Apostila Atos Dos Apostolos
Apostila Atos Dos Apostolos
Apostila Atos Dos Apostolos
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Atos dos Apstolos - Reviso em 2006 Curso Fundamental em Teologia Distncia
AUTOR
Destaca-se acima de tudo a autoria comum e a unidade da obra Lucas/Atos. Isso
faz de Lucas o mais extensivo autor de todo o Novo Testamento, (no considerando a
epstola aos Hebreus como sendo de Paulo), pois se somando esses dois volumes, temos
nessas duas obras mais de um quarto do total do volume do NT. A autoria comum desse
par de documentos, e o fato de que Lucas foi o autor de ambos bvio e universalmente
reconhecido, pois os dois volumes constituem duas divises de uma mesma obra
literria. Em At. 1:1 e Lc. 1:3 tem como destinatrio Tefilo. Apesar de no
mencionar no Livro de Atos seu nome, o autor se denuncia em algumas passagens ao
empregar o pronome da 1 pessoa do plural (ns) incluindo-se, desta forma, em algumas
partes das viagens como companheiro de Paulo (At..16:10-15; 20:5; 21:18; 27:1-20;
28:2, Cl. 4:1; II Tm. 4:11; Fm. 24).
DATA
No se sabe a data exata, no entanto a maioria dos eruditos concorda que este
livro s foi escrito aps o aprisionamento do apstolo Paulo em Roma, fato que se deu
por volta de 63 d.C.
Atos no relata a morte de Paulo, que ocorreu no reinado de Nero (54 a 68 d.C.),
tambm no h referncia clara em Atos morte de Tiago (62 d.C.) e de Pedro (uma
vtima de Nero). Tambm no se pode afirmar uma data igual ou posterior ao ano 70
d.C., pois no h a mnima referncia em Atos queda de Jerusalm.
Data mais provvel 65 d.C. (?).
Fica portando, incerto se Lucas interrompeu sua histria porque, j a
acompanhara at o momento de ela ser registrada, ou porque, por algum motivo, achou
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que j a desenvolvera at o ponto para onde quis chegar. Esta ltima possibilidade a
mais provvel, sendo que o propsito de Lucas era mostrar como o evangelho chegou a
Roma, mais do que escrever a histria da vida de Paulo, e deixa em aberto a pergunta
acerca da data do martrio de Paulo: foi no perodo de dois anos em At. 28:30, ou em
data posterior?
VERSCULO CHAVE
Atos 1:8 - Mas recebereis a virtude do Esprito Santo, que h de vir sobre vs; e ser-meeis testemunhas tanto em Jerusalm como em toda Judia e Samaria e at aos confins da
terra. (verso ARC)
Diviso do Livro
O livro contm trs grandes divises:
1) O testemunho em Jerusalm (1:1 a 8:3);
2) O testemunho em toda Judia e Samaria (8:4 a 12:25);
3) O testemunho at os confins da Terra (13 a 28);
O TESTEMUNHO EM JERUSALM
Captulo 1
Ascenso de Cristo - 1: 1-11
Jesus andou na Terra antes da ascenso 40 dias e apareceu aproximadamente a
500 pessoas. (I Co. 15:6). Jesus repete aos discpulos a promessa feita antes de sua
morte: Jo. 14:16; 15:26; 16:7-13. Conforme predito pelo profeta Joel (2:28-29).
v 6 - SENHOR restaurars Tu neste tempo o reino de Israel = Ansiedade
(No entendiam o propsito de Deus)
Estavam esperando:
Esperana Judaica de Liberdade (Romana)
Esperana do Reino Material
v 7 - S ao PAI compete os Mistrios.
v 8 - ltimas palavras do Senhor antes de sua ascenso.
v 11 - Dois Vares vestidos de Branco. Local: Monte das Oliveiras (Jerusalm)
O mesmo Jesus que subiu, voltar dos cus.
casa de Joo Marcos (autor do livro de Marcos), sua me era Maria (At. 12:12) - Talvez
local da ltima Santa Ceia.
v 13 - Os Apstolos
Mt. 10:1-4
Mc. 3:16-19
Lc. 6:13-16
At. 1:13
Simo Pedro
Simo Pedro
Simo Pedro
Simo Pedro
Andr
Tiago
Andr
Tiago
Tiago
Joo
Tiago
Joo
Joo
Andr
Joo
Andr
Filipe
Filipe
Filipe
Filipe
Bartolomeu
Bartolomeu
Bartolomeu
Tom
Tom
Mateus
Mateus
Bartolomeu
Mateus
Tom
Tom
Mateus
Tiago (de Alfeu)
Tiago (de Alfeu)
Tiago (de Alfeu)
Tiago (de Alfeu)
Tadeu
Tadeu
Simo (o zelote)
Simo (o zelote)
Simo (o zelote)*
Simo
Judas (de Tiago)
Judas (de Tiago)
Judas Iscariotes
Judas Iscariotes
Judas Iscariotes
-------------------* Zelote Seita judaica, eram fanticos, usavam de violncia, tudo em favor da libertao
de Israel do jugo estrangeiro.
v 14 Fatos Importantes:
1Os 11 estavam unnimes - Antes da Cruz cada um queria ser o maior (Mt. 20:17-24)
Estar de Pleno acordo a expresso chave para que a Obra de DEUS seja
realizada (Am 3:3).
2 Todos perseveravam em orao Lc. 24:53 - Fidelidade no Templo louvando e em
orao de manh e tarde.
3 Presena das mulheres nessa reunio - ltima vez que Maria, me de Jesus,
mencionada.
4 Os irmos de Jesus estavam presentes (convertidos) - (Jo. 7:5 no criam).
Tiago - autor da carta. (tornando-se depois lder da Igreja de Jerusalm)
Judas - autor da carta (Jd. 1)
Nota: Viam importncia em substituir Judas por causa de ser ele Testemunha,
entendiam que testemunhas eram aqueles que conviveram com Jesus. Na verdade
Testemunhas de Jesus (At. 1:8), seriam todos ao receber o Esprito Santo depois do
Pentecoste. Ex. Paulo, ns.
Concluso: Obedincia (palavra chave) - Receberam a ordem:
De ir a Jerusalm e foram;
Aguardar em orao - aguardaram em todo o tempo com louvor e orao.
Captulo 2
O Derramamento do Esprito Santo - 2:1-13
ESTE FATO FOI O MARCO DA FUNDAO DA IGREJA EM JERUSALM
Pontos principais:
- Estavam reunidos no mesmo lugar (Cenculo, casa de Joo Marcos).
