Cadernos de Recursos para o Ambiente
Cadernos de Recursos para o Ambiente
Cadernos de Recursos para o Ambiente
em Educao Ambiental
Resduos Slidos e Animais em Meio Urbano
Financiamento:
Fundo Social Europeu /Estado Portugus/POEFDS
Prefcio
O Director Municipal,
ngelo Mesquita
Sumrio
INTRODUO
I AMBIENTE E RESDUOS SLIDOS
P
Sumrio
6.2. Metodologia
6.3. Elementos de Evoluo
II ANIMAIS EM MEIO URBANO
P
Sumrio
10
1. Da Cidadania
Sumrio
11
Sumrio
12
Sumrio d e A nexos
[em suporte digital]
A. Informao Complementar*
anexo A1 Informao Estatstica
anexo A2 Resenha Legislativa
anexo A3 Curiosidades Ambientais
anexo A4 Documentos Referncia na rea do Ambiente
[apontadores]
anexo A5 Sensibilizao e Educao Ambiental em Lisboa 1979-2005 [sntese materiais, programas e projectos]
anexo A6 Referncia Bibliogrfica Complementar
Sumrio de Anexos
B. Materiais de Apoio**
anexo B1 Plano de Apoio para Explorao do Caderno
do Formador
anexo B2 Apresentaes Temticas
ACTIVIDADES LDICO-DIDCTICAS:
anexo B3 Animao com Grupos
anexo B4 Visitas de Estudo
anexo B5 Ateliers de Reutilizao de Materiais
RECURSOS COMPLEMENTARES [B6]:
anexo B6.1 Base de Imagens
anexo B6.2 Vdeos
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Introduo
Este trabalho resulta de uma candidatura ao Fundo Social
Europeu, beneficiando do apoio do Programa Operacional
do Emprego, Formao e Desenvolvimento Social, o que no
s viabilizou a sua realizao, como constituiu um incentivo
para a equipa que estruturou e concretizou o Caderno do
Formador em Educao Ambiental: Resduos Slidos e Animais
em Meio Urbano.
O presente recurso pedaggico surgiu da necessidade de organizar um material de apoio dirigido s equipas envolvidas na actividade de informao, sensibilizao e educao
ambiental, na rea de competncias do Departamento
de Higiene Urbana e Resduos Slidos, pretendendo constituir
um recurso permanente de apoio e facilitar a integrao
de objectivos associados sustentabilidade na educao
ambiental.
O Caderno de Recursos disponibiliza diferentes materiais que
se interligam e complementam, estando organizados num
Dossier do Formador [em suporte de papel] e num DVD.
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16
CAPIT
31
18
1. Os Problemas Ambientais
e a Conscincia Ecolgica
Para se poderem enunciar os principais problemas
ambientais importante clarificar a noo de ambiente.
O ambiente , de uma forma geral, o meio que sobre um
organismo pode ter influncia, como pode por ele ser
influenciado. Consideram-se, neste contexto, todos os sistemas fsicos [gua, ar e solo] e os organismos vivos.
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P
Factores abiticos - Todos os factores sem vida que intervm na biosfera: clima, luz, radiao, gua, minerais, rochas;
em suma, os aspectos fsicos do ambiente.
P
Na ltima metade do sculo XX, verificou-se uma sobre-explorao dos recursos esgotveis [fruto da procura cada
vez mais exigente e da afirmao social do Homem, e do
consumo] para a produo de produtos sinteticamente transformados que, por sua vez, deram origem a grandes quantidades de materiais rejeitados - a sociedade de consumo
caracterizada pela prtica de usar e deitar fora.
1.2. A Atmosfera
1.2.1. A Camada do Ozono
O ozono um gs que existe na atmosfera, constitudo
por trs tomos de oxignio [O3]. O ozono estratosfrico
forma-se por aco da radiao solar ultravioleta nas molculas de oxignio [O2], segundo um processo denominado
fotlise: as molculas de oxignio so quebradas dando
origem a tomos de oxignio, que por sua vez se combinam
com outras molculas de oxignio formando-se deste modo,
a molcula triatmica do ozono.
A quantidade de ozono presente na estratosfera mantida
num equilbrio dinmico, por processos naturais, atravs
dos quais continuamente formado e destrudo. Mas este
equilbrio natural de produo e destruio do ozono
estratosfrico tem vindo a ser perturbado devido, essencialmente, s emisses de compostos halogenados, tais como
os clorofluorcarbonetos [CFC's] e os halons4.
22
PIT
Idem.
Ibidem.
A Agncia
Norte-Americana
de Proteco Ambiental
estima que a reduo
de apenas 1%
na espessura
da camada de ozono
suficiente
para cegar
100 mil pessoas
por cataratas
e desencadear
um aumento
de 5% no nmero 7
de cancros de pele .
23
A radiao ultravioleta afecta igualmente os ciclos biogeoqumicos, como o ciclo de carbono, do azoto e o ciclo dos
nutrientes minerais, entre outros, lesando globalmente toda
a biosfera do planeta.
Apesar de a camada de ozono se ter mantido inalterada
por milhes de anos, nas ltimas dcadas tem-se assistido
sua rpida degradao, com o aparecimento dos buracos
de ozono, zonas da estratosfera onde a camada se apresenta extremamente fina, com reduo bvia dos seus efeitos
protectores.
24
25
de 1 a 4C] o nvel das guas do mar, devido ao descongelamento das calotes polares, possa subir cerca de 20cm.
Prev-se, tambm, que se no houver a nvel global uma
reduo de cerca de 70% nas emisses de CO2, em 2100,
o nvel das guas do mar possa subir cerca de 50cm.
