Comissionamento Trocadores de Calor
Comissionamento Trocadores de Calor
Comissionamento Trocadores de Calor
CENTRO TECNOLGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECNICA
CURSO DE PS GRADUAO LATO SENSU
ENGENHEIRO DE CONDICIONAMENTO/COMISSIONAMENTO PROMINP
DAVID FIORILLO
PAULO NASCIMENTO MARTINS
VITRIA ES
05/2010
DAVID FIORILLO
PAULO NASCIMENTO MARTINS
VITRIA ES
05/2010
DAVID FIORILLO
PAULO NASCIMENTO MARTINS
___________________________________
Eng. Paulo Cesar Alves dos Santos
Orientador
___________________________________
Eng. Patrcia Renata Carvalho de
Mendona
Co-Orientadora
___________________________________
Eng. Patrick Bertolo Lucas da Silva
Co-orientador
___________________________________
Prof. Dr. Joo Luiz Marcon Donatelli
Examinador
___________________________________
Prof. MsC Leonardo Rodrigues Arajo
Examinador
Dedicamos este trabalho a todos que contribuem por uma sociedade e cada vez
melhor.
AGRADECIMENTOS
Ao orientador Paulo Cesar Alves dos Santos, da Petrobras, pois sem seu incentivo a
concluso deste trabalho no seria possvel.
Aos engenheiros Patrcia Renata Carvalho, Patrick Bertolo e Roseane Barcelos, da
Petrobras, pelo entendimento de nosso problema, fornecimento de informaes
essenciais e reviso do trabalho.
Aos colegas do curso de engenharia de condicionamento e comissionamento do
PROMINP que proporcionaram discusses, sugestes e idias para a elaborao deste
trabalho.
RESUMO
Smbolos mtricos
Smbolo Descrio Unidade do
SI
Q Calor ou vazo J ou m/h
Re Nmero de Reynolds Adimensional
Diferena de presso jusante e montante da
P (t ) bar
vlvula
Coeficiente de vazo da vlvula, fornecido gpm
Cv
( psig )
a Presso suportada kgf/cm
P Carga de iamento kgf
N Nmero de calos Adimensional
L Largura do anel da saia cm
B Largura do calo cm
Velocidade mdia do perfil de escoamento na
v m/s
tubulao
Curva caracterstica inerente de vazo pela
f (X ) Adimensional
vlvula
G Densidade do relativa Adimensional
D Dimetro interno da tubulao m
Letras Gregas
Smbolo Descrio Unidade
Massa especfica do fluido kg/m3
Dimetro mm
Viscosidade dinmica do fluido N.s/m2
SUMRIO
DEDICATRIA........................................................................................................... I
AGRADECIMENTOS .............................................................................................. II
RESUMO ................................................................................................................... III
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................... IV
LISTA DE TABELA ................................................................................................ VI
SIMBOLOGIA .........................................................................................................VII
SUMRIO .............................................................................................................. VIII
CAPTULO 1 - INTRODUO ..............................................................................11
1.1 OBJETIVOS .....................................................................................................12
CAPTULO 2 COMISSIONAMENTO E CONDICIONAMENTO .................13
2.1 DEFINIES ...................................................................................................13
2.2 METODOLOGIA .............................................................................................15
2.2.2 PLANEJAMENTO .................................................................................15
2.2.2.1 INDICADORES .........................................................................16
2.2.2.2 RESPONSABILIDADES ..........................................................17
2.2.3 PREPARAO.......................................................................................19
2.2.4 EXECUO ...........................................................................................19
2.2.5 DOCUMENTAO E ENTREGA ........................................................20
CAPTULO 3 TROCADORES DE CALOR E SUAS INSTALAES
TPICAS .....................................................................................................................22
3.1 Importncia dos sistemas de aquecimento em plataformas ..............................23
3.2 Trocador de calor ..............................................................................................23
3.2.1 Instalaes ...............................................................................................24
3.2.1.1 Feixe tubular...............................................................................25
3.2.1.2 Casco ..........................................................................................26