- 120 pessoas.
- Ficaram orando 10 dias. (At.1:3 40 dias depois subiu aos cus. Como a festa de
Pentecostes* ocorria 50 dias depois da Pscoa. Jesus ressuscitou na Pscoa) = 0 +
40 dias na terra = 40 + 10 = 50.
* Pentecostes o 50 dia depois do 2 dia da Pscoa. Era chamada de Festa das Semanas,
visto que se observava sete semanas depois da Pscoa. Ofereciam como primcias os
frutos das searas. Esta festa foi instituda c/o fim de obrigar os israelitas a dirigirem-se ao
Tabernculo ou ao Templo - reconhecendo o absoluto domnio do Senhor, com a
espontnea oferta dos primeiros frutos - e comemoravam o fato de ter sido dada a Lei, no
50 dia aps a sada do Egito.
- Simbolizava os primeiros membros da Igreja.
- Foi predito por Jesus: At. 1:8.
- Era Sobrenatural e evidentemente de origem divina.
- Foi ouvido versculo 2.
- Foi visto versculo 3.
O derramamento foi acompanhado de trs manifestaes sobrenaturais:
1 UM SOM COMO DE UM VENTO IMPETUOSO.
2 LNGUAS COMO QUE DE FOGO SOBRE CADA UM
3 PASSARAM A FALAR EM OUTRAS LNGUAS.
Nota: O ESPRITO semelhante :
- VENTO (do grego Pneuma) pode ter ambos os sentidos: Era um Som como de
um Vento, quase palpvel o qual encheu toda a casa.
- VENTO Sinal da presena de DEUS como ESPRITO.
- FOGO Uma chama dividiu-se em vrias Lnguas, de modo que cada uma
delas pousou sobre uma das pessoas presentes.
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Captulo 3
A Cura de Um Coxo - 3:1-10
Pedro e Joo caminhavam para o Templo, por volta da hora nona (15 horas). Esta era a
hora do sacrifcio da tarde, que era acompanhada por oraes pela congregao.
Era trazido um varo coxo de nascena para ser colocado porta do Templo chamada de
Formosa.*
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Captulo 4
A Ousadia de Pedro e Joo perante o Sindrio - 4:1-22
Estando eles (Pedro e Joo) falando ao povo, vieram os sacerdotes e o capito do templo
e os saduceus, doendo-se pois ensinavam em Jesus, a ressurreio dos mortos, os
lanaram na priso at o dia seguinte, pois j era tarde. Muitos, porm dos que ouviram
a palavra, creram e chegou a quase 5000. No dia seguinte foram apresentados ao
Sindrio*.
* Sindrio: Embora a palavra grega sundrion tenha sido transliterada para o hebraico e
para o aramaico, ela nunca aparece nas pginas do AT. Talvez porque s passou a fazer
parte do vocabulrio palestino durante o perodo intertestamentrio. O termo indica o mais
elevado tribunal judaico da Palestina, antes do ano 70 d.C. O substantivo formado pelo
adjetivo snedros, sentado em conclio (sn, "com + dra, assento).
Histria - A tradio rabnica, registrada na Mishnah, ( a primeira parte ou texto do
Talmude*. Consiste em tradies orais e comentrios sobre o Pentateuco) diz que a origem
do Sindrio est no mandamento de Deus, dado a Moiss, para que reunisse 70 homens
escolhidos, dentre os ancies de Israel. (Nm. 11:16)
Composio - Embora as tradies rabnicas reconheam somente o Sindrio composto por
eruditos escribas e fariseus, sabe-se, mediante a histria, que o Sindrio sempre foi
dominado pela aristocracia sacerdotal. Durante o governo dos hasmoneanos, a nobreza se
compunha, quase sem exceo, de Saduceus. Os fariseus foram admitidos como membros
do Sindrio, em nmero considervel apenas durante o reinado de Salom Alexandra e sob
Herodes o Grande. Sua composio (conforme o Mishnah) era de 71 membros. Aquele
membro a mais, aparentemente era o presidente do Sindrio. No entanto a tradio rabnica,
que sem dvida reflete a situao aps o ano 70 d.C., diz que esse conclio era presidido
por um prncipe que era apenas um dos escribas do conclio.
Competncia - exercia completo controle sobre as questes religiosas da nao judaica
*Talmude - uma coletnea de preceitos rabnicos, de decises legais e de comentrios
sobre a legislao mosaica.
Os membros do conselho estavam aborrecidos porque Pedro e Joo estavam assumindo
o papel de lderes religiosos e tinham proclamado que Jesus levantara-se dos mortos.
Somente o Sindrio poderia conceder autorizao a algum para que fosse reconhecido
como lder religioso e intrprete da lei. Alm disso, o fato de proclamarem a
ressurreio de Jesus fez com que principalmente os Saduceus de levantassem contra os
apstolos. O conselho era composto por Fariseus* e Saduceus*, seitas judaicas.
* Fariseu Parash = separar - Separados. Separavam-se dos demais judeus por causa dos
privilgios, sem nenhuma conotao religiosa. Seita maior e mais influente do NT. Criam
em anjos, espritos, na imortalidade da alma e ressurreio do corpo. Oravam, jejuavam e
dizimavam. Criam na predestinao em harmonia com o livre arbtrio. Eram cheios de si e
gostavam de aparecer.
* Saduceus Partido sacerdotal tinham poder poltico dominante da vida civil do judasmo
no reinado de Herodes. Criam na Torah (Lei de Moiss) como cannico. Negavam a
existncia de anjos e espritos e na imortalidade pessoal. Eram oportunistas e desejavam
prestgio. No sobreviveram destruio de Jerusalm.
Eram quase na totalidade aristocratas.
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Captulo 5
Ananias e Safira - 5:1-11
- Venderam uma propriedade
- Ficaram com parte do dinheiro (no eram obrigados a ofertar)
- Queriam ser vistos pelos homens como "generosos
- Mentiram contra o Esprito Santo
- Morreram fulminados
# aplicao: Deus V todas as coisas, inclusive as ocultas.
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Pedro continua afirmando sobre o Deus de seus pais que ressuscitara Jesus o qual
eles o mataram e est destra de Deus, para ser o lder do povo de Israel e
recebessem o arrependimento dos pecados.