Tal conduzir inundao de reas densamente povoadas
nos litorais ocenicos.
A reduo na disponibilidade de gua doce outra
consequncia do efeito de estufa, devido ao descongelamento das calotes polares e glaciares que contm cerca
de 79% das reservas de gua doce existente no planeta.
Para alm das causas j enunciadas, ou seja a queima
de combustveis fsseis quer nos processos industriais, quer
nos transportes, tambm a desflorestao desempenha
um papel importante neste fenmeno, dado que se gera
menor consumo de CO2 no processo de fotossntese.
, assim, necessrio adoptar medidas que passam pela utilizao de energias alternativas, pela reflorestao e por
uma maior eficcia e eficincia energtica.
26
1.3. O Solo
1.3.1. Poluio por Resduos
Desde as ltimas dcadas do sculo XX, os resduos10 slidos
tm assumido propores preocupantes a nvel global, quer
derivadas do aumento crescente dos quantitativos produzidos
quer pela perigosidade que representam para o ambiente.
At meados do sculo passado os resduos slidos eram
essencialmente orgnicos facilmente decompostos pela
natureza.
27
dos resduos, at uma nova fase em que se integram os resduos na poltica de ambiente. As preocupaes so actualmente de carcter mais preventivo, embora no se descure
a sade pblica. Assim, primeiramente deve reduzir-se
a quantidade de resduos produzidos, depois reutilizar o mais
possvel os materiais e finalmente adoptar polticas de tratamento adequadas, que possibilitem a reciclagem dos materiais rejeitados.
Os resduos tornaram-se num dos factores que mais contribui
para a poluio, caso no sejam alvo de um tratamento
adequado, no s dos solos mas tambm dos lenis
freticos [guas subterrneas], por percolao atravs dos
solos e ainda da atmosfera pela libertao de compostos
volteis. Por tal e na sequncia da Conferncia do Rio
de Janeiro - ECO92, a gesto integrada dos resduos
assumiu particular importncia e prioridade para os governos que se comprometeram com a inteno de reduzir,
por um lado os quantitativos dos resduos e, por outro,
a toxicidade dos mesmos.
Em Portugal, a classificao dos resduos feita tendo por
base a origem da sua produo e consideram-se: resduos
slidos urbanos, resduos industriais, resduos hospitalares
e outros resduos. H tambm a classificao de resduos
perigosos e estes podem estar presentes em qualquer uma
das categorias anteriormente referidas.
28
vertente importante que, para alm de reduzir os quantitativos de resduos a eliminar, contribui para fazer destes
verdadeiras fontes de riqueza para a produo de novos
bens de consumo.
1.3.2. Desflorestao/Desertificao
Muitos dos problemas ambientais globais passam pelo
fenmeno da desflorestao, saelizao e desertificao
dos solos.
Nos primrdios da humanidade a influncia do Homem
sobre os ecossistemas permitiu-lhe a descoberta da agricultura e do pastoreio e, por consequncia, a sedentarizao. Contudo, este grande salto da humanidade fez-se
e continua ainda a fazer-se conta da devastao de
grandes reas de coberto vegetal, para a disponibilizao,
cada vez mais exigente, de terrenos agrcolas.
Esta prtica, associada agricultura extensiva e de monocultura, tem vindo a esgotar os solos, fazendo com que cada
vez mais o homem continue a desbravar as florestas
visando obter novas terras frteis. Este o processo artificial e galopante de desflorestao.
Saelizao
processo regressivo
em que
os ecossistemas
tendem
para o pr-deserto.
Desertificao
processo regressivo
em que
os ecossistemas
tendem para
o deserto,
quase sempre
deserto quente.
29
1.4. A gua
1.4.1. Poluio das guas
Os problemas ambientais e a conscincia ecolgica
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31
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No podemos esquecer
que, segundo dados
recentes, cerca de
2 bilies de pessoas
ainda no tm acesso
a gua potvel e que
mais de um bilio
no est servida com
sistemas adequados
de tratamento
de gua.
32
Os Estados-Membros
da Unio Europeia
devem promover
campanhas
de informao
e de sensibilizao
dos consumidores
e incentivar
os instrumentos
de preveno.
Para a estruturao
deste captulo
contribuiu
de forma significativa
o documento
Contributo para
a Cronologia
dos mais importantes
marcos
em Ambiente
e Educao Ambiental
e no Mundo de
Fernando Louro Alves
[2002].
11
O Desenvolvimento Sustentvel
Segundo Lawrence [1993]13 os objectivos centrais do desenvolvimento sustentvel podem sintetizar-se da seguinte forma:
1 Satisfazer as necessidades humanas bsicas - sobretudo ao nvel da alimentao, para evitar a fome e a desnutrio.
P
5 Seleccionar opes tecnolgicas adequadas - pretende-se estimular a investigao e capacitao [e competncia] tcnica para reduzir as transferncias tecnolgicas,
sobretudo nos pases em desenvolvimento.
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6 Aproveitar, conservar e restaurar os recursos naturais evitando a degradao dos recursos, protegendo a capacidade da natureza favorecendo a sua restaurao,
e evitando todos os efeitos adversos que danam a sociedade e os ecossistemas.
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Em 1968, Paris mais uma vez palco de um evento internacional dirigido problemtica ambiental20. Nesse ano,
a UNESCO promove a Conferncia da Biosfera, de que
resulta a institucionalizao da educao ambiental. Por
consequncia, o Reino Unido, a Sucia e a Noruega formalizam a sua prtica atravs da criao de estruturas
governamentais [Reino Unido] ou da sua integrao nos
currculos escolares.