3.2.1.3 Tampa .........................................................................................26
3.2.2 Incrustao...............................................................................................28
3.3 Sistema de aquecimento para tratamento de leo .............................................30
3.4 Operao dos aquecedores/resfriadores ............................................................31
3.5 Instrumentao e equipamentos de trocadores de calor....................................32
CAPTULO 4 MODELO DE CONDICIONAMENTO E
COMISSIONAMENTO DE TROCADOR DE CALOR DO TIPO CASCO E
TUBOS ........................................................................................................................38
4.1 - INTRODUO ..............................................................................................38
4.2 CONDICIONAMENTO/COMISSIONAMENTO: MECNICA ................40
4.2.1 Planejamento ...........................................................................................41
4.2.1.1 Condicionamento Inspeo na Fbrica ...................................41
4.2.1.1.1 SELEO DO MATERIAL DE FABRICAO ..................................42
4.2.1.1.2 FLANGES E ESPELHOS..........................................................................42
4.2.1.1.3 CASCO E TUBO ........................................................................................43
4.2.1.1.4 SOLDAS ......................................................................................................44
4.2.1.1.5 ENSAIOS NO DESTRUTIVOS .............................................................44
4.2.1.1.6 INSPEO DE MONTAGEM .................................................................45
4.2.1.1.7 TRANSPORTE E ENTREGA...................................................................45
4.2.2 Preparao ...............................................................................................46
4.2.2.1 Fundaes ...................................................................................47
4.2.2.2 Armazenamento de materiais .....................................................47
4.2.2.3 Exigncias da NR 13 ..................................................................48
4.2.2.3.1 INSPEO E COMPLEMENTAO MECNICA ............................50
4.2.2.3.2 TESTE HIDROSTTICO NO LOCAL DE INSTALAO ................51
4.2.2.4 Teste a frio ..................................................................................52
4.2.3 Comissionamento ....................................................................................52
4.3 CONDICIONAMENTO/COMISSIONAMENTO: INSTRUMENTAO 55
4.3.1 Recebimento de instrumentos e equipamentos ....................................55
4.3.2 Calibrao .............................................................................................55
4.3.3 Instalao de vlvulas ...........................................................................57
4.4 CONDICIONAMENTO/COMISSIONAMENTO: AUTOMAO ...........61
4.4.1 - Checklist................................................................................................61
4.4.2 Simulao de falhas ..............................................................................62
4.4.3 Teste de controle ..................................................................................64
CAPTULO 5 COMENTRIOS FINAIS ............................................................67
GLOSSRIO ..............................................................................................................74
REFERNCIAS .........................................................................................................75
ANEXO A DESENHOS, DIAGRAMAS E FOLHAS DE DADOS ...................78
ANEXO B PLANOS DE FABRICAO ............................................................94
ANEXO C ORIENTAO PARA DIMENSIONAMENTO DOS CALOS
DO TROCADOR .......................................................................................................95
ANEXO D EXEMPLOS DE PONTOS DE VERIFICAO DO TESTE
HIDROSTTICO SIMPLIFICADO .......................................................................96
ANEXO E EXEMPLO DO RELATRIO DE INSPEO ..............................98
ANEXO F CHECK LIST DE INSPEO DE FBRICA...............................101
ANEXO G DEFINIES DE DOCUMENTOS PARA
CONDICIONAMENTO E COMISSIONAMENTO ...........................................103
11
CAPTULO 1 - INTRODUO
1.1 OBJETIVOS
Completao Aceitao
Mecanica Mecanica TTAs 1 TTAs 2
projeto
construo
recebimento
inspeo mecanica
Testes de itens
CONDICIONAMENTO COMISSIONAMENTO
2.1 DEFINIES
Um projeto pode conter diversas fases at sua implantao. Segundo Horsley 1998 [4],
projetos tpicos contm fases que podem ser resumidas, conforme a Figura 2.
