Livro - Planejamento Estratégico PDF
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PLANEJAMENTO
ESTRATGICO
COMISSO CIENTFICA
Ademir Juracy Fanfa Ribas,Ademir Nunes Gonalves, Adnilson Jos da Silva, Aldo
Nelson Bona, Carlos Alberto Khl, Carlos Eduardo Bittencourt Stange, Darlan Faccin
Weide, Fabola de Medeiros, Jamile Santinello, Klevi Mary Reali, Mrcio Alexandre
Facini, Margareth de Ftima Maciel, Nilsa de Oliveira Pawlas, Rosangela Abreu do
Prado Wolf
REVISO ORTOGRFICA
Jeferson de Frana Uchak
CAPA
Espencer vila Gandra
GRFICA UNICENTRO
400 exemplares
Apresentao 7
A administrao e o planejamento estratgico 9
O diagnstico estratgico 25
O planejamento estratgico 43
Referncias 55
APRESENTAO
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A Administrao e o
Planejamento Estratgico
Administrao Cientfica
Foco na organizao e na
Clssica Teoria clssica da
produtividade do trabalho
administrao
Teoria das relaes
Humanstica Foco no fator humano
humanas
Teoria neoclssica da
administrao
Neoclssica
Administrao por
objetivos (APO)
Modelo burocrtico da
administrao
Estruturalista Foco na estrutura do trabalho
Teoria estruturalista da
administrao
Teoria comportTeoria
comportamental da
administrao Foco no comportamento
Comportamental
Teoria do humano
desenvolvimento
organizacional (D.O.)
Princpios e Conceitos
Sistmicos
Ciberntica e
administrao Foco no funcionamento
Sistmica Teoria matemtica da das organizaes enquanto
administrao sistemas abertos
O Homem Funcional
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Teoria da contingncia
Mapeamento Ambiental
Adhocracia
O Homem Complexo
Administrao
participativa
Administrao Japonesa
Administrao Holstica
Benchmarking
Reengenharia
ReAdministrao
Downsizing
Terceirizao
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A Abordagem Sistmica da Gesto
O bilogo alemo Ludwig von Bertalanffy elaborou, por volta da
dcada de 50, um teoria interdisciplinar capaz de transcender aos problemas
exclusivos de cada cincia e proporcionar princpios gerais e modelos gerais
para todas as cincias envolvidas, de modo que as descobertas efetuadas em
cada cincia pudessem ser utilizadas pelas demais. Essa teoria interdisciplinar
- denominada Teoria Geral dos Sistemas - demonstra o isomorfismo das
vrias cincias, permitindo maior aproximao entre as suas fronteiras e o
preenchimento dos espaos vazios entre elas.
Essa teoria essencialmente totalizante: os sistemas no podem ser
plenamente compreendidos apenas pela anlise separada e exclusiva de cada
uma de suas partes. Ela se baseia na compreenso da dependncia recproca
de todas as disciplinas e da necessidade de sua integrao. Assim, os diversos
ramos do conhecimento - at ento estranhos uns aos outros pela intensa
especializao e isolamento conseqente - passaram a tratar seus objetivos de
estudos como sistemas. Dentre eles est a Administrao.
A Abordagem Sistmica da Administrao trata de trs escolas
principais: Ciberntica e Administrao; Teoria Matemtica da Administrao
e Teoria de Sistemas.
Ciberntica e Administrao
Conforme aponta Chiavenato (2000), cuja obra utilizaremos como
referencia principal para este trecho de nosso material de apoio, a Ciberntica
uma cincia relativamente jovem, tendo seus princpios lanados por
Norbert Wiener entre os anos de 1943 e 1947, mesma poca em que surgiu o
primeiro computador de que se tem notcia, assim como a Teoria de Sistemas,
proposta por Von Beralanffy.
A palavra ciberntica vem do grego (kybernytiky) e est relacionado
atividade de governar, conduzir navios. Da, a Ciberntica a cincia da
comunicao e do controle, seja no animal (homem, seres vivos), seja na
mquina. a comunicao que possibilita tornar os sistemas integrados e
coerentes e o controle que regula o seu comportamento. A Ciberntica
compreende os processos e sistemas de transformao da informao e
sua concretizao em processos fsicos, fisiolgicos, psicolgicos etc. de
transformao da informao. Chiavenato (2000) apud Bertalanffy define que
A Ciberntica uma teoria dos sistemas de controle baseada na comunicao
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(transferncia de informao) entre o sistema e o meio e dentro do sistema,
e do controle (retroao) da funo dos sistemas com respeito ao ambiente.
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Feedback
O retorno da informao (tambm chamado de retroao ou feedback)
serve para comparar a maneira como um sistema funciona em relao ao
padro estabelecido para ele funcionar: quando ocorre alguma diferena
(desvio ou discrepncia) entre ambos, a retroao incumbe-se de regular a
entrada para que sua sada se aproxime do padro estabelecido Maximiano
(2006). A retroao confirma se o objetivo foi cumprido, o que fundamental
para o equilbrio do sistema.
Podemos identificar dois tipos de retroao, apontados por Chiavenato
(2000):
Retroao Positiva: a ao estimuladora da sada que atua sobre a
entrada do sistema. Na retroao positiva, o sinal de sada amplifica
e refora o sinal de entrada.
Retroao Negativa: a ao frenadora e inibidora da sada que
atua sobre a entrada do sistema. Na retroao negativa o sinal de
sada diminui e inibe o sinal de entrada.
A retroao impe correes no sistema, no sentido de adequar suas
entradas e sadas e reduzir os desvios ou discrepncias no sentido de regular
seu funcionamento.
Homeostasia
Chiavenato (2000) relata em seu livro acerca das Teorias de
Administrao que o conceito de homeostasia surgiu na fisiologia animal,
com Claude Bernard, ao propor que todos os mecanismos vitais tm por
objetivo conservar constantes as condies de vida no ambiente interno. A
homeostasia um equilbrio dinmico obtido atravs da auto-regulao, ou
seja, atravs do autocontrole. a capacidade que tem o sistema de manter
certas variveis dentro de limites, mesmo quando os estmulos do meio
externo foram essas variveis a assumir valores que ultrapassam os limites
da normalidade.
