Relatório 11

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1.

INTRODUO

A sntese de Williamson (Alexander William Williamson, Londres, 1 de


maio de 1824 Surrey, 1904) um mtodo para a obteno de teres. O
processo consiste na substituio de haletos orgnicos por outro grupo
aninico envolvendo uma substituio nucleoflica de bimolecular (S N2). A
reao largamente usada tanto em snteses em laboratrio quanto na
indstria. Tanto teres simtricos e assimtricos so facilmente preparados, e
reaes intramoleculares podem tambm ser conduzidas. No caso de teres
assimtricos h duas possibilidades para a troca de reagentes, e uma
normalmente prefervel com base na disponibilidade ou na reatividade. Um
exemplo de mecanismo de uma sntese de Williamson mostrado na Figura 1.

Figura 1 - Mecanismo de uma sntese de Williamson

A primeira etapa da reao consiste na alcalinizao do meio que


contm o lcool, onde ocorrer a remoo do hidrognio pelo ataque do on
hidrxido, formando assim o on alcxido. A segunda etapa da reao envolve
uma substituio nucleoflica bimolecular, onde o on alcxido agir como uma
base de Lewis e atacar o haleto orgnico, formando o ter desejado.
Reaes de substituio bimolecular (S N2), como mostrado na Figura 2,
um processo que ocorre em uma nica etapa: h o ataque pela parte de trs,
o que significa que o nuclefilo aproxima-se do substrato com um ngulo de
180 em relao ao grupo abandonador. Esta aproximao minimiza a repulso
estrica e eletrnica entre substrato e nuclefilo (March, Advanced Organic
Chemistry, p. 374).

Figura 2 - Mecanismo geral de uma reao de substituio nucleoflica bimolecular


(SN2), explicitando os orbitais envolvidos.

Para reaes do tipo SN2, verifica-se que a velocidade da reao


dependente das concentraes do substrato e nuclefilo. Esta observao
resumida na equao cintica seguinte:
V =k [ substrato ] [nuclefilo]
As observaes experimentais das reaes S N2 so consistentes com
um mecanismo concertado, pois o nico mecanismo que possui um passo
envolvendo tanto nuclefilo quanto o substrato, representado na Figura 3.

Figura 3 - Mecanismo concertado de uma reao SN2, mostrando o grfico de energia


livre.

Existem importantes reaes no sistema biolgico humano que ocorrem


via mecanismo de substituio nucleoflica bimolecular (S N2), como a produo
de S-Adenosilmetionina. A S-Adenosilmetionina (SAMe) atua como um agente
metilante, nos laboratrios costuma-se usar a transferncia de um grupo metila
atravs do iodeto de metila (composto com elevada toxidade, no corpo humano
o iodeto de metila atua nas glndulas e no fgado causando sua falncia, h
comprovao de efeitos cancergenos) via (SN2). SAMe uma molcula natural
encontrada em todos os organismos vivos. de vital importncia em um
variado nmero de reaes bioqumicas; atuando como precursor de
compostos essenciais, como a cistena, taurina, glutationa e CoA. produzida

endogenamente a partir da metionina e da adenosina trifosfato (ATP) pela ao


de S-Adenosilmetionina sintetase via um mecanismo SN2, o mecanismo da
produo da SAMe mostrado na Figura 4.

Figura 4 - Mecanismo da produo da S-Adenosilmetionina via mecanismo SN2

A S-Adenosilmetionina (SAMe) desempenha tambm um papel na


biossntese da adrenalina, que liberado na corrente sangunea em resposta
ao perigo ou excitao. A adrenalina produzido atravs da reao de
metilao que ocorre entre noradrenalina e SAMe na glndula adrenal.

2. OBJETIVOS
Obter o ter metil--naftlico via reao de Substituio Nucleoflica
Bimolecular (SN2).
3. MATERIAIS E MTODOS
1. I Materiais
Adaptador de vcuo; agitador magntico com aquecimento; balo de
fundo redondo de 125 mL; basto de vidro; Bquer; bomba de vcuo;
Erlenmeyer de 250 mL; evaporador rotatrio; funil Bchner; garra; Kitassato;
Luz UV; mangueira de ltex; pedras de ebulio; Proveta; placa de CCD;
suporte universal.