14
Projeto
Contratao
Construo Fabricao
Instalao
Condicionamento
Comissionamento
Entrega
Figura 2 - Fases de um projeto tpico.
Condicionamento Comissionamento
Start-up
MECNICA
Recebimento AUTOMAO
MECNICA Inspees Op. assistida
AUTOMAO MECNICA MECNICA
AUTOMAO AUTOMAO
Preservao Desempenho
MECNICA
MECNICA
AUTOMAO
AUTOMAO
2.2 METODOLOGIA
2.2.2 PLANEJAMENTO
2.2.2.1 INDICADORES
2.2.2.2 RESPONSABILIDADES
2.2.3 PREPARAO
2.2.4 EXECUO
conjunto de tubos envolto por um casco (shell) no qual um fluido circula no interior de
tubos (fluido primrio) enquanto outro fluido (fluido secundrio) escoa entre as partes
externa dos tubos e o casco, conforme ilustrado na Figura 5.
3.2.1 Instalaes
Feixe tubular;
Casco; e
Cabeotes.
Figura 7 Feixe tubular de um trocador de calor industrial. Fotografia tirada pelo autor no campo.
26
3.2.1.2 Casco
3.2.1.3 Tampa
Figura 8 Cabeote de um trocador de calor casco-tubo retirado para manuteno. Fotografia tirada pelo autor
no campo.
Figura 9 Detalhe interno do cabeote ilustrando a diviso das cmaras de distribuio do fluido primrio.
Fotografia tirada pelo autor no campo.
3.2.2 Incrustao
Como qualquer planta em plataforma, o sistema de produo tem uma capacidade total
limitada: para leo, gs e de gua produzida.
O sistema de tratamento do leo compreendido por dois trens da separao:
O trem de produo, que possui dois estgios: para aquecimento um pr-
aquecedor de leo/gua e aquecedor de leo/leo.
O trem de teste, que possui apenas um estgio de aquecimento: o aquecedor de
teste que tem como fonte de calor a gua quente.
Em ambos os sistemas de pr-aquecimento, o leo cru pode ser aquecido de 36C a
90C. O Trem de teste opera tambm como produo, ou seja, a sua capacidade pode
ser adicionada para incrementar a produo.
O fluido proveniente do poo passa atravs dos Separadores de Produo/Teste que
separam o leo, o gs e a gua produzida. A fase rica em leo aquecida at 140C no
aquecedor do desidratador do leo que usa a gua quente como o meio de
aquecimento. Depois o leo cru enviado para o Vaso de Flash do desidratador que
permite a separao do gs produzido e estabiliza o leo. O leo aquecido at 140C,
antes do leo entrar no desidratador eletrosttico. O leo estabilizado e desidratado
enviado ao Sistema de Medio Fiscal de leo Cru, sendo antes resfriado. O
resfriamento final ento feito num resfriador de leo, que abaixa a temperatura a
menos que 50C, para permitir o armazenamento do leo nos tanques de carga. O
fluxo de leo, no processo de tratamento, pode ser elucidado conforme a Figura 26 do
ANEXO A DESENHOS, DIAGRAMAS.
LANADORES DE PIG
RECEPTOR DE PIG
PR-AQUECEDOR LEO/LEO
PR-AQUECEDOR LEO/GUA
SEPARADOR DE PRODUO
AQUECEDOR DE TESTE
SEPARADOR DE TESTE
MEDIO FISCAL
AQUECEDOR DO DESIDRATADOR DE LEO
VASO DE FLASH DO DESIDRATADOR DE LEO
DESIDRATADOR DE LEO
RESFRIADOR DE LEO
BOMBA DO SEPARADOR DE TESTE
TT
PT
Figura 10 - Arranjo bsico de instrumentao para trocador de calor do tipo casco e tubos de controle por by
pass.
