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Gerao Distribuda: Uso da Energia Solar em Condomnios de Edifcios Julho/2016

Gerao Distribuda: Uso da Energia Solar em Condomnios de


Edifcios

Jos Genilson de Azevedo [email protected]


Projeto, Execuo e Controle em Engenharia Eltrica
Instituto de Ps-Graduao e Graduao IPOG
Recife, PE, 3 de novembro de 2015

Resumo
O conceito inicial da gerao distribuida foi identificado no inventor, cientista e empresrio
Thomas A. Edson (1847 1931), quando efetivou a instalao do primeiro sistema de gerao
de energia eltrica na cidade de Nova Iorque, em 1882.A gerao central construda
alimentava lmpadas incandescentes de aproximadamente 59 clientes, em uma rea com cerca
de 1 km. Neste caso,existia uma fonte de energia prxima carga de pouco acesso linha
eltrica de uma hidreltrica. Com a evoluo do Sistema Eltrico de Potncia, grandes
centrais foram construdas e passaram a alimentar cargas distantes, formando um modelo cada
vez mais centralizado. Porm, o crescimento significativo da demanda, acompanhado da
emisso de poluentes ao meio ambiente, como tambm o surgimento de novas tecnologias de
gerao de pequeno porte, surgiu a necessidade da descentralizao do fornecimento da
energia, surgindo assim a figura de pequenos geradores, aliviando necessariamente o sistema
eltrico.Este artigo tem como objetivo indicar as vantagens no uso da gerao distribuda em
condomnios de edifcios, com uma aplicao prtica de viabilidade econmica,
proporcionando reduo na conta de energia eltrica atravs dos crditos de gerao,
mostrando benefcios tanto para o consumidor como tambm para o fornecedor da energia
eltrica. O estudo mostra uma forma de garantir a disponibilidade da eletricidade em baixa
tenso para o cliente cativo. Possui as etapas de anlise de perfil de carga, estudo de consumo
da energia eltrica, anlise da viabilidade tcnica e econmica das aes a implementar, e
elaborao de proposta. A metodologia utilizada baseia-se em pesquisa bibliogrfica em
livros, revistas e artigos, e aplicao de estudo de caso de crditos de energia por sistema
fotovoltaico em condomnio de edifcios. Os resultados mostram um investimento necessrio
em torno de R$ 9.418,32, com possibilidade de retorno do investimento em menos de 10
anos, beneficiando um ganho de R$ 15.207,33 ao longo dos 25 anos de vida til, numa Taxa
de Retorno do Investimento em 8,59%.
Palavras-chave:Gerao Distribuda. Sistema Eltrico. Energia solar. Sistema Fotovoltaico.
Crdito na fatura.

1. Introduo
Segundo James Clerk Maxwell (1831 1879), energia aquilo que permite uma mudana na
configurao de um sistema, em oposio a uma fora que resiste a essa mudana. Isto mostra

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que, para que ocorra uma mudana de estado no sistema, tais como transformar energia
mecnica em eltrica, energia potencial em cintica, ou energia solar em eltrica, necessrio
que exista uma quantidade de energia, que por sua vez, em uma determinada reserva
denominada fonte. extremamente importante a sustentabilidade desta fonte para uma
eficaz e eficiente continuidade no suprimento de energia, frente ao significativo crescimento
da demanda. Manter o sistema eltrico disponvel para este suprimento requer diversas aes,
dentre elas, o mantimento da sua capacidade em fornecer energia eltrica. O emprego da
gerao distribuda nos dias atuais, dentro de seus objetivos conceituais, visa proporcionar
uma folga no carregamento das grandes centrais geradoras, resultando em ganhos de
suprimento.
Este trabalho apresenta um estudo de caso de uso da gerao de energia eltrica por sistema
fotovoltaico em condomnio de mltiplas unidades consumidoras, analisando os benefcios no
que se refere disponibilidade de energia, como tambm a crditos de consumo junto
concessionria local. O estudo evidencia a prtica do uso da gerao distribuda, que se
expande nas reas de planejamento estratgico em energia, viabilidade tcnica e econmica, e
no diagnstico energtico.
Este artigo est organizado da seguinte forma: Conceituao da gerao distribuda;
importncia do uso da gerao prpria nos dias de crise econmica atuais; o uso da gerao
distribuda em edificaes; gerao de energia eltrica por sistemas fotovoltaicos; aplicao
de estudo de caso, cujas etapas so estudo das caractersticas do perfil da carga, anlise de
perfil de irradiao solar local, anlise de comportamento de consumo energtico, elaborao
de diagnstico para o uso da gerao solar; e concluses.

