga fundida produzida na
reao qumica.
Como a folga mxima permitida entre trilhos da ordem de 1,5 cm, resulta
em lmax 40 m. para tanto, solda-se dois trilhos de 18 m ou trs de 12 m.
N l
l T =
ES
N = E S T
compresso
ld ld
N R
ld =
r
S E T R
ld =
r
Onde:
N: fora total devido dilatao;
R: resistncia oferecida pelas talas de juno (em geral, pode ser
desprezada);
r: resistncia por metro de linha no trilho-dormente-lastro;
l: comprimento total do trilho;
ld: comprimento da extremidade do trilho que se move;
T: diferena entre a temperatura ambiente atual e aquela no instante
da instalao do trilho;
: coeficiente de dilatao do ao;
S: rea da seo transversal do trilho;
r ld2
U = T ld
2 E S
Quando no h mais movimentao:
r ld = E S T
Portanto,
r ld2 r ld2 r ld2
U= =
E S 2 E S 2 E S
T (C)
0 25 30 35 60
35 (trao)
30C (compresso)
max = E T
40 m ~200 m l
EExxeem
mpplloo
Dados
o Trilho
o L = 1000 m;
o S = 70 cm2;
o Coef. dilat. ao: = 115 . 10-7 C-1;
o E = 2,1 . 108 kN/m2;
Clima
o Tmin = 0 C;
o Tmax = 60 C;
o Tassentamento = 25 C;
Fixao
o r = 4 kN/m;
N E S T
max = = = 2,1 108 115 10 7 (35) =
S S
= 84 525 kN / m 2 = 8,45 kN / cm 2
Compresso
1000 m
N E S T
max = = = 2,1108 115 107 25 =
S S
= 60 375 kN / m 2 = 6,0 4 kN / cm 2
Trao
1000 m
r ld2 4 147,9 2
U= = = 0,030 m
2 E S 2 2,1 108 70 10 4
Compresso
3,0 cm 3,0 cm
147,9 m
147,9 m
1000 m
r ld2 4 105,6 2
U= = = 0,015 m
2 E S 2 2,1108 70 10 4
Trao
1,5 cm 1,5 cm
105,6 m 105,6 m
1000 m
trilho
talas coincidentes
talas alternadas
33..33 FFiixxaaeess
So elementos que tm como funo manter o trilho na posio correta e
garantir a bitola da via. Oferecem resistncia ao deslocamento longitudinal e
horizontal do trilho, provocado por variao de temperatura ou frenagem dos
veculos. As cargas horizontais e verticais devem ser transferidas para os dormentes
sem prejudicar o sistema de fixao.
As fixaes devem permitir a substituio dos trilhos sem afrouxar seus
embutimentos no dormente de madeira.
33..44 P
Pllaaccaa ddee aappooiioo
Distribui a tenso do trilho no dormente.
33..55 D
Doorrm
meenntteess
Suas principais funes so:
- Distribuir carga no lastro;
- Manter bitola;
- Dar suporte adequado e seguro para o trilho;
- Garantir a estabilidade vertical, horizontal e longitudinal da via;
- Amortecer parcialmente as vibraes;
O dormente deve ser de fcil manuseio (assentamento e substituio) e
possuir longa vida til.
33..55..11 D
Doorrm
meenntteess ddee m
maaddeeiirraa
A dimenso dos dormentes da seguinte ordem:
Bitola larga
17 cm
280 cm
24 cm
Bitola mtrica
16 cm
200 cm
22 cm
Figura 3.17 dimenses do dormente de madeira.
Dormente
2. Protendidos monobloco;
Postencionados: proteno aps a cura do concreto;
Pretencionados: formas contnuas, formas individuais;
33..55..33 O
Ouuttrrooss ttiippooss
Existe ainda dormentes de ao, Nylon, fibrocimento (Itlia).
