As 7 Condições para o Avivamento Genuíno 1

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O Tribunal de Cristo e os Galardes

Escatologia
Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver
feito por meio do corpo, ou bem ou mal 2Co 5.10

Se a obra que algum edificou nessa parte permanecer, esse receber galardo (1Co 3.14).
A doutrina do Tribunal de Cristo visa ensinar sobre como a Igreja prestar contas de tudo o quanto fez
enquanto esteve presente no mundo. Ali, todas as obras se revelaro, desde as mais complexas s
consideradas mais simples. Ser um momento de julgamento divino acerca das aes e atitudes dos salvos
em Cristo. Entretanto, importante no confundir o Tribunal de Cristo com o Trono Branco.
Este ser destinado aos mpios que sero julgados no final do Milnio, e aquele se destina aos crentes vivos
e mortos, que foram ressuscitados pelo Senhor no advento do Arrebatamento da Igreja, a fim de serem
julgados e receberem cada um, conforme a verdade de suas aes, o seu galardo.

O julgamento do Tribunal de Cristo se mostra to srio que o texto base da lio da semana usa a imagem do
fogo como elemento probatrio verdade e valor da obra julgada importante ressaltar que no
Tribunal de Cristo sero julgadas as obras dos crentes. Conquanto a salvao de Cristo pela graa
mediante a f, o galardo entregue a cada crente ser distribudo mediante as obras. Neste aspecto, as obras
do crente so essenciais para justific-los diante do Tribunal de Cristo.

Pastor Emerson Silva


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O texto de 1 Corntios 3 mostra que acerca dos lderes, mas que pode ser aplicado a toda
comunidade de crentes, a maneira pela qual eles continuaro a edificar a Igreja de Cristo
ser julgada neste Tribunal. Aqui, se verificar que tipos de obras tais lderes fizeram: se edificaram o
edifcio de ouro, se de prata, se de pedras preciosas, se de madeira, feno ou palha. Ento, o detalhe de cada
obra ser manifesto naquela oportunidade. Ento, o fogo provar a essencialidade de cada obra. Se aps a
provao do fogo, a obra permanecer, o crente receber o seu galardo; seno, no o receber. O texto diz
que a obra padecer sofrimento, mas isso no interferir na salvao do crente. Este ser salvo como pelo
fogo, ou em linguagem mais contempornea, como por um triz ou por um fio (1Co 3.14-15).

O Obreiro que Deus aprova Precisa, estimular aos liderados a viverem o mandamento de
Jesus: Ame os outros como voc ama a voc mesmo (Mc 12.31). Explique-os que toda a boa obra na
vida do crente deve se fundamentar no princpio mandatrio de nosso Senhor: o amor. (Revista Ensinador
Cristo n65-pg.39)

Todos os crentes devero comparecer diante do Tribunal de Cristo


para que cada um receba a sua recompensa.
Na primeira fase da sua volta (arrebatamento), Jesus vem para os seus. Na segunda fase, Ele
vir com os seus para estabelecer o seu Reino, no Milnio, e implantar o perfeito estado eterno.

Os cristos, em grande nmero, esperam a volta do Senhor como um evento muito distante, ou bastante
Pastor Emerson Silva
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remoto, a ponto de no se preocuparem com sua vida, seu comportamento e testemunho; no se
importarem com suas atitudes e prticas, como se, no final, tudo possa ser arranjado, ajustado e resolvido,
perante Deus. Mas essa viso pouco sria do que significa a volta de Cristo para buscar a sua Igreja ter
certamente conseqncias eternas de grande repercusso no futuro de muita gente. J vimos que a volta de
Jesus encontrar o mundo, incluindo os crentes, como nos dias de No, quando a humanidade s se
preocupava com as coisas da vida terrena, e no dava o menor valor s coisas espirituais, at que veio o
dilvio e consumiu a todos (Lc 17.17).

Tambm sabemos que, na volta do Senhor, a terra estar vivendo como nos dias de L, o velho patriarca,
que, em meio corrupo de seu tempo, soube ficar vigilante, mantendo sua comunho com Deus, ainda que
nem toda a sua famlia o acompanhou em sua vida de santidade, e Deus destruiu Sodoma, Gomorra e
cidades vizinhas, mandando fogo do cu, como juzo sobre a impiedade daquela gente que debochava de
Deus, especialmente no que tange sexualidade. Diante desses fatos, a exortao de Cristo para que seus
servos vigiem: Vigiai, pois, porque no sabeis a que hora h de vir o vosso Senhor (Mt 24.42).