2. Gerao Distribuda: Conceitos bsicos


Para o Instituto Nacional de Eficincia Energtica (INEE, 2015), a Gerao Distribuda uma
expresso usada para designar a gerao eltrica realizada junto ou prxima do(s)
consumidor(es) independe(s) da potncia, tecnologia e fonte de energia. Este conceito mostra
uma realidade de certa forma antiga, diante dos locais que no tinham acesso s linhas
eltricas, sendo assim essenciais as pequenas geraes. No Brasil, por exemplo, estimava-se
nos anos 2000 que cerca de 25 milhes de pessoas, aproximadamente 15% da populao do
pas na poca, viviam sem acesso energia eltrica (Walter, 2000). O conceito da GD tinha
um foco direcionado somente a esta realidade, para suprir esta deficincia no Setor Eltrico.
Mas, diante das grandes melhorias na tecnologia dos vrios tipos de gerao, surge uma
importante opo: Crdito de energia eltrica pela Gerao Distribuda.
Os consumidores brasileiros residenciais tm participao significativa no consumo de
energia eltrica. Com este potencial, juntamente com a evoluo tecnolgica, interessante o
emprego de pequenos geradores, amortizando o sistema eltrico. Como pode ser visto no
grfico da Empresa de Pesquisa Energtica (EPE) abaixo, elaborado pelos dados de consumo
em perodos de vero e inverno, em torno de 25% esta classe tem destaque. Nota-se que existe
certa continuidade neste percentual, caracterizando bem o perfil de consumo em perodos de

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pico e de baixa.

Figura 1 Evoluo da participao das classes de consumo


Fonte: EPE (2015)

Criada em 2012, a resoluo n 482 da Agncia Nacional de Energia Eltrica (ANEEL, 2012)
estabeleceu regras para injeo de energia eltrica nas redes das concessionrias locais por
meio de pequenos sistemas de gerao. A quantidade excedente de energia eltrica inserida
transformada em crditos para o consumidor. Esta compensao de crditos obedece
seguinte ordem: no mesmo posto tarifrio, sendo na mesma unidade e no mesmo ciclo de
faturamento; em outro posto tarifrio, sendo na mesma unidade e no mesmo ciclo de
faturamento; no mesmo posto tarifrio, sendo em outra unidade consumidora e no mesmo
ciclo de faturamento; em outro posto tarifrio, sendo em outra unidade consumidora e no
mesmo ciclo de faturamento; para as demais unidades consumidoras, sendo no mesmo ou em
outro posto tarifrio e no mesmo ciclo de faturamento, s que estas unidades tm que ser
cadastradas previamente pelo consumidor e obedecida ordem de prioridade escolhida por
ele; e repetir os mesmos procedimentos citados anteriormente para ciclos de faturamento
posteriores, obedecendo ao limite de 36 meses de validade dos crditos. Como ilustrao,
seguem abaixo trs exemplos de forma de pagamento.

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Figura 2 Caso 1: Gerao maior que o consumo


Fonte: http://www.solarvoltenergia.com.br/geracao-distribuida/

Conforme a figura 2, a gerao de 300 quilowatts-hora (kWh) foi maior que o consumo de
100kWh, resultando um saldo de 200kWh para crdito da energia eltrica. O pagamento para
este caso foi equivalente ao mnimo, que 100kWh.

Figura 3 Caso 2: Gerao menor que o consumo


Fonte: http://www.solarvoltenergia.com.br/geracao-distribuida/

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J na figura 3, a gerao (100kWh) foi menor que o consumo (300kWh), resultando um saldo
de 200kWh de faturamento da energia eltrica. O pagamento para este caso foi
correspondente ao consumo de 200kWh, ou 100kWh, caso a unidade consumidora j possua
crdito.

Figura 4 Caso 3: Gerao igual ao consumo


Fonte: http://www.solarvoltenergia.com.br/geracao-distribuida/

J na figura 4, a gerao (300kWh) foi igual ao consumo (300kWh), resultando um saldo


