Relatório Disco de Maxwell

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTO

UFES

TRABALHO EXPERIMENTAL DISCO DE MAXWELL

ALESSANDRA COMERIO

DAYANE CORNEAU BROEDEL

RODOLFO PICORETI

STEPHANIE BIGOSSI DE CAMARGOS PEREIRA

VITRIA, JUNHO DE 2012.


1. INTRODUO

O ioi um dos entretenimentos mais antigos da humanidade. Acredita-se


que os primeiros vestgios de sua existncia esto na pr-histria, e que
surgiu a partir da necessidade de caar animais de pequeno e mdio porte.
Os homens primitivos teriam desenvolvido um tipo de arma que tinha
pedras amarradas nas extremidades de um tronco de rvore e que
possibilitava que o caador repetisse a ao.
O brinquedo tal qual conhecemos hoje surgiu nas Filipinas, e a palavra
"ioi" vem do filipino vai, volta. E nessa propriedade de ida e volta que
um experimento, chamado Disco de Maxwell, se baseia.
Ele feito a partir de um disco que apresenta um eixo que passa pelo seu
centro de massa. Os fios que ligam o disco tm suas extremidades
amarradas lateralmente ao eixo, enquanto os extremos opostos esto fixos
em uma base de madeira. O fato de enrolar os fios e depois os soltar simula
o funcionamento do ioi, e a explicao fsica para a ida e volta baseia-se
em conservao de energia, torque, momento de inrcia, momento linear e
momento angular.
O presente relatrio, assim, discute as etapas da realizao desse
experimento e desenvolve as equaes que explicam os movimentos
durante a ida e a volta do conjunto.
2. DISCUSSO DO EXPERIMENTO

2.1. Prottipo Inicial

Ao escolher a realizao do experimento denominado Disco de Maxwell,


um prottipo inicial serviu de base para as primeiras anlises do movimento.
Esse prottipo encontra-se na Figura (1) abaixo:

Figura 1 - Prottipo inicial

Analisando esse esquema, a busca por explicaes baseadas em conceitos


fsicos para cada etapa do movimento.

2.2. Estudo do movimento

2.2.1. Anlise energtica

Na situao inicial, a corda enrolada sobre o eixo at uma altura h, como


mostra a Figura (2) abaixo. Em seguida, o disco solto e comea a girar
junto com seu eixo e transladar para baixo, adquirindo velocidade de
rotao () e velocidade de translao (denominando a velocidade
adquirida pelo centro de massa do disco como e, conseqentemente,
momento angular e momento linear. Acontece, ento, a converso de
energia potencial gravitacional em energia de cintica de rotao e em
energia cintica de translao. Considerando a inexistncia de atrito,
quando o disco atinge a posio final, tem-se:

(1)

Figura 2 - Esquema com posio superior e


inferior

2.2.2. Rebote no final da corda

Imediatamente aps atingir a posio final, o movimento do disco detido


devido ao limite de comprimento da corda e invertido devido elasticidade
da corda que, idealmente, atuar como uma parede horizontal na qual o
disco se chocaria e ricochetearia.

A energia cintica de translao do disco ser convertida em energia


elstica da corda, que provoca um brusco aumento na trao da corda
durante um tempo muito pequeno , gerando um impulso no disco que,
assim, torna possvel a inverso no sentido da velocidade de translao do
centro de massa. A Figura (2) a seguir ilustra a situao descrita acima.
Figura 3 - Alterao do sentido da velocidade de rotao no rebote

A energia cintica de rotao permanece constante, uma vez que no


h variao na velocidade angular . O impulso fornecido pela corda
pode ser dado por (sendo momentos lineares depois e antes do
rebote, considerando o sentido positivo de y para cima):

(2)

Desenvolvendo, tem-se:
| | ( | |

O disco, assim, tem energia suficiente para voltar at o ponto onde foi
solto inicialmente, havendo transformao de energia cintica rotacional
e translacional em energia potencial gravitacional.

2.3. Aprimoramentos e Montagem

Baseando-se no prottipo analisado acima, primeiramente, um projeto foi


feito de acordo com os materiais disponveis para a realizao do
experimento. Os detalhes desse projeto encontram-se nas Figuras (4) e (5)
abaixo:
Figura 4 - Viso Geral e Medidas

Figura 5 - Detalhes do Disco


Aps isso, uma primeira montagem foi feita, utilizando uma gaveta como
suporte para o experimento, onde foram fixados dois suportes (ganchos) de
metal (para serem amarradas as cordas que tambm devem estar
amarrados ao eixo do disco). Utilizou-se barbante para ligar os ganchos ao
eixo. Para o eixo, utilizou-se uma parte de palito de madeira, com duas
peas circulares coladas nas extremidades. O disco, feito em MDF, teve o
seu centro colado ao eixo, para que no houvesse movimento relativo entre
o eixo e o disco. Essa montagem encontra-se nas Figuras (6) e (7) abaixo:

Figura 6 Viso Geral Primeira Montagem

Figura 7 - Detalhe do disco Primeira Montagem


Aps a realizao de alguns testes, uma segunda montagem foi realizada,
utilizando a mesma estrutura de madeira. Um novo disco, entretanto, foi
feito. Esse disco,semelhante ao outro, diferindo-se apenas por possuir um
eixo de parafuso com rosca sem fim, fixo ao disco por duas porcas. Mais
duas porcas foram anexadas s extremidades dos eixos para evitar que os
fios se enrolassem para fora do eixo. Essa segunda montagem encontra-se
nas Figuras (8) e (9) abaixo:

Figura 8 - Viso Geral da Segunda Montagem

Figura 9 - Detalhe do disco - Segunda Montagem


2.4. Caractersticas do Disco

O disco utilizado no experimento apresenta algumas caractersticas


importantes a serem consideradas:

Massa: 500 g
Raio Externo: 10 cm
Raio Interno: 8 mm
Espessura: 2 cm

Essas caractersticas foram obtidas atravs de medio aproximada.