Mas h outro motivo, de grande importncia, diante do qual a Igreja de Jesus, formada pelos salvos, em todos
os tempos e lugares, esteja preparada, em termos espirituais, morais e ticos. que est prevista uma
prestao de contas, qual tero que responder todos os crentes, desde o princpio do mundo at o dia do
arrebatamento da Igreja. Esse evento se dar no Tribunal de Cristo. No se trata do Juzo final, que ser
instaurado para o julgamento dos mpios (ler Ap 20.11-15). Ser um tribunal para julgar as obras e os atos dos
crentes, nas igrejas, ao longo dos tempos. Diz Paulo: Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal (2 Co 5.10; Rm
14.10).
Pastor Emerson Silva
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Pense nisso: Servir a Deus um grande privilgio e muitos tm dedicado toda a sua vida ao servio do Mestre. Na seara do
Senhor, enfrentamos lutas, decepes, frustraes, toda a sorte de intempries, mas vai valer pena. No grande Dia do
Senhor, seremos recompensados com os lauris e os galardes. A Palavra de Deus nos mostra que as obras de muitos crentes
perecero quando forem provadas pelo fogo do Senhor. Deus conhece a inteno dos coraes. Podemos enganar aos
homens, mas no ao Eterno. Muitos fazem a obra de Deus buscando a glria para si, logo, j tiveram a sua recompensa.
Que possamos realizar a obra de Deus com alegria, amor, fazendo tudo de corao, para a glria do Pai e no para ser visto
pelos homens.

I - Definio e Conceituao
1. Os Dois Tribunais
Haver dois julgamentos, em que as pessoas sero julgadas. No tribunal de Cristo, sero avaliadas as obras
dos salvos. No tribunal do Grande Trono Branco, ou no Juzo Final, os mpios sero julgados, segundo as
suas obras (Jr 32.19). At as palavras sero julgadas. Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os
homens disserem ho de dar conta no Dia do Juzo. Porque por tuas palavras sers justificado e por tuas
palavras sers condenado (Mt 12.36,37).

2. O que Ser o Tribunal de Cristo


Ser o julgamento das obras dos salvos, praticadas na terra, para receberem, ou no, o galardo
correspondente. No se tratar de julgamento de pecados, pois j so salvos. Os mpios que passaro pelo
julgamento de suas obras e pecados, no juzo do Trono Branco, aps o Milnio (cf. Ap 20.11-15). E o
julgamento dos servos de Deus, quanto s suas obras na terra (2Co 5.10; Rm 14.10). [...] No seremos
julgados quanto nossa posio e condio de salvos que temos em Cristo, e sim quanto ao nosso
desempenho como servos do Senhor.17
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Segundo Olson, Esse julgamento no foi estabelecido para determinar se as pessoas que diante dele
comparecerem sero culpadas ou inocentes, isto , salvas ou perdidas, uma vez que este julgamento
exclusivamente para os salvos. A questo individual j foi resolvida, h muito. Agora se trata da questo de
recompensas, que ser resolvida conforme a fidelidade ou infidelidade do crente, como mordomo na casa do
Mestre (1Co 3.11-15).18

3. Nenhuma Condenao para os Salvos


Os salvos em Cristo Jesus, desde que permaneam fiis, em santificao, no mais passaro por qualquer
tipo de condenao. Portanto, agora, nenhuma condenao h para os que esto em Cristo Jesus, que no
andam segundo a carne, mas segundo o esprito (Rm 8.1). Estar em Cristo Jesus a condio
indispensvel para ter sido salvo e permanecer salvo. O salvo no perde a salvao, se estiver em
comunho com Cristo, se viver em santificao. [...] mas, como santo aquele que vos chamou, sede vs
tambm santos em toda a vossa maneira de viver (1Pe 1.15). Diante desse fato incontestvel, acerca da
salvao em Cristo Jesus, os salvos, que em Jesus dormem (1Ts 4.14), sero ressuscitados, e os que
estiverem vivos, em sua vinda, sero transformados para o encontro com Jesus nos ares (1Ts 4.17). Esses
comparecero perante o Tribunal de Cristo, para serem recompensados por suas obras, aes, atividades,
alegrias e tristezas, xitos e sofrimentos. O Justo Juiz saber avaliar as obras de cada um. Desde agora, a
coroa da justia me est guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dar naquele Dia; e no somente a mim,
mas tambm a todos os que amarem a sua vinda (2Tm 4.8). Os que amam a vinda do Senhor so
conservados irrepreensveis para encontrar-se com Cristo (1Ts 5.23).