Outro arranjo de controle que pode ser encontrado em plantas de plataforma est
representada conforme a Figura 11. Este arranjo compensa a temperatura de sada do
leo aumentando ou diminuindo o fluxo de gua quente dentro do trocador, j que o
fluxo de leo no controlado. Para incrementos de temperatura no leo aumenta-se o
fluxo de gua quente com o aumento da abertura da vlvula. Para decrementos de
temperatura basta diminuir a abertura da vlvula.
34
PT TT
Figura 11 - Arranjo bsico de instrumentao para trocador de calor do tipo casco e tubos de controle direto de
gua aquecida.
Figura 12 - Vlvula de segurana (PSV), Ribeiro 2005 [18] Figura 13 - Vlvula de controle, Masoneilan [13].
35
Em geral, o movimento da haste da vlvula obtido pelo balano entre duas foras: a
tenso de uma mola ligada haste (funo da posio da haste), e a fora exercida
sobre um diafragma na cabea da vlvula (funo da presso de ar na cabea da
vlvula). O comando da vlvula feito pela variao da presso de ar fornecido
vlvula.
Atualmente, comum encontrar vlvulas com posicionadores eletropneumticos, que
permitem que o sistema de controle envie um sinal de 4 a 20 mA diretamente para a
vlvula. Em outros sistemas, o sinal eletrnico deve ser convertido em um sinal
pneumtico por meio de um conversor I/P.
Um dos aspectos importantes na especificao de uma vlvula de controle a sua
posio de falha, ou seja, sua posio na ausncia do sinal de controle externo. Esta
especificao geralmente ditada pela segurana do processo. Em algumas aplicaes,
como no suprimento de gua quente para um trocador, desejvel que a vlvula feche
na falta de um sinal de comando: esta vlvula chamada de falha-fecha, ou ar-para-
abrir. Em outras situaes, a segurana do processo exige a abertura da vlvula em
caso de falha do sistema: falha-abre, ou ar-para-fechar.
O tamanho da vlvula normalmente dado por um coeficiente de tamanho, Cv. Este
coeficiente determinado experimentalmente pela passagem de fluido pela vlvula.
4.1 - INTRODUO
Conhecernormasepadressobreo
empreendimento(ASME,ANSI,NR,TEMA,ISA,ABNT)
Conhecernormasda Conhecero
Tcnicoseengenheiros
empresa(Normas empreendimento(ETs,
devempossuir
internaspetrobras, MDs,FDs,DEs,LIs,
experinciamnima
e.g.,N466ouN2511 etc.)
Iniciar
condicionamentoe
comissionamentodo
emprendimento
O presente trabalho aborda os aspectos tcnicos das reas de: mecnica (construo e
montagem de trocadores de calor do tipo casco e tubos); de instrumentao
(dispositivos de segurana e transmissores); e de automao (superviso e malhas de
controle). As instalaes eltricas no fazem parte do escopo deste trabalho.
A estrutura de condicionamento e comissionamento proposta pode ser vista conforme
a Figura 18.
40
Condicionamentoe
comissionamentode
trocadordecalor
Instrumentaoe
Mecnica
automao
Verificaodo
Recebimentode
planejamentode
instrumentos
fabricao
Calibraodos
Transporteaocampo
equipamentos
Checklistdesinais Recebimento
Simulaodefalhas Testeafrio
Testedecontrole
4.2.1 Planejamento
devem ter uma placa de identificao conforme a norma PETROBRAS N-2159 [apud
23], contendo dentre outras informaes (vide Figura 32 do ANEXO A
DESENHOS, DIAGRAMAS E FOLHAS DE DADOS):
Identificao do equipamento de acordo com N- 1521 [28];
Normas de projeto;
Temperatura e presso de projeto (casco / tubo);
Sobrespessura de corroso (casco / tubo);
Presso mxima admissvel de trabalho (casco / tubo);
Presso hidrosttica (casco / tubo);
Temperatura mnima de operao (casco / tubo);
Nmero de srie
Identificao do fabricante.
