As 7 Condições para o Avivamento Genuíno 1
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Escatologia
Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver
feito por meio do corpo, ou bem ou mal 2Co 5.10
Se a obra que algum edificou nessa parte permanecer, esse receber galardo (1Co 3.14).
A doutrina do Tribunal de Cristo visa ensinar sobre como a Igreja prestar contas de tudo o quanto fez
enquanto esteve presente no mundo. Ali, todas as obras se revelaro, desde as mais complexas s
consideradas mais simples. Ser um momento de julgamento divino acerca das aes e atitudes dos salvos
em Cristo. Entretanto, importante no confundir o Tribunal de Cristo com o Trono Branco.
Este ser destinado aos mpios que sero julgados no final do Milnio, e aquele se destina aos crentes vivos
e mortos, que foram ressuscitados pelo Senhor no advento do Arrebatamento da Igreja, a fim de serem
julgados e receberem cada um, conforme a verdade de suas aes, o seu galardo.
O julgamento do Tribunal de Cristo se mostra to srio que o texto base da lio da semana usa a imagem do
fogo como elemento probatrio verdade e valor da obra julgada importante ressaltar que no
Tribunal de Cristo sero julgadas as obras dos crentes. Conquanto a salvao de Cristo pela graa
mediante a f, o galardo entregue a cada crente ser distribudo mediante as obras. Neste aspecto, as obras
do crente so essenciais para justific-los diante do Tribunal de Cristo.
O Obreiro que Deus aprova Precisa, estimular aos liderados a viverem o mandamento de
Jesus: Ame os outros como voc ama a voc mesmo (Mc 12.31). Explique-os que toda a boa obra na
vida do crente deve se fundamentar no princpio mandatrio de nosso Senhor: o amor. (Revista Ensinador
Cristo n65-pg.39)
Os cristos, em grande nmero, esperam a volta do Senhor como um evento muito distante, ou bastante
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remoto, a ponto de no se preocuparem com sua vida, seu comportamento e testemunho; no se
importarem com suas atitudes e prticas, como se, no final, tudo possa ser arranjado, ajustado e resolvido,
perante Deus. Mas essa viso pouco sria do que significa a volta de Cristo para buscar a sua Igreja ter
certamente conseqncias eternas de grande repercusso no futuro de muita gente. J vimos que a volta de
Jesus encontrar o mundo, incluindo os crentes, como nos dias de No, quando a humanidade s se
preocupava com as coisas da vida terrena, e no dava o menor valor s coisas espirituais, at que veio o
dilvio e consumiu a todos (Lc 17.17).
Tambm sabemos que, na volta do Senhor, a terra estar vivendo como nos dias de L, o velho patriarca,
que, em meio corrupo de seu tempo, soube ficar vigilante, mantendo sua comunho com Deus, ainda que
nem toda a sua famlia o acompanhou em sua vida de santidade, e Deus destruiu Sodoma, Gomorra e
cidades vizinhas, mandando fogo do cu, como juzo sobre a impiedade daquela gente que debochava de
Deus, especialmente no que tange sexualidade. Diante desses fatos, a exortao de Cristo para que seus
servos vigiem: Vigiai, pois, porque no sabeis a que hora h de vir o vosso Senhor (Mt 24.42).
Mas h outro motivo, de grande importncia, diante do qual a Igreja de Jesus, formada pelos salvos, em todos
os tempos e lugares, esteja preparada, em termos espirituais, morais e ticos. que est prevista uma
prestao de contas, qual tero que responder todos os crentes, desde o princpio do mundo at o dia do
arrebatamento da Igreja. Esse evento se dar no Tribunal de Cristo. No se trata do Juzo final, que ser
instaurado para o julgamento dos mpios (ler Ap 20.11-15). Ser um tribunal para julgar as obras e os atos dos
crentes, nas igrejas, ao longo dos tempos. Diz Paulo: Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal (2 Co 5.10; Rm
14.10).