Pastor Emerson Silva


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II - O Julgamento no Tribunal de Cristo
1. A Natureza do Tribunal de Cristo
Aqui na terra nenhum tribunal instaurado para dar recompensas a ningum. Via de regra, todos os tribunais
so estabelecidos para julgar casos de infrao da lei. Nesses julgamentos, comparecem pessoas acusadas
de crimes ou infraes contra a pessoa humana, contra a ordem pblica, contra o patrimnio pblico ou
privado, e contra outros entes jurdicos, de acordo com o que estabelecido nas leis do pas. Os que
comparecem aos tribunais, de um lado, so os reclamantes ou os autores de aes judiciais. De outro, so os
rus, acusados de delitos ou descumprimento das normas legais, acompanhados de seus advogados, que os
representam perante o juiz. O Tribunal de Cristo o nico, no universo, que tem por finalidade fazer justia,
recompensando as obras dos salvos, com maior ou menor galardo, ou recompensa. Jesus disse: E eis que
cedo venho, e o meu galardo est comigo para dar a cada um segundo a sua obra (Ap 22.12).

2. Quando Acontecer?
Logo aps o Arrebatamento da Igreja, os salvos comparecero perante o Tribunal de Cristo. Naquele tribunal
celeste, os crentes tero o julgamento das obras. De acordo com a Bblia, o Tribunal de Cristo ocorrer antes
das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9), antes daquela que ser a maior e mais gloriosa festa nupcial do universo.
Os salvos em Cristo sero reunidos com Jesus, nos ares, ou nas nuvens (1Ts 4.13- 17; 2Ts 2.1). Ali,
certamente, Jesus recepcionar a sua Noiva, lhe dar as boas vindas, e se assentar no trono do seu
Tribunal para julgar as obras dos crentes, e lhes anunciar qual o prmio ou galardo de cada um pelo que
tiver feito na terra.

3. Quem Ser o Juiz e quem Ser Julgado?


O Juiz, como indica a Bblia, ser nosso Senhor Jesus Cristo. Desde agora, a coroa da justia me est
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guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dar naquele Dia; e no somente a mim, mas tambm a todos os
que amarem a sua vinda (2Tm 4.8; ver Jo 5.22). Por isso ser chamado o Tribunal de Cristo (2Co 5.10).
Sero julgados, para receber a recompensa, todos os crentes: Porque todos devemos comparecer ante o
tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal (2Co
5.10 - grifo nosso). A expresso todos devemos indica que se refere aos cristos fiis que forem
arrebatados, na vinda de Jesus.

III - As Obras e seu Julgamento


O cristo deve ter cuidado com o que faz, pois seus atos sero julgados no tribunal de Cristo. E, tudo quanto
fizerdes, fazei-o de todo o corao, como ao Senhor e no aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o
galardo da herana, porque a Cristo, o Senhor, servis. Mas quem fizer agravo receber o agravo que fizer;
pois no h acepo de pessoas (Cl 3.23-25).

1. Os Salvos e as suas Obras

a) O valor das obras do salvo.


Jesus disse: Assim resplandea a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem o vosso Pai, que est nos cus (Mt 5.16 - grifo nosso). So obras, vistas pelos homens, que
demonstram a grande mudana na vida do crente e contribuem para a glria de Deus. Mesmo assim, elas
sero julgadas. Ser um julgamento individual (1Co 3.13). A salvao do crente em Jesus pela graa. No
depende das obras (Ef 2.8,9). Mas as obras dos salvos tm muito valor diante de Deus. As obras aperfeioam
a f (Tg 2.22); as obras justificam a f (Tg 1.21); e a f sem as obras (de salvo) morta (Tg 2.17) e as obras
(da lei, dos atos humanos, da carne - Gl 5.19; 2Tm 1.9) sem a f so mortas. A f salvfica tem que andar lado
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a lado com as obras de salvo, demonstradas pela obedincia, pela santificao, sem a qual ningum ver o
Senhor (Hb 12.14). No Tribunal de Cristo, sero avaliadas ou julgadas as obras dos salvos, as quais podero
ser aprovadas ou reprovadas. As que forem aprovadas daro direito ao galardo (cf. 1Co 3.14,8). No sero
julgados os pecados cometidos na terra. Esses j tero sido perdoados por Jesus (Hb 8.12; 10.17).

