Aquisição Fonológica Da Criança Apostila PDF
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Aquisição Fonológica Da Criança Apostila PDF
Carla Ferrante
Rio de Janeiro
2007
1
Carla Ferrante
Rio de Janeiro
2007
2
CARLA FERRANTE
BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, meus irmos e meu noivo que vivenciaram comigo este
processo de crescimento;
A amiga Andra Verssimo Reis Costa que esteve ao meu lado desde o incio;
Denise Guapyass, Fanni Hamphreis, Josane Custdio, Maria Thereza Kalil, Mnica
RESUMO
ABSTRACT
The participants of this study were 240 children of both genders, aged between
3 and 8 years. Analyses performed looked at the phonetic inventory, phonological
processes and the percentage of consonants correct. Data were analysed with
respect to age and gender. The results allow to conclude that at the age of 3 the
phonemes /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, //, /m/, and /n/ are already acquired and stabilized in
the phonological system of the children. Also the phonemes /f/, /v/, /s/, //, /t/, /d
/,
/z/, /
/, // and // are already acquired at that age although we found a great
production variability between children. The acquisition of the phoneme.. //. occurs
initially in simple onset (age 4) and afterwards in complex onset (age 5), the
acquisition of the phoneme /l/ in simple onset occurs at age 3 and in complex onset
at age 4 and the phoneme /R/ in simple onset is acquired at age of 3 and in final
position at the age of 4. As to the total number of phonemes acquired, it can be
concluded that from the age of 3 many children have a complete phonetic inventory,
there is a great variability between children. Also with regard to phonological
processes it can be concluded that at the age of 3, 4 and 5 years the processes
cluster reduction, lateralization, and final consonant deletion are the ones that are
most frequently used. Metathesis is the second most frequently used process at the
age of 6 and occurs on the third place at the age of 7. Concerning the number of
phonological processes used at each age, 3 year old children use a minimum of two
processes and from the age of 4 onward the number of processes drops to zero,
while the maximum number of processes used gradually decrease with increasing
age, just like the mean number of processes used. As far as PCC and PCC-R is
concerned, the mean percentage of consonants correct increases significantly and
gradually with increasing age. The mean PCC obtained was 85,65% at the age of 3 ,
92,85% at age 4, 96,69% at age 5, 99,12% at age 6, and 99,78% at age 7. The mean
PCC-R obtained was 86,16% at age 3, 93,85% at age 4, 97,17% at age 5, 99,59% at
age 6 and 99,78% at age 7. With regard to gender, not a single significant difference
was found for any of the analyses performed in the current study.
LISTA DE QUADROS
LISTA DE GRFICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
SUMRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE QUADROS
LISTA DE GRFICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
1 INTRODUO, p. 13
2 REVISO DE LITERATURA, p. 17
2.1 AQUISIO FONOLGICA, p. 17
2.1.1 Aquisio de plosivas e nasais, p. 19
2.1.2 Aquisio de fricativas, p. 20
2.1.3 Aquisio de lquidas, p. 23
2.1.4 Aquisio da estrutura silbica, p. 25
2.2 PROCESSOS FONOLGICOS, p. 28
2.3 PERCENTUAL DE CONSOANTES CORRETAS, p. 41
3 METODOLOGIA, p. 43
3.1 PARTICIPANTES, p. 43
3.2 MATERIAL, p. 44
3.3 PROCEDIMENTO, p. 48
3.4 COLETA DOS DADOS, p. 48
3.5 ANLISE DOS DADOS, p. 49
3.5.1 Inventrio Fontico, p. 49
3.5.1.1 Total de fonemas adquiridos por faixa etria e sexo, p. 49
3.5.1.2 Produo correta de cada fonema nas diferentes estruturas
silbicas por faixas etrias e sexo, p. 49
3.5.2 Anlise dos Processos Fonolgicos, p. 49
3.5.2.1 Nmero de processos fonolgicos utilizados nas diferentes faixas
etrias e sexo, p. 50
3.5.2.2 Anlise de ocorrncia de cada processo fonolgico por faixa
etria e sexo, p. 50
3.5.3 Percentual de Consoantes Corretas PCC e PCC-R, p 50
3.5.3.1 Percentual de Consoantes Corretas, p. 50
3.5.3.2 Percentual de Consoantes Corretas Revisado, p. 50
4 RESULTADOS, p. 51
4.1 INVENTRIO FONTICO, 52
4.1.1 Total de fonemas adquiridos, p 52
4.1.2 Produes corretas de cada fonema, p 54
4.2 PROCESSOS FONOLGICOS, p 61
4.2.1 Nmero de processos fonolgicos utilizados, p. 61
4.2.2 Anlise de ocorrncia de cada processo fonolgico por faixa etria e
sexo, p. 63
13
1 INTRODUO
Lamprecht (1992), foi criado com o objetivo de eliciar a amostra mais representativa
cinco desenhos temticos para a estimulao de 125 itens que formam a lista de
adulto, 2. mais de uma ocorrncia dos mais diferentes tipos de alvos possveis e 3.
palavra, incio de slaba dentro da palavra, final de slaba dentro da palavra e final de
slaba final de palavra. Este exame tem seu foco nos desvios fonolgicos de
crianas.
confeccionados mo, em preto e branco. Este teste tem como objetivo fazer um
final, sendo que a posio final se refere posio incio de slaba meio de palavra.
anos que ainda no produz o fonema // em encontro consonantal. Neste caso
dados objetivos em relao ao total de crianas da mesma faixa etria que ainda no
produzem este som podem ajud-lo a resolver se esta criana deve ou no ser
tratada. Algumas dessas anlises como nmero de fonemas adquiridos por idade e
2 REVISO DE LITERATURA
s posies nas slabas e nas palavras e de acordo com uma cronologia que ao
que parece similar para a maioria das crianas. (KESKE-SOARES, BLANCO, MOTA,
2004)
sua distribuio tanto nas slabas como nas palavras. Assim, durante o
MOTA, 2002)
19
ocorre entre 1:6 e 4 anos, quando h um aumento do inventrio fontico usado nas
omisses de sons.
