Apostila 3 Sitema de Suspensão e Direção
Apostila 3 Sitema de Suspensão e Direção
Apostila 3 Sitema de Suspensão e Direção
2004
2004. SENAI-SP
Sistemas de Suspenso e Direo
Publicao organizada e editorada pela Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo
E-mail [email protected]
SUMRIO
INTRODUO 5
CONCEITOS BSICOS 7
Inclinao 8
Balano 9
Trancos 9
Guinadas 9
COMPONENTES DA SUSPENSO 10
PNEUS E RODAS 11
Pneus Diagonais 12
Pneus Radiais 12
Pneu com Cmara 13
Pneu sem Cmara 14
Especificaes dos Pneus 15
Presso de Enchimento dos Pneus 16
Rodzio de Pneus 16
Indicadores de Desgaste da Banda de Rodagem (TWI) 17
Rodas de Ao Estampado 18
Roda de Liga Leve 18
Especificao das Rodas 19
CUBO DE RODA 20
Travamento com Porca Castelo e Cupilha 21
Travamento por Amassamento da Porca 21
Travamento com porca e parafuso Allen 22
Travamento com Contraporca e Chapa de Travamento 22
MOLAS 25
Feixe de Molas 25
Feixe de Mola Auxiliar 26
Molas Helicoidais 27
Mola Progressiva 27
Barras de Toro 28
Molas de Borracha 28
Molas Pneumticas 29
AMORTECEDORES 30
Amortecedor Hidrulico de Ao Simples 31
Amortecedor Hidrulico de Ao Dupla 33
Amortecedor Pressurizado 34
Amortecedor Eletrnico 35
SISTEMA DE ARTICULAO 36
Braos Oscilantes 36
Terminais de Suspenso (pivs) 37
Batentes 38
Barra Estabilizadora 39
Brao Tensor 41
Haste de Controle Lateral 41
TIPOS DE SUSPENSO 42
Suspenso Dependente 43
Suspenso Independente 45
Suspenso Semi-independente 48
SISTEMA DE DIREO 49
Coluna de Direo 49
Caixa da Direo Mecnica 51
Tipos de Direo 52
Barra de Direo 53
Direo Hidrulica 61
Bomba de Palhetas 63
Caixa de Direo Hidrulica 66
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 68
INTRODUO
O mdulo - Sistema de suspenso e direo - tem como objetivo desenvolver nos alunos
o domnio dos conhecimentos sobre os princpios de funcionamento de um sistema de
suspenso e direo.
A diviso do contedo em duas fases distintas apenas recurso de organizao sendo que
as aulas de teoria e de prtica devem ocorrer simultaneamente e a carga horria variar de
acordo com as necessidades didtico-pedaggicas.
As aulas tericas visam desenvolver nos alunos o domnio de contedos bsicos necessrios
para a realizao dos ensaios.
As aulas prticas devem ser caracterizadas por atividades realizadas direta e exclusivamente
pelos alunos.
CONCEITOS BSICOS
Geralmente, quanto maior o peso sustentado, melhor ser o conforto ao dirigir, pois conforme
o peso sustentado torna-se maior, menor ser a tendncia da carroceria sacudir devido aos
atritos dos pneus com as irregularidades do solo. Inversamente, se o peso no sustentado
for grande, ser mais fcil para a carroceria sacudir devido s irregularidades do solo.
INCLINAO
a oscilao para cima e para baixo em relao ao centro de gravidade do carro, da frente
e da traseira do veculo. Isto acontece especialmente quando o carro passa sobre depresses
ou bate contra alguma salincia na pista de rodagem, ou quando aceleramos ou freiamos
bruscamente o veculo, a inclinao ocorre mais facilmente em veculos com molas mais
macias.
BALANO
TRANCOS
movimento para cima e para baixo da carroceria do veculo como um todo. A ocorrncia
de trancos mais provvel quando um veculo est rodando em alta velocidade, em uma
superfcie ondulada. Os trancos ocorrem facilmente quando as molas so macias.
GUINADAS
COMPONENTES DA SUSPENSO
PNEUS E RODAS
Os pneus de acordo com a construo da sua carcaa so classificados em: pneus diagonais
e radiais.
PNEUS DIAGONAIS
PNEUS RADIAIS
A carcaa do pneu radial consiste de camadas de fibras unidas com borracha e dispostas
perpendicularmente circunferncia do pneu. Esta construo oferece grande flexibilidade
aos pneus na direo radial.
