SFM Hidráulica
SFM Hidráulica
SFM Hidráulica
ÍNDICE
1. HIDRÁULICA 03
1.5. ATUADORES 24
1.6. RESERVATÓRIO 24
1.7. FILTROS 26
ANEXOS 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47
2
1. HIDRÁULICA.
Provém da raiz grega “hidros”, que significa água, ou mais precisamente água em tubos. É a ciência que
estuda líquidos em escoamento e sob pressão. Em nosso caso trataremos apenas de óleo-hidráulica que vem a
ser o ramo da hidráulica que utiliza o óleo como fluido.
Hidrostática.
Ciência que trata dos líquidos sob pressão (mecânica dos fluidos estáticos, seguida de condições de
equilíbrio dos fluidos).
Hidrodinâmica.
Ciência que trata dos líquidos em movimento, e mais precisamente de sua energia cinética.
Divisão da Hidráulica.
Princípio de Pascal.
⁄ ⁄ ³ ∙ ⁄
volume[m3] = área[m²] x altura[m]
⁄ ³ í
peso específico[N/m3] =
⁄ çã #
Pressão = peso específico x (área x altura) / área
3
Transmissão de energia Hidráulica.
A hidráulica pode ser
definida como um meio de transmitir
energia. Nesse caso, a energia
mecânica inicial gerada pela F1 é
convertida em energia hidráulica,
propagando-se pelo fluido até
encontrar a plataforma A2,
convertendo-se novamente em
energia mecânica a ser entregue por
meio da força F2.
F1.A2 = F2.A2
'( *) +)
') *( +(
Além da possibilidade de
calcular as forças ou áreas que
envolvem o sistema, também é possível calcular o deslocamento “h” dos êmbolos.
Vazão.
Define-se vazão como sendo o volume de fluido
descarregado pela bomba por unidade de tempo, ou
ainda o produto entre a velocidade com que um fluido se
desloca em uma tubulação e a seção transversal desta.
Sua unidade no S.I. é dada em [m³/s], embora seja
comum encontrar em hidráulica unidades como [l/mim]
ou [g.p.m.].
, , #.
- *∙'
. .
Conservação da Energia.
A Lei da conservação da energia nos diz que
em um fluxo a energia permanece constante, enquanto não houver troca de energia com o exterior. Podemos
dividir a energia total desta forma:
Energia de posição (energia potencial) que esta em função da posição em relação a um referencial.
Energia de pressão que é função da pressão estática. Energia cinética que é a energia de movimento em
função da velocidade do fluxo ou da pressão dinâmica. Equação de Bernoulli para um sistema estacionário:
0
Pe + ..v²+ z..g = Constante
Onde: Pe = Pressão estática;
0
..v² = Pressão dinâmica
Pela equação de Bernoulli, é possível comprovar que um fluido ao passar por uma seção transversal
reduzida provocará um aumento da velocidade e como conseqüência um aumento da energia cinética.
Com a figura seguinte podemos observar as diferenças de pressão em um tubo que possui um
estrangulamento, a pressão é representada por uma coluna de fluido.
Em uma instalação hidráulica é importante a energia de pressão ou pressão estática. A energia de posição
e a energia cinética são muito pequenas, portanto podemos desprezá-las.
4
Vantagens e desvantagens dos sistemas hidráulicos.
Os sistemas hidráulicos são utilizados quando não é possível empregar outro sistema como
mecânico, elétrico ou pneumático.
Vantagens:
Fácil instalação dos diversos elementos, oferecendo grande flexibilidade, inclusive em espaços
reduzidos. O equivalente em sistemas mecânicos já não apresenta flexibilidade.
Devido à baixa inércia, os sistemas hidráulicos permitem uma rápida e suave inversão de movimento,
não sendo possível obter esse resultado nos sistemas mecânicos e elétricos.
Permitem ajustes de variação micrométrica na velocidade. Já os mecânicos e elétricos só permitem
ajustes escalonados e de modo custoso e difícil.
São sistemas autolubrificados, não ocorrendo o mesmo com os mecânicos e elétricos.
Relação (peso x tamanho x potência consumida) muito menor que os demais sistemas.
São sistemas de fácil proteção.
Devido à ótima condutividade térmica do óleo, geralmente o próprio reservatório acaba eliminando a
necessidade de um trocador de calor.
Desvantagens:
Potência Hidráulica.
Em um sistema hidráulico é convertida a energia
mecânica (proveniente de um motor elétrico ou
térmico) em uma energia hidráulica. Então temos:
Potência no motor elétrico: Pel. ( Watts ) = V
(Volts) . I (Ampére)
Potência no acoplamento ou mecânica: Pm = M
(Nm). w (1/s)
Potência hidráulica: Ph = P (N/m2). Q (m3/s)
Rendimento
Como já vimos, existem perdas por atritos, vazamentos e etc. Portanto nem toda energia fornecida ao
sistema é transformada na aplicação desejada.
5
Exemplo 1.1. Rendimento do sistema hidráulico da figura seguinte.
A compressibilidade dos fluidos hidráulicos em geral é de 0,5% na pressão de 70 Kgf/cm². Para sua
utilização há necessidade de ficar atento quanto a:
Nunca se deve misturar dois fluidos de fabricantes diferentes, pois os aditivos podem reagir entre si
deteriorando o óleo e envelhecendo-o precocemente;
A limpeza do sistema deve ser bem feita, pois testes precisos revelaram que 10% do óleo “velho”
deixado no interior do sistema reduz 70% das qualidades do óleo novo;
Não utilizar método de somente completar o nível;
Quando o fluido hidráulico ficar parado pelo período aproximado de dois meses após ter sido usado
convém substituí-lo;
O tipo de óleo bem como o período da troca são recomendados pelo fabricante;
Para determinar precisamente as condições de um fluido (grau de oxidação e quantidade de
contaminantes) devem ser realizados testes de laboratórios;
Existem formas de se fazer um controle rotineiro na própria máquina durante a operação; isto tem
permitido a prorrogação da data da troca. Alguns fabricantes prestam esse tipo de serviço;
Guarde o óleo sempre em recipientes limpos e protegidos contra as intempéries;
Mantenha as tampas dos recipientes hermeticamente fechadas.