Dos quatro aos sete anos, a criana adquire os sons mais complexos, produz
de forma adequada as palavras mais simples e comea a usar palavras mais longas,
embora seja possvel identificar tendncias gerais, cada criana desenvolve sua
As plosivas /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, // e as nasais /m/ e /n/ esto adquiridas entre
1:6 e 1:8, enquanto o // pode ser adquirido um pouco mais tarde.
(Lamprecht, 2004):
Grunwell (1995) relata que no estgio entre 1:6 2 anos de idade as crianas
j adquiriram os fonemas /p/ ; /b/ ; /t/ ; /d/; /m/, /n/ e //. Apenas no estgio de 2:0
2:6 todas as plosivas esto adquiridas: /p/ ; /b/ ; /t/ ; /d/ ; /k/ ; // junto com as
fonemas /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, //, /m/, /n/, /f/, /s/, ou seja, as consoantes plosivas,
caracteriza-se por conter tanto fonemas de aquisio inicial (/f/ e /v/), como fonemas
como por suas propriedades acsticas (por exemplo: [soltura retardada]. (SILVA,
2001)
adquiridas na classe das fricativas. O /v/ encontra-se adquirido aos 1:8 e o /f/ aos
fricativas. O /s/ encontra-se adquirido aos 2:6, o /z/ aos 2:0, o // aos 2:10 e o / / aos
2:6. Assim como ocorre com o /f/ e /v/, o fonema sonoro adquirido antes do seu
co-ocorrente surdo.
Labiais /v/ , /f/ > Coronais [+anterior] /z/ , /s/ , Coronais [-anterior] /
/, //.
23
Estudo feito por Oliveira (2003) sobre a aquisio das fricativas /f/, /v/, //, / /
foi composto por 96 crianas entre 1:0 e 7:1 anos e as variveis consideradas nesta
posio na palavra. Quanto faixa etria, foi constatado que o fonema /f/ est
adquirido pela criana a partir de 1 ano e 9 meses, o fonema /v/ com 1 ano e 8
meses, o fonema // aos 2:10 e o fonema / / aos 2:6. Quanto posio na palavra,
para os fonemas /f/, /v/ e // a posio de onset medial (incio de slaba dentro da
palavra) foi a que se mostrou mais favorvel produo correta enquanto que para
/ / a posio mais facilitadora produo foi o onset absoluto (incio de slaba incio
da palavra).
dos 3:0 aos 3:6 e finalmente no estgio que vai dos 3:6 aos 4:6 as fricativas /z/, / / e
anos a 4 anos e 11 meses, as fricativas /f/, /v/, /s/, /z/ e // j fazem parte do
inventrio fontico das crianas, mas somente na faixa etria de 5 anos a fricativa
A aquisio das lquidas laterais /l/, // e das lquidas no-laterais // e /R/ do
portugus brasileiro marcada por ser de domnio mais tardio. Alm disso, nela
portugus brasileiro como em outros sistemas lingsticos, o fato de esta classe ser
(LAMPRECHT, 2004).
surgimento da primeira lquida no-lateral /R/. O mesmo ocorre com os fonemas // e
bem mais estvel e inicial do que a de //. A consoante /l/ a consoante prototpica
como em /lata/, aos 2:8 e, alguns meses depois, dominada em onset medial,
e Lamprecht (1997) postulam a idade de 4:0 para a aquisio deste som. Ainda
segundo os autores, a lquida /R/ est dominada aos 3:4 3:5, tanto em onset
absoluto quanto em onset medial. Esta lquida a primeira a ser adquirida entre as
no-laterais.
dessas classes, o /l/ precede o //, e o /R/ geralmente aparece antes do //.
que o fonema // j est adquirido aos 4 anos, porm apresentando uma grande
Foram avaliadas 684 crianas nas faixas etrias de 3 anos a 6 anos e 11 meses.
no foi encontrada diferena significativa nas faixas etrias mais baixas, porm, no
preciso na produo dos sons. Neste mesmo artigo, os autores fazem referncia a
fonolgico.
uma slaba CV, como o // em /buako/, mas no consegue produzir o mesmo som
Miranda (1996) afirma que a posio que o fonema // ocupa na slaba fator
Pesquisa realizada por Bonilha (2003) com 23 crianas entre 1 ano e 1 ano e
mnimo, duas faixas etrias consecutivas. Nesta pesquisa foram constatadas trs
estratgias de reparo: CV > V (/uva/ > [uva]) ; CV > (/upeta/ > [peta/]); V
> (/aviaw/ > [viaw/]). A estratgia de reparo V > CV (/aviaw/ > [faviaw])
Com relao estrutura silbica CV, a estratgia de reparo CV > foi a mais
reparo CV > V foi a mais observada em posio tnica, considerou-se, portanto, que
Lowe (1996) define que as slabas CV, VC e CVC esto adquiridas na fase
das 50 primeiras palavras, que abrange o perodo que vai do primeiro enunciado
crianas esta estrutura silbica s aparece mais tarde e no constitui uma parte
adquiridas na ordem V e CV > CVC > CCV. Quanto posio na slaba e na palavra
coda final (final de slaba final da palavra), onset inicial (incio de slaba incio da
alvo em duas faixas etrias seguidas, ocorre aos 5:0 e foi confirmado aos 5:2.