Promovida pelas Naes Unidas, em 1972 tem lugar
a Conferncia de Estocolmo, a qual culmina com a criao
do Programa das Naes Unidas para o Ambiente [PNUA]
e com a afirmao da centralidade da prtica da educao
ambiental. Nesta linha, desenhado o Programa Internacional de Educao Ambiental [PIEA] cujos trabalhos viro
a servir de base Conferncia de Belgrado, a realizar
na Jugoslvia no ano de 1975.
Neste mesmo ano tambm publicado o Relatrio
Meadows, encomendado pelo Clube de Roma21. Neste
documento, onde era defendido o crescimento zero,
atendendo conservao das espcies e preservao
da biodiversidade.
Este relatrio foi produzido a pedido do Clube de Roma.
Nesta obra era defendido que para atingir a estabilidade
econmica e ecolgica seria necessrio congelar o crescimento da populao global e do capital industrial. Estas
teses foram actualizadas na obra publicada pelo casal
Meadows, em 1992, onde afirmavam que o homem ultrapassou os limites de uso dos recursos naturais e nveis
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Os Limites do Crescimento
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De referir que elementos desta Comisso estiveram presentes na Conferncia de Estocolmo, em 1972.
28
As competncias deste Instituto vm a ser integradas no Instituto do
Ambiente no incio do milnio. Todavia, esta questo ser desenvolvida no
enquadramento relativo educao ambiental no captulo III.
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O combate a vrias formas de poluio e a regulamentao rigorosa da utilizao, transporte e destino final
dos resduos perigosos.
A preocupao com a defesa da biodiversidade europeia
que se traduziu na aprovao da Directiva Habitas e na
criao da Rede Natura 2000 que pretende preservar para
as geraes futuras as espcies e habitats mais representativos a nvel europeu.
A sensibilizao e promoo da participao dos cidados
europeus na elaborao e na execuo da poltica de ambiente, que se traduziram na realizao da campanha
do Ano Europeu do Ambiente em 1987 e na aprovao
de vrias directivas relativas ao acesso informao
e participao dos cidados.
A criao, em 1994, da Agncia Europeia do Ambiente,
com sede em Copenhaga, que funciona como um centro
de recolha e tratamento de informao, na rea do
ambiente, de modo a sustentar as decises a tomar pela
Unio Europeia e Estados Membros.
A introduo da exigncia de avaliao de impacte
ambiental prvia, para os projectos de determinada dimenso, recentemente alargada a planos e programas.
A aposta na produo de energias renovveis, resultante
do envolvimento empenhado da Unio Europeia nas negociaes da Conveno das Naes Unidas sobre alteraes
climticas e do Protocolo de Quioto, atravs da aprovao
de legislao que estabeleceu metas comunitrias e nacionais para as energias renovveis, e a criao de sistema
de incentivos para a respectiva produo.
A utilizao de parte dos fundos estruturais no investimento em infra-estruturas na rea do ambiente.
O papel que a Unio Europeia tem tido na ajuda aos
pases em desenvolvimento e na promoo do respectivo
desenvolvimento sustentvel.
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22,5% em peso para os plsticos, contando exclusivamente o material que for reciclado sob a forma
de plstico
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Medidas de preveno secundria - proteco dos operadores, dos sistemas de resduos e proteco da sade pblica.
Medidas de preveno terciria - No confinar resduos
que sejam passveis de valorizar quer atravs de processos
de reciclagem quer atravs da valorizao energtica.
Para melhor se entender, do ponto de vista da actuao
dos cidados, no que consiste a poltica dos 3 R's
desenvolvemos, em seguida, perspectivas prticas do que
pode ser a reduo, reutilizao e participao na reciclagem dos resduos por parte da populao.
A melhor forma de minimizar os efeitos negativos dos resduos no ambiente a diminuio da sua produo, bem
como a reduo ou eliminao de produtos geradores
de poluio [por ex.: resduos perigosos]. Pode falar-se
de reduo a vrios nveis - industrial, agrcola, etc.
Reduzir a primeira forma de minimizar os impactes causados quer pelos quantitativos de resduos, quer pela sua
toxicidade. As indstrias podem fazer muito para minimizar
o impacte ambiental dos seus produtos atravs da utilizao
de novas tecnologias, do ecodesign do produto e pela opo
de materiais com menor toxicidade.
O consumidor tem um papel fundamental. Pode evitar consumos suprfluos e exprimir junto das entidades responsveis
a sua opinio quanto ao tipo de produtos que so postos
venda no mercado.
O consumidor um dos agentes mais importantes na
reduo da quantidade de RSU, ao tomar atitudes que
contribuam para a no produo de resduos, de que so
exemplo:
Optar por produtos reciclados, biodegradveis, recarregveis
e de tamanho familiar e evitar os produtos descartveis.
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1.7.1. Reduzir
49
Rtulo
Ecolgico
Comunitrio
Reciclvel
Reciclado
Reciclado
Reduzir
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Reutilizvel
Biodegradvel
Biodegradvel No contm CFC's
Ponto Verde
Rtulos
A preocupao com o ambiente comea a ser um factor relevante na deciso de compra, cada vez mais, um acto
esclarecido por parte dos consumidores. Estes so cada vez
mais exigentes e procuram o mximo de informao sobre
os produtos antes de os adquirir.
Os smbolos e menes nos produtos no garantem, s por si,
que sejam mais verdes ou ecolgicos.