Viscosidade.
Viscosidade é a resistência do fluido a escoar, ou seja, uma medida inversa da fluidez. Se um fluido escoa
facilmente, sua viscosidade é baixa. Pode-se dizer que o fluido é fino. Um fluido que escoa com dificuldade tem
alta viscosidade, é grosso, por isso é importância o controle de sua viscosidade.
6
Aumento de temperatura devido a perdas por vazamentos.
Alguns métodos para definir a viscosidade em ordem de exatidão decrescente são: Viscosidade Absoluta
(Poise); Viscosidade cinemática em centistokes; viscosidade relativa em SSU e SAE.
Número SAE.
Os números SAE foram estabelecidos pela Sociedade Americana dos Engenheiros Automotivos para
especificar as faixas de viscosidade SSU do óleo às temperaturas de testes SAE. Os números de inverno (5W,
10W, 20W) são determinados pelos testes a 0ºF (-17ºC). Os números para óleo de verão (20, 30, 40, 50, etc.)
designam a faixa SSU a 212ºF (100ºC).
Os sistemas hidráulicos estão cada vez mais complexos, mas continuam tendo três pontos críticos de
lubrificação que são as bombas, cilindros de acionamento e válvulas de controle. A vida útil das bombas e cilindros
está diretamente relacionada com a qualidade dos básicos e aditivos empregados na formulação do lubrificante. A
vida útil das válvulas de controle, por sua vez, está ligada a qualidade e manutenção do sistema de filtragem do
equipamento para manter o lubrificante dentro dos limites máximos de contaminação definidos pelos fabricantes
das válvulas. Deve-se utilizar o lubrificante na viscosidade correta, seguindo as recomendações dos fabricantes.
E deve-se estar atento que as modificações feitas nos equipamentos para aumento de produtividade podem
requerer uma reavaliação na recomendação inicial do lubrificante.
DIN 51 502
Essa especificação classifica os óleos por aplicação através de um conjunto de letras. Essa especificação
define apenas as aplicações dos produtos. Ela não define o nível de performance dos lubrificantes.
Por exemplo, a especificação DIN 51502 define que óleos HL, HLP e HVLP são para sistemas hidráulicos e a
especificação 51 542 define os ensaios que os óleos precisam passar para serem classificados como Part 1 HL,
Part 2 HLP e Part 3 HVLP.
7
Viscosidade ISO VG.
O sistema ISO (International Organization for Starndardization) estabelece o número médio para uma
determinada faixa de viscosidade cinemática, centistokes (cSt) a temperatura de 40° C.
Outra unidade de viscosidade usada em alguns países é o grau Engler (°E). Existem ainda outras unidades,
porém não vemos como necessário estudarmos no nosso contexto.
A 37°C as viscosidades são iguais; 100°C as viscosidades são aproximadas, porém a -17°C elas são bem
diferenciadas. O óleo com IV mais alto sofre menor alteração na viscosidade.
8
Quando um fluido movimenta-se em um sistema produzindo calor por atrito, perde-se uma parte da energia
em forma de energia térmica, causando perda de pressão.
A Energia hidráulica não pode ser transmitida sem perdas. A quantidade de energia perdida por atrito
depende de:
Comprimento da tubulação;
Rugosidade interna da tubulação;
Números de conexões e derivações;
Diâmetro da tubulação;
Velocidade do fluxo.
Regimes de Fluxos.
@
A∙B∙C B∙C
D E
Onde:
Re - Número de Reynolds;
# - Velocidade [cm/s];
– massa específica [kg/m3];
G - Viscosidade cinética [cSt], para um óleo a 220 SSU e 38ºC = 0,475 Stokes.
9
Variações moderadas de temperatura.
# 121,65 ∙
(
M O
N,N
,
P. Q
0,015 ∙ S ∙ #
Em que:
Q - vazão máxima do sistema [l/min]
v – velocidade recomendada para a tubulação [cm/s]
Dt – diâmetro interno do tubo [cm]
0,015 – fator de conversão
Entretanto, esse diâmetro Dt obtido é apenas de referência. A tabela B3 do apêndice apresenta uma lista,
retirada de um catálogo de fabricante, de diâmetros comerciais de tubos. O diâmetro a ser utilizado deve ser no
mínimo igual ou ligeiramente superior ao valor calculado. Assim:
Dt comercial ≥ Dt calculado
Nunca esquecer de, quando proceder ao cálculo da tubulação de pressão, verificar na referida tabela se o
tubo selecionado suporta a pressão à qual será submetido. A tabela B4 do apêndice pode também ser utilizada,
de classificação SCHEDULE de tubos segunda a norma ASTM A 120.
Uma vez selecionado o diâmetro comercial mais adequado, deve-se averiguar se o escoamento por esse
tubo será laminar ou não. Para isso deve-se calcular o número de Reynolds. Supondo que fique constatado um
regime não laminar, deve-se ajustar o diâmetro comercial para o valor imediatamente menor, e que satisfaça a
condição de regime laminar.
Exemplo 2.2.
máxima de 60 l/min e pressão de 120 bar. Adote a viscosidade do óleo como sendo G = 0,45 St.
Dimensionar as tubulações de sucção, pressão e retorno de um sistema hidráulico que terá uma vazão
Solução:
, 60 U V
P. Q T → P. 3,57
0,015 ∙ S ∙ # 0,015 ∙ S ∙ 100 U V
10
\]
0[[U V∙ ,_[ 4?
@ →@ 844,4 → e
B∙CZ ^
E [,`a b.
2. Tubulação de pressão
, 60 U V
P. Q T → P. 1,57
0,015 ∙ S ∙ # 0,015 ∙ S ∙ 519 U V
# ∙ P. 519 U V ∙ 1,60
@ → @ 1845,3 → e
G 0,45 ij
, 60 U V
P. Q T → P. 2,06
0,015 ∙ S ∙ # 0,015 ∙ S ∙ 300 U V
# ∙ P. 300 U V ∙ 2,14
@ → @ 1426,7 → e
G 0,45 ij
Perda de carga na linha de pressão de um circuito hidráulico.