Outra caracterstica observada nesta pesquisa foi que durante todo o curso da
percentual. No entanto, as crianas mais novas, entre 2:0 e 3:0, realizam de maneira
mais acurada as slabas CCV com plosiva labial e as slabas CCV com plosiva
coronal s foram produzidas, com maior percentual de realizaes corretas, aos 4:0.
que adquire os que esto em posies mais complexas, caracterizando uma ordem
que a criana lida de maneira diferente com a estrutura silbica mais complexa. No
onset, sendo que a primeira obrigatoriamente deve ser uma obstruinte e a segunda
uma lquida. Entre o grupo de onset complexo com a lquida lateral e a lquida no-
ao nmero de palavras na lngua portuguesa, pois a slaba CCV com /l/ apresenta 6
Processo fonolgico uma operao mental que se aplica a fala para substituir, em
lugar de uma classe de sons ou seqncia de sons que apresentam uma dificuldade
especfica comum para a capacidade da fala do indivduo, uma classe alternativa
idntica, porm desprovida da propriedade difcil. (p.1)
desenvolvimento infantil.
30
a estrutura silbica na produo de uma palavra adulta alvo pela criana. So eles:
4. Apcope:
5. Mettese:
Segundo o autor, tais elementos, seja uma slaba ou um segmento, passam por este
gramtica a ser adquirida. Nesse sentido, uma criana que ainda tenha dificuldade
seguinte forma:
coda para onset. Exemplos: terceiro > [teseu], brao > [baxsu]
c) Mettese recproca: ocorre quando duas consoantes trocam de posio entre si.
6. Monotongao:
transformando-a em CV.
8. Acrscimo:
de sons nas quais uma classe de sons substitui outra. Os nomes destes processos
9. Plosivizao:
10. Africao:
11. Desafricao:
12. Anteriorizao
palatal por um som produzido em uma parte mais frente do trato vocal.
13. Posteriorizao
Neste exemplo pode ser observada a substituio da fricativa alveolar /s/ pela
fricativa palatal //.
14. Ensurdecimento:
15. Sonorizao:
16. Lateralizao:
17. Semivocalizao
Processos de assimilao:
similar".
A assimilao pode ser total ou parcial. A assimilao total significa que, aps
mesmo. Uma assimilao parcial ocorre quando a mudana de som resulta em dois
19. Reduplicao:
BORSEL, 2003).
empregadas so geralmente maiores entre os sujeitos com idades entre 1:0 e 3:0,
ficando mais restritas e menos usadas nos sujeitos entre 3:2 e 5:3.
encontro consonantal. Fizeram parte desta pesquisa 80 sujeitos entre 7:1 e 8:11
grupos, cada um com 20 crianas, de acordo com as idades, sendo metade do sexo
feminino e metade do sexo masculino. Dois grupos foram compostos por crianas
faixa etria estudada (7:00 8:11) diferindo apenas quanto ao tipo de escola
freqentada pelas crianas. Assim, a chance de uma criana que estuda em escola
da consoante final maior que a chance de uma criana que estuda em escola
particular.
majoritariamente entre as crianas mais velhas, o que seria explicada, como uma
isto , CCV e CVC. Alm disso, so sons de aquisio tardia, portanto s podero
associada estrutura silbica complexa em que esse som quase sempre aparece e
segmento ou da slaba portadora do segmento. Tanto para o /f/ como para o /v/, a
maioria dos casos de omisso envolveu a slaba pretnica. Nos casos das
referidas, a mais encontrada nesta pesquisa foi a que envolve o trao [contnuo]. E a
slabas pr-tnicas, para o fonema /z/, o nico caso de omisso encontrado envolveu
slaba pretnica, e o fonema / / foi o nico que apresentou omisso de slaba tnica,
tnicas.
substitudo por //. Outra substituio freqente a de /s/ para [t], na qual a fricativa
nmero do que para /f/, /v/, /s/, /z/, tendo sido preferencialmente substitudo por [s]
e [z] respectivamente.
Em relao aos fonemas /f/ e /v/, a substituio que mais ocorreu foi a
observadas substituies do trao [sonoro] e substituies dos fonemas /f/ e /v/ por
substitudos por /s/ e /z/. Esta substituio, em que ocorre somente mudana no
desta pesquisa.
desapareciam antes dos trs anos de idade. So eles: apagamento da slaba tona,
plosivizao e despalatalizao.
padro foram altos em relao mdia de produtividade obtida, o que mostra que a
processos com maior porcentagem de ocorrncia foram os que tiveram maior desvio
padro, o que sugere que existem diferenas entre os sujeitos quanto ao uso dos
acordo com a idade. Segundo estes dados, a idade prevista para a eliminao do
relatam que 7 anos a idade prevista para a eliminao do uso dos processos de
uma delas, O PCC-R (PCC revisado) que no considera nenhum tipo de distoro
como erro.
McLeod e Bleile (2003) fazem referncia aos ndices de PCC encontrados por
etrias foram: 3 anos = 43,33%; 4 anos = 82,62%; 5 anos: 73,12%; 6 anos: 88,87% e
ndices de PCC-R. A mdia de PCC-R encontrada no grupo com histria foi 69% e a
mdia do grupo sem histria familiar foi 72,50%. Este estudo concluiu que os ndices
3 METODOLOGIA
3.1 PARTICIPANTES
anos. As crianas foram divididas em 05 grupos, de forma que cada grupo fosse
excludas da amostra.
45
3.2 MATERIAL
FASE 1-
fala e/ ou linguagem.
palavra possui uma estrutura sonora que permite avaliar a produo de um ou mais
forma que para que sua produo ocorra no momento da avaliao so necessrias
frutas, que possui uma estrutura sonora que permite avaliar a produo do grupo
consonantal /fr/ no muito freqente em nosso idioma. Ao olhar a figura das frutas,
frutas no era produzida nem com o fornecimento das pistas. Este foi um dos
46
ento que nenhum substantivo que designe um grupo de outros substantivos faria
som na palavra e na estrutura silbica (onset simples inicial, onset simples medial,
onset complexo inicial, onset complexo medial, coda medial e coda final) e a
(apndice 1)
FASE 2-
Com base nas observaes feitas durante as coletas de dados realizadas com
omitido e/ou a substituio ocorrida. Neste mesmo protocolo esto listados todos os
A apresentao das palavras no protocolo foi feita por sorteio de forma que a
organizao ficasse aleatria, para no dar pistas criana quanto ao som inicial de
cada palavra.
listados abaixo:
1) Coletar e Gravar uma amostra de fala contnua de pelo menos 50 - 100 palavras.
