Teoria Econômica
Teoria Econômica
Teoria Econômica
Econmica
Marcos Antonio Dozza |
Raimundo N. Cas de Brito
Curitiba
2014
Ficha Catalogrfica elaborada pela Fael. Bibliotecria Cassiana Souza CRB9/1501
Editora fael
Projeto Grfico Sandro Niemicz
Reviso Jefferson M. G. Mendes
Diagramao Katia Cristina Santos Mendes
Capa Katia Cristina Santos Mendes
Fotos da Capa Shutterstok
Apresentao
Produto Interno Bruto (PIB), dos nveis de emprego e dos preos dos produ-
tos e servios, bem como das relaes econmicas internacionais, um equilbrio
daquilo que melhor para a sociedade, sem deixar de levar em considerao os
aspectos polticos e econmicos do pas em questo.
A obra Teoria Econmica no se limita a proporcionar apenas um
contexto terico; vai muito mais alm, apresentando captulos ricos em deta-
lhes e exemplos sobre economia, capazes de transformar o conhecimento
explcito dessa rea em um instrumento norteador da construo do conhe-
cimento implcito, o qual, certamente, os leitores deste livro iro adquirir.
Os autores fazem uma viagem ao passado da teoria econmica,
quando ainda no era tida como cincia, no somente para relatar a hist-
ria, mas, principalmente, com o objetivo de compreender os princpios que
delinearam o funcionamento da economia contempornea, bem como as
tendncias das economias do mundo globalizado que iro influenciar a vida
cotidiana dos pases, empresas e cidados.
Tudo isso est semeado nas linhas a seguir, por meio das quais os auto-
res nos remetem a uma leitura fcil e agradvel, capaz de cativar e projetar para
a construo do processo econmico e de suas inter-relaes, visando possibi-
litar a ns, leitores, o uso de conhecimentos adquiridos na aplicao direta de
situaes-problema, envolvendo pessoas e/ou o mundo corporativo.
nesse caminho que conseguimos identificar a razo e o sentido
para os acontecimentos econmicos, sociais e polticos do Brasil e do mundo,
aplicando, sobretudo, uma viso crtica e consciente daquilo que acontece
em nosso dia a dia.
Portanto, a leitura desta obra ir desenvolver em seus leitores,
indubitavelmente, uma maneira mais consciente para analisar, entender e
comentar os acontecimentos econmicos, sociais e polticos da atualidade.
Osnir Jugler*
4
Sumrio
1 Introduo economia | 7
5 Estruturas de mercado | 51
7 Contabilidade social | 67
14 A globalizao | 151
Referncias | 171
1
Introduo economia
8
Introduo economia
Reflita
Lembre-se de que estamos falando de uma cincia social que se
prope a estudar um problema de natureza social e a oferecer
uma respectiva soluo.
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Teoria Econmica
O que e quanto produzir? Como
produzir? Para quem produzir?
10
Introduo economia
a renda for desigual, a distribuio dos bens e servios ser desigual, pois a
renda permite a aquisio dos bens.
Para analisar as questes anteriores, vamos utilizar a curva de possibilidade
de produo e o custo de oportunidade como modelos, que sero vistos no
terceiro captulo.
Ao vermos todas essas questes que fundamentam os problemas econ-
micos, voc ter de conhecer as caractersticas bsicas do sistema econmico.
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Teoria Econmica
12
Introduo economia
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Teoria Econmica
1.4. Concluso
Neste captulo, apresentamos o problema fundamental da cincia
econmica a escassez de produtos para consumo. A comunidade precisa
decidir como poder ter os bens e servios para melhorar seu bem-estar.
Como resolver esses problemas? Qual o sistema econmico mais eficiente?
Essas questes foram respondidas neste captulo por meio das teorias da lei
da escassez.
Em seguida, enfatizamos os problemas fundamentais resultantes da
escassez, em que se procura buscar as respostas de quanto produzir, como
produzir, para quem produzir. Ao trmino do captulo, descrevemos para
voc o sistema econmico, as relaes da economia com outras cincias e a
diviso do estudo econmico.
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2
Histria do pensamento
econmico
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Histria do pensamento econmico
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Teoria Econmica
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Histria do pensamento econmico
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Teoria Econmica
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Histria do pensamento econmico
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Teoria Econmica
Reflita
Qual a importncia das ideias econmicas desenvolvidas por
Adam Smith, Karl Marx e John Maynard Keynes na atualidade?