Como visto em pneumática, sempre que um fluido percorre uma tubulação, há a chamada perda de carga
que se apresenta sob duas formas:
11
o É a perda de carga gerada por singularidades que possam aparecer em determinados pontos
de um a tubulação, conforme visto em pneumática.
Fator de atrito.
A tabela a abaixo apresenta três expressões Possíveis para obtenção do fator de atrito, devendo ser
utilizadas conforme o tipo de tubo e temperatura ambiente. A equação para obtenção das perdas de carga
distribuída e localizada em uma tubulação com conexões (singularidades) é dada por:
∆
a∙l.∙A∙B²
CZ ∙0[(n
Onde:
f – fator de atrito (adimensional) f
- massa específica do fluido em
[kg/m³] (é igua a 881,1 para óleo SAE-10)
v – velocidade de escoamento do
fluido recomendada [cm/s] tabela B2
a
0[(n
- fator de conversão
Um outro tipo de perda de carga localizada também existente na linha de pressão, e de extrema
importância, pois seus valores são relativamente altos, não podendo ser desconsiderados, é a perda de carga
originada pelas válvulas hidráulicas, no caso válvula controle direcional, válvula de controle de pressão, válvula de
controle de fluxo e válvula de bloqueio. Essa perda de carga normalmente é encontrada no catálogo do fabricante
na forma de um gráfico (perda de carga x vazão).
∆ o ∆ +
PN > PTb + ∆ o
Onde:
PN – pressão nominal (pressão disponível a qual estabelecemos no início do projeto)
Dessa forma e supondo não haver vazamentos que ocasionem perda de pressão nas junções das válvulas
e conexões do circuito hidráulico, é possível dizer que o circuito funcionará satisfatoriamente. Entretanto, na prática,
12
é comum dividir esses procedimentos em várias parte, tantas quantos forem os atuadores do sistema, obtendo a
perda até cada atuador, e verificando assim, se a pressão que chega nele é suficiente.
Perda térmica.
A perda térmica gerada em um sistema hidráulico caracteriza-se pela perda de potência que pode ser vista
em termos de taxa de calor gerada devido às perdas de carga.
É importante salientar que essa taxa de calor propaga-se pelas tubulações por meio do sistema, elevando
a temperatura do fluido em movimento. Daí a necessidade das chicanas (aletas) no interior do reservatório. Porém,
se a magnitude dessa taxa de calor atinge valores relativamente grandes e não consegue ser dissipada na
recirculação pelo tanque, tornar-se-á necessário o uso de um trocador de calor, que pode ser dimensionado a partir
dessa taxa de calor conhecida. Assim:
Q = 1,434. ∆ o .QB
Exemplo 2.3.
Determinar a perda de carga total e perda térmica para o cilindro B do seguinte circuito, verificando sua
viabilidade quanto à condição final de funcionalidade. Considere os dados listados em seguida:
Dados:
Solução:
13
Comprimento Comprimento
por unidade equivalente
Singularidade Qtd (cm) total (cm)
Tê de saída bilateral 1 119,99 119,99
Tê de passagem direta 2 30,00 60,00
Curva 90° de raio longo 2 19,99 39,98
Cotovelo 90° de raio médio 2 50,01 100,02
Comprimento equivalente L2 319,99
Perda de carga localizada nas válvulas (tabelas B6, B7, B8, B9 e B10)
Perda de
carga por Perda de
unidade carga
Válvula Qtd (bar) total (bar)
Válvula de controle direcional tipo J 1 4,8 4,8
Válvula de sequência tipo DZ 10 P 1 4,2 4,2
Válvula de controle de fluxo unidirecional tipo DRV 8 1 55 55
dP 64
Comprimento total
Lt = L1 + L2 = 500 cm + 319,99 cm
Número de Reynolds
\]
@ 1604,22
B∙CZ aaa, [s ∙0, 4?
^
E [,`a b.
0,04675
sa sa
t< 0u[`,
wx \]
a∙_0v,vv 4? ∙__0,0U N V∙Maaa, [sU VO²
∆ 0,04675 ∙ 4,0f
Perda de carga
a∙l.∙A∙B² ] ^
CZ ∙0[(n 0, 4? ∙0[(n
∆ o ∆ + 4f + 64 f 68,0 f
PN > PTb + ∆ o
14
1.3. ATUADORES.
Atuadores lineares são chamados de cilindros e tem como função transformar força, potência ou energia
hidráulica em força, potência ou energia mecânica. A figura abaixo representa um cilindro de dupla ação.
Pressão nominal.
A pressão nominal [PN] é obtida em função do tipo
de aplicação, conforme tabela abaixo.
Atuadores lineares
Força de avanço.
É a força efetiva (Fa) que o cilindro hidráulico deve
desenvolver a fim de realizar o trabalho para o qual
foi projetado. Pode ser obtida por uma variada gama
de equações. Como feito no capítulo pneumática.
PT = PN – 015.PN
Conhecidas a força de avanço Fa e a pressão de trabalho estimada PT, é possível determinar o diâmetro
necessário que será dado por:
Py 2z
+6
{∙1|
Entretanto, esse diâmetro calculado não é o definitivo do pistão. É apenas uma referência a qual
utilizaremos para consultar o catálogo do fabricante e definir qual cilindro hidráulico possui diâmetro de pistão no
mínimo igual ou ligeiramente maior que o calculado. Nesse caso o cilindro que será utilizado no projeto deve
observar a seguinte relação:
Dp comercial } Dp calculada
Pressão de trabalho.
Defino o diâmetro Dp comercial, devemos recalcular a pressão de trabalho, que será a regulada no sistema.
Assim:
Cilindros Comerciais.
15
As dimensões para os cilindros comerciais estão padronizados de acordo com a norma ISSO/TC 39/SC
1N. 5, que define diâmetros de pistão de 25 a 400mm. Entretanto, a maioria dos fabricantes em seus catálogos de
produto define em polegadas, nas faixas de 1 ½” a 8”, e acima desses valores o cliente deve consultar a fábrica.