Existem trs tipos de flanges e podem ser diferenciados pelo material de fabricao ou
pela classe de presso mais adequada para sua utilizao. O flange de pescoo
(welding neck), de ao forjado, admitido para qualquer classe e dimetro. O flange
sobreposto (slip-on), de ao forjado, admitido para as classes 150, 300 e qualquer
dimetro padronizado, porm limitado at 400 C. O flange tipo sobreposto no
43
deve ser usado quando a sobreespessura para corroso for superior a 3 mm. Os flanges
tipo anel (ring type), de ao forjado, laminado a quente, sem costura, ou
fabricados a partir de chapa ou de barra rolada, devem ser selecionados pela presso de
projeto conforme os itens:
Como regra geral, os tubos devem ser expandidos e mandrilados nos furos dos
espelhos. As extremidades dos tubos devem ultrapassar em 3 mm a superfcie do
espelho exceto nos trocadores verticais onde as extremidades dos tubos devem facear a
superfcie do espelho superior. Deve haver, no mnimo, 2 rasgos de mandrilagem, no
metal-base em cada furo do espelho, com aproximadamente 3 mm de largura e 0,4 mm
de profundidade. No caso de espelho cladeado deve haver mais 1 rasgo de
mandrilagem, feito no clad. Para a ligao tubo-espelho por mandrilagem, o
revestimento metlico deve ter uma espessura mnima de 9 mm, para conter
integralmente o terceiro rasgo de mandrilagem dos tubos. A distncia mnima entre o
bordo do rasgo e a face externa do revestimento deve ser de 3 mm.
A mandrilagem no deve ser usada nos seguintes casos: servio de classe de presso
igual ou maior que 600; servio com fluido letal, em somente um dos lados (lado do
casco ou lado dos tubos), com presso de operao superior presso de operao do
outro fluido; servio cujo vazamento seja inadmissvel (exemplos: H2 e H2S), em
somente um dos lados (lado do casco ou lado dos tubos), com presso de operao
superior presso de operao do outro fluido (servio).
Os tubos em U devem ser preferencialmente inteiros. Admite-se emendas
circunferncias, quando previamente aprovadas pela PETROBRAS, observando-se
uma distancia mnima de 500 mm em relao ao incio da curvatura, ou uma distncia
maior, considerando o dispositivo utilizado para o curvamento dos tubos de forma a
no tensionar a regio soldada.
obrigatria a colocao de olhais de suspenso no carretel, no tampo do carretel,
tampo do casco e tampo flutuante, conforme a norma PETROBRAS N-2159 [apud
44
4.2.1.1.4 Soldas
Os ensaios no-destrutivos previstos para a junta soldada devem ser refeitos, nos casos
de reparo ou alterao das juntas. No caso de restabelecimento de espessura do metal-
base atravs de solda, devem ser executados os ensaios no-destrutivos previstos na
cdigo ASME Section VIII [apud 30]. Deve ser realizado ensaio visual e ensaio de
lquido penetrante ou partculas magnticas nas superfcies sob soldas provisrias,
aps a remoo das soldas. Estas superfcies devem ficar isentas de: mordeduras,
remoo incompleta da solda e defeitos inaceitveis para as soldas das partes
submetidas presso. Caso haja reduo de espessura, o ultra-som deve ser utilizado
para medir a reduo e o valor obtido deve obedecer seguinte condio: Espessura
45
As bandejas devem ser protegidas contra danos. No deve ser feito o empilhamento
face a face das bandejas que possuem vlvulas ou borbulhadores instalados, para evitar
que ocorra entrelaamento.
Os equipamentos ou partes construdas de chapas finas ou que de qualquer forma
possam sofrer deformaes no transporte ou manuseio, devem ser contraventados ou
escorados devidamente. As arestas de chapas com chanfro para solda, faces de flanges,
outras superfcies usinadas, devem ser recobertas com compostos especiais contra a
corroso e protegidas por barras, chapas de ao ou peas em madeira, firmemente
presas, contra danos mecnicos. As roscas de parafusos e de outras peas tambm
devem ser recobertas com compostos contra a corroso.