Entretanto, somente essa carcaa no capaz de suportar a carga total aplicada ao longo
da circunferncia do pneu, por isso o pneu radial possui cintas de fibras txteis resistentes
ou fios de ao unidos com borracha que firmam a carcaa, aumentando a rigidez da banda
de rodagem. Nesse caso, o desempenho nas curvas e nas altas velocidades bom mas
as ondulaes da pista so menos absorvidas do que os outros pneus prejudicando o conforto
dos passageiros.
Os pneus diagonais proporcionam uma conduo mais suave, mas so inferiores aos radiais
em termos de desempenho e resistncia ao desgaste.
O pneu com cmara possui internamente um tubo de borracha que retm o ar ou o nitrognio
pressurizado, possui uma vlvula de ar, projetada para fora atravs de um orifcio no aro da
roda. Se for furado, o pneu com cmara se esvazia rapidamente.
ESPECIFICAO DE PNEUS
Portanto, a presso de enchimento dos pneus deve ser inspecionada regularmente e ajustada
conforme o necessrio, sempre que estiver diferente da especificao.
RODZIO DE PNEUS
O ideal que os quatro pneus (cinco, incluindo o estepe) apresentem o mesmo padro de
desgaste, com isso o pneu usado durante muito tempo na mesma posio desenvolver
desgaste caracterstico daquela posio.
O rodzio de pneus deve ser regular para que o desgaste seja uniforme. Isto ajudar a
aumentar a vida til dos pneus.
Os pneus no so instalados diretamente nos veculos, mas sim montados nas rodas. Por
ser um componente importante na segurana, a roda deve ser suficientemente resistente
para suportar as cargas verticais e laterais, as foras de frenagem, etc.. Ao mesmo tempo,
deve ser o mais leve possvel e estar balanceada para que gire suavemente em altas
velocidades.
RODA DE AO ESTAMPADO
Esse tipo fundido principalmente em liga leve de alumnio e magnsio amplamente usado
no somente em modelos mais leves mas tambm para melhorar a aparncia do veculo.
O tamanho da roda est indicado na superfcie da prpria roda, geralmente inclui largura da
roda, formato do flange da roda e seu dimetro.
CUBO DE RODA
O cubo de roda responsvel pela rolagem das rodas do veculo. Pode ser de ao ou de
ferro fundido. Pode, tambm, ser fundido com o tambor de freio formando uma pea nica.
Ou pode ser fixado ao tambor de freio por meio de porcas ou parafusos, com isso possvel
separar o cubo do tambor.
tambor
cubo
cubo
O cubo de roda executa sua funo atravs de rolamentos. Por isso necessrio para um
bom funcionamento que esses rolamentos estejam bem regulados (quanto a sua folga) e
bem lubrificados. Os rolamentos mais utilizados em cubos de
rodas so os rolamentos duplos de esferas (blindados) ou de
roletes cnicos.
O cubo das rodas motrizes (rodas que movem o veculo) tambm deve ser capaz de transmitir
a trao do eixo para a roda. Por esse motivo, o cubo deve ser fixado por meio de estrias e
travados por meio de porcas. Normalmente, essas rodas tm rolamentos duplos de esferas
que no possuem regulagem e no necessitam de lubrificao.
Nas rodas no motrizes (que apenas giram passivamente), o cubo montado sobre um ou
dois rolamentos, normalmente de roletes cnicos. Esses roletes devem ser regulados e
lubrificados periodicamente com graxa adequada.
A regulagem do cubo feita por meio de uma porca que prende o conjunto ao eixo. Esse
ajuste deve atender aos padres especificados pelo fabricante.
A porca de ajuste do cubo pode soltar-se com o movimento de rotao da roda. Para impedir
que isso ocorra, utiliza-se uma arruela com uma salincia em seu dimetro interno, que se
encaixa na canaleta existente na ponta do eixo. Essa arruela montada entre o rolamento
externo e a porca de ajuste do cubo, no permitindo que o giro da roda interfira com a porca.
Para manter o ajuste do cubo, a porca deve ser travada. Estudaremos a seguir as formas
mais comuns de travamento.
Depois de colocar a cupilha, dobram-se suas pontas, uma em sentido contrrio da outra,
isto evita que ela saia do canal quando a roda girar.
ponta do eixo
canaleta
parte cncava
Este tipo de porca tem que ser substituda toda vez que desmontado o conjunto.