Concreto
Vantagens Desvantagens
Maior massa (resistncia a esforos Manuseio e substituio onerosos;
laterais): 300-400 kg Destrudo em descarrilamentos;
Manuteno da bitola; A construo de dormentes especiais
Isolante; AMV dispendiosa;
Invulnervel a fungos; Vulnervel a solicitaes excepcionais;
Vida til longa;
Menor armazenagem;
Ao
Vantagens Desvantagens
Fcil confeco de dormentes especiais; Massa reduzida falta de inrcia;
Manuteno da bitola; Custo elevado de assentamento e
Recondicionvel; manuteno difcil a socaria
Insensvel ao ataque de fungos; Vulnervel a ambiente agressivo;
Relativamente resistente a Trfego ruidoso;
supersolicitao; Gasto adicional com isolamento eltrico;
Custo de aquisio, principalmente no
Brasil;
Em resumo:
Tipo de dormente que melhor se aplica:
Vida til Concreto
Manuseio Madeira / ao
Estabilidade Concreto
Isolamento Madeira / Concreto
33..66 LLaassttrroo
Suas principais funes so:
Distribuir esforos do dormente;
Drenagem;
Resistir a esforo transversal (empuxo passivo atuando no dormente);
Permitir reconstituio do nivelamento (atravs de equipamentos de
manuteno);
Esforo
horizontal
Empuxo
passivo
Propriedades:
A fim de garantir a drenagem, o lastro deve apresentar granulometria
uniforme;
A forma cbicas das partculas evita os recalques que ocorreriam com a
passagem do trfego caso fossem lamelares;
As faces fraturadas proporcionam embricamento entre as partculas
(maior ngulo de atrito, maior resistncia);
33..77 S
Suubb--llaassttrroo
Tem como funo evitar o fenmeno do bombeamento de finos do subleito e
diminuir a altura necessria de lastro, uma vez que seu custo menor.
O bombeamento de finos um processo auto-alimentado que consiste no
enrijecimento do lastro e posterior ruptura devido secagem de lama proveniente do
sub-leito bombeada pelo trfego. Ocorre na presena de solo fino, gua e super-
solicitao.
52 Ricardo Martins da Silva
PTR 2501- FERROVIAS
Prof. Dr. Telmo Giolito Porto
Super solicitao
33..88 S
Suubb--lleeiittoo
O subleito deve receber compactao, com o objetivo de aumentar sua
resistncia. Cuidados devem ser tomados quanto drenagem, como o uso de
trincheiras e drenos para rebaixar o nvel dgua quando necessrio em cortes no
terreno.
Descida dgua
Proteo vegetal
Canaletas
Drenos horizontais
profundos (DHPs) Trincheiras
~1m
33..99 A
Appaarreellhhoo ddee M
Muuddaannaa ddee V
Viiaa ((A
AMMV
V))
Tem a funo de desviar os veculos com segurana e velocidade
comercialmente compatvel. D flexibilidade ao traado, mas por ser um elemento
mvel da via (nico), pea-chave na segurana da operao. Possui alto custo de
aquisio (dormentes especiais, etc.) e manuteno.
Agulha ou chaves
Corao ou jacar
Contra-trilho
Secante
Tangente
44 C maanneennttee
Cllccuulloo eessttrruuttuurraall ddaa vviiaa ppeerrm
44..11 S
Siisstteem
maa V
Veeccuulloo--V
Viiaa
O temor que existe na interao veculo-via que a freqncia natural de
oscilao do veiculo entre em ressonncia com a freqncia de defeitos da via.
Antigamente o projeto do veculo (eng. mecnica) ocorria totalmente independente
do projeto da via (eng. civil), sendo a bitola o nico elo de ligao.
Baseando-se na idia de que o veculo pode ser representado como uma
poro de massa suspensa por molas apoiadas no rodeiro (figura 4.1), os dois
projetos passaram a ser desenvolvidos de forma integrada onde a suspenso do
veculo projetada buscando evitar que a massa suspensa entre em ressonncia
com a via. O rodeiro, no entanto, oscila segundo a freqncia de defeitos da via.
Massas
suspensas
Massas
no-suspensas
Figura 4.1 as molas no permitem que a massa suspensa entre em ressonncia com a
freqncia de defeitos da via.
44..22 M
Mooddeellooss eessttrruuttuurraaiiss ddaa vviiaa
onde:
: coeficiente de majorao;
P: peso esttico
Pd carga dinmica
44..22..11 A
Assssoocciiaaoo ddee m
moollaass
um modelo bastante simples, onde os elementos da via so representados
como molas e amortecedores associados.