zerado. Porm, o pagamento do referido ms foi mnimo equivalente a 100kWh. Neste caso,
percebe-se que no interessante que se gere exatamente o que se consome, pois existe a
condio de pagamento mnimo. No caso da Companhia de Eletricidade de Pernambuco
(CELPE, 2015), em clientes de baixa tenso, o mnimo 30kWh (consumidor monofsico) ou
100kWh (consumidor trifsico).
A regra de crditos na fatura aceita para gerao de energia por fontes renovveis, tais como
energia hidrulica, solar, elica, biomassa ou cogerao qualificada (ANEEL, 2012), fontes
estas que se destacam pelo seu potencial de crescimento no Brasil. Segundo o Plano Decenal
de Expanso de Energia (PDE, 2015) elaborado pela EPE, o conjunto das fontes renovveis
tem tendncia de crescimento a uma taxa mdia de 5,1% ao ano, aumentando sua participao
de 43,1% para 45%em 2021 (Revista o Setor Eltrico, 2012). Estas pequenas geradoras so
classificadas de acordo com a potncia instalada, que so: microgerao, para potncias
menores ou iguais a 100kW; e minigerao, para potncias superiores a 100kW e menores ou
iguais a 1000kW. Esta opo ir proporcionar diversas vantagens, tanto para os
consumidores, como tambm para o Sistema Eltrico. Dentre estas, destacam-se as seguintes:

1) Reduo das perdas eltricas - com a diminuio do fluxo de potncia nas linhas de

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transmisso, as perdas eltricas so reduzidas. Pode-se evidenciar esta informao


atravs do clculo do efeito joule. A reduo da potncia transmitida acarreta em
diminuio da corrente eltrica, que por consequncia proporciona a reduo de
perdas nas linhas;

2) Menos investimentos na ampliao - desta forma, os investimentos necessrios para o


suprimento da demanda so reduzidos, uma vez que boa parte das unidades
consumidoras fornece energia eltrica para as redes de distribuio;

3) Aumento da capacidade do Sistema Eltrico - a reduo de carga proporciona ganho


na capacidade de suprimento de energia; e

4) Reduo no impacto ambiental - com a reduo de investimentos, construes de


grandes centrais de energia eltricas, como as usinas hidreltricas, so minimizadas,
reduzindo assim os impactos que este tipo de gerao causa no meio ambiente.

3. Gerao Distribuda: Uma boa alternativa para a crise energtica no Brasil


Nos ltimos anos, o setor energtico vem atravessando uma crise expressiva, afetando e muito
os consumidores. Uma das evidncias atuais est no aumento das tarifas de energia de acordo
com o uso de recursos na gerao (representadas pelas bandeiras tarifrias). Para a bandeira
verde, a tarifa no sofre nenhum acrscimo, devido ao uso normal dos recursos naturais
(principalmente a gua). Para a bandeira amarela, a tarifa sofre um acrscimo de R$ 0,025
para cada kWh consumido, devido s condies menos favorveis na gerao. E para a
bandeira vermelha, a tarifa sofre um acrscimo de R$ 0,045 para cada kWh consumido
(CELPE, 2015). Diante deste cenrio, uma boa alternativa para os consumidores, ainda pouco
explorada, est na gerao distribuda.
Em pocas de crise, o uso da criatividade torna-se essencial para a nossa sobrevivncia,
surgindo assim novas oportunidades que se consolidam no mercado. O uso de pequenos
geradores viveis torna os consumidores em produtores de energia eltrica, garantindo a eles
benefcios tais como os crditos de energia, amenizando o seu oramento de custos. Esta
opo traz uma perspectiva de que proporcionar uma reduo a mdio e longo prazo de
investimentos em ampliao na capacidade de suprimento de energia eltrica no Brasil.
O custo de implantao destes pequenos geradores ainda est relativamente alto. Observando
este cenrio, importante que aes do governo sejam amplamente efetivadas. Um exemplo
disto o que ocorre em Minas Gerais, onde o governo cobra do produtor o Imposto sobre
Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) na energia lquida consumida, e no como na
maior parte dos estados brasileiros, que na energia gerada. Outro exemplo est na rea da
energia solar. O governo federal, com estmulo do Ministrio de Minas e Energia (MME),
est tomando aes para que este tipo de gerao seja de fato consolidada nas grandes cidades
do pas. A estimativa que, at 2024, 700 mil consumidores residenciais e comerciais

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instalaro painis fotovoltaicos, prevendo um potencial de 2GW de potncia instalada com


esta modalidade de gerao distribuda, cabendo tambm a outras fontes, como a elica
(ANEEL, 2015). Existe uma previso de que, at 2050, 13% das residncias brasileiras sejam
alimentadas por esta fonte (EPE, 2015). Estas e outras aes mostram uma tendncia
significativa para a reduo de custo, tornando a gerao distribuda muito mais til para o
consumidor.