2.5. Testes

Para verificar o funcionamento do experimento (descida, rebote e subida), o


disco foi enrolado at uma altura inicial h= 77 cm em relao ao cho e foi
solto. O disco, assim, desceu at uma altura final h 32=cm, definida pelo
comprimento da corda. O rebote ocorreu e o disco subiu rotacionando, at
uma altura h67=cm, repetindo-se, assim, o mesmo movimento. O tempo
total de movimento foi medido, assim como o tempo da primeira queda
inicial. Os valores das trs primeiras alturas obtidas com o rebote tambm
foram medidas e anotadas.

2.6. Resultados

Para o movimento com rotao, os seguintes dados foram obtidos:

Tempo da primeira queda: 5s


Primeira altura atingida aps rebote: 67 cm
Segunda altura atingida aps rebote: 63 cm

Com essas alturas, pode-se fazer uma relao de porcentagem entre Altura
Inicial Primeira Altura, Segunda Altura Altura Inicial. Essa relao
encontra-se abaixo:

Relao 1: 87%
Relao 2: 82%

2.7. Dificuldades do Experimento

Durante a realizao do experimento, vrias dificuldades de execuo


foram encontradas. Primeiramente, teve-se dificuldade em determinar quais
os materiais adequados para a estrutura de suporte e qual seria seu
tamanho ideal, para que suportasse o movimento do disco utilizado no
prottipo inicial base. Isso foi solucionado com a deciso de utilizar uma
gaveta para esse suporte. Feito isso, o problema seguinte foi decidir o eixo.
Utilizou-se um palito de madeira. O fio a utilizar no experimento para enrolar
o eixo tambm era algo a se decidir. Utilizou-se, primeiro, nylon. O
experimento no apresentou um comportamento adequado. Depois,
utilizou-se barbante de algodo, que no suportou o peso do disco. Assim,
decidiu-se por usar outro barbante.

Essa primeira montagem, mesmo assim, no funcionou corretamente. Isso


porque o barbante e o disco tinham velocidade relativa com relao ao eixo.
Para solucionar isso, tanto os fios quanto o disco foram colados ao eixo.
Com isso, o movimento de subida e descida ocorreu, porm com uma
instabilidade lateral. Com isso, considerou-se a opo de ser realizada uma
segunda montagem.

Nessa segunda montagem, utilizou-se um disco semelhante ao da


montagem anterior. Porm, o eixo, feito com parafuso com rosca sem fim,
deu maior estabilidade ao conjunto. Para fixar os fios, foi utilizada fita
isolante preta. O eixo foi preso ao disco atravs de duas porcas. Ainda
assim, entretanto, o experimento no funcionou como esperado. Ocorreu a
reminiscncia da instabilidade lateral.

2.8. Concluses

Com a realizao do experimento, o aprendizado no se deu apenas na


rea da Fsica, mas tambm no que tange as dificuldades que so
encontradas em todo trabalho de cunho experimental. Ao se projetar um
experimento, os problemas a serem enfrentados no so previamente
conhecidos. Assim, a montagem deve sofrer alteraes at que funcione de
maneira mais prxima com o esperado de acordo com a teoria. Esse
processo, que exige tempo, raciocnio e pacincia, mas com ele que se
consegue chegar cada vez mais perto da perfeio de um experimento.
3. APROFUNDE SEUS CONHECIMENTOS

Para a realizao do experimento e posterior explicao dos fenmenos de


movimento envolvidos, consultas a vrios materiais tericos, disponveis na
internet e em livros didticos, foram feitas. Alm disso, vrios vdeos de
experimentos realizados por outras pessoas foram analisados. Assim,
esses materiais esto disponveis abaixo para futuras pesquisas e anlises
de quem se interessar um pouco mais no assunto:

Site:http://www.fisica.ufs.br/egsantana/solido/yoyo/yoyo.htm
Site:http://imagem.casadasciencias.org/online/37114442/36_pendulo-
Maxwell-teoria.htm
HALLIDAY,David. Fundamentos de Fsica, volume 1: mecnica. 8
edio. Rio de Janeiro: LTC,2008.
Vdeo:http://www.youtube.com/watch?v=Y0MFmmytL0I
Vdeo:http://www.youtube.com/watch?v=9yO5_z--RwI
Vdeo:http://www.youtube.com/watch?v=L0STrzpT70w
Vdeo:http://www.youtube.com/watch?v=NO0dzUwl0TM
Vdeo:http://www.youtube.com/watch?v=8Ch9TDeW1FU

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