A dificuldade est em relacionar os coeficientes de mola com dimenses
desses elementos, levando este mtodo a ser mais utilizado por pesquisadores e
pouco empregado na prtica.
Carga dinmica
Pd
trilho
Kt
Kd dormente
cL lastro
KL
Em cada n: compatibilidade
de deslocamento e mesma
tenso
Deslocamento nulo
44..22..33 V
Viiggaa ssoobbrree aappooiioo eellssttiiccoo
o modelo mais utilizado, podendo ser discreto ou contnuo.
4.2.3.1 Discreto
Mais empregado na Europa, representa a estrutura da via como uma viga
(trilho) apoiada sobre molas. As molas representam os dormentes apoiados no lastro
que do suporte aos trilhos exercendo uma fora por mola F=k.y, onde y o
deslocamento vertical do dormente.
p y
F=k.y
Pd Pd
Dormente Lastro socado
Sub lastro
Comprimento efetivo
F = k y , com k = Aef.C
p utilizado para se definir a altura do lastro e o F de cada mola utilizado
na construo do diagrama de esforos solicitantes do trilho.
P
x
y(x)
yo
M(x)
Mo
Pd C
y0 =
4
64 E I u 3
EI
M 0 = Pd C 4
64 u
A carga que o trilho aplica num dormente calculada admitindo-se que todo o
espaamento s est com deformao y0.
q0 = u y 0 s
s
onde:
s
u: mdulo da via;
y0: deslocamento sob a roda;
s: espaamento entre dormentes;
2 q0
pm =
Aef
onde:
pm: presso no contato dormente-lastro; rea efetiva
44..33 D
Diim
meennssiioonnaam
meennttoo eessttrruuttuurraall
2a 2b
a
b a
b
44..33..33 D
Doorrm
meennttee
Com o valor da presso sob o dormente (p ou pm) e do esforo imposto pelos
trilhos (F/2 ou q0) fornecidos pelo modelo de vigas sobre apoio elstico, calcula-se
os diagramas de momento fletor e cortante, necessrios ao dimensionamento.
F/2 ou q0 F/2 ou q0
Comprimento efetivo
44..33..44 LLaassttrroo
A altura de lastro necessria para distribuir a presso recebida do dormente
no subleito depende da capacidade portante deste ultimo. O clculo da transferncia
de tenses feito aplicando-se a teoria da elasticidade (Boussinesq/Newmark) ou
ainda empregando-se uma expresso simplificada desta (Talbot).
16.8
ph = pm (Talbot)
h1.25
onde:
h: altura do lastro em polegadas;
ph: resistncia do subleito;
pm: presso no contato dormente-lastro;
44..33..55 S
Suubblleeiittoo
O bulletin 645 da American Railway Engineering Association (AREA) limita a
No entanto, resultados mais precisos podem ser obtidos por ensaios triaxiais.
55 G
Gaabbaarriittooss ddee vviiaa,, ccrruuzzaam
meennttooss,, ttrraavveessssiiaass,,
m
maannuutteennoo ddee ssiisstteem
maass
66..11 IInnttrroodduuoo
Diferentemente do transporte rodovirio, onde o caminho possui uma
capacidade de carga pr-determinada, tem-se na ferrovia a liberdade de acoplar
vages e locomotivas na composio de um comboio para adapta-lo necessidade
transporte de carga ou passageiros e ao traado.
O clculo da lotao feito para o pior trecho do traado, ou seja, aquele que
apresenta maior somatria de resistncias e onde o trem desenvolve velocidade
crtica (velocidade baixa, com elevado torque nos eixos).
onde:
nloco: nmero de locomotivas;
nvago: nmero de vages;
F: esforo trator;
RTotal: resistncia total do veculo (normal e acidentais);
m m k
onde:
m: tipos de locomotivas (potncia, peso,etc.)