Neste travamento, a ponta do eixo no tem orifcio nem canaleta, mas a porca tem um
corte, que sai de uma das faces externa e atravessa a parte roscada.
parafuso
vo da abertura
ponta do eixo
Sobre essa chapa colocada uma contraporca. Posteriormente, a chapa dobrada sobre
ambas as porcas, travando-as.
H tambm uma tampa metlica, chamada protetor de porca do cubo, que cobre a ponta do
eixo. Sua finalidade impedir a sada da graxa que lubrifica os rolamentos e proteger os
componentes do cubo contra infiltrao de impurezas e choques. Este protetor colocado
sob interferncia mecnica, cobrindo a ponta do eixo.
Para conter a graxa dentro do cubo de roda e evitar a entrada de impurezas, utilizado um
retentor que tem a funo de reter a passagem do lubrificante (graxa), que deve ficar contido
no interior do cubo.
O retentor sempre aplicado entre duas peas que tenham movimento relativo. A sua
funo de vedao cumprida tanto na condio esttica (cubo parado) como na condio
dinmica (cubo girando).
O retentor composto por um lbio feito de material elastomrico e uma parte estrutural
metlica que permite a fixao do lbio na posio correta de trabalho.
A vedao se d pelo contato permanente que ocorre entre a aresta do lbio e a ponta de
eixo. Para completar a estanqueidade, preciso que haja tambm a vedao entre a parte
externa do retentor e a carcaa.
De acordo com a aplicao do retentor, o eixo que ele est em contato pode ter sentido de
rotao horrio ou anti-horrio. Para auxiliar na vedao com o eixo em movimento, os
lbios do retentor possuem estrias que, de acordo com o sentido de rotao do eixo, mudam
de posio para obter um efeito hidrodinmico (efeito que promove o refluxo do lubrificante).
MOLAS
Nos sistemas de suspenso , as molas mais utilizadas so as molas metlicas, tais como o
feixe de molas, molas helicoidais e barras de toro, e as molas no metlicas, tais como as
molas de borracha e as molas pneumticas.
FEIXE DE MOLAS
Os feixes de molas so constitudos por uma srie de lminas de ao curvadas para compor
um feixe a partir da menor para a maior. Essa pilha de lminas fixada no centro por um
parafuso para evitar que as lminas escorreguem saindo do lugar. Tambm so presas por
grampos em vrios pontos. Ambas as extremidades da lmina mais longa (chamada de
mola mestra) so dobradas para formar olhais, usados para fixar o feixe o chassi.
Quanto maior for o feixe de molas, mais macio ele ser. E quanto mais lminas existirem
em um feixe, maior ser a carga suportada. Mas, por outro lado, o feixe ficar mais duro e
o conforto ao dirigir estar comprometido.
a
gadur
enver
OBSERVAES
A curvatura de cada lmina chamada de flexo. A flexo das lminas varia conforme o
seu comprimento (flexo maior, mola menor).
A curvatura de uma lmina em um feixe sempre maior do que a lmina de cima.
Ao apertar o parafuso central, as lminas achatam-se ligeiramente, fazendo com que as
extremidades das lminas apertem-se firmemente umas contra as outras.
curvatura
arqueamento
Nos caminhes e muitos outros veculos sujeitos a grandes cargas, so usados feixes de
molas auxiliares. O feixe de mola auxiliar instalado acima do feixe principal, quando a
carga leve, apenas o feixe principal atua, mas quando a carga ultrapassa determinado
valor, tanto o feixe principal quanto o feixe auxiliar entram em operao.
mola auxiliar
mola principal
MOLAS HELICOIDAIS
MOLA PROGRESSIVA
Se a mola for feita de varetas de ao com dimetro uniforme, a mola toda ir flexionar
uniformemente na proporo das mudanas de carga. Isto significa que, se for utilizada
uma mola macia, ela no ser rgida o suficiente para controlar cargas pesadas, enquanto
que, se for utilizada uma mola dura, o resultado ser um veculo mais duro, com pouco
conforto a oferecer, mas suportando grandes cargas.
Contudo, se for usada uma mola com vareta com dimetro em constante mudana (do
dimetro mais fino para o mais grosso), as extremidades da mola tero uma constante de
mola mais baixa (mais macia) do que no centro (mais dura). Conseqentemente, sob cargas
leves, as extremidades da mola iro se contrair e absorver o choque. Por outro lado, a parte
central das molas ser rgida o suficiente para absorver os choques.