4. Gerao Distribuda em Edificaes


Segundo o Balano Energtico Nacional (BEN, 2015), as edificaes (industrial, comercial,
servios, residencial e pblico) no Brasil representam a principal demanda de eletricidade,
com um consumo de aproximadamente 50% do total. A necessidade de se praticar solues
energeticamente eficientes proporciona justamente o uso destas edificaes para traar um
novo perfil, caso passem a economizar energia, ou at mesmo a gerar. Conforme a Green
Building Council Brasil (GBC BRASIL, 2015), a sustentabilidade e a economia so temas
que cada vez mais crescem no pas. Dentre as aes atuais, h, por exemplo,promoo de
sistemas de etiquetagem de edificaes projetadas e construdas buscando maximizar seu
desempenho energtico, bem como atividades de readequao energtica existentes.

Figura 5 Gerao distribuda em edificaes


Fonte: http://www.solarvoltenergia.com.br/

Atualmente no Brasil, existem 224 edificaes com certificao LEED (Leadership in Energy
and Environmental Design) e 10 edificaes certificadas pelo Selo PROCEL (Programa
Nacional de Conservao de Energia Eltrica). Estas aes j proporcionaram um potencial
mnimo de reduo de 30% ou mais. Descontando-se as perdas, o consumo de energia eltrica
chega a 516,6 terawatts-hora (TWh), sendo que 258TWh (equivalente a 60 bilhes) so
consumidos apenas pelas edificaes. Estas edificaes com eficincia energtica (chamadas
de condomnios verdes) possuem um potencial de reduo de 77,49TWh, mostrando que

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possvel readequar o suprimento de energia sem grandes investimentos nos grandes sistemas
de gerao, transmisso e distribuio (GBC BRASIL, 2015).
Estas novas perspectivas de mercado envolvendo a conscientizao da eficincia energtica
deixam os proprietrios de imveis bastante atentos, frente aos novos investimentos que sero
um diferencial na escolha de uma edificao. A ineficincia energtica provoca grandes
perdas financeiras e de oportunidades significativas. Aes eficientes geram novos empregos,
eleva o padro tcnico do setor, atenua o impacto ambiental e consequentemente melhora a
qualidade de vida.

5. Gerao de energia eltrica por sistemas fotovoltaicos


Mediante a crise energtica, a energia solar vem cada vez mais se destacando no mercado
brasileiro. de fcil instalao, fonte solar considerada infinita, no faz barulho, no
poluente, e custo de manuteno baixo, sendo uma fonte renovvel ideal em locais com
significativa radiao solar. O avano tecnolgico vem sendo ultimamente importante para a
reduo dos custos de instalao. Seu crescimento tem destaque h bastante tempo. Em 2008,
a taxa mdia de crescimento anual de capacidade de gerao solar j era aproximadamente
60%, superando outras fontes renovveis, tais como o biodiesel, energia elica, etc. (REN21,
2008).
Conforme a ANEEL (2015), em outubro do ano corrente, a gerao distribuda superou a
marca de 1000 adeses de consumidores, num total de 1125 conexes no Pas, representando
ao todo uma potncia instalada de 13,1 megawatts (MW). A fonte mais utilizada pelos
consumidores a solar com 1074 adeses, como tambm possui a maior potncia instalada,
com aproximadamente 9,9 MW. Minas Gerais (que possui incentivos do governo
supracitados anteriormente) o estado com mais micro e minigeradores, num total de 213
conexes.

Figura 6 Nmero de conexes por fonte


Fonte: ANEEL (2015)

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Esse crescimento tem grande potencial de consolidao no mercado, principalmente no setor


residencial, com o benefcio da diminuio da conta de luz, economizando assim energia.
Existem outras vantagens, tais como: a sustentabilidade, pois os painis fotovoltaicos
praticamente so reciclveis e produzem energia eltrica at mesmo por mais de 40 anos sem
poluir o meio ambiente, e no contribuem com o aquecimento global; a eficincia, pois
produz energia eltrica no seu local de consumo; a economia, que obtida ao longo da vida
til do sistema; a valorizao do imvel, pois o local proporciona uma conta de energia
eltrica reduzida;reduo de taxas de condomnio; e a simplicidade de instalao.
A energia solar consiste na captao de energia luminosa derivada do sol, com posterior
transformao em energia til ao homem, podendo principalmente ser trmica, eltrica ou
mecnica. Um sistema fotovoltaico composto basicamente pelo painel solar, inversor,
quadros eltricos e acessrios, formando assim um gerador fotovoltaico.Vale salientar que o
uso de baterias no faz parte do contexto de crdito de energia nas contas de luz. De forma
geral, as placas solares transformam a energia solar em eltrica na forma de corrente contnua
(CC) atravs da luz do sol. J o inversor, tambm conhecido como inversor Grid-Tie,
converte a corrente contnua das placas solares para a forma de corrente alternada (CA),
equilibrando a frequncia com a da rede local. Aps o inversor, a energia eltrica alimenta a
unidade consumidora, com possibilidade de injetar energia na rede local. Um sistema de
energia solar instalado em pequenas unidades consumidoras basicamente em seis etapas:
preparao do telhado, onde a equipe sobe no local e verifica as necessidades para fixao das
placas solares; fixao dos suportes, aparafusando-os no local determinado, de acordo com as
caractersticas existentes; fixao dos trilhos nos suportes, sendo estes feitos para serem
encaixados satisfatoriamente nos suportes e disponibilizar um local eficaz para a instalao
das placas solares; posicionamento das placas sobre os trilhos e conexo dos cabos,
posicionando-as em seus respectivos lugares e com a ligao em srie (ou em paralelo);
fixao das placas nos trilhos de forma permanente, com os todos os cabos fixados aos trilhos
para no ficarem soltos no telhado; e conexo das placas no inversor e posteriormente na rede
eltrica.

