Estratificacao Socioeconomica Uma Proposta Partir Consumo
Estratificacao Socioeconomica Uma Proposta Partir Consumo
Estratificacao Socioeconomica Uma Proposta Partir Consumo
CONSUMO
Frana (2010) apud Feijo et.al. (2013) aponta que no existe consenso em tcnicas
de estratificao. No Brasil, existem diversos critrios disponveis para classificar a
sociedade, como o Critrio Brasil da ABEP Associao Brasileira de Empresas de Pesquisa,
o critrio da SAE Secretaria de Assuntos Estratgicos, do governo federal, o critrio do
Centro de Polticas Sociais, da FGV, e o critrio do IBGE. Existe ainda um critrio criado
recentemente por Kamakura e Mazzon (2013)1.
A seguir, ser detalhado como cada critrio, apresentando suas principais
caractersticas e suas principais limitaes.
Neste critrio existem oito grupos, classificados de acordo com o acesso a uma srie
de bens e servios, com algumas variveis sociais sendo consideradas. Os pesos atribudos s
variveis so estimados atravs de uma equao clssica Minceriana de renda, usando
caractersticas mais permanentes da renda corrente (Neri, 2010). Em 2008, as variveis
incluam a posse e quantidade de itens tomados como variveis artificiais binrias (dummies)
e a renda tomada como o logaritmo da renda corrente familiar declarada. Os itens utilizados
englobavam o nmero de automveis, de aparelhos de TV em cores, de rdios, de banheiros,
de mquina de lavar roupa, de geladeira e freezer, de videocassete/DVD, de empregados
domsticos, alm do nvel de instruo do chefe de famlia.
A principal funo do Critrio Brasil classificar a populao segundo seu poder de
compra, sem ter pretenso de classificao em classes sociais. Tendo em mente este fato, dois
objetivos centrais podem ser destacados: a) criao de um sistema padronizado que seja um
estimador eficiente da capacidade de consumo da populao; e b) discriminar grandes grupos
de acordo com a capacidade de consumo de bens e servios (Feijo et. al., 2013).
O quadro 2 apresenta a atual classificao do Critrio Brasil.
Para 2015, j est prevista a incorporao de acesso a outros dois itens, ligados a
servios pblicos (gua encanada e rua pavimentada), a adio de novos bens de consumo
durveis (microcomputador, lava loua, micro-ondas, motocicleta e secadora de roupas),
excluso da televiso em cores, alm da unio das classes D e E, para uma nica classe DE,
diminuindo o total de 8 para 7 classes.
Apesar da ampla utilizao do Critrio Brasil, ele sofre algumas crticas. Mattar
(1994) apud Kamakura e Mazzon (2013) aponta as limitaes deste critrio, destacando a
constante mudana das variveis discriminantes, alm da ausncia de muitas outras que
seriam relevantes. Januzzi e Baeninger (1996) apud Kamakura e Mazzon (2013) colocam que
a massificao dos produtos faz com que o poder de discriminao da posse de bens diminua
com o tempo. Essa uma das razes pela qual o critrio tenha de passar por atualizaes
1
A proposta do critrio KM ser explicada nesta seo, porm no ser utilizada para fins de comparao nas
demais sees deste trabalho.
periodicamente, com novas variveis passando a fazer parte do critrio, enquanto outras
passam a ser descartadas (caso da atualizao prevista para 2015).
Outra crtica relevante diz respeito quantidade possuda dos bens. Por se tratar de
durveis, de alto valor unitrio e de uso compartilhado nos domiclios, a quantidade
predominante nas residncias tende a ser de uma unidade. Alm disso, para alguns itens,
maiores quantidades de bens durveis presentes nas residncias esto correlacionadas com o
nmero de moradores. Domiclios com estruturas unipessoais dificilmente possuiro mais de
uma unidade dos bens durveis, entretanto isso no faz com que o poder aquisitivo do
domiclio seja diminudo.
A diferenciao via qualidade tambm fica ausente neste critrio. Muitas vezes, as
diferenas de qualidade so muito mais relevantes que as diferenas de quantidades. Uma
famlia rica e uma famlia pobre podem possuir, por exemplo, o bem durvel geladeira.
Porm, provvel que esta ltima possua um modelo maior e com mais tecnolgia embutida
e, portanto, de maior valor agregado, que a primeira. No Critrio Brasil, ambas as famlias
recebero o mesmo peso, porm o poder aquisitivo da segunda famlia muito maior que o
poder aquisitivo da primeira famlia.