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Pense nisso: Servir a Deus um grande privilgio e muitos tm dedicado toda a sua vida ao servio do Mestre. Na seara do
Senhor, enfrentamos lutas, decepes, frustraes, toda a sorte de intempries, mas vai valer pena. No grande Dia do
Senhor, seremos recompensados com os lauris e os galardes. A Palavra de Deus nos mostra que as obras de muitos crentes
perecero quando forem provadas pelo fogo do Senhor. Deus conhece a inteno dos coraes. Podemos enganar aos
homens, mas no ao Eterno. Muitos fazem a obra de Deus buscando a glria para si, logo, j tiveram a sua recompensa.
Que possamos realizar a obra de Deus com alegria, amor, fazendo tudo de corao, para a glria do Pai e no para ser visto
pelos homens.
I - Definio e Conceituao
1. Os Dois Tribunais
Haver dois julgamentos, em que as pessoas sero julgadas. No tribunal de Cristo, sero avaliadas as obras
dos salvos. No tribunal do Grande Trono Branco, ou no Juzo Final, os mpios sero julgados, segundo as
suas obras (Jr 32.19). At as palavras sero julgadas. Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os
homens disserem ho de dar conta no Dia do Juzo. Porque por tuas palavras sers justificado e por tuas
palavras sers condenado (Mt 12.36,37).
2. Quando Acontecer?
Logo aps o Arrebatamento da Igreja, os salvos comparecero perante o Tribunal de Cristo. Naquele tribunal
celeste, os crentes tero o julgamento das obras. De acordo com a Bblia, o Tribunal de Cristo ocorrer antes
das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9), antes daquela que ser a maior e mais gloriosa festa nupcial do universo.
Os salvos em Cristo sero reunidos com Jesus, nos ares, ou nas nuvens (1Ts 4.13- 17; 2Ts 2.1). Ali,
certamente, Jesus recepcionar a sua Noiva, lhe dar as boas vindas, e se assentar no trono do seu
Tribunal para julgar as obras dos crentes, e lhes anunciar qual o prmio ou galardo de cada um pelo que
tiver feito na terra.
b) O testemunho do salvo.
As obras dos salvos falam de seu testemunho, comprovando que os mesmos j morreram para o mundo e
so novas criaturas em Cristo (Mt 5.16; 2Co 5.17). Precisamos dar bom testemunho perante a igreja e o
mundo. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para
que andssemos nelas (Ef 2.10). Somos salvos, tendo passado pelo processo divino da regenerao. Paulo
diz que foi Deus quem preparou as boas obras [...] para que andssemos nelas. De forma mais abrangente,
podemos dizer que ser julgado o nosso trabalho, ou a nossa administrao, na casa do Senhor, como
mordomos, encarregados das coisas de Deus aqui na terra. tarefa por demais sublime para ser tratada de
qualquer forma, sem zelo ou cuidado. Na parbola do mordomo infiel, o seu senhor o chama prestao de
contas (Lc 16.2). Jesus tambm nos pedir a prestao de contas do que nos entregou para administrar como
seus mordomos.
Deus nos concede muitos bens ou talentos para que faamos a sua obra. No sermo proftico, Jesus proferiu
a parbola dos dez talentos. E comparou o seu Reino a um senhor que, tendo de ausentar-se, entregou todos
os seus bens a seus trs servos ou mordomos. E deu a um dez talentos; a outro, cinco, e a outro, apenas um
talento (Mt 25.14-30). Essa parbola nos diz que Deus d a cada parte dos seus bens, espirituais, morais,
fsicos, ministeriais ou eclesisticos, de acordo com a capacidade de cada um (Mt 25.15). Os talentos
representam nossos recursos, nosso tempo, nossa vida, nossas habilidades, concedidas por Deus. Notemos
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que o senhor no d a todos a mesma responsabilidade. Desde o dia da converso, o salvo torna-se servo de
Cristo, e tem o dever espiritual e moral de cooperar na casa do Senhor. Uns de uma forma, outros, de outra.