Como procedimento comum, no pedida ao fabricante nenhuma pintura do
equipamento. Quando, entretanto, for pedida pintura, fazer a pintura rigorosamente
como discriminado em cada caso. Os equipamentos devem ser adequadamente
calados e fixados no veculo transportador. As peas calandradas ou conformadas
devem ser caladas de forma a no se deformarem no transporte.
4.2.2 Preparao
4.2.2.1 Fundaes
Deve ser verificado o relatrio contendo a locao e dimenses reais da base, emitido
pela executante da base, para constatar se os dados do relatrio atendem s
especificaes do projeto, dentro das tolerncias da norma PETROBRAS N-1644
[apud 32]. Deve ser verificado se as referncias nvel e de coordenadas da rea onde o
equipamento montado esto corretas, de acordo com a norma PETROBRAS N-1644
[apud 32] Deve ser feita a limpeza das luvas dos chumbadores, e a proteo dos
chumbadores contra a corroso e danos mecnicos.
O nivelamento da superfcie da base deve ser executado atravs da colocao de
calos, de chapa ou barra de ao, assentados sobre a mesma. Os calos devem ser
dimensionados e espaados de modo a suportar o equipamento, levando-se em conta
os requisitos de normas (vide ANEXO C ORIENTAO PARA
DIMENSIONAMENTO DOS CALOS DO TROCADOR).
4.2.2.3 Exigncias da NR 13
A inspeo de segurana inicial deve ser feita em vasos novos, antes de sua entrada em
funcionamento, no local definitivo de instalao, devendo compreender exame
externo, interno e teste hidrosttico (ANEXO D EXEMPLOS DE PONTOS DE
VERIFICAO DO TESTE HIDROSTTICO SIMPLIFICADO), considerando suas
limitaes. As vlvulas de segurana dos vasos de presso (PSV) devem ser
desmontadas, inspecionadas e recalibradas por ocasio do exame interno peridico. A
inspeo de segurana peridica, constituda por exame externo, interno e teste
hidrosttico, devendo obedecer aos seguintes prazos mximos:
Quando for tecnicamente invivel a execuo do teste hidrosttico, ele pode ser
substitudo por outra tcnica de ensaio no-destrutivo ou inspeo que permita obter
segurana equivalente. A alternativa deve ser mencionada no Registro de Segurana.
4.2.3 Comissionamento
requisitos mnimos contidos na norma NR-13 [25] e deve ser emitido um registro de
segurana.
4.3 CONDICIONAMENTO/COMISSIONAMENTO:
INSTRUMENTAO
4.3.2 Calibrao
Outro teste que tambm pode ser realizado nas vlvulas o de resposta ao degrau,
conforme a Figura 20. Este teste muito til para modelagem e acompanhamento das
caractersticas instaladas da vlvula.
57
da vazo mxima.
Especificadas para vazamento menor que 0.1%
Classe III
da vazo mxima
Especificadas para vazamento menor que
Classe IV
0.01% da vazo mxima
Especificadas para vazamento menor que 5 x
Classe V 10-4 ml/min de vazo d'gua por polegada do
dimetro da sede
Especificadas para vlvulas com sede macia e
o vazamento e expresso como vazo
Classe VI
volumtrica de ar, com presso diferencial
nominal de at 345 kPa
4.4.1 - Checklist
Na prtica,
p porr questo das
d grandees distnciaas envolviddas, dos deemorados tempos dee
respoosta, dimeensionamennto de cabbos e interrferncias deve-se aassegurar, atravs dee
conddicionamennto, que os sinais esteejam nas to
olerncias recomenda
r adas.
Figura 22
2 - Arquiteturra de redundncia 2oo3, Ribbeiro 2005 [18].