Nocivo
Irritante
Perigo para
Ambiente
Perigo de
Exploso
Txico
Muito Txico
Extremamente inflamvel
Extramente
Inflamvel
T+
Inflamvel
Corrosivo
Xi
Comburente
Xn
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1.7.2. Reutilizar
Reutilizar uma noo que sempre esteve associada
prtica da humanidade at afirmao da sociedade
de consumo, uma vez que a predominncia diria dos povos
e populaes era a da gesto da escassez de recursos, fossem
A reutilizao assume particular importncia nos processos de fabrico e, fazendo um balano ambiental desta
opo versus reciclagem, pode afirmar-se que, por exemplo
para o vidro, a poupana de energia33 lhe favorvel
em cerca de 30%.
Optar por produtos reutilizveis diminui, a curto prazo,
a quantidade de lixo domstico a eliminar. Deste modo,
um consumidor atento e responsvel avalia as vantagens
da utilizao de embalagens reutilizveis e opta pela sua
aquisio.
31
Deixamos algumas sugestes e dicas sobre prticas de reutilizao associadas aos resduos:
Os frascos de vidro ou de plstico, podem ser reutilizados
para armazenar bebidas, ingredientes, parafusos, pregos,
como porta lpis ou como jarra para flores;
As caixas de carto podem ser reutilizadas para armazenar roupa, calado, loua, revistas e livros;
Os envelopes em bom estado podem ser reaproveitados,
colando etiquetas por cima do que estiver escrito;
A roupa pode ser oferecida a quem precisa ou transformada em panos e esfreges;
As latas podem ser utilizadas como vasos para plantas
ou recipientes para guardar objectos domsticos;
Alguns componentes de computadores obsoletos podem
ser reutilizados para fazer melhorias noutros computadores, tais como: placas grficas, placas de memria, discos
rgidos, fontes de alimentao, placas de som, processadores, cabos, dissipadores, torre do computador, etc.
P
Utilizao do lixo
[isto ,
vidro, metais,
plstico, papel,
restos de comida]
para que possa ser
transformado em
qualquer outra coisa
com utilidade
[por exemplo, garrafas,
latas, plstico, papel,
composto para
a agricultura]34.
1.7.3. Reciclar
A reciclagem um processo de transformao fsica, qumica
ou biolgica que permite valorizar um determinado resduo,
Evoluo da Composio dos Resduos Slidos Urbanos
produzidos em Portugal35
2000
2003
Os Problemas Ambientais e a Conscincia Ecolgica
54
Matria Orgnica
Papel/Carto
Plstico
Vidro
Txteis
Metal
Madeira
Finos
Outros
34
[%]
35.9
27.3
11.1
5.6
3.4
2.4
0.3
11.9
5.7
[%]
29.7
26.4
11.1
7.4
2.6
2.8
0.5
14.3
5.4
Poupa o abate
de 15 a 20 rvores
Evita a extraco
Vidro*
de 400kg de areia
Reduz
Metal
a extraco de Bauxite
Papel*
Energia
Ar
gua
2 a 3 vezes
50 a 200 vezes
32%
50%
95%
95%
95%
55
56
Reutilizao
Resduos
Reciclagem
Valorizao
Energtica
Confinamento
Tcnico
Preveno de Resduos
Minimizao de Resduos
Eliminao
57
58
59
60
Privilegiando a compra de produtos com menos embalagens, produtos concentrados e embalagens familiares;
Adquirindo bebidas em embalagens de vidro com retorno;
Evitando a utilizao de sacos de plstico fornecidos pelos
estabelecimentos comerciais, reutilizando-os para acondicionamento dos RSU's;
Consumindo gua da torneira;
Fazendo compostagem caseira dos resduos biodegradveis da cozinha e do jardim;
Reparando e reutilizando objectos e roupa e finalmente
promovendo a desmaterializao.
61
62
um material assptico.
um isolante trmico durvel e fivel.
um material leve, com elevada maleabilidade e impermeabilidade.
pode ser reciclado ou valorizado com recuperao de energia.
permite a vrias combinao com diferentes plsticos e materiais.
Uma empresa do sector dos detergentes, passou a comercializar o produto concentrado, garantindo o mesmo nmero
de lavagens. Com esta alterao, deixou de necessitar de
uma garrafa de 2 litros de capacidade, passando a utilizar
uma embalagem de apenas 500 ml, o que conduziu a uma
poupana no custo da embalagem de cerca de 75%. Esta
alterao no volume da embalagem, permitiu aumentar
de 320 para 1152 o nmero de embalagens acondicionadas em cada palete, o que se traduziu na diminuio
de custos logsticos e na melhoria da imagem do produto.
Noutro caso, a substituio de 4 insufladoras antigas por
uma insufladora moderna, originou uma poupana energtica de 15% e uma reduo de cerca de 3 gramas no
peso da embalagem, gerando assim um acrscimo de 20%
na produo.
63
Noutra situao ainda, a melhoria das tcnicas de enchimento e a eliminao de espaos vazios existentes numa
saqueta compsita do caf, permitiram uma reduo no peso
da embalagem primria, que se veio a traduzir na poupana
do material da embalagem primria e secundria.
No sector das bebidas, a simples eliminao do tabuleiro
de carto, reduziu em cerca de 70% o peso da embalagem secundria, o que representou uma poupana anual
de 306 toneladas.
Noutros casos, a alterao do design e a reduo do
dimetro do garrafo, obrigou adopo de uma cpsula
e pega mais pequenas e utilizao de um rtulo de
menores dimenses, o que permitiu reduzir o peso da embalagem primria em 10,33 gramas, que representou uma
poupana nos recursos naturais e nos custos de transporte.
Noutra situao ainda, a reduo da embalagem primria
e a substituio da cpsula metlica por outra de polietileno,
originou a reduo do peso da embalagem e consequentemente o consumo de combustvel no transporte, aumentando as possibilidades de reciclagem uma vez que houve
diminuio da variedade de materiais utilizados.