A homeostase obtida atravs de dispositivos de retroao (feedback),
que so basicamente sistemas de comunicao que reagem ativamente a uma
entrada de informao.
A eficincia de um sistema em manter sua homeostase em relao
a uma ou mais variveis pode ser avaliada pelos seus erros ou desvios, ou
seja, pelas sub ou supercorrees que faz quando pretende estabelecer seu
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equilbrio. Se o nmero de erros tende a aumentar em vez de diminuir, o
objetivo jamais ser atingido: o sistema entrar em oscilao e perder sua
integridade.
Informao
Tambm Chiavenato (2000) registra que o conceito de informao
envolve um processo de reduo de incerteza. Na sociedade moderna,
a importncia da disponibilidade da informao ampla e variada cresce
proporcionalmente ao aumento da complexidade da prpria sociedade.
Para se compreender adequadamente o conceito de informao, deve-
se envolv-lo com dois outros conceitos: o de dados e o de comunicao.
Dado: um registro ou anotao a respeito de determinado evento
ou ocorrncia,
Informao: um conjunto de dados com um significado, ou seja,
que reduz a incerteza ou que aumenta o conhecimento a respeito
de algo.
Comunicao: quando uma informao transmitida a algum,
sendo, ento, compartilhada tambm por essa pessoa. Comunicar
significa tornar comum a uma ou mais pessoas uma determinada
informao.
O sistema de comunicao tratado pela teoria da informao consiste
em seis componentes: fonte, transmissor, canal, receptor, destino e rudo.
Cada um desses componentes do sistema de comunicaes tem o seu papel:
Fonte significa a pessoa, coisa ou processo que emite ou fornece as
mensagens por intermdio do sistema.
Transmissor significa o processo ou equipamento que opera a
mensagem transmitindo-a da fonte ao canal. O transmissor codifica
a mensagem fornecida para poder transmiti-la.
Canal significa o equipamento ou espao intermedirio entre o
transmissor e o receptor.
Receptor significa o processo ou equipamento que recebe a
mensagem no canal. Para tanto, o receptor decodifica a mensagem
para poder coloc-la disposio do destino.
Destino significa a pessoa, coisa ou processo a quem destinada a
mensagem no ponto final do sistema de comunicao.
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Rudo significa a quantidade de perturbaes indesejveis que
tendem a deturpar e alterar, de maneira imprevisvel, as mensagens
transmitidas. A palavra interferncia, por vezes, utilizada para
conotar uma perturbao de origem externa ao sistema, mas que
influencia negativamente o seu funcionamento.
Redundncia
Redundncia, para Chiavenato (2000) a repetio da mensagem para
que sua recepo seja mais garantida. A redundncia introduz no sistema de
comunicao certa capacidade de eliminar o rudo e prevenir distores e
enganos na recepo da mensagem.
Entropia e Sinergia
Para Chiavenato (2000) a entropia significa que partes do sistema
perdem sua integrao e comunicao entre si, fazendo com que o sistema
se decomponha, perca energia e informao e degenere. Se a entropia
um processo pelo qual um sistema tende exausto, desorganizao,
desintegrao e, por fim morte, para sobreviver o sistema precisa abrir-se a
reabastecer-se de energia e de informao para manter a sua estrutura.
A informao tambm sofre uma perda ao ser transmitida. Isto significa
que todo sistema de informao possui uma tendncia entrpica. Da decorre
o conceito de rudo. Quando nenhum rudo introduzido na transmisso, a
informao permanece constante.
Sinergia existe quando duas ou mais causas produzem, atuando
conjuntamente, um efeito maior do que a soma dos efeitos que produziriam
quando atuando individualmente. Assim, a sinergia consiste o efeito
multiplicador das partes de um sistema que alavancam seu resultado global.
Informtica
A informtica considerada a disciplina que lida com o tratamento
racional e sistemtico da informao por meios automticos. Embora no se
deva confundir informtica com computadores, na verdade ela existe porque
existem os computadores. A informtica considerada a disciplina que lida
com o tratamento racional e sistemtico da informao por meios automticos.
O surgimento da ciberntica foi paralelo ao surgimento do primeiro
computador (Eniac, entre 1942 e 1945 - Universidade de Pensilvnia), o que
explica em grande parte a interrelao entre essa cincia e os computadores.
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Principais Consequncias da Ciberntica na
Administrao
Chiavenato (2000) destaca que, se a primeira Revoluo Industrial
desvalorizou o esforo muscular humano, a segunda Revoluo Industrial
(provocada pela Ciberntica) est levando a uma desvalorizao do crebro
humano.
Duas so as principais consequncias da Ciberntica na Administrao:
Automao: os autmatos, em Ciberntica, so engenhos que
contm dispositivos capazes da tratar informaes que recebem do
meio exterior e produzir aes ou respostas. O autmato ciberntico
trata a informao de tal maneira que pode at mudar sua prpria
estrutura interna em funo dela (aprendizagem).
Informtica: A informtica est se transformando em um
importante ferramental tecnolgico disposio do homem para
promover seu desenvolvimento econmico e social pela agilizao
do processo decisrio e pela otimizao da utilizao dos recursos
existentes.
Tipos de Sistemas
Quanto sua constituio, os sistemas podem ser fsicos ou abstratos:
Sistemas fsicos ou concretos: quando so compostos de
equipamentos, de maquinaria e de objetos ou coisas reais. (hardware)
Sistemas abstratos: quando compostos de conceitos, planos,
hipteses e idias (software)
Quanto sua natureza, os sistemas podem ser abertos ou fechados.
Sistemas fechados: so os sistemas que no apresentam intercmbio
com o meio ambiente que os circunda, pois so hermticos a
qualquer influncia ambiental.
Sistemas abertos: so os sistemas que apresentam relaes de
intercmbio com o ambiente, atravs de entradas e sadas.