#
∆= l'
∆. ∆.
Assim, temos que as velocidades de avanço e retorno dos atuadores, respectivamente, serão dadas por:
#6 #8
l' l'
∆.~ ∆.•
,
S
C€ )
Qa= va.Ap
S
(C€ ) •7‚ ) )
Qr = vr.Ac
Vazão induzida.
Após dimensionamento das vazões necessárias para o avanço e retorno dos atuadores lineares, torna-se
necessário fazer uma verificação quando à possibilidade de ocorrência de vazão induzida (Qi). O fenômeno da
vazão induzida ocorre pelo seguinte motivo: quando é fornecida uma vazão qualquer para um cilindro de duplo
efeito, na tomada de saída do fluido haverá uma vazão que pode ser maior ou menor que a vazão de entrada.
Exemplo 2.4.
Uma bomba fornece 32,6 l/min a um cilindro de 80 mm de diâmetro de pistão e 36 mm de diâmetro de
haste. Pede-se calcular a vazão induzida no avanço e no retorno do cilindro.
Solução:
Vazão da bomba
QB = 32,6 l/min = 32600 cm³/min
16
Diâmetro do pistão
Dp = 80 mm = 8 cm
Ap = S
_)
Área do pistão
`
= 50,26 cm²
Diâmetro da haste
dh = 36 mm = 3,6 cm
S 40,08 ²
(_) • ,u) )
Área da coroa
4 `
A análise numérica utilizando as equações leva-nos à conclusão de que filtros, dutos de retorno e válvulas
em geral, que receberão fluido proveniente de cilindros, devem sempre ser dimensionados a partir da máxima
vazão, isto é, a vazão induzida de retorno Qir, pois do contrário criaremos uma “pressão induzida”. Nos cilindros de
haste dupla e duplo efeito, a vazão induzida no retorno é igual à vazão fornecida pela bomba.
Motores hidráulicos.
Construtivamente, o motor assemelha-se a uma bomba, excetuando, a aplicação que é inversa uma da
outra. Existem casos, em que o equipamento pode trabalhar ora como bomba, ora como motor hidráulico.
Tipos.
Os motores podem ser unidirecionais (um único sentido de rotação) ou bidirecionais (rotações em ambos
os sentidos). Podem ser, também, de vazão fixa ou variável.
Motores de vazão fixa
engrenagens
palhetas
pistões (radiais e axiais),
Definições
Deslocamento. É a quantidade de fluido que o motor recebe para uma rotação, ou então a
capacidade de uma câmara multiplicada pelo número de câmaras que o mecanismo contém. Esse
deslocamento é representado normalmente em litros por rotação.
Torque. Em um motor hidráulico é possível ter torque sem movimento, pois ele só se realizará
quando o torque gerado for suficiente para vencer o atrito e a resistência à carga.
A pressão necessária num motor hidráulico depende do torque e do deslocamento. Um motor com um
grande deslocamento desenvolve um certo torque com menos pressão que com um pequeno deslocamento.
Seleção
Normalmente aplicamos motores hidráulicos onde há necessidade de elevado torque e potência com
rotações relativamente baixas, ou ainda, necessidade de reversões rápidas no sentido de rotação, ou controle
apurado de velocidade. Essas situações não seriam convenientes em um motor elétrico, pois torques e potências
muito elevados implicam em grandes dimensões do motor e, consequentemente peso. Além de ser necessário o
uso de redutores de velocidade, portanto realmente inviável. A relação peso/potência do motor hidráulico é bem
menor que a de um motor elétrico, isto é, o motor hidráulico fornece uma potência por quilo maior que o elétrico.
17
Naturalmente, se para uma mesma
potência o motor elétrico é mais pesado,
seu tamanho também será maior que o
motor hidráulico. Sabe-se, da prática,
que para cada HP de potência o motor
elétrico pesa em torno de 13,6 kg e o
hidráulico 5,4 kg. Com relação ao
rendimento, os motores elétricos
apresentam maior rendimento que os
hidráulicos (90 a 95% contra 70 a 85%
dos hidráulicos). Alguns motores
hidráulicos de pistões especiais (precisão
mais apurada na construção) podem
atingir valores um pouco acima de 90%.
Exemplo 2.5.
Selecionar o motor hidráulico
para levantamento de cargas do circuito apresentado a baixo, dados os seguintes valores: carga 500 kg; diâmetro
da polia 20 cm; deslocamento da carga S = 15 m; tempo de deslocamento t = 10 s; constante de gravidade g =
9,81 m/s²; rendimento hidráulico h = 0,92; rendimento volumétrico v = 0,95.
Solução:
Momento de torção (Mt)
Mt = F.R = (m.g).R,
onde
F – força necessária para mover a massa
[N]
R – raio da polia [m]
i
#<;245767<
Rotações
j
2∙S∙@ 2∙S∙@
15
10 /60
2 ∙ S ∙ 0,1
143
j 7,34 †
„Z ∙3 `v[,a ….? ∙0` 8y?
Potência
va`v va`v
Vazão
Para o cálculo da vazão necessária, devemos consultar o catálogo do fabricante, ela pode ser calculada
em função do deslocamento (S) que o motor pode oferecer, da rotação (n) requerida e o diferencial de pressão
(∆ ) do óleo que entra e sai do motor. Assim, recorrendo à tabela B14 do apêndice B, procura-se um motor que
possibilite o torque calculado. Encontra-se lá o motor tamanho nominal 90 que a pressão de 350 bar oferece um
torque de 501 N.m, já a pressão de 400 bar, um torque de 572 N.m. O volume de absorção será Vg = 90 cm³/rpm.
\]N
v[‰ Š∙0` 8y?
, 15 /
-x ∙3 •€]
0[[[∙‡ˆ 0[[[∙[,_a
Pressão
A pressão necessária a ser ajustada para a obtenção do momento de torção requerido será:
∆ 372 f
[∙{∙„Z [∙{∙`v[,a ….?
-x∙ ‡‚ v[ 4?N /8y?
1.4. BOMBAS HIDRÁULICAS.
18
Bombas hidráulicas são componentes utilizados para fornecer vazão ao sistema, fornecendo energia
necessária ao fluido.