2) Critrios de excluso:
excludas da amostra.
- So considerados erros:
Exemplo:
PCC = 25%
com Wertzner e Consorti (2004), Magalhes (2003), Van Borsel (2003), Cagliari
(2002), Lowe (1996), Grunwell (1995) e Yavas (1992), como pode ser visualizado no
quadro abaixo:
49
3.3 PROCEDIMENTO
auxlio de gravador digital (Mini Disc Sony) para a anlise dos resultados.
50
competncia na rea.
para cada criana com a porcentagem de ocorrncia de cada som nas diferentes
estruturas silbicas: onset simples, onset complexo e coda. O som foi considerado
como adquirido quando sua ocorrncia fosse igual ou superior a 75%, padro este
etria e sexo.
utilizados por cada criana. Estes dados serviram de referncia para as analise dos
etrias e sexo.
sexo.
neste caso, foi realizada uma anlise em relao faixa etria e sexo.
4 RESULTADOS
buscando-se:
Kruskal-Wallis).
2.2. Analisar a ocorrncia de cada processo fonolgico por faixa etria (Teste
Whitney).
Mann-Whitney).
entre as crianas diminui com o aumento da idade. Estas diferenas por faixa etria
20,00
Nmero de fonemas adquiridos
15,00
10,00
5,00
0,00
IDADE
mnimo, do mximo e da mdia de produes corretas de cada som. Esta anlise foi
Na Tabela 4 pode-se verificar que os fonemas /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, //, /m/, e /n/
na faixa etria de 3 anos estes sons j esto adquiridos. Os fonemas /f/, /v/, /s/, //,
39%, as mdias esto acima de 97,8% e os desvios padro abaixo de 10, o que
indica que o mnimo se refere a um nmero pequeno de crianas que tiveram uma
produo baixa desses sons, no sendo este dado significativo para justificar a
Os fonemas /z/, / /, //, //, //, /R/ e /l/ alm de apresentarem um mnimo de
padro acima de 10, o que indica que houve uma grande variabilidade no percentual
de produo destes sons entre as crianas. Por este motivo foram realizadas duas
de produes corretas destes sons, por faixa etria e a segunda relativa ao nmero
de produes corretas dos fonemas /z/, / /, //, //, //, /R/ e /l/, respectivamente,
Tabela 5: mnimo, mximo e mdia de produes corretas do fonema /z/ X faixa etria
FONEMA /Z/
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 0% 100% 92,92% 19,99
4 anos 4 anos 11meses 40% 100% 95,42% 13,83
5 anos 5 anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
6 anos 6 anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
7anos 7anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
57
Tabela 7: mnimo, mximo e mdia de produes corretas do fonema // X faixa etria
FONEMA //
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 0% 100% 92,42% 18,42
4 anos 4 anos 11meses 67% 100% 98,62% 6,66
5 anos 5 anos 11meses 33% 100% 96,54% 12,36
6 anos 6 anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
7anos 7anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
Tabela 8: mnimo, mximo e mdia de produes corretas do fonema // X faixa etria
FONEMA //
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 50% 100% 90,62% 19,72
4 anos 4 anos 11meses 50% 100% 92,71% 17,83
5 anos 5 anos 11meses 50% 100% 97,62% 10,09
6 anos 6 anos 11meses 50% 100% 97,92% 10,09
7anos 7anos 11meses 50% 100% 98,96% 7,22
Tabela 9: mnimo, mximo e mdia de produes corretas do fonema // X faixa etria
FONEMA //
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 0% 100% 44,62% 33,80
4 anos 4 anos 11meses 0% 100% 73,49% 33,28
5 anos 5 anos 11meses 5,5% 100% 87,25% 29,30
6 anos 6 anos 11meses 54,5% 100% 98,24% 7,30
7anos 7anos 11meses 78% 100% 99,41% 3,23
Tabela 10: mnimo, mximo e mdia de produes corretas do fonema /R/ X faixa etria
FONEMA /R/
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 8,5% 100% 75,67% 26,05
4 anos 4 anos 11meses 65% 100% 93,01% 9,69
5 anos 5 anos 11meses 80% 100% 96,87% 4,33
6 anos 6 anos 11meses 95% 100% 99,89% 0,72
7anos 7anos 11meses 95% 100% 99,89% 0,72
58
Tabela 11: mnimo, mximo e mdia de produes corretas do fonema /l/ X faixa etria
FONEMA /l/
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 4,5% 100% 81,85% 22,57
4 anos 4 anos 11meses 64% 100% 95,04% 7,92
5 anos 5 anos 11meses 50% 100% 97,92% 8,48
6 anos 6 anos 11meses 83,5% 100% 99,66% 2,38
7anos 7anos 11meses 94,5% 100% 99,88% 0,79
estruturas silbicas, a seguir pode ser observada a anlise de acordo com cada
posio pesquisada.
corretas do fonema // em cada faixa etria nas posies de onset simples e onset
complexo, respectivamente.