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Parmetros dos Sistemas
O sistema caracteriza-se por determinados parmetros. Parmetros
so constantes arbitrrias que caracterizam, por suas propriedades, o valor e
a descrio dimensional de um sistema especfico ou de um componente do
sistema. Os parmetros dos sistemas so:
Entrada ou insumo ou impulso: (input) a fora de arranque ou
de partida do sistema que fornece o material ou energia para a
operao do sistema.
Sada ou produto ou resultado: (output) a finalidade para a qual se
reuniram elementos e relaes do sistema.
Processamento ou processador ou transformador: (throughput) o
fenmeno que produz mudanas, o mecanismo de converso das
entradas em sadas.
Retroao, retroalimentao ou retroinformao: (feedback) a
funo de sistema que visa comparar a sada com um critrio ou
padro previamente estabelecido. Em um processo de planejamento
estratgico o feedback uma ferramenta imprescindvel, pois
permite ao mesmo tempo a avaliao e os ajustes necessrios.
A retroao tem por objetivo o controle.
Ambiente: o meio que envolve externamente o sistema. O sistema
aberto recebe entradas do ambiente, processa-as e efetua sadas
novamente ao ambiente, de tal forma que existe entre ambos -
sistema e ambiente - uma constante interao.
O Sistema Aberto
O Sistema Aberto mantm um intercmbio de transaes e conserva-
se constantemente no mesmo estado (auto-regulao), apesar da matria e
energia que o integram se renovarem constantemente (equilbrio dinmico
ou homeostase). O sistema aberto influenciado pelo meio ambiente e influi
sobre ele, alcanando um estado de equilbrio dinmico nesse meio.
O modelo de sistema aberto sempre um complexo de elementos em
interao e em intercmbio contnuo com o ambiente. Chiavenato (2000)
afirma que dentro desse novo posicionamento, a abordagem sistmica teve
profundas repercusses na teoria administrativa.
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A Organizao como um Sistema Aberto
Vrios autores, com destaque para Maximiano (2006) e Chiavenato
(2000) so consensuais em apresentar as organizaes, inclusive aqui as
escolares, como sendo exemplos diretos de sistemas abertos, como veremos
a seguir.
A descrio de sistema aberto exatamente aplicvel a uma organizao
empresarial. Uma empresa um sistema criado pelo homem e mantm uma
dinmica interao com seu meio ambiente.
Influi sobre o meio ambiente e recebe influncias dele. um sistema
integrado por diversas partes relacionadas entre si, que trabalham em
harmonia umas com as outras, com a finalidade de alcanar uma srie de
objetivos, tanto da organizao como de seus participantes.
As organizaes possuem as caractersticas dos sistemas abertos.
importante alinhar algumas caractersticas bsicas das organizaes enquanto
sistemas:
Comportamento Probabilstico e No-Determinstico das
Organizaes: O comportamento humano nunca totalmente
previsvel. As pessoas so complexas, respondendo a muitas
variveis, que no so totalmente compreensveis. Por estas razes, a
Administrao no pode esperar que consumidores, fornecedores,
agncias reguladoras e outros tenham um comportamento
previsvel.
As organizaes como Partes de uma Sociedade Maior e Constituda
de Partes Menores: As organizaes so vistas como sistemas dentro
de sistemas. Os sistemas so complexos de elementos colocados em
interao. Essa interao entre os elementos produz um todo que
no pode ser compreendido pela simples investigao das vrias
partes tomadas isoladamente.
Interdependncia das Partes: A organizao um sistema social com
partes independentes e inter-relacionadas. O sistema organizacional
compartilha com os sistemas biolgicos a propriedade de uma
intensa interdependncia de suas partes, de modo que uma
mudana em uma das partes provoca um impacto sobre as outras.
Homeostase ou Estado Firme: A organizao precisa conciliar dois
processos opostos, ambos imprescindveis para a sua sobrevivncia,
a saber: (1) homeostasia, que a tendncia do sistema em
permanecer esttico ou em equilbrio, mantendo seu status quo
interno; e (2) adaptabilidade, que a mudana na organizao do
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sistema, na sua interao ou nos padres requeridos para conseguir
um novo e diferente estado de equilbrio com o ambiente externo,
mas alterando seu status quo. A homeostasia garante a rotina do
sistema, enquanto a adaptabilidade leva ruptura, mudana e
inovao.
Fronteiras ou Limite: a linha que serve para demarcar o que est
dentro e o que est fora do sistema. Nem sempre a fronteira de um
sistema existe fisicamente.
Morfognese: A organizao pode modificar sua constituio
e estrutura por um processo ciberntico, atravs do qual seus
membros comparam os resultados desejados com os resultados
obtidos e passam a detectar os erros que devem ser corrigidos, para
modificar a situao.
O Homem Funcional
Segundo Chiavenato (2000) A Teoria de Sistemas baseia-se no conceito
do homem funcional, que comporta-se em um papel dentro das organizaes,
inter-relacionado-se com os demais indivduos como um sistema aberto.
Essa perspectiva sistmica trouxe uma nova maneira de ver as coisas.
No somente em termos de abrangncia, mas principalmente quanto ao
enfoque. O enfoque do todo e das partes, do dentro e do fora, do total e da
especializao, da integrao interna e da adaptao externa, da eficincia e
da eficcia.
A viso gestltica e global das coisas, privilegiando a totalidade e as suas
partes componentes, sem desprezar o que chamamos de emergente sistmico:
as propriedades do todo que no aparecem em nenhuma de suas partes.
nesse contexto que iremos discutir o Planejamento Estratgico em
processos de Gesto Escolar.
O Processo Administrativo
O planejamento uma das tarefas inerentes ao Gestor de um modo
geral. Ele faz parte de um processo permanente e interdependente chamado
de Processo Administrativo. Fazem parte desse processo quatro aes
fundamentais, que compem a essncia da ao de administrar.
A figura abaixo ilustra a interdependncia entre os quatro elementos
constituintes do Processo Administrativo.
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FIGURA 1: O Processo Administrativo.