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Figura 7 Esquema funcional de um Sistema Fotovoltaico


Fonte: http://www.sevenia.com.br/distributed-energy/

Por outro lado, existem algumas desvantagens no uso deste sistema, tais como: variao na
quantidade de energia gerada devido s variaes climticas (chuvas, neve, etc.), como
tambm a no gerao durante o perodo noturno; locais em latitudes mdias e altas (como
exemplos, Finlndia, Nova Zelndia, etc.); Pouca eficincia no armazenamento da energia
solar, se comparada com outras fontes como carvo, petrleo, entre outras; e baixo
rendimento dos painis solares, sendo entre 13% e 16% para os policristalinos e entre 14% e
21% para os monocristalinos (Portal Solar, 2015).
Para esta ltima, j existem pesquisas promissoras para o melhoramento dos rendimentos. A
empresa sua Airlight Energy desenvolveu uma nova forma de captao da energia oriunda
do sol, chamada de Solar Sunflower. Possui uma estrutura com 36 painis solares arranjados
em forma de girassol. Esta estrutura foi desenvolvida em parceria com a International
Business Machines Research (IBM Research), de Zurique, Sua. capaz de aumentar a
captura da energia, transformando-se em cerca de 5.000 sis, usando dois tipos de tecnologias
(combinao da energia fotovoltaica e termal). Esta combinao determina uma eficincia de
80% na produo de energia (um percentual muito elevado em comparao com outras
tecnologias). Os 36 painis, feitos de alumnio, funcionam como espelhos na reflexo da luz.
Para o resfriamento, pois a captura chega a temperaturas maiores de 1500 C, usada uma

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tecnologia aplicada pela IBM na utilizao da gua, que por sua vez usada para outras
finalidades. Entre elas est o aquecimento de prdios universitrios em Zurique. O resultado
da tecnologia uma alta produo de energia. So 12kW de energia fotovoltaica, alm dos
21kW de energia termal usada para outros fins (Revista EXAME, 2015).

6. Estudo de caso prtico: Crditos de energia por sistema fotovoltaico em condomnio


de edifcios
O caso abaixo expe uma aplicao de um sistema fotovoltaico nos circuitos eltricos do
condomnio de um edifcio para viabilidade no oramento. Foi feito um diagnstico
energtico, avaliando o comportamento de consumo de energia eltrica e dimensionamento de
um gerador de energia eltrica atravs da energia solar. O estudo teve como foco o consumo
de energia eltrica dos circuitos eltricos do condomnio, e no dos apartamentos.
O condomnio diagnosticado, localizado na cidade de Recife-PE, possui cerca de 1 bloco,
composto de sete andares, com 4 apartamentos por andar, totalizando 28. Os circuitos
auxiliares do condomnio so alimentados em 220 V em BT (Baixa Tenso), monofsicos na
frequncia de 60 Hz, com cargas do tipo lmpada, tomadas, bombas, entre outras. Possui um
histrico consumo mensal de acordo com grfico abaixo:

Figura 8 Histograma do consumo de energia eltrica dos circuitos do condomnio


Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)

Diante do perfil encontrado, foram efetivadas as etapas abaixo.

6.1. Anlise da Irradiao Solar Local

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A Irradiao solar corresponde radiao detida em uma determinada rea na superfcie da


terra em certo tempo, cuja intensidade na unidade kWh/m/dia. Para sua determinao, a
principal referncia encontra-se no mapeamento elaborado pelo projeto SWERA (Solar and
Wind Energy Resources Assessment), e do NREL (National Renewable Energy Laboratory).
Para a localidade do referido condomnio, a irradiao mdia considerada foi de 5kWh/m/dia.