Queda nos
n sinais digitais
d e verificao
v de alarmess e intertravvamentos;
Queda no
n ar de innstrumentao e verifficao da atuao dee falha de vlvulas e
equipam
mentos de trabalham
t c
com mola;
63
A etapa do teste de controle uma das ltimas fases e consiste na elaborao de testes
a quente, ou seja, primeira elevao da planta para seu ponto de trabalho com fluidos
de processo e verificao de desempenho conjunto dos sistemas e subsistemas.
Antes de iniciar os testes no sistema de superviso deve-se as-builtar a
documentao lgica do sistema, como diagramas lgicos, ou, geralmente, matrizes de
causas e efeitos (vide Figura 24)
conduzem a planta para estados seguros). Para conduo dos testes citados,
anteriormente so necessrios o controle de folha de dados de CLPs, listas de licenas
de programas, diagramas lgicos, matrizes causa-efeito e P&IDs.
O sucesso de um comissionamento possui pelo menos trs pilares: no ter acidentes de
trabalho durante a execuo, ser executado sem danos nos equipamentos e respeitar os
perodos planejados. O comissionamento considerado seguro quando na construo,
montagem e entrega as normas de segurana do trabalho so respeitadas e no h
ocorrncias de acidentes. Mesmo com o compartilhamento de equipes com diferentes
habilitaes e hierarquias, as etapas e testes so executados sem danos aos
equipamentos e os prazos respeitados.
Em resumo, chegou-se ao seguinte procedimento:
MECNICA
1 Acompanhamentos
1.1 Normas de projeto
1.2 Projeto
1.2.1 Tipo
1.2.2 Geometria
1.2.3 Dimenses
1.2.4 Materiais
1.3 Construo
1.3.1 Ensaios no destrutivos iniciais
1.3.1.1 Soldas
1.3.1.2 Superfcies
1.3.2 Verificao dimensional
1.3.2.1 Posicionamento de acessrios
1.3.2.2 Espessura de chapas
1.3.2.3 Posicionamento de flanges e espelhos
1.3.3 Verificao visual inicial
1.3.3.1 Desfolhamento
69
1.3.3.2 Poros
1.3.3.3 Irregularidades de cortes
1.3.3.4 Amassamentos
1.3.3.5 Trincas
1.3.3.6 Descontinuidades
1.3.4 Teste de estanqueidade
1.3.5 Teste hidrosttico
1.3.6 Ensaios no destrutivos finais
1.3.6.1 Soldas
1.3.6.2 Superfcies
1.3.7 Verificao visual final
1.3.7.1 Desfolhamento
1.3.7.2 Poros
1.3.7.3 Irregularidades de cortes
1.3.7.4 Amassamentos
1.3.7.5 Trincas
1.3.7.6 Descontinuidades
2 Transporte
2.1 Posicionamento dos olhais
2.2 Iamento e amarrao de trocadores de calor
3 Recebimento
3.1 Verificao de placa de identificao
3.2 Verificao e identificao de pontos de tratamento trmico
3.3 Condicionamento
3.3.1 Conservao do trocador em nitrognio (0,5 bar)
3.3.2 Proteo de flanges
3.3.3 Arrumao de peas avulsas em local abrigado e em caixas identificadas
4 Instalao
4.1 Verificao dimensional de fundao
4.1.1 Empenamento
70
INSTRUMENTAO
1 Acompanhamentos
1.1 Normas de projeto
1.2 Projeto
1.2.1 Verificao de classificao de rea
1.2.2 Verificao de especificaes tcnicas
2 Recebimento
2.1 Verificao de especificaes
2.1.1 Equipamento Ex
2.1.2 Processo
2.1.3 Identificao
2.1.4 Grau IP
2.1.5 Pintura
2.1.6 Manuais
2.2 Cablagem
2.3 Licenas
2.4 Condicionamento
2.4.1 Conservar em nitrognio (0,5 bar) e em caixas identificadas
2.4.2 Ambientes limpos e secos
3 Instalao
3.1 Verificao dimensional
3.1.1 Posicionamento de tomadas de medio
3.1.2 Posicionamento de vlvulas
3.2 Inspeo visual
3.2.1 Danos
3.2.2 Acesso aos equipamentos
3.3 Configurao
3.4 Calibrao
3.5 Teste a frio
72
AUTOMAO
1 Acompanhamentos
1.1 Normas de projeto
1.2 Projeto