b) O testemunho do salvo.
As obras dos salvos falam de seu testemunho, comprovando que os mesmos j morreram para o mundo e
so novas criaturas em Cristo (Mt 5.16; 2Co 5.17). Precisamos dar bom testemunho perante a igreja e o
mundo. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para
que andssemos nelas (Ef 2.10). Somos salvos, tendo passado pelo processo divino da regenerao. Paulo
diz que foi Deus quem preparou as boas obras [...] para que andssemos nelas. De forma mais abrangente,
podemos dizer que ser julgado o nosso trabalho, ou a nossa administrao, na casa do Senhor, como
mordomos, encarregados das coisas de Deus aqui na terra. tarefa por demais sublime para ser tratada de
qualquer forma, sem zelo ou cuidado. Na parbola do mordomo infiel, o seu senhor o chama prestao de
contas (Lc 16.2). Jesus tambm nos pedir a prestao de contas do que nos entregou para administrar como
seus mordomos.

Deus nos concede muitos bens ou talentos para que faamos a sua obra. No sermo proftico, Jesus proferiu
a parbola dos dez talentos. E comparou o seu Reino a um senhor que, tendo de ausentar-se, entregou todos
os seus bens a seus trs servos ou mordomos. E deu a um dez talentos; a outro, cinco, e a outro, apenas um
talento (Mt 25.14-30). Essa parbola nos diz que Deus d a cada parte dos seus bens, espirituais, morais,
fsicos, ministeriais ou eclesisticos, de acordo com a capacidade de cada um (Mt 25.15). Os talentos
representam nossos recursos, nosso tempo, nossa vida, nossas habilidades, concedidas por Deus. Notemos
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que o senhor no d a todos a mesma responsabilidade. Desde o dia da converso, o salvo torna-se servo de
Cristo, e tem o dever espiritual e moral de cooperar na casa do Senhor. Uns de uma forma, outros, de outra.
Cada um conforme a sua capacidade.

2. Como as Obras Sero Julgadas?


A preciso do julgamento. O julgamento ser to preciso que comparado passagem de materiais pelo
fogo: a obra de cada um se manifestar; na verdade, o Dia a declarar, porque pelo fogo ser descoberta; e
o fogo provar qual seja a obra de cada um. Se a obra que algum edificou nessa parte permanecer, esse
receber galardo. Se a obra de algum se queimar, sofrer detrimento; mas o tal ser salvo, todavia como
pelo fogo (1Co 3.13-15). O Esprito Santo ser o assistente naquele julgamento. As obras sero comparadas
a materiais, na linguagem humana. Cada tipo de material simblico mostra o tipo, a natureza e a forma com a
qual tero sido praticadas pelos crentes, em todos os lugares do mundo, em todas as igrejas. Vejamos, na
seqncia do texto, a comparao das obras com os respectivos materiais.

2.1. Obras que Sero Aprovadas


a) Obras comparadas a ouro.
Na Bblia, o ouro smbolo das coisas de Deus, das coisas divinas (J 22.23-25; Ap 22.18,22). So obras que
so feitas para a glria de Deus, feitas em comunho com Ele, feitas em Deus (Jo 3.21), de pleno acordo
com sua palavra. O crente que glorifica a Deus com suas obras est praticando obras comparveis a ouro (Mt
5.16). So as boas obras, as quais Deus preparou para que andssemos nelas (Ef 2.10). Se tratamos os
irmos e os outros com o amor de Deus, isso comparado a ouro. Quando usamos bem os talentos dados
por Deus, realizamos obras de ouro (Mt 25.14,20). So obras que glorificam a Deus: Assim resplandea a
vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que est nos
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cus (Mt 5.16 - grifo nosso).

b) Obras comparadas a prata.


