Manual Guia Pratico Pequenas Barragens
Manual Guia Pratico Pequenas Barragens
Manual Guia Pratico Pequenas Barragens
Volume VIII
Guia Prtico de Pequenas Barragens
Verso Preliminar julho de 2015
Repblica Federativa do Brasil
Dilma Vana Rousseff
Presidenta
Diretoria Colegiada
Vicente Andreu Guillo (Diretor-Presidente)
Paulo Lopes Varella Neto
Joo Gilberto Lotufo Conejo
Gisela Damm Forattini
MANUAL DO EMPREENDEDOR
VOLUME VIII
GUIA PRTICO DE PEQUENAS
BARRAGENS
Equipe Editorial
Superviso editorial:
Carlos Motta Nunes - coordenador
Ligia Maria Nascimento de Arajo
Elaborao:
Laura Caldeira LNEC, Portugal
Joo Bil Serra LNEC, Portugal
Joo Marcelino LNEC, Portugal
XX p.:il.
ISBN: Aguardando
INTRODUO GERAL
As pequenas barragens, compreendendo o barramento, as estruturas associadas e o reservatrio,
so obras necessrias para uma adequada gesto dos recursos hdricos, conteno de rejeitos de
minerao ou de resduos industriais. A construo e a operao das pequenas barragens podem,
no entanto, envolver danos potenciais para as populaes e para os bens materiais e ambientais
existentes no entorno.
Para garantir as necessrias condies de segurana das pequenas barragens ao longo da sua
vida til devem ser adotadas medidas de preveno e controle dessas condies. Essas medidas,
se devidamente implementadas, asseguram uma probabilidade de ocorrncia de acidente
diminuta ou praticamente nula, mas devem, apesar disso, ser complementadas com medidas de
defesa civil para minorar as consequncias de uma possvel ocorrncia de acidente,
especialmente em casos onde se associam danos potenciais mais altos.
A Lei de Segurana de Barragens atribui aos empreendedores e aos responsveis tcnicos por
eles escolhidos a responsabilidade de desenvolver e implementar o Plano de Segurana da
Barragem, de acordo com metodologias e procedimentos adequados para garantir as condies
de segurana necessrias. No Brasil, os empreendedores so de diversas naturezas: pblicos
(federais, estaduais ou municipais) e privados, sendo a sua capacidade tcnica e financeira,
tambm, muito diferenciada.
O presente manual deve ser entendido como um documento evolutivo, devendo ser revisado,
complementado, adaptado ou pormenorizado, de acordo com a experincia adquirida com sua
aplicao e de acordo com a evoluo da tecnologia disponvel e a legislao vigente.
Manual do Empreendedor
Volume VIII
Guia Prtico de Pequenas Barragens
Revises
SUMRIO
1 INTRODUO 1
3 GUIA DE OPERAO 10
a.Operao normal 10
b. Operao em caso de cheias regulares 11
c.Operao em caso de cheias excepcionais 11
4 GUIA DE INSPEES 13
a.Tipos de inspeo e frequncias recomendadas para inspees de pequenas barragens 13
Inspeo de rotina 13
Inspeo regular de segurana 13
Inspeo especial 14
b. Ficha de inspeo para barragens de terra 14
c.Recursos necessrios para realizao das inspees 15
d. Roteiro das inspees 15
d. Execuo das inspees 16
5 GUIA DE MANUTENO 17
a.Tipos de manuteno 17
b. Manuteno preventiva 17
c.Manuteno corretiva 17
d. Recursos necessrios para a execuo das manutenes 18
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
Quadro VII. 1 Inclinaes dos taludes dos paramentos de montante e de jusante em barragens
homogneas ............................................................................................................................ 143
i
ABREVIATURAS
ii
MANUAL DO EMPREENDEDOR
VOLUME VIII
1 INTRODUO
A quem se destina?
Interessa aos empreendedores e aos operadores deste tipo de pequenas barragens de terra, bem
como aos responsveis e tcnicos, por eles contratados para a elaborao do projeto e a
construo da barragem, e aos que compem as suas Equipes de Segurana da Barragem.
Aps um captulo introdutrio acerca das pequenas barragens de terra, nomeadamente, dos seus
aspectos gerais, do contedo do seu projeto e dos requisitos legais para o seu licenciamento e
outorga, este guia apresenta os guias de operao, de inspees de segurana, de manuteno e
de aes recomendadas em caso de emergncia. Inclui ainda um roteiro com recomendaes de
dimensionamento e de construo deste tipo de pequenas barragens.
1
Como est estruturado este Guia?
Captulo 2 Antes de construir sua barragem, no qual se explica o que e para que serve
uma barragem e quais so e para que servem as suas principais componentes, quais os elementos
mnimos do projeto e os respectivos requisitos legais.
2
2 ANTES DE CONSTRUIR SUA BARRAGEM
Uma barragem uma estrutura em um curso de gua, permanente ou temporrio, para fins de
conteno ou acumulao de gua, de substncias lquidas ou de misturas de lquidos e slidos.
Podem ser construdas para irrigao, produo de energia eltrica, abastecimento pblico,
regularizao de cheias, conteno de resduos slidos, abastecimento de indstrias
agropecurias, piscicultura e recreao, entre outros.
Margem
Ombreira
direita Reservatrio
Coroamento
Talude de montante
Descarga de fundo /tomada dgua
Zona de
contato
Paramentos
Dreno de p Ombreira
P de jusante Talude de jusante esquerda
Vertedouro
O presente Guia aborda apenas as pequenas barragens de terra. Este tipo de barragens, quando
devidamente projetadas e construdas, pode ser constituda por uma grande variedade de solos
naturais. A possibilidade de adequao a grandes deformaes sem ruptura e a elevada relao
largura da base/altura que as caracteriza constituem fatores que recomendam este tipo de
barragem para qualquer tipo de fundao, j que as tenses aplicadas ao terreno de fundao
so bastante reduzidas e o trajeto da gua infiltrada atravs da fundao necessariamente
longo.
3
O barramento constitudo por um aterro homogneo ou zoneado, construdo transversalmente
ao curso de gua e, conjuntamente, com a fundao e as ombreiras responsvel pela reteno
da gua.
A parte do barramento em contato com a gua chamada de paramento (ou talude) de montante,
sendo o outro paramento, do lado oposto gua designado por paramento (ou talude) de jusante.
O coroamento (ou crista) liga transversalmente as duas margens e permite o acesso a vrios dos
componentes das barragens. O coroamento deve possuir inclinao para o reservatrio, de modo
a escoar a gua das chuvas, e ser, eventualmente, coberto com um pavimento para permitir o
trfego de veculos.
Os paramentos das barragens tm que ser protegidos: o de montante do efeito das ondas que se
formam no reservatrio sob a ao do vento e o de jusante da ao da gua das chuvas.
4
drenagem interna da barragem e servem para conduzir a gua que atravessa a zona de montante
do barramento, da fundao e das ombreiras para jusante sem provocar danos na barragem.
As barragens de perfil zoneado (Figura 2.3) so constitudas por uma zona central de solos
argilosos, chamada de ncleo, e por zonas laterais de solos no argilosos, designadas por macios
estabilizadores. O filtro chamin colocado entre o ncleo e o macio estabilizador de jusante.
As barragens de aterro so muitas vezes construdas sobre formaes que se deixam atravessar
pela gua. , ento, necessrio usar trincheiras ou valas de vedao. Estas trincheiras so
executadas escavando at uma camada impermevel. Posteriormente, faz-se o seu
preenchimento com material compactado igual ao utilizado para a construo da zona
impermevel do barramento.
A cota da soleira do vertedouro coincide com o nvel mximo normal da barragem. Durante
uma cheia o nvel da gua ultrapassa esta cota, escoando-se a gua livremente atravs do
vertedouro. O nvel mximo que se prev que a gua atinja durante uma cheia designado por
nvel mximo maximorum. Adiferena entre a cota do coroamento da barragem e o nvel
mximo maximorum designada de borda livre. Assim, o vertedouro deve ser capaz de permitir
a passagem da cheia afluente de projeto sem que o nvel do reservatrio ultrapasse a borda livre.
5
Soleira
Canal
Obra de
Obra de dissipao
aproximao de energia
As descargas de fundo so equipadas com uma comporta para a operao normal, podendo
ainda dispor de uma comporta adicional de segurana. So, na sua grande maioria, em conduto
inserido na fundao da barragem. Para controle, esta tubulao dever ter origem em uma
estrutura de concreto armado, por exemplo, em uma torre de tomada dgua ou numa estrutura
denominada monge e terminar numa bacia de dissipao.
a) b)
Para permitir o uso da gua do reservatrio para qualquer fim, as barragens dispem de tomada
dgua, podendo, em pequenas barragens, a tomada dgua e a descarga de fundo serem uma
mesma estrutura.
6
As comportas planas de jato cheio figuram entre os equipamentos hidromecnicos mais
utilizados em pequenas barragens (Erro! Fonte de referncia no encontrada.a). A manobra
ode ser manual, atravs de um volante ou de uma manivela. Aplicam-se na extremidade de
montante de condutos de seo inicial retangular.
a) b)
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i. Levantamento planialtimtrico da rea a ser inundada pelo reservatrio, com a
estimativa do volume do reservatrio e a localizao da barragem;
ii. Estudos hidrolgicos, com a determinao da vazo de mxima de cheia e dos volumes
de regularizao do reservatrio com base em precipitaes, associadas a uma durao
e a uma probabilidade de excedncia, e nas caractersticas da bacia hidrogrfica;
v. Estudo das jazidas disponveis para a construo, com a indicao dos locais de
emprstimo e a avaliao dos respectivos volumes, e com os resultados dos ensaios
laboratoriais, designadamente, de identificao e de compactao;
vii. Levantamento da zona a jusante da barragem afetada pela ruptura da barragem, com
a estimativa da cheia induzida pela ruptura da barragem e a caracterizao do vale a
jusante;
viii. Medidas mitigadoras dos impactos ambientais, que incluam a recuperao das reas de
emprstimo, a proteo do reservatrio em relao ao assoreamento e a alterao da
qualidade da gua.
c. Requisitos legais
A construo de uma barragem, ainda que pequena, gera interferncias no meio ambiente. Essas
interferncias e sua magnitude esto diretamente ligadas a dois fatores: o porte do
empreendimento e a sua localizao.
Dessa forma, o empreendedor que pretenda construir uma barragem, deve, inicialmente,
procurar o rgo ambiental responsvel para obter as diretrizes para o licenciamento ambiental,
bem como consultar o rgo gestor de recursos hdricos, caso o rgo ambiental no
desempenhe essa funo, para obter informaes de disponibilidade hdrica e de procedimentos
administrativos para a outorga do barramento.
i. Licena Prvia (LP), por meio da qual o empreendedor recebe um certificado atestando
a viabilidade ambiental da localizao e concepo geral do seu projeto.
8
ii. Licena de Implantao (LI), por meio da qual o empreendedor obtm, aps as
verificaes necessrias, a autorizao para construo.
iii. Licena de Operao (LO), que autoriza, aps as verificaes necessrias, o incio da
atividade licenciada, de acordo com o previsto nas Licenas Prvia e de Instalao.
J a outorga, que concedida pelo rgo gestor de recursos hdricos, visa assegurar o uso
racional e eficiente das guas, para os diversos usos a que se destinam, compatibilizando as
demandas s disponibilidades hdricas nas respectivas bacias hidrogrficas.
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3 GUIA DE OPERAO
Para operao das barragens abrangidas por este guia, os nicos componentes sob controle do
empreendedor so a descarga de fundo e a tomada dgua.
A vazo que pereniza o rio barrado e, as vezes, utilizada ao longo da calha do rio, chamada
de vazo sanitria, pode ser liberada por uma tubulao independente, pela tomada dgua ou
pela descarga de fundo.
Operao normal;
Operao em caso de cheias regulares;
Operao em caso de cheias excepcionais.
a. Operao normal
a situao mais comum ao longo da vida til da barragem. Nessa situao, o reservatrio est
parcial ou totalmente cheio, com seu nvel da gua abaixo de 1 metro da cota do coroamento e
acima do nvel mnimo operacional.
A operao da barragem realizada por fechamento ou abertura da tomada dgua, que pode
coincidir com a descarga de fundo, em funo da necessidade de utilizao dessa gua pelo
empreendedor.
Pouco antes da entrada do perodo chuvoso, o empreendedor deve procurar baixar o nvel da
gua do reservatrio at prximo do nvel mnimo operacional, para poder se precaver de uma
eventual cheia excepcional que pode causar danos barragem ou s estruturas rio abaixo.