Planejamento
Planejar , antes de tudo, responder antecipadamente a questes que
sempre surgem durante a gesto de uma organizao, como uma escola por
exemplo. Dessa forma, planejar antever problemas e traar aes estratgicas
que possam evit-los. Logicamente, que isto, por si s, no garante a um
empreendimento o sucesso, mas, diminui em grande parte, os riscos de
fracasso.
O Planejamento o processo de determinar os objetivos e metas
organizacionais e de como realiz-los. Maximiano (2009) diz que planejar
definir um objetivo e traar possveis rotas a serem percorridas. Um bom
planejamento permite se precaver dos futuros acontecimentos, o que far
com que se esteja mais bem preparado para enfrent-los. Os processos de
planejamento consistem em 2 etapas:
Dados de Entrada que so a coleta de dados necessrios para o
planejamento;
Processamento dos dados que a anlise dos dados coletados
e a Elaborao de Planos onde se definem objetivos e recursos
disponveis para a execuo do planejamento.
Disso extramos que Planejamento a arma que o Gestor tem para
administrar as relaes da escola (ou de qualquer outra instituio) com o
futuro. No possvel determinar o futuro, mas possvel constru-lo em
determinados aspectos.
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Organizao
A organizao um processo que busca de alguma forma identificar e
agrupar de maneira racional e lgica as atividades de uma empresa, estabelecer
as autoridades e responsabilidades (mais especificamente, desenhar um
organograma), demonstrando as relaes de trabalho que devem vigorar
entre os indivduos ou grupos que constituem a empresa (ou seja, definir
de forma clara aqueles que coordenaro os trabalhos), o estabelecimento de
polticas (como a empresa determina suas relaes com fornecedores, clientes
e sociedade) e procedimentos nas atividades dirias, de modo que os recursos
disponveis sejam aplicados eficiente e eficazmente, a fim de que empresa e
seus funcionrios realizem seus objetivos mltiplos.
Direo
Para que as fases anteriores tenham continuidade de forma consistente
e possam realmente consolidar o empreendimento, h a necessidade de
direcionar e motivar todas as pessoas envolvidas no processo na realizao
das metas organizacionais, estabelecer um canal de comunicao com as
pessoas (um canal de comunicao claro e objetivo), para atingir os nveis
ideais de produtividade. Como toda reunio de pessoas, a existncia de
idias e pensamentos contraditrios pode levar existncia de conflitos, que
devero ser resolvidos logo que surgem, para evitar o comprometimento das
atividades do empreendimento.
Controle
O controle pode ser definido como a funo em que todas as etapas
anteriores do processo de desenvolvimento da organizao sero avaliadas,
para que se possa medir o desempenho das atividades da empresa, das
pessoas ou grupos de pessoas envolvidas, estabelecendo uma comparao
com padres pr-definidos anteriormente, para os objetivos que se pretendem
alcanar (aonde voc que chegar com a sua empresa).
A partir dessa avaliao e verificando que o desempenho alcanado foi
satisfatrio, procede-se o estabelecimento de novas metas para a continuidade
do seu negcio. Caso contrrio, passa-se a tomar as aes necessrias para
que se consiga melhorar o desempenho e corrigir os possveis desvios nas
atividades e processos da empresa.
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O DIAGNSTICO
ESTRATGICO
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Como demonstrado no quadro a seguir, recomendado que se criem
quatro quadrantes onde sero descritas, de forma resumida e clara, as vari
veis que podem ser controladas e as que no podem ser controladas pela
empresa, Deve-se tomar como referncia os aspectos positivos e negativos de
um produto ou servio oferecido pela empresa.
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Nossa cultura organizacional valoriza a participao do grupo e
prioriza a comunicao interna?
Temos produtos ou servios inovadores?
Oferecemos diferenciais em nossos produtos e servios? Podemos
tirar vantagens da nossa localizao?
As pesquisas de mercado demonstram resultados positivos?
Existe motivao e co-autoria por parte dos funcionrios?
Conseguimos manter nossa equipe atualizada e treinada?
Temos metas claras e toda a empresa sabe quais so?
Nossas aes so orientadas pelo planejamento estratgico
Pontos Fracos (ou Pontos a Melhorar) - so os aspectos mais
negativos da escola em relao ao seu servio. Devem ser fatores que podem
ser controlados pela prpria empresa e relevantes para o planejamento
estratgico.
Quais so nossas deficincias e onde devemos melhorar?
Onde devemos concentrar nossos esforos?
Onde atacaramos nossa empresa se fssemos os concorrentes?
Qual a nossa eficincia em recrutar pessoas qualificadas?
Qual a necessidade de substituio de gerentes e lderes?
Qual a necessidade de treinamento do nosso pessoal, ele est sendo
permanentemente atualizado?
Qual o tamanho da empresa frente aos concorrentes?
Que imagem da qualidade nossos clientes tm sobre nossos
produtos e servios?
Nossa estrutura organizacional flexvel ou ainda hierrquica?
O nvel de comunicao interna de nossa empresa baixo?
Ainda temos uma tendncia departamentalizao?
Nossa cultura organizacional pouco difundida internamente?
Possumos baixa velocidade no atendimento das necessidades de
nossos clientes, fornecedores e funcionrios?
Qual a condio da nossa concorrncia em relao ao aspecto
organizacional?
No promovemos a co-autoria e o incentivo criatividade dos
funcionrios?
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H excesso de documentao e burocracia, provocando lentido
nas tomadas de deciso?
baixa a capacidade de adaptao a novos cenrios do mercado?
Sabemos realmente a que itens nossos clientes do valor?
Ainda no praticamos a gesto estratgica?
Oportunidades - so os aspectos mais positivos do servio da escola
em relao ao mercado onde est ou ir se inserir. Devem ser fatores que no
podem ser controlados pela prpria empresa e relevantes para o planejamen
to estratgico.
A empresa tem conhecimento de onde existe espao de crescimento
de consumo?
A empresa tem conhecimento de onde existe espao para aumento
na participao de mercado?
possvel ampliar e melhorar a oferta de produtos e servios que os
concorrentes tero dificuldades para copiar rapidamente?
possvel melhorar a comunicao sobre os produtos ou servios
com os clientes, distribuidores e funcionrios?
possvel reduzir os custos?
possvel aumentar os lucros?