Outros tipos de molas podem tambm ser usadas para obter o mesmo efeito:
Mola progressiva com barra Mola progressiva com barra Mola progressiva com barra
cilndrica e passo varivel cnica e passo varivel cnica e passo e dimetro varivel
BARRAS DE TORO
A barra de toro uma barra de ao que utiliza sua elasticidade torcional para resistir
toro. Uma das extremidades da barra fixada ao chassi ou a outra parte estrutural da
carroceria e a outra extremidade fixada a um componente submetido carga torcional.
toro
toro oposta
MOLAS DE BORRACHA
MOLAS PNEUMTICAS
AMORTECEDORES
Para isto existem os amortecedores, para absorver essa oscilao das molas, melhorando
o conforto e as caractersticas de aderncia do pneu ao solo, ganhando o veculo com isso
mais estabilidade.
mola amortecedor
articulao da
suspenso e eixo
pneu
orifcio
mbolo
vlvula
O amortecedor hidrulico utiliza leo para absorver as oscilaes das molas, composto
por dois cilindros, um externo e outro interno, entre esses cilindros se forma a cmara
reservatrio que armazena o leo do amortecedor.
O cilindro interno recebe o nome de cmara de servio, que dividida por um mbolo
mvel, ele est ligado ao sistema de fixao do amortecedor, neste mbolo esto as vlvulas
do amortecedor.
cmara reservatrio
FUNCIONAMENTO
Quando a amortecedor comprimido (recebendo impacto da pista de rodagem), o mbolo
comprime o leo na parte inferior da cmara de servio que passa a ser chamada de cmara
de compresso, e a parte superior do cilindro chamada de cmara de trao.
cmara de trao
cmara de compresso
Nessa condio, o leo passa da cmara de compresso para a cmara de trao, pelas
vlvulas da haste mvel, que no oferecem resistncia passagem do leo, e o amortecedor
acompanha o movimento da mola, parte do leo sai por uma vlvula localizada na base do
amortecedor, que libera a passagem do leo para a cmara reservatrio.
ar
cmara do reservatrio
cmara de compresso
cmara de trao
Nesta condio, o leo que est na cmara de compresso forado a descer pelo
movimento do mbolo, passando pelas vlvulas da haste mvel, que oferece resistncia
passagem do leo, fazendo com que o amortecedor absorva as oscilaes da mola, ao
mesmo tempo, o leo da cmara reservatrio volta para cmara de trao, pela vlvula da
base.
ar
cmara do reservatrio
fluido
cmara de trabalho
ar ar
cmara do reservatrio cmara do reservatrio
AMORTECEDOR PRESSURIZADO
Os amortecedores hidrulicos contm leo e ar. Por isso, esto sujeitos perda de presso
e falha devido mistura de leo e do ar.
A cavitao provocada por um impacto muito rpido do pneu com o solo, que produz uma
perda momentnea da ao do amortecedor.
nitrognio nitrognio
cmara do reservatrio cmara do reservatrio
AMORTECEDOR ELETRNICO
vlvula eletrnica
A atuao do mdulo ocorre em duas fases, segurana e automtica, que dever ser
escolhida pelo motorista. Ao selecionar a condio de segurana, o veculo ficar com o
amortecedor mais duro, devido atuao do mdulo na vlvula do amortecedor que diminuir
a passagem de leo entre as cmaras.
SISTEMA DE ARTICULAO
Este sistema constitudo pelos braos oscilantes, terminais de suspenso (pivs), batentes,
barra estabilizadora, brao tensor, e barra de controle lateral. Esses componentes ligam a
carroceria do veculo roda, desempenhando as seguintes funes:
Permitir articulao e movimentao da roda, devido s irregularidades do solo e
movimentos do sistema de direo.
Nivelar a carroceria, quando o veculo entra em curvas.