10
Em condies de operao normal, o empreendedor deve:
Durante o perodo chuvoso anual, ou aps alguma chuva forte fora de poca, o nvel da gua
da barragem pode subir, sendo necessrio liberar parte do volume acumulado, de forma a
preservar sua segurana.
Estas operaes devem ser iniciadas, mesmo antes da ocorrncia de cheias, sempre que sejam
previstas cheias intensas na regio pelos servios meteorolgicos competentes.
A operao nesse caso tambm limitada pela tomada dgua. No entanto, quando o nvel da
gua subir acima do nvel mximo normal, que coincide com a cota da soleira do vertedouro, o
excesso ser liberado automaticamente pelo vertedouro.
11
1. Ler e registrar o nvel dgua do reservatrio.
2. Isolar o acesso barragem, logo que o nvel da gua ultrapassar o nvel mximo
maximorum.
3. Abrir 100% a tomada dgua e a descarga de fundo sempre que esta constitua uma
estrutura independente.
4. Observar e acompanhar a descarga pelo vertedouro, com o objetivo de detectar o
galgamento de muros laterais, a eroso do canal quando no revestido, as condies
do escoamento na bacia de dissipao, na zona a jusante do vertedouro e junto ao p
de jusante da barragem, e a obstruo por detritos flutuantes ou por deslizamento de
terras do vertedouro.
5. Retornar a tomada dgua e a descarga de fundo para seu padro de abertura aps o
encerramento da situao de cheia.
6. Inspecionar o vertedouro, o canal de restituio do vertedouro, da tomada dgua e
da descarga de fundo e o p de jusante da barragem aps o trmino do evento de
cheia, visando a identificar problemas estruturais ou obstrues que devem ser
corrigidos antes da prxima cheia, na primeira oportunidade.
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4 GUIA DE INSPEES
As inpees de barragem devem ser feitas por agentes com treinamento adequado e com
conhecimentos bsicos sobre o funcionamento da barragem e sobre o tipo de anomalias que
podem ocorrer.
necessrio ter presente que muitas anomalias, que quando detectadas so consideradas
pequenas e pouco importantes, podem ter evolues rpidas e tornar-se causa de acidente. Por
outro lado, muito importante saber quando ocorreu determinada anomalia, pelo que o registro
da inspeo deve conter indicao explcita de tudo o que foi inspecionado, existam ou no,
deterioraes.
As inspees visuais so, como se disse, essenciais no mbito do controle de segurana das
pequenas barragens. Para que possam ser efetivamente teis tm de ser realizadas de forma
sistemtica e regular.
Devem ser distinguidos trs diferentes tipos de inspeo: de rotina, inspeo regular e inspeo
especial.
Inspeo de rotina
A primeira, de rotina, uma atividade frequente, mais ligeira, que se destina a apreciar o estado
geral da barragem, a detectar a ocorrncia de novas anomalias e a acompanhar a evoluo de
anomalias anteriormente registradas. Dever ser realizada conjuntamente com as atividades de
manuteno preventiva, como previsto no Planejamento das Atividades de Inspeo de Rotina
e de Manuteno Preventiva includo no Anexo 4. Os agentes a quem cabe a inspeo visual de
rotina devem, assim, estar atentos ocorrncia de qualquer alterao relativamente ao estado
anterior da obra.
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A frequncia indicada para as estas inspees semestral, recomendando-se que uma inspeo
seja realizada no incio da estao seca e outra no incio da estao mida para apreciao da
segurana da barragem com distintos nveis de gua no reservatrio e condies de vegetao.
No mbito desta inspeo, no incio da estao mida deve-se, entre outras aes previstas:
avaliar o assoreamento e a vegetao no reservatrio;
avaliar a proteo dos taludes contra as aes erosivas das guas pluviais;
verificar as condies do sistema de drenagem superficial;
verificar as condies de operao do(s) vertedouro(s), do descarregador de fundo e
da tomada dgua.
Inspeo especial
Para alm destas inspees de carter regular, sempre que algum evento excepcional ocorra,
especialmente grandes cheias, dever-se-, durante a sua ocorrncia, verificar as condies de
funcionamento do(s) vertedouro(s), e aps a sua ocorrncia realizar uma inspeo muito
detalhada em particular ao vertedouro e s zonas com ele confinantes e ao p de jusante da
barragem, com vista deteco de eroses.
Em resultado de cada inspeo deve ser elaborada uma ficha de registro, que conter todos as
componentes inspecionadas e tambm a indicao da evoluo de quaisquer anomalias
anteriormente detectadas.
Na ficha de registro deve sempre ser anotado o nome do responsvel pela inspeo, a data da
inspeo, o nvel dgua no reservatrio e as condies metereolgicas atuais e nos dias
anteriores.
Como se referiu, para alm do registro das anomalias essencial procurar quantificar na ficha
a sua evoluo. Assim, cada anomalia deve ser classificada, de acordo com a sua dimenso,
com a sua evoluo e com a prioridade de interveno requerida.
A dimenso dever conter medidas da anomalia, para se detectar qualquer evoluo. Deste
modo, e a ttulo de exemplo, nas trincas deve ser medida o seu comprimento, abertura e
desnvel, nas depresses indicada a sua configurao em planta e o seu recalque mximo e na
borda livre indicado o valor estimado.
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Para a classificao da evoluo da anomalia deve comparar-se os dados das inspees
anteriores com os obtidos na inspeo atual, e indicar se se trata de uma anomalia nova, quando
detectada pela primeira vez, sem evoluo, quando exibe as caractersticas reportadas na
inspeo anterior, ou com evoluo, quando apresenta desenvolvimento de alguma das suas
caractersticas.
Por ltimo, deve ser realizado um juzo sobre a prioridade de interveno de acordo com a
seguinte classificao:
As inspees visuais das pequenas barragens de terra devem envolver toda a superfcie da
barragem (coroamento e paramentos), a sua zona envolvente (ombreiras, insero no macio
de fundao e zona imediatamente a jusante da barragem) e, quando se justifique, as vertentes
do reservatrio em zonas previamente identificadas como potencialmente instveis.
As inspees devem ser realizadas de acordo com um percurso determinado (de preferncia
definido na inspeo de referncia), para que a sequncia dos aspectos e dos locais a inspecionar
se mantenha de inspeo para inspeo, e ter em conta os registros efetuados em inspees
anteriores.
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Devem ser anotados o nvel do reservatrio a montante, o estado do tempo no dia da inspeo
e nos dias anteriores (dado que, a ocorrncia de chuva, ou de tempo muito seco, pode afetar as
concluses a tirar) e as anomalias encontradas, bem como proceder ao registro fotogrfico.
Deste modo, antes da inspeo pormenorizada da barragem, deve ter-se uma viso global da
mesma onde se identificaro as zonas com aspecto diferente das restantes. O percurso a
percorrer deve incidir, tambm, nas zonas de caractersticas particulares identificadas na vista
global. Se pertinente, devem ser anotados em planta da obra os pontos visitados/inspecionados.
As anomalias observadas em barragens de terra enquadram-se nos seguintes tipos: borda livre
insuficiente, percolao, fendilhao, perda de estabilidade dos paramentos ou dos taludes do
reservatrio, depresses (recalques e abatimentos), problemas de manuteno (proteo
inadequada de paramentos, eroso superficial devida gua das chuvas, crescimento excessivo
de vegetao e buracos de animais) e deterioraes ou obstrues de estruturas hidrulicas. As
patologias mais graves e mais frequentes em pequenas barragens de terra esto relacionadas
com o galgamento devido insuficincia da borda livre, a eroso e obstrues dos vertedouros
e a problemas de eroso interna.
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5 GUIA DE MANUTENO
a. Tipos de manuteno
b. Manuteno preventiva
Para garantir a eficcia de aplicao das atividades correntes de manuteno deve cumprir-se o
Planejamento das Atividades de Manuteno Preventiva apresentado no Anexo 4. Neste
planejamento elencam-se as tarefas, a periodicidade, a poca do ano mais adequada sua
realizao e estabelece-se a respectiva prioridade.
c. Manuteno corretiva
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Os problemas ou situaes mais frequentes necessitando de manuteno corretiva so: borda
livre insuficiente, percolao, fendilhao, perda de estabilidade dos paramentos ou dos taludes
do reservatrio, depresses (recalques e abatimentos), problemas de manuteno (proteo
inadequada de paramentos, eroso superficial devida gua das chuvas, crescimento excessivo
de vegetao e buracos de animais), deterioraes ou obstrues de estruturas hidrulicas,
crescimento de plantas aquticas e sedimentao excessiva do reservatrio. De entre as
patologias mais graves, as mais frequentes em pequenas barragens de terra esto relacionadas
com o galgamento e com a eroso interna.
A maioria das manutenes, sejam preventivas ou corretivas, podem ser realizadas pela equipe
de campo do prprio empreendedor. So tarefas, em geral, de fcil execuo, que podem ser
realizadas por um pedreiro e um servente.
Ferramentas:
Ancinho;
Bote;
Betoneira;
Calhas;
Carrinho de mo (carriola);
Carro para transporte dos resduos;
Compactador manual;
Cordas;
Enxada;
Estacas de amarrao;
Foice;
Flutuadores;
Barco
Luvas;
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Marreta;
Mangueira;
Mscara;
Martelo;
Material de carpinteiro;
Nvel de bolha;
P;
Picareta;
Ponteiro de ao;
Rede;
Roadeira;
Enxadinha;
Motoserra;
Serrote;
Conjunto Motobomba;
Tesoura de poda;
Trena;
Utenslios para aquecer e aplicar o material betuminoso;
Materiais:
Areia mdia;
Argamassa;
Brita n 2;
Calda de cimento ou equivalente;
Concreto;
Concreto magro;
Espcies vegetais (arbustos de porte mdio)
Geotxtil;
Mstique;
Material betuminoso;
Ps de rvores de espcies frondosas;
Produto para a eliminao dos cupins;
Rip-rap;
Sementes;
Solo argiloso;
Solo orgnico.
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6 GUIA DE PROCEDIMENTOS DE EMERGNCIA
Quando as pequenas barragens sofrem rupturas, a gua represada pode ser liberada e provocar
graves consequncias. Este guia contm um conjunto de aes recomendadas em caso de
emergncia, que visa fundamentalmente socorrer as pessoas e proteger os bens em perigo, e
que incluem medidas minimizadoras das consequncias a jusante, a informao imediata dos
responsveis pela Defesa Civil e do regulador, o aviso aos operadores das barragens a jusante
e populao a jusante, e, se possvel, a promoo da descida do nvel da gua no reservatrio.
O presente guia dever ser seguido para as restantes pequenas barragens. Indica as possveis
situaes de alerta e de emergncia em face, respectivamente, de um incidente (anomalia
suscetvel de afetar, em curto ou longo prazo, a funcionalidade da obra e que implica a tomada
de medidas corretivas) ou de um acidente (ocorrncia excepcional cuja evoluo no controlada
suscetvel de originar uma onda de inundao), os procedimentos aps a sua identificao, as
aes preventivas e corretivas a serem executadas pelo empreendedor/operador em caso de
situao de emergncia, bem como os agentes a serem notificados dessa ocorrncia.
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b. Procedimentos em situaes de alerta e emergncia em pequenas barragens
21
Situao Estado O que fazer:
1 Mobilizar um engenheiro com experincia
em barragem para uma avaliao da gravidade
Eroso no paramento de jusante do problema.
Alerta
evoluindo rapidamente 2 Ficar de prontido na barragem.
3 Avisar Coordenadoria Municipal de Defesa
Civil.
Descarga de fundo bloqueada 1 Realizar a manuteno corretiva
Alerta
durante o perodo seco imediatamente.
1 Realizar a manuteno corretiva
Descarga de fundo bloqueada imediatamente.
Emergncia
durante o perodo chuvoso 2 Avisar a Coordenadoria Municipal de Defesa
Civil.
1 Realizar a manuteno corretiva
imediatamente sob a orientao de um
engenheiro com experincia em barragem.
Surgncia no paramento de jusante
2 Ficar de prontido na barragem, at
e ombreiras com turvao da gua
correo do problema.
Alerta 3 Se a vazo da surgncia aumentar ou a
Surgncia com turvao em drenos
turvao da gua aumentar, abrir a descarga de
ou zonas tratadas com filtros e
fundo e a tomada dgua.
drenos
4 Se o problema se mantiver e no for possvel
descer o nvel no reservatrio passar para o
estado de emergncia.