Ao final deste captulo, voc observou que, para conhecer as ideias das
escolas econmicas a partir de Adam Smith, abordamos, como a teoria do
valor-trabalho e a teoria do consumidor. Tambm tivemos oportunidade
de ver definies como mais-valia e demanda efetiva. importante atentar
para essas teorias e definies, pois podem ser aplicadas no comportamento
econmico dos indivduos e das empresas.
A seguir, no prximo captulo, trataremos do funcionamento do
mercado. Como se trata da economia de mercado, so as leis e foras de
demanda e oferta que conduzem em regras bsicas para encontrar o equilbrio.
22
Histria do pensamento econmico
2.5. Concluso
Apresentamos a voc as ideias econmicas desenvolvidas pelas escolas
clssica, marxista, neoclssica e keynesiana. A escola clssica, com Smith,
Ricardo, Malthus e Say, alm de exporem os conceitos, defenderam o
liberalismo econmico, o comrcio internacional e discutiram a questo
da populao. A escola marxista, com Marx, aperfeioou a teoria do valor-
trabalho, criou o conceito de mais-valia e previu as crises do sistema capitalista.
A corrente neoclssica, com as escolas de Viena, desenvolveu a teoria do valor-
utilidade e a teoria da utilidade marginal; a escola de Lausane, com a teoria do
equilbrio geral, foi a maior contribuio da escola para a cincia econmica.
Essa teoria demonstra a interdependncia dos preos no sistema econmico e
tambm distinguiu economia pura da economia aplicada.
A Escola de Cambridge, na Inglaterra, teve como principal autor Alfred
Marshall, que criou o conceito de utilidade marginal, a teoria do consumidor e
outros instrumentos de anlise microeconmica. Por fim, a escola keynesiana
com Keynes, criou o princpio da demanda efetiva e defendeu a interveno
do governo no sistema econmico.
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Teoria Econmica
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3
Demanda, oferta e
equilbrio de mercado
Reflita
Quais os fatores que determinam o aumento ou a reduo de
preos dos bens e servios?
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Demanda, oferta e equilbrio de mercado
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Teoria Econmica
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Demanda, oferta e equilbrio de mercado
Reflita
O comportamento da demanda significa o aumento ou a redu-
o dela em funo da alterao do preo e da renda.
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Teoria Econmica
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Demanda, oferta e equilbrio de mercado
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Teoria Econmica
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Demanda, oferta e equilbrio de mercado
Anlise do equilbrio:
I. Quando existir excesso de demanda, compradores se dispem a
pagar mais; e produtores, diante da escassez, elevam preos;
II. Quando existir excesso de oferta, surgem presses para os preos
serem reduzidos: produtores percebem que no podem vender tudo
o que desejam; e compradores percebem a abundncia e querem
pagar menos;
Ao fim deste captulo, voc precisa verificar se pode explicar a diferena
entre a lei da demanda e a lei da oferta e quando ocorre o equilbrio do mer-
cado. Observe que o funcionamento do mercado pode ser explicado pelo
modelo das leis de demanda e oferta. A compreenso desse modelo nos ajuda
na vida pessoal e nos negcios.
No prximo captulo, analisaremos a produo, os custos e o lucro.
Veremos como podemos saber se a mo de obra e o capital esto bem utili-
zados e Tambm estudaremos o comportamento dos custos totais, mdios
e marginais alm disso, verificaremos como se calcula o lucro e quando
ele maximizado.
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Teoria Econmica
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4
Produo, custos e
maximizao do lucro
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Produo, custos e maximizao do lucro
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Teoria Econmica
Q = f ( N, K)
Sendo:
Q quantidade
f em funo de
N mo de obra (fator varivel)
K capital (fator fixo)
O nvel de produo depende apenas das alteraes na quantidade utili-
zada de mo de obra (fator varivel).
Produtividade mdia da mo de obra
PMeN = produo total / nmero de trabalhadores;
Produtividade mdia do capital
PMeK = produo total / nmero de
mquinas e equipamentos.
Produtividade marginal do fator a relao entre a variao do produto
total e a variao da quantidade utilizada do fator.
Podemos calcular a produtividade marginal da mo de obra e do capital.
Veja as frmulas a seguir:
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Produo, custos e maximizao do lucro
Produtividade marginal do trabalho
PMgN = variao da produo total
/ variao da mo de obra;
Produtividade marginal do capital
PMeK = variao da produo total / variao do capital.
