Direito Administrativo
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OBSERVAO IMPORTANTE
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AULA 00
Ol pessoal!
Aqui o Erick Alves, professor de Direito Administrativo do
Estratgia Concursos.
Na aula de hoje estudaremos o tema organizao administrativa.
Sero apresentados os princpios que regem essa organizao, bem como
as caractersticas da Administrao Direta e Indireta.
Seguiremos o seguinte sumrio:
SUMRIO
Aos estudos!
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d) Competncia legislativa.
e) Vinculao ao atendimento do interesse pblico.
Comentrios: A distino essencial entre as entidades polticas e as
entidades administrativas reside na competncia legislativa (opo d).
Apenas as entidades polticas a possuem. As entidades administrativas, por
sua vez, se limitam a agir nos limites estabelecidos pelas leis emitidas pelas
pessoas polticas. Quanto s demais alternativas, todas representam
caractersticas comuns s entidades polticas e administrativas, quais sejam,
personalidade jurdica, pertencimento Administrao Pblica, autonomia
administrativa e vinculao ao atendimento do interesse pblico.
Gabarito: alternativa d
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CENTRALIZAO
DESCENTRALIZAO
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atuao das entidades criadas pode ser feita por meio de instrumentos
normativos infralegais. Isso porque, ao criar a entidade administrativa, a
lei define, ainda que de forma genrica, suas atribuies. Assim, desde
que compatvel com suas atribuies genricas, a atuao da entidade
pode encontrar outras fontes de legitimao, e no apenas a lei formal.
Uma vez que, na descentralizao por servios, se atribui a execuo
e tambm a titularidade do servio, o ente que cria a entidade perde a
disponibilidade sobre tal servio, s podendo retom-lo mediante lei.
Dessa forma, o prazo da outorga geralmente indeterminado.
Outra implicao da transferncia da titularidade que a entidade
descentralizada passa a desempenhar o servio com independncia em
relao pessoa que a criou. Do contrrio, no se justificaria a criao da
entidade.
Assim, o controle efetuado pelo ente instituidor sobre as entidades
descentralizadas por servio deve observar os limites impostos pela lei.
Tal controle, de carter finalstico, denominado de tutela, tem por
objetivo garantir que a entidade no se desvie dos fins para os quais foi
instituda. Ademais, no existe subordinao entre a entidade
descentralizada e a pessoa jurdica que a criou, mas to-somente
vinculao.
Por sua vez, a descentralizao por colaborao ou delegao
ocorre quando, por meio de contrato ou ato unilateral, o Estado
transfere a execuo de determinado servio pblico a uma pessoa
jurdica de direito privado, previamente existente, conservando o Poder
Pblico a titularidade do servio. 00000000000
especfica.
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DESCONCENTRAO
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Banco do Brasil).
A desconcentrao faz surgir relao de hierarquia, vale dizer, de
subordinao entre os rgos dela resultantes. Assim, os rgos
localizados na parte superior da estrutura exercem o chamado controle
hierrquico sobre os rgos localizados na parte inferior. Esse controle
compreende os poderes de comando, fiscalizao, reviso, punio,
soluo de conflitos de competncia, delegao e avocao4.
Educao etc.);
Desconcentrao em razo do grau ou da hierarquia (ex:
ministrios, secretarias, superintendncias, delegacias etc.);
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5. (Cespe TJDFT 2013) Quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere,
por lei, determinado servio pblico, ocorre a descentralizao por meio de outorga.
Comentrio: O quesito est correto. A descentralizao por meio de
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7. (Cespe MPU 2013) A transferncia pelo poder pblico, por meio de contrato
ou ato administrativo unilateral, apenas da execuo de determinado servio pblico
a pessoa jurdica de direito privado corresponde descentralizao por servios,
tambm denominada descentralizao tcnica.
Comentrio: A questo est errada, pois apresenta a definio
correspondente descentralizao por colaborao ou por delegao. A
descentralizao por servios, tambm denominada descentralizao tcnica
ou funcional, pressupe a criao, mediante lei, de uma pessoa jurdica de
direito pblico ou privado, qual se atribui a titularidade e a execuo de
determinado servio pblico, e no apenas a execuo.
Gabarito: Errado
b) centralizao administrativa.
c) descentralizao administrativa.
d) medida gerencial interna.
e) concentrao administrativa.
Comentrios: O comando da questo apresenta um exemplo claro de
desconcentrao administrativa, pois foi criado um departamento no mbito
da estrutura organizacional de determinada secretaria de governo, com a
finalidade de exercer uma atividade especfica. Trata-se de mera distribuio
interna de competncias, que no envolveu a criao de outra pessoa jurdica
ou a transferncia da atribuio para outra entidade previamente existente.
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servios.
J a descentralizao geogrfica (opo d) ocorre quando a pessoa
poltica atribui competncias genricas a determinada entidade
geograficamente delimitada, a exemplo da criao de Territrios Federais.
Gabarito: alternativa a
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ADMINISTRAO DIRETA
COMPOSIO
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RGOS PBLICOS
6Ver Constituio Federal: art. 51, III e IV, para a Cmara dos Deputados; art. 52, XII e XIII para o Senado
Federal e art II d para os Tribunais do Judicirio
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Criao e extino
A criao e a extino de rgos na Administrao Direta do
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Classificao
Vamos conhecer a classificao adotada por Hely Lopes Meireles:
Quanto estrutura
rgos simples ou unitrios: so aqueles que no possuem
subdivises em sua estrutura interna, ou seja, desempenham suas
atribuies de forma concentrada. Ressalte-se que os rgos unitrios
podem ser compostos por mais de um agente. O que no h so outros
rgos abaixo dele.
rgos compostos: renem em sua estrutura diversos
rgos menores, subordinados hierarquicamente, como resultado da
desconcentrao.
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11 Diversamente, Maria Sylvia Di Pietro classifica o Ministrio Pblico como rgo autnomo.
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ADMINISTRAO INDIRETA
Empresas Pblicas.
12O Decreto-Lei 200/1967 dispe sobre a organizao da Administrao Pblica Federal. Entretanto, a
forma de organizao prevista no referido Decreto tambm aplicvel aos Estados, DF e Municpios.
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de
controle finalstico (sem subordinao, apenas vinculao); j sobre a
administrao direta constitui controle hierrquico.
Por fim, importante relembrar que existe Administrao Pblica em
todos os Poderes e em todas as esferas do Estado. Assim, a administrao
indireta no se restringe ao Poder Executivo. Assim, nada impede que
existam entidades da administrao indireta vinculadas a rgos dos
Poderes Legislativo e Judicirio, embora o mais comum, na prtica, seja
mesmo a vinculao ao Poder Executivo.
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Gabarito: Errado
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Feitas essas consideraes, passemos ao estudo das caractersticas
das entidades da administrao indireta (autarquias, fundaes,
empresas pblicas e sociedades de economia mista) assunto bastante
explorado nas provas de concurso.
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CARACTERSTICAS GERAIS
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XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada
a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de
fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de
sua atuao;
XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de
subsidirias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a
participao de qualquer delas em empresa privada;
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14Um exemplo de autorizao legislativa para a constituio de subsidirias a Lei 11.908/2009, cujo
art. dispe O Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econmica Federal ficam autorizados a constituir
subsidirias integrais ou controladas, com vistas no cumprimento de atividades de seu objeto social .
15 Ver ADI 1.649/DF.
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17. (ESAF MIN 2012) Nos termos de nossa Constituio Federal e de acordo
com a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, depende de autorizao em lei
especfica:
a) a instituio das empresas pblicas, das sociedades de economia mista e de
fundaes, apenas.
b) a instituio das empresas pblicas e das sociedades de economia mista, apenas.
c) a instituio das autarquias, das empresas pblicas, das sociedades de economia
mista e de fundaes, apenas.
d) a participao de entidades da Administrao indireta em empresa privada, bem
assim a instituio das autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia
mista, fundaes e subsidirias das estatais.
e) a participao de entidades da Administrao indireta em empresa privada, bem
assim a instituio das empresas pblicas, sociedades de economia mista,
fundaes e subsidirias das estatais.
Comentrios: A questo deve ser resolvida com base no art. 37, XIX e XX
da CF:
XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a
instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao,
cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao;
XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias
das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de
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Mas isso quando se tratar de fundaes pblicas de direito privado, uma vez
que as de direito pblico so consideradas uma espcie de autarquia e,
portanto, criadas diretamente por lei.
c) ERRADA. A instituio das autarquias feita diretamente pela lei
especfica, e no apenas autorizada por ela.
d) ERRADA. Idem ao anterior. Ademais, a participao de entidades da
Administrao indireta em empresa privada no depende de autorizao em lei
especfica, sendo suficiente que haja dispositivo contendo uma autorizao
genrica na prpria lei que criou a entidade da administrao indireta matriz.
e) ERRADA. A participao de entidades da Administrao indireta em
empresa privada e a instituio de subsidirias das estatais no dependem de
autorizao em lei especfica, sendo suficiente, segundo a jurisprudncia do
Supremo, que haja dispositivo contendo uma autorizao genrica na prpria
lei que criou a entidade matriz.
Gabarito: alternativa a
AUTARQUIAS
Conceito
O art. 5, I do Decreto-Lei 200/1967 conceitua autarquia da seguinte
forma:
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Criao e extino
Como j adiantado, a criao de autarquias depende apenas da
edio de uma lei especfica. Salvo se esta lei criar outras exigncias ou
condies, a personalidade jurdica das autarquias tem incio
juntamente com a vigncia da lei criadora. A partir desse momento, em
que adquirem personalidade jurdica prpria, as autarquias tornam-se
capazes de contrair direitos e obrigaes.
Pelo princpio da simetria das formas jurdicas, pelo qual a forma de
nascimento dos institutos jurdicos deve ser a mesma para sua extino, a
extino das autarquias tambm deve ser feita mediante a edio de
lei especfica. Assim, uma autarquia no pode, por exemplo, ser extinta
mediante um mero ato administrativo.
A lei de criao e extino das autarquias deve ser da iniciativa
privativa do chefe do Poder Executivo (CF, art. 61, 1, e).
Logicamente, se a entidade a ser criada ou extinta se vincular ao Poder
Legislativo ou Judicirio, a iniciativa da lei ser do respectivo chefe de
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Poder.
Atividades desenvolvidas
A principal caracterstica das autarquias consiste na natureza jurdica
da atividade que desenvolvem, qual seja, atividades prprias e tpicas
de Estado, despidas de carter econmico. Da o costume da doutrina
de se referir autarquia como servio pblico descentralizado ou
servio pblico personalizado.
A diferena que a autarquia concebida para prestar aquele
determinado servio de forma especializada, tcnica, com organizao
prpria, administrao mais gil e no sujeita a decises polticas
sobre seus assuntos.
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Regime jurdico
Por desempenhar atividades tpicas de Estado, a personalidade
jurdica da autarquia de direito pblico. Sendo a autarquia pessoa de
direito pblico, consequentemente se submete a regime jurdico de
direito pblico, possuindo as prerrogativas e sujeies que informam
o regime jurdico-administrativo, prprias das pessoas pblicas de
natureza poltica (Unio, Estados, DF e Municpios).
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16Nesse sentido, o STJ j decidiu que no caberia a determinada autarquia expedir atos de carter
normativo por inexistir norma expressa que lhe conferisse tal competncia (Resp 1.103.913/PR)
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19. (Cespe AGU 2013) As autarquias, que adquirem personalidade jurdica com
a publicao da lei que as institui, so dispensadas do registro de seus atos
constitutivos em cartrio e possuem as prerrogativas especiais da fazenda pblica,
como os prazos em dobro para recorrer e a desnecessidade de anexar, nas aes
judiciais, procurao do seu representante legal.
Comentrio: Perfeita a assertiva. As autarquias, em termos de
prerrogativas, so comparadas s prprias pessoas polticas.
Detalhe na questo que, diferentemente das entidades da administrao
indireta institudas com personalidade jurdica de direito privado, a criao das
autarquias dispensa o registro de seus atos constitutivos, uma vez que a
aquisio da personalidade jurdica de direito pblico ocorre com a vigncia
da lei criadora.
Gabarito: Certo 00000000000
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Patrimnio
Trata-se, aqui, de caracterizar se o patrimnio das autarquias so
bens pblicos ou privados.
O art. 98 do Cdigo Civil prescreve que so pblicos os bens do
domnio nacional pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico
interno; todos os outros so particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencem.
Como se v, bens pblicos so aqueles integrantes do patrimnio das
pessoas administrativas de direito pblico. Assim, a natureza dos bens das
autarquias a de bens pblicos17.
Em consequncia, os bens das autarquias possuem os mesmos meios
de proteo atribudos aos bens pblicos em geral, destacando-se entre
eles a impenhorabilidade, a imprescritibilidade e as restries
alienao.
Pessoal
Nesse tpico, o objetivo esclarecer se o pessoal das autarquias se
se sujeita ao regime de servidores pblicos estatutrios ou de empregados
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-> Redao dada pela EC 19/1998, com eficcia suspensa pelo STF:
Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro
conselho de poltica de administrao e remunerao de pessoal, integrado por
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18 ADI 2135/DF
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22 ADI 1.949/RS
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21. (Cespe TJDFT 2013) Nos litgios comuns, as causas que digam respeito s
autarquias federais, sejam estas autoras, rs, assistentes ou oponentes, so
processadas e julgadas na justia federal.
Comentrio: O quesito est correto. Em regra, as causas judiciais que
envolvem autarquias federais so processadas e julgadas pela Justia Federal,
nos termos do art. 109, I da CF:
Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal forem
interessadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de
falncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do
Trabalho;
Gabarito: Certo
FUNDAES PBLICAS
Conceito
As fundaes so pessoas jurdicas originrias do direito privado,
previstas no Cdigo Civil juntamente com as associaes e sociedades.
Sinteticamente, pode-se dizer que, na pessoa jurdica de forma
associativa ou societria, o elemento essencial a existncia de pessoas
que se associam para atingir a certos fins que a elas mesmas beneficiam;
na fundao, o elemento essencial o patrimnio destinado realizao
de certos fins que ultrapassam o mbito da prpria entidade, indo
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Natureza jurdica
A natureza jurdica das fundaes pblicas assunto controverso na
doutrina. Embora o Decreto-Lei 200/1967, como visto no conceito acima,
as defina expressamente como pessoas jurdicas de direito privado, h
quem entenda de modo completamente diferente, ou seja, que todas as
fundaes institudas pelo Estado so pessoas jurdicas de direito pblico.
Outros j advogam a tese de que, mesmo institudas pelo Poder Pblico,
as fundaes pblicas tm sempre personalidade jurdica de direito
privado, caracterstica que seria inerente a esse tipo de pessoa jurdica.
Porm, o entendimento majoritrio, partilhado inclusive pelo STF23,
de ser possvel que o Estado institua fundaes com personalidade jurdica
de direito pblico ou privado, a critrio do ente federado matriz.
A possibilidade de instituio de fundaes pblicas com
personalidade jurdica de direito pblico construo doutrinria e
jurisprudencial, no estando expressamente prevista na Constituio
Federal. Esta s fala genericamente em fundaes pblicas, fundaes
mantidas pelo Poder Pblico e outras expresses congneres, mas no
deixa clara a opo de natureza jurdica.
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23 RE 101.126/RJ
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Criao e extino
Como j estudado anteriormente, as fundaes de direito pblico
so efetivamente criadas por lei especfica, semelhana do que ocorre
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Atividades desenvolvidas
As fundaes so constitudas para a execuo de objetivos sociais,
vale dizer, atividades de utilidade pblica que, de alguma forma,
produzam benefcios coletividade, sendo caracterstica essencial a
ausncia de fins lucrativos.
A inteno do instituidor, ao criar uma fundao, dotar bens para a
formao de um patrimnio destinado a promover atividades de carter
social, cultural ou assistencial, e no de carter econmico ou
empresarial.
comum que as fundaes pblicas se destinem s seguintes
atividades24:
Assistncia social.
Assistncia mdica ou hospitalar.
Educao e ensino.
Pesquisa.
Atividades culturais.
Uma vez que as fundaes so constitudas para beneficiar pessoas
indeterminadas, de forma desinteressada e sem qualquer finalidade
lucrativa, os resultados de sua atividade que ultrapassem os custos de
execuo no so tratados como lucro, e sim como supervit, o qual
deve ser utilizado para o pagamento de novos custos operacionais,
sempre com o intuito de melhorar o atendimento dos fins sociais. Como se
v, o aspecto social predomina sobre o fator econmico.
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Regime jurdico
As fundaes pblicas de direito pblico fazem jus s mesmas
prerrogativas e sujeitam-se s mesas restries que, em conjunto,
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Patrimnio
Da mesma forma que as autarquias, os bens do patrimnio das
fundaes pblicas de direito pblico so caracterizados como
bens pblicos, protegidos pelas prerrogativas inerentes aos bens dessa
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Pessoal
Quanto gesto de pessoal, as fundaes de direito pblico, da
mesma forma que as autarquias, se sujeitam ao regime jurdico nico,
devendo adotar o mesmo regime fixado para os servidores da
Administrao Direta e das autarquias. Lembrando que o regime jurdico
nico deve ser observado atualmente face suspenso cautelar da nova
redao do art. 39, caput, da CF.
J no caso das fundaes pblicas de direito privado, existe
divergncia doutrinria. Parte da doutrina acredita que o pessoal
dessas entidades deve se sujeitar ao regime trabalhista comum,
traado na CLT, caracterstico das entidades de direito privado. Outra
corrente afirma que o pessoal das fundaes pblicas de direito privado
tambm se submete ao regime jurdico nico, uma vez que, para os
defensores desse entendimento, todas as disposies constitucionais que
se referem a fundaes pblicas, incluindo o art. 39, caput, da CF,
alcanam toda e qualquer fundao pblica, de direito pblico ou privado.
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a) autarquia.
b) fundao pblica.
c) empresa pblica.
d) sociedade de economia mista.
e) agncia reguladora.
Comentrios: Todas as caractersticas, em especial a expresso
patrimnio personalizado, indicam se tratar do conceito de fundao pblica
(opo b). Perceba que, se ao invs de patrimnio personalizado, a
assertiva se referisse a servio personalizado, estaramos diante do conceito
de autarquia.
Gabarito: alternativa b
Conceito 00000000000
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Criao e extino autorizadas por lei. Forma jurdica (EP = qualquer forma
admitida em direito; SEM = sociedade
Personalidade
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jurdica de direito
annima).
privado.
Composio do capital (EP = capital
Sujeio ao controle estatal.
pblico; SEM = capital pblico e privado).
Derrogao parcial do regime de
direito privado por normas de direito
pblico.
Vinculao aos fins definidos na lei
instituidora.
Desempenho de atividade de natureza
econmica e, em algumas ocasies, a
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Criao e extino
Como adiantado, as empresas pblicas e as sociedades de economia
mista (denominadas, em conjunto, empresas estatais ou empresas
governamentais), pessoas jurdicas de direito privado, tm a sua
criao autorizada por lei, dependendo ainda de registro de comrcio.
Alm da autorizao propriamente dita, a lei instituidora deve conter
os dados fundamentais e indispensveis, como a forma da futura
sociedade, seu prazo de durao e o modo de composio de seu capital.
Para completar a criao da empresa estatal, ser necessrio, ainda,
o cumprimento das formalidades previstas no direito privado, que variam
de acordo com a forma societria25. Dessa forma, a criao da entidade,
ou seja, a aquisio da personalidade jurdica, somente ocorre com
o registro.
De forma semelhante, a extino das empresas pblicas e das
sociedades de economia mista requer a edio de lei autorizadora.
25Por exemplo, a criao de uma sociedade annima depende da subscrio das aes em que se divide o
seu capital social, com aprovao de seu estatuto social pelos scios em assembleia geral ou por escritura
pblica (Justen Filho, 2014, p. 293).
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Subsidirias
Subsidirias so empresas controladas pelas empresas pblicas ou
sociedades de economia mista.
A empresa estatal que detm o controle da subsidiria usualmente
chamada de sociedade ou empresa de primeiro grau, enquanto a
subsidiria seria uma sociedade ou empresa de segundo grau. Se houver
nova cadeia de criao, poderia at mesmo surgir uma empresa de
terceiro grau e assim sucessivamente26.
Deve ser ressaltado que a subsidiria tem personalidade jurdica
prpria, vale dizer, uma pessoa jurdica, distinta da pessoa
controladora, e no um rgo desta.
Lembrando que, nos termos do art. 37, XX da CF, a criao de
subsidirias tambm depende de autorizao legislativa. A autorizao,
contudo, no precisa ser dada para a criao especfica de cada entidade,
sendo legtimo que a lei que autorizou a instituio da entidade
primria autorize, desde logo, a posterior instituio de
subsidirias, antecipando o objeto a que se destinaro.
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Administrao Pblica.
No obstante, embora estejam sujeitas,
predominantemente, ao regime jurdico de direito privado,
tambm devem obedecer a algumas regras de direito pblico, como o concurso
pblico e a licitao.
Atividades desenvolvidas
O trao marcante das empresas pblicas e sociedades de economia
mista que so institudas pelo Poder Pblico para o desempenho de
atividades de natureza econmica.
O critrio geralmente utilizado para classificar uma atividade como
econmica a finalidade de lucro. Portanto, sempre que o Poder Pblico
pretender auferir lucro em determinada atividade, dever instituir ou uma
empresa pblica ou uma sociedade de economia mista.
Maria Sylvia Di Pietro esclarece que o desempenho de atividade
econmica por meio de empresas estatais pode ser feito com dois
objetivos:
Interveno no domnio econmico (CF, art. 173); ou
Prestao de servios pblicos (CF, art. 175).
Assim, tem-se que atividade de natureza econmica, que justifica a
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27Constituio Federal, art. 175: Incumbe ao Poder Pblico, na forma da lei, diretamente ou sob
regime de concesso ou permisso, sempre atravs de licitao, a prestao de servios pblicos
28 Servio postal (CF, art. 21, X) e infraestrutura aeroporturia (CF, art. 21, XII, c), respectivamente.
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iniciativa privada.
Comentrio: A questo est correta. Ressalte-se, porm, que interveno
direta do Estado na atividade econmica s pode ser realizada em situaes
excepcionais, isto , quando necessria aos imperativos da segurana
nacional ou a relevante interesse coletivo, nos termos do art. 173 da CF:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de
atividade econmica pelo Estado s ser permitida quando necessria aos
imperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo.
25. (Cespe CNJ 2013) Considere que determinada sociedade de economia mista
exera atividade econmica de natureza empresarial. Nessa situao hipottica, a
referida sociedade no considerada integrante da administrao indireta do
respectivo ente federativo, pois, para ser considerada como tal, ela deve prestar
servio pblico.
Comentrio: A questo est errada. As empresas pblicas e as
sociedades de economia mista podem tanto exercer atividade econmica de
natureza empresarial como prestar servio pblico. Em ambas as hipteses
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Regime jurdico
As empresas pblicas e as sociedades de economia mista,
qualquer que seja seu objeto, sempre tm personalidade jurdica de
direito privado. Portanto, submetem-se ao regime jurdico de direito
privado.
Apesar disso, nenhuma dessas entidades atua integralmente sob
regncia do direito privado, pois esto sujeitas incidncia de algumas
normas de direito pblico, sobretudo as previstas na prpria
Constituio Federal, decorrentes dos princpios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.
Carvalho Filho assevera que o regime das empresas estatais possui
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30 o que diz a jurisprudncia do STF pela qual as sociedades de economia mista e as empresas pblicas
que explorem atividade econmica em sentido estrito esto sujeitas, nos termos do disposto no 1 do
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art. 173 da Constituio do Brasil, ao regime jurdico prprio das empresas privadas o qual no se
aplica s empresas estatais que prestam servio pblico (ADI 1.642/MG)
31Como exemplo, o TCU reconheceu no ser obrigatria a licitao para os contratos relacionados a
atividades-fim de empresas estatais exploradoras de atividade econmica. Apontando a sujeio dessas
entidades ao mesmo regime das empresas privadas, o Tribunal afastou a necessidade de licitao nas
operaes de mercado praticadas pela referida categoria de empresas estatal Em sentido oposto a
jurisprudncia do TCU entende que obrigatria a observncia, pelas empresas pblicas e sociedades de
economia mista exploradoras de atividade econmica, das disposies contidas na Lei 8.666/93 nas
contrataes que envolvam sua atividade-meio. Como se v, no que tange celebrao de contratos,
prevalecem as normas de direito privado quando se tratar de atividades-fim; j nas atividades-meio, as
normas de direito pblico predominam (Boletim Licitaes 6/2010).
32 RE 599.628/DF
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33ARE 638.315 RG/BA. O STF tambm j estendeu a imunidade tributria a sociedade de economia mista
prestadora de aes e servios de sade, ou seja, servio pblico no sujeito ao regime de monoplio (RE
580.264/RS).
34 AI 690.242/SP
35 RE 363.412/BA
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As empresas pblicas e sociedades de economia mista, conforme seu objeto, dividem-se em:
*****
36 Ressalte-se que as empresas estatais exploradoras de atividade econmica podem gozar de privilgios
fiscais desde que eles sejam concedidos de maneira uniforme a elas e s empresas privadas.
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Gabarito: Certo
31. (ESAF CVM 2010) So regras de direito pblico que obrigam s empresas
estatais federais a despeito de sua natureza jurdica de direito privado, exceto:
a) contratao de empregados por meio de concurso pblico.
b) submisso aos princpios gerais da Administrao Pblica.
c) proibio de demisso dos seus empregados em razo da estabilidade que lhes
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protege.
d) autorizao legal para sua instituio.
e) sujeio fiscalizao do Tribunal de Contas da Unio.
Comentrios: As empresas estatais, quais sejam, as empresas pblicas e
as sociedades de economia mista, embora possuam natureza jurdica de
direito privado, no esto inteiramente submetidas ao regime jurdico de
direito privado. Ao contrrio, devem obedincia a diversos preceitos
constitucionais de direito pblico, associados aos princpios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia. Afinal, tais entidades,
ainda que explorem atividade econmica, esto vinculadas ao Poder Pblico e,
por isso, devem servir ao interesse geral, no podendo seus administradores
se afastar dessa finalidade. Em consequncia, as empresas estatais devem
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Estatuto
O art.173, 1 da Constituio Federal prev a edio de um
estatuto para disciplinar o regime jurdico, a estrutura e o funcionamento
das empresas pblicas e sociedades de economia mista exploradoras de
atividade econmica. Para fins de clareza, vejamos a redao do
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dispositivo:
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Patrimnio
Os bens das empresas pblicas e sociedades de economia mista so
considerados bens privados. Em consequncia, a princpio, no possuem
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Pessoal
O pessoal das empresas pblicas e das sociedades de economia mista
se submete ao regime trabalhista comum, isto , de emprego pblico
ou celetista, regulamentado na Consolidao das Leis do Trabalho (CLT).
O vnculo entre os empregados e as entidades, portanto, tem natureza
contratual, formalizado em contrato de trabalho tpico.
No obstante, o ingresso desses empregados deve ser precedido de
aprovao em concurso pblico, tal como previsto no art. 37, II da
Constituio Federal38, ainda que a entidade vise a objetivos estritamente
econmicos, em regime de competitividade com a iniciativa privada.
Por serem sujeitos ao regime trabalhista comum, os empregados das
empresas estatais no gozam de estabilidade no cargo. Todavia, a
jurisprudncia tem assegurado aos empregados concursados dessas
entidades o direito de exigir motivao de eventuais atos de demisso,
em ateno aos princpios constitucionais da impessoalidade e da
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Forma jurdica
37 RE 220.906
38CF, art. 37, II: a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em
concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei
de livre nomeao e exonerao
39 Ver RE 589.998/PI
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40 Exemplo de empresa pblica sob a forma de sociedade annima a Caixa Econmica Federal.
41 Para ilustrar, veja o que dispe o Cdigo Civil acerca das sociedades em nome coletivo Somente
pessoas fsicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os scios,
solidria e ilimitadamente, pelas obrigaes sociais .
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Composio do capital
Na composio do capital reside outra diferena relevante entre
empresas pblicas e sociedades de economia mista. Refere-se origem
dos recursos que formam o patrimnio das entidades.
Sinteticamente, a sociedade de economia mista constituda por
capital pblico e privado, e a empresa pblica, por capital pblico.
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34. (Cespe AE/ES 2013) A pessoa jurdica de direito privado criada por
autorizao legislativa especfica, com capital formado unicamente por recursos de
pessoas de direito pblico interno ou de pessoas de suas administraes indiretas,
para realizar atividades econmicas ou servios pblicos de interesse da
administrao instituidora, nos moldes da iniciativa particular, denominada
a) fundao pblica.
b) sociedade de economia mista.
c) subsidiria.
d) agncia executiva.
e) empresa pblica.
Comentrio: Trata-se do conceito de empresa pblica. O aspecto
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36. (Cespe MPU 2013) A empresa pblica federal caracteriza-se, entre outros
aspectos, pelo fato de ser constituda de capital exclusivo da Unio, no se
admitindo, portanto, a participao de outras pessoas jurdicas na constituio de
seu capital.
Comentrio: O quesito est errado. Uma empresa pblica caracteriza-se
por ser constituda de capital exclusivamente pblico, que pode ser oriundo de
qualquer pessoa jurdica integrante da Administrao Pblica, poltica ou
administrativa, ainda que de direito privado. Assim, determinada empresa
pblica pode ser formada pela comunho de recursos oriundos da Unio, de
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uma empresa pblica estadual e de uma autarquia municipal, pois todos esses
recursos possuem origem pblica. Para que esta entidade seja considerada
uma empresa pblica federal, a Unio deve ser a detentora da maioria do
capital votante. Ou seja, o capital da Unio no precisa ser exclusivo, da o
erro do item. O que no se admite a participao de capital privado, aportado
por empresas ou pessoas particulares.
Gabarito: Errado
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QUESTES DE PROVA
40. (Cespe Polcia Federal 2013) O Banco Central do Brasil uma autarquia
federal e compe a administrao pblica direta da Unio.
Comentrio: De fato, o Banco Central uma autarquia federal. Porm,
como toda autarquia, compe a administrao indireta da Unio, e no a direta.
Gabarito: Errado
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41. (Cespe MIN 2013) Toda pessoa jurdica da administrao pblica indireta,
embora no se subordine, vincula-se a determinado rgo da estrutura da
administrao direta, estando, assim, sujeita chamada superviso ministerial.
Comentrio: As entidades da administrao indireta (autarquias,
empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes pblicas),
embora sejam administrativa e financeiramente autnomas, esto sempre
vinculadas a um rgo da administrao direta. Essa vinculao entre
administrao direta e indireta no representa uma relao hierrquica, de
subordinao. Diversamente, caracteriza a superviso ministerial, tambm
denominada de tutela administrativa, que tem por objetivos principais a
verificao dos resultados alcanados pelas entidades descentralizadas, a
harmonizao de suas atividades com a poltica e a programao do Governo,
a eficincia de sua gesto e a manuteno de sua autonomia administrativa,
operacional e financeira.
Gabarito: Certo
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46. (Cespe MDIC 2014) Embora nos municpios haja apenas administrao
direta, nos estados, em razo da autonomia dada pela Constituio Federal de 1988
(CF), pode haver administrao indireta.
Comentrio: Tanto nos Estados como nos Municpios pode existir
administrao indireta. Portanto, perfeitamente possvel existirem empresas
pblicas e sociedades de economia mista municipais, assim como autarquias
e fundaes pblicas. 00000000000
Gabarito: Errado
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52. (Cespe TRT10 2013) O fato de uma autarquia federal criar, em alguns
estados da Federao, representaes regionais para aproximar o poder pblico do
cidado caracteriza o fenmeno da descentralizao administrativa.
Comentrios: Quanto uma autarquia cria representaes regionais est
criando rgos despersonalizados, a ela subordinados hierarquicamente, com
o objetivo de melhor desempenhar suas atividades. Trata-se, portanto, do
fenmeno da desconcentrao administrativa, e no da descentralizao.
Gabarito: Errado
53. (Cespe Polcia Civil/BA 2013) A criao de nova secretaria por governador
de estado caracteriza exemplo de descentralizao.
Comentrios: Trata-se de exemplo tpico de desconcentrao, e no de
descentralizao.
Gabarito: Errado
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58. (ESAF CVM 2010) Assinale a opo que contemple regras aplicveis tanto
s pessoas jurdicas de direito pblico, quanto s pessoas jurdicas de direito privado
pertencentes Administrao Pblica, independentemente de seu objeto social.
a) Regime jurdico nico para os seus servidores.
b) Inalienabilidade e impenhorabilidade de seus bens.
c) Prerrogativas processuais e de foro.
d) Concurso pblico e licitao.
e) Responsabilizao pela teoria objetiva.
Comentrios: Em relao personalidade jurdica das entidades da
Administrao Indireta temos o seguinte:
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Autarquias
Direito Pblico
Fundaes
Direito Privado
EP e SEM
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governamental.
d) A criao de uma diretoria no mbito interno de um tribunal regional eleitoral
(TRE) configura exemplo de descentralizao administrativa.
e) A administrao direta composta de pessoas jurdicas, tambm denominadas
entidades, e a administrao indireta, de rgos internos do Estado.
Comentrio: Vamos analisar cada alternativa:
a) CERTA. Na expresso centralizao desconcentrada, a centralizao
est evidenciada no exerccio de determinada atividade administrativa por uma
nica pessoa jurdica. J a desconcentrao ocorre quando esta pessoa
jurdica se divide internamente em diversos rgos, desprovidos de
personalidade prpria.
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63. (Cespe AGU 2013) As fundaes pblicas podem exercer atividades tpicas
da administrao, inclusive aquelas relacionadas ao exerccio do poder de polcia.
Comentrio: O quesito est correto. O poder de polcia a atividade do
Estado de condicionar, limitar e restringir direitos, atividades e bens em prol
da proteo da sociedade ou do prprio Estado. Na viso do STF, essa
atividade tpica de Estado e deve ser exercida por pessoas jurdicas de
direito pblico, como o caso das fundaes pblicas criadas por lei.
Embora o enunciado no especifique a natureza jurdica da fundao, se
de direito pblico ou privado, pode-se presumir que ele se refere s fundaes
pblicas de direito pblico. Do contrrio, o gabarito teria que ser errado.
Gabarito: Certo
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Bons estudos!
Erick Alves
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RESUMO DA AULA
ORGANIZAO DA ADMINISTRAO PBLICA
ADMINISTRAO DIRETA: conjunto de rgos que integram as pessoas polticas do Estado (U, E, DF, M), aos
quais foi atribuda a competncia para o exerccio de atividades administrativas, de forma centralizada.
rgos Pblicos: no possuem capacidade processual, exceto rgos autnomos e independentes para
mandado de segurana na defesa de suas prerrogativas e competncias.
Quanto atuao rgos singulares ou unipessoais: decises tomadas por uma s pessoa.
funcional rgos colegiados ou pluripessoais: decises conjuntas.
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ADMINISTRAO INDIRETA: entidades administrativas vinculadas Adm. Direta para o exerccio de atividades
de forma descentralizada.
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AUTARQUIAS:
Criao e extino: diretamente por lei.
Objeto: atividades tpicas de Estado, sem fins lucrativos. Servios pblicos personalizados
Regime jurdico: direito pblico.
Prerrogativas: prazos processuais especiais; prescrio quinquenal; precatrios; inscrio de seus crditos em
dvida ativa; imunidade tributria; no sujeio falncia.
Classificao: geogrfica ou territorial; de servio ou institucional; fundacionais; corporativas ou associativas
e outras.
Autarquias de regime especial: maior autonomia que as demais. Estabilidade dos dirigentes (ex: agncias
reguladoras)
Patrimnio: bens pblicos (impenhorabilidade, imprescritibilidade e restries alienao).
Pessoal: regime jurdico nico (igual ao da Adm. Direta).
Foro judicial: Justia Federal (federais) e Justia Estadual (estaduais e municipais)
FUNDAES:
Criao e extino: diretamente por lei (se de dir. pblico); autorizada por lei, mais registro (se de dir. privado)
Objeto: atividades que beneficiam a coletividade, sem fins lucrativos. P
Regime jurdico: direito pblico ou privado.
Prerrogativas: mesmas que as autarquias (se de dir. pblico); imunidade tributria (dir. pblico ou privado).
Patrimnio: bens pblicos (se de dir. pblico); bens privados, sendo que os bens empregados na prestao de
servios pblicos possuem prerrogativas de bens pblicos (se de dir. privado).
Pessoal: regime jurdico nico (se de dir. pblico); regime jurdico nico ou celetista divergncia doutrinria (se
de dir. privado).
Controle do Ministrio Pblico: MP Federal, independentemente de sede (fundaes pblicas federais);
MP dos Estados ou MPDFT, de acordo com a sede (fundaes pblicas e privadas).
Foro judicial: igual s autarquias (se de dir. pblico); p/ doutrina, Justia Estadual (se de dir. privado); p/
jurisprudncia, Justia Federal (se de dir. privado federal).
Outras: contratos das fundaes de dir. privado so regidos pela Lei de Licitaes.
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Patrimnio: bens privados. Nas prestadoras de servio pblico, os bens empregados na prestao dos servios
possuem prerrogativas de bens pblicos.
Pessoal: celetista. Sem estabilidade. Demisso exige motivao. No cabe ao Legislativo aprovar o nome de
dirigentes. possvel mandado de segurana contra atos dos dirigentes em licitaes.
Falncia e execuo: no se sujeitam
Forma jurdica: SEM = sociedades annimas; EP = qualquer forma admitida em direito.
Composio do capital: SEM = pblico (majoritrio) e privado; EP = exclusivo pblico, podendo participar mais
de uma entidade pblica.
Foro judicial: SEM federal = Justia Estadual, regra; ou, se a Unio atuar como assistente ou oponente =
Justia Federal. EP federal = Justia Federal, sempre. EP ou SEM estadual ou municipal = Justia Estadual.
Aes trabalhistas = Justia do Trabalho.
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3. (ESAF CVM 2010) Assinale a opo que contemple a distino essencial entre as
entidades polticas e as entidades administrativas.
a) Personalidade jurdica.
b) Pertencimento Administrao Pblica.
c) Autonomia administrativa.
d) Competncia legislativa.
e) Vinculao ao atendimento do interesse pblico.
5. (Cespe TJDFT 2013) Quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei,
determinado servio pblico, ocorre a descentralizao por meio de outorga.
7. (Cespe MPU 2013) A transferncia pelo poder pblico, por meio de contrato ou ato
administrativo unilateral, apenas da execuo de determinado servio pblico a pessoa
jurdica de direito privado corresponde descentralizao por servios, tambm
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e) concentrao administrativa.
11. (Cespe MPTCDF 2013) A atuao do rgo pblico imputada pessoa jurdica a
que esse rgo pertence.
13. (Cespe Bacen 2013) A Secretaria de Estado da Sade do Distrito Federal compe a
estrutura da administrao indireta.
d) resultarem da descentralizao.
e) no possurem patrimnio prprio.
17. (ESAF MIN 2012) Nos termos de nossa Constituio Federal e de acordo com a
jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, depende de autorizao em lei especfica:
a) a instituio das empresas pblicas, das sociedades de economia mista e de fundaes,
apenas.
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18. (ESAF SUSEP 2010) A SUSEP uma autarquia, atua na regulao da atividade de
seguros (entre outras), e est sob superviso do Ministrio da Fazenda. Logo, incorreto
dizer que ela:
a) integrante da chamada Administrao Indireta.
b) tem personalidade jurdica prpria, de direito pblico.
c) est hierarquicamente subordinada a tal Ministrio.
d) executa atividade tpica da Administrao Pblica.
e) tem patrimnio prprio.
19. (Cespe AGU 2013) As autarquias, que adquirem personalidade jurdica com a
publicao da lei que as institui, so dispensadas do registro de seus atos constitutivos em
cartrio e possuem as prerrogativas especiais da fazenda pblica, como os prazos em dobro
para recorrer e a desnecessidade de anexar, nas aes judiciais, procurao do seu
representante legal.
21. (Cespe TJDFT 2013) Nos litgios comuns, as causas que digam respeito s
autarquias federais, sejam estas autoras, rs, assistentes ou oponentes, so processadas e
julgadas na justia federal.
22. (ESAF ATRFB 2006) A entidade da Administrao Indireta, que se conceitua como
sendo uma pessoa jurdica de direito pblico, criada por fora de lei, com capacidade
exclusivamente administrativa, tendo por substrato um patrimnio personalizado, gerido
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pelos seus prprios rgos e destinado a uma finalidade especfica, de interesse pblico,
a
a) autarquia.
b) fundao pblica.
c) empresa pblica.
d) sociedade de economia mista.
e) agncia reguladora.
25. (Cespe CNJ 2013) Considere que determinada sociedade de economia mista
exera atividade econmica de natureza empresarial. Nessa situao hipottica, a referida
sociedade no considerada integrante da administrao indireta do respectivo ente
federativo, pois, para ser considerada como tal, ela deve prestar servio pblico.
27. (Cespe Polcia Federal 2013) A sociedade de economia mista pessoa jurdica de
direito privado que pode tanto executar atividade econmica prpria da iniciativa privada
quanto prestar servio pblico.
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28. (Cespe CNJ 2013) As empresas pblicas, sejam elas exploradoras de atividade
econmica ou prestadoras de servios pblicos, so entidades que compem a
administrao indireta e por isso no se admite que seus atos e contratos sejam submetidos
a regras do direito privado.
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31. (ESAF CVM 2010) So regras de direito pblico que obrigam s empresas estatais
federais a despeito de sua natureza jurdica de direito privado, exceto:
a) contratao de empregados por meio de concurso pblico.
b) submisso aos princpios gerais da Administrao Pblica.
c) proibio de demisso dos seus empregados em razo da estabilidade que lhes protege.
d) autorizao legal para sua instituio.
e) sujeio fiscalizao do Tribunal de Contas da Unio.
34. (Cespe AE/ES 2013) A pessoa jurdica de direito privado criada por autorizao
legislativa especfica, com capital formado unicamente por recursos de pessoas de direito
pblico interno ou de pessoas de suas administraes indiretas, para realizar atividades
econmicas ou servios pblicos de interesse da administrao instituidora, nos moldes da
iniciativa particular, denominada
a) fundao pblica.
b) sociedade de economia mista.
c) subsidiria.
d) agncia executiva.
e) empresa pblica.
36. (Cespe MPU 2013) A empresa pblica federal caracteriza-se, entre outros aspectos,
pelo fato de ser constituda de capital exclusivo da Unio, no se admitindo, portanto, a
participao de outras pessoas jurdicas na constituio de seu capital.
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37. (Cespe MIN 2013) Empresas pblicas so pessoas jurdicas de direito privado que
integram a administrao indireta, constitudas por capital pblico e privado.
40. (Cespe Polcia Federal 2013) O Banco Central do Brasil uma autarquia federal e
compe a administrao pblica direta da Unio.
41. (Cespe MIN 2013) Toda pessoa jurdica da administrao pblica indireta, embora
no se subordine, vincula-se a determinado rgo da estrutura da administrao direta,
estando, assim, sujeita chamada superviso ministerial.
45. (Cespe MDIC 2014) Parte do capital instituidor de uma sociedade de economia
mista privada, apesar de determinadas relaes institucionais, como organizao e
contratao de pessoal, serem regidas pelo direito pblico.
46. (Cespe MDIC 2014) Embora nos municpios haja apenas administrao direta, nos
estados, em razo da autonomia dada pela Constituio Federal de 1988 (CF), pode haver
administrao indireta.
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47. (Cespe IBAMA 2013) A criao do IBAMA, autarquia a que a Unio transferiu por lei
a competncia de atuar na proteo do meio ambiente, exemplo de descentralizao por
servio.
intermdio dos inmeros rgos e agentes administrativos que compem sua estrutura
funcional.
d) A descentralizao administrativa ocorre quando uma pessoa poltica ou uma entidade da
administrao indireta distribui competncias no mbito da prpria estrutura, a fim de tornar
mais gil e eficiente a sua organizao administrativa e a prestao de servios.
e) A descentralizao a situao em que o Estado executa suas tarefas indiretamente, por
meio da delegao de atividades a outros rgos despersonalizados dentro da estrutura
interna da pessoa jurdica descentralizadora.
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52. (Cespe TRT10 2013) O fato de uma autarquia federal criar, em alguns estados da
Federao, representaes regionais para aproximar o poder pblico do cidado caracteriza
o fenmeno da descentralizao administrativa.
53. (Cespe Polcia Civil/BA 2013) A criao de nova secretaria por governador de
estado caracteriza exemplo de descentralizao.
56. (Cespe MDIC 2014) Se, em razo do grande nmero de contrataes realizadas
pela Unio, for criado um Ministrio de Aquisies, ter-se-, nessa situao, exemplo do
fenmeno denominado desconcentrao administrativa.
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57. (Cespe TJ/SE 2014) Nas empresas pblicas e sociedades de economia mista, que
possuem personalidade jurdica de direito privado, os atos de demisso de funcionrios
devem ser motivados.
59. (ESAF CVM 2010) Assinale a opo que contemple regras aplicveis tanto s
pessoas jurdicas de direito pblico, quanto s pessoas jurdicas de direito privado
pertencentes Administrao Pblica, independentemente de seu objeto social.
a) Regime jurdico nico para os seus servidores.
b) Inalienabilidade e impenhorabilidade de seus bens.
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60. (Cespe MIN 2013) A administrao direta do Estado abrange todos os rgos dos
poderes polticos das pessoas federativas cuja competncia seja a de exercer a atividade
administrativa.
63. (Cespe TRT10 2013) Empresas pblicas so pessoas jurdicas de direito privado
integrantes da administrao indireta do Estado, criadas mediante prvia autorizao legal,
que exploram atividade econmica ou, em certas situaes, prestam servio pblico.
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64. (Cespe AGU 2013) As fundaes pblicas podem exercer atividades tpicas da
administrao, inclusive aquelas relacionadas ao exerccio do poder de polcia.
65. Observados os princpios da administrao pblica, a empresa pblica pode ter regime
especfico de contratos e licitaes, sujeitando-se os atos abusivos praticados no mbito de
tais procedimentos licitatrios ao controle por meio de mandado de segurana.
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66. Desde que presentes a relevncia e urgncia da matria, a criao da autarquia pode
ser autorizada por medida provisria, devendo, nesse caso, ser providenciado o registro do
ato constitutivo na junta comercial competente.
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GABARITO
2) E 3) d 4) E 5) C
1) C
7) E 8) a 9) a 10) E
6) C
12) C 13) E 14) d 15) E
11) C
17) a 18) c 19) C 20) b
16) E
22) b 23) C 24) C 25) E
21) C
27) C 28) E 29) C 30) E
26) C
32) E 33) E 34) e 35) b
31) c
37) E 38) a 39) E 40) E
36) E
42) E 43) C 44) E 45) C
41) C
47) C 48) e 49) c 50) E
46) E
52) E 53) E 54) a 55) E
51) C
57) C 58) d 59) C 60) a
56) C
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Referncias:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22 ed. So Paulo:
Mtodo, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 32 ed. So Paulo: Malheiros,
2015.
Borges, C.; S, A. Direito Administrativo Facilitado. So Paulo: Mtodo, 2015.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27 ed. So Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 28 ed. So Paulo: Editora Atlas, 2014.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4 ed. Belo Horizonte: Frum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questes. 7 ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
Justen Filho, Maral. Curso de direito administrativo. 10 ed. So Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princpio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeiro Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 41 ed. So Paulo: Malheiros, 2015.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2 ed. JusPODIVM, 2014.
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