Concluindo Pedro declara que viram o Jesus Ressurreto, o Esprito Santo tambm
mencionado como Testemunha - e afirma que somente aqueles que obedecem a
Deus que recebem o Esprito Santo.
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Captulo 6
A Primeira Organizao - 6:1-7
A Igreja crescia - Motivos
- Crescimento numrico dos discpulos (+ de 5000)
- A murmurao - toda a tarefa de assistncia era feita pelos apstolos. Com esse
crescimento as vivas helenistas comearam a ficar desamparadas (este nmero
crescia pelo retorno a Jerusalm dos judeus cristos helenistas).
- Os apstolos queriam pregar e evangelizar
- No queriam mais os servios chamados domsticos (no que no sejam
importantes)
- Sugeriram que se a multido escolhesse (no eles) sete homens para este servio.
- Os requisitos:
Homens de boa reputao
Homens cheios do Esprito Santo
Homens cheios de Sabedoria
* Esta deciso agradou a todos e acabou com a murmurao *
DICONOS* - Embora o verbo Servir provenha da mesma raiz do substantivo que
em Portugus se traduz por Dicono, Lucas no se refere aos sete como diconos; a
tarefa deles no tinha nome formal.
*Dicono - grego diakonos - toda Sinagoga tinha no mnimo trs diconos. Eram
chamadas de parnasin, derivada do vocbulo parnes, que significa: Alimentos, nutrir,
sustentar os deveres, governar (Paulo fala em I Tm. 3:1-13).
Porque 7 (?)
- Representantes dos Gregos da Comunidade Crist
(trs hebraicos, trs Helenistas e um proslito)
- Jerusalm era dividida em 7 distritos
- Nmero sagrado para os judeus:
- Nmero da perfeio divina
- Deus descansou no 7o dia
- O homem tambm deve descansar no 7o dia
- Havia um ano sabtico e tambm um ano do Jubileu aps 7 X 7 anos.
- Algumas festas duravam 7 dias
- Algumas tarefas judaicas duravam 7dias
- O dia da Expiao era no 7 ms do ano
- O Candeeiro de ouro tinha 7 ramos
- Salmista louvava a Deus 7 vezes ao dia
Quem foi escolhido? - todos da classe helenista:
Estevo - homem cheio do Esprito Santo, tinha influncia.Filipe - (no o apstolo, junto
com Estevo) tinha influncia, Prcoro, Nicanor, Timo, Prmenas e Nicolau (proslito
de Antioquia da Sria).
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Cristos de lngua grega comearam agora atingir seus companheiros judeus com o
evangelho.
Estevo levou a efeito um ministrio apostlico de pregao e cura.
Enfrentou oposio da parte de membros das Sinagogas de lngua grega.
Inventaram acusaes: Jesus mudaria a Lei e os costumes que Moiss dera, Que
Jesus destruiria o Templo. # isto irritou tambm os outros judeus e lderes do
Conclio #
Estevo preso
Seu rosto brilhava como se fosse de um anjo
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Captulo 7
A Defesa de Estevo - 7:1-53
-
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Captulo 9
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A converso:
* No ouviram a voz isto , porque entre os gregos, como entre ns, a palavra ouvir se
usava no sentido de entender, ouviram, pois a voz e no a ouviram, isto ouviram o rudo,
porm no entenderam as palavras.(Paralelos de palavras) Na verso NVI (Nova Verso
Internacional) est escrito: No entenderam a voz daquele que falava comigo
Saulo ficou cego. Foi conduzido a Damasco.
Esteve trs dias sem comer e nem beber e no vendo.
Ananias, um cristo teve uma viso, para ir rua direita na casa de Judas e perguntar
sobre um homem chamado Saulo de Tarso. Saulo tambm havia recebido a viso
sobre Ananias.
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o Esprito Santo modifica uma pessoa de vontade frrea, aps sua converso. Poucas das
atividades de Saulo anteriores sua converso so reveladas nas Escrituras, e mais de
95% das experincias de que temos conhecimento ocorrem depois que ele recebeu a
plenitude do Esprito Santo. No entanto, ele caminha pelas pginas do livro de Atos com
os passos pesados do colrico. Um colrico transformado, sim, um colrico controlado
pelo Esprito, sim, mas, a cada passo, sempre um colrico.
Quando Paulo tomou a deciso dinmica de seguir a Cristo, parecia ter muito a
perder. Foi expulso do Sindrio e seu nome ficou sendo motivo de desprezo em Israel.
Mas, transformado em Paulo, o apstolo, ele prosseguiu sob o poder controlador do
Esprito Santo e veio a tornar-se o maior nome da histria do cristianismo.
Ministrio de Paulo realizou em nome do Senhor Jesus muitas curas e milagres.
Participou de quatro viagens, sendo trs missionrias e uma como prisioneiro a Roma.
Escreveu tambm treze Epstolas: Romanos, I e II Corntios, Glatas, Efsios,
Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timteo, Tito e Filemom.
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Captulo 10
Cornlio Manda Chamar Pedro - 10:1-48
Morava em Cesaria um homem chamado Cornlio, Centurio da fora romana.
Cesaria era a capital da Judia. Ali havia corte de soldados = 600. Ficava a 48 Km ao
norte de Jope. Cornlio era um homem temente a Deus, no se tornara proslito, mas em
contnuo, orava a Deus.
Na hora nona (3 da tarde) teve uma viso, onde suas oraes e esmolas subiram at
os cus. Manda chamar Pedro em Jope.
Na hora sexta (meio-dia), Pedro sobe para orar e teve uma viso: teve fome e veio
do cu um vaso como um grande lenol atado tendo toda sorte de quadrpedes,
rpteis da terra e aves do cu. Uma voz disse: PEDRO MATA E COME. Pedro
replicou, pois era coisa imunda = AO QUE DEUS PURIFICOU NO
CONSIDERES COMUM. Isto sucedeu por trs vezes e o vaso foi recolhido ao
cu.
Cornlio envia seus mensageiros e Pedro recebe a ordem do Senhor para atender e
nada duvidar.
Pedro vai c/eles e ao encontr-lo, Cornlio se ajoelha. Pedro disse: levanta-te, pois
tambm sou homem. Pedro entendeu a viso, pois no era permitido um judeu ajuntar
ou aproximar-se de um estrangeiro = NENHUM HOMEM CONSIDERA-SE
IMUNDO OU COMUM. Cornlio fala de sua viso e de chamar a Pedro. O motivo
da chamada de Pedro agora se torna mais claro, pois agora estavam todos ali para
ESCUTAR O QUE DEUS TERIA PARA ELES Pedro ento entendeu: DEUS NO
FAZ ACEPO DE PESSOAS. Pedro ento prega JESUS.