1 Realizar a manuteno corretiva
imediatamente sob a orientao de um
engenheiro com experincia em barragem.
2 Ficar de prontido na barragem, at
Surgncia na zona imediatamente a correo do problema
jusante com ou sem deposio de Alerta 3 Se o material depositado aumentar
material carreado rapidamente, abrir a descarga de fundo e a
tomada dgua.
4 Se o problema se mantiver e no for possvel
descer o nvel no reservatrio passar para o
estado de emergncia.
1 Realizar a manuteno corretiva
imediatamente sob a orientao de um
Surgncia no contato do conduto da
engenheiro com experincia em barragem.
descarga de fundo com o aterro,
2 Ficar de prontido na barragem, at
apenas quando em presso, quando Alerta
correo do problema
no possvel fechar a descarga de
3 Se a vazo da surgncia aumentar ou a existir
fundo
turvao da gua, passar para o estado de
emergncia.
1 Abrir a descarga de fundo e a tomada dgua
Trincas transversais abaixo do nvel at o nvel da gua no reservatrio ser inferior
mximo maximorum, quando o cota da base da trinca.
nvel da gua subir acima da cota da 2 Ficar de prontido na barragem, at descida
trinca e a gua sair com presso a do nvel do reservatrio indicada em 1.
jusante Alerta 3 Se a vazo atravs da trinca aumentar ou
aumentar a turvao e no for possvel descer o
Trincas longitudinais horizontais nvel no reservatrio passar para o estado de
nos paramentos emergncia.
22
Situao Estado O que fazer:
1 Ficar de prontido na barragem.
2 Abrir a tomada dgua e a descarga de fundo
de forma a reduzir a velocidade de enchimento
Deslizamento profundo com da barragem, se estiverem operacionais.
reduo significativa da borda livre, 3 Avisar a Coordenadoria Municipal de Defesa
Alerta
durante o perodo chuvoso e nvel Civil.
da gua continuando a subir 4 Avisar o proprietrio da primeira barragem
rio abaixo.
5 Isolar o acesso barragem por pessoas
estranhas.
1 Abrir a descarga de fundo e a tomada dgua.
2 Realizar a manuteno corretiva
Aumento de abatimento com sada imediatamente sob a orientao de um
de gua ou de materiais por engenheiro com experincia em barragem.
Alerta
qualquer ponto do barramento, 3 Ficar de prontido na barragem.
fundao ou ombreiras 3 Se a vazo aumentar ou aumentar a turvao
e no for possvel descer o nvel no reservatrio,
passar para o estado de emergncia.
Severos danos estruturais no(s)
vertedouro(s) em concreto devido
a subpresses durante o perodo
1 Abrir a tomada dgua e a descarga de fundo
chuvoso
de forma a reduzir a velocidade de enchimento
da barragem.
Inclinao do(s) muro(s) do(s)
2 Realizar a manuteno corretiva
vertedouros durante o perodo
imediatamente sob a orientao de um
chuvoso
engenheiro com experincia em barragem.
Alerta
3 Ficar de prontido na barragem, at
Danos estruturais devidos a
correo do problema.
galgamento do vertedouro durante
4 O vertedouro comear a descarregar e os
o perodo chuvoso
danos se agravarem, passar para o estado de
emergncia.
Reduo da capacidade de vazo
do vertedouro por perda de
estabilidade de taludes durante o
perodo chuvoso
Funcionamento inadequado da 1 Realizar a manuteno corretiva
descarga de fundo por perdas de imediatamente sob a orientao de um
gua, se no existir comporta a Alerta engenheiro com experincia em barragem.
montante ou esta estiver avariada 2 Ficar de prontido na barragem, at
correo do problema.
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Situao Estado O que fazer:
Surgncia no paramento de jusante
e ombreiras com turvao da gua
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c. Telefones de contato para os casos de alerta e emergncia
d. Meios necessrios
Para fazer face a situaes de alerta e de emergncia devem existir ou serem disponibilizados
meios de comunicao, de fornecimento de energia, de alerta e de transporte terrestre para
operaes de alerta, equipamentos (gruas, caminhes, retro-escavadoras) e recursos materiais e
humanos necessrios implementao das aes preventivas e corretivas previstas.
Sempre que seja necessrio recorrer a recursos de entidades exteriores ao empreendedor, como
municpios, este deve elencar os recursos a solicitar e estabelecer os contatos necessrios para
a sua pronta disponibilizao em caso de alerta e de emergncia.
Junto barragem deve ser devidamente escolhido um local seguro que permita a visualizao
do vertedouro, do coroamento, do paramento de jusante e da zona a jusante da barragem,
designado por Local de Observao, onde dever permanecer em situao de alerta a equipe
responsvel pela gesto da situao de alerta e de emergncia.
Esta equipe, devidamente coordenada pelo elemento de ligao da Defesa Civil ou pelo
responsvel do empreendedor, dever recolher informaes sobre a situao, coordenar as
aes previstas, mobilizar os recursos e manter a comunicao com os agentes envolvidos no
controle da situao de emergncia (centros operacionais de Defesa Civil, Entidades
Fiscalizadoras e responsveis pela operao das barragens a montante e a jusante).
25
Numa emergncia, a execuo com sucesso de aes previstas pode depender de diversos
fatores, nomeadamente da possibilidade de a equipe operacional chegar rapidamente e em
segurana ao local para avaliar as condies operacionais e proceder a aes de alerta, caso
necessrio, e do transporte para o local da barragem de material e de equipamento necessrio
para proceder a intervenes de emergncia consideradas indispensveis.
Deste modo, deve ser garantido o acesso barragem, sempre que possvel, por ambas as
margens do rio, executado um mapa com a localizao dos acessos rodovirios e indicado se
os mesmos so afetados pela cheia que resulta da eventual ruptura da barragem.
REFERNCIAS
SMEC (2005) Draft Guidelines for Managing Small Dams. Appendix E. Small Dams
Guidelines, SMEC International Pty.
26
ANEXO 1 - FICHA DE IDENTIFICAO E CARACTERSTICAS GERAIS
27
FICHA DE IDENTIFICAO E CARACTERSTICAS GERAIS
BARRAGEM DE .............
IDENTIFICAO
Barragem Nome
Cdigo
Localizao Estado
Municpio
Regio hidrogrfica
Bacia hidrogrfica
Rio
Coordenadas Latitude: Longitude:
Estrada de acesso
Empreendedor Nome
Contato
Endereo postal
Telefone Fixo: Celular:
Fax
Email
Tcnico Nome
responsvel Contato
Endereo postal
Telefone
Fax
Email
Projeto Autor
Ano
Localizao
Contato
Construo Construtor
Perodo de construo
Explorao Incio
Reservatrio Nvel mximo normal
(m)
rea para o nvel
mximo normal (ha)
Volume para o nvel
mximo normal (103m3)
Nvel mximo
maximorum (m)
Uso do reservatrio
rea
28
Bacia Precipitao mdia
hidrogrfica anual
Cobertura vegetal
Tipo de relevo
Tipo de ocupao
Singularidades
Barragens Montante
associadas Jusante
CORPO DA BARRAGEM
Tipo estrutural
Cota do coroamento (m)
Borda livre (m)
Altura mxima acima da fundao (m)
Altura mxima acima do leito do curso de
gua (m)
Comprimento do coroamento (m)
Largura do coroamento (m)
Paramento de Inclinao
montante Tipo de proteo
Paramento de Inclinao
jusante Tipo de proteo
Dispositivos de drenagem e filtragem
Volume total de aterro
Tipo de materiais do aterro
Tipo de materiais dos filtros
Tipo de materiais dos drenos
CARACTERSTICAS GEOLGICAS REGIONAIS
Tipo de formaes
Caractersticas de permeabilidade do
reservatrio
Suscetibilidade a escorregamento de
taludes do reservatrio
CARACTERSTICAS DAS FUNDAES
Zona removida
Tipo de formao
Acidentes geolgicos principais
TRATAMENTO DAS FUNDAES
Tipo
Dimenses
Tipo de materiais
DESCARREGADOR DE CHEIAS
Nmero
Localizao
29
Tipo Entrada
e Canal
dimenses Modalidade de
principais dissipao de
energia
Vazo de projeto (Qdim)
Possibilidade de Qdim estar sub-
avaliado
DESCARREGADOR DE FUNDO (E TOMADAS DE GUA ASSOCIADAS)
Nmero
Localizao
Vazo (sob o nvel mximo normal)
Tipo de comportas (ou vlvulas)
Dimenses principais
Possibilidade de manobra manual
Comando distncia
Condies de acesso
AVALIAO DOS RISCOS A JUSANTE
Origem ou causa
Descrio sumria
Data
Projetista
Construtor
Resultados obtidos
30
31
ANEXO 2 - MODELO DE FICHA DE INSPEO REGULAR DE PEQUENAS
BARRAGENS DE TERRA
32
33
MODELO DE FICHA DE INSPEO REGULAR DE PEQUENAS
BARRAGENS DE TERRA
Instrues:
1. O empreendedor deve utilizar esse modelo de ficha a cada inspeo
regular realizada na barragem.
2. O arquivo digital com essa ficha pode ser encontrado em
www.ana.gov.br/segurancadebarragens
34
Inspeo do corpo da barragem
Coroamento
Tpico Descrio Foto D H G
Alinhamento
Trincas
Recalques
Sulcos
Revestimento
Nivelamento
Abatimentos
Vegetao
Galerias de animais
Drenagem
Iluminao
Paramento de montante
Tpico Descrio Foto D H G
Alinhamento da
linha de gua
Estado do
revestimento
Trincas
Recalques
Abatimentos
Escorregamentos
Vegetao
Galerias de animais
Eroses
35
Ombreira direira do lado de montante
Tpico Descrio Foto D H G
Recalques
Vegetao
Eroses
Abatimentos
Vazios
Galerias de animais
36
Paramento de jusante
Tpico Descrio Foto D H G
Estado do
revestimento
Trincas
Recalques
Abatimentos
Vegetao
Galerias de animais
Eroses
Ravinamentos
Surgncias
Zonas midas
Escorregamentos
Condies de
drenagem
Condies do p de
jusante
37
Contato com condutos
Tpico Descrio Foto D H G
Vegetao
Recalques no
alinhamento do
conduto
Abatimentos
Surgncias
38
Ombreira esquerda do lado de jusante
Tpico Descrio Foto D H G
Trincas
Eroses
Recalques
Abatimentos
Vegetao
Galerias de animais
Drenagem
Surgncias
Zonas midas
Sistema drenagem
superficial
39
Macio imediatamente a jusante Fundo do vale
Tpico Descrio Foto D H G
Vegetao
Surgncias
Abatimentos
Zonas midas
Recalques
Empolamentos
Inspeo ao vertedouro
Aproximao ao vertedouro
Tpico Descrio Foto D H G
Obstrues
Vegetao
Eroses
Estado dos muros
ou taludes
Soleira e canal
Tpico Descrio Foto D H G
Obstrues
Vegetao
Eroses
Estado dos muros
ou taludes
Juntas
40
H Histrico (N-Novo, S-sem evoluo, C-com evoluo)
G Prioridade (E- Emergncia, A- Ateno, 1- reparao em curto prazo, 2- reparao em mdio prazo)
Sada
Tpico Descrio Foto D H G
Obstrues
Vegetao
Eroses
Estado da estrutura
de dissipao de
energia
Obstrues a
jusante
rgos de descarga
Monge
Tpico Descrio Foto D H G
Condies de
acesso entrada
Obstrues
entrada
Estado da estrutura
Eroses sada
Obstrues sada
Vegetao
41
Descarragedor de fundo
Tpico Descrio Foto D H G
Condies de
acesso entrada
Obstrues
entrada
Eroses sada
Obstrues sada
Vegetao
Comporta (data da
ltima abertura)
Comporta estado
rgos de comando
Condies de
escoamento com a
comporta a
montante fechada
Vizinhana da barragem
Reservatrio
Tpico Descrio Foto D H G
Taludes de
montante -
instabilidade
Taludes de
montante - eroses
Detritos na gua
Plantas aquticas
42
Riscos a jusante
Tpico Descrio Foto D H G
Modificaes na
ocupao do vale
Operacionalidade
do sistema de alerta
43
44
ANEXO 3 - TIPOS DE ANOMALIAS ENCONTRADAS EM PEQUENAS
BARRAGENS DE TERRA
45
46
TIPOS DE ANOMALIAS ENCONTRADAS EM PEQUENAS
BARRAGENS DE TERRA
Anomalia tipo 1 Borda livre insuficiente
A borda livre visa assegurar que a passagem de uma cheia no produza o galgamento da
barragem, o qual, se persistente e em materiais erodveis, poder levar formao de uma
brecha e ruptura da barragem.