6.2. Anlise da Performance Ratio

Trata-se da eficincia interna do sistema. Seu valor indicado em porcentagem, variando


geralmente entre 50% e 90% (estimativa mdia em torno de 75%). Para este parmetro, so
considerados os seguintes aspectos: perdas no inversor (de 6% a 15%); perdas pela
temperatura (de 5% a 15%); sombreamento (de 0% a 40%); perdas nos cabos CC entre 1% e
3%; perdas nos cabos CA entre 1% e 3%; e perdas relativas poeira e sujeira (2%). Para o
referido estudo de caso, a Performance Ratio considerada foi de 80%.

6.3. Clculo da Potncia Mxima dos Painis Solares

Atravs do histrico de consumo mostrado na figura 8, foi determinado o seguinte critrio:


ser necessria uma gerao de energia em torno de 120kWh mensal para que, em alguns
meses, a energia lquida seja o mnimo, que prxima a 30kWh. Com isto, obtemos a
potncia dos mdulos solares necessrias de acordo com a seguinte expresso:

P = Eg(Irr x Per x N) [W] (1)

Onde P a potncia nominal do sistema fotovoltaico, Irr a irradiao solar, Per a


performance ratio, e N o nmero de dias mensal (considerado 30 dias). De acordo com a
expresso supracitada, foi necessria uma potncia de 1kW (pico) para os painis solares.

6.4. Verificao do Melhor Ponto de Inclinao dos Painis Solares

Para a verificao da melhor inclinao dos painis solares, foi utilizado o software RadiaSol
2, que tem na base de dados o mapa do SWERA. Com isto, o melhor valor encontrado para a
cidade de Recife foi 12 voltado para o norte.

6.5. Especificao dos Painis Solares

Dentre as caractersticas, o painel escolhido possui algumas, que so: 36 clulas de silcio
monocristalino 125 x 125 mm; vidro temperado 3,2 mm de espessura; rendimento do mdulo
15,20%; dimenso do painel 1200 x 550 x 30 mm; rea do mdulo 0,66 m; temperatura de

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operao entre 43 C e 47 C; tipo de terminal de sada caixa de juno padro IP65; 900 mm
de cabo de 4,0 mm; potncia mxima de 100W; tenso mxima do sistema 1000V (em CC);
tenso de circuito aberto 22V; tenso mxima de operao 17,8V; e corrente mxima de
operao 6,06A. Para o referido projeto, sero necessrios 10 painis de 100W de potncia
cada, totalizando 1kW.

6.6. Clculo da rea Necessria

Para o clculo da rea dos mdulos necessria, foi utilizada a seguinte expresso:

= (P 100%)(r 1000) [m] (2)

Onde A a rea necessria para a instalao dos painis solares, e r o rendimento. Para
uma potncia encontrada de 1kW, rendimento 15,20%, e Condio Padro de Teste j
definida na frmula da expresso (2), 1000 W/m, a 25 C, a rea necessria calculada foi de
6,6 m.

6.7. Especificao do Inversor

Para a escolha do inversor, necessrio observar alguns pontos das especificaes dos painis
solares: potncia nominal; tenso e corrente de operao; tenso de circuito aberto; e corrente
de curto circuito. J para o inversor, verificam-se as potncias nominal e mxima; tenso de
seguimento de potncia mxima, conhecido como tenso MPPT (Maximum Power Point
Tracker); e corrente mxima. O inversor escolhido possui as seguintes caractersticas na
entrada (em CC): potncia mxima 1725W; tenso mxima em circuito aberto 450V; tenso
de seguimento de potncia mxima (MPPT) entre 150V e 405V; corrente mxima 9A; e
tenso nominal 360V. Caractersticas na sada (em CA): potncia nominal 1500W; potncia
mxima 1650W; tenso nominal 230V; frequncia 50Hz / 60Hz; corrente nominal 7A;
corrente mxima 7,5A; e fator de potncia maior que 99%.

6.8. Configurao do Sistema Fotovoltaico

Os 10 painis no projeto foram configurados em srie, proporcionando uma tenso de


operao na entrada (em CC) entre 178V e 220V e corrente entre 5,62A e 6,06A, atendendo
aos critrios da tenso de seguimento de potncia mxima (em CC) do inversor, que entre
150V e 405V, e da corrente mxima na entrada CC, que 9A.