Manter as rodas na posio que obedea geometria do veculo.
mola helicoidal
amortecedor
mola helicoidal
brao inferior
travessa da
suspenso
barra estabilizadora
tensor junta esfrica
BRAOS OSCILANTES
banda de rodagem
brao oscilante
a ligao entre o brao oscilante e a ponta de eixo, permite a movimentao desse conjunto,
suportando cargas verticais e laterais, que atuam quando o veculo trafega em superfcies
irregulares ou quando transmitido para as rodas o movimento do sistema de direo.
junta esfrica
brao superior superior
da suspenso
mola helicoidal
chassi
ponta de eixo
brao inferior
da suspenso junta esfrica
inferior
composto por um pino cnico roscado, por onde feita a fixao do terminal ponta de
eixo e outra extremidade com um formato esfrico, que se encaixa em um alojamento
igualmente esfrico. Com isso elimina-se a folga deste terminal, permitindo tambm a
articulao do conjunto.
pino
coifa
sedes de resina
carcaa
O terminal de suspenso possui uma coifa de borracha, que evita a contaminao da graxa
existente no seu interior, que lubrifica os alojamentos esfricos. Uma vez danificada esta
coifa, necessria a substituio do terminal de suspenso.
BATENTES
batente
Pode ser instalado no brao oscilante ou na haste do amortecedor de acordo com o tipo de
suspenso.
batente
BARRA ESTABILIZADORA
instalada normalmente nas duas extremidades dos braos inferiores da suspenso. Sua
parte central fixada em dois pontos do chassi ou carroceria por meio de amortecedores de
borracha e barras.
Se as rodas se moverem para cima ou para baixo ao mesmo tempo, no mesmo sentido e
com quantidade igual de movimento, a barra no ter toro.
Entretanto, nas curvas, normalmente a mola externa comprimida enquanto a mola interna
expandida. Por esta razo, uma extremidade da barra estabilizadora torcida para cima
enquanto a outra torcida para baixo. No entanto, a barra tende a resistir toro e esta
resistncia faz reduzir a inclinao da carroceria.
brao inferior
de controle
barra estabilizadora
BRAO TENSOR
barra de ao cilndrica, que liga o brao oscilante carroceria do veculo. Sua funo
suportar os esforos provocados pela acelerao e frenagem do veculo.
montado na carroceria
ou chassi
brao
brao inferior
Sua fixao carroceria feita por buchas de borracha por meio de uma rosca localizada
no prprio brao. Esta rosca tambm utilizada para o alinhamento do veculo.
utilizada para suportar as foras laterais e manter a posio do eixo sem deslocamento
lateral. utilizada principalmente em suspenses traseiras e montada transversalmente,
fixada na carroceria e no eixo por buchas de borracha.
TIPOS DE SUSPENSO
parte dianteira
SUSPENSO DEPENDENTE
Quando o veculo possui trao traseira, no eixo est acoplado o diferencial que transmitir
rotao para as rodas.
eixo traseiro
feixe de molas
Geralmente, o feixe de mola fixado ao chassi, em uma das suas extremidades, por meio
de buchas de borrachas e pino. Sua outra extremidade montada por meio de bucha de
borracha e uma algema, que compensa a variao do comprimento da mola, quando a
mola se flexiona devido s alteraes de carga.
algema
SEM CARGA
CARGA TOTAL
O centro de cada feixe de molas est ligado ao eixo por meio de um par de parafusos em U.
parafuso U
algema
retentor
calo
pino
feixe de mola
calo
sede da mola
bucha de borracha
Quando o veculo possui trao dianteira, o eixo somente um tubo rgido onde ser montado
o feixe de molas.
amortecedor
algema
parafuso em U
feixe de mola
Em alguns casos, podemos encontrar este tipo de suspenso na dianteira de alguns veculos,
normalmente nibus e caminhes. Sua construo parecida com a dos outros tipos, tendo
como nica diferena a movimentao das rodas pelo sistema de direo.
feixe de molas
eixo dianteiro
brao oscilante
O posicionamento do eixo feito por braos oscilantes e uma barra de controle lateral. As
molas so montadas entre os braos oscilantes ou entre o eixo traseiro e a carroceria.
SUSPENSO INDEPENDENTE
travessa da suspenso
brao inferior
coxim superior
conjunto do tirante
brao inferior
brao superior
ponta de eixo
mola helicoidal junta esfrica superior
barra estabilizadora
barra da escora
A roda instalada por meio de um par de braos oscilantes. Uma extremidade do brao
oscilante fixada carroceria por meio de buchas de borracha. A outra extremidade
fixada ponta de eixo por meio do terminal de suspenso (piv). Os amortecedores e
molas so montados entre o brao oscilante inferior e a carroceria do veculo.
brao superior
barra de toro
barra estabilizadora
parafuso de ajuste
do brao do tirante
amortecedor estrias
brao inferior
barra de toro
bucha brao de torque
brao superior
feixe de toro
SUSPENSO SEMI-INDEPENDENTE
extenso
eixo traseiro
(barra de toro)
contrao
tirante lateral
SISTEMA DE DIREO
Isto feito atravs do volante da direo, da coluna da direo, que transmite a rotao do
volante da direo s engrenagens da caixa de direo, das engrenagens da caixa de
direo que aumentam a fora angular do volante da direo para transmitir mais torque
barra de direo, e da barra da direo que transmite o movimento da caixa da direo s
rodas dianteiras.