Captulo 11
A Defesa de Pedro e o Reconhecimento da Igreja - 11:1-18
As notcias sobre as almas que foram salvas e batizadas no Esprito Santo entre
os gentios, chegaram bem depressa aos ouvidos dos apstolos e dos demais irmos.
Em Jerusalm, Pedro foi questionado pelos que eram da CIRCUNCISO.
*Partido da Circunciso - literalmente no grego judeus de nascena, agora convertidos
ao cristianismo, ou seja, Judaizantes, mas ainda guardavam os costumes judaicos como a
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Captulo 12
O Martrio de Tiago - 12:1-2
Os procuradores romanos, no eram populares aos judeus, por esta razo o rei
Herodes* mandou prender alguns da Igreja dentre eles Tiago*, para assim ganhar a
simpatia do povo e das autoridades judaicas.
Tiago foi decapitado por ordem legal de acordo com as leis romanas (Herodes
tinha poder por ser procurador romano) se fosse julgado pelo Sindrio, seria apedrejado.
*Tiago - filho de Zebedeu, irmo do apstolo Joo, pescador Galileu, chamado por Cristo
para ser apstolo. Foi um dos trs apstolos preferidos de Jesus. Ele e seu irmo Joo
receberam o apelido de Boanerges que significa Filhos do Trovo, por causa da
disposio explosiva e violenta dos dois. Em Mc. 10:35-37, ele e Joo pedem o privilgio
de sentarem na Glria em lugares destacados, mas o Senhor no v 39, lhes prometeu que
participariam do seu Batismo (sofrimento), o que envolvia morte violenta por amor a Ele.
*Herodes Agripa I: era neto de Herodes o Grande, que promovera a matana dos inocentes
no tempo de Jesus, e sobrinho de Herodes Antipas que ordenara o assassinato de Joo
Batista.
O Livramento
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O Regresso
Voltaram pelo mesmo caminho - Preocupaes (?) com as igrejas que lhes
foram hostis - no houve incidentes - Encorajaram os crentes novos. Nomearam lderes
em cada igreja. (os Presbteros). Em Perge pregaram o evangelho (no haviam
pregado na ida) onde houvera a separao de Joo Marcos e eles haviam se estruturado.
De Perge a Atlia porto adjacente tomaram o navio at Antioquia da Sria no
parando em Chipre. Durao 2 anos
Captulo 15
O Conclio de Jerusalm - 1:1-35
Nota - Jerusalm + ou - 49 d.C. - Alguns eruditos pensam que a passagem de Gl. 2:1-10
deve ser associada visita feita por Paulo a Jerusalm registrada em At. 11:30. Isto
significa que quando Paulo escreveu a Epstola aos Glatas, ainda no havia tido lugar o
Conclio de Jerusalm, pois como poderamos imaginar que Paulo no fizesse meno
s determinaes do Conclio em seus escritos. Isto se confirma em Gl. 2:11 c/a questo
do conflito entre Paulo e Pedro (O Livro de Atos ignora o conflito).
A questo
A igreja crist comeou como um grupo religioso judaico, que observara,
essencialmente, leis e costumes judaicos, e que estava comeando a sofrer o influxo de
membros gentios, por causa da misso gentlica da Igreja primitiva. Era irreconcilivel o
estilo pago de vida, mesmo quando refinado pela f crist, ao caminho judaico cristo.
No podemos olvidar que os convertidos f crist, em Jerusalm, apesar de
reconhecerem Jesus como o Messias, e sabendo que um novo movimento religioso
estava comeando, no viram razo alguma para abandonarem seus costumes religiosos,
alguns dos quais reputavam como importantssimos. Muitos cristos primitivos, assim
sendo, continuaram crendo que a circunciso* era necessria salvao.(At. 15:5) Esse
mesmo versculo mostra-nos que muitos fariseus convertidos ao cristianismo vieram
fazer parte da liderana da Igreja Primitiva. O problema tratado pelo primeiro conclio
cristo consistiu, portanto, em determinar quanto do judasmo os convertidos gentios ao
cristianismo precisavam observar. Afim de que no se rompesse a concrdia entre
convertidos gentios e convertidos judeus.
Provises do Conclio
Houve um acirrado debate. Mas Paulo, em seu apelo pela legitimidade da igreja
crist gentlica, obteve a vitria essencial, ainda que no em todos os pormenores da
questo. O prprio Tiago*, pastor ou bispo de Jerusalm foi retratado a reconhecer a
obra de Deus entre os gentios, citando trechos bblicos apropriados ao VT, em apoio ao
ponto (Am. 9:11-12; Jr. 12:15). Foi Tiago quem concluiu, mostrando quais deveriam ser
as concluses, e dirigindo a redao de uma carta que deveria propagar por todo o
mundo cristo as decises tomadas.
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Decises tomadas
a) Os gentios convertidos no deveriam ser considerados sujeitos legislao mosaica
como condio salvao ou como condio de fraternidade na Igreja crist.
b) Paulo e Barnab foram reconhecidos como autnticos ministros cristos, da
derivando-se a legitimidade da misso crist entre os gentios.
c) Proibies religiosas - Toda a contaminao idlatra precisava ser evitada, incluindo
a ingesto de alimentos oferecidos aos dolos.
d) Proibies morais - Todas as formas de imoralidade foram proibidas.
e) Proibies higinicas - Os crentes foram aconselhados a absterem-se de comer carnes
de animais sufocados ou mortos de maneira indevida. Os pagos consideravam que as
carnes preparadas em seu prprio sangue, alm de vrios pratos preparados com sangue,
eram deliciosos.(Ex: no Brasil, o Sarapatel e o molho pardo incluem sangue).
f) Proibies Civis - A abstinncia de toda a forma de violncia, crueldade, homicdio,
assassnio, levantes, etc., to comum no mundo gentlico da poca (At. 15:20d). Isso
no deve ser confundido com o sangue como parte de alimentos. A absteno que temos
aqui, quase certamente, uma aluso s diversas formas de violncia. O texto grego
ocidental diz derramamento de sangue. Essa variante, embora uma interpretao,
provavelmente expressa corretamente a idia envolvida.
# essas provises foram reduzidas forma escrita, e ento enviadas s igrejas gentlicas,
por meio de delegados de confiana, afim de que as decises do conclio fossem
implementadas entre as igrejas crists gentlicas.