1. II Reagentes
Acetato de etila (C4H8O2); -Naftol; Etanol (CH3CH2OH); Hexano (C6H14);
Hidrxido de potssio (KOH), Iodeto de metila (CH 3I), Metanol (CH3OH).

1. III Mtodos
Em um balo de 125 mL adicionou-se 4 g de -Naftol seguidamente de
15 mL de metanol, agitou-se at a dissoluo do -Naftol. Posteriormente
adicionou-se tambm aproximadamente 1,75 g de hidrxido de potssio (KOH)
slido, triturou-se o hidrxido de potssio deixando-o finamente pulverizado, e
homogeneizou-se a soluo.
Na capela, acrescentou-se lentamente ao sistema reacional contido no
balo 2,2 mL de iodeto de metila, seguidamente agitou-se cuidadosamente a
mistura reacional. Levou-se a mistura reacional para agitao magntica em
bancada por 80 minutos, alm de adicionar-se ao sistema 2 pedras de
ebulio. Tampou-se o balo com um septo de borracha.
Aps 60 minutos fez-se uma placa de cromatografia em camada delgada
(CCD) em slica utilizando-se como eluente o hexano e o acetato de etila (8:2),
realizou-se o procedimento cromatogrfico, pegando-se uma gota como
amostra da reao e uma gota do -Naftol do laboratrio, colocou-se as gotas
na placa CCD, levou-se cuba cromatogrfica j com o eluente e esperou-se a
ao da capilaridade. Aps o fim do processo cromatogrfico, levou placa
para anlise em luz UV.
Na capela, removeu-se o excesso de metanol utilizando-se o evaporador
rotatrio. Posteriormente adicionou-se ao produto da reao 20 mL de gua
destilada gelada para a remoo do material do balo, filtrou-se o slido
atravs do aparato de Bchner (montado previamente).
Depois de realizar a filtrao, transferiu-se o slido retido no papel de
filtro para um frasco Erlenmeyer de 250 mL e dissolveu-se o slido em 20 mL
de etanol, com o sistema a quente (banho maria). Aps a dissoluo do slido

a quente, tirou-se o frasco Erlenmeyer e deixou-se resfriar temperatura


ambiente na bancada. Seguidamente, aps o incio da formao dos cristais,
levou-se o frasco Erlenmeyer para o banho de gelo. Ao encerrar o processo de
crescimento dos cristais, filtrou-se novamente com o aparato de Bchner,
utilizando-se etanol para lavar os cristais. Transferiu-se o slido final para um
vidro de relgio, levou-se para a secagem em estufa, e determinou-se o
rendimento e fez-se a caracterizao estrutural (RMN 1H e 13C).

4. RESULTADOS E DISCUSSO

5. CONCLUSO

6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
[1] - PORTAL, Organic Chemistry. Williamson Synthesis. 2013. Disponvel
em:

<http://www.organic-chemistry.org/namedreactions/williamson-

synthesis.shtm>. Acesso em: 29 out. 2016.


[2] - KLEIN, David R. Organic Chemistry. 2 ed. New York, Wiley, 2015.
[3] - MICHAEL, B. Smith, Jerry March. Advanced Organic Chemistry:
Reactions, Mechanisms, and Structure. 6 ed. Spring Verlag, 2006.
[4] - CLAYDEN, Jonathan; Greeves, Nick, Organic Chemistry, Oxford
University Press, 2ed. United Kingdom, 2012

[5] - SOLOMONS, T. W. Graham; Fryhle, Craig B. Qumica Orgnica, vol. 1.


10 ed. 2012

Anexo 1
1

H NMR (500 MHz, CDCl3) 7.78 7.71 (m, 3H), 7.43 (ddd, J = 8.1, 6.8, 1.1 Hz, 1H), 7.33 (ddd, J =
8.1, 6.8, 1.2 Hz, 1H), 7.16 7.12 (m, 2H), 3.91 (s, 3H).

13

C NMR (126 MHz, cdcl3) 157.59, 134.57, 129.38, 128.96, 127.65, 126.73, 126.36, 123.59, 118.71,
105.76, 55.29.

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