Deste modo, importante verificar se ter ocorrido, em algum local, galgamento da barragem,
atravs de indcios de eroso superficial, nomeadamente no coroamento da barragem (Figura
III. 1), ou se a borda livre (que dever ser no mnimo de 1 m) insuficiente (Figura III. 2),
atravs da medio da distncia mnima na vertical entre a cota mais baixa do coroamento da
barragem e o nvel mximo do reservatrio (muitas vezes reconhecido nas margens, pela
inexistncia de vegetao).
47
A percolao torna-se um problema quando um eventual arrastamento pela gua dos materiais
do aterro ou da fundao origina fenmenos de eroso interna (ou piping), ou quando um
aumento excessivo das presses intersticiais no corpo da barragem ou na sua fundao,
acompanhado pela perda de resistncia dos materiais do aterro, associada respectiva
saturao, potencia condies de instabilidade dos taludes. Por outro lado, ambos os fenmenos
podem estar associados, como na emergncia de gua, de um modo descontrolado, na zona
inferior do paramento de jusante, capaz de propiciar a ocorrncia de deslizamentos e
escorregamentos.
O assoreamento de valetas e calhas pode indiciar o transporte pela gua do material de aterro
ou da fundao para o exterior da barragem (o que pode ser particularmente grave para a
segurana desta) ou ser apenas o resultado da deposio de sedimentos produzidos por eroso
superficial devida gua da chuva.
Salienta-se ainda que a circulao da gua pode arrastar material do aterro para o interior dos
vazios de uma fundao rochosa, no sendo, por isso, o efeito aparente at que o aterro colapse
a partir da superfcie.
Na inspeo visual devem identificar-se os locais de sada da gua (surgncias, com ou sem
presso) em resultado da percolao atravs do corpo da barragem e da sua fundao.
frequente acontecer que no seja possvel visualizar a gua de percolao atravs da fundao
(situao que ocorre, por exemplo, quando existem formaes aluvionares no leito do rio a
jusante cuja permeabilidade permite assegurar a percolao, pelo seu interior, da vazo a elas
afluente).
No caso de deteco de novas sadas de gua (surgncias - Figura III. 3) devem adotar-se os
seguintes procedimentos:
localizao de todos os pontos de sada;
medio das respetivas vazes;
avaliao da limpidez da gua percolada;
registro do nvel da gua no reservatrio no decurso da observao;
verificao das condies recentes de precipitao.
Quando haja dvidas quanto origem da gua percolada, deve procurar-se a correlao entre
as vazes percoladas e os nveis do reservatrio ou a precipitao atmosfrica.
A eroso interna regressiva por vezes acompanhada da deposio, em forma de cone (Figura
III. 4), no ponto de sada da gua, de solos finos (areias ou siltes). Estas formaes devem ser
fotografadas e registradas as suas dimenses. Deve ainda implementar-se medidas corretivas.
Como medidas temporrias recomenda-se:
48
a construo, com sacos de areia, de um dique em redor do ponto de sada, para
aumentar a altura de gua acima do cone e, deste modo reduzir o potencial de piping
(o procedimento contrrio, isto , a drenagem dessa gua pode aumentar o gradiente
hidrulico e induzir piping);
ou, em alternativa, a colocao, sobre a zona de sada, de um filtro de areia,
eventualmente carregado com outro material, por forma a evitar a sada de mais
material carreado (deste procedimento pode ainda resultar uma obstruo regressiva
que diminua a vazo e a velocidade de percolao, minimizando a gravidade da
situao).
Anomalia tipo 2.2 Surgncias em drenos ou zonas tratadas com filtros e drenos
No que se refere aos filtros e drenos, deve observar-se, no s a limpidez ou turvao da gua,
mas igualmente a vazo. De fato, a eventual turvao da gua assinala o transporte de partculas
slidas. Por outro lado, a vazo (e a sua variao relativamente a situaes anlogas
antecedentes), pode fornecer informao relevante. Assim, por exemplo:
um dreno que, em determinadas situaes, no tem vazo pode indicar que, nessas
situaes, no existe percolao na sua zona de influncia ou que esta se processa com
presses mais baixas do que as necessrias para a ocorrncia de vazo;
um dreno no prolongamento de um filtro chamin, concebido para a interseo da
percolao, que nunca funciona, pode significar que foi projetado ou instalado
incorretamente;
um dreno que deixa subitamente de debitar pode ter ficado obstrudo, com a sada da
gua no paramento de jusante ou o aumento de presses intersticiais com a
49
consequente instabilizao do talude (pelo que os drenos bloqueados devem ser
prontamente limpos);
um sbito aumento de vazo de um dreno, sem alterao aprecivel do nvel do
reservatrio, pode indicar que a barragem se tornou mais permevel, possivelmente
em resultado de uma fissurao transversal.
Anomalia tipo 2.3 Surgncias em zonas de contato do aterro com estruturas rgidas
A inspeo deve incidir, com especial cuidado, em zonas de maior suscetibilidade, como
ombreiras e zonas de contato dos aterros com as obras hidrulicas (descargas de fundo,
tomadas de gua e vertedouros).
As dificuldades de compactao junto a estas estruturas rgidas podem conduzir a zonas menos
densas, de maior permeabilidade e com selagem parcial ao longo do contato, tornando-as deste
modo mais suscetveis a problemas de percolao no controlada.
A deteco de gua nas zonas acessveis das interfaces com os condutos (Figura III. 5)
particularmente delicada, j que pode tambm indicar a existncia de trincas ou orifcios nesses
condutos, capazes de permitir, quando em carga, a entrada de gua sob presso no aterro,
podendo da resultar fenmenos de eroso interna, eventualmente, que conduzem ruptura da
barragem.
Anomalia tipo 2.4 Zonas midas ou de vegetao com grandes necessidades de gua
50
Figura III. 6 Zona de vegetao verdejante no talude de jusante da barragem
As trincas por secagem resultam da perda de gua e consequente retrao de solos plsticos
(como as argilas). Aparece, com uma configurao aleatria e alveolada, no coroamento e no
paramento de montante, em climas secos e quentes, quando o reservatrio permanece vazio por
um longo perodo. Podem contribuir para a ocorrncia de ravinamentos. Assim, devido
infiltrao da gua das chuvas atravs destas fendas, e perda de resistncia concomitante dos
materiais do aterro, pode produzir-se a desestabilizao de certas zonas superficiais. A menos
que as trincas sejam profundas, no assume grande gravidade para a segurana estrutural da
barragem, mas devero ser objeto de tratamento no decurso da manuteno preventiva.
51
Anomalia tipo 3.3 Trincas longitudinais
Para qualquer tipo de fendilhao, deve-se, no decurso da inspeo visual, fotografar e registrar
a localizao, profundidade, largura e abertura das trincas e seguir de perto as suas variaes.
Se as trincas se desenvolvem at cotas inferiores ao nvel normal mximo da gua no
reservatrio devem ser adotadas medidas corretivas imediatas.
52
Durante a inspeo visual deve-se fotografar e registrar a localizao, extenso e deslocamento
do deslizamento, procurar trincas em zonas adjacentes, especialmente na zona lateral superior,
e indcios de percolao junto ao deslizamento, bem como observar frequentemente a zona para
detectar a tempo o agravamento das condies.
53
Anomalia tipo 5.2 Abatimentos
Na inspeo visual as zonas com recalques devem ser fotografadas, registradas as suas
localizao e dimenses, e avaliado o recalque. O fundo das depresses localizadas deve ser
sondado para confirmar a presena de vazios ou de circulao de gua. recomendado que,
imediatamente aps a deteco de um abatimento, se promova a investigao da causa da sua
formao e a avaliao do risco que este representa para a segurana da barragem.
Dever ser inspecionada com especial cuidado a superfcie do aterro no(s) alinhamento(s) do
descarregador de fundo/ tomada dgua para a deteco de depresses associadas a problemas
de percolao ao longo de condutos.
A ao severa das ondas no paramento de montante pode provocar ondulao da sua superfcie
e a degradao do material de proteo. Este efeito consiste no deslocamento, por ao das
ondas, de uma poro do paramento de montante, com remoo da proteo do talude e do
material subjacente e deposio do material do aterro numa zona inferior do talude, dando
origem formao de uma rea relativamente plana (designada por praia), limitada a montante
por um declive ngreme ou por uma escarpa (Figura III. 10). A progresso deste fenmeno pode
levar diminuio da largura e possivelmente da altura do aterro, ao aumento da percolao e
perda local de estabilidade do talude ou galgamento da barragem.
A degradao da proteo ocorre por fraturao dos blocos do enrocamento devido aos efeitos
combinados da meteorizao, da ao das ondas e da ocorrncia de vegetao.
54
material de proteo. Aps a sua deteco estas anomalias devem ser fotografadas e registradas.
Deve-se ainda avaliar a sua magnitude, de modo a, se necessrio, implementar medidas de
reparao ou de substituio. No deve existir vegetao no enrocamento de proteo do
paramento de montante.
O revestimento vegetal dos taludes pode no ser adequado por motivo de:
excessivo crescimento de vegetao, o que fornece um habitat para os animais que
perfuram a barragem, impede uma inspeo visual adequada e dificulta (ou impede) o
acesso barragem e s reas vizinhas;
existncia de vegetao de razes profundas, dado que as cavidades resultantes do
55
derrube, da extrao ou da secagem do sistema de razes das rvores, ou mesmo as
razes saudveis de vegetao de grandes dimenses, podem ser uma ameaa para a
integridade do aterro, j que proporcionam caminhos de percolao, capazes de
produzir eroso interna e provocar a ocorrncia de piping.
Na inspeo visual devem procurar-se sinais de eroso superficial (como ravinamentos Figura
III. 13, sulcos e trilhos de animais ou de veculos), verificar as zonas de concentrao deste tipo
de eroso (como zonas de insero a jusante e ombreiras), e identificar, ao longo de toda a
barragem, as zonas com excessiva vegetao e com vegetao de razes profundas.
Nas zonas do paramento e do p de talude de jusante, a rea envolvente dos locais em que se
procedeu ao corte de vegetao de grande porte (sem remoo de razes) ou onde existe este
tipo de vegetao, deve ser cuidadosamente observada na procura de sinais de percolao.
As galerias e as perfuraes produzidas por animais (Figura III. 14 e Figura III. 15) podem ser
perigosas devido ao enfraquecimento que provocam no aterro e facilidade de percolao da
gua nos seus vazios, propiciando fenmenos de eroso interna, capazes de causar ruptura
56
quando estabelecem a ligao do reservatrio com o talude de jusante ou encurtam os caminhos
de percolao e penetram na zona impermevel da barragem. No decurso da inspeo visual
deve-se procurar alguma evidncia de percolao vinda de buracos de animais no paramento
de jusante e na fundao, registrar a sua localizao e a profundidade atingida e, se necessrio,
proceder remoo ou erradicao dos animais.
57
Anomalia tipo 7.2 Danos estruturais (Figura III. 16)
A cavitao pode erodir o concreto das estruturas hidrulicas, bem assim como danificar
equipamentos. improvvel em estruturas que funcionem esporadicamente e por curtos
perodos e em estruturas associadas a pequenos desnveis. A inspeo visual pode detectar
eroso de cavitao designadamente associada a irregularidades nos canais dos vertedouros,
nos blocos de bacias de dissipao e em trampolins.
Na zona da restituio deve avaliar-se os processos erosivos (Figura III. 18) que possam
comprometer a estabilidade da barragem, a estabilidade da obra de dissipao, os bens
existentes nas margens da linha de gua, e provocar deslizamentos das margens.
58
Figura III. 17 Obstruo da soleira do vertedouro
Nas inspees visuais, em geral, nem a zona de entrada nem o conduto da descarga de fundo
so acessveis, sendo apenas observada a zona de restituio. Aplica-se a esta zona o
mencionado anteriormente para a zona de restituio dos vertedouros.
Os taludes do reservatrio devem ser inspecionados para deteco de zonas de intensa eroso
superficial ou zonas instveis que possam contribuir para o assoreamento do reservatrio.