Deslocamento dinâmico
Nestas bombas não existe vedação entre a entrada e a saída; um pequeno aumento da pressão reduz a
vazão na saída. Exemplo: Bombas centrífugas que possuem fluxo radial. Existe também as que possuem fluxo
axial, são constituídas por uma hélice rotativa. Essas bombas raramente são usadas em sistemas hidráulicos,
porque seu poder de deslocamento de fluido se reduz quando aumenta a resistência e também porque é possível
bloquear-se completamente seu pórtico de saída em pleno regime de funcionamento da bomba.
Bombas de Engrenagem.
A bomba de engrenagem consiste basicamente de uma carcaça
com orifícios de entrada e de saída, e de um mecanismo de bombeamento
composto de duas engrenagens. Uma das engrenagens, a engrenagem
motora, é ligada a um eixo que é conectado a um elemento acionador
principal. A outra engrenagem é a engrenagem movida.
19
Rendimento de 80 a 85%;
Elevado ruído (reduzido nas bombas de engrenagens helicoidais);
Tolerância à impurezas maior que as demais bombas.
Fluidos recomendados: O fluido deve ter viscosidade de operação na faixa de 80 a 100 SSU. Máxima
viscosidade para início de funcionamento 4000 SSU. Filtragem: Para uma maior vida útil da bomba e dos
componentes do sistema, o fluido não deverá conter mais que 125 partículas maiores de 10 microns por milímetro
de fluido (classe SAE 4).
Fluidos compatíveis:
Fluidos à base de petróleo,
Água glicol,
Emulsão água-óleo
Fluido de transmissão
Óleo mineral
Bombas de Palhetas.
Características:
Construção simples, porém possui maior número de peças
móveis. (Palhetas);
São de fácil manutenção;
Podem ser de vazão fixa ou variável;
Pressão de trabalho: até 210 kg/cm² para bombas de anel elíptico
(Balanceadas);
70 kg/cm² para bombas autocompensadoras;
Rendimento 75 a 80%;
Baixo ruído;
Pouca tolerância às impurezas.
Tipos:
De Vazão Fixa (Balanceada)
De Vazão Variável com Compensação de Pressão
Fluido Recomendado: Recomenda-se o uso de óleo hidráulico de primeira linha com viscosidade entre
30 e 50 cSt (150 – 250 SSU) a 38°C. A viscosidade normal de operação é entre 17 e 180 cSt (80 - 1000 SSU). A
viscosidade máxima na partida é 1000 cSt (4000 SSU). Fluidos minerais com aditivos antidesgaste e inibidores de
oxidação e ferrugem são os preferidos. Fluidos sintéticos, água-glicol e emulsões de águaóleo podem ser utilizados
20
com restrições. Filtragem: O sistema hidráulico deve estar protegido contra contaminação a fim de aumentar a
vida útil da bomba e dos seus componentes. O fluido deve ser filtrado durante o enchimento e continuamente
durante a operação, para manter o nível de contaminação em ISO 18/15 ou melhor. Recomenda-se o uso de filtro
de sucção de 149 microns absoluto (100 "mesh") com "bypass" e filtro de retorno de 10 microns absoluto. A
substituição dos elementos deve ocorrer após as primeiras 487 horas de operação em uma instalação nova, e
posteriormente a cada 500 horas de operação, ou de acordo com as instruções do fabricante do filtro.
Bomba de pistão.
Características
Possuem construção muito precisa;
São de difícil manutenção;
Podem ser de vazão fixa ou variável (variável somente as de pistões axiais);
Pressão de operação até 700 Kg/cm²;
São as que têm melhor rendimento que gira em torno de 95%;
Baixo ruído;
São as que menos toleram impurezas.
No exemplo da ilustração a seguir, um tambor de cilindro com um cilindro é adaptado com um pistão. A
placa de deslizamento é posicionada a um certo ângulo. A sapata do pistão corre na superfície da placa de
deslizamento. Quando um tambor de cilindro gira, a sapata do pistão segue a superfície da placa de deslizamento
21
de pistão mais populares em aplicações industriais. Outros tipos de bombas de pistão são as bombas de eixo
inclinado e as de pistão radial.
Como qualquer equipamento elétrico ou mecânico, requer uma série de cuidados para garantir uma vida
útil mais longa. Para isso, devemos alinhar corretamente o motor de acionamento à bomba, tanto no sentido axial
no como angular. Indicado a utilização de acoplamentos flexíveis, porque, mesmo com instrumentos de precisão
sempre haverá um pequeno desalinhamento. O sentido de rotação e a escorva (preencher a bomba) deverá ser
observado com atenção, pois se instalado com rotação contraria e sem óleo irá aquecer rapidamente, levando a
inutilização da mesma.
Cavitação.
Entende-se por cavitação a formação temporária de espaços vazios ou bolhas, devido a quedas de pressão
no fluido, chegando a ponto de vaporização. Com aumento da pressão as bolhas desfazem-se repentinamente,
implodindo e cavando material das superfícies (estalando como pipocas) que estava em contato com a bolha
“Ocorre o efeito diesel”, além de interferir na lubrificação.
22
Verificar se as dimensões das linhas estão corretas;
Escovar (preencher) a bomba com óleo no princípio do funcionamento;
Se a pressão barométrica está conforme especificação do fabricante.
Aeração.
O fenômeno da aeração é similar ao da cavitação, inclusive seus efeitos sobre a bomba e demais
componentes do sistema. A condição de aeração também é detectada pelo elevado ruído metálico. Sua causa,
entretanto é distinta, ocorre em função da entrada de ar pela linha de sucção, e não em função da evaporação.
Exemplo 2.6.
rpm, calcule o deslocamento volumétrico (cilindrada), a potência e o momento de torção. Considere ∆ = 100 bar,
Para a bomba de QB = 32,6 l/min e supondo que ela esteja acoplada a um motor elétrico com n = 1750
Solução:
•
0[[[∙ ,uU V
Υ 20,24 /
0[[[∙Ž• ]‘’
3∙‡ˆ 0sa[ 8y? ∙[,v
“. 6,87 †
Ž• ∙∆1 s,a ….? ∙0sa[ 8y?