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Produo, custos e maximizao do lucro
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Teoria Econmica
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Produo, custos e maximizao do lucro
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Teoria Econmica
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Produo, custos e maximizao do lucro
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Teoria Econmica
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Produo, custos e maximizao do lucro
Receita marginal
RMg = variao da receita total / variao
de uma unidade vendida
Custo marginal
CMg = variao do custo total / variao
de uma unidade vendida
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Teoria Econmica
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Produo, custos e maximizao do lucro
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Teoria Econmica
4.6. Concluso
O tema abordado foi produo, custos e maximizao do lucro. Vimos
que a produo funo da combinao de insumos, e a eficincia da pro-
duo ocorre quando os insumos so combinados de forma tima. Os custos
de produo so derivados da combinao tcnica de insumos. A eficincia
econmica da produo ocorre quando se consegue produzir a um menor
custo possvel. A curva de possibilidade de produo um modelo de anlise
para a tomada de deciso sobre o que e quanto produzir. O lucro mximo
ocorre no nvel produo em que o custo marginal (CMg) igual receita
marginal (RMg). E os custos de oportunidade, tambm denominados custos
implcitos ou custos alternativos, so custos que se referem utilizao dos
recursos produtivos.
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5
Estruturas de
mercado
Reflita
Quais as diferenas entre uma empresa no mercado competi-
tivo e uma empresa monopolista?
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Estruturas de mercado
5.1.2. Monoplio
O monoplio uma situao de mercado completamente oposta ao
mercado competitivo. Nesse modelo, existe um s produtor e o produto
no tem substituto prximo. Outra diferena que h barreiras entrada de
novas empresas.
A curva de demanda da firma monopolista a prpria curva de demanda
do mercado, pois a firma nica no mercado. O monopolista tem poder de
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Teoria Econmica
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Estruturas de mercado
5.1.3. Oligoplio
O oligoplio um modelo de estrutura de mercado comum nas economias
capitalistas. O que caracteriza o modelo a existncia de poucas firmas, produto
homogneo ou diferenciado e barreiras para entrada de outras empresas.
A economia brasileira tem vrios setores oligopolizados. Entre esses seto-
res podem ser relacionadas montadoras de veculos, indstria de bebidas e
indstria do ao.
Nas firmas oligopolistas, a deciso sobre quantidade a ser ofertada e pre-
os funciona na forma de cartel ou liderana preo. No cartel, os produtores
se organizam de maneira formal ou informal para tomar decises. Na maioria
dos pases, o cartel proibido, inclusive no Brasil. Quando atua na forma
de liderana de preos, uma firma reconhecida como lder fixa o preo e as
empresas lideradas adotam o preo fixado. No Brasil, a indstria de bebidas
adota essa forma de deciso.
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Teoria Econmica
5.2.2. Monopsnio
Existe monopsnio quando s h um comprador. o inverso do mono-
plio quando h s um vendedor. Suponhamos, no mercado de trabalho que
uma empresa se instale em um local bem interiorano e seja a nica emprega-
dora. Essa empresa se caracteriza como um monopsnio. Vamos supor, ainda,
que um laboratrio fabrique um tipo de vacina que s o Ministrio da Sade
seja o comprador. Ento o Ministrio funciona como um monopsnio.
5.2.3. Oligopsnio
O que caracteriza o oligopsnio haver poucas empresas compradoras
do produto ou servio. o mercado de insumos em que h poucos com-
pradores que negociam com muitos vendedores. Vamos supor uma cidade
onde haja dois lacticnios e centenas de produtores de leite. Os lacticnios
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Estruturas de mercado
5.3. Concluso
Neste captulo descrevemos as caractersticas das diversas estruturas de
mercado, analisamos a condio de equilbrio nos diversos modelos de mer-
cado e vimos que as empresas tm lucro normal e lucro extraordinrio. Em
qualquer das estruturas de mercado, supe-se que as empresas maximizam o
lucro total. No caso do oligoplio, a empresa maximiza margem entre receitas
e custos diretos (ou variveis) de produo.
As estruturas de mercado dependem do nmero de empresas produ-
toras, homogeneidade ou diferenciao dos produtos e existncia ou no de
barreiras entrada de novas empresas.
No mercado de bens e servios, a concorrncia perfeita se caracteriza
pela formao do preo pelo mercado. Nenhuma firma individualmente tem
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Teoria Econmica
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6
Externalidades e
bens pblicos
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Externalidades e bens pblicos
Para voc no ter dvida se um bem pblico, semipblico
ou privado, faa sempre as indagaes a seguir.