2. Embalagens de Vidro
O vidro apenas pode ser utilizado nas embalagens primrias
e apresenta as seguintes vantagens, :
P
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3. Embalagens de Metal
As embalagens metlicas so comummente utilizadas nos
seguintes sectores:
P
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Barris e bilhas de gs
Tabuleiros de alumnio para comida preparada.
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A lata 100% reciclvel, sem perder qualidade e econmica devido rapidez do seu fabrico, j que as modernas linhas de produo alcanam velocidades de produo
superiores a 1000 embalagens por minuto, com um
reduzido consumo energtico. A eficincia destas linhas
de produo da ordem dos 95%, com desperdcios
inferiores a 2,5%.
Refere-se ainda que o canal Horeca do programa Verdoreca,
permite a utilizao de embalagens metlicas no reutilizveis.
A adopo de novas tecnologias tem contribudo para a diminuio da espessura das latas de 33cl, e consequentemente
no peso da embalagem. Com esta alterao, conseguiu-se
reduzir o consumo de combustvel no transporte deste tipo
de embalagens.
4. Embalagens de Papel
A utilizao das embalagens de papel tem vantagens econmicas e ambientais relativamente a outras embalagens:
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Considera-se embalagem de papel/carto, aquela que constituda - em pelo menos 75% do seu peso - de papel/carto
e cuja funo proteger os produtos que acondiciona e/ou
agrupa com o fim de serem transportados, bem como todos
os produtos cuja funo a apresentao para venda.
Existem 4 tipos de embalagens: as de carto canelado,
carto compacto, carto para lquidos alimentares e embalagens de papel.
67
Algumas empresas do sector alimentar promoveram alteraes conceptuais nas embalagens primrias, conducentes
reduo das suas dimenses e consequentemente do seu
peso, permitindo armazenar mais unidades por palete. Esta
pequena alterao teve repercusses na reduo dos custos
de transporte e distribuio. Por outro lado, promoveu
a reduo das embalagens secundria e terciria.
5. Embalagens de Madeira
As embalagens de madeira so constitudas por um material
limpo e higinico, so resistentes e reciclveis. So leves
e fceis de manipular e melhora a imagem do produto
colocado directamente [frutas e legumes]. Possibilita ainda
impresso directa.
As embalagens de madeira podem ser classificadas em vrios
tipos: caixas, paletes, contentores-palete, bobines e barris
de madeira.
86% das embalagens de madeira tm destino desconhecido. Dos resduos que tem destino conhecido, 80% so
reciclados, 8% so incinerados ou depositados em aterro.
Em 2002, 11% dos resduos de paletes foram reciclados,
1% valorizados com recuperao de energia, 2% foram
depositados e 85% destes resduos tiveram outros destinos.
10% dos resduos das outras embalagens de madeira
foram recicladas, 1% foi depositado em aterro e 89%
tiveram outros destinos.
Os problemas ambientais e a conscincia ecolgica
68
69
b] Resduos perigosos - os resduos que apresentem caractersticas de perigosidade para a sade ou para
o ambiente, nomeadamente os definidos em portaria
dos Ministros da Economia, da Sade, da Agricultura,
do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente,
em conformidade com a Lista de Resduos Perigosos,
aprovada por deciso do Conselho da Unio Europeia.
c] Resduos industriais - os resduos gerados em actividades
industriais, bem como os que resultem das actividades
de produo e distribuio de electricidade, gs e gua.
d] Resduos urbanos - os resduos domsticos ou outros
resduos semelhantes, em razo da sua natureza ou
composio, nomeadamente os provenientes do sector
de servios ou de estabelecimentos comerciais ou industriais e de unidades prestadoras de cuidados de sade,
desde que, em qualquer dos casos, a produo diria
no exceda 1100 litros por produtor.
e] Resduos hospitalares - os resduos produzidos em unidades de prestao de cuidados de sade, incluindo
as actividades mdicas de diagnstico, preveno e tratamento da doena, em seres humanos ou animais,
e ainda as actividades de investigao relacionadas.
f] Outros tipos de resduos - os resduos no considerados
como industriais, urbanos ou hospitalares.
Situemo-nos, pois, nos resduos classificados por este normativo e, mais em particular, nos resduos slidos urbanos.
Resduos Slidos: Tipos, Composio e Propriedades
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de 750 gramas na de 80, atingindo-se na dealbar do sculo XX uma capitao diria de 1,5 Kg, em Lisboa.
Paralelamente, os resduos orgnicos, fraco desde sempre
maioritria no lixo [uma vez que representa o excedente
do consumo primrio dos indivduos] deu lugar a outro
tipo de resduos que assumiram lugar de destaque, em
peso relativo, mas especialmente em volume: os plsticos
e o papel.
Evoluo da Composio dos Resduos Slidos Urbanos
produzidos em Lisboa [1940-2000]
P
O grfico tenta mostrar, do ponto de vista evolutivo, as diferenas verificadas na composio fsica dos resduos
em Lisboa, num intervalo de 60 anos.
73
na massa de resduos. Este parmetro tem especial influncia nos processos de tratamento.
P
P
Conhecer claramente as quantidades e caractersticas dos resduos que se produzem fundamental para que o processo
de gesto possa revelar-se eficaz, em termos da proteco
ambiental e da sade pblica, e o mais eficiente possvel.
74
Este tipo de recolha utiliza contentores de diferentes capacidades e materiais. Podem ser contentores plsticos [geralmente em polietileno de alta densidade] com capacidades
que variam entre os 50 e os 1100 litros, ou de metal que
so contentores de deposio colectiva de 1000 e 1100
litros de capacidade.