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Captulos 16 - 17 - 18
SEGUNDA VIAGEM MISSIONRIA
Antioquia da Sria por terra at a regio da Cilcia. Vai at a Galcia do Sul
chegando a Derbe e Listra, eram cidades prximas. Timteo engajado ao grupo.
(Timteo era filho de uma judia com um grego. Pela lei o casamento era ilcito, mas a
criana tinha de ser circuncidada. Timteo no o foi, sua me era Eunice, desviada do
judasmo e sua av chamava-se Lide e era crist. Haviam se convertido quando da 1
viagem. Paulo circuncida Timteo, por qu? Era filho de judia - Listra no tinha
Sinagoga, sua me no era praticante, sua situao era conhecida de todos = judeu no
circuncidado, iria acompanhar Paulo, "era um homem escolhido por Deus", Paulo usou
de sabedoria para evitar controvrsia). De Listra a Trade colnia romana, seu nome
verdadeiro era Alexandria Trade, ligava a sia a Europa. Paulo noite tem a viso
"PASSA A MACEDNIA E AJUDA-NOS. Entende que para ajudar aquele povo.
Lucas aparece na histria (Ns -16:10), era mdico (Cl. 4:14). De Trade ilha de
Samotracia e em seguida a Nepolis porto de Filipos, distante 16 km. cruzando assim,
o mar Egeu, chegando a Filipos fundada em 360 a.C., recebeu o nome da parte de
Felipe da Macednia. Era reduto de soldados veteranos romanos, possua direitos de
autonomia romana e iseno de impostos. Era a cidade mais importante de quatro
Distritos. No havia Sinagoga, as reunies eram s margens de rios. Ldia, judia da
comunidade de Tiatira, vendedora de prpura se converte e batizada (com toda a sua
casa). Paulo e seus companheiros (Silas, Timteo e Lucas) se hospedam em sua casa.
Paulo expulsa o esprito adivinhador de uma jovem resultando na sua priso e de Silas.
Foram aoitados com vara (no podiam ser aoitados caso se identificassem como
cidados romanos). De Filipos passaram atravs de Anfpolis at Tessalnica (de
Nepolis comeava uma estrada romana chamada Via Egnatia*).
*Via Egnatia - Viajaram 53 Km para Anfpolis, 43 Km para Apolnia e ento 56 Km para
Tessalnica. Nesta estrada, Anfpolis, Apolnia e Tessalnica e depois passava para o oeste,
atravessando a Macednia at a praia do mar Adritico em Dirraquio, de onde os viajantes
podiam atravessar o mar para a Itlia. "Vemos a a importncia das estradas romanas no
contexto"
Tessalnica - maior cidade da Macednia, centro comercial livre. Tinha governo
prprio com populao judaica e Sinagoga. Livre pelos romanos em 42 a.C. Pregaram,
mas tambm foram perseguidos. Prenderam Jason e alguns cristos, onde Paulo estava
hospedado, como no o encontraram, Jason c/os demais so interrogados e soltos
mediante fiana.
De Tessalnica fogem noite (Paulo e Silas) para Beria 72 Km. Como haviam
fugido e viajado toda noite, estavam cansados, mas, pregaram e foram bem aceitos.
Vemos em 17:11 Lucas elogia os bereanos, os quais foram mais nobres do que os de
Tessalnica. Os judeus de Tessalnica vieram at Beria para excitar a multido junto
com os bereanos. Paulo parte para Atenas, Silas e Timteo ficaram em Beria. De Beria
at Atenas centro da filosofia do mundo conhecido e entregue idolatria. Paulo
recebido com frieza. Havia duas classes de filsofos - Epicureus e Esticos. (Epicureus eram os cticos que rejeitavam todo tipo de religio e Esticos - eram seguidores de
Zeno de Cicio, ensinados a serem indiferentes dor e ao prazer, alegria e tristeza e a
aceitarem as leis da natureza). Paulo conversa com os filsofos na praa, acham Paulo
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um tagarela e pobre de esprito. Foi levado para o Arepago (Suprema Coorte). Foi
motivo de zombaria, mas muitos creram (Paulo pregava a ressurreio de Cristo) entre
eles Dionzio (Membro do Conselho e posteriormente foi o 1 Bispo da Igreja de Atenas)
e uma mulher de nome Damaris (mulher aristocrata liderou o movimento das mulheres de
Atenas). De Atenas para Corinto era capital da provncia romana de Acaia, destruda
pelos romanos em 146 a.C., recriada por Julio Csar. Era um centro comercial estratgico.
Tinha poucos judeus e possua reputao por imoralidade. Recebidos por quila e
Priscila, judeus da disperso e expulsos de Roma pelo imperador Cludio. Voltou a
trabalhar em seu ofcio (18:3) e pregar o evangelho no sbado nas Sinagogas. Silas e
Timteo voltaram da Macednia trazendo notcias da Igreja e sustento financeiro.
Comeou a pregar na casa de Tito Justo que ficava junto a Sinagoga. Crispo
chefe da Sinagoga converteu-se e foi batizado juntamente com Gaio (I Co. 1:14).
Novo levante contra Paulo - levado at Glio (Procnsul) da Acaia. Foi liberado,
mas prenderam Sstenes, novo lder da Sinagoga, que houvera se convertido. Ficaram
ali 6 meses, nesta ocasio escreveu as duas epstolas aos Tessalonicenses. Acompanhado
por quila e Priscila partem para Cencria porto de Corinto, raspa a cabea*.
* Raspar a Cabea: - (Voto) Os judeus faziam votos a Deus, ou em gratido por bnos
passadas (tais como a proteo divina que Paulo recebeu em Corinto ou como parte de uma
petio por bnos futuras, tais quais a salvaguarda na viagem iminente de Paulo) o
presente contexto se inclina para a primeira interpretao. Um voto nazireu temporrio
inclua a abstinncia do lcool e tambm de cortar os cabelos. Sua concluso foi marcada
por raspar completamente os cabelos e oferecer um sacrifcio no templo de Jerusalm.
Muitos comentaristas estranham esta atitude de Paulo e dos cristos em geral em fazer
votos deste tipo, porm, meramente expressava sua gratido a Deus da maneira tradicional
nos dias dele.
Voto de Narizeu do hebraico nazir, derivado de nazar separar, consagrar, abster-se. O
voto do nazireado envolve a consagrao especial de pessoas com Deus. No tempo dos
hebreus eram votos vitalcios (Sanso). A legislao posterior, entretanto permitia que tais
votos fossem limitados a tempo (no inferior a 30 dias).
Trs condies especficas eram requeridas: - Abstinncia de vinho ou qualquer outra
bebida forte. - Deixar o cabelo crescer - No ter qualquer contato com um cadver ou com
parentes prximos.
Obs. Os Sumos Sacerdotes tambm compartilhavam desse requisito.
De Cencria at feso Paulo deixa quila e Priscila, iniciando ali seu ministrio.
Prega na Sinagoga, despede-se, faz promessa de voltar. De feso a Cesaria passando
por Jerusalm, saudou a Igreja e desceu at Antioquia, de onde havia partido anos
antes.
Os versculos 23 a 28 do captulo 18 de Atos so abordados na unidade VI.
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Captulos 19 - 20 - 21
TERCEIRA VIAGEM DE PAULO
Obs: A Terceira Viagem Missionria foi o perodo mais importante da vida de Paulo. A
provncia da sia foi evangelizada e postos avanados do cristianismo foram lanados na
Grcia. Durante estes anos, Paulo escreveu I, II Corntios, Romanos e talvez (ainda no
que todas) algumas das chamadas epstolas da priso - I, II Timteo e Tito. (dentre as 13
epstolas, 7 so reputadas epstolas da priso, o que significa que foram escritas na
priso), tambm chamadas epstolas pastorais (abordam problemas eclesisticos, tendo
por intuito ajudar pastores em seu trabalho, especialmente no ministrio do ensino e na
vigilncia em favor da igreja crist).
feso cidade importante pelo seu comrcio e populao, mais importante por seu
famoso templo da deusa rtemis ou Diana (uma das 7 maravilhas do mundo antigo).
Muitos peregrinos do mundo todo vinham para adorar Diana, e o comrcio era grande
(vendiam miniaturas do templo). Era tambm sede da magia, astrologia, espiritismo e
toda sorte de superstio. Em feso ficou trs anos, estabeleceu um dos maiores centros
do Cristianismo. Ali escreveu a carta de I Corntios. Ensinou 3 meses na Sinagoga.
Depois pregou e ensinou seus discpulos na escola de Tirano* por 2 anos.
*Tirano - Por oposio ao ensino na Sinagoga, pode ter alugado um salo onde o
proprietrio era Tirano. Podia ser um rabino ou um grego retrico, que tinha uma Escola de
Teatro.
Antes havia batizado 12 vares com imposio de mos, receberam o Batismo
com o Esprito Santo. Tambm Paulo realizava curas e maravilhas e at os seus lenos e
aventais curavam e expulsavam demnios.
Os 7 filhos de Ceva, judeu principal dos sacerdotes, tentavam exorcizar usando o
termo: Em nome de Jesus a quem Paulo prega. Foram envergonhados e fugiram nus e
feridos. Com isto muitos creram no Evangelho e foram queimados em praa pblica
seus livros equivalentes a 50 mil peas de prata (50 mil dias de servio de um
trabalhador, ou seja, mais do que o salrio de cinco homens trabalhando durante 30
anos).
Paulo recebe a viso p/voltar a Macednia. Envia Erasto e Timteo Macednia,
ficando por mais algum tempo na sia. Um ourives chamado Demtrio que fabricava
jias com a esfinge de Diana, temendo o prejuzo, promoveu um tumulto. Temendo
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punio do governo romano por causa da anarquia, sem explicao, o escrivo da cidade
consegue acabar c/o tumulto.
De feso Trade em direo Macednia visitando Filipos Tessalnica
Beria foi neste lugar que Paulo escreveu a Segunda carta aos Corntios, levada por
Tito. Da Paulo parte para a Grcia (nome popular da provncia romana da Acaia) a
Corinto fica trs meses, era inverno e difcil de viajar, foi quando escreveu a carta aos
Romanos. Enviou seus companheiros (7) na frente, pois evitou uma cilada. Era a festa
da Pscoa e muitos iriam de navio. Ento, resolveu retornar indo sentido Norte. (sua
inteno era a Sria por mar).
De Corinto a Filipos participaram da Pscoa com a Igreja. De Filipos atravs
do porto de Nepolis Trade 5 dias de viagem e ali permaneceram sete dias
encontrando o restante da caravana. Participa do partir do po falando a noite toda,
quando um jovem chamado de utico, cai da janela (estava com sono) e morreu. Paulo
orou e ele foi ressuscitado. De Trade por terra Paulo vai at Asss havia mandado
seus companheiros por mar, distante por terra 32 Km. Em Asss subiu a bordo do navio
que velejou por 71 Km at Mitilene cidade principal da ilha de Lesbos. No dia
seguinte passaram por Quios passaram ao largo de feso chegando a Samos (uma
ilha perto do litoral ao sul de feso). Depois de ficar em Troglia um promontrio, no
dia seguinte chegaram a Mileto que ficava 48 Km ao sul de feso.
Nota: Paulo no desembarcou em feso, pois queria ganhar tempo para chegar
em Jerusalm para a festa de Pentecostes. Em Mileto mandou chamar seus irmos
presbteros em feso para despedir-se, pois sabia que no mais voltaria. Atos 20:35 Discurso de Paulo - falou como Jesus; tomou o firme propsito de ir a Jerusalm,
sabendo que seria preso. De Mileto velejaram + ou - para o sul at a ilha de Cs (Ks)
e um dia mais tarde chegaram a Rodes um porto da ilha do mesmo nome. Dali para
Ptara ao sul da sia Menor. Ali trocaram de navio e foram para Tiro Ali fica
sete dias em comunho com os irmos, que pediram para no subir at Jerusalm. Ao
partir, toda comunidade, incluindo mulheres e filhos vo at a praia se despedir de Paulo
(Cena emocionante) de Tiro Ptolomaida (moderna Akko ou Acre) ficaram um dia
e de l Cesaria passando alguns dias com Filipe, o evangelista. Ali um profeta de
nome gabo (o mesmo de Atos 11:28 que previu fome na Judia) tem a viso do que vai
acontecer. Mesmo assim Paulo segue para Jerusalm.
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Captulos 22 - 23
O DISCURSO DE PAULO - 22:1-29
Paulo fala de sua biografia, que era judeu zeloso e relata sua converso. O
discurso interrompido e Paulo levado para fora da Fortaleza. Iria ser aoitado para
dizer a verdade, diz ento ao Centurio que era cidado romano*, que comunica ento
ao Tribuno.