O bem excluvel? Pode-se impedir
as pessoas de usar o bem?
O bem rival? Vrias pessoas podero desfrutar
de um bem sem prejuzo das demais?
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Teoria Econmica
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Externalidades e bens pblicos
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Teoria Econmica
Reflita
Qual a melhor soluo, em sua opinio: regulamentao ou
incentivos econmicos?
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Externalidades e bens pblicos
Saiba mais
O Wikipdia uma das maiores enciclopdias livres. A pgina
inicial explica que o Teorema de Coase foi concebido pelo
prmio nobel de economia Ronald Coase e que, em sntese,
seu modelo baseia-se na capacidade de negociao dos agen-
tes envolvidos a partir dos seus direitos de propriedade.
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Teoria Econmica
6.6. Concluso
Neste captulo, o tema desenvolvido foi a externalidades e os bens pblicos.
Conceituamos os bens pblicos, semipblicos e privados, considerando suas
caractersticas bsicas de (no) excluso e (no) rivalidade. Discutimos as
falhas de mercado, que originam as externalidades, ou seja, situao em que
ocorrem benefcios ou custos involuntrios a terceiros. Tambm observamos
as falhas de governo, que acontecem principalmente devido s assimetrias das
informaes, sistema inflexveis de impostos e grupos de presso. Por fim,
apresentamos as polticas pblicas para as externalidades e as privadas.
66
7
Contabilidade social
68
Contabilidade social
Mtodo das partidas dobradas constitui a base do sis-
tema contbil moderno, no qual todas as transaes de
uma economia so decompostas em dois elementos
bsicos: a origem dos recursos e o destino dos recur-
sos, sendo que a soma dos elementos do primeiro
deve ser igual soma dos elementos do segundo.
A matriz de relaes intersetoriais (insumo-produto ou Leontief )
registra tambm as transaes intersetoriais. No entanto, o sistema de contas
nacionais o mais utilizado. Nesta obra estudaremos o sistema de con-
tas nacionais.
Portanto, no abordaremos o sistema de matriz insumo-produto por ser
um sistema no mais utilizado na contabilidade social pelos pases desenvol-
vidos e nem pelo Brasil. Atualmente, somente o sistema das contas nacio-
nais utilizado para registrar e medir os agregados macroeconmicos. Em
resumo, esses so os conceitos iniciais do sistema de contabilidade social que
auxiliaro voc a entender os princpios bsicos das contas nacionais, nossos
prximos passos.
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Teoria Econmica
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Contabilidade social
Pela tica da renda:
Y=C+S
Pela tica da demanda agregada (DA):
DA = C + I
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Teoria Econmica
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Contabilidade social
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Teoria Econmica
Pela tica da renda:
Y=C+S+T
Pela tica da demanda agregada (DA):
DA = C + I + G
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Contabilidade social
Reflita
Voc concorda com os cientistas polticos e economistas que
acreditam que os ndices de aprovao do Presidente da Rep-
blica so afetados pelas condies econmicas?
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Teoria Econmica
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Contabilidade social
Pela tica da renda:
Y=C+S+T
Pela tica da demanda agregada (DA):
DA = C + I + G + (X-M)
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Teoria Econmica
PNB = PIB + RR RE
RLFE = RR - RE
PNB = PIB + RLFE
Obs.: Se a RE for maior que RR, temos que RLFE negativa. Desta
forma, o PIB maior do que o PNB. Se RE menor que RR, o PIB
menor que o PNB.
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Contabilidade social
As atividades primrias, denominadas genericamente
de agropecuria, incluem lavouras, produo animal,
extrao vegetal e a silvicultura. As atividades secundrias
compreendem quatro categorias de indstrias: extrativa
mineral, de transformao, de construo e suprimento
de bens pblicos e semipblicos, as atividades tercirias
incluem os servios, privados e de governo.
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Teoria Econmica
RN = W + J + L + A
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Contabilidade social
Saiba mais
Voc sabe qual a diferena entre Produto Interno Bruto e Pro-
duto Nacional Bruto e, no caso brasileiro, qual o maior? Para
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Teoria Econmica
7.6. Concluso
Neste captulo, o tema desenvolvido foi a Contabilidade Social, ou
seja, o registro contbil da atividade produtiva de um pas. Enfatizamos seus
princpios bsicos, pois s devem ser consideradas apenas as transaes com
bens e servios finais. Em seguida, apresentamos os modelos simplificadores
da economia: iniciamos com uma economia fechada sem governo (famlias
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Contabilidade social
Saiba mais
A crise econmica est abalando as economias mundiais e,
portanto, com efeitos significativos na economia brasileira. Mas
voc sabe como essa crise internacional afeta o PIB e o PNB
brasileiro? Luciano Lima Pereira procura explicar quais os efei-
tos da crise internacional. Inicialmente, o autor aborda a solidez
do nosso sistema financeiro, e as diferenas do nosso sistema
em relao Europa e Estados Unidos, ressalta o bom desem-
penho dos ltimos anos das nossas exportaes ao mesmo
tempo em que alerta para o risco de descapitalizao das gran-
des empresas multinacionais.