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j 6,87 †
„Z ∙3 s,a ….? ∙0sa[ 8y?
va`v va`v
De acordo com a tabela B13, a bomba a ser utilizada poderia ser do tipo G2 – Tamanho nominal 022, cujas
características são as seguintes:
23
1.5. VÁLVULAS DIRECIONAIS.
Válvulas direcionais são responsáveis pelo direcionamento do fluido, segue as mesmas normas e
características apresentadas em pneumática
1.6. RESERVATÓRIO.
24
Os reservatórios podem ser:
Aberto: quando a pressão no interior do mesmo for igual a pressão atmosférica;
Pressurizado: quando a pressão no interior do mesmo for maior que a pressão atmosférica.
Reservatório de
sucção a nível
Reservatório de
altura positiva
A linha de retorno deve ficar aproximadamente no ponto médio do nível do fluido. Caso termine acima do
nível causará a formação de espuma e se montado muito próximo do fundo poderá remexer as impurezas ali
depositadas.
Quando as linhas não possuírem filtros nas extremidades, devem ser cortadas a 45º e montadas para a
parede do reservatório facilitando o fluxo normal do fluido.
Bocal de enchimento com filtro: Tem a finalidade de impedir a entrada de impurezas quando da
alimentação de fluido e durante a operação, pois o nível de
fluido diminui e ocorre a entrada de ar no reservatório.
Chicanas.
Tipos
Chicana horizontal: usada em reservatórios de altura limitada para evitar a entrada de ar na bomba
através do redemoinho (vórtice) que se forma quando a bomba entra em funcionamento.
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Chicana vertical: usada em reservatórios de maior profundidade. Note que o percurso percorrido pelo
óleo no interior do reservatório seria bem menor se não houvesse as chicanas.
Magnetos: são ímãs estrategicamente posicionados nas paredes do reservatório para retirar do fluido as
partículas metálicas.
Respiros: são necessários para permitir a entrada de ar da atmosfera mantendo a pressão interna nos
reservatórios abertos.
1.7. FILTROS.
Tem a função de reter as partículas insolúveis do fluido. Os filtros, bem como os elementos filtrantes podem
ser de diversos tipos e modelos. É recomendável que o filtro seja dimensionado para permitir a passagem do triplo
da vazão do sistema. Se um determinado filtro comercial não suporta a vazão máxima de um
sistema pode-se montar dois ou mais deles em paralelo.
É comum encontrar filtros que possuam incorporada uma válvula de retenção simples em by pass (em
paralelo). Essa válvula abre uma passagem livre para o fluido, uma vez que é atingida a pressão de abertura
quando bloqueado o filtro. O fluido vence a pressão da mola e passa livremente. A válvula de retenção atua como
proteção para evitar o colapso do elemento, o que representaria um dano maior ao sistema do que não filtrar o
fluido.
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Tipo de Filtragem pela Posição no Sistema. O filtro é a proteção para o
componente hidráulico. Seria ideal que cada componente do sistema fosse
equipado com o seu próprio filtro, mas isso não é economicamente prático
na maioria dos casos. Para se obterem melhores resultados, a prática usual
é colocar filtros em pontos estratégicos do sistema.
Vantagens:
1. Protegem a bomba da contaminação do reservatório.
2. Por não terem carcaça são filtros baratos.
Desvantagens:
1. São de difícil manutenção, especialmente se o fluido está quente.
2. Não possuem indicador.
3. Podem bloquear o fluxo de fluido e prejudicar a bomba se não estiverem dimensionados corretamente,
ou se não conservados adequadamente.
4. Não protegem os elementos do sistema das partículas geradas pela bomba.
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Vantagens:
1. Protegem a bomba da contaminação do reservatório.
2. Indicador mostra quando o elemento está sujo.
3. Podem ser trocados sem a desmontagem da linha de sucção do reservatório.
Desvantagens:
1. Podem bloquear o fluxo de fluido e prejudicar a bomba se não estiverem dimensionados corretamente,
ou se não conservados adequadamente.
2. Não protegem os elementos do sistema das partículas geradas pela bomba.
Vantagens:
1. Filtram partículas muito finas visto que a pressão do sistema pode impulsionar o fluido através do
elemento.
2. Pode proteger um componente específico contra o perigo de contaminação por partículas.
Desvantagens:
1. A carcaça de um filtro de pressão deve ser projetada para alta pressão.
2. São caros porque devem ser reforçados para suportar altas pressões, choques hidráulicos e diferencial
de pressão.
Filtro de Linha de Retorno. Está posicionado no circuito
próximo do reservatório. A dimensão habitualmente encontrada nos
filtros de retorno é de 5 a 40 mícrons.
Vantagens:
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1. Retém contaminação no sistema antes que ela entre no reservatório.
2. A carcaça do filtro não opera sob pressão plena de sistema, por esta razão é mais barata do que um
filtro de pressão.
3. O fluido pode ter filtragem fina, visto que a pressão do sistema pode impulsionar o fluido através do
elemento.
Desvantagens:
1. Não há proteção direta para os componentes do circuito.
2. Em filtros de retorno, de fluxo pleno, o fluxo que surge da descarga dos cilindros, dos atuadores e dos
acumuladores pode ser considerado quando
dimensionado. 3. Alguns componentes do sistema
podem ser afetados pela contrapressão gerada por um
filtro de retorno.
Vantagens:
1. Mantém o óleo do reservatório filtrado.
2. Pode-se usar um filtro para baixa pressão como
o utilizado no filtro instalada na sucção.
Desvantagens:
1. Custo adicional da bomba e motor.
As válvulas, em geral, servem para controlar a pressão, a direção ou o volume de um fluido nos circuitos
hidráulicos. As válvulas que estudaremos nesta unidade são do tipo controladoras de pressão, que são usadas
na maioria dos sistemas hidráulicos industriais.
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Válvula de Limitadora de pressão
Válvula de Seqüência
Válvula de Descarga
Válvula Redutora de Pressão
Válvula de Frenagem
Válvula de Contrabalanço
Ajustamento de Pressão.