*Lex Valeria, Lex Porcia e Lex Julia, eram leis antigas que proibiam a fustigao e at
mesmo o ato de algemar um cidado romano.
O tribuno era Cludio Lisias, que havia comprado a cidadania romana por
vultuosa soma em dinheiro e questionava Paulo, pois este recebera de graa a cidadania.
Paulo ento solto e enviado ao Sindrio Judaico.
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Captulos 24 - 25 - 26
PAULO PERANTE FLIX - CAPTULO 24
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Como teria pedido (apelo) para Csar, a lei autorizava sua absolvio, mas a essa
altura, absolv-lo seria uma ofensa contra o Imperador.
* DEUS IRIA CUMPRIR O DESEJO DE PAULO *
Os Herodes - No ano 63 a.C. a Palestina foi conquistada pelos romanos (Pompeu).
Antpatos (edomita descendente de Esa) foi designado governador da Judia. Seu filho
foi Herodes o Grande.
Herodes o Grande 37 a 4 a.C. (Mt. 2:1; Mc. 6:14-16; Lc. 1:5) o Herodes do
nascimento de Jesus que trucidou os meninos em Belm. Construiu o novo Templo de
Jerusalm. Teve 10 esposas e muitos filhos.
- Herodes Arquelau 4 a 6 d.C. filho de Herodes o Grande, reinou na Judia, Samaria
e Idumia. Foi banido para Viena, morrendo na Frana. mencionado em Mt. 2:22.
- Herodes Filipe I Filho de Herodes o Grande. o Filipe mencionado em Mt 14:3, Mc
6:17. A expresso seu irmo em Lc. 3:19 referncia a ele. Casou com Herodias, filha
de seu irmo Aristbulo, que o abandonou para viver com outro tio, Herodes Antipas.
Este abandonara sua esposa, filha do rei Aretas da Arbia. Aretas executou vingana. Do
casamento de Filipe I com Herodias nasce Salom a qual foi envolvida na morte de Joo
Batista. Quando Herodias passou a viver com Herodes Antipas, este adotou Salom.
- Herodes Antipas 4 a 39 a.C. filho de Herodes o Grande. mais conhecido como o
Tetrarca (Lc. 3:1; 23:7-8). Reinou s/ Galilia e Peria. Foi deposto pelo imperador
Calgula devido a maquinaes de Herodias. Foi este o Herodes da Paixo de Cristo.
(Lc 23)
- Herodes Filipe II 4 a 34 d.C. Filho de Herodes o grande, reinou em Ituria e
Traconides. mencionado em Lc. 3:1. Casou com Salom (filha de Herodias com
Filipe I).
- Herodes Agripa I - 37 a 41 d.C. Neto de Herodes o Grande e irmo de Herodias.
Filho de Aristbulo, o qual fora morto por estrangulamento por ordem de seu pai
Herodes o grande. Em 37 passou a Governar a Ituria e Peria. Em 41 recebeu tambm a
Judia e Samaria, passando a reinar s/ toda a Palestina at 44 d.C. Teve uma filha
Berenice que casou com seu Tio Herodes de Clcis, para pouco depois passar a viver
com seu irmo Agripa II. Depois casou com Polemo, rei da Ciclia, para depois voltar a
viver com seu irmo Agripa I. Finalmente viveu maritalmente com o imperador
Vespasiano e seu filho Tito. Ela juntamente com seu irmo Agripa ouviram Paulo
(At.25:23; 26:30). Agripa teve ainda uma filha Drusila que deixou o marido para viver
com Flix (At. 24). Este Herodes mandou matar Tiago irmo de Joo foi morto e
comido por bichos em Cesaria.
- Herodes Agripa II 48 a 70 d.C. Bisneto de Herodes o grande, filho de Agripa I.
Reinou em Clcis, na Sria. Em 52 d.C., passou a reinar s/ parte da Galilia e Peria.
Agripa viveu maritalmente com sua irm Berenice.
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Hasmoneos (Macabeus)
Famlia judaica chamada Hasmon distinguiu-se na histria do povo judeu - tornou-se
proeminente em 167 a.C. quando foi o instrumento da restaurao da Independncia de
Israel, ao derrotar os governadores srios.
O termo Hasmon parece ter-se derivado de Chasmom, que foi o bisav de Matatias, um
proeminente membro da famlia. Esta famlia tambm era conhecida como os
Macabeus. Porm mais acertado dizer que os Macabeus eram uma parte da famlia
Hasmom. Macabeus um nome que se derivava de Judas, que tambm atendia pelo
sobrenome Macabeu significado = Makkabah = Martelo.
Matatias - sacerdote judeu de profundo patriotismo e coragem ficou furioso diante da
tentativa de Antoco IV Epifanio* de destruir a f religiosa.
(*Antoco Epifanio rei Selucida, membro da dinastia que governava a Sria desde
312 a.C. at a conquista romana em 64 a.C. Antoco tentou incorporar os judeus em seu
programa de helenizao, proibindo cultos e costumes religiosos. Ofereceu um porco
como sacrifcio e foi derrotado pelos Macabeus).
Matatias reuniu um exrcito leal e comandou uma revolta contra os Srios. Ele tinha
cinco leais, hericos e corajosos irmos = Judas, Jonatas, Simo, Joo e Eleazer.
Quando morreu (166 a.C.) seu irmo Judas assumiu o governo. Era um gnio militar,
restaurou a Independncia, atravs de Jerusalm, purificou o Templo, etc. Estabeleceu a
linhagem hasmoneana.
Essa dinastia terminou com Antgono que foi executado por Marco Antnio em 37 a.C.
Herodes o Grande tornou-se rei ao casar-se com Marianne a ltima princesa
hasmoneana. Herodes o Grande foi assassinando com todos os descendentes
hasmoneus, inclusive sua esposa Marianne e seus filhos. O governo romano confiou aos
Herodes o trono. A ganncia poltica ocasionou os assassinatos.
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Unidade VIII
Captulos 27 - 28
O NAUFRGIO CAPTULO 27
Paulo parte para Roma como prisioneiro, juntamente com outros. Lucas estava
presente (Havamos). O comando era de Jlio, Centurio da Coorte Augusta (Imperial),
identificada como Cohors Augusta I, um regimento de tropas auxiliares que estava na
Sria nos tempos de Augusto.