Existem investimentos gerando vantagem competitiva para nossa
empresa com relao aos nossos concorrentes?
possvel comprar ou se fundir a outra empresa para ampliar o
nosso potencial de vendas ou aumentar nossa oferta de produtos e
servios?
O governo est criando incentivos, novas linhas de crdito ou
permitindo novos financiamentos em nossa rea de atuao?
Nossas polticas de relacionamento e marketing realmente
transferem valor para nossos clientes?
Existem concorrentes diretos com produtos e servios mal po
sicionados no mercado?
Nossos concorrentes diretos no praticam gesto estratgica?
Nosso elevado nvel de comunicao interna e flexibilidade
operacional reduziu nossa burocracia e nosso custo de produo?
Ameaas - so os aspectos mais negativos dos servios da escola em
relao ao mercado onde est ou ir se inserir. Devem ser fatores que no
29
podem ser controlados pela prpria escola e relevantes para o planejamento
estratgico.
O que pode dificultar ou impedir que a nossa organizao atinja os
objetivos de lucro, participao de mercado e de segmentao que
pretendemos?
Como nossos principais clientes se relacionam com nossos
concorrentes diretos?
Nossos concorrentes diretos esto criando algum diferencial
competitivo que seremos impossibilitados de copiar e/ou melhorar
rapidamente?
Qual o volume de investimentos dos nossos concorrentes di retos?
Existe alguma tarifa, taxa ou servio regulado pelo governo que
pode vir a impactar nossos custos operacionais?
Podem surgir alteraes na legislao que rege nosso negcio que
venham a modificar nosso mercado e nos atrapalhar?
Quais so as condies da economia nacional e internacional?
O que nossos clientes, funcionrios e fornecedores esperavam de
ns e que no conseguimos cumprir?
Notemos aqui que utilizamos o termo empresa como genrico que
pode indicar nossa escola, uma prefeitura, uma empresa propriamente dita,
uma cooperativa, enfim, todos os tipos de organizao. preciso apenas
que tomemos o cuidado de sempre adaptarmos o modelo para o tipo de
organizao que estaremos analisando.
importante alertar ainda que os aspectos demonstrados aqui so
meros exemplos, j que cada empresa deve determinar os seus, de maneira
particular e de forma que estejam focados em sua viso, misso e negcio.
Martins (2007) diz que boa parte desse jogo chamado estratgia
tambm a forma eficaz de seus gestores utilizarem os diversos aspectos que
podem influenciar esses fatores da Matriz SWOT e aplicar corretamente estas
ou outras tantas ferramentas visando reduzir as fraquezas, potencializar as
foras, inibir as ameaas e tirar o melhor proveito das oportunidades em favor
da sua empresa, diante de seus concorrentes.
Os gestores que praticam o conhecimento renovvel acabam
encontrando mais possibilidades para modificar os aspectos atuais e at criar
novos diferenciais competitivos para a sua organizao, proporcionando
uma capacidade de reao ao ambiente de negcios muito mais rpida do
30
que aqueles que simplesmente tendem a repetir hoje o que j funcionou
bem anteriormente. Em decorrncia da agressividade com a qual o mercado
consumidor e a concorrncia se apresentam hoje, essa atitude pode significar
uma questo de vida ou morte para as empresas, ou de sucesso ou fracasso
para a escola na sua misso de construir o modelo de sociedade desejado.
Identificar corretamente quem somos, o que fazemos, quais as
caractersticas sociais, polticas e econmicas do lugar onde est inserida a
escola, bem como aquilo que se faz bem feito e aquilo que se precisa melhor
imprescindvel para a adequada elaborao do Planejamento Estratgico.
Os questionrios aplicados pelo Inep/MEC atravs do SAEB (Sistema
de Avaliao da Educao Bsica) so exemplos de pesquisas socioeconmicas
que podem contribuir para a elaborao do Diagnstico Estratgico.
Diagnstico estratgico
Via de regra, o diagnstico estratgico com base na Matriz SWOT
dividido em dois ambientes, ou seja, dois nveis de anlise. O primeiro deles
o chamado ambiente externo e o segundo, o ambiente interno.
O Ambiente Externo
Os gestores, medida que vo fazendo suas previses, percebem que
devem ter um maior conhecimento a respeito dos fatores que condicionam o
comportamento do mercado para que possam fazer o planejamento orientado
para o ambiente externo.
Muitos empresrios e executivos gastam muito tempo e energia
acompanhando a macroeconomia, discutindo diariamente questes
como o dlar, os juros e o impacto econmico de questes polticas, mas
sem selecionar da discusso aquilo que realmente interessa empresa.
Isto, quando interessa. (Macedo, 2003)
31
Desta forma, preciso compreender cada um dos fatores que compem
o ambiente externo. Vamos descrev-los a seguir:
FATORES ECONMICOS
Para o macroambiente, a economia internacional utiliza os mesmos
mtodos fundamentais de anlise que outras subreas da economia, pois
os motivos e o comportamento dos indivduos so iguais, seja no comrcio
internacional, seja nas transaes internas.
As foras do macroambiente so formadas por: foras econmicas,
sociais, tecnolgicas e poltico/legais. Com isso o ambiente de uma organizao
se expande do domstico para nacional e internacional, formando uma
complexidade ambiental mais profunda, pois a administrao enfrenta
tambm um nmero maior de elementos ambientais.
Emprego: O volume de emprego que oferecido pelas empresas
estipulado em estimativas de curto prazo, baseadas em relaes referentes ao
custo de produo em diversas escalas e tambm ao produto da venda dessa
produo, e estas dependem das expectativas de longo prazo. Para Keynes
(1982, p. 224), para a distribuio prevista de um acrscimo de demanda
agregada entre os diferentes bens podem influir consideravelmente sobre o
volume de emprego. Onde os resultados da fabricao e da venda da produo
s tero influncia sobre o emprego medida que contribuam para modificar
as expectativas subseqentes.