Tabela 12: mnimo, o mximo e a mdia de produes corretas do fonema // em onset simples
FONEMA //
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 0% 100% 59% 41,30
4 anos 4 anos 11meses 0% 100% 79,73% 34,83
5 anos 5 anos 11meses 0% 100% 88,42% 28,58
6 anos 6 anos 11meses 78% 100% 99,54% 3,17
7anos 7anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
Chi-Square = 80,701 / df = 4 / p< 0,001
Tabela 13: mnimo, o mximo e a mdia de produes corretas do fonema // em onset complexo
FONEMA //
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 0% 100% 30,25% 33,35
4 anos 4 anos 11meses 0% 100% 67,25% 36,01
5 anos 5 anos 11meses 0% 100% 86,08% 30,70
6 anos 6 anos 11meses 9% 100% 96,93% 13,62
7anos 7anos 11meses 56% 100% 98,81% 6,47
Chi-Square = 133,412 / df = 4 / p< 0,001
corretas do fonema /R/ em cada faixa etria nas posies de onset simples e na
Tabela 14: mnimo, o mximo e a mdia de produes corretas do fonema /R/ em onset simples
FONEMA /R/
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 17% 100% 86,62% 23,65
4 anos 4 anos 11meses 83% 100% 99,06% 4,25
5 anos 5 anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
6 anos 6 anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
7anos 7anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
Chi-Square = 63,359 / df = 4 / p< 0,001
Tabela 15: mnimo, o mximo e a mdia de produes corretas do fonema /R/ em posio de coda
FONEMA /R/
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 0% 100% 64,71% 32,84
4 anos 4 anos 11meses 30% 100% 86,73% 19,20
5 anos 5 anos 11meses 60% 100% 93,75% 8,66
6 anos 6 anos 11meses 90% 100% 99,79% 1,44
7anos 7anos 11meses 90% 100% 99,79% 1,44
Chi-Square = 94,792 / df = 4 / p< 0,001
corretas do fonema /l/ em cada faixa etria na posio de onset simples e onset
complexo, respectivamente.
Tabela 16: mnimo, o mximo e a mdia de produes corretas do fonema /l/ em onset simples
FONEMA /l/
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 9% 100% 95,25% 15,83
4 anos 4 anos 11meses 73% 100% 99,06% 4,25
5 anos 5 anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
6 anos 6 anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
7anos 7anos 11meses 100% 100% 100% 0,000
Chi-Square = 19,907 / df = 4 / p< 0,001
Tabela 17: mnimo, o mximo e a mdia de produes corretas do fonema /l/ em onset complexo
FONEMA /l/
IDADE MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
3 anos 3 anos 11meses 0% 100% 68,46% 37,14
4 anos 4 anos 11meses 55% 100% 91,02% 13,17
5 anos 5 anos 11meses 0% 100% 95,83% 16,95
6 anos 6 anos 11meses 67% 100% 99,31% 4,76
7anos 7anos 11meses 89% 100% 99,77% 1,56
Chi-Square = 79,889 / df = 4 / p< 0,001
60
posio de onset complexo (5 anos). O mesmo ocorre com os fonemas /l/ e /R/. A
aquisio do fonema /l/ em onset simples ocorre aos 3 anos e em onset complexo
aos 4 anos, o fonema /R/ em onset simples adquirido na faixa etria de 3 anos e na
crianas que apresentaram ndices de produo dos referidos sons acima de 75%
por faixa etria e sexo. As Tabelas 18, 19, 20, 21, 22 e 23 representam as anlises
por faixa etria, dos fonemas // em onset simples, // onset complexo, /R/ em onset
respectivamente.
Ao verificar as Tabelas 18, 19, 20, 21, 22 e 23, pode-se observar que estes
acordo com o aumento da faixa etria, assim como a mdia e o desvio padro. Estes
10,00
Nmero de processos fonolgicos
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
IDADE
4.2.2 Anlise de ocorrncia de cada processo fonolgico por faixa etria e sexo
Tabelas 26, 27, 28, 29 e 30 representam estes dados por cada faixa etria,
Tabela 26: mnimo, mximo e mdia de ocorrncia de cada processo fonolgico na faixa etria de
3 anos 3 anos e 11 meses
PROCESSO FONOLGICO MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
REC 0% 100% 44,92% 37,20
ASILAT 0% 24,49% 2,29% 4,20
ACONSF 0% 63,16% 18,52% 18,47
EPENT 0% 6,25% 0,19% 1,00
APOC 0% 0% 0% 0
MET 0% 20,45% 2,74% 4,42
MONOT 0% 53,85% 9,61% 12,94
APAGLIQ 0% 41,38% 5,03% 8,56
ACRESC 0% 2,53% 0,05% 0,36
PLOS 0% 4,11% 0,08% 0,59
AFR 0% 0% 0% 0
DESAF 0% 0% 0% 0
ANT 0% 20% 2,54% 4,66
POST 0% 24,73% 1,12% 3,83
ENS 0% 9,68% 0,33% 1,45
SONOR 0% 0% 0% 0
LAT 0% 73,68% 19,68% 25,83
SEMIV 0% 28,12% 1,17% 4,67
ASSIM 0% 9,46% 1,43% 2,18
RED 0% 2,86% 0,06% 0,41
18,52%, respectivamente.