O critrio do IBGE est mais para uma classificao econmica da populao, com
um critrio rpido e simples de separar as famlias em grupos, do que um critrio
socioeconmico de estratificao. Uma das crticas em relao separao por salrios
mnimos a de que o salrio mnimo tem seu poder de compra variado com o passar do
tempo, no refletindo mudanas no custo de vida (nacionalmente e regionalmente). Uma
prova disso, apontada por Neri (2010) que, no Censo de 2000, a linha da pobreza utilizada
pela FGV (R$ 79,00) ultrapassava a quantia de meio salrio mnimo (R$ 151,00). Em 2009,
com a linha da pobreza (R$ 140,00) corrigida pela inflao (INPC ndice Nacional de
Preos ao Consumidor), o valor equivalia a pouco mais de um quarto do salrio mnimo (R$
510,00).
1.2.5. Critrio KM
2.2. A metodologia
Para realizar a anlise do padro de consumo, oportuno verificar como este ocorre
dentro de grupos especficos. A utilizao de uma anlise multivariada, atravs da anlise de
cluster, foi escolhida para a separao de grupos homogneos. O objetivo da anlise de
cluster dividir um conjunto de dados em grupos de modo que as observaes pertencentes a
um mesmo grupo sejam o mais parecido possvel entre si, mas que igualmente sejam
diferentes das observaes pertencentes aos demais grupos. Dentre os vrios mtodos
existentes para agrupar dados, o escolhido para este trabalho foi o k-means.
Segundo Linden (2009) o k-means uma heurstica de agrupamento no hierrquico
que busca minimizar a distncia dos elementos a um conjunto de k centros dado por
,
de forma iterativa. A distncia entre um ponto pi e um conjunto de clusters,
dada por
, , definida como sendo a distncia do ponto ao centro mais prximo dele. A
funo a ser minimizada dada por:
1
1 ,
,
O algoritmo depende de um parmetro (k = nmero de clusters) definido de forma ad
hoc pelo usurio. Este costuma ser um problema, tendo em vista que o nmero de clusters
desconhecido priori.
Existem algumas maneiras para definir o nmero ideal de clusters, como a regra de
bolso (Mardia et. al. 1979), a abordagem do critrio de informao (Goutte et. al. 2001) e a
abordagem da informao terica (Sugar e James, 2003).
A regra de bolso prope que o k seja selecionado atravs de uma simples regra:
2 2
Onde n o nmero de observaes (data points).
Utilizando essa simples regra, dado o volume de dados que a POF disponibiliza, o
nmero ideal de grupos seria extremamente elevado, o que inviabilizaria uma anlise objetiva
dos dados.
Pela regra do critrio de informao, seria necessrio testar vrios valores para k e
verificar qual deles apresenta o valor mais elevado do critrio de informao. Porm, muito
provvel que o valor do k a ser obtido atravs dos critrios de informao seja to elevado
quanto o k indicado pela regra de bolso, o que tambm inviabilizaria qualquer anlise objetiva
dos dados. A mesma lgica vale para o critrio da informao terica.
Sendo assim, optou-se por selecionar o nmero de grupos de maneira ad hoc,
utilizando, a exemplo das classificaes atuais da SAE e do Critrio Brasi, o valor de oito
para o k.
O algoritmo do k-means pode ser descrito da seguinte maneira (Linden, 2009): (i)
escolher k distintos valores para centros dos grupos; (ii) associar cada ponto ao centro mais
prximo; (iii) recalcular o centro de cada grupo; (iv) repetir os passos ii e iii at nenhum
elemento mudar de grupo.
No primeiro passo, existem varias maneiras de selecionar os k distintos valores para
serem o centro do grupo, como a aleatria, as k primeiras observaes ou as k ltimas
observaes. O mais utilizado e escolhido para esta anlise foi o aleatrio.
O mtodo de mensurao entre a distncia entre um ponto e o centro do grupo
tambm pode variar (a chamada medida de dissimilaridade) de acordo com o tipo de varivel
adotado. As medidas de dissimilaridade podem considerar dimenses contnuas, como a
renda, binrias, como o sexo (masculino ou feminino), alm de combinaes dos dois tipos de
variveis. Para cada uma delas existem diferentes maneiras de calcular a dissimilaridade entre
as variveis.
Para este trabalho, onde a proposta definir oito grupos a partir do consumo
realizado pelos domiclios, foi adotada a medida aplicada a dados binrios. A base de dados
utilizada, a partir dos quadros de consumo da POF, contou com pouco mais de 9000 produtos,
assumindo o valor 1 para os domiclios que realizaram o consumo do produto e 0 em caso
contrrio.
2
O simple matching calculado pelo coeficiente .
!
conjunta no clculo na dissiminaridade, quase todas as famlias acabam caindo no mesmo
grupo.
A mdida de dissimilaridade selecionada, portanto, foi a de Jaccard (1908), que
desconsidera a ausncia conjunta de caracterstica.
+
3 #$%&'('%)% % *+((+,
+-.-(
Pela equao (3) possvel perceber que o parmetro d, apresentado na tabela 1, fica
ausente no clculo. Com isso, espera-se chegar a uma estratificao que considere os padres
de consumo a partir das preferncias reveladas, ou seja, do consumo efetivamente realizado.