Disponvel em: <http://www.administradores.com.br/artigos/
economia-e-financas/como-a-crise-internacionalafeta-o-pib-e-o-
-pnb-brasileiros/25533/>.
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Teoria Econmica
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8
Determinao
da renda e
do produto
nacional
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Determinao da renda e do produto nacional
Pleno emprego: grau mximo de utilizao dos recursos
produtivos (materiais e humanos) de uma economia. Em
uma economia dinmica, muito difcil que ocorra a
eliminao total do desemprego, pois: 1) h atividades,
como a agricultura, que no ocupam continuamente
a mesma fora de trabalho; 2) necessrio certo
tempo para que as pessoas troquem de emprego; 3)
alm disso, certas pessoas podem optar por viverem
desempregadas. Por essas razes, considera-se haver
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Teoria Econmica
88
Determinao da renda e do produto nacional
Saiba mais
Diogo Pinheiro entrevista Jlio Gomes de Almeida, economista
e consultor do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento
Industrial). O economista discorre sobre as condies adver-
sas da economia internacional e apresenta pontos positivos da
nossa economia, se comparado a perodos anteriores de retra-
o econmica mundial. Enfatiza principalmente o aumento da
demanda interna, como grande impulsionador do crescimento
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Teoria Econmica
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Determinao da renda e do produto nacional
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Teoria Econmica
Reflita
O que faz o investimento aumentar durante os perodos de
crescimento econmico e diminuir nos perodos de recesso?
Ao final do captulo, voltaremos a essa questo e apresentarei
minha reflexo.
92
Determinao da renda e do produto nacional
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Teoria Econmica
ser utilizada depender dos fins, objetivos e metas a serem alcanados. Keynes
props a interveno do governo para corrigir as falhas do mercado.
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Determinao da renda e do produto nacional
Reflita
Aps o seu processo de reflexo e pesquisa, temos convico
de que voc compreendeu que o produto mais elevado tam-
bm aumenta os lucros da empresa, e com isso reduzem-se as
restries de financiamento com que algumas empresas enfren-
tam. Alm disso, a renda maior eleva a demanda por imveis,
o que por sua vez aumenta os preos dos imveis e o investi-
mento nesse setor. O produto maior aumenta o estoque que as
empresas desejam manter, estimulando o investimento em esto-
que. Nesse sentido, prev-se que um crescimento econmico
deve estimular o investimento, e uma recesso deve reduzi-lo.
95
Teoria Econmica
8.4. Concluso
Abordamos, neste captulo, o sistema de contas nacionais para a
medio das transaes econmicas de um pas em determinado perodo
de tempo. No modelo Keynesiano bsico apresentamos os conceitos de
demanda agregada, oferta agregada e demanda efetiva e o papel do governo
para manter o equilbrio macroeconmico. Ressaltamos como os agregados
macroeconmicos se comportam em momentos de expanso e retrao
econmica e como interferem na renda pessoa disponvel, e por conseguinte
na propenso marginal a consumir e a poupar. Por fim conceituamos a poltica
fiscal e suas formas de interveno, restritiva e expansionista, para estimular a
demanda agregada ou conter o processo inflacionrio.
96
9
Noes de
economia
monetria
98
Noes de economia monetria
99
Teoria Econmica
Reflita
A moeda sem valor intrnseco denominada moeda de curso
forado. Isso quer dizer que o objeto que serve de moeda
em funo de um decreto do governo. Por exemplo, compare
as notas de Real (impressos pela Casa da Moeda do Brasil,
por ordem do Banco Central) e as notas de Real de um jogo
de Banco Imobilirio. Por que voc pode usar as primeiras para
pagar um cinema e as do Banco Imobilirio no? A resposta
que o governo brasileiro decretou que seus Reais so moedas
vlidas.