Cada um conforme a sua capacidade.
a) Obras comparadas a madeira. Na Bblia, madeira smbolo das coisas humanas. E uma figura da rvore,
que cresce por si mesma. H crentes que fazem muitas coisas, mas buscando a glria humana. No fogo do
julgamento, elas vo desaparecer. H quem trabalha muito nas igrejas, mas no o fazem para a glria de
Deus. No tero o reconhecimento por parte do Senhor.
b) Obras comparadas a feno. Feno capim, erva seca. So obras aparentes, mas sem consistncia,
como erva seca (Is 15.6). O capim precisa ser renovado. coisa perecvel (Is 51.12). Representam obras de
crentes que fazem muita coisa para aparecer. A preocupao deles com a quantidade, e no com a
qualidade. Um monte de feno pode ser muito grande, mas, no fogo, desaparece em segundos. No haver
galardo para esse tipo de obra. Pregar para aparecer; pregar por dinheiro; cantar para aparecer, para ter a
glria dos homens, buscando o aplauso das multides, sem dvida alguma, so obras de feno; aparecem
muito, mas no tm consistncia, e j receberam seu galardo, em termos de dinheiro; nada tero l, no cu.
J receberam o seu galardo, aqui mesmo (cf. Mt 6.2,5,16).
c) Obras comparadas a palha. A madeira tem certa consistncia, mas a palha muito fraca. No resiste
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fora do fogo. O vento leva com facilidade (SI 1.4; J 21.18; Os 13.3). instvel. No pode se misturar com o
trigo (Jr 23.28). Segundo o Pr. Eurico Bergstn, Palha tambm fala de escravido: foi palha que os israelitas
tiveram de colher no Egito (Ex 5.7). Devemos, portanto, servir a Deus na liberdade do Esprito, e no numa
escravido imposta por ns mesmos ou por outros. Palha representa obras sem firmeza. H crentes que no
sabem o que querem na vida crist. Vivem mudando o tempo todo. Mudam de cargo, mudam de igreja com
facilidade. So levados por todo vento de doutrina (Ef 4.14).
As obras que forem comparadas a esses trs ltimos tipos de materiais no ensejaro galardes: Se a obra
de algum se queimar, sofrer detrimento; mas o tal ser salvo, todavia como pelo fogo (1Co 3.15). Deus
um Deus de bondade, de amor, e tambm de justia. No seu julgamento, Ele no falhar: [...] porque vem a
julgar a terra; com justia julgar o mundo e o povo, com equidade (SI 98.9). Ningum escapar do
julgamento de Deus. No Juzo Final, os mpios daro contas de todas as suas obras de impiedade que
cometeram (SI 9.17). Porque est escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrar diante de
mim, e toda lngua confessar a Deus. De maneira que cada um de ns dar conta de si mesmo a Deus (Rm
14.11,12 - grifo nosso). Mais uma vez, Paulo usa o verbo de forma inclusiva, em relao aos crentes - cada
um de ns, mostrando que cada crente dar contas a Deus de todas as obras que houverem praticado aqui.
Sem dvida, uma aluso ao Tribunal de Cristo.
*O prmio do Senhor
"Galardo, prmio a que far jus o crente que tiver desempenhado bem a sua funo no Reino de Deus. O
apstolo Paulo adianta que tais honrarias estaro infinitamente alm do que sonha ou cogita o esprito
humano: 'Mas, como est escrito: As coisas que olhos no viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o
corao do homem, so as que Deus preparou para os que o amam' (1Co 2.9). Alm da Nova Jerusalm com
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todos os seus indivisveis e inimaginveis encantos, o maior galardo do crente fiel ser a presena do
Senhor. Esta unio, a que a Bblia cognomina de as Bodas do Cordeiro, representa o cumprimento pleno de
nossos anseios que, desde a Queda, vm nos crivando a alma de expectativas. No pode haver galardo
maior do que a presena de Deus entre seu povo." Leia mais em Dicionrio de Profecia Bblica, CPAD, p.78.