6.9. Clculo dos Custos Totais

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Os custos foram resumidos na seguinte tabela:

Valor Valor
Item Descrio Tipo Qtde
Unit. Total
01 Painel Solar Hilight HSPV-100Wp- R$ 524,00 10 R$ 5.240,00
100W monocristalino 125-36M
02 Inversor Solar 1500W DS 1500TL R$ 2.004,86 1 R$ 2.004,86
Duraluxe Sun
03 Fixao e instalao - R$ 1.086,73 1 R$ 1.086,73
(15% de custo)
04 Projeto (15% de custo) - R$ 1.086,73 1 R$ 1.086,73
CUSTO TOTAL R$ 9.418,32
Tabela 1 Custo de implantao de sistema fotovoltaico
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)

6.10. Verificao das Tarifas de Energia Eltrica

Como a unidade consumidora do tipo residencial, em baixa tenso, monofsica, com


consumo acima de 30 kWh, a tarifa de energia de 0,56926 R$/kWh, sendo o ICMS de 25%,
e os Programa de Integrao Social (PIS) e Contribuio para Financiamento de Seguridade
Social (COFINS) num total de 5,897%. Para este estudo de caso, foi considerada a bandeira
verde, no ocorrendo assim aumento na tarifa.

6.11. Clculo do Retorno Financeiro

Com as tarifas encontradas, foi realizado o clculo da energia lquida mensal, obtendo-se a
seguinte tabela:

Consumo Energia SFV Energia Lq.


Ms
(kWh/Ms) (kWh/Ms) (kWh/Ms)
Jan 247 120 127
Fev 242 120 122
Mar 214 120 94
Abr 209 120 89
Mai 229 120 109
Jun 208 120 88
Jul 229 120 109
Ago 182 120 62
Set 196 120 76
Out 175 120 55
Nov 190 120 70
Dez 185 120 65
Total 2.506 1.440 1.066

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Tabela 2 Clculo da Energia Lquida Mensal em kWh/Ms


Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)

Com a energia lquida encontrada, foi efetivada uma estimativa de economia anual na conta
de energia eltrica com o sistema fotovoltaico dimensionado, obtendo-se a seguinte tabela:

Valor para Impostos Pag. Total Pag. Total


Ms
a Distrib. (R$) (R$) com SFV sem SFV
Jan 50,20 22,10 72,30 140,61
Fev 48,22 21,23 69,45 137,76
Mar 37,15 16,36 53,51 121,82
Abr 35,18 15,49 50,66 118,98
Mai 43,08 18,97 62,05 130,36
Jun 34,78 15,31 50,09 118,41
Jul 43,08 18,97 62,05 130,36
Ago 24,50 10,79 35,29 103,61
Set 30,04 13,23 43,26 111,57
Out 21,74 9,57 31,31 99,62
Nov 27,67 12,18 39,85 108,16
Dez 25,69 11,31 37,00 105,31
Total 421,33 185,51 606,83 1.426,57
Economia Energtica Anual (R$ / Ano) 819,73
Tabela 3 Clculo da Economia Anual em R$/Ano
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)

Com o valor da economia anual na conta de energia encontrado, efetuou-se o clculo do


Tempo de Retorno do Investimento (conhecido como Payback), como tambm a Taxa Interna
de Retorno (TIR). Foram consideradas as seguintes informaes: vida til de 25 anos para o
sistema fotovoltaico; inflao anual de 6,14% (Banco Central, 2014); e taxa de aumento da
energia de 8% (EPE, 2014). Antes, verificou-se o Valor Futuro (VFn) da economia anual,
corrigido com taxa de aumento da energia, de acordo com a seguinte expresso:

VFn = Veea x (1 + iae)( )


[R$] (3)

Onde Veea o Valor da economia energtica anual, iae a taxa de aumento da energia, e
n o tempo em anos (variando-se entre 0 e 25). Com isto, calculou-se o Valor Presente
(VPn) da economia anual corrigido com a taxa de inflao, de acordo com a seguinte
expresso:

VPn = VFn(1 + i)( )


[R$] (4)

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Onde i a taxa de inflao. Sendo assim, foi verificado o tempo de retorno do investimento,
conforme tabela abaixo.