Válvula de Seqüência.
Válvula de Contrabalanço.
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Num circuito de uma prensa, quando a válvula direcional remete fluxo para o lado traseiro do atuador, o
peso fixado à haste cairá de maneira incontrolável. O fluxo da bomba não conseguirá manter-se. Para evitar esta
situação, uma válvula de pressão normalmente fechada é instalada abaixo do cilindro da prensa. O carretel da
válvula não conectará as vias principal e secundária até que uma pressão, que é transmitida à extremidade do
carretel, seja maior do que a pressão desenvolvida pelo peso (isto é, quando a pressão do fluido estiver presente
no lado traseiro do pistão). Deste modo, o peso é contrabalanceado em todo o seu curso descendente.
Meter-in significa controle na entrada. Nesta operação a válvula deverá ser instalada no atuador, de
maneira que a retenção impeça a passagem do fluido, obrigando o mesmo a passar através do orifício controlado
para a entrada da câmara do atuador. Este método é bem preciso e utilizado em aplicações onde a carga sempre
resiste ao movimento do atuador, em casos onde se deve empurrar uma carga com velocidade controlada ou
31
levantar uma carga com o cilindro instalado na vertical. A desvantagem está na
elevação da temperatura do óleo em razão do estrangulamento antes do atuador
realizar o trabalho.
Estas válvulas possuem um estrangulamento (redutora de fluxo), um êmbolo compensador mais uma mola
calibrada para manter um diferencial de pressão (DP) constante no estrangulamento. Estas válvulas para
perfeitamente para trabalharem perfeitamente necessitam de uma pressão mínima de trabalho. Explicações e
provas matemáticas de como o balanceamento da pressão compensa as flutuações de pressões e mantém
constante a vazão, estas flutuações podem ocorrer na entrada P1 e na saída P3.
Na construção tipo “A”, pelo lado direito a pressão P1, atua sobre a área do êmbolo A1, o produto da
pressão e da área resulta numa força F1. Do lado esquerdo a pressão P2, atua sobre a outra área do êmbolo A2,
resultando uma força, que somado a força da mola calibrada Fm, que é praticamente constante devido ao seu
pequeno curso, originam a força F2. As forças atuantes sobre o êmbolo de regulagem, devem estar em equilíbrio.
F1 = F2
P1 . A1 = P2. A2 + Fm
Como a Fm e A1 são
constantes, a diferença P1 e
P2 devem ser constante.
P1 - P2 = DP =
constante.
Quando há
flutuação da pressão na
saída, no caso, aumento da
pressão P3,
instantaneamente há um
aumento de P2,
aumentando a força F2 que
desloca o êmbolo para
aumentar o orifício do estrangulamento entre P2 e P3. No caso de queda de pressão P3, instantaneamente reduz
P2 que por conseqüência reduz a força F2, havendo deslocamento do êmbolo que reduz o orifício do
estrangulamento. Quando há flutuação da pressão na entrada, no caso, aumento de pressão P1, a forca F1
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aumenta, provocando o deslocamento do êmbolo reduzido o estrangulamento. Com a queda de P1, ocorre o
inverso.
Na construção tipo “B”, o líquido sob pressão P1, passa pelo estrangulamento formado pelo êmbolo
compensador, passando pelo estrangulamento da agulha, no
qual passa a vazão ajustada. A mola e o êmbolo constituem um
balanceamento de pressão, que mantém constante a vazão
independente das respectivas pressões de entrada e de saída.
Quando há flutuação da pressão na saída, no caso, aumento da
pressão P3, instantaneamente há um aumento da força F2 que
desloca o êmbolo para aumentar o orifício do estrangulamento
entre P1 e P2. No caso de queda de pressão P3, instantaneamente
reduz F2, provocando deslocamento do êmbolo reduzindo o
orifício do estrangulamento entre P1 e P2.
1.10. VÁLVULA DE
BLOQUEIO.
1.11. Elementos de
interligação, conexão e vedações.
O transporte do fluido no
sistema hidráulico é feito pôr meio de
pressão através de elementos de
interligação, ou seja, tubos, mangueiras e placas de ligação e até mesmo os blocos manifold.
Tubo
Para instalações rígidas são os elementos mais comuns usados nos sistemas hidráulicos, para este tipo
de ligação devemos considerar: Dimensionamento em função da vazão e da pressão;
Conexões galvanizadas devem ser evitadas, pois o zinco reage com certos aditivos do óleo;
Tubulações de cobre devem ser evitadas, pois com a vibração do sistema hidráulico o cobre endurece
e se torna quebradiço, além do mais reage com o óleo diminuindo a vida útil;
Onde as máquinas vibram muito estão sujeitas a trincas.
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Mangueiras.
São acessórios usados para avaliar o rendimento dos sistemas pneumáticos e hidráulicos
(pressão, temperatura, vácuo e vazão; entre outros). Os principais instrumentos empregados na
pneumática e hidráulica são:
Podem ser a seco ou em banho de glicerina para amortecer as vibrações e lubrificar o manômetro
aumentando sua vida útil.
Termômetros.
Registram a temperatura do fluído. Classificam-se em:
Termômetros de gás líquido;
Termômetro industrial. (princípio termopar).
34
1.13. EXERCÍCIOS PROPOSTOS.
1) Considerando que os reservatórios abaixo contêm o mesmo tipo de fluido, em qual deles a pressão é maior no
fundo? Calcule a pressão no fundo do reservatório do meio, sabendo que a densidade do líquido é 0,33 kg/m³ e
a altura da coluna de líquido vale 6m.
2) Para elevar uma automóvel de 1000 kg através do bombeamento manual, é necessário um “macaco” hidráulico.
Com os dados abaixo, calcular a força F1 necessária para elevar o automóvel e quantas vezes o operador deverá
bombear para que este suba 15 cm.
3) Uma injetora utiliza um sistema hidráulico para elevar a pressão de entrada de 40 bar para uma pressão de
trabalho na injeção P2. Conforme os dados relacionados abaixo, calcular a pressão de injeção P2.