A deposio por sacos um procedimento que pode ser
adoptado quer para os resduos indiferenciados quer para
as fraces reciclveis.
Existem outros equipamentos de deposio que determinaro o tipo de recolha a efectuar e que so sobretudo
41
75
76
Em entidades com grande produo de resduos so utilizados contentores de 1000 ou 1100 litros de capacidade,
em polietileno verde ou metlicos.
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As actividades econmicas localizadas em zonas residenciais dispem ainda da possibilidade de entregar o carto
produzido devidamente acondicionado em fardos.
79
sem espao para armazenar contentores, podem ser utilizados sacos com 50 litros de capacidade, que so distribudos gratuitamente pela autarquia. Em zonas especficas
utilizam-se fitas amarelas para fechar os sacos colocados
remoo. Noutras zonas da cidade, este tipo de deposio efectuado em contentores de cor verde com tampa
amarela, cuja capacidade pode variar entre os 90 e os
340 litros.
Recolha de Embalagens Porta-a-Porta em Entidades A deposio de embalagens de plstico, metal e carto
para lquidos alimentares efectuada em contentores de
cor verde com tampa amarela, cuja capacidade pode variar
entre os 90 e os 1100 litros de capacidade. No entanto,
no caso dos estabelecimentos de restaurao e hotelaria
localizados na Baixa Pombalina, Chiado e Zona Ribeirinha
a deposio das embalagens efectuada em sacos de
plstico que so adquiridos pelos prprios estabelecimentos
de restaurao e similares e so recolhidos no interior
dos mesmos.
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84
Em Lisboa, nessa data [1996], embora se fizesse a recuperao de vidro e de algum papel e carto para reciclagem,
a maior parte dos resduos era depositada no aterro
sanitrio do Vale do Forno. Porm, o destino final dos
resduos da capital tem sofrido alteraes decorrentes quer
das suas caractersticas fsicas, quer de condicionalismos
diversos. Assim, desde a dcada de oitenta e at ao encerramento da Estao de Tratamento de Resduos Slidos
de Beirolas [ETRS], por motivo da realizao da EXPO98
cuja localizao coincidiu com a da ETRS, Lisboa dispunha
de um tratamento por compostagem para as fraces
orgnicas dos resduos. Nessa mesma estao de tratamento eram ento recuperados os metais ferrosos presentes
nos resduos, atravs de um sistema de separao electromagntico, sendo os metais posteriormente conduzidos
a reciclagem.
Central
de Tratamento
de Resduos Slidos
Urbanos [Valorsul].
P
85
P
86
Valorizao energtica - a utilizao dos resduos combustveis para a produo de energia atravs da incinerao
directa com recuperao de calor.
Estaes de triagem - instalaes onde os resduos so
separados, mediante processos manuais ou mecnicos,
em materiais constituintes destinados a valorizao ou
a outras operaes de gesto.
Instalaes de incinerao - qualquer equipamento tcnico
afecto ao tratamento de resduos por via trmica, com
ou sem recuperao do calor produzido por combusto,
incluindo o local de implantao e o conjunto da instalao, nomeadamente o incinerador, seus sistemas de alimentao por resduos, por combustveis ou pelo ar, os aparelhos e dispositivos de controlo das operaes de incinerao, de registo e de vigilncia contnua das condies
de incinerao.
Aterros - instalaes de eliminao utilizadas para a deposio controlada de resduos, acima ou abaixo da superfcie
do solo.
3.650
2.213
2.425
0
0
0
0
0
35
29.205
110.106
117.414
32.291
31.450
27.798
29.611
0
3.173
[a]
[b]
Total [t]
10.739
22.339
25.279
30.466
14.215
15.389
108.493
128.830
144.390
145.012
148.779
154.160
pelo PERSU43. Lembremos, ainda que as metas para a reciclagem e incinerao com valorizao energtica emanadas
da UE estreitam-se para 201144.
4.1.1. Reciclagem
A reciclagem uma das prioridades da poltica de gesto
dos resduos a nvel europeu e, como vimos, tambm
a nvel nacional. A reciclagem um mtodo de valorizao
que aproveita os materiais contidos nos resduos, introduzindo-os de novo no ciclo produtivo. De uma forma
geral a reciclagem de materiais, bem como a reciclagem
orgnica, origina uma grande poupana de matrias-primas
virgens, poupana de energia, reduo das emisses atmosfricas e de efluentes lquidos e diminui os quantitativos
de resduos a depositar em aterro sanitrio.
Para que a reciclagem, quer a material quer a orgnica
seja possvel necessrio que os materiais estejam separados por tipos. Assim, relativamente reciclagem material,
no momento da deposio os muncipes separam os materiais por tipos mas, mesmo aps essa operao, necessrio proceder a uma separao mais fina e retirada
43
87
Centro de Triagem
e Ecocentro [Valorsul].
88
Para alm da zona de descarga e da zona de processamento em que se separam os resduos, uma estao
de triagem dispe tambm de uma zona de enfardamento
e armazenagem de materiais recuperados para reciclagem
e de um local de armazenamento dos materiais rejeitados
para posterior conduo a destino final adequado.
Em Lisboa os resduos provenientes das recolhas selectivas
so conduzidos estao de Triagem da Valorsul onde so
separados por tipos e aos quais so retirados os contaminantes. Refere-se que a contaminao muito frequente
- ou seja na deposio quando os muncipes no respeitam
ou desconhecem as regras de separao e por tal misturam
Processo de Fabrico
TEP/t toneladas equivalentes de petrleo gastas por cada tonelada de vidro produzido
[Adaptado de Martinho, 2000]
90
91
Extraco de areias
Ciclo do Vidro
Deposio no
Lixo de indiferenciados.