Tabela 27: mnimo, mximo e mdia de ocorrncias de cada processo fonolgico na faixa etria de
4 anos 4 anos e 11 meses
PROCESSO FONOLGICO MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
REC 0% 75% 15,23% 20,41
ASILAT 0% 8,16% 0,34% 1,28
ACONSF 0% 31,58% 6,62% 9,07
EPENT 0% 6,25% 0,32% 1,33
APOC 0% 0% 0% 0
MET 0% 9,09% 2,03% 2,74
MONOT 0% 15,38% 1,28% 3,66
APAGLIQ 0% 20,69% 1,00% 3,41
ACRESC 0% 1,26% 0,03% 0,18
PLOS 0% 1,37% 0,03% 0,20
AFR 0% 0% 0% 0
DESAF 0% 85,71% 2,08% 12,50
ANT 0% 12,73% 0,98% 2,83
POST 0% 12,90% 0,71% 2,08
ENS 0% 11,29% 0,37% 1,70
SONOR 0% 0% 0% 0
LAT 0% 76,31% 12,39% 20,05
SEMIV 0% 0% 0% 0
ASSIM 0% 5,40% 0,90% 1,45
RED 0% 0% 0% 0
Tabela 28: mnimo, mximo e mdia de ocorrncias de cada processo fonolgico na faixa etria de
5 anos 5 anos e 11 meses
PROCESSO FONOLGICO MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
REC 0% 100% 5,14% 17,98
ASILAT 0% 4,08% 0,34% 0,88
ACONSF 0% 21,05% 3,07% 4,45
EPENT 0% 15,62% 0,32% 2,25
APOC 0% 0% 0% 0
MET 0% 11,36% 2,13% 2,87
MONOT 0% 7,69% 0,16% 1,11
APAGLIQ 0% 3,45% 0,07% 0,50
ACRESC 0% 0% 0% 0
PLOS 0% 0% 0% 0
AFR 0% 0% 0% 0
DESAF 0% 0% 0% 0
ANT 0% 1,82% 0,11% 0,44
POST 0% 1,07% 0,13% 0,36
ENS 0% 0% 0% 0
SONOR 0% 0% 0% 0
LAT 0% 71,05% 6,08% 19,14
SEMIV 0% 9,37% 0,26% 1,42
ASSIM 0% 4,05% 0,36% 0,77
RED 0% 0% 0% 0
respectivamente.
Tabela 29: mnimo, mximo e mdia de ocorrncias de cada processo fonolgico na faixa etria de
6 anos 6 anos e 11 meses
PROCESSO FONOLGICO MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
REC 0% 75% 2,15% 11,02
ASILAT 0% 2,04% 0,04% 0,29
ACONSF 0% 0% 0% 0
EPENT 0% 0% 0% 0
APOC 0% 0% 0% 0
MET 0% 4,54% 0,52% 1,17
MONOT 0% 7,69% 0,16% 1,11
APAGLIQ 0% 6,90% 0,14% 0,99
ACRESC 0% 0% 0% 0
PLOS 0% 0% 0% 0
AFR 0% 0% 0% 0
DESAF 0% 0% 0% 0
ANT 0% 1,82% 0,04% 0,26
POST 0% 0% 0% 0
ENS 0% 0% 0% 0
SONOR 0% 0% 0% 0
LAT 0% 5,26% 0,11% 0,76
SEMIV 0% 0% 0% 0
ASSIM 0% 1,35% 0,03% 0,19
RED 0% 0% 0% 0
foi de 0,52%, sendo segundo processo mais utilizado nesta faixa etria.
Nesta faixa etria doze, dos vinte processos fonolgicos no foram utilizados,
semivocalizao e reduplicao.
Tabela 30: mnimo, mximo e mdia de ocorrncia de cada processo fonolgico na faixa etria de
7 anos 7 anos e 11 meses
PROCESSO FONOLGICO MNIMO MXIMO MDIA DESVIO PADRO
REC 0% 6,25% 0,39% 1,53
ASILAT 0% 0% 0% 0
ACONSF 0% 5,26% 0,11% 0,76
EPENT 0% 21,88% 0,45% 3,16
APOC 0% 0% 0% 0
MET 0% 6,82% 0,38% 1,27
MONOT 0% 0% 0% 0
APAGLIQ 0% 0% 0% 0
ACRESC 0% 0% 0% 0
PLOS 0% 0% 0% 0
AFR 0% 0% 0% 0
DESAF 0% 0% 0% 0
ANT 0% 0% 0% 0
POST 0% 0% 0% 0
ENS 0% 0% 0% 0
SONOR 0% 0% 0% 0
LAT 0% 0% 0% 0
SEMIV 0% 0% 0% 0
ASSIM 0% 1,35% 0,06% 0,28
RED 0% 0% 0% 0
Na faixa etria de 7 anos, como se pode observar pela Tabela 30, apenas
cinco, dos vinte processos fonolgicos da pesquisa, foram utilizados pelas crianas:
Grfico 3: mdia de ocorrncia dos processos fonolgico mais utilizados por faixa etria.
REC (Reduo de
50,00 encontro
consonantal)
ASILAT
(Apagamento de
slaba tona)
40,00 ACONSF
(Apagamento de
consoante final
MET (Mettese)
LAT (Lateralizao)
30,00
Mdias
20,00
10,00
0,00
IDADE
estatisticamente significante.
71
produzidas por cada criana. Aps esta anlise foi feita uma comparao entre as
de acordo com a faixa etria e o mximo alcanou o teto de 100% a partir da faixa
etria de 4 anos. O desvio padro diminuiu de acordo com o aumento da idade das
crianas, o que significa que a variabilidade entre as crianas da mesma faixa etria
80,00
60,00
PCC
40,00
20,00
0,00
IDADE
produzidas por cada criana. Aps esta anlise foi feita uma comparao entre as
partir da faixa etria de 4 anos e o desvio padro diminuiu com o aumento da idade
80,00
60,00
PCC-R
40,00
20,00
0,00
IDADE
De acordo com estes resultados podemos observar que no houve diferena entre o
PCC-R e os sexos.