Deduz-se que as variaes existentes no emprego dependem
basicamente das variaes da demanda efetiva, ou seja, aquela medida em
unidade de salrios. Do mesmo modo, o emprego pode baixar sem que tenha
ocorrido qualquer mudana na demanda agregada, que pode se modificar
em proveito das indstrias com elasticidade relativamente baixa de emprego.
O grupo de pessoas que se encontram empregadas, denominado
populao economicamente ativa. Sendo ento o potencial de mo-de-obra
com que pode contar o setor produtivo.
Renda: De acordo com Keynes (1982, p. 58):
A renda, uma quantidade completamente inequvoca. Ademais, como
expectativa do empresrio, quando fixa o volume de emprego a conceder
aos outros fatores de produo, obter a mxima diferena entre esta
quantidade e a soma paga aos fatores de produo, segue-se que a renda
do empresrio tem importncia vital para o emprego.
34
O costume de enxergar o mundo e acreditar em um desvio das
perspectivas no apenas errado, mas inexplicvel, um perfil das pessoas.
Um exemplo so os Estados Unidos, onde os valores importantes incluem
liberdade individual e igualdade de oportunidades.
Os valores referem-se a conceitos que uma sociedade leva em
considerao. No contexto organizacional esses valores traduzem uma nfase
do empreendimento e na crena de que o sucesso das pessoas s limitado
por suas prprias ambies, energia e habilidades. As tendncias sociais
apresentam vrias oportunidades e ameaas ou restries para as empresas.
Wright, Kroll e Parnell (2000)
Cultura
O segmento sociocultural se preocupa com as atitudes e os valores
culturais, que so a base de uma sociedade, e geralmente direcionam condies
e mudanas demogrficas, econmicas, poltico/legal e tecnolgicos, Hitt
(2005).
Entende-se que cada sociedade tem uma cultura, no importa quo
simples essa cultura possa ser; e cada ser humano culto, no sentido de
participar de uma ou outra cultura, representando uma generalizao baseada
na observao e comparao de uma srie de culturas, baseado nos modos de
vida que so caractersticos de sociedades particulares, formando as entidades
organizadas e funcionais. Compreende-se ento que a cultura uma srie de
eventos que diferenciam pessoas de uma classe das de outra.
Ainda para Keegan e Green (2000), a cultura consiste em respostas
aprendidas para situaes que se repetem. Quanto mais cedo se aprendem
as respostas, tanto mais difceis mud-las. O gosto e preferncias por comida
e bebida, por exemplo, constituem respostas aprendidas, muito variveis de
uma cultura para outra e capazes de grande impacto sobre o comportamento
do consumidor.
Dessa forma entende-se que cultura o processo de transferncia
dos modos de vida para as novas geraes, determinando-os em todos os
contextos, como sociais, religiosos, familiares, entre outros.
Apesar de ser normal o crescimento, a estagnao ou o retrocesso das
culturas, h sempre a permanncia de certos traos. Para gerao, por mais
dinmica que seja a cultura do grupo, no se rompe totalmente com o passado.
A cultura no nasce com as pessoas, elas que se adaptam aos
costumes e situaes que vo encontrando no seu cotidiano e, assim, formam
uma maneira coletiva de pensar. Por isso, muitas vezes ocorrem conflitos
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em relao a objetos ou conceitos de um lugar para outro, por exemplo, um
alimento que tem boa aceitao nos Estados Unidos, como o milho, pode
no ter esse tipo de recepo nos pases da Europa, pois, pode ser associado
comida para animais.
De acordo com Keegan e Green (2000, p. 200),
A segmentao demogrfica baseia-se em caractersticas mensurveis
das populaes, tais como idade, sexo, renda, educao e ocupao.
Vrias tendncias demogrficas: menos casais legalmente casados,
menos filhos, mudana dos papis femininos, rendas e padres de vida
mais elevados, sugerem a emergncia de segmentos globais.
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O Ambiente Interno
A anlise do ambiente interno consiste na reflexo sobre as condies
de funcionamento da Escola em seus aspectos gerenciais e programticos e
sobre os objetivos estabelecidos.
O ambiente interno abrange os aspectos relacionados cultura
organizacional, ao patrimnio, aos recursos oramentrios e humanos, s
relaes institucionais (convnios, contratos) e s propostas e implementao
de programas, projetos e atividades.
A anlise do ambiente interno tem por finalidade identificar os fatores
positivos (variveis internas e controlveis que propiciam uma condio
favorvel para a Instituio, em relao ao seu ambiente) e negativos (variveis
que configuram uma situao/condio desfavorvel para a Instituio) que
podero impedir dificultar ou contribuir para que sejam atingidos os objetivos
propostos, em consonncia com a misso institucional.
O diagnstico interno e a avaliao permitem conhecer situaes
relativas organizao e ao funcionamento da escola e suscitam
questionamentos tais como:
H coerncia entre os fundamentos tericos e a implantao do
Projeto Poltico-Pedaggico?
Como a matrcula e a organizao de turmas so conduzidas?
O acesso dos alunos e sua permanncia na escola atendem aos
princpios da eqidade e qualidade?
Que contedos esto sendo trabalhados e que procedimentos
didticos esto sendo adotados?
Que sistema de avaliao e recuperao utilizado?
Para apoiar a obteno de tais respostas, listamos abaixo alguns
indicadores que podem constituir o diagnstico interno das escolas.
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QUADRO 4: Possveis Indicadores para Diagnstico Interno em Escolas
Histria da escola
Recursos materiais (instalaes e equipamento)
Contexto interno Recursos humanos (I) Corpo docente
Recursos humanos (II) Corpo tcnico-administrativo
Alunos (populao escolar caractersticas)
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Identidade (viso partilhada, imagem de escola)
Empenho dos alunos
Rigor e exigncia
Disciplina e segurana
Aprazibilidade do espao escolar
Expectativas acerca dos alunos
Motivao dos professores
Cultura da escola
Participao na liderana e em processos de tomada de deciso
Trabalho em equipe
nfase no ensino e na aprendizagem
Reconhecimento (Reforo positivo)
Aprendizagem e desenvolvimento profissional
Relao com a comunidade
Relacionamento entre atores educativos
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QUADRO 5: Exemplo de Pontos Fortes e Melhorar - Promoo da
Lngua Portuguesa
PONTOS FORTES: PONTOS A MELHORAR:
. Promoo do gosto pela leitura (feiras
do livro nas diferentes escolas; divulgao
e concretizao do (PNL) Plano Nacional
. Apoio na aprendizagem de Lngua
de Leitura).