k: tipos de vages (passageiros, carga) ou mesmo tipo em situaes
diferentes (um numa rampa, outro numa curva, outro em tangente,...);
nloco_ j: nmero de locomotivas do tipo j;
nvago_ i: nmero de vages do tipo i;
Fj: esforo trator da locomotiva do tipo j (kgf);
Ploco_ j: peso da locomotiva do tipo j (tf);
Pvago_ i: peso do vago do tipo i (tf);
Rn: taxa de resistncia normal varia com o tipo de veculo (kgf/tf);
Rc: taxa de resistncia de curva varia com o tipo de veculo (kgf/tf);
RR: taxa de resistncia de rampa (kgf/tf);
Ri: taxa de resistncia de inrcia (kgf/tf);
68 Ricardo Martins da Silva
PTR 2501- FERROVIAS
Prof. Dr. Telmo Giolito Porto
Num caso particular, onde temos apenas um tipo de locomotiva e um tipo de
vago temos:
onde:
nloco: nmero de locomotivas;
nvago: nmero de vages;
F: esforo trator da locomotiva (kgf);
Ploco: peso da locomotiva (tf);
Pvago: peso do vago (tf);
R: variam com o tipo de veculo (locomotiva, vago...);
66..22 R
Reessiissttnncciiaass aaoo m meennttoo ddaa ccoom
moovviim mppoossiioo
66..22..11 R
Reessiissttnncciiaa nnoorrm
maall
Atua sobre o veculo ao longo de todo o percurso e composta pela
resistncia do ar e pelo atrito das partes mveis, sendo muito complexa e de difcil
tratamento racional. Para determin-la, utiliza-se a frmula experimental de Davis.
Cada tipo de veculo possui uma expresso nos moldes da apresentada abaixo:
29 0.0024 A V 2
Rn = 1.3 + + 0.03 V +
w wn
(p/ locomotivas com peso por eixo acima de 5 ton)
onde:
Rn: taxa de resistncia normal em lb/short-ton (1 lb/short-ton = 0.5
kgf/tf ou 0.5 kg/ton);
w: peso mdio por eixo em short-ton (1ton = 1,1 short-ton);
n: nmero de eixos por veculo;
V: velocidade em mi/h (milhas/hora);
A: projeo da rea frontal em sq.ft (ps quadrados);
66..22..22 R
Reessiissttnncciiaa ddee rraam
mppaa
Corresponde parcela da potncia das locomotivas que destinada a
contrabalanar a componente peso que atua no sentido oposto ao do movimento.
RR = 10 i
onde:
RR: Taxa de resistncia de rampa, em kgf/tf;
i: rampa em %;
66..22..33 R
Reessiissttnncciiaa ddee ccuurrvvaa
Indica a dificuldade de se inscrever o veculo numa curva. Depende da
configurao do truque (distncia entre eixos), da bitola da via (distncia entre
trilhos) e do raio da curva. Tambm devido complexidade do fenmeno, esta
resistncia tambm obtida empiricamente (frmula de Stevenson).
66..22..44 R
Reessiissttnncciiaa ddee iinnrrcciiaa
Intitulada como resistncia, na verdade uma reserva de potncia que se
quer da locomotiva para uma eventual acelerao do comboio.
= E c
m (V f2 Vi 2 )
1
F l =
2
l = (V f2 Vi 2 )
F 1 m
P 2 P
(V f2 Vi 2 )
1
Ri =
2 g l
Para que V seja dado em Km/h e Ri seja obtido em kgf/tf, ajusta-se a
expresso para a seguinte forma:
4 (V f2 Vi 2 )
Ri =
l
onde:
Ri: Taxa de resistncia de inrcia, em kgf/tf;
Vi: velocidade anterior, em km/h;
Vf: velocidade aps acelerao, em km/h;
l: trecho percorrido em acelerao em m;
66..33 E
Essffoorroo ttrraattoorr
Como a velocidade constante, o esforo trator das locomotivas iguala-se
soma das resistncias ao movimento. Este esforo depende da potncia das
mquinas e limitado pela aderncia das mesmas aos trilhos.
66..33..11 P
Poottnncciiaa ddaa m
mqquuiinnaa
O torque transferido pela mquina aos eixos da locomotiva inversamente
proporcional velocidade desenvolvida (como ocorre num carro, por exemplo). Nas
locomotivas, as marchas so denominadas pontos. A velocidade crtica,
considerada para o pior trecho do traado, apresenta maior torque.
Pot = F V
F Pontos ou marchas
VCrtica Vlimite V
Figura 5.1 A fora que impulsiona a composio diretamente proporcional ao inverso da
velocidade.
66..33..22 A
Addeerrnncciiaa
Para garantir que no haja escorregamento e a locomotiva patine, calcula-se
o atrito esttico no contato roda-trilho. Este valor limita o esforo trator til produzido
pelo motor.