Na tipologia bblica, a prata smbolo de redeno. No Antigo Testamento, a redeno dos filhos de Israel era
paga em prata (x 30.11-16; Lv 5.15; 27.3). No Novo Testamento, simboliza a redeno feita por Cristo:
sabendo que no foi com coisas corruptveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa v
maneira de viver que, por tradio, recebestes dos vossos pais (1Pe 1.18; 1Co 6.20). So obras feitas em
Cristo. O crente que ganha almas, que prega a Palavra, que d bom testemunho da sua f em Jesus, est
realizando obras de prata. Os obreiros do Senhor que cuidam bem do rebanho realizam obras de prata. Visitar
os enfermos, os carentes, evangelizar, podem ser obras de prata.

c) Obras comparadas a pedras preciosas.


So smbolos do Esprito Santo, ou da glria de Cristo no crente (ver Jo 17.22). Os crentes que possuem os
dons espirituais (1Co 12) tm o adorno do Esprito Santo. So obras feitas pelo poder do Esprito Santo (Fp
3.3; Tt 3.5). adorar a Deus em Esprito e em verdade (Jo 4.23). So obras na uno do Esprito Santo.
Evangelizar, pregar, cantar na uno, podem ser pedras preciosas. o testemunho eloquente do servo ou da
serva de Deus, andando de acordo com a s doutrina (Tt 2.10).
As obras que forem comparadas aos trs materiais acima sero aprovadas, e os seus praticantes tero
galardo de Deus (1Co 3.13,14).

2.2. Obras que Perecero


Se a obra de algum se queimar, sofrer detrimento; mas o tal ser salvo, todavia como pelo fogo (1Co
3.15). Esse texto mostra que haver crentes cujas obras no sero aprovadas no julgamento de Deus, no
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Tribunal de Cristo. So obras mortas, obras que no tm valor diante de Deus. So obras que alguns crentes
praticam, para sua prpria glria, mas no glorificam a Deus. So obras feitas por muitos de modo relaxado,
sem o zelo necessrio a quem serve a Deus. As obras no sero recompensadas, mas o tal ser salvo,
todavia como pelo fogo. Isso quer dizer que, como no se trata de julgamento de pecados, quem pratica tais
obras poder ser salvo, mas sem recompensas ou galardes. No haver inveja ou tristeza, pois tais
sentimentos so carnais e no entraro no cu. S o fato de chegar l j ser motivo de grande alegria. Mas
melhor fazer o melhor para Deus.

a) Obras comparadas a madeira. Na Bblia, madeira smbolo das coisas humanas. E uma figura da rvore,
que cresce por si mesma. H crentes que fazem muitas coisas, mas buscando a glria humana. No fogo do
julgamento, elas vo desaparecer. H quem trabalha muito nas igrejas, mas no o fazem para a glria de
Deus. No tero o reconhecimento por parte do Senhor.

b) Obras comparadas a feno. Feno capim, erva seca. So obras aparentes, mas sem consistncia,
como erva seca (Is 15.6). O capim precisa ser renovado. coisa perecvel (Is 51.12). Representam obras de
crentes que fazem muita coisa para aparecer. A preocupao deles com a quantidade, e no com a
qualidade. Um monte de feno pode ser muito grande, mas, no fogo, desaparece em segundos. No haver
galardo para esse tipo de obra. Pregar para aparecer; pregar por dinheiro; cantar para aparecer, para ter a
glria dos homens, buscando o aplauso das multides, sem dvida alguma, so obras de feno; aparecem
muito, mas no tm consistncia, e j receberam seu galardo, em termos de dinheiro; nada tero l, no cu.
J receberam o seu galardo, aqui mesmo (cf. Mt 6.2,5,16).

c) Obras comparadas a palha. A madeira tem certa consistncia, mas a palha muito fraca. No resiste
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fora do fogo. O vento leva com facilidade (SI 1.4; J 21.18; Os 13.3). instvel. No pode se misturar com o
trigo (Jr 23.28). Segundo o Pr. Eurico Bergstn, Palha tambm fala de escravido: foi palha que os israelitas
tiveram de colher no Egito (Ex 5.7). Devemos, portanto, servir a Deus na liberdade do Esprito, e no numa
escravido imposta por ns mesmos ou por outros. Palha representa obras sem firmeza. H crentes que no
sabem o que querem na vida crist. Vivem mudando o tempo todo. Mudam de cargo, mudam de igreja com
facilidade. So levados por todo vento de doutrina (Ef 4.14).