Portuguesa (mais recursos humanos/
.Promoo da comunicao atravs da materiais e formao de professores).
divulgao de trabalhos; jornais escolares
e projeto de dinamizao de expositores
ao longo do ano.
. Criar mais recursos (tais como: livros,
. Projetos com a biblioteca da escola salas, computadores, armrios,).
e biblioteca municipal (encontros
comescritores nas escolas e na Biblioteca
Municipal). . Viabilizar o sucesso integral do PNL.
. Idas ao Teatro.
. Resultados das Provas de Aferio.
Fonte: MAIA (2009)
Definio de planejamento
Equilbrio de foras
Em todas as organizaes, os dois tipos de foras esto presentes e
so necessrios. A atitude proativa importante para o crescimento e para
mudana; a atitude reativa importante para manter o equilbrio e para impedir
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as mudanas abruptas e desnecessrias. Uma organizao, especialmente de
grande porte, no pode nem consegue alterar seus objetivos ou mesmo um
programa de trabalho a todo o momento. E necessria certa permanncia de
comportamento ao longo do tempo.
Em algumas organizaes, as foras que preferem a estabilidade so
mais fortes; em outras, a mudana favorecida, O equilbrio entre os dois
tipos de atitudes influencia o desempenho da organizao. Predominando
a atitude proativa entre os administradores, a organizao torna-se capaz
de ajustar-se s mudanas no ambiente e eleva sua eficcia. Predominando
a atitude reativa, a organizao preocupa-se pouco com a necessidade de
inovar e compromete sua eficcia.
Processo de planejamento
O processo de planejamento consiste em definir planos. Em essncia,
um plano contm objetivos e as formas de realiz-los. Planejar um processo;
os resultados so os planos.
O processo de planejar compreende trs etapas principais: definio de
objetivos, definio dos meios de execuo e definio dos meios de controle.
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Definio de objetivos
No incio do processo de planejamento, encontram-se objetivos
de primeiro nvel. Muito freqentemente, o objetivo de primeiro nvel
apresentado como um objetivo geral e singular. Dependendo do nvel
hierrquico, do tipo de problema ou oportunidade, da disponibilidade de
recursos e de outros fatores, o objetivo de primeiro nvel pode ser apresentado
das mais diferentes maneiras.
Polticas
As polticas ou diretrizes tm por finalidade orientar o comportamento
dos indivduos e grupos a longo prazo, especialmente em situaes repetitivas
ou permanentes. As polticas so decises prvias e padronizadas, que
delimitam a faixa de ao para o comportamento, dizendo o que se deve fazer
em casos particulares.
Procedimentos
Os procedimentos ou rotinas estabelecem precisamente o que deve
ser feito em determinadas situaes. Um procedimento descreve as regras ou
etapas a serem observadas na soluo de um problema. Os procedimentos
so conjuntos de atividades padronizadas.
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Atividades
As atividades envolvem o dispndio de energia e recursos. Certas
atividades so padronizadas e integram os procedimentos. Outras atividades
precisam ser definidas uma a uma, quando necessrio colocar em prtica
uma deciso no programada. De forma geral, a atividade cessa quando o
objetivo atingido.
Recursos
Atividades, polticas e procedimentos precisam de recursos para sua
realizao ou execuo. Tempo, espao e instalaes, pessoas, equipamentos e
informaes. No processo de planejamento, a definio dos meios de execuo
estabelece os diferentes tipos de recursos que sero necessrios, bem como
seu custo.
Planejamento eficaz
Uma organizao deve atender a quatro requisitos bsicos na elaborao
de seus planos: base slida de informaes, definio precisa de objetivos,
previso de alternativas e predominncia da ao.
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1 Base de informaes
A informao um requisito de importncia vital para a qualidade dos
planos. A primeira condio , portanto, o atendimento dessa necessidade que
a de pesquisar e analisar todos os dados para montar o retrato mais exato
possvel da situao atual e de sua evoluo, bem como dos recursos disponveis
e necessrios, a fim de que os objetivos e os cursos de ao planejados sejam
realistas. Uma grande parte das causas do fracasso dos planos e de certo
descrdito em relao funo de planejamento est precisamente no fato
de que se planeja sem a devida considerao das informaes importantes.
Por causa disso, ou os objetivos planejados so incorretos, ou os recursos
dimensionados so insuficientes para atend-los.
2 Elasticidade
Sempre que possvel, o processo de planejamento deve levar em conta
as variaes que se pode antever nas condies para as quais os planos
esto sendo preparados. Com essa previso, no ser necessrio fazer novos
planos na ocorrncia de modificaes das condies, pois elas j tero sido
antecipadas no piano principal.
3 Predominncia da ao
Por fim, a ao deve ter preponderncia sobre o planejamento em si. O
planejamento prepara a ao, mas no a substitui. Como disse certa vez um
novo prefeito de So Paulo, ao tomar conhecimento da mirade de planos no
realizados que seus antecessores haviam deixado: Chega de planejamento,
hora de fazejamento.
A atitude de fazer a ao predominar sobre o planejamento evita a
sndrome da paralisia analtica: o gerente ou grupo preocupa-se tanto em
tomar todos os cuidados de no errar, de fazer previses as mais corretas, que
termina por no fazer nada.
Nveis de planejamento
Os planos j foram classificados segundo diferentes critrios.
Dependendo da abrangncia e do impacto que tm sobre a organizao, eles
podem ser classificados em trs nveis principais: estratgicos, funcionais e
operacionais.
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1 Planos estratgicos
Planejamento estratgico o processo de definir objetivos e formas
de realiz-los. Numa empresa, os planos estratgicos definem objetivos para
toda a organizao e sua relao pretendida com o ambiente. So planos que
estabelecem os produtos e servios que a organizao pretende oferecer e os
mercados e clientes a que pretende atender. A responsabilidade pela definio
dos planos estratgicos da alta administrao. Os mtodos participativos
de muitas empresas promovem o envolvimento de funcionrios de outros
nveis nesse processo. Alm disso, h empresas que dispem de unidades
de trabalho especialmente dedicadas a essa tarefa. So os departamentos de
novos negcios.
2 Planos funcionais
Planos funcionais (tambm chamados planos administrativos,
departamentais ou tticos) so elaborados para possibilitar a realizao
dos planos estratgicos. Os planos funcionais abrangem reas de atividades
especializadas da empresa (marketing, operao, recursos humanos, finanas,
novos produtos). So de responsabilidade dos gerentes dessas reas, que
tambm podem ser auxiliados por unidades especializadas.
3 Planos operacionais
Planejamento operacional o processo de definir atividades e recursos.
Os planos operacionais especificam atividades e recursos que so necessrios
para a realizao de qualquer espcie de objetivos. Embora os planos
operacionais sejam mais caractersticos da base da pirmide organizacional,
sempre h um contedo operacional em qualquer tipo de plano.
No mbito do ensino pblico, O Plano de Desenvolvimento da Escola
PDE um bom exemplo de planejamento. Ele se constitui de um processo
gerencial de planejamento estratgico a ser desenvolvido pela escola,
elaborado de modo participativo com a comunidade escolar (equipe escolar
e pais de alunos), que pretende contribuir para o aperfeioamento da gesto
da escola pblica e melhorar a qualidade de ensino. Ao elaborar o PDE, a
escola realiza um diagnstico de sua situao, identificando, a partir dessa
anlise, seus valores, e definindo sua viso de futuro e misso, bem como
traando objetivos, estratgias, metas e planos de ao a serem alcanados a
longo, mdio e curto prazo, respectivamente.
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Os elementos do planejamento estratgico
Luck (2000) destaca:
Por que adotar o planejamento estratgico na escola? No esta
uma metodologia empregada nas empresas e, portanto, adequada
a organizaes voltadas para o capital e o lucro? No seria uma
metodologia limitada, voltada para a tcnica, em esquecimento da
dimenso social e humana? Tais perguntas, dependendo do tom com
que so formuladas, podem evidenciar um entendimento limitado
do significado de planejamento estratgico e, em consequncia, uma
rejeio antecipada a ele, antes mesmo de se compreender o seu
significado e importncia. Resulta, pois, de uma viso inadequada e
distorcida desse planejamento. importante rev-la, e sempre podemos
aproveitar novas oportunidades para verificar os diferentes aspectos da
realidade por um novo ngulo.
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Viso define a imagem ou idia que a empresa tem de si mesma.
Orienta sua trajetria para o futuro, suas relaes com clientes,
como administrar os recursos disponveis e seus objetivos.
Objetivos so estabelecidos na fase de planejamento, os quais
devem ser desafiadores, porm, realistas e com condies de
serem alcanados. Para isso, h a necessidade de que sejam
estabelecidos objetivos bem definidos, comunicados a todos os
envolvidos com clareza, preciso, objetividade e simplicidade. A
falta dessas condies pode comprometer o resultado do processo
empreendedor e determinar o no atingimento dos objetivos
traados.
Estratgias as estratgias dependem de diversos fatores, tais como:
recursos humanos (os quais interferem diretamente na definio
dessas estratgias, pois, dependendo da personalidade de cada um,
usa-se uma ou outra estratgia), caractersticas da empresa e da
concorrncia, procurando utilizar estratgias que maximizem as
foras de uma e as fraquezas da outra.
Luck (2000) Ainda apresenta informaes sobre o controle estratgico:
Controle estratgico
a fase em que, de acordo com a ambio, com os fins, prioridades
e objetivos, e atendendo a determinados critrios (consistncia, adequao,
grau de satisfao e de operacionalizao, entre outros), se determina o grau
de consecuo e de desvio face a padres estabelecidos, no sentido da correo
e do melhoramento de todo o processo estratgico. Este controle , portanto,
um tipo especial de controle organizacional que foca a monitorizao e
avaliao do processo de gesto estratgica em ordem a assegurar que tudo
funcione adequadamente. Visa tornar seguro que as estratgias se desenrolaro
segundo o previsto, ou seja, que tudo acontecer segundo o planejado. este
controle que fornece o feedback considerado crtico para determinar se todas
as fases do processo de gesto estratgica so apropriadas e compatveis.
Esquematicamente, poderamos sintetizar a questo do processo de controle
estratgico, ou do controle da estratgia organizacional.
A seguir ser demonstrado um modelo prtico da utilizao de
um planejamento. O Mtodo 5 w 2 h Forma de implementao de um
Planejamento dentro de uma atividade escolar. O mtodo de simples
utilizao e o gestor deve responder as sete questes abaixo:
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O que ser feito ? (What)
Quando ser feito ? (When)
Quem far ? (Who)
Onde ser feito ? (Where)
Porque ser feito ? (Why)
Como ser feito ? (How)
Quanto custar ? (How much)
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REFERNCIAS
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Ministrio da Educao. Censo Escolar INEP - Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira. Disponvel em < http://www.inep.
gov.br/basica/censo/>. Acesso em 12 abr 2009.
Plano de Desenvolvimento da Universidade Federal do Par Diagnstico
Estratgico. Disponvel em <http://www.ufpa.br/plano/arquivos/Plano7.
PDF>. Acesso em 21 mar 2009.
Portal da Educao. Projeto Educativo: Diagnstico Estratgico. Disponvel
em http://www.basico.maiadigital.pt/NR/exeres/FBD9058F-9E74-454D-
B5D344A674B42 AFF,frameless.htm. Acesso em 15 mar 2009.
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