Utilizao de garrafas
e frascos de vidro
Deposio no vidro.
Demonstrao do que no se deve depositar, nomeadamente vidros de janela,
espelhos, lmpadas, porcelanas
e produtos de cristal
rvores
a serem cortadas
para produo
de pasta de papel
Apresentao
de alguns problemas
oriundos da produo
da pasta de papel
92
Ciclo do Papel
Demonstrao de processos
para produo
da pasta de papel.
Engarrafamento
das garrafas
e utilizadas de novo.
Apresentao do aproveitamento
do verso das folhas de escrita
para rascunho com prvia seleco
em casa ou no escritrio.
Deposio
do papel
no Ecoponto para
reciclagem
Recolha e transporte
do papel para
unidade de triagem.
Deposio
no lixo indiferenciado
Deposio no ecoponto
com visualizao
da prvia seleco em casa.
Imagem da compostagem
no prprio jardim.
Transporte at incineradora
para obter energia.
Estao de compostagem
Transporte at incineradora
para obter energia.
Lanamento
do composto nos solos.
Ciclo Orgnico
Apresentao da aquisio
de vrios alimentos
93
94
Papel de
2 Qualidade
3,8
10
1 700
100 000
5 000
Mdia
Mdia
1,5 a 2 m3
em aterro
Papel Reciclado
0
0
0
1 000
2 500
Baixa ou nula
Nula
Baixa ou nula
Classificao
PET
Politerftalato
de Etileno
Principais Usos
Embalagens para
lquidos gaseificados,
garrafas gua,
detergentes, sumos
e produtos higiene
HDPE [PEAD]
Polietileno
de Alta Densidade
Garrafas
e frascos,
brinquedos
PVC
Cloreto
de Polivinilo
Embalagens
de detergente,
gua e leo, tubos
e perfis de estores
LDPE [PEBD]
Polietileno de
Baixa Densidade
PP
Polipropileno
PS
Poliestireno
Sacos plsticos
e filme plstico
Embalagens
de bolachas, batatas
fritas, cadeiras,
tabuleiros,
caixas de CD
Copos de iogurte,
embalagens de ovos,
esferovite, e tabuleiros
Smbolo
95
96
P
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4.1.2.4. Metal
Os metais que fazem parte do nosso dia-a-dia de consumidores dividem-se em dois tipos distintos: uns so
metais ferrosos, maioritariamente o ao, [ou seja provm
do ferro] os outros, os no ferrosos, so essencialmente
os de alumnio [que tm por base a bauxite].
A reciclagem do metal tem alguma tradio no nosso pas
e um processo simples de fuso para a produo de novos
bens metlicos.
A recuperao dos metais enviados para reciclagem quase
total, devido ao seu elevado valor econmico. efectuada
a recuperao do cobre, do lato e do alumnio. O cobre
utilizado na metalurgia, o lato para a produo de, por
exemplo, contadores de gua e o alumnio fundido sendo
novamente utilizado com excelente qualidade.
Para alm de outras, tal como temperaturas de fuso inferiores para a reciclagem, a grande vantagem de reciclar
o metal est na poupana dos recursos naturais que esto
na base da produo de latas de bebidas, comidas, sprays e
outras latas, e que so recursos esgotveis.
A reciclagem de uma tonelada de alumnio permite a economia de cerca de 5670 litros de combustvel, considerada
suficiente para o abastecimento de um automvel durante
trs anos. [The Resource Conservation Challenge, 2003]
Acresce que a construo de minas para extraco de ferro
e de bauxite, provoca a devastao de grandes reas de
floresta, especialmente de floresta tropical, no caso da
extraco da bauxite.
P
97
98
P
99
Numa
Central de Triagem
ou Estao
de Compostagem
a separao
de embalagens
de metal faz-se
por correntes
de Foucault
[no ferrosas]
ou por eletro-man
[ferrosas].
100
P
P
P
Fonte: CARAPETO, Cristina [coord. Cientfica]; ALVES, Fernando Louro; CAEIRO, Sandra.
Educao Ambiental. Lisboa: Universidade Aberta, 1999. [Adaptado]
101
P
P
a relao carbono/ozono [C/N] - para indicar a disponibilidade de nutrientes e de condies metablicas para
a actividade dos microrganismos.
o tamanho das partculas a compostar - para assegurar
que toda a rea est em contacto com os microrganismos [partculas muito pequenas: dificuldade de circulao
do oxignio; partculas muito grandes: muito tempo para
a decomposio].
102
103
ETVO
Estao de Tratamento
e Valorizao Orgnica
da Valorsul
[fase de construo].
Tratamento e Valorizao de Resduos: Reciclagem, Incinerao e Valorizao Energtica, Aterro Sanitrio
104
A biometanizao tambm um processo de reciclagem das fraces orgnicas dos resduos, mas
efectuado sem a presena
de oxignio. Este processo
requer uma tecnologia
mais sofisticada que o de
compostagem e o produto
final obtido pastoso e necessita, para aplicao agrcola,
de uma fase de secagem e de maturao aerbica.
Para que a biometanizao possa acontecer, a recolha da
matria orgnica a reciclar deve ser selectiva, embora mesmo
assim seja alvo de preparao [retirada de contaminantes]
e homogenizao.