COLUNA DE DIREO
A coluna de direo consiste de eixo principal da direo que transmite a rotao do volante
da direo caixa da direo, e do tubo da coluna que fixa o eixo principal carroaria. A
extremidade superior do eixo principal da direo cnico e estriado e a fixao do volante
da direo feita atravs de porca.
TIPOS DE DIREO
TIPO PINHO-CREMALEIRA
O pinho da direo na extremidade inferior do eixo principal da direo acopla com a
cremalheira. Quando o volante da direo esterado, o pinho da direo gira para
movimentar a cremalheira para a direita ou para a esquerda.
O eixo setor est instalado na carcaa da caixa, atravs de rolamentos de agulhas. O setor
acopla com os dentes do porta-esferas, e medida em que o sem-fim gira, o porta-esferas
movimenta-se. Este movimento faz girar o eixo setor e acionar o brao pitman.
A direo tipo esfera recirculante apresenta pouca resistncia de engrenamento, pois o
atrito entre o sem-fim e o setor muito pequeno devido s esferas.
BARRA DA DIREO
TIPOS DE BARRAS
BARRA DA DIREO PARA SUSPENSO DIANTEIRA INDEPENDENTE
Como as rodas dianteiras direita e esquerda tm movimento independente, h variao na
distncia entre os braos da direo. Isto significa que, se uma barra de direo for usada
na ligao das duas rodas, a convergncia no se manter correta quando as rodas
movimentarem no sentido para cima e para baixo. A barra da direo para suspenso
independente requer duas barras de direo. Estas so conectadas por uma barra de ligao
(a cremalheira atua como barra de ligao no tipo pinho-cremalheira). Existe um tubo de
ajuste de convergncia entre a barra de direo e o terminal da barra da direo.
Uma vez que a caixa da direo fixa ao chassi, a barra de comando que a conecta ao
brao da direo possui uma junta esfrica em cada extremidade. Esta junta permite que a
barra acompanhe os movimentos das molas (tipo feixe) da suspenso.
COMPONENTES DA BARRA
BRAO PITMAN
O brao pitman transmite o esteramento da direo barra de ligao ou barra de comando.
A extremidade maior do brao ligada ao eixo setor da caixa da direo por conexo cnica
e fixada por porca. A extremidade menor conectada barra de ligao ou barra de comando
atravs de junta esfrica.
BARRA DE LIGAO
A barra de ligao conectada ao brao pitman e barra da direo direita e esquerda. A
barra de ligao transmite barra da direo os movimentos do brao pitman e tambm
est conectada ao brao intermedirio.
BARRA DE DIREO
O terminal da barra de direo parafusado extremidade da cremalheira do sistema de
direo tipo pinho-cremalheira, ou no tubo de ajuste da direo tipo esfera recirculante, e
a distncia entre as juntas pode ser ajustada.
Uma vez que os terminais da barra da direo usados nos veculos de passageiros
normalmente no requerem lubrificao, o material usado na sede da esfera deve ser
resistente a desgaste, a vedao da coifa deve ser melhor do que o tipo padro e a graxa
usada deve ser do tipo no desgastante. Um terminal de direo que incorpora uma mola
compensador de pr-carga e desgaste, tambm usado.
BRAOS DA DIREO
Os braos da direo transmitem o movimento das barras de direo ou barra de comando
s rodas dianteiras atravs da ponta-de-eixo.
PONTA-DE-EIXO
As pontas de eixo suportam a carga aplicada s rodas dianteiras e tambm funcionam
como eixo de rotao das rodas. As pontas-de-eixo giram ao redor das juntas esfricas ou
pinos mestres dos braos da suspenso, para fazer esterar as rodas dianteiras.
A construo da ponta-de-eixo e cubo do eixo difere conforme a trao do veculo nas rodas
dianteiras, trao nas rodas traseiras ou trao nas quatro rodas.