4) Um cilindro hidráulico de dupla ação contém as características abaixo. Calcular a máxima força e velocidade
que o atuador exerce no avanço e no retorno com uma pressão de trabalho ( P ) de 60kgf/cm² e vazão ( Q ) de
5000 cm³/min.
Área de avanço A1 = 20 cm²
Área de retorno A2 = 10 cm²
Curso do atuador S = 200 mm
5) Com base no desenho abaixo, calcule a vazão do fluido sabendo que ele leva 30min para encher o reservatório
de 200 litros. Calcule também, a área do reservatório em questão.
35
6) Uma bomba centrífuga tem uma vazão de 150 l/min. Determine em quanto tempo ela encherá um tanque de
25000 litros.
7) Qual é a pressão nominal de um sistema hidráulico, cujo duto de pressão têm diâmetro interno 15 mm e o
número de Reynolds igual a 1960? (utilize a viscosidade como 0,45 St). R (178 bar).
8) Com as informações obtidas no exercício anterior, determine a vazão máxima para aquele sistema. R (62
l/min).
9) Ainda com relação ao problema 1, determine o fator de atrito no duto e sua perda de carga linear, considerando
que ele tenha um comprimento de 3m e esteja isento de conexões e demais válvulas, seja rígido e a temperatura
ambiente constante. R (0,03282), (1 bar).
10) Se em uma averiguação do regime de escoamento for constatado um regime não laminar, deve-se adotar qual
procedimento?
11) Refaça o exemplo 2.3 alterando os valores das seguintes variáveis: PN = 210 bar, PTb = 75 bar, Válvula de
controle direcional tipo G, Q Max = 60 l/min.
12) Calcular a pressão nominal PN de um sistema hidráulico, cuja pressão de trabalho Pt é de 60 bar. R (76,5 bar).
13) Selecionar a bomba para um sistema hidráulico a fim de suprir dois atuadores lineares com as seguintes
características: Avanço e retorno simultâneos. Dp = 63 mm. dh = 45 mm. va = 5 cm/s. vr = 8cm/s. R (30 l/min), (15
l/min).
calcule o deslocamento volumétrico (Vg), a potência e o momento de torção. Considere ∆ = 120 bar, ‹B = 0,92 e
14) Para a bomba do exercício anterior e supondo que ela seja acoplada a um motor elétrico com n = 1750 rpm,
‹. = 0,82.
15) Calcular o momento torçor entregue por um motor hidráulico cuja ∆ = 120 bar, ‹' = 90% e Vg = 35 cm³/rpm.
R (105,3 N.m).
16) Determine o número de rotações necessário para que o motor do exercício anterior possa entregar uma
potência de 5 HP. R (338 rpm).
17) Para esse mesmo motor determine a vazão necessária para que funcione dentro das condições esperadas.
Considere um rendimento volumétrico de 85%. R (14 l/min).
18) Que cuidados devem ser observados quando da instalação de uma bomba hidráulica?
19) Para o motor hidráulico da figura abaixo, em cujo eixo há uma polia de raio 70 mm acoplada, puxando uma
carga de massa igual a 1200 kg, pede-se calcular o volume de absorção, o momento de torção, a potência, a
atrito F = 0,3. Utilize a tabela B14. R (214 N.m), (273 rpm), (6,1 kW), (45,6 cm³/rpm), (14 l/min).
pressão e a vazão necessária a esse motor. Considere um deslocamento total de 30 m em 15 s e coeficiente de
36
ANEXOS
A5.
37
B2. Velocidades recomendadas
38
B3. Diâmetros de tubos comerciais (ERMETO).
39
B4. Comprimentos equivalentes
40
B5. Classificação Schedule para tubulação hidráulica
41
B8. Válvula de retenção
42
B9. Válvula de retenção pilotada
43
B12. Normalização de Cilindros. Diâmetro interno de 25 a 200 mm.
Extraído do documento ISSO/SC 1 N. 5
44
B13. Tabela para seleção de bombas (REXROTH).
45
B14. Motor de pistões axiais com volume de absorção Vg fixo do tipo
AA2FM – a rotação de saída é diretamente proporcional à vazão de entrada
e inversamente proporcional ao volume de absorção. Fonte catálogo
REXROTH.
46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Bonacorso, Nelso Gauze, Automação Eletropneumática, Editora Érica Ltda, São Paulo, SP, Brasil,
2007.
3. Fialho, Bustamante Arivelto, Automação Hidráulica, Editora Érica Ltda, São Paulo, SP, Brasil,
2007.
4. Fialho, Bustamante Arivelto, Automação Pneumática, Editora Érica Ltda, São Paulo, SP, Brasil,
2007.
7. Hidráulica, Livro Didático, FESTO Didactic, São Paulo, SP, Brasil, 2010.
8. Introdução aos Sistemas Eletropneumpaticos, Livro Didático, FESTO Didactic, São Paulo, SP,
Brasil, 2010.
10. Meixner, H. e Kobler, R., Introdução à Pneumática, Livro Didático, FESTO Didactic, São Paulo,
SP, Brasil, 2010.
11. Mendes, Valdirson P., Ar Condicionado, Apostila, São Luís, MA, 2000.
12. Mendes, Valdirson P., Conforto Térmico e Avaliação do Calor, Apostila, São Luís, MA, 2008.
13. Mendes, Valdirson P., Fundamentos da Transferência de Calor, Apostila, São Luís, MA, 2008.
14. Mendes, Valdirson P., Máquinas Térmicas e de Fluxo, Apostila, São Luís, MA, 2012.
15. Mendes, Valdirson P., Refrigeração e Ar Condicionado, Apostila, São Luís, MA, 2012.
16. Mendes, Valdirson P., Ventilação Industrial, Apostila, São Luís, MA, 2010.
17. Pneumática Industrial, Apostila, Parker Training, Jacareí, SP, Brasil, 1995.
18. Soares, Joshuah de Bragança, Manual de Pneumática e Hidráulica, Editora Pimenta & Cia LTDA,
SP, Brasil, 1985.
19. Stewart, Harry L., Pneumática e Hidráulica, Editora Hemus, SP, Brasil, 1981.
47