As obras que forem comparadas a esses trs ltimos tipos de materiais no ensejaro galardes: Se a obra
de algum se queimar, sofrer detrimento; mas o tal ser salvo, todavia como pelo fogo (1Co 3.15). Deus
um Deus de bondade, de amor, e tambm de justia. No seu julgamento, Ele no falhar: [...] porque vem a
julgar a terra; com justia julgar o mundo e o povo, com equidade (SI 98.9). Ningum escapar do
julgamento de Deus. No Juzo Final, os mpios daro contas de todas as suas obras de impiedade que
cometeram (SI 9.17). Porque est escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrar diante de
mim, e toda lngua confessar a Deus. De maneira que cada um de ns dar conta de si mesmo a Deus (Rm
14.11,12 - grifo nosso). Mais uma vez, Paulo usa o verbo de forma inclusiva, em relao aos crentes - cada
um de ns, mostrando que cada crente dar contas a Deus de todas as obras que houverem praticado aqui.
Sem dvida, uma aluso ao Tribunal de Cristo.

*O prmio do Senhor
"Galardo, prmio a que far jus o crente que tiver desempenhado bem a sua funo no Reino de Deus. O
apstolo Paulo adianta que tais honrarias estaro infinitamente alm do que sonha ou cogita o esprito
humano: 'Mas, como est escrito: As coisas que olhos no viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o
corao do homem, so as que Deus preparou para os que o amam' (1Co 2.9). Alm da Nova Jerusalm com
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todos os seus indivisveis e inimaginveis encantos, o maior galardo do crente fiel ser a presena do
Senhor. Esta unio, a que a Bblia cognomina de as Bodas do Cordeiro, representa o cumprimento pleno de
nossos anseios que, desde a Queda, vm nos crivando a alma de expectativas. No pode haver galardo
maior do que a presena de Deus entre seu povo." Leia mais em Dicionrio de Profecia Bblica, CPAD, p.78.

IV - Os Galardes dos Salvos em Cristo


Galardo significa prmio, recompensa. Os salvos em Cristo, que participarem do arrebatamento da igreja,
sero reunidos nas regies celestiais para receberem o seu galardo, individualmente, conforme a avaliao
de Cristo. A entrega dos galardes prevista por Jesus: E eis que cedo venho, e o meu galardo est
comigo para dar a cada um segundo a sua obra (Ap 22.12 - grifo nosso). Cada crente considerado um
despenseiro de Deus, que deve trabalhar com fidelidade para ser reconhecido por seu Senhor: Que os
homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistrios de Deus. Alm disso, requer-
se nos despenseiros que cada um se ache fiel. [...]

Portanto, nada julgueis antes do tempo, at que o Senhor venha, o qual tambm trar luz as coisas ocultas
das trevas e manifestar os desgnios dos coraes; e, ento, cada um receber de Deus o louvor (1Co
4.1,2,5). Cada crente receber o galardo e o louvor da parte de Deus pelo que houver realizado na igreja e
em sua vida pessoal. Na Bblia, vemos alguns tipos de galardes e a quem se destinam.

a) Coroa da vida. E o galardo previsto para todos os salvos, que permaneceram fiis at morte ou vinda
de Jesus. Bem-aventurado o varo que sofre a tentao; porque, quando for provado, receber a coroa da
vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam (Tg 1.12; Ap 2.10).

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b) Coroa da vitria. E o prmio para todo o salvo, que vencer as lutas e tentaes da vida terrena. E todo
aquele que luta de tudo se abstm; eles o fazem para alcanar uma coroa corruptvel, ns, porm, uma
incorruptvel (1Co 9.25). O crente fiel se abstm de tudo o que no agrada a Deus, mesmo com perda de
vantagens, posies ou lucros, por causa da coroa incorruptvel que receber no julgamento de suas obras. A
vitria sua chegada aos cus, ao lado de todos os salvos, na vinda de Jesus.

c) Coroa de glria. E a recompensa especial para os obreiros do Senhor, que labutam na sua obra, com
fidelidade, humildade, desprendimento e amor. Apascentai o rebanho de Deus que est entre vs, tendo
cuidado dele, no por fora, mas voluntariamente; nem por torpe ganncia, mas de nimo pronto; nem como
tendo domnio sobre a herana de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo
Pastor, alcanareis a incorruptvel coroa de glria (1Pe 5.2-4).