Ano (n) VFn (R$) VPn (R$) VPL (R$)


0 -R$ 9.418,32 -R$ 9.418,32 -R$ 9.418,32
1 R$ 819,73 R$ 819,73 -R$ 8.598,59
2 R$ 885,31 R$ 831,98 -R$ 7.766,61
3 R$ 956,13 R$ 844,41 -R$ 6.922,20
4 R$ 1.032,62 R$ 857,03 -R$ 6.065,17
5 R$ 1.115,23 R$ 869,83 -R$ 5.195,34
6 R$ 1.204,45 R$ 882,83 -R$ 4.312,51
7 R$ 1.300,81 R$ 896,02 -R$ 3.416,49
8 R$ 1.404,87 R$ 909,41 -R$ 2.507,08
9 R$ 1.517,26 R$ 923,00 -R$ 1.584,08
10 R$ 1.638,64 R$ 936,79 -R$ 647,29
11 R$ 1.769,74 R$ 950,79 R$ 303,50
12 R$ 1.911,31 R$ 965,00 R$ 1.268,50
13 R$ 2.064,22 R$ 979,41 R$ 2.247,91
14 R$ 2.229,36 R$ 994,05 R$ 3.241,96
15 R$ 2.407,71 R$ 1.008,90 R$ 4.250,86
16 R$ 2.600,32 R$ 1.023,98 R$ 5.274,84
17 R$ 2.808,35 R$ 1.039,28 R$ 6.314,12
18 R$ 3.033,02 R$ 1.054,81 R$ 7.368,93
19 R$ 3.275,66 R$ 1.070,57 R$ 8.439,50
20 R$ 3.537,71 R$ 1.086,57 R$ 9.526,06
21 R$ 3.820,73 R$ 1.102,80 R$ 10.628,86
22 R$ 4.126,38 R$ 1.119,28 R$ 11.748,14
23 R$ 4.456,50 R$ 1.136,00 R$ 12.884,14
24 R$ 4.813,01 R$ 1.152,98 R$ 14.037,12
25 R$ 5.198,06 R$ 1.170,21 R$ 15.207,33
Tabela 4 Clculo do Valor Presente Lquido VPL
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)

Verificou-se que o Valor Presente Lquido (VPL) durante a vida til do sistema fotovoltaico
alcanou o valor de R$ 15.207,33. J para o Tempo de Retorno do Investimento (TRI),
utilizou-se a seguinte expresso:

TRI = [I] [( VPn) VU] (5)

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Onde I o investimento do sistema solar, e VU o tempo total da vida til do sistema,


que neste caso considerou-se 25 anos. Encontrou-se assim o valor do TRI igual a 9,56 anos.
Para o clculo da TIR (para VPL = 0), utilizou-se a seguinte expresso:

VPL = 0 = I + VPn (1 + TIR)( ) (6)

Onde I o investimento do sistema solar, e o VPn o Valor Presente num determinado


ano n, de acordo com a tabela 4. Encontrou-se ento o valor da TIR igual a 8,59%.
Como critrio de aprovao do Projeto, a TIR deve ser comparada com a Taxa Mnima de
Atratividade (TMA), na seguinte condio: TIR > TMA.

7. Concluses
O estudo indicou as importantes vantagens da aplicao de sistemas fotovoltaicos em
condomnios de edifcios, proporcionando atravs da viabilidade econmica reduo na conta
de energia eltrica. Os resultados indicaram um investimento necessrio em torno de R$
9.418,32, com provvel retorno do investimento em menos de 10 anos, ganho de R$
15.207,33no decorrer dos 25 anos de vida til do sistema, e Taxa de Retorno do Investimento
em 8,59%. A aceitao do estudo prtico depender da TMA, de acordo com a
disponibilidade do investidor.

8. Referncias
ANEEL, Agncia Nacional de Energia Eltrica. Conexes da gerao distribuda nas redes
de energia eltrica no Brasil. Braslia, 2015. Disponvel no site: www.aneel.gov.br
ANEEL, Agncia Nacional de Energia Eltrica. Informaes tcnica sobre gerao
distribuda. Braslia, 2015. Disponvel no site: www.aneel.gov.br
CELPE, Companhia Energtica de Pernambuco. Tarifas de energia eltrica. Recife, 2015.
Disponvel no site: www.celpe.com.br
GBC BRASIL, Green Building Council Brasil. Condomnios verdes. So Paulo, 2015.
Disponvel no site: www.gbcbrasil.org.br
INEE, Instituto Nacional de Eficincia Energtica. Conceitos de gerao distribuda. Rio de
Janeiro, 2015. Disponvel no site: www.inee.org.br
LABSOL UFRGS, Laboratrio de Energia Solar da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Softwares para energia solar. Rio Grande do Sul, 2015. Disponvel no site:
www.solar.ufrgs.br

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MARQUES, M. C. S.; HADDAD, J.; MARTINS, A. R. S. (Coord.). Conservao de


energia: eficincia energtica de equipamentos e instalaes. 3 ed. Itajub/MG: Eletrobrs,
Procel Educao, Unifei, Fupai, 2006.
O SETOR ELTRICO, Revista, edio 93. Gerao distribuda. So Paulo, 2013.
Disponvel no site: www.osetoreletrico.com.br

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