59
Figura III. 19 Forte ravinamento dos taludes do reservatrio
O reservatrio tambm deve ser observado com vista deteco da proliferao de plantas
aquticas, capazes de comprometer a qualidade da gua do reservatrio, inclusive, a sua
eutrofizao.
60
ANEXO 4 - PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DE MANUTENO
PREVENTIVA
61
62
PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DE MANUTENO PREVENTIVA
Instrues:
1 O quadro a seguir apresenta o planejamento mensal das atividades a serem
realizadas pelo empreendedor para uma adequada manuteno preventiva da
barragem.
2 Em cada ms, devem ser realizadas somente as atividades indicadas com um X.
3 O ms 1 do planejamento corresponde ao primeiro ms do perodo chuvoso.
Ms
Atividade de manuteno preventiva P
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
A Coroamento
A.1 Reparao corrente de trincas devidas secagem 2 X X X
A.2 Regularizao geomtrica (correco do nivelamento) 1 X
A.3 Garantia da integridade da vedao 1 X X X X
A.4 Preenchimento de sulcos ligeiros e buracos pequenos 2 X X X X
B Paramento de montante
B.1 Corte da vegetao entre o rip-rap 2 X X
B.2 Corte da vegetao arbustiva e rvores 1 X X X X
B.3 Manuteno da proteo vegetal (se existente) ou do rip-rap 1 X X X X
B.4 Garantia da integridade da vedao 1 X X X X X X X X X X X X
C Paramento de jusante
C.1 Manuteno da proteo vegetal 2 X X X X
C.2 Regularizao das superfcies (ravinamento) 2 X X X X
C.3 Garantia da integridade da vedao 1 X X X X
C.4 Corte de vegetao arbustiva e rvores 1 X X X X
C.5 Manuteno das calhas 2 X X
D Insero do aterro nas ombreiras
D.1 Drenagem de escoamento superficial nas ombreiras 2 X X X X X X X X X X X X
E Contato do aterro com estruturas rgidas
E.1 Reparao de sulcos e aberturas 1 X X
F Canal de aproximao
F.1 Limpeza de detritos e outros obstculos 1 X X X X X X X X X X X X
F.2 Regularizao geomtrica 2 X X
F.3 Corte de vegetao arbustiva e de rvores na proximidade 2 X X
G Canal do vertedouro
G.1 Limpeza de detritos e outros obstculos 1 X X X X X X X X X X X X
G.2 Regularizao geomtrica (soleira e taludes) 2 X X
G.3 Manuteno da cobertura vegetal 2 X X X X
G.4 Reparao de trincas e ravinamentos (soleira e taludes) 1 X X X X
G.5 Reparao de trincas e deformaes no contato com o terreno
1 X X X X
natural
G.6 Corte de vegetao arbustiva e de rvores na proximidade 2 X X
H Bacia de dissipao
H.1 Reparao de deteriorao no concreto 1 X X X X
H.2 Garantia de integridade da vedao 1 X X X X X X X X X X X X
I Descarga de fundo e tomada dgua
I.1 Manuseio da comporta de montante 2 X X X X
I.2 Manuseio da comporta ou vlvula de jusante 2 X X X X
J Reservatrio
J.1 Remoo do assoreamento no fundo 2 X
J.2 Garantia de integridade da vedao e das zonas de bebedouros 1 X X X X
J.3 Plantao de espcies protetoras da eroso do solo vegetal ou
2 X
cerca de proteo relativamente ao transporte elico
J.4 Remoo das plantas aquticas 1 X X X X X X X X X X X X
J.5 Plantao de rvores para proteo da incidncia solar 2 X
P categoria de prioridade: 1 situao potencialmente grave; 2 situao sem gravidade
63
DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES DE MANUTENO PREVENTIVA:
Instrues:
1 As atividades descritas nesse tpico correspondem ao detalhamento das atividades
apresentados no quadro anterior.
2 O empreendedor deve seguir as orientaes deste detalhamento para execuo das
manutenes.
3 Em caso de dvidas, consultar um engenheiro.
A COROAMENTO
O que :
Trata-se do preenchimento de trincas com terra.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Solo argiloso
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Preencher as trincas com solo argiloso
2 Umidificar o terreno coberto (sem, no entanto, deixar enxarcar).
3 Compactar o terreno com auxlio da enxada
O que :
Trata-se da correo do nivelamento da superfcie do coroamento da barragem, trazendo-a de
volta s condies originais de construo.
64
Eroso pela gua da chuva ou pela ao do vento.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Solo argiloso
Nvel de bolha
Cascalho grosso
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Cobrir os afundamentos com solo argiloso, procurando mant-lo nivelado
2 Umidificar o terreno coberto (sem, no entanto, deixar enxarcar).
3 Compactar o terreno com auxlio da enxada
4 Caso haja trfego de veculos, cobrir todo o coroamento com uma camada de 5 cm
de cascalho grosso
O que :
Manter a vedao sem aberturas facilmente transponveis por animais.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Postes de madeira
Tela metlica
Carrinho de mo
Material de carpinteiro
P
Enxada
65
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Repor os postes de vedao e os pedaos de tela metlica que estejam danificados.
O que :
Trata-se de manter a regularidade geomtrica da superfcie da barragem.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Marreta
Material argiloso
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Remover a zona superficial dos sulcos e buracos e preench-los com solo argiloso
mido bem compactado.
66
B PARAMENTO DE MONTANTE
O que :
Trata-se de cortar a vegetao indesejvel que cresce entre o rip-rap.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxadinha
P
Carrinho de mo
Ancinho
Tesoura
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Cortar a vegetao de porte to rente superfcie quanto possvel (pelo p).
O que :
Trata-se de cortar a vegetao de grande porte e as rvores que se tenham desenvolvido no
corpo do aterro, na zona imediatamente a jusante da barragem e nas ombreiras.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Serra ou motoserra
Serrote
Cordas
67
Carro para transporte dos resduos.
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Cortar os arbustos e as rvores to rente superfcie quanto possvel (pelo p).
O que :
Manter a cobertura vegetal ou o rip-rap em condies adequadas ao longo de todo o paramento.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxadinha
Enxada
P
Carrinho de mo
Ancinho
Rip-rap
Solo orgnico
Sementes
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Colocar solo orgnico e semear as zonas necessitadas de correo ou colocar rip-
rap.
O que :
Manter a vedao sem aberturas facilmente transponveis por animais.
68
Importncia dessa manuteno:
Impede o acesso no controlado de animais ao interior do permetro da barragem.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Postes de madeira
Tela metlica
Carrinho de mo
Material de carpinteiro
P
Enxada
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Repor os postes de vedao e os pedaos detela metlica que estejam danificados.
69
C PARAMENTO DE JUSANTE
O que :
Manter a cobertura vegetal em adequadas condies.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxadinha
Enxada
P
Carrinho de mo
Ancinho
Solo orgnico
Sementes
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Colocar solo orgnico e semear as zonas necessitadas de correo.
O que :
Trata-se de manter a regularidade geomtrica da superfcie da barragem, dificultando o efeito
erosivo da gua das chuvas no paramento inclinado do talude.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
70
Carrinho de mo
Marreta
Material argiloso
Solo orgnico
Sementes
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Remover a zona superficial dos sulcos e preench-los com solo argiloso mido bem
compactado.
2- Repor a vegetao de proteo, conforme C.1.
O que :
Manter a vedao sem aberturas facilmente transponveis por animais.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Postes de madeira
Tela metlica
Carrinho de mo
Material de carpinteiro
P
Enxada
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Repor os postes de vedao e os pedaos detela metlica que estejam danificados.
O que :
Trata-se de cortar a vegetao de grande porte e as rvores que se tenham desenvolvido no
talude de jusante do corpo do aterro.
71
Causa(s) mais provvel(eis) do problema:
Sementes de vegetao indesejvel depositadas pelo vento ou pela escorrncia de gua.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Serra ou motoserra
Serrote
Cordas
Carro para transporte dos resduos.
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Cortar os arbustos e as rvores to rente quanto possvel (pelo p).
O que :
Desobstruir e reparar as calhas partidas ou com inclinao inadequada.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Picareta
Nvel de bolha
Cascalho grosso
Calhas
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Repor o alinhamento e a inclinao das calhas.
72
2- Substituir calhas quebradas.
73
D INSERO DO ATERRO NAS OMBREIRAS
O que :
Instalar ou reparar calhas no contato do aterro com as ombreiras.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Marreta
Carrinho de mo
Material argiloso
Nvel de bolha
Calhas
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Abrir sulcos para a insero das calhas na zona de contato do aterro com as
ombreiras e Instalar as calhas de modo a que o seu bordo superior fique superfcie
do talude ou
2- Reparar as calhas existentes de acordo com o indicado em C.5.
74
E CONTATO DO ATERRO COM ESTRUTURAS RGIDAS
O que :
Fechamento dos sulcos e aberturas no contato com estruturas rgidas.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Marreta
Carrinho de mo
Betuminoso
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Remover a zona superficial dos sulcos e das aberturas
2- Preencher os sulcos e as aberturas com betuminoso
3- Compactar as superfcies dos sulcos e das aberturas.
75
F CANAL DE APROXIMAO
O que :
Remoo de todos os slidos com volume significativo no canal de aproximao.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Carrinho de mo
Cordas
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1- Remover os detritos de maior dimenso capazes de obstruir o vertedouro.
O que :
Trata-se da regularizao do canal do vertedouro
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Marreta
Betoneira
Concreto
76
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Preencher as cavidades na superfcie do canal de aproximao com concreto
2 Regularizar os taludes do canal de aproximao
O que :
Trata-se de cortar a vegetao de grande porte e as rvores que se tenham desenvolvido na
proximidade do canal de aproximao.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Serra ou motoserra
Serrote
Cordas
Carro para transporte dos resduos.
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Cortar os arbustos e as rvores to rente quanto possvel (pelo p).
77
G CANAL DO VERTEDOURO
O que :
Remoo de todos os materiais soltos do canal do vertedouro.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Carrinho de mo
Cordas
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Remover os materiais soltos do canal do vertedouro.
O que :
Trata-se da reposio da geometria do canal do vertedouro.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Marreta
Betoneira
Concreto
Pessoal:
78
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Preencher as cavidades da superfcie do canal de aproximao com concreto.
2 Regularizar os taludes do canal do vertedouro.
O que :
Repor a cobertura vegetal (em soleiras no revestidas)
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxadinha
Enxada
P
Carrinho de mo
Ancinho
Sementes
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Semear as zonas necessitadas de correo.
O que :
Trata-se da reposio da geometria do vertedouro no revestido
79
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Marreta
Betoneira
Concreto
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Preencher os espaos vazios na superfcie vertedouro ou nos taludes rochosos com
concreto.
2 Regularizar os taludes em solos.
O que :
Preenchimento das trincas e deformaes no contato do vertedouro em concreto com o terreno
natural.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Marreta
Carrinho de mo
Betuminoso
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
80
Como fazer:
1 Remover a zona superficial as superfcies das trincas.
2 Preencher as trincas com betuminoso.
3 Compactar as superfcies dos sulcos e das aberturas, se estes forem em solos.
O que :
Cortar a vegetao de grande porte e as rvores que se tenham desenvolvido no vertedouro.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Serra ou motoserra
Serrote
Cordas
Carro para transporte dos resduos.
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Cortar os arbustos e as rvores to rente quanto possvel (pelo p).
81
H BACIA DE DISSIPAO
O que :
Limpeza e regularizao da zona superficial do concreto.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Marreta
Betoneira
Concreto
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Limpar a zona superficial do concreto na zona deteriorada.
2 Preencher com concreto.
O que :
Manter a vedao sem aberturas facilmente transponveis por animais.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Postes de madeira
82
Tela metlica
Carrinho de mo
Material de carpinteiro
P
Enxada
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Repor os postes de vedao e os pedaos detela metlica que estejam danificados.
83
I DESCARGA DE FUNDO E TOMADA DGUA
O que :
Manobra completa de abertura e fechamento do registro da comporta de montante
Recursos necessrios:
Pessoal:
Operador
Como fazer:
1 Abrir e fechar lentamente o registro, mantendo a comporta ou vlvula de jusante aberta
(se existente).
O que :
Manobra completa de abertura e fechamento da comporta ou vlvula de jusante.
Recursos necessrios:
Pessoal:
Operador
Como fazer:
1 Fechar e abrir lentamente a comporta ou vlvula de jusante, mantendo a comporta de
montante aberta.
84
J RESERVATRIO
O que :
Limpeza do fundo do reservatrio do material slido de pequenas dimenses.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
P
Carrinho de mo
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Recolher o material slido fino existente no fundo do reservatrio, aps o seu
esvaziamento.