1.2.1 Verificao de classificao de rea
1.2.2 Verificao de especificaes tcnicas
1.2.3 SIL
2 Recebimento
2.1 Verificao de especificaes
2.1.1 Ex
2.1.2 Cartes
2.1.3 Manuais
2.2 Cablagem
2.3 Licenas
3 Instalao
3.1 Verificao de sinais e comunicao
3.2 Verificao de lgica
3.3 Simulao de intertravamentos
4 Teste a frio
4.1 Operao em modo manual e local
4.2 Operao em modo manual e remoto
4.3 Operao em modo remoto e automtico
73
4.4 Shutdowns
5 Teste a quente
5.1 Operao em modo manual e local
5.2 Operao em modo manual e remoto
5.3 Operao em modo remoto e automtico
5.4 Ajustes nos controladores (temperatura, presso, energia)
5.5 Testes de desempenho
6 Entrega
6.1 Documentao as-builtada
6.2 Treinamentos de operao
6.3 Treinamentos de manuteno
GLOSSRIO
Furos Oblongos furos seqenciais numa chapa que possuem uma das dimenses
maior que a outra. Denomina-se sentido longitudinal de furao quando a maior
dimenso do furo paralela a maior dimenso da chapa a ser perfurada. Denomina-se
sentido transversal quando a maior dimenso do furo paralela a menor dimenso da
chapa a ser perfurada.
REFERNCIAS
Equao 1
Quando o projeto for executado de forma eletrnica, utilizando base de dados para
gerao de documentos, deve possuir telas de acesso ao usurio, gerao de relatrios
para recuperao das informaes nele contidas e um controle de reviso para cada
documento emitido a partir da base, norma petrobras N-1883 [38].
1. Projeto bsico:
a. Fluxograma de Processo (DE): Deve conter a representao
simplificada das malhas de controle com simbologia segundo a norma
ISA 5.1, identificando a varivel, funo e localizao. Deve conter
ainda a representao de equipamentos e linhas principais de processo,
norma petrobras N-1883 [38].
b. Folha de Dados de Processo (FD): Deve conter todas as informaes de
processo necessrias seleo e dimensionamento dos instrumentos.
c. Lista Preliminar de Instrumentos (LI): Deve ser emitida em
formulrio no formato A3 ou A4. Deve conter todos os instrumentos da
unidade, agrupados por malha e em ordem crescente, indicando o servio
onde so utilizados, sua locao fsica (campo, painel, funo em sistema
digital), o nmero do fluxograma e da folha de dados de processo, e o
tipo do instrumento previsto (placa, venturi, termopar). Funes
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2. Projeto Executivo
a. Cronograma de Projeto (CR): Deve listar cronologicamente as
atividades/documentos que so realizadas/emitidos, o grau de
interdependncia entre as atividades/documentos, inclusive considerando
as outras disciplinas, com um diagrama de barras associado,
identificando as datas de incio e fim da atividade e o tempo de durao.
b. Lista de Documentos de Projeto (LD): Deve conter todos os
documentos que so emitidos para o projeto e campos para o nmero do
documento, ttulo, formato, reviso, propsito da emisso e data da
emisso (ltima ou previso), norma petrobras N-1883 [38].
c. Lista de Instrumentos (LI): Deve conter todos os instrumentos da
unidade, inclusive instrumentos fornecidos com os equipamentos e
pacotes. Os instrumentos devem ser listados por malha, em ordem
alfabtica e crescente. A lista de instrumentos deve ser elaborada no
incio do projeto e usada com ferramenta de controle de andamento do
projeto, portanto deve ser revisada, aps incluso ou excluso de
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