Portanto, nada julgueis antes do tempo, at que o Senhor venha, o qual tambm trar luz as coisas ocultas
das trevas e manifestar os desgnios dos coraes; e, ento, cada um receber de Deus o louvor (1Co
4.1,2,5). Cada crente receber o galardo e o louvor da parte de Deus pelo que houver realizado na igreja e
em sua vida pessoal. Na Bblia, vemos alguns tipos de galardes e a quem se destinam.
a) Coroa da vida. E o galardo previsto para todos os salvos, que permaneceram fiis at morte ou vinda
de Jesus. Bem-aventurado o varo que sofre a tentao; porque, quando for provado, receber a coroa da
vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam (Tg 1.12; Ap 2.10).
c) Coroa de glria. E a recompensa especial para os obreiros do Senhor, que labutam na sua obra, com
fidelidade, humildade, desprendimento e amor. Apascentai o rebanho de Deus que est entre vs, tendo
cuidado dele, no por fora, mas voluntariamente; nem por torpe ganncia, mas de nimo pronto; nem como
tendo domnio sobre a herana de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo
Pastor, alcanareis a incorruptvel coroa de glria (1Pe 5.2-4).
d) Coroa de gozo. o galardo do ganhador de almas, daquele que, alm de ser fiel, vencer as tentaes e
as barreiras da vida, esfora- se para ganhar almas para o Reino de Deus (Pv 11.30; Dn 12.3). No s
pastores, evangelistas e dirigentes de igrejas, mas muitos pregadores e evangelizadores annimos, que
fazem um excelente trabalho, divulgando o evangelho de Cristo, nas casas, nas ruas, nos hospitais, nas
escolas, em toda a parte; principalmente em lugares, onde arriscam a prpria vida para tornar Cristo
conhecido. Porque qual a nossa esperana, ou gozo, ou coroa de glria? Porventura, no o sois vs
tambm diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda? Na verdade, vs sois a nossa glria e gozo (1
Ts 2.19,20; Fp 4.1).
e) Coroa da justia. o prmio ou recompensa dos que perseveram at o fim de sua jornada. Como disse
Paulo: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a f. Desde agora, a coroa da justia me est
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guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dar naquele Dia; e no somente a mim, mas tambm a todos os
que amarem a sua vinda (2Tm 4.7,8). Jesus disse: E sereis aborrecidos por todos por amor do meu nome;
mas quem perseverar at ao fim, esse ser salvo (Mc 13.13). E o coroamento da vida do crente, pelas
veredas da justia (SI 23.3b).
f) Galardo de servos. So recompensas que Jesus dar a todos os que servem a seus servos, na condio
de profeta, justo, pequeninos ou discpulos. Quem recebe um profeta na qualidade de profeta receber
galardo de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receber galardo de justo. E qualquer
que tiver dado s que seja um copo de gua fria a um destes pequenos, em nome de discpulo, em verdade
vos digo que de modo algum perder o seu galardo (Mt 10.41,42).
Esses galardes, com poucas excees, como no caso do galardo de obreiros ou de ganhadores de almas,
podem ser recebidos por todos os crentes fiis e santos que aguardam a vinda de Jesus. No Tribunal de
Cristo, eles vero que valeu a pena suportar as aflies do tempo presente: Porque para mim tenho por certo
que as aflies deste tempo presente no so para comparar com a glria que em ns h de ser revelada
(Rm 8.18). Jesus que far a criteriosa avaliao das obras dos salvos para dar a cada um conforme o seu
trabalho (Ap 22.12).
SUBSDIO ESCATOLGICO
As Escrituras ensinam que todos os membros da raa humana so responsveis perante Deus (Jr 17.10; 32.19). Deus
julgar tanto crentes quanto mpios. O julgamento dos mpios ser diante do Grande Trono Branco um evento descrito em
Apocalipse 20.15, o qual ocorre aps o reino milenial de Cristo. Este o ltimo julgamento antes da eternidade futura. Em 2
Corntios 5.10, Paulo fala sobre o julgamento de todos os crentes: Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.
O fato de todos serem julgados demonstrar a justia de Deus perante todas as criaturas. A salvao de alguns ser a maior
demonstrao da graa de Deus que o mundo j viu. O julgamento dos mpios ratificar seu desprezo pela salvao
oferecida por Deus em seu Filho, resultando em condenao eterna (LAHAYE, Tim. Enciclopdia Popular de Profecia Bblica. 1
Edio. RJ: CPAD, 2008, p.462).