d) Coroa de gozo. o galardo do ganhador de almas, daquele que, alm de ser fiel, vencer as tentaes e
as barreiras da vida, esfora- se para ganhar almas para o Reino de Deus (Pv 11.30; Dn 12.3). No s
pastores, evangelistas e dirigentes de igrejas, mas muitos pregadores e evangelizadores annimos, que
fazem um excelente trabalho, divulgando o evangelho de Cristo, nas casas, nas ruas, nos hospitais, nas
escolas, em toda a parte; principalmente em lugares, onde arriscam a prpria vida para tornar Cristo
conhecido. Porque qual a nossa esperana, ou gozo, ou coroa de glria? Porventura, no o sois vs
tambm diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda? Na verdade, vs sois a nossa glria e gozo (1
Ts 2.19,20; Fp 4.1).

e) Coroa da justia. o prmio ou recompensa dos que perseveram at o fim de sua jornada. Como disse
Paulo: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a f. Desde agora, a coroa da justia me est
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guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dar naquele Dia; e no somente a mim, mas tambm a todos os
que amarem a sua vinda (2Tm 4.7,8). Jesus disse: E sereis aborrecidos por todos por amor do meu nome;
mas quem perseverar at ao fim, esse ser salvo (Mc 13.13). E o coroamento da vida do crente, pelas
veredas da justia (SI 23.3b).

f) Galardo de servos. So recompensas que Jesus dar a todos os que servem a seus servos, na condio
de profeta, justo, pequeninos ou discpulos. Quem recebe um profeta na qualidade de profeta receber
galardo de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receber galardo de justo. E qualquer
que tiver dado s que seja um copo de gua fria a um destes pequenos, em nome de discpulo, em verdade
vos digo que de modo algum perder o seu galardo (Mt 10.41,42).

Esses galardes, com poucas excees, como no caso do galardo de obreiros ou de ganhadores de almas,
podem ser recebidos por todos os crentes fiis e santos que aguardam a vinda de Jesus. No Tribunal de
Cristo, eles vero que valeu a pena suportar as aflies do tempo presente: Porque para mim tenho por certo
que as aflies deste tempo presente no so para comparar com a glria que em ns h de ser revelada
(Rm 8.18). Jesus que far a criteriosa avaliao das obras dos salvos para dar a cada um conforme o seu
trabalho (Ap 22.12).

A distribuio de recompensas ser feita no julgamento. Tais recompensas nunca sero


concedidas para satisfazer o ego do crente, mas trazer louvor e glrias a Cristo, aquEle que
capacita o fiel a servir (Fp 1.11). Aos que servem com fidelidade so prometidas as recompensas.
As boas obras, os frutos de justia, glorificam aquEle que graciosamente imputou sua justia aos
crentes (Jo 3.21) (LAHAYE, Tim. Enciclopdia Popular de Profecia Bblica. 1 Edio. RJ: CPAD, 2008, pp.463,64).
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CONCLUSO
No Tribunal de Cristo, os crentes fiis vero que valeu a pena suportar as aflies do tempo presente:
"Porque para mim tenho por certo que as aflies deste tempo presente no so para comparar com a glria
que em ns h de ser revelada" (Rm 8.18). Eles recebero seus galardes. Jesus que far a criteriosa
avaliao das obras dos salvos para dar a cada um conforme o seu trabalho (Ap 22.12).

SUBSDIO ESCATOLGICO
As Escrituras ensinam que todos os membros da raa humana so responsveis perante Deus (Jr 17.10; 32.19). Deus
julgar tanto crentes quanto mpios. O julgamento dos mpios ser diante do Grande Trono Branco um evento descrito em
Apocalipse 20.15, o qual ocorre aps o reino milenial de Cristo. Este o ltimo julgamento antes da eternidade futura. Em 2
Corntios 5.10, Paulo fala sobre o julgamento de todos os crentes: Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.
O fato de todos serem julgados demonstrar a justia de Deus perante todas as criaturas. A salvao de alguns ser a maior
demonstrao da graa de Deus que o mundo j viu. O julgamento dos mpios ratificar seu desprezo pela salvao
oferecida por Deus em seu Filho, resultando em condenao eterna (LAHAYE, Tim. Enciclopdia Popular de Profecia Bblica. 1
Edio. RJ: CPAD, 2008, p.462).

Pastor Emerson Silva


E-mail: [email protected]
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