100
Noes de economia monetria
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Teoria Econmica
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Noes de economia monetria
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Teoria Econmica
Saiba mais
O Banco Central, com o objetivo de aproximar a Instituio
com a Sociedade, lanou seu Programa de Educao Finan-
ceira. A publicao Moeda Surgimento e evoluo inicia
com uma mostra panormica a respeito das funes do Banco
Central do Brasil, ressaltando sua importncia para a sociedade.
Na contextualizao das informaes, faz um breve histrico
sobre essa instituio, remontando ao aparecimento da moeda
e dos sistemas financeiros. A obra aborda tambm o surgimento
e evoluo histrica dos Bancos Centrais no mundo e, no
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Noes de economia monetria
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Teoria Econmica
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Noes de economia monetria
9.10. Concluso
A moeda um instrumento ou objeto aceito pela coletividade para
intermediar as transaes econmicas, funciona como reserva de valor, unidade
de conta e um meio de troca. Seus principais tipos so: moeda-metlica,
emitida pelo Banco Central; papel-moeda: emitida pelo Banco Central; e
moeda-escritural ou bancria, depsitos vista nos bancos comerciais.
Ressaltamos a importncia do controle da oferta monetria, ou seja, a
soma da moeda em poder do pblico. Em seguida, apresentamos as funes
clssicas do Banco Central do Brasil, como rgo executor da poltica
monetria, banco emissor de papel-moeda e moeda-metlica e tambm
fiscalizador das instituies financeiras. Apresentamos os instrumentos de
poltica monetria: controle das emisses, depsitos compulsrios ou reservas
obrigatrias, operaes com mercado aberto e de redesconto. Por fim, voc
aprendeu sobre os tipos de poltica monetria: restritiva ou expansionista.
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Teoria Econmica
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10
Formao econmica
brasileira
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Formao econmica brasileira
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Teoria Econmica
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Formao econmica brasileira
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Teoria Econmica
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Formao econmica brasileira
Reflita
A renda de todos os grupos aumentava, mesmo que de forma
muito desigual. Mas qual o problema de um modelo que aumenta
a renda? Ao contrrio, proliferam os mecanismos disfarados de
transferncia de recursos, facilitados pela ao do Estado.
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Teoria Econmica
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Formao econmica brasileira
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Teoria Econmica
Saiba mais
O artigo dos autores Fernando A. Veloso, Andr Villela e
Fabio Giambiagi, Determinantes do Milagre Econmico Brasi-
leiro (1968-1973), em Uma Anlise Emprica, procurou deter-
minar os principais condicionantes do milagre econmico.
Tambm, no artigo, foi ressaltado, com bastante propriedade,
a situao internacional e as condies favorveis de crdito
no perodo. Os autores abordaram o Programa de Ao Eco-
nmica do Governo (PAEG) e, principalmente, ilustraram o
trabalho com uma srie de informaes macroeconmicas do
perodo e anlise conjuntural. Verifique no site: <http://www.
scielo.br/pdf/rbe/v62n2/06.pdf>.
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Formao econmica brasileira
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Teoria Econmica
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Formao econmica brasileira
Reflita
possvel no mundo globalizado um pas conduzir sua poltica
econmica?
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Teoria Econmica
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Formao econmica brasileira
10.7. Concluso
Samos de uma economia agrrio-exportadora para economia
industrializada, de um estado pequeno, para um estado que interveio diretamente
no domnio econmico e social, notadamente a partir da grande depresso
de 1929. A partir da, at os cinquenta anos que se seguiram, o Estado teve
uma participao efetiva no crescimento econmico: investindo, financiando,
avalizando, fornecendo a infraestrutura bsica e toda poltica econmica voltada
para o crescimento. No entanto a deteriorao das contas pblicas e a inflao
elevada acabam interrompendo uma trajetria de crescimento nunca antes visto
na nossa economia. Os efeitos foram amargos, como inflao descontrolada,
declarao de moratria da dvida e perda do poder aquisitivo da populao e
acentuao das desigualdades regionais e individuais.
123
Teoria Econmica
124
11
Aspectos de inflao
Reflita
Sobre os principais instrumentos ou ferramentas econmicas que
so utilizadas pelo governo para controlar a inflao brasileira.