2.3 Resultado
Nesta estratificao, verifica-se que a classe mais alta, com renda domiciliar total
mdia prxima a R$ 6.000,00, mas com uma grande amplitude entre o limite inferior e
superior, concentra 24% dos domiclios. Este um resultado bastante interessante, pois,
apenas ao considerar o nvel de renda, espera-se que a classe mais alta seja a menor de todas.
Tal resultado ainda mais esperado para o Brasil, um pas com uma marcada e histrica
desigualdade de renda3. Os padres de consumo, todavia, parecem aproximar pessoas em
grupos semelhantes, a despeito no nvel de rendimento.
3
Gini de 0,543 em 2009 segundo o Ipeadata.
Grfico 1 - Distribuio da populao por critrio de estratificao - POF 2008/2009
Apesar das grandes diferenas existentes no topo das classificaes, o final delas ,
em geral, bastante semelhante, com uma mdia de 7% dos domiclios sendo classificados
como a classe mais baixa. A excesso fica por conta da classificao do IBGE que, ao adotar
como critrio de classificao o nmero de salrios mnimos, coloca mais de 25% dos
domiclios no ltimo estrato.
As classes do meio, ou a famosa classe mdia, um pouco mais complicada de se
definir conforme o critrio adotado. dificil determinar onde deveria iniciar e terminar a
classe mdia em cada um dos critrios de estratificao. O nico critrio que possui uma
classe mdia bem definida a SAE, uma vez que o objetivo deste critrio era exatamente este.
Pela SAE, a classe mdia representava pouco mais de 46% dos domiclios. Pelo Critrio
Brasil, se considerarmos que a classe mdia corresponde aos domiclios que pertencem a
classe C deste critrio, teria-se
se uma classe mdia de 42%. Pelo CPS-FGV, se considerarmos a
classe C deste critrio como sendo a mdia, temos sempre o nmero de 40%. No caso de
considerarmos a classe D, o nmero prximo a 43% dos domiclios. Pelo IBGE, se
considerarmos somente a classe
class C temos perto de 30% dos domiclios e se considerarmos
somente a classe D, tem-se 31%. Finalmente, pelo critrio consumo, temos uma classe mdia
de aproximadamente 39% dos domiclios.
Como possvel perceber, determinar o tamalho da classe mdia no uma tarefa
fcil. Dependendo do critrio de estratificao e de quais grupos so considerados, a classe
mdia pode variar de 30% a 46%, ficando em uma mdia prxima a 40% dos domiclios
brasileiros.
Tabela 3 - Renda domiciliar total mensal e Renda mnima necessria - valores mdios
Critrio Varivel 1 2 3 4 5 6 7 8 Brasil
Critrio Brasil 20.570 15.768 8.709 4.899 2.920 1.822 1.215 769
SAE 13.884 5.440 3.016 2.091 1.532 1.138 728 369
Critrio Consumo Renda 5.927 3.724 2.338 2.023 1.492 1.320 1.048 1.043 2.770
FGV 10.519 2.928 1.205 440
IBGE 16.525 6.386 2.877 1.336 599
Critrio Brasil 12.784 9.548 6.307 3.722 2.528 1.737 1.270 869
SAE 7.395 3.990 2.648 2.047 1.668 1.373 1.110 875
Critrio Consumo Renda Mnima Necessria 4.167 2.915 1.993 1.992 1.755 1.406 1.143 1.104 2.310
FGV 6.137 2.561 1.432 906
IBGE 8.567 4.609 2.597 1.539 985
Comparando a renda domiciliar total mdia mensal com a renda mnima mensal
necessria, na percepo dos domiclios, para levarem a vida por um ms (tabela 3), tem-se
diferentes parcelas de domiclios vivendo com um rendimento inferior ao necessrio
conforme o critrio utilizado. Pelo Critrio Brasil, apenas as classes D e E estariam vivendo
com uma renda inferior a necessria, o que representa cerca de 40% dos domiclios. Pela
SAE, toda a classe baixa e um pedao da classe mdia, a baixa classe mdia, estariam
vivendo com um rendimento inferior ao necessrio, chegando a quase metade dos domiclios.
Pelo Critrio Consumo, a exemplo da SAE, quatro classes recaem na condio de possuir
renda inferior a necessria, o que representa pouco mais de 40% dos domiclios. Pelo critrio
CPS-FGV, as classes D e E recaem no caso de insuficincia de renda, tambm chegando a
metade dos domiclios. Finalmente, segundo o IBGE, a insuficincia de renda verificada nas
classes D e E, chegando a mais de 56% dos domiclios.