Embarcaram num navio adramitino. Tambm citado Aristarco de Tessalnica
(poderia tambm ser prisioneiro (?)).
Um dia de viagem Cesaria Sidom Em Sidom Paulo foi deixado ir visitar
os irmos para obter assistncia.
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De Bons Portos Fenice (Fnix) A inteno ento era navegar pelo litoral at
outro porto chamado Fenice (Fnix). O navio parte, tudo em ordem. O vento brando
indicava um dia de viagem at o destino Fenice. Houve uma mudana no vento, um
tufo chamado Euraquio (latim) e parece ser uma inscrio do Grego Euros, o vento
Leste, e o Latim Aquilo o vento norte, talvez um termo dos marinheiros para o vento
Nordeste.
O navio levado ao lu, passando por uma ilha chamada Clauda (moderna
Gozzo, 37 Km de Creta).
Nota: v 16 recolher o Batel (pequeno bote que ficava amarrado atrs do navio),
v 17 tinham receio que o navio fosse levado a Sirte, rea de areias movedias e
blocos de areia perto do litoral da Lbia, rea lendria por naufrgios (= Tringulo das
Bermudas).
Lucas narra em detalhes uma descrio do navio e como os marinheiros fizeram
para reforar o navio (desde aquela poca at hoje o tema naufrgio tem sido muito
explorado - Ex. Titanic).
Um dia de tempestade comearam a aliviar o navio. No 3 dia, ns mesmos
com as mos, lanamos a armao do navio. H muitos dias no viam estrelas nem sol,
no sabiam onde estavam, no comiam e as esperanas estavam acabando.
Paulo os adverte: no me deram ouvidos (Bons Portos), Tende bom nimo,
nenhuma vida se perder somente o navio. Conta ento a sua viso: preciso que
comparea a Csar iremos dar numa ilha.
Aps 14 dias de tempestade, os marinheiros pressentiram terra. Alguns marinheiros
quiseram fugir, mas Paulo adverte o centurio que eles no iriam se salvar (todos seriam
salvos). Paulo os manda alimentarem-se (14 dias sem comer), estavam no navio 270
pessoas. Aps se alimentarem, lanaram o trigo ao mar. Levantaram as ncoras (j haviam
lanadas quatro ncoras) e o navio seguiu pela correnteza por uma enseada. Os soldados
ento queriam matar os prisioneiros para que no fugissem, mas Paulo poupado junto com
os demais. E assim todos se salvaram a nado em tbuas, etc.
Malta (o nome grego Melita) era refgio no idioma fencio.
Foi ocupada no sculo X a.C. pelos fencios, posteriormente gregos ocuparam
um minsculo territrio. No ano 218 a.C. os romanos tomaram a ilha dos cartagineses
(Cartago) que vinham controlando desde o ano 402.
Brbaros significa que novamente eles no falavam o grego. Eles falavam um
dialeto fencio tambm chamado de Pnico.
Malta era famosa por seu Mel de abelhas, seus frutos, seus tecidos de algodo,
seus edifcios de pedra e suas raas de ces.
Acontecimentos
So recebidos com humanidade, fazem uma fogueira (s para cristos). Paulo
mordido por uma cobra, mas no morre (gera espanto). Consideravam-no um
assassino, escapou do mar, mas morreria na praia. Dizem ser um deus. recebido por
Pblio (um dos chefes da ilha, provavelmente derivava a sua autoridade do Proprhetor
da Cilcia (no grego Protos), um tipo de governador. Ele hospeda nos recebeu talvez
somente Paulo, Lucas e amigos (no todos) por trs dias em sua casa. Paulo cura o pai
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de Pblio, impondo as mos e tambm muitos da ilha. Com certeza eles aceitaram a
Jesus formando ali nova comunidade crist (nada narrado a respeito).
A partida
Passados trs meses (desde o acidente) apanharam um navio que estava
invernando aguardando a chegada da primavera. Era um navio Alexandrino que
carregava trigo que tinha um emblema (uma figura na proa), era Dioscuros, os irmos
gmeos filhos de Zeus = Castor e Plux, que eram padroeiros da navegao.
De Malta Siracusa Rgio Poteoli O navio chegou primeiramente a
Siracusa, cidade principal da Siclia (trs dias na cidade) fazendo um circuito, chegou a
Rgio no dedo da Itlia.
De Rgio a Poteoli com boa velocidade (hoje chamada Pozzuoli). Ali ficaram
por sete dias com a comunho de muitos irmos. De Poteoli Praa de Apio Trs
Vendas R O M A De Poteoli o trajeto era por terra. At a praa de Apio (69 Km de
Roma) e at Trs Vendas (53 Km de Roma). Paulo recebeu dois grupos de irmos, teve
nimo.
ROMA Em Roma os soldados so entregues ao Quartel, mas Paulo permitido
ficar confinado em sua casa, guardado por um soldado.(Lucas e Aristarco tambm
ficaram em Roma para ajud-lo Cl. 4:10-14).
Passados 3 dias reuniram-se c/os principais dos judeus, mas estes no lhe deram
ouvidos, tomou a deciso de pregar ento p/os gentios. (At. 28:30)
Resumo Final
Foi nesse perodo que provavelmente foram escritas as epstolas aos
Colossenses, a Filemom, aos Filipenses (e provavelmente aos Efsios).
O livro de Atos encerra-se bruscamente, no como um livro inacabado, e, sim
dando a idia de que o autor tencionava escrever outra seo ou livro a fim de
suplement-lo. De conformidade com a tradio crist primitiva, Lucas continuou sendo
fiel auxiliar de Paulo at o martrio deste e ento deu continuao a seu ministrio no
evangelho, por mais 20 anos (at 84 d.C.) falecendo em Becia, na Grcia, com 84
anos. Se confirmar nesta tradio no compreendemos por que a histria de Paulo no
foi completada juntamente com outros acontecimentos importantes que estariam
acontecendo na Igreja, aps o falecimento de Paulo.
Nota: Paulo de novo Livre, vai a Espanha.
Nenhum relato Bblico nos relata isto. possvel que Paulo tenha sido libertado
em 63 d.C. e que tenha visitado a Espanha e sua rea do mar Egeu mais uma vez. A
epstola de Clemente e o livro apcrifo de Atos de Pedro falam de uma visita de Paulo
Espanha. As epstolas pastorais, ou pelo menos II Timteo parecem envolver um
ministrio posterior histria narrada no livro de Atos. Em Rm. 15:24, Paulo mostra
vontade de ir a Espanha.
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