11.1.1.Causas da inflao
As causas clssicas da inflao so:
22 Inflao de demanda: [...] refere-se ao excesso de demanda
agregada em relao produo disponvel de bens e servios. Este
tipo de inflao ocorre quando a economia est com a produo
prxima ao pleno emprego dos recursos. No sendo possvel
aumentar a produo, o nvel dos preos aumenta;
22 Inflao de custos: [...] pode ser associada a uma inflao
tipicamente de oferta. A demanda permanece no mesmo nvel,
mas os custos dos fatores de produo aumentam. Os aumentos
mais comuns so: aumentos salariais e aumentos do custo da
matria-prima;
22 Inflao inercial: [...] o processo automtico de realimentao
de preos, isto , a inflao corrente resultado da inflao
passada. Os preos passados so automaticamente repassados para
todos os preos da economia, por meio de mecanismos de correo
monetria, cambial e salarial.
126
Aspectos de inflao
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Teoria Econmica
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Aspectos de inflao
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Teoria Econmica
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Aspectos de inflao
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Teoria Econmica
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Aspectos de inflao
11.5. Concluso
A inflao resultado de algum desequilbrio no sistema econmico. As
causas esto relacionadas ao aumento na demanda maior que a capacidade
de oferta, elevao dos custos e indexao generalizada dos preos. Os efeitos
da inflao influenciam a distribuio da renda, as finanas pblicas e as
expectativas dos agentes econmicos. Para controlar a inflao, utilizada a
poltica fiscal e a poltica monetria.
Neste captulo, voc tambm pde observar por que e como surgiram os
planos Cruzado, Collor e Real, alm de seus efeitos.
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Teoria Econmica
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12
Noes de economia
internacional
136
Noes de economia internacional
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Teoria Econmica
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Noes de economia internacional
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Teoria Econmica
Reflita
Como a taxa de cmbio pode influenciar nas exportaes e nas
importaes dos pases especialmente no Brasil?
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Noes de economia internacional
12.5. Concluso
A teoria das vantagens comparativas explica como a diferena na dis-
ponibilidade de recursos de produo favorece o comrcio internacional.
Maior disponibilidade de recursos naturais, por exemplo, significa que os
custos desses recursos so menores e o pas tem vantagem comparativa em
relao a outro pas com menor disponibilidade desse fator. A taxa de cm-
bio decisiva nos negcios internacionais, pois o preo que o exportador
recebe ou o importador paga em moeda nacional. As polticas comerciais
relacionadas com taxa de cmbio e tarifas tambm influenciam o comrcio
entre pases. Finalmente, o balano de pagamento o instrumento de regis-
tro de todas as operaes.
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Noes de economia
do setor pblico
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Noes de economia do setor pblico
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13.5. Concluso
No incio deste captulo, foram apresentadas as razes por que o setor
pblico tem aumentado sua participao na economia. Essa participao
implica funes alocativa, distributiva e estabilizadora do governo. Para exer-
cer essas funes, o governo arrecada tributos e efetua gastos correntes e de
capital. As receitas e gastos so aprovados pelo Congresso Nacional no Ora-
mento Geral da Unio. O resultado do Oramento supervit ou dficit. O
supervit e o dficit so classificados em primrio, operacional e nominal.
Quando h dficit, o governo financia o dficit tomando emprstimos inter-
nos e externos.
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A globalizao
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A globalizao
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Teoria Econmica
Reflita
Capitalismo a sntese de correr riscos! Mxima do mercado
financeiro: quanto maior o risco maior o retorno esperado, e
quanto menor o risco menor o retorno esperado.
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A globalizao
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A globalizao
Saiba Mais
A profa. Dra. Maria de Lourdes RollembergMollo, do
Departamento de Economia da Unb, no artigo Globalizao da
Economia, Excluso Social e Instabilidade, conceitua inicialmente
o que a globalizao da economia. No artigo, autora diz que se
trata da continuao do processo de internacionalizao do capital,
que se iniciou com a extenso do comrcio de mercadorias e
servios, passou pela expanso dos emprstimos e financiamentos
e, em seguida, generalizou o deslocamento do capital industrial
por meio do desenvolvimento das multinacionais. Tambm
caracteriza suas principais etapas: a) deslocamento espacial das
diferentes etapas do processo produtivo, de forma a integrar
vantagens nacionais diferentes; b) desenvolvimento tecnolgico
acentuado, nas reas de telemtica e informtica; c) simplificao
do trabalho, para permitir o deslocamento espacial da mo de obra;
d) igualdade de padres de consumo, para permitir aumento de
escala; e) mobilidade externa de capitais, buscando rentabilidade
mxima e curto prazo; e f) difuso (embora desigual) dos preos e
padres de gesto e produo. Encerra dissertando as profundas
transformaes do Estado nos ltimos anos principalmente devido
ao seu processo de desregulamentao e privatizao. Acesse o
texto na ntegra no seguinte site: <http://www.cefetsp.br/edu/eso/
globalizacao/globalizacaoeconomia.html>.