BRAO INTERMEDIRIO
O piv do brao intermedirio est instalado na carroaria, e a outra extremidade est
conectada barra de ligao atravs de uma junta articulada. Este brao apia uma
extremidade da haste de ligao e restringe o movimento da barra na faixa especificada.
O mancal do brao intermedirio do tipo torcional ou deslizante. O brao intermedirio tipo
mancal torcional possui uma bucha de borracha entre o eixo e o suporte, para facilitar o
retorno do volante da direo. Atualmente, o brao intermedirio tipo mancal deslizante o
mais usado, pois apresenta pouco atrito nos movimentos angulares.
BARRA DE COMANDO
A barra de comando conecta o brao pitman ao brao da direo, e transmite os movimentos
pitman para a frente e para trs, para a direita e para a esquerda do brao pitman.
AMORTECEDOR DA DIREO
O amortecedor da direo tambm est posicionado entre a barra da direo e o chassis,
para absorver o impacto e vibrao das rodas ao volante da direo.
DIREO HIDRULICA
Portanto, a fim de manter pequeno o esforo e ao mesmo tempo obter uma direo gil,
preciso um dispositivo auxiliar. Em outras palavras, a direo hidrulica, que usada
principalmente em veculos de grande porte, atualmente est sendo usada tambm em
veculos compactos.
H vrios tipos de sistemas de direo hidrulica, nesta apostila descrevemos o tipo pinho-
cremalheira usado principalmente nos veculos compactos.
NAS CURVAS
Quando o eixo principal da direo gira em qualquer sentido, a vlvula de controle tambm
move, fazendo fechar uma das passagens de fludo. A outra passagem abre, fazendo alterar
o volume do fluxo do fludo e ao mesmo tempo gerando
presso. Conseqentemente, haver diferena de
presso nos dois lados do mbolo; o mbolo mover
na direo da presso mais baixa, e o fludo que passa
naquele cilindro retorna bomba atravs da vlvula de
controle.
BOMBA DE PALHETAS
A direo hidrulica um dispositivo hidrulico que exige presso muito alta e esta presso
gerada pela bomba de palhetas. A designao desse nome devido ao uso de palhetas
na bomba.
Os dois tipos de bombas possuem uma vlvula de alvio montada no interior da vlvula de
controle de fluxo; esta vlvula controla a presso do fludo. A presso mxima do fludo
ocorre quando o volante da direo gira totalmente para a direita ou para a esquerda e a
vlvula de controle da direo hidrulica fecha totalmente a passagem de retorno.
O rotor gira no interior do anel do excntrico que fixo carcaa da bomba. O rotor possui
sulcos nos quais as palhetas so encaixadas. A superfcie externa do rotor circular e a
superfcie interna do anel excntrico oval, portanto existe folga entre o rotor e o anel
excntrico. As palhetas que esto fora dessa folga formam a cmara de fludo.
A placa de palhetas mantida em contato com a superfcie interna do anel excntrico pela
fora centrfuga e presso do fludo contra a parte posterior da palheta formando uma
vedao, de modo que, quando a bomba produz presso do fludo, no haja vazamento de
presso entre a placa e o anel excntrico.
O volume da cmara de fludo diminui no lado de descarga, e quando atinge o valor zero, o
fludo previamente drenado para a cmara eliminado pela abertura de descarga. Assim, o
fludo drenado e descarregado duas vezes a cada revoluo do rotor.
O mbolo do cilindro hidrulico est posicionado na cremalheira que move devido ao fludo
pressurizado pela bomba de palhetas, atuando sobre o mbolo em qualquer direo. O
vazamento de presso de fludo evitado pelo anel de vedao do mbolo. Tambm h um
vedador de leo nos dois lados do cilindro que impede vazamentos externos de fludo.
Atualmente h trs tipos diferentes de vlvulas de controle que executam esta mudana de
passagem: a vlvula carretel, a vlvula rotativa e a vlvula de registro. Em todos os tipos h
uma barra de toro entre o eixo e o pinho da vlvula; e a vlvula de controle funciona
conforme a toro aplicada barra.
Se no houver fludo ou presso do fludo, e a barra for torcida at certo ponto, o batente do
eixo da vlvula de controle girar o pinho diretamente e mover a cremalheira. Em outras
palavras, a mesma magnitude de torque no volante de uma direo mecnica ser transmitida
ao pinho atravs do eixo da vlvula de controle.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS