O Tríplice Ministério de Jesus

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O Trplice Ministrio de Jesus

Brian Kibuuka
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O Evangelho de Mateus um dos trs evangelhos sinticos ou semelhantes. Juntamente com os


Evangelhos de Marcos e Lucas, apresenta uma narrativa que segue um esquema geral: o ministrio
de Jesus na Galilia; o ministrio de Jesus na Judia; e a paixo, morte e ressurreio de Cristo.

Porm, de maneira nica, o evangelista Mateus organiza o material central para o entendimento da
vida e obra de Jesus nos captulos que esto entre as citaes do resumo do ministrio de Jesus,
presentes em Mt 4.23 e Mt 9.35. Nestes, est escrito:

E percorria Jesus toda a Galilia (4.23)


E percorria Jesus todas as cidades e povoados (9.35)
I. ensinando nas sinagogas
II. pregando o evangelho do Reino
III. curando todas as enfermidades e molstias

H a adio, no texto de Mt 4.23, de ...todas as enfermidades e molstias entre o povo. A palavra grega
para povo las, designativa na traduo grega do Antigo Testamento, chamada de Septuaginta
(LXX), do povo judeu. A ausncia desta palavra no texto de Mt 9.35 indica o fato de que Jesus
ampliou sua misso tambm aos gentios por isto, Jesus percorre todas as cidades e povoados, no
mais toda a Galilia, reduto de judeus.

Na primeira parte, o evangelista aponta os lugares da misso de Jesus, e estes seguem num
crescente: o ministrio dele comea na Galilia (4.23), mas atinge todas as cidades e povoados
(9.35).

Porm esta atividade consiste em trs aes:

A ao de ensinar (em grego, didsko) est vinculada a um lugar, a sinagoga, porque neste lugar
que o povo das comunidades judaicas da Palestina, da Dispora e de Jerusalm, reuniam-se para a
orao e para a leitura dos ensinamentos da Lei, em obedincia Reforma promovida por Josaf
em II Cr 17.7-9.1

A ao de pregar (em grego, kersso) est vinculada a um tema, o Reino do Cus, tema que surge
76 vezes no Evangelho de Mateus.

A ao de curar (em grego, therapuo) alcana as enfermidades (em grego, nsos) e as molstias (em
grego, malakan).

Entre os textos de Mt 4.23 e Mt 9.35, Mateus demonstra o significado de cada ato e a importncia
deste para o chamamento de discpulos e o desenvolvimento do ministrio cristo.

Nos captulos 5, 6 e 7, Mateus apresenta o ensino e a pregao de Jesus.

1 2 Cr 17.7-9: No terceiro ano do seu reinado, enviou ele os seus prncipes Ben-Hail, Obadias, Zacarias, Natanael e
Micaas, para ensinarem nas cidades de Jud; e, com eles, os levitas Semaas, Netanias, Zebadias, Asael, Semiramote,
Jnatas, Adonias, Tobias e Tobe-Adonias; e, com estes levitas, os sacerdotes Elisama e Jeoro. Ensinaram em Jud,
tendo consigo o Livro da Lei do SENHOR; percorriam todas as cidades de Jud e ensinavam ao povo.

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O ensino est nas Bem-Aventuranas (Mt 5.3-10), que trazem em si mesmas a designao de serem
didticas. Em Mt 5.2 est escrito: e, abrindo a boca, os ensinava... Esta seo de ensino termina em Mt
5.20.

A pregao est nas afirmaes prticas de Jesus sobre o Reino dos Cus e nas orientaes de Cristo
sobre o correto entendimento da Lei, em contraste com a interpretao da Lei na tradio judaica
(ouvistes que foi dito aos antigos... Eu, porm, vos digo... Mt 5.21s; 27s; 33s; 38s; 43s) e nas exortaes
sobre a conduta dos ouvintes (presentes nas sees adversativas com a expresso tu, porm... Mt 6.3,
6, 15, 17, 23, 7.3 e 17).

Nos captulos 8 e 9, Mateus apresenta as curas ou os milagres de Jesus.

Os milagres so sinais (em grego, semion) que incentivam o seguimento de Jesus, j que sees de
milagres e curas so seguidos de chamamento de discpulos segundo o seguinte esquema:

Primeira Seo de Sinais/Milagres/Curas (Mt 8.1-17):


I. Jesus Cura um Leproso (Mt 8.1-4)
II. Jesus Cura o Servo de um Centurio (Mt 8.5-13)
III. Jesus Cura a Sogra de Pedro (Mt 8.14-17)
Primeira Seo de Chamamento de Discpulos (Mt 8.18-22)
Segunda Seo de Sinais/Milagres/Curas (Mt 8.23-9.8):
IV. Jesus Acalma uma Tempestade (Mt 8.23-27)
V. Jesus Liberta o Endemoninhado Gadareno (Mt 8.28-34)
VI. Jesus Cura o Paraltico (Mt 9.1-8)
Segunda Seo de Chamamento de Discpulos (Mt 9.9-17)
Terceira Seo de Sinais/Milagres/Curas (Mt 9.18-34):
VII. A Cura da Mulher Hemorrosa (Mt 9.20-22)
VIII. A Ressurreio da Filha do Chefe (Mt 9.18-19; 23-26)
IX. A Cura de Dois Cegos (Mt 9.27-31)
X. A Cura do Mudo Endemoninhado (Mt 9.32-34)
Terceira Seo de Chamamento de Discpulos (Mt 9.35-38)

Estas sees de milagres so organizadas de tal maneira que se perceba que a ao de Jesus
verdadeiramente liberta e modifica a vida dos que o cercam. Atravs do seu ministrio, Jesus
manifesta o sinal de que o Reino pregado por ele desfaz o caos, simbolizado pelas enfermidades,
catstrofes naturais e pessoas cativas de espritos malignos. A ao de Jesus liberta pessoas e
convida as testemunhas destes sinais a serem agentes do Reino dos Cus no mundo. Por isto, os
discpulos, quando so chamados, recebem poder sobre os espritos imundos, para os expulsarem e para
curarem toda enfermidade e todo mal (Mt. 10.1). A expresso toda enfermidade e todo o mal idntico, em
grego, expresso do final de Mt 4.23 e 9.35 (todas as enfermidades e molstias).

Em suma, o esquema do evangelho, em sua seo que trata do ministrio trplice de Jesus, a
seguinte:

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Anncio do Trplice Ministrio (Mt 4.23)
Ensino de Jesus (Mt 5.1-20)
Pregao de Jesus (Mt 6-7)
Curas e Discursos de Chamamento (Mt 8-9)
Anncio do Trplice Ministrio de Jesus (Mt 9.35)

Primeiro Fundamento do Ministrio de Jesus: O Ensino

II) As Bem-Aventuranas: O Carter dos Cidados do Reino dos Cus


As Bem-Aventuranas constituem um anncio solene, uma seo de ensino caracterizada pela
importncia da sua mensagem. O verso primeiro assim afirma:

Jesus, vendo a multido, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discpulos;

O texto apresenta trs aes de Jesus e uma dos discpulos.

A primeira ao de Jesus ver. Ele v a multido Esta multido o seguia em Mt 4.25, sendo formada
por pessoas da Galilia, de Decpolis, de Jerusalm, da Judia e dalm do Jordo. Ou seja: so
judeus que, aps o ensino e a pregao ouvidos naquele lugar, ficaram admirados da doutrina (Mt
7.28).2 a mesma multido que segue a Jesus quando este desce do monte (Mt 8.1) 3 e de onde
saem os primeiros que manifestam voluntariamente o desejo de serem discpulos (Mt 8.18-19).4

A segunda ao de Jesus subir. Ele sobe ao monte. A montanha mais do que uma simples
localidade geogrfica na Bblia: um lugar teolgico. Para um monte L foi orientado a fugir do
juzo de Deus contra Sodoma e Gomorra (Gn 19.17);5 num monte a f de Abrao foi provada (Gn
22.2);6 num monte, o Horebe, Moiss recebeu a vocao do Senhor (Ex 3.12),7 reencontrou seu
irmo Aro (Ex 4.27),8 viu a manifestao da glria de Deus (Ex 19.18)9 e recebeu as tbuas da Lei

2 Mt 7.28: E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multido se admirou da sua doutrina.
3 Mt 8.1: E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multido.
4 Os discpulos que seguiam a Jesus o faziam por chamado ou vocao de Jesus, conforme atesta Mt 4.18-22: E Jesus,

andando junto ao mar da Galilia, viu dois irmos, Simo, chamado Pedro, e Andr, os quais lanavam as redes ao mar, porque eram
pescadores. E disse-lhes: Vinde aps mim, e eu vos farei pescadores de homens. Ento, eles, deixando logo as redes, seguiram-no. E,
adiantando-se dali, viu outros dois irmos: Tiago, filho de Zebedeu, e Joo, seu irmo, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando as
redes; e chamou-os. Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.
5 Gn 19.17: E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; no olhes para trs de ti e no pares em toda esta campina;

escapa l para o monte, para que no pereas.


6 Gn 22.2: E disse: Toma agora o teu filho, o teu nico filho, Isaque, a quem amas, e vai-te terra de Mori; e oferece-o ali em holocausto

sobre uma das montanhas, que eu te direi.


7 Ex 3.12: E Deus disse: Certamente eu serei contigo; e isto te ser por sinal de que eu te enviei: quando houveres tirado este povo do Egito,

servireis a Deus neste monte.


8 Ex 4.27: Disse tambm o SENHOR a Aro: Vai ao encontro de Moiss, ao deserto. E ele foi, encontrou-o no monte de Deus e o

beijou.
9 Ex 19.18: E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaa subia como fumaa de um

forno, e todo o monte tremia grandemente.

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(Dt 5.22);10 num monte foi edificado o Templo de Jerusalm (2 Cr 3.1). 11 Jesus, ao subir a um
monte, sendo seguido pelos discpulos, transmite a Lei do Reino dos Cus, tal qual Deus transmitiu
a Lei a Moiss.

A terceira ao de Jesus se assentar. Ele assume posio semelhante aos mestres da Antigidade;
e semelhante aos reis quando anunciam seus decretos. Ele o Senhor do Reino e anuncia os
decretos do mesmo, indicando queles que querem fazer parte da sua soberania que este Reino
formado pelos pobres-perseguidos, que aguardam em Deus sua redeno e vitria.

A ao dos discpulos, em resposta a ao de Jesus, chegar mais perto. O ensino para as


multides mas, especificamente, dirigido aos discpulos, que devem participar da intimidade do
seu Senhor, ouvindo de perto seus ensinos.

O texto das Bem-Aventuranas tambm afirma ser o anncio de Jesus solene. Esta solenidade
explicitada pela presena de trs verbos que indicam a mesma ao, no verso 2:

...e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo:

Abrir a boca , em grego, aniksas to stma, indicando o ato de comear a falar.

Ensinar , em grego, didsko, e este est no tempo aoristo, indicando que ele comeou a ensinar.

Dizer , em grego, lgo, indicando o ato de comear a narrar.

So trs verbos que indicam o mesmo ato. As repeties servem para ressaltar a importncia de
algo. Ento, o ensino dado por Jesus aqui solene, fundamental. De fato, Jesus lanou ali os
fundamentos do comportamento e carter cristo.

O texto das Bem-Aventuranas, entre os versos 3 e 10, apresenta uma estrutura com trs acentos.
Verso Primeiro Acento: Segundo Acento: Terceiro Acento:
a declarao de a descrio da caracterstica do o que o Bem-Aventurado
felicidade Bem-Aventurado (presente) ou ser (futuro)
3 Bem-Aventurados os pobres de esprito deles o Reino dos Cus
4 Bem-Aventurados os que choram sero consolados
5 Bem-Aventurados os mansos Herdaro a terra
6 Bem-Aventurados os que tm fome e sede de justia sero fartos
7 Bem-Aventurados os misericordiosos alcanaro misericrdia
8 Bem-Aventurados os limpos de corao vero a Deus
9 Bem-Aventurados os pacificadores sero chamados filhos de Deus
10 Bem-Aventurados os que sofrem perseguio por causa deles o Reino dos Cus
da justia

Em cada acento ou destaque h uma rea importante, que define a personalidade do discpulo de
Jesus.

10 Dt 5.22: Estas palavras falou o SENHOR a toda a vossa congregao no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridade, com
grande voz, e nada acrescentou; e as escreveu em duas tbuas de pedra e a mim mas deu.
11 2 Cr 3.1: E comeou Salomo a edificar a Casa do SENHOR em Jerusalm, no monte Mori, onde o SENHOR se

tinha mostrado a Davi, seu pai, no lugar que Davi tinha preparado na eira de Orn, o jebuseu.

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O Estado Dos Cidados do Reino dos Cus: a Felicidade
A expresso Bem-Aventurados se origina da expresso hebraica shar, traduzida para o grego
como makrios. Existem dois verbos em hebraico que significam abenoar. O primeiro brak e o
outro shar. O verbo brak usado por Deus quando abenoa ou envia algum, no sendo
usado por Deus o termo shar, cujo uso se restringe aos atos de iniciativa humana, sendo uma
congratulao. Ambos verbos indicam a capacidade de agir, de se movimentar, de marchar. Esta
congratulao foi traduzida para o grego na Septuaginta, e depois foi usada no Evangelho de
Mateus.

Ou seja: em Mt 5.3-10, Jesus est congratulando aqueles que tm caminhado e agido segundo a
vontade de Deus: em humildade, com mansido, com o corao limpo etc. Ou seja: as Bem-
Aventuranas no so aes que so determinadas por Deus, mas nascem nos coraes dos
homens e mulheres que, ao entenderem a vontade de Deus, assumem um modo de vida que Jesus
elogia.

O Carter dos Cidados do Reino dos Cus: as Exigncias


Para participar das alegrias de ser servo de Deus, do Reino dos Cus e das promessas do mesmo,
preciso cumprir as exigncias do Reino. Estas so:
Verso Exigncia Significado
3 os pobres (ptchoi) de esprito Depender totalmente de Deus
4 os que choram (penthuntes) Ser sensvel a Deus e s necessidades das pessoas
5 os mansos (prais) No agir ou reagir violentamente
6 os que tm fome (peinntes) e sede (dipsntes)
Ansiar a justia, em vez de acostumar-se com a injustia e
de justia maldade do mundo
7 os misericordiosos (elemones) Em vez de eliminar os maus, perversos e ruins, ter
misericrdia deles, para que Deus use de misericrdia j
que, aos olhos do Senhor, todos so igualmente maus,
exceto os misericordiosos
8 os limpos de corao (katari te karda) Ver as coisas e pessoas com o olhar de Deus: amor
9 os pacificadores (eirenepoii) Os que procuram fazer a paz entre as pessoas
10 os que sofrem perseguio (dedionmnoi) por Os que, sendo justos, so perseguidos pelos injustos que,
causa da justia diante das obras de justia, ficam tomados de dio,
mentem e matam.

As Promessas Para os Cidados do Reino dos Cus: a Vitria


Aqueles que so bem-aventurados recebem promessas de Deus. Estas promessas so feitas em trs
dimenses, marcadas pela tenso entre o J e o AINDA NO: existem coisas que o crente J
tem, e outras que ele AINDA NO tem.

A primeira dimenso so as promessas para o presente, para j!

A promessa para o presente o Reino dos Cus. Mt 5.3 e Mt 5.10 afirmam que os pobres de
esprito e perseguidos por causa da justia j tem o Reino. Os textos dizem:
Verso Parte 1 Parte 2 Parte 3
3 Bem-Aventurados pobres de esprito porque deles o Reino dos Cus
10 Bem-Aventurados os que sofrem perseguio por causa da justia porque deles o Reino dos Cus

Ao analisar os dois textos, percebemos que eles so idnticos. Ambos tm a parte 1 e 3 iguais. Isto
nos leva a concluir que os pobres de esprito so os que sofrem perseguio por causa da

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justia, e vice-versa. So os pobres-perseguidos. Eles tm uma promessa de Deus: tem J o Reino
dos Cus!

A segunda dimenso so as promessas para o futuro, vindas pela misericrdia de Deus!

Estas promessas esto no verbo no futuro passivo, ou seja, as pessoas que agem como indicam as
Bem-Aventuranas recebero as promessas reservadas para estes. Estas so:

Verso Promessas: mesmo tempo verbal (futuro passivo)


4/9 Sero consolados Sero chamados filhos de Deus
6/7 Sero fartos Alcanaro (recebero) misericrdia
Todos os verbos listados esto no futuro: ou seja, a promessa futura. E no grego, os verbos esto
na voz passiva, ou seja: Deus que vai agir em favor dos que choram, enxugando suas lgrimas; dos
que so fazem a paz entre as pessoas, chamando-as de seus filhos; dos que esto famintos e
sedentos pela justia, porque servir a eles um banquete de justia; e dos misericordiosos, que
experimentaro a grande e maravilhosa misericrdia de Deus em suas vidas.

Porm, mesmo que estas promessas sejam futuras, elas so experimentadas hoje. E o que
experimentado hoje apenas uma sombra do que h de vir, mas serve para vermos quo
maravilhoso ser o lugar que Deus tem preparado para aqueles que o amam e que vivem segundo
a sua vontade.

A terceira dimenso so as promessas para o futuro, vindas como resultado da ao do bem-


aventurado!

Estas promessas esto no verbo no futuro ativo, ou seja, as pessoas que agem como indicam as Bem-
Aventuranas conquistaro as promessas reservadas para estes. Estas promessas so:

Verso Promessa: mesmo tempo verbal (futuro ativo)


5/8 Herdaro a terra Vero a Deus

Todos os verbos listados esto no futuro: ou seja, a promessa futura. Porm, de forma distinta dos
verbos dos versos 4, 6, 7 e 9, os verbos esto na voz ativa, ou seja: Deus que vai agir em favor dos
que so mansos e limpos de corao; e isto porque eles, pelo seu testemunho e fidelidade,
conquistaram a terra e conseguiram, pelo seu corao limpo, ver a Deus, e por isto so dignos de
herdar a Terra e de ver a Deus face a face na glria celestial, no Reino dos Cus.

Porm, mesmo que estas promessas sejam futuras, elas so experimentadas hoje. O povo dos
mansos do Senhor deve avanar sobre a terra levando o Evangelho a todas as naes, conquistando
naes para o Senhor Jesus. E os que tm o corao limpo contemplam a Deus e enxergam a sua
glria nas situaes mais adversas.

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Em resumo, as Bem-Aventuranas, entre os versos 3 e 10, tem uma estrutura com trs acentos, ligados
pelos verbos.

Primeiro Acento: Segundo Acento: Terceiro Acento:


a Felicidade As Exigncias A Promessa
3 Bem-Aventurados os pobres de esprito deles o Reino dos Cus
4 Bem-Aventurados os que choram sero consolados
5 Bem-Aventurados os mansos Herdaro a terra
6 Bem-Aventurados os que tm fome e sero fartos
sede de justia
7 Bem-Aventurados os misericordiosos alcanaro misericrdia
8 Bem-Aventurados os limpos de corao vero a Deus
9 Bem-Aventurados os pacificadores sero chamados filhos de Deus
10 Bem-Aventurados os perseguidos por deles o Reino dos Cus
causa da justia
Observao: h a ligao entre os versos pelos verbos: 3-10 (presente) / 4-9 (futuro passivo) / 5-8 (futuro ativo) / 6-
7 (futuro passivo). O nome disto ESTRUTURA QUISTICA

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