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Teoria Econmica
14.4. Concluso
O processo de globalizao intensificou e acelerou o fenmeno da inte-
grao das naes, impulsionado pelo avano da tecnologia e dos transpor-
tes. A globalizao assume mltiplas faces, por isso abordamos uma das mais
importantes: a globalizao financeira, muitas vezes com natureza especula-
tiva e imprevisvel. A globalizao econmica tem como caractersticas prin-
cipais as modificaes das relaes de trabalho, o avano da produtividade e
profundas modificaes na interveno do Estado na economia, o que veio
fortalecer a corrente liberal do pensamento econmico, o neoliberalismo.
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Desenvolvimento
econmico
15.1. Crescimento e
desenvolvimento econmico
A Teoria do Crescimento e Desenvolvimento discute estratgias a longo
prazo, isto , as questes relacionadas com o crescimento econmico equili-
brado e autosustentado.
Pinho e Vasconcellos (2006, p. 485) informam as diferenas entre cres-
cimento e desenvolvimento econmico, explicando que:
Crescimento e desenvolvimento econmico so conceitos diferentes.
Crescimento econmico refere-se ao crescimento contnuo da renda
per capita ao longo do tempo, portanto quantitativo.
Desenvolvimento econmico trata do crescimento econmico acom-
panhado de adequada alocao de recursos nos diversos setores eco-
nmicos, melhorando os indicadores de bem-estar econmico e social
(pobreza, desemprego, condies de sade, alimentao, educao,
habitao).
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Desenvolvimento econmico
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Desenvolvimento econmico
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Teoria Econmica
Saiba Mais
Voc sabe com propriedade conceitual o que desenvolvi-
mento sustentvel? Esse artigo do WWF-Brasil apresenta o
conceito de desenvolvimento sustentvel, considerando a
necessidade de satisfazer as geraes presentes e futuras de
bens e servios, sem diminuir sua qualidade. Aborda tambm
o que preciso fazer para se alcanar o desenvolvimento sus-
tentvel e, ao final, questiona se os modelos dos pases indus-
trializados devem ser seguidos. Esse texto muito interessante
e ajudar voc a entender melhor a questo ambiental. O site
o seguinte: <http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_
ambientais/desenvolvimento_sustentavel/index.cfm>.
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Desenvolvimento econmico
15.3.3. Arrancada
Na etapa da arrancada, ocorre o crescimento de forma contnua e as
instituies econmicas funcionam bem. Rostow caracteriza a arrancada com
as transformaes econmicas e polticas a seguir:
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Teoria Econmica
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Desenvolvimento econmico
22 Sociais:
22 Estrutura social: interao entre indivduos, grupos, etc;
22 Mobilidade social: mudana de status social;
22 Representao no sistema poltico: nvel de representao social no
Executivo, Legislativo, Judicirio;
22 Participao social: articulao da sociedade;
22 Sistema de concentrao da propriedade.
Reflita
Se o padro de desenvolvimento atual perverso ou insus-
tentvel, isso no se deve a uma caracterstica intrnseca, mas
conjugao de interesses sociais (e, portanto, econmicos e
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15.5. Concluso
A teoria do crescimento e desenvolvimento discute estratgias em longo
prazo, enquanto o crescimento tem natureza quantitativa, o desenvolvimento
qualitativo. As fontes de crescimento, como a fora de trabalho, estoque
de capital, melhoria da mo de obra, melhoria tecnolgica e eficincia
organizacional representam a possibilidade de celeridade no processo de
crescimento socioeconmico. A sociedade, at alcanar o desenvolvimento,
passa por cinco etapas distintas: pr-requisitos para a arrancada: taxa de
acumulao de capital; a arrancada: ocorre o crescimento de forma contnua
e as instituies funcionam bem; crescimento autossustentvel: tecnologia
disseminada aos diversos setores da atividade econmica; e o perodo de
consumo de massas: concentrao da produo nos bens de consumo
durveis de alta tecnologia e servios. Para mensurar e acompanhar o
crescimento das naes, utilizamos os indicadores, que podem ser vitais,
ou seja, relacionados s condies de vida da sociedade; os econmicos,
as nossas estruturas produtivas e os sociais, relacionados organizao,
mobilidade e participao social.
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