75
5 DISCUSSO
fonemas /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, //, /m/, e /n/ j esto adquiridos e estabilizados no
produo correta deste som estabilizou-se em 50% em todas as faixas etrias. Este
dado pode ser justificado pela ocorrncia de apenas duas palavras (passarinho e
palavra ter um som nasal antes do fonema //. A mdia de produo correta obtida
anos. Isto nos permite concluir que aos 3 anos, este fonema tambm est adquirido.
afirma que todas as plosivas e nasais esto adquiridas antes dos 2 anos de idade, de
Wertzner (2000), que observou que aos 3 anos e 6 meses todas as plosivas e nasais
esto adquiridas e de Grunwell (1995), que observou que no estgio entre 1:6 e 2
76
anos as crianas j adquiriram os fonemas /p/, /b/, /t/, /d/, /m/, e /n/ e aos 2 anos e 6
meses todas as plosivas e nasais esto adquiridas. Ainda McLeod e Bleile (2003)
relatam que aos 3 anos o inventrio fontico das crianas composto pelos fonemas
/p/, /b/, /t/, /d/, /k/, //, /m/, /n/, // /f/ e /s/ ou seja, consoantes plosivas, nasais e
/z/ e / / tambm esto adquiridos nesta faixa etria apesar de ter sido encontrada
fricativas, estando o /v/ adquirido aos 1:8 e o /f/ aos 1:9, o fonema // aos 2:10 e o
fonema / / aos 2:6. Em outro estudo (Lamprecht, 2004) foi observado que o fonema
/s/ encontra-se adquirido aos 2:6 e o /z/ aos 2:0. Tambm para Grunwell (1995) as
africada /t/ so adquiridas no estgio que vai dos 3:0 aos 3:6 e finalmente no
estgio que vai dos 3:6 aos 4:6 as fricativas /z/, / / e a africada /d / aparecem no
diferentes, talvez por ter sido realizado com crianas falantes da lngua inglesa.
Neste estudo na faixa etria de 3 anos a 3 anos e 11 meses somente as fricativas /s/
e /f/ j esto adquiridas. J as fricativas /f/, /v/, /s/, /z/ e // j fazem parte do
77
fonema /l/, o qual aparece em onset simples aos 3 anos e em onset complexo aos 4
posio de coda aos 4 anos. Os dados tambm demonstram que o fonema //
que a classe das lquidas a ltima a ser adquirida no Portugus e que dentro desse
primeiro em posio de onset absoluto, aos 2:8 e aos 3:0 dominado em onset
medial. A lquida /R/ est dominada aos 3:4 3:5, tanto em onset absoluto quanto
em onset medial, o fonema // adquirido aos 4:0 e a lquida no-lateral // na
posio de onset simples est adquirida aos 4:2. Em nossos resultados tambm
// aos 3 anos, foi observado grande variabilidade entre as crianas desta faixa
etria.
78
(2004) onde foi observado que as lquidas laterais so adquiridas antes das no-
laterais e, dentro dessas classes, o /l/ precede o //, e o /R/ geralmente aparece
antes do //.
idade de aquisio.
havendo, porm, uma grande variabilidade entre as crianas, variabilidade esta, que
foram os mais utilizados tambm na faixa etria de 4 anos, tendo uma diminuio
gradativa nas mdias de acordo com o aumento das idades. Nas crianas da faixa
silbica (CCV) e na produo das lquidas. Este achado corroborado pelo estudo
de Wertzner (2000) que afirma que a idade prevista para a eliminao dos processos
majoritariamente entre as crianas mais velhas, como uma estratgia das crianas
anteriorizao desta classe de sons. Nossos dados, no entanto, apontam para uma
encontrados por faixa etria. Aos 3 anos de idade, as crianas utilizaram um mnimo
acordo com o aumento da faixa etria, assim como a mdia. No encontramos dados
gradual de acordo com o aumento da faixa etria. O PCC mdio obtido aos 3 anos
foi 85,65%, aos 4 anos = 92,85%, aos 5 anos = 96,69%, aos 6 anos = 99,12%,
chegando a 99,78% na faixa etria de 7 anos. Nossos dados no divergem muito dos
resultados de Wertzner e Dias (2000), que observaram que para crianas de 3 anos
a 3 anos e 6 meses de idade o PCC mdio obtido foi de 79,77%, para as de 3 anos e
93,45%.
dos dados.
fonolgico.
83
6 CONCLUSO
Os dados permitem concluir que aos 3 anos de idade os fonemas /p/, /b/, /t/,
/d/, /k/, //, /m/, e /n/ j esto adquiridos e estabilizados no sistema fonolgico das
crianas desta pesquisa. Os fonemas /f/, /v/, /s/, //, /t/, /d /, /z/, / / e // tambm
j esto adquiridos nesta faixa etria apesar de ter sido encontrada uma grande
estabilizados em 50% nas crianas. Acreditamos que tal resultado pode ser
com o fonema /l/. A aquisio do fonema /l/ em onset simples ocorreu aos 3 anos e
em onset complexo aos 4 anos. J o fonema /R/ em onset simples foi adquirido na
dialeto local) tendo sido observada porm, uma grande variabilidade entre as
da faixa etria.
demonstraram que aos 3 anos de idade os processos mais utilizados foram: reduo
processos foram os mais utilizados tambm na faixa etria de 4 anos, tendo uma
nesta faixa etria. J na faixa etria de 7 anos, epntese foi o processo fonolgico
mettese.
encontrados por faixa etria, observamos que aos 3 anos de idade, as crianas
mdio obtido aos 3 anos foi 85,65%, aos 4 anos = 92,85%, aos 5 anos = 96,69%,
aos 6 anos = 99,12%, chegando a 99,78% na faixa etria de 7 anos. O PCC-R mdio
obtido aos 3 anos foi 86,16%, aos 4 anos = 93,85%, aos 5 anos = 97,17%, aos 6
7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CHOMSKY, N.; HALLE, M. The sound pattern of english. Harper and Row. New
York, 1968.
OLIVEIRA, C. C. Perfil da aquisio das fricativas /f/ , /v/ , /s/ , /z/ do Portugus
Brasileiro: um estudo quantitativo. Letras de Hoje. Porto Alegre. v. 38, n. 2, p. 97-
110, jun, 2003.