O que :
Manter a vedao sem aberturas facilmente transponveis por animais.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Postes de madeira
Tela metlica
Carrinho de mo
Material de carpinteiro
P
Enxada
Pessoal:
85
Servente de pedreiro
Como fazer:
1 Repor os postes de vedao e os pedaos de tela metlica que estejam danificados.
O que :
Plantao de espcies vegetais de porte apropriado para criar uma proteo ao transporte pelo
vento de sedimentos para o reservatrio.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
Espcies vegetais (arbustos de porte mdio)
Pessoal:
Trabalhador de fazenda
Como fazer:
1 Plantar um permetro de arbustos transversal direo predominante do vento.
O que :
Remoo das plantas parasitas do reservatrio.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Bote
Foice
Rede
86
Pessoal:
Trabalhador de fazenda
Como fazer:
1 Cortar e recolher as plantas aquticas.
O que :
Plantar rvores num permetro orientado paralelamente direo N-S
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
Ps de rvores de espcies frondosas
Pessoal:
Trabalhador de fazenda
Como fazer:
1 Definir o alinhamento do permetro entreposto entre o reservatrio e a trajetria diria
do sol, a uma distncia suficiente para a sombra incidir sobre o reservatrio (porm sem ser
demasiado prximo, devido ao efeito das razes).
2 Plantar as rvores.
87
88
ANEXO 5 - ATIVIDADES DE MANUTENO CORRETIVA
89
90
Instrues:
1 - O quadro a seguir apresenta a listagem das principais anomalias que ocorrem numa barragem
e que exigem manuteno corretiva, indicando a relevncia e o nvel de urgncia na sua
correo.
91
92
DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES DE MANUTENO CORRETIVA:
Instrues:
1 As atividades descritas nesse tpico correspondem ao detalhamento das atividades
apresentados no quadro anterior.
2 O empreendedor deve seguir as orientaes deste detalhamento para execuo das
manutenes.
3 Sempre que indicado com a figura do engenheiro ou, em caso de dvidas, consultar
um engenheiro com experincia em barragens.
O que :
Borda livre (diferena entre a cota do coroamento e o nvel mximo maximorum) inferior a 1 m
ou subida do nvel da gua acima do nvel mximo maximorum de projeto sem ultrapassar a
cota de coroamento da barragem.
Como fazer:
1. Altear a barragem ou baixar a cota da soleira do vertedouro, sob a
orientao do engenheiro de barragens
O que :
Borda livre (diferena entre a cota do coroamento e o nvel mximo maximorum) inferior a 1 m,
tendo subido o nvel da gua acima da cota de coroamento da barragem.
93
A manuteno proposta destina-se a reabilitar o aterro aps o galgamento, com o tratamento
das zonas erodidas pela ao da gua e a dotar a barragem de uma borda livre adequada.
Aps o galgamento e a ocorrncia de eroso, a barragem mais suscetvel a galgamentos
futuros, que podero levar sua ruptura.
Trata-se de uma manuteno necessria, e at sua correo, devem ser implementadas as
medidas de alerta indicadas no Guia de Procedimentos de Emergncia (Captulo 6).
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer:
1. Remover o solo afetado pela eroso.
2. Altear a barragem ou repor a geometria inicial do aterro e baixar a cota
da soleira do vertedouro, sob a orientao do engenheiro de barragens.
94
2 PERCOLAO NO CONTROLADA
O que :
Aparecimento de gua (surgncia) limpa ou turva, com ou sem presso, em qualquer zona no
drenante do paramento de jusante ou nas ombreiras. Trata-se de surgncia em zonas que em
condies normais estariam sem escorrncia de gua.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Geotxtil
Areia
Brita
Rip-rap
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Colocar um geotxtil sobre a zona da surgncia.
2. Colocar uma camada de areia sobre o geotxtil.
3. Colocar uma camada de brita sobre a areia.
4. Colocar uma camada de rip-rap sobre a brita.
5. Chamar o engenheiro de barragens, para avaliao da situao.
95
2.1.2 Surgncias na zona imediatamente a jusante sem deposio de material carreado
O que :
Aparecimento de gua (surgncia) limpa, com ou sem presso, na zona do terreno
imediatamente a jusante.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Geotxtil
Areia
Brita
Rip-rap
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Colocar um geotxtil sobre a zona da surgncia.
2. Colocar uma camada de areia sobre o geotxtil.
3. Colocar uma camada de brita sobre a areia.
4. Colocar uma camada de rip-rap sobre a brita.
5. Chamar o engenheiro de barragens, para avaliao da situao
O que :
Aparecimento de um movimento de gua ascendente num ou mais pontos localizados na zona
do do terreno imediatamente a jusante com deposio de material em forma de cone na zona
em torno do ponto de sada.
96
Causa mais provvel do problema:
Circulao de gua ao longo da fundao da barragem, devido inexistncia de tapete drenante
ou devido presena de camadas permeveis na fundao que atingem a superfcie do terreno
a jusante da barragem.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Geotxtil
Areia
Brita
Rip-rap
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Descer o nvel dgua no reservatrio.
2. Construir de um dique em torno do ponto de sada para localmente subir a
cota da gua.
3. Colocar um geotxtil sobre a zona da surgncia.
4. Colocar uma camada de areia sobre o geotxtil.
5. Colocar uma camada de brita sobre a areia.
6. Colocar uma camada de rip-rap sobre a brita.
7. Chamar o engenheiro de barragens, para avaliao da situao.
2.2.1 Surgncias com turvao em drenos ou zonas tratadas com filtros e drenos
O que :
Aparecimento de gua turva na zona de sada do tapete drenante, do dreno do p do talude ou
de zonas tratadas com filtros e drenos.
97
Importncia dessa manuteno:
A interveno destina-se a evitar o carreamento de materiais, pelo que deve ser realizada de
imediato.
Trata-se assim de uma manuteno a executar logo aps a sua deteco. At sua correo,
devem ser implementadas as medidas de alerta indicadas no Guia de
Procedimentos de Emergncia (Captulo 6).
Como fazer?
1. Descer o nvel da gua no reservatrio.
2. Requer a orientao de um engenheiro de barragens.
2.2.2 Surgncias sem turvao em drenos ou zonas tratadas com filtros e drenos
O que :
Dreno de p de jusante sem vazo, dreno que deixa de debitar gua ou aumento da vazo do
dreno para o mesmo nvel da gua no reservatrio.
Como fazer?
1. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens
O que :
Aparecimento de gua (surgncia) a jusante no contato do aterro com os muros do vertedouro.
98
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Compactador manual
Solos argilosos
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Logo que o nvel da gua no reservatrio desa abaixo da zona onde surge a surgncia;
2. Remover os materiais molhados junto parede
3. Colocao e compactao adequada dos materiais na zona removida, de modo a repor a
geometria inicial.
2.3.2 Surgncias nos contatos do(s) conduto(s) da descarga de fundo /tomada dgua (no em
presso) com o aterro ou com a fundao
O que :
Aparecimento de gua (surgncia) a jusante no contato dos condutos com o aterro, com a
comporta de montante fechada.
Como fazer?
1. Descer do nvel do reservatrio
2. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens
99
2.3.3 Surgncias nos contatos do aterro com o(s) conduto(s) da descarga de fundo /tomada
dgua, apenas quando em presso,
O que :
Aparecimento de gua (surgncia) a jusante no contato dos condutos com o aterro, apenas com
a comporta de montante aberta e com o nvel do reservatrio a cotas elevadas.
Como fazer?
1. Fechar imediatamente a comporta a montante do conduto.
2. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens.
O que :
O aparecimento, no paramento de jusante ou a jusante deste, de zonas muito molhadas ou zonas
com vegetao muito verdejante ou com muita necessidade de gua.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Foice
Motoserra
Roador
Tesoura de poda
Enxada
P
Carrinho de mo
Geotxtil
100
Areia
Brita
Rip-rap
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Cortar a vegetao na zona afetada
2. Colocar um geotxtil sobre a zona mida.
3. Colocar uma camada de areia sobre o geotxtil.
4. Colocar uma camada de brita sobre a areia.
5. Colocar uma camada de rip-rap sobre a brita.
6. Chamar o engenheiro de barragens, para avaliao da situao
101
3 - TRINCAS
O que :
Aparecimento de fissuras espalhadas ao longo das zonas emersas da barragem e com uma forma
muito diferente de local para local ou alveolar.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Compactador manual
Solo argiloso
Sementes
Solo orgnico
Rip-rap
Pessoal:
Servente de pedreiro
Trabalhador da fazenda
Como fazer?
1. Umedecer lentamente as trincas do interior para o exterior e verificar o seu fechamento
previamente estao das chuvas.
2. Remover os solos em torno da trinca e preenchimento com material argiloso
devidamente umidificado (tornando-o plstico) e compactado, se o fechamento no se
tiver produzido pela tarefa 1.
3. Colocar solo orgnico.
4. Proteger o paramento de jusante atravs da sementeira de espcies adequadas ou de uma
camada de rip-rap
5. Nos perodos secos, proceder rega das espcies semeadas.
102
3.2 TRINCAS TRANSVERSAIS
O que :
Aparecimento de fissuras na direo transversal do barramento, em geral, no coroamento da
barragem, junto s ombreiras, a uma cota superior ao nvel mximo maximorum.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Utenslios para aquecer e aplicar o material betuminoso
Material betuminoso
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Limpar a trinca.
2. Selar a trinca com material betuminoso
O que :
Aparecimento de fissuras na direo transversal do barramento, em geral, no coroamento da
barragem, junto s ombreiras, at ou a uma cota inferior ao nvel mximo maximorum, com ou
sem circulao de gua.
103
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Utenslios para aquecer e aplicar o material betuminoso
Material betuminoso
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Descer, se necessrio, o nvel dgua no reservatrio para uma cota
inferior da trinca.
2. Limpar a trinca.
3. Selar a trinca com material betuminoso.
4. Se quando subir o nvel da gua, existir passagem de gua pela trinca,
selagem sob a orientao de um engenheiro de barragens.
O que :
Aparecimento de fissuras verticais na direo do eixo do barramento no coroamento ou ao longo
dos taludes de montante e de jusante da barragem.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Utenslios para aquecer e aplicar o material betuminoso
104
Material betuminoso
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Limpar a trinca.
2. Selar a trinca com material betuminoso.
3. Se a trinca voltar a formar-se ou aumentar a sua dimenso, requerer a
orientao de um engenheiro de barragens.
O que :
Aparecimento de fissuras horizontais na direo do eixo do barramento nos taludes de montante
e de jusante da barragem, sem ou com circulao de gua.
Como fazer?
1. Descer o nvel no reservatrio abaixo da cota da trinca.
2. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens.
105
4 DESLIZAMENTOS
O que :
Movimento superfcie de uma massa rip-rap e de solo do talude de montante.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Conjunto Motobomba
Enxada
P
Carrinho de mo
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Descer o nvel dgua no reservatrio.
2. Desobstruir a entrada da descarga de fundo/ tomada dgua, se necessrio.
3. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens.
O que :
Movimento superfcie de uma massa de solo do talude de jusante.
106
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Desobstruir o dreno de p de jusante e da estrutura de sada da descarga
de fundo/tomada dgua.
2. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens.
O que :
Movimento de grandes massas de solos e eventualmente do terreno de fundao, com formao
de escarpas na zona superior e zonas protuberantes junto ao p do talude.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Conjunto Motobomba
107
Como fazer?
1. Descer o nvel da gua no reservatrio, se necessrio.
2. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens.
5 DEPRESSES
5.1 DEPRESSES COM PENDENTES SUAVES
O que :
So deformaes para o interior do coroamento ou dos taludes com variaes de declive muito
suave, dispersas ou localizadas ao longo da superfcie da barragem.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Compactador manual
Solo argiloso
Rip-rap
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Repor a geometria inicial atravs da limpeza e escarificao do solo superficial e
posterior compactao de solo argiloso no coroamento e no paramento de jusante.
2. Repor a geometria inicial do paramento de montante atravs da colocao de rip-rap.
5.2 ABATIMENTOS
O que :
So deformaes para o interior do coroamento ou dos taludes com uma forte inclinao no seu
contorno e, por vezes, com um vazio central.
108
Colapso dos solos subjacentes para o interior de cavidades formadas por eroso interna dos
materiais de aterro.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Compactador manual
Solo argiloso
Rip-rap
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Descer imediatamente o nvel dgua no reservatrio se forem
detetados vazios ou gua em circulao subjacente ao abatimento.
2. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens.
109
6 - PROBLEMAS DE MANUTENO DO ATERRO
O que :
Movimento da zona de proteo e do material subjacente do paramento de montante
imediatamente acima do nvel normal da gua no reservatrio e sua deposio numa zona
inferior do talude, dando origem formao de uma rea relativamente plana (designada por
praia), limitada a montante por um declive ngreme ou por uma escarpa.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Compactador manual
Solo argiloso
Areia
Rip-rap
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Remover superficialmente as zonas afetadas
2. Repor a geometria do talude de montante sem a camada de proteo com solo argiloso,
devidamente compactado
3. Colocar uma camada de areia
4. Colocar uma camada de rip-rap de boa qualidade.
O que :
Deteriorao do coroamento devido a zonas de acumulao da gua das chuvas.
110
Causa mais provvel do problema:
Falta de nivelamento no acabamento do coroamento
Falta de inclinao do coroamento para montante, para drenar adequadamente a gua das
chuvas
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Compactador manual
Solo argiloso
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Prencher as zonas de acumulao de gua com solos argilosos devidamente
compactados.
2. Adotar uma inclinao mnima de 3% para montante para o coroamento.
O que :
Sulcos e trilhos no coroamento da barragem.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Compactador manual
Solo argiloso
111
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Prencher os sulcos e os trilhos com solos argilosos devidamente compactados.
O que :
Presena de rvores ou arbustos de grande porte ou zonas sem vegetao no paramento de
jusante no revestido com rip-rap.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Foice
Motoserra
Roador
Tesoura de poda
Enxada
P
Solo orgnico
Sementes
Rip-rap
Pessoal:
Trabalhador da fazenda
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Cortar as rvores e os arbustos de grande porte ao nvel do talude.
2. Colocar solo orgnico nas zonas com falta de vegetao.
3. Semear vegetao adequada.
4. Regar a zona semeada na poca estival.
112
6.4 DETERIORAO POR AO DE ANIMAIS
6.4.1 Cupinzeiros
O que :
Presena de cupinzeiros na zona do aterro.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Mscara
Luvas
Mangueira
Produto para a eliminao dos cupins
Calda de cimento ou equivalente
Pessoal:
Trabalhador da fazenda
Como fazer?
1. Eliminar os cupins de acordo com o indicado na Figura V.1.
2. Preencher as galerias do cupinzeiro com calda de cimento.
O que :
Presena de tocas e buracos na zona do aterro, das ombreiras e da fundao.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Mangueira
113
Calda de cimento ou equivalente
Pessoal:
Trabalhador da fazenda
Como fazer?
1. Preencher as tocas dos animais com calda de cimento
Figura V.1 Tratamento de zona afetada por formigueiro (Molle e Cadier, 1992)
114
7 DETERIORAES OU OBSTRUES DE ESTRUTURAS
HIDRULICAS
7.1 EROSES
O que :
Sobreescavao por ao da gua de qualquer zona de vertedouro.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Betoneira
Concreto magro
Pessoal:
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Remover materiais soltos e zonas instveis.
2. Preencher as cavidades erodidas com concreto magro
3. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens se as eroses forem
muito intensas ou tiverem ocorrido aps a realizao das tarefas 1 e 2.
O que :
Aparecimento de zonas descascadas ou fissuradas no concreto do revestimento do vertedouro
aps a ocorrncia de cheias.
115
Velocidade de escoamento muito elevadas devido configurao do vertedouro.
Transporte de detritos pelo escoamento.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Betoneira
Concreto
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Remover materiais soltos e zonas instveis.
2. Remover as zonas mais degradadas do concreto.
3. Preencher as zonas removidas com concreto de modo a repor a geometria
inicial e a obter uma superfcie regular e lisa.
4. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens se as eroses forem
muito intensas ou tiverem ocorrido aps a realizao das tarefas 1 a 3.
O que :
Aparecimento de fissuras na laje de concreto do revestimento do vertedouro e acompanhadas,
por vezes, por levantamento da laje.
116
Se os danos forem muito severos, o vertedouro pode colapsar no decurso de uma cheia muito
intensa, pelo que, caso esta ocorra, devem tambm ser implementadas as medidas prprias de
situao de alerta indicadas no Guia de Procedimentos de Emergncia (Captulo 6).
Como fazer?
1. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens.
O que :
Alvenaria com fissuras, com blocos de pedra soltos e desalinhados, com juntas no
argamassadas e passagens de gua.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Argamassa
Calda de cimento
Mstique
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Selagem das juntas e fissuras com argamassa.
2. Selagem das juntas e fissuras mais finas com calda de cimento ou mstique.
O que :
Desnivelamento das juntas de construo das lajes ou desalinhamento dos muros do vertedouro
que provocam perturbaes do escoamento.
117
Importncia dessa manuteno:
Os desalinhamentos e desnivelamentos entre painis adjacentes de vertedouro causam eroses
do concreto na zona das juntas, durante a ocorrncia de cheias, que tendem agravar-se ao longo
do tempo. indispensvel proceder sua reparao em curto prazo, antes do gravamento da
situao.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Martelo
Ponteira de ao
Carrinho de mo
Mstique
Pessoal:
Pedreiro
Servente de pedreiro
Como fazer?
1. Remover a zona de concreto nas proximidades das juntas onde h perturbao do
escoamento, de modo a eliminar o desnvel ou desalinhamento entre os bordos da junta.
2. Selagem das juntas com mstique.
O que :
Os muros inclinam-se para o interior do canal do vertedouro.
Como fazer?
1. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens.
O que :
Durante a ocorrncia de cheias, gua transborda o vertedouro, escoando-se para o seu exterior
e atingindo a barragem ou a margem.
118
Causa mais provvel do problema:
Ocorrncia de uma cheia superior cheia de projeto do vertedouro.
Deficiente concepo do vertedouro.
Como fazer?
1. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens.
O que :
Obstruo parcial ou total de qualquer zona do vertedouro por materiais transportados pelo
escoamento.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Flutuadores
Cordas
Estacas de amarrao
Barco
Pessoal:
Trabalhador da fazenda
Como fazer?
1. Remover e limpar de troncos e outros obstculos no canal de aproximao, no
vertedouro e na zona de restituio.
2. Limpar os detritos existentes na bacia hidrogrfica na proximidade do reservatrio.
119
7.3.2 Reduo da capacidade de vazo por perda de estabilidade de taludes
O que :
Obstruo parcial ou total de qualquer zona do vertedouro por materiais que deslizam de
encostas localizadas a cotas superiores.
Como fazer?
1. Requerer a orientao de um engenheiro geotcnico.
7.4 EQUIPAMENTOS
O que :
Comporta ou registro que no permitem a abertura ou o fecho total da descarga de fundo/tomada
dgua.
Como fazer?
1. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens
120
O que :
Perturbao das condies de restituio da vazo do vertedouro aumentando a capacidade de
eroso na zona de restituio.
Recursos necessrios:
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Rip-rap
Pessoal:
Trabalhador da fazenda
Como fazer?
1. Colocar rip-rap de proteo ou de reparao na zona a jusante da bacia de
dissipao do vertedouro ou da descarga de fundo.
2. Colocar rip-rap de proteo no p de jusante da barragem se esta tiver sinais
de eroso
3. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens se as eroses forem
muito intensas ou tiverem ocorrido aps a realizao das tarefas 1 a 2.
O que ?
Reduo da vazo da descarga de fundo/tomada dgua
Recursos necessrios:
121
Equipamentos e materiais:
Enxada
P
Carrinho de mo
Rip-rap
Pessoal:
Trabalhador da fazenda
Como fazer?
1. Abrir a descarga de fundo/tomada dgua durante a ocorrncia de uma cheia intensa.
2. Limpar os detritos acumulados em torno da descarga de fundo/tomada dgua, se o
reservatrio for esvaziado.
O que ?
Perda de gua do conduto atravs de fissuras ou orifcios.
Como fazer?
1. Requerer a orientao de um engenheiro de barragens.
122
ANEXO 6 - FICHAS DE REGISTRO DE OPERAO E MANUTENO
123
FICHAS DE REGISTRO DE OPERAO E MANUTENO
Instrues:
1 O empreendedor deve registrar nas fichas abaixo as atividades de operao,
manuteno e inspeo realizadas a cada ms.
2 O ms 1 do planejamento corresponde ao primeiro ms do perodo chuvoso.
3 O emprendedor deve manter arquivadas as fichas de manuteno
preenchidas para apresentao fiscalizao, quando solicitado.
4 Para o preenchimento da ficha, a coluna Tarefas apresenta a lista de
atividades que o empreendedor deve realizar naquele ms.
5 A coluna Executada deve registrar se a tarefa foi realizada (sim ou no).
6 A coluna Data deve indicar a data em que foi realizada a tarefa.
7 A coluna condies atmosfricas deve indicar as condies do tempo (sol,
chuva, nublado) quando da realizao da tarefa.
8 A coluna Autoria deve indicar quem realizou a tarefa.
9 A coluna observaes deve ser preenchida sempre que algum fato
relevante merea ser registrado.
10 Os arquivos digitais contendo essas fichas podem ser encontrados no site
www.ana.gov.br/segurancadebarragens
124
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 1:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
125
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 2:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
126
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 3:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
127
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 4:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
128
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 5:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
129
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 6:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
130
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 7:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
131
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 8:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
132
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 9:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
133
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 10:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
134
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 11:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
135
Barragem:
Planejamento e Registro de Operao e Manuteno
Ms 12:
Executada Condies (2)
Tarefa de Operao (1) Data Autoria Observaes
(3)
atmosfricas
Nvel dgua:
Leitura do nvel do reservatrio
(1) Executada (S/N); (2) Condies atmosfricas (S: sol, N: nublado, C: chuva); (3) Notas e referncias a esquemas e fotografias
136
137
ANEXO 7 - RECOMENDAES PARA O DIMENSIONAMENTO E A
CONSTRUO DE PEQUENAS BARRAGENS DE TERRA
138
139
RECOMENDAES PARA O DIMENSIONAMENTO E A
CONSTRUO DE PEQUENAS BARRAGENS DE TERRA
Objeto
No projeto de pequenas barragens de terra deve assegurar-se a estabilidade dos taludes em todas
as fases da vida da obra, em especial durante os esvaziamentos rpidos, considerar o controle
da percolao, a existncia de uma borda livre adequada e a proteo dos taludes contra a eroso
causada pela chuva e pelas ondas.
Os projetos devem ser elaborados por tcnicos registrados no Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia CREA e ter Anotao de Responsabilidade Tcnica ART registrada no CREA
da regio onde se desenvolvem os projetos.
Implantao da barragem
140
Na fundao do vertedouro, a prospeo a realizar deve ser orientada para a avaliao da
erodibilidade da fundao. Devem ser executadas trincheiras na soleira e ao longo do canal do
vertedouro. Para a fundao da descarga de fundo e da tomada dgua devem ser realizadas, no
mnimo, duas trincheiras para verificar a adequao do terreno de fundao.
O reconhecimento dos solos a utilizar na construo deve ser feito com recurso a trincheiras
nos locais de emprstimo.
Em regra, o nmero de poos ou sondagens no deve ser inferior a trs, nem o seu espaamento
maior do que 50 m.
O reconhecimento deve ainda dar particular ateno pesquisa de ressurgncias que tero de
ser captadas de modo a no prejudicar a estabilidade da barragem e da sua fundao, bem como
existncia de camadas impermeveis de suficiente espessura a profundidade economicamente
acessvel, pois no projeto pode ser tirado importante partido de tais camadas.
No caso de haver formaes rochosas interessadas nas fundaes deve averiguar-se a eventual
existncia de diaclases, falhas ou outras superfcies de menor resistncia ao longo das quais
possam ocorrer escorregamentos ou percolaes inconvenientes.
Devem ser efetuadas pesquisas das caractersticas dos terrenos do reservatrio que possam
condicionar a sua estanqueidade e a estabilidade das suas margens.
De cada qualidade de terra, classificada visualmente, ser colhida uma amostra por cada
1000 m3 e sobre ela sero realizados os seguintes ensaios: limites de consistncia e anlise
granulomtrica. Com os resultados destes ensaios e demais elementos de apreciao deve-se
proceder ao agrupamento das terras segundo a Classificao Unificada de solos (ASTM
D2487). O nmero de ensaios prescrito poder ser reduzido no caso de terras de elevada
homogeneidade.