Fad = Pad f
onde:
Fad: Fora de atrito aderente, em tf;
f: atrito roda-trilho;
O nmero de eixos de uma locomotiva tem como funo distribuir seu peso
sobre a via sem sobrecarreg-la. Nas mquinas a diesel, existe dificuldade em se
transferir o torque produzido pelo motor no centro da locomotiva para os eixos
localizados nas extremidades. Por isso, tais eixos no so tratores e contribuem
apenas para a distribuio do peso total.
EExxeem
mpplloo
Dados:
( p + b + 3.8)
100
o Rc = 0.2 +
R
Vago:
o Peso: 80 tf;
o rea frontal: 100 sq.tf;
29 0.0005 A V 2
o Rn = 1.3 + + 0.045 V +
w wn
500 b
o Rc =
R
Soluo:
a)
Esforo trator de cada locomotiva:
o Devido potncia:
273.24 WHPef
F=
V
V = 15 km/h;
W = 2000 HPef;
F = 36432 kgf
Limitao da aderncia:
Fad = Pad f
Equilbrio:
nloco F = nloco Ploco ( Rn + Rc + RR + Ri) + n vago Pvago ( Rn + Rc + RR + Ri)
Rc = 0 kgf / tf
RR = 10 i
RR = 0 kgf / tf
o Resistncias do vago;
29 0.0005 A V 2
Rn = 1.3 + + 0.045 V +
w wn
W = 80/4 = 25 tf = 27.5 short-ton;
V = 15 km/h = 9.33 mi/h;
A = 100 sq.ft;
n = 4 (vages possuem 4 eixos);
Rc = 0 kgf / tf
RR = 10 i
RR = 0 kgf / tf
Assim, 2 20000 = 2 150 (1.39 + 0 + 10 i + 0) + 40 80 (1.54 + 0 + 10 i + 0)
i 1%
b)
4 (V f2 Vi 2 )
Ri =
l
Vf = 40 km/h;
Vi = 15 km/h;
L = 1000 m;
Ri = 5.5 kgf / tf
F = 9625 kgf
c)
Para a locomotiva:
( p + b + 3.8)
100
Rc = 0.2 +
R
o R = 200 m;
o p = 3.5 m;
o b = 1.6 m;
Rc = 4.65 kgf / tf
Para o vago:
500 b
Rc = = 4 kgf / tf
R
Rn = 1.54 kgf / tf
Equilbrio:
nloco F = nloco Ploco ( Rn + Rc + RR + Ri) + n vago Pvago ( Rn + Rc + RR + Ri)
77 C meennttoo ee ccaappaacciiddaaddee
Ciirrccuullaaoo ddee ttrreennss.. LLiicceenncciiaam
ddee vviiaa.. S maass ddee ssiinnaalliizzaaoo..
Siisstteem
88 B
Biibblliiooggrraaffiiaa
ESTRADAS DE FERRO
BRINA, HELVCIO LAPERTOSA
EPEC/625.1^B77 2a edio
TRATADO DE FERROCARRILES
RIVES, FERNANDO OLIVEIROS MENDES
MANUEL RODRIGUEZ PUENTE
MANUEL MEGIA
EDITORA RUEDA
VOLUME I E II
LA VOIE FERR
ALIAS, JEAN
DITIONS EYROLLES
RAILROAD TRACK
FREDERICK UNGAR PUBLISHING CO.
EPEC/625.1^F265 1a edio
Estante de Dissertaes
Estante de Dissertaes
PRENTICE HALL
EPEC/388.4^V972u
EPEC /625.143^Es92m
DESVOS FERROVIRIOS
JOS - MANUEL GARCA DAZ - DE - VILLEGAS
MIGUEL RODRGUEZ BUGARN
EPEC /625.151^R618d
EPEC /385^Am35c
EPBC /385^Am35c
EPEC/625.1^R246no^V3, V4, V8
NORMAS E INSTRUES DE ELETROTCNICA
EPEC/625.1^ V5/7
ESTUDOS E RELATRIOS TCNICOS
EPEC/625.1^R246no^V1, V2, V3
REVISTAS:
REVUE GENERALE DES CHEMINS DE FER