8 APNDICES
fonema ONSET INICIAL ONSET MEDIAL CODA MEDIAL CODA FINAL total
CV CCV CV CCV CVC CVC
/p/ 4 3 3 2 - - 12
/b/ 6 4 5 2 - - 17
/t/ 2 2 12 2 - - 18
/d/ 1 1 7 3 - - 12
/k/ 10 3 7 2 - - 22
/g/ 4 2 5 1 - - 12
/f/ 1 3 6 1 - - 11
/v/ 2 - 7 1 - - 10
/s/ 2 - 7 - - - 9
/z/ 1 - 4 - - - 5
/S/ 2 - 4 - 3 6 15
/Z/ 2 - 2 - - - 4
/tS/ 1 - 4 - - - 5
/dZ/ 1 - 1 - - - 2
/m/ 5 - 1 - - - 6
/n/ 2 - 6 - - - 8
// - - 3 - - - 3
// - - 2 - - - 2
/r/ - 12 9 11 - - 32
/R/ 3 - 3 - 8 2 16
/l/ 3 6 8 3 - - 20
92
MESTRADO EM FONOAUDIOLOGIA
Nome: ___________________________________________________________
Observaes:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________
93
94
95
96
97
98
fonema ONSET INICIAL ONSET MEDIAL CODA MEDIAL CODA FINAL total
CV CCV CV CCV
/p/ 4 3 3 2 - - 12
Criana
/b/ 6 4 5 2 - - 17
Criana
/t/ 2 2 12 2 - - 18
Criana
/d/ 1 1 7 3 - - 12
Criana
/k/ 10 3 7 2 - - 22
Criana
/g/ 4 2 5 1 - - 12
Criana
/f/ 1 3 6 1 - - 11
Criana
/v/ 2 - 7 1 - - 10
Criana
/s/ 2 - 7 - - - 9
Criana
/z/ 1 - 4 - - - 5
Criana
/S/ 2 - 4 - 3 6 15
Criana
/Z/ 2 - 2 - - - 4
criana
/tS/ 1 - 4 - - - 5
Criana
/dZ/ 1 - 1 - - - 2
Criana
/m/ 5 - 1 - - - 6
Criana
/n/ 2 - 6 - - - 8
Criana
// - - 3 - - - 3
Criana
// - - 2 - - - 2
Criana
/r/ - 12 9 11 - - 32
Criana
/R/ 3 - 3 - 8 2 16
Criana
/l/ 3 6 8 3 - - 20
Criana
99
Caro(a) Senhor(a)
Eu, Carla Ferrante, fonoaudiloga, portadora do CIC 083420897-03, RG 10835295-6,
estabelecido(a) na Rua Ibituruna, n 108 , casa 3 / 202, CEP 20271-020, na cidade do Rio de Janeiro,
cujo telefone de contato (21) 2574.8871, vou desenvolver uma pesquisa cujo ttulo Avaliao
Fontica e Fonolgica
Este estudo tem como objetivo validar um instrumento de avaliao fontica e fonolgica e
colaborar para ampliao do conhecimento sobre as alteraes de fala.
Necessito que o Sr.(a). permita a execuo de uma avaliao de fala em seu filho (a) em que
realizarei, os seguintes procedimentos: Cada criana ser solicitada nomear 79 figuras. A avaliao
ser realizada, no Colgio Veiga de Almeida, em uma sala sem rudos e a fala ser gravada com o
auxlio de um gravador digital, para a anlise dos dados.
A participao de seu filho (a) nesta pesquisa voluntria e a avaliao clnica no determinar
qualquer risco, nem trar desconfortos.
Caso seja de interesse dos pais, ser enviado um laudo com os resultados da avaliao e
caso necessrio, os pais recebero orientaes em relao ao desenvolvimento de fala e linguagem.
A participao de seu filho (a) importante para o aumento do conhecimento respeito do
desenvolvimento e produo dos sons da fala, o que pode colaborar nos tratamentos
fonoaudiolgicos, podendo beneficiar outras pessoas ou at mesmo seu filho (a). Com relao ao
procedimento em questo, no existe melhor forma de obter.
Informo que o Sr(a). tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do estudo, sobre qualquer
esclarecimento de eventuais dvidas. Se tiver alguma considerao ou dvida sobre a tica da
pesquisa, entre em contato com o Comit de tica em Pesquisa (CEP) da Universidade Veiga de
Almeida, situado na Rua Ibituruna 108 Tijuca, fone 32343024 e comunique-se com o Prof. Dr.
Manoel Jos Gomes Tubino.
Tambm garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar
de participar do estudo.
Garanto que as informaes obtidas sero analisadas em conjunto com outras pessoas, no
sendo divulgada a identificao de nenhum dos participantes.
O Sr(a). tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais das pesquisas e
caso seja solicitado, darei todas as informaes que solicitar.
No existir despesas ou compensaes pessoais para o participante em qualquer fase do
estudo, incluindo exames e consultas. Tambm no h compensao financeira relacionada sua
participao. Se existir qualquer despesa adicional, ela ser absorvida pelo oramento da pesquisa.
Eu me comprometo a utilizar os dados coletados somente para pesquisa e os resultados
sero veiculados atravs de artigos cientficos em revistas especializadas e/ou em encontros
cientficos e congressos, sem nunca tornar possvel a sua identificao.
Anexo est o consentimento livre e esclarecido para ser assinado caso no tenha ficado
qualquer dvida.
Acredito ter sido suficiente informado respeito do estudo Avaliao Fontica e Fonolgica.
Ficaram claros para mim quais so os propsitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, as
garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro tambm que a participao de meu filho (a) isenta de despesas e que tenho
garantia do acesso aos resultados e de esclarecer minhas dvidas a qualquer tempo. Concordo
voluntariamente que meu filho (a) participe deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a
101
qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou prejuzo ou perda de qualquer
benefcio que eu possa ter adquirido.
___________________________________ Data_______/______/______
Assinatura do informante
Nome:
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Fone: ( )
Nome do aluno:________________________________________________________
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