Teste Modelo Conto Popular1
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Texto Tradicional
Comendo e Andando
Era uma vez um lavrador rico mas avarento, que tinha um caseiro humilde e muito honesto.
De tempos a tempos, o caseiro ia a casa do patro prestar contas, e este, para lhe mostrar a sua
satisfao, convidava-o sempre para comer. No entanto, punha-lhe sempre na mesa um queijo por
encetar. E assim o caseiro, como no se atrevia a encet-lo, acabava por ir embora em branco.
Era o que o patro queria. E assim o queijo ia durando meses e meses, pois era sempre o
mesmo queijo que o patro lhe oferecia.
Mas um dia, o caseiro, que j tinha um filho grado e muito desenrascado, resolveu mand-lo
a ele a casa do patro a prestar contas. E antes de sair recomendou-lhe:
- Olha rapaz, desta vez vais tu fazer contas com o patro. E como lhe levas o dinheiro, ele
capaz de te pr a comer. Mas se te puser um queijo inteiro na mesa, no o incertes que parece
mal. Fazes um pouco de sacrifcio, e vens comer a casa.
O rapaz l foi. E quando o patro o convidou, l estava ento o queijo inteiro na mesa. No
entanto, a fome era tanta que o rapaz resolveu no seguir as recomendaes do pai. Por isso, mal o
patro lhe disse come!, o rapaz puxou de uma navalha, e cortou o queijo em quatro partes iguais.
O patro, muito admirado, disse-lhe:
- Olha que isso queijo!
- Bem o beijo! - respondeu o moo.
E comeu o primeiro bocado. A seguir pegou na segunda parte; e o patro, mais espantado
ainda, foi-lhe dizendo:
- Olha que este caro!
- Mas vale-o bem!
E l despachou mais este naco. Quando se estava a aprontar para pegar na terceira parte,
diz-lhe o patro:
- Olha que s tenho este!
- No faz mal! p'ra agora chega! - responde o moo.
Por fim, ao ver que o moo estava disposto a comer o queijo todo, o patro foi ao curral onde
ele tinha deixado o cavalo, e soltou-o. A seguir veio a correr junto dele, no exacto momento em que
ia j para a quarta parte do queijo, e disse-lhe:
- Olha que o teu cavalo soltou-se; se fores depressa, ainda o apanhas!
- Bem, nesse caso, vou comendo e andando!
E l foi. O patro, ao ver ir o queijo todo, um no saco e outro no papo, aprendeu a lio. Da
em diante, sempre que os caseiros o visitavam, passou a pr-lhes de comer como devia ser. E nunca
mais um queijo inteiro.
(Rec.: Oleirinhos, Bragana, em 1999. fui: Emlia Rosa Morais, Bragana, 41 anos)
ALEXANDRE PARAFITA, Antologia de Contos Populares, vol. II - Pltano Editora
8. Das trs personagens deste conto, diga qual lhe parece ser a mais tpica de um conto
tradicional e porqu.
9. Atribua ao conto um ttulo alternativo, justificando a sua proposta.
10. Divida o texto em partes, tendo em conta os conhecimentos adquiridos sobre literatura oral
e tradicional. Justifique a sua resposta, apresentando uma sntese de cada uma das partes.
Grupo II - Funcionamento da Lngua
1. Era uma vez um lavrador rico mas avarento, que tinha um caseiro humilde e muito
honesto.
1.1. Classifique as palavras sublinhadas, tendo em conta o contexto em que surgem.
1.2. Coloque os adjectivos da expresso que tinha um caseiro humilde e muito honesto no
grau Superlativo Relativo de Superioridade.
2. De tempos a tempos, o caseiro ia a casa do patro prestar contas, e este, para lhe
c) Pretrito Imperfeito
d) Futuro
e) Pretrito Perfeito
5. Nunca
mais
colocar
um
queijo
inteiro na ms.
4. Ao conto tradicional que se transcreve foi retirada toda a pontuao e forma
acrescentados alguns erros ortogrficos e sintcticos.
4.1.
EXPRESSO ESCRITA
O Co e a Sombra
Um co, que levava um naco de carne na boca, passava numa ponte sobre um rio,
quando viu a sua sombra reflectida na gua l em baixo.
Pensando que era outro co que levava um segundo naco de carne, o insacivel do
co no resistiu a atirar-se gua para lhe roubar a carne. claro que, em vez de roubar o
segundo naco de carne, perdeu o que tinha, que caiu no fundo do rio.
A fbula mostra que quem tudo quer, tudo perde.
Esopo
Faa o reconto da fbula O Co e a Sombra, desenvolvendo cada um dos seus elementos.
Pode referir, por exemplo: como era o co; o que ia a pensar; que ponte atravessava; como reagiu ao ver
o reflexo; como se sentiu ao verificar o erro. Pode tambm, caso entender, introduzir personagens; criar dilogo;
actualizar a fbula; modificar algum detalhe; e dever utilizar alguns provrbios ou expresses populares.
Enfim, expanda o seu texto (150-200 palavras) no sentido que mais lhe agradar.
BOM TRABALHO!