Tabela 4 Razo entre a Renda domiciliar total mensal e Renda mnima necessria
Critrio Varivel 1 2 3 4 5 6 7 8 Brasil
Critrio Brasil 1,61 1,65 1,38 1,32 1,16 1,05 0,96 0,88
SAE Gap entre a Renda 1,88 1,36 1,14 1,02 0,92 0,83 0,66 0,42
Critrio Consumo recebida e a Renda Mnima 1,42 1,28 1,17 1,02 0,85 0,94 0,92 0,94 1,20
FGV Necessria 1,71 1,14 0,84 0,49
IBGE 1,93 1,39 1,11 0,87 0,61
interessante notar que o gap de renda entre os critrios varia bastante (tabela 4). Os
critrios da SAE e FGV, que focam na vulnerabilidade da populao ao considerar a pobreza,
conseguem identificar bem as famlias em condies de risco, colocando-as nos ltimos
estratos de suas classificaes, ou seja, os vulnerveis e a classe E, respectivamente segundo
cada critrio. Somente nesses dois critrios a renda mdia menos da metade daquela
considerada necessria. interessante notar que o gap vai diminuindo em todos os critrios
analisados conforme a renda vai aumentando, com exceo do Critrio Consumo. Em todos
os outros critrios, conforme se avana para as classes mais altas, a diferena entre a renda
possuda e a renda necessria diminui, at o ponto em que ela superada. J pelo critrio
consumo, a classe mdio consumo baixo, com quase 10% dos domiclios, a que se
considera relativamente mais pobre (no sentido de maior necessidade de renda), apesar de
ter uma renda 43% superior ao ltimo estrato. Esta uma primeira evidncia que temos que,
considerados os padres de consumo, apesar de alguns domiclios fazerem parte de uma
classe mdia, sua percepo no a de estarem se sentindo relativamente mais ricos. O
Critrio Consumo mostra que, no geral, apenas a anlise da renda pode levar a concluses
equivocadas acerca do bem estar domiciliar brasileiro. Aumentar a renda da populao para
tir-la de situaes de risco apenas um passo. Conforme a renda se eleva, os padres de
consumo tambm se modificam. E isso faz com que, apesar de o nvel de rendimento ser mais
alto, as exigncias de consumo aumentem e faam as pessoas se sentirem, na realidade,
relativamente mais pobres.
4. Consideraes finais
O objetivo deste trabalho foi propor um novo critrio de estratificao baseado nos
padres de consumo da populao brasileira, com uma possibilidade de combinao de mais
de 9.000 produtos. Os resultados mostraram estratos sociais mais homogneos. Com esse
novo critrio, o padro de consumo da classe mais alta o mais difundido na populao,
mostrando que o consumo consegue aproximar as pessoas, a despeito do nvel de rendimento.
A anlise das variveis econmicas e sociais mostrou que a percepo da populao
pode variar significativamente conforme o critrio utilizado. O Critrio Consumo expe que,
mesmo com uma renda mais elevada, algumas famlias se sentem relativamente mais pobres
(insatisfeitas), fato no verificado nos demais critrio. Essa uma evidncia de que a renda
no tudo. O aumento de renda implica em novas oportunidades de e novos desejos de
consumo nos domiclios.
No geral, os indicadores de percepo social, acerca do servio de transporte
coletivo, lazer e esporte so monotonicamente crescentes com a renda. Porm, o Critrio
Consumo consegue identificar importantes no linearidades, principalmente nas classes do
meio.
A anlise das variveis de consumo mostra que as concluses podem divergir
consideravelmente dependendo do critrio utilizado. Segundo o Critrio Consumo, para
alguns produtos, como o automvel, os estratos mais baixos apresentam tanto posse quanto
valor mdio das despesas maiores que os estratos imediatamente superiores. Isso tem
importantes implicaes econmicas. Muito provavelmente os estratos mais baixos de renda
conseguem elevar seu consumo atravs do crdito, conseguindo imitar o consumo dos estratos
superiores, o que serve para aliviar as desigualdades existentes na renda atravs consumo.
Porm, este padro mostra um importante componente de conspicuidade no consumo, uma
vez que uma parcela relevante da renda acaba sendo dedicada precocemente para bens que
podem ser considerados de luxo. Este desejo de consumo por parte das classes mais baixas,
apesar de ter sido um dos motores do crescimento brasileiro nos ltimos anos4, mostra uma
inadequao, onde prioridades mais urgentes de consumo podem estar sendo deixadas de
lado.
Enfim, cada critrio de estratificao social e econmica tem o seu propsito. O
Critrio Consumo, criado neste trabalho, contribui para mostrar uma nova tica da
estratificao socioeconmica no Brasil. Os resultados mostram que, a depender do critrio
utilizado, concluses distintas podem ser obtidas. E que o Critrio Consumo identifica um
Brasil com classes e anseios que as anlises a partir apenas da renda no conseguem
identificar.
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