Sobre uma amostra de cada grupo a que se for conduzido, segundo a classificao referida,
sero realizados os seguintes ensaios: compactao leve (ASTM D698), consolidao,
permeabilidade e compresso triaxial de provetes saturados para determinao das
caractersticas de resistncia ao cisalhamento. Os ensaios sero efetuados em geral sobre a
frao dos solos que passa no peneiro de malha quadrada de 4,76 mm de abertura (n. 4 ASTM).
No caso de os solos em estudo conterem mais de 35% de elementos retidos naquela peneira, os
ensaios devero, porm, ser conduzidos sobre a frao passada na peneira de menor malha que
tiver menos de 35% dos elementos retidos.
141
Deve ser dada preferncia utilizao de solos argilosos, face sua maior resistncia eroso
ao galgamento.
Fundaes
Quando a resistncia ao cisalhamento do terreno de fundao no exceder uma vez e meia, pelo
menos, a resistncia ao cisalhamento que teria o aterro mesma profundidade, o projeto deve
apresentar demonstrao de que est garantida a segurana da obra em relao a
escorregamentos, devendo ser consideradas possveis superfcies de escorregamento cortando
simultaneamente o aterro e o terreno de fundao.
O projeto deve dar indicao do critrio a seguir aquando das escavaes para decidir sobre a
profundidade definitiva da fundao.
142
O projeto dever indicar a posio da linha de saturao no perfil da barragem e os dispositivos
drenantes adotados para que ela se situe totalmente no interior do macio.
No Quadro VII. 1 indicam-se as inclinaes que podero ser adotadas em pequenas obras de
perfil homogneo, para os diferentes grupos de classificao dos solos. As inclinaes a
indicadas para o caso de barragens no sujeitas a esvaziamento brusco do reservatrio apenas
podero ser adotadas quando no projeto se prove que tal de admitir.
Largura do coroamento
A largura do coroamento, em regra no inferior a 3 m, deve ser justificada em funo da
natureza dos materiais a empregar, da configurao da linha de saturao com o reservatrio
cheio, da altura e importncia da barragem, das condies prticas de construo e das
exigncias da circulao prevista.
O coroamento deve ser protegido com material granular para evitar trincas e sulcos produzidos
por rodas de veculos.
143
Ncleo de barragens zoneadas
Em barragens zoneadas o ncleo impermevel deve atingir a cota do nvel mximo de cheia.
Recomenda-se que a largura do ncleo na base no seja inferior a metade da altura da barragem,
com um mnimo de 4 m.
Filtros
A drenagem atravs de filtros e drenos essencial para reduzir a possibilidade de eroso interna,
considerando-se indispensvel a colocao de sistemas de drenagem interna, constitudos por
filtros chamin e tapetes drenantes, em barragens homogneas e zoneadas.
Os materiais para filtros e drenos devem, em geral, ser materiais obtidos por britagem, devido
aos materiais naturais se encontrarem, em regra, demasiado contaminados.
No havendo materiais disponveis para filtros, sendo o sobrecusto relativo sua aquisio e
transporte elevado, poder ser equacionada a utilizao alternativa de geossintticos em zonas
no crticas da barragem, em substituio dos materiais naturais.
Vertedouro(s) de cheias
Os rgos de descarga das cheias devem oferecer garantia de segurana total contra o
galgamento da barragem. Em pequenas barragens so muitas vezes considerados dois tipos de
vertedouros, o vertedouro principal e o vertedouro de emergncia, ou apenas o vertedouro
principal.
O vertedouro principal no deve ser suscetvel eroso, dado ser expectvel que funcione todos
os anos. Quando associado a um vertedouro de emergncia pode ser materializado atravs de
tubulaes verticais ou inclinadas, devidamente protegidas contra obstrues por materiais
flutuantes. Quando isolado deve ser em soleira livre.
O vertedouro de emergncia funciona apenas aps cheias significativas, deve ter uma
capacidade muito superior do vertedouro principal e deve ser em soleira livre.
144
Em princpio, e salvo o caso de se prever que a ruptura da barragem ponha em risco vidas
humanas, adotar-se- no projeto a vazo mxima da cheia com probabilidade de ocorrncia de
uma vez em 100 anos.
Todos as paredes da zona de entrada do(s) vertedouro(s) devem ter como borda livre mnima o
valor adotado para a barragem. No canal do vertedouro(s) e na zona de sada dever ser evitado
o galgamento das suas paredes pela cheia. Para a dissipao da energia das guas o projeto
dever prever disposies adequadas, cujo dimensionamento ser convenientemente
justificado.
Borda livre
Designa-se por borda livre a distncia vertical entre o mximo nvel dgua suscetvel de se
verificar no reservatrio, nvel mximo maximorum, funcionando os rgos de descarga com a
eficincia prevista, e o coroamento da barragem, no considerando o parapeito.
A fixao do valor da borda livre dever ser feita mediante a determinao do nvel da cheia
considerada para dimensionamento do vertedouro e tendo em conta a altura mxima e a
velocidade das ondas que o vento possa formar no reservatrio.
Contra-flecha
Deve ser adotado um valor mnimo de 0,30 m para a contra flecha na seo de maior altura
145
proibida a colocao de tubulaes nos aterros, por causa de eroso interna, e sobre estes,
devido eroso externa. Recomenda-se, ainda, a concretagem da envolvente dessas tubulaes.
As entradas das descargas de fundo e tomadas de gua devem ser localizadas de forma a garantir
a permanncia do seu funcionamento e ser munidas de grelhas de proteo.
A tubulao deve ter uma inclinao que no exceda 2 a 5%, para evitar velocidades demasiado
elevadas, e deve estender-se para alm do p de jusante para evitar a eroso da barragem.
Salvas razes justificadas, cada conduto deve ser munido, pelo menos, de uma vlvula,
instalada a montante e convenientemente arejada. O seu comando ser facilmente acessvel e,
se for mecnico, deve existir simultaneamente dispositivo de manobra manual.
Dado que as tubulaes sob o aterro so frequentemente causa de acidentes devido percolao
ao longo do respectivo contorno exterior, o projeto dever indicar as medidas a adotar para
interceptar as eventuais fugas ao longo dos condutos, nomeadamente, atravs de colares de
filtros/drenos.
Se existir utilizao regular de gua a jusante da barragem, deve instalar-se um sistema de vazo
sanitria que permita a manuteno de uma vazo adequada para esse efeito.
O projeto dever conter uma avaliao do dano potencial associado no que respeita a pessoas,
habitaes ou propriedades induzido pela onda de inundao devida ao eventual rompimento
da barragem.
146
O projeto deve definir de forma adequada a extenso para montante do espelho dgua em pleno
armazenamento e em mxima cheia e indicar as propriedades potencialmente inundadas, bem
como a autorizao explcita por parte dos respectivos proprietrios. Deve ainda conter uma
previso da sedimentao do reservatrio ao longo da sua vida til, bem como medidas para a
sua minimizao, bem como que combatam o crescimento de plantas aquticas.
A construo da barragem tambm pode ter consequncias para jusante, nomeadamente, devido
reduo significativa dos escoamentos, podendo atingir outras barragens e poos. O projeto
deve conter uma avaliao destes impactos, bem como medidas para a sua minimizao.
Sempre que tal for reconhecido necessrio, as obras devero incluir dispositivos que permitam
a circulao dos peixes entre os trechos de gua situados a montante e a jusante da barragem
Direo da construo
A preparao para a execuo dos aterros inclui a marcao dos limites da barragem e dos seus
alinhamentos principais (nomeadamente, o eixo), a escolha das reas de emprstimo, os acessos
s reas de emprstimo, a remoo da camada superficial da fundao, a eventual execuo do
desvio provisrio, a construo da trincheira de vedao e a implantao da tubulao do
descarga de fundo/tomada dgua.
A implantao da barragem deve ser efetuada recorrendo a estacas e a cordas, usadas tambm
para assinalar o nvel mximo do reservatrio. A vegetao abaixo deste nvel deve ser
removida.
reas de emprstimo
As reas de emprstimo devem ser desprovidas de material orgnico, drenadas, conter os solos
pretendidos e no terem demasiados blocos de pedra.
Limpeza da fundao
Sero retiradas as camadas de terra vegetal, razes, outros restos de matrias vegetais, blocos
de pedra, detritos, formigueiros e bem assim todas as terras acima daquelas cujas caractersticas
mecnicas foram consideradas no projeto das fundaes.
147
As surgncias devero ser captadas e drenadas antes de ser iniciada a execuo do aterro.
Desvio provisrio
Se a barragem for construda num curso de gua pode ser necessrio prever a construo de um
desvio provisrio, atravs de tubulao ou de trincheira de desvio.
A implantao da(s) tubulao(es) do descarga de fundo/tomada dgua deve ser decidida aps
a limpeza da fundao, a realizao das trincheiras de prospeo e a construo da trincheira de
vedao, podendo ser necessrio adotar geometrias em curva para garantir boas condies de
fundao.
A trincheira de fundao da tubulao deve ser escavada em terreno firme desde a insero a
montante no reservatrio, pelo menos, at ao p de jusante. A trincheira deve ter uma dimenso
na base igual ao dimetro da tubagem acrescido do espao necessrio para o preenchimento
com concreto pobre da sua envolvente.
Fundaes
A compactao das camadas deve ser realizada de forma a conseguir compacidades pr-fixadas,
de acordo com os ensaios de compactao.
Deve dar-se preferncia ao ajuste do teor em gua no local do emprstimo, para que a colocao
em obra ocorra com o material com o teor em gua prximo do pretendido.
A construo do aterro deve ser feita de forma regular, de forma a no haver desnveis
excessivos. O material de aterro deve ser colocado em camadas horizontais em toda a extenso
da barragem. Os materiais devem ser espalhados sobre as camadas pr-existentes e no
empurrados para o local.
O espalhamento deve ser feito com bulldozer, em camadas com uma espessura mxima de cerca
de 0,20 m a 0,25 m, dependendo do solo e do equipamento de compactao, e a compactao
148
deve ser efetuada com rolos. Os rolos de ps de carneiro so os mais adequados para os solos
finos argilosos e os rolos de rasto liso para os restantes. Normalmente 8 a 10 passagens do
equipamento de compactao so suficientes.
A compactao relativa (ASTM D698) deve atingir pelo menos 95%, referida ao ensaio Proctor
normal, e o teor de gua dever situar-se entre o teor timo em gua e + 2%.
Usualmente cada camada ser levada at umidade conveniente para a compactao por rega
sobre o aterro ou no emprstimo, com cuidadosa disperso de gua para conseguir molhagem
uniforme. Ser, em regra, conveniente acompanhar a rega com revolvimento das terras por meio
de equipamentos adequados.
Deve ser assegurada uma adequada ligao entre camadas, pelo que, se a superfcie da camada
secar, esta deve ser escarificada antes da colocao de uma nova camada. A escarificao da
camada tambm fundamental quando se utilizam rolos de rasto liso.
Se os aterros forem construdos durante a estao mida, devem ser tidos cuidados para evitar
a permanncia de gua na superfcie das camadas. Para o efeito, as camadas devem ter uma
ligeira inclinao que permita o escoamento superficial.
O filtro chamin no deve ser demasiado compactado. A sua compactao deve ser feita com
bastante gua.
Tubulaes
As tubulaes devem ser ensaiadas com ar comprimido a uma presso igual a uma vez e meia
a presso de servio, no devendo ocorrer fugas durante um perodo de 2 h. Estes ensaios de
receo permitem realizar correes com um custo mnimo.
Controle da compactao
Ser mantido pelo tcnico responsvel no local da obra um registro dos resultados dos ensaios
de controle, com indicao das datas e das coordenadas dos pontos em que os ensaios de
controle foram realizados.
Durante a execuo da obra, o mesmo tcnico anotar os resultados dos seus exames aos
trabalhos durante as fases mais importantes, designadamente: concluso da remoo da camada
superficial da fundao, colocao de filtros, diversas fases de compactao dos aterros e fase
terminal da obra.
149
Recuperao paisagstica do local
Para a revegetao, devem ser utilizados solos orgnicos para a plantao de espcies nativas e
evitar-se a plantao de rvores adjacentes ao aterro.
Em obras que levantem problemas especiais devero ser colocados dispositivos de observao,
nomeadamente referncias para observao de deslocamentos de pontos dos macios, aparelhos
para medio de presses intersticiais e piezmetros para observao da linha de saturao.
150