A degradao da matria orgnica, como foi atrs referido,
efectuada por digesto anaerbia, ou seja, pela actividade
de bactrias anaerbias e os produtos finais desse metabolismo so o dixido de carbono e o metano. Estes
constituintes fazem parte do biogs que se produz durante
a degradao orgnica, o qual pode ser aproveitado para
a produo de energia elctrica, aquecimento ou abastecimento das redes de gs canalizado. A produo deste
subproduto pode ascender a 200m3 de biogs, por tonelada
de resduos processada.
Todo o processo ocorre num sistema fechado, que se designa
por digestor, mas a estabilizao do produto final lenta,
uma vez que no se atingem temperaturas muito elevadas.
Por tal, a destruio de organismos patognicos no
totalmente eficaz, sendo necessria a sua posterior destruio ou uma seleco muito apurada dos resduos iniciais
a incorporar.
A biometanizao pode classificar-se de acordo com os materiais que entram no processo e pode ser por via seca
[quando a concentrao total de slidos superior a 25%]
ou por via hmida [quando a concentrao de slidos
inferior a esse valor]. Tambm o tipo de degradao
pode variar, embora seja feita por bactrias metanognicas,
dependendo da temperatura alcanada: diz-se que o processo
mesoflico quando a temperatura oscila entre os 30
e os 40C, ou termoflico quando atinge temperaturas mais
elevadas, na casa dos 50 a 65C.
Comparativamente com a compostagem este processo
apresenta algumas vantagens e desvantagens que podem
ser verificadas no prximo quadro.
Uma das principais vantagens da biometanizao a rapidez
Outputs
Compostagem
Combusto anaerbia
Emisses
atmosfricas [odor]
Amnia
cido sulfrico
Investimento
Relativamente baixo
Elevado
Tempo do processo
Demorado
Relativamente baixo
[Adaptado de Martinho, 2000]
Caractersticas
105
[Estao de
Tratamento
de RSU
de So Joo da Talha
- Valorsul].
106
P
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da auto-combusto dos resduos. Existem queimadores de reforo que funcionam a fuel ou gs e que entram automaticamente em funcionamento quando a temperatura dos gases de combusto inferior a 850C. Estes queimadores
auxiliares so tambm utilizados no arranque e paragens
da instalao.
107
108
109
Do processo de incinerao resultam tambm alguns efluentes lquidos, embora em pequena quantidade: guas
de lavagem e arrefecimento, efluentes do tratamento hmido
dos gases cidos, gua usada para a recuperao do calor
e guas residuais de diversas actividades de limpeza. Estes
efluentes, antes de serem lanados nas redes de esgotos
municipais, para tratamento conjunto com os efluentes
domsticos, so tambm alvo de pr-tratamento na instalao de incinerao.
Todos os efluentes produzidos numa instalao de incinerao so alvo de uma monitorizao e controlo contnuos
que verificam se os poluentes emitidos esto dentro de parmetros que no comprometam o ambiente e a sade
pblica. Os dados recolhidos so facultados s populaes
locais e a vigilncia e monitorizao tambm efectuada
por entidades externas, podendo ser realizada no mbito
de um sistema de vigilncia ambiental, por cmaras
municipais ou entidades governamentais.
Tratamento e Valorizao de Resduos: Reciclagem, Incinerao e Valorizao Energtica, Aterro Sanitrio
110
4.3.Aterro Sanitrio
O aterro sanitrio o destino ltimo dos resduos slidos,
ou pelo menos de uma parte deles, dado que nos processos
anteriores de tratamento e valorizao [reciclagem material
e orgnica e incinerao] h sempre uma quantidade
de materiais rejeitados, cujo destino final o confinamento
em aterro.
No nosso pas tambm frequente que este equipamento
seja o nico disponvel para a eliminao dos RSU; ou seja
a recolha selectiva ainda no extensvel a todo o pas,
existem poucas instalaes de compostagem, apenas funcio57
P
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58
59
Vista area
[Aterro Sanitrio
de Mato da Cruz
- Valorsul].
P
111
feita a monitorizao do impacte ambiental durante a operao do aterro e aps o seu encerramento.
P
P
P
P
P
Vedao total
Cobertura diria dos resduos
Impermeabilizao do fundo do aterro e respectivos taludes
Drenagem, recolha, tratamento e posterior rejeio no sistema de esgotos municipais das guas lixiviantes
Drenagem do biogs [com ou sem aproveitamento energtico]
P
P
112
Na primeira fase a decomposio dos resduos essencialmente aerbia. O oxignio dissolvido nos resduos rapidamente consumido por bactrias aerbias e os materiais
orgnicos decompem-se dando origem produo de dixido de carbono, gua e outros compostos.
113
Vista area
das clulas
do Aterro Sanitrio
[Aterro Sanitrio
de Mato da Cruz
- Valorsul]
O projecto do aterro elaborado para a obteno de autorizao de construo, dever conter uma memria descritiva
e justificativa da qual constam as caractersticas geolgicas
e hidrolgicas do local de construo, o sistema de impermeabilizao a utilizar, a tipologia dos resduos a receber,
o sistema de drenagem de guas lixiviantes e de guas
pluviais a implementar e o respectivo tratamento, o sistema
de drenagem e tratamento do biogs e, para alm do plano
de explorao, com o respectivo estudo econmico deve
igualmente conter o projecto de cobertura final
e recuperao paisagstica do local, aps o seu
encerramento. O detalhe
dos elementos a constar
do projecto de execuo
para a construo de um
aterro sanitrio podem ser consultados no Anexo I da Portaria 961/98 de 10 de Novembro.
Na fase de construo e para se garantirem as normas
de segurana ambiental tm que ser contemplados um conjunto de sistemas de proteco, dos quais se salientam60:
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P
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60
114
Sistema perifrico de valetas para o desvio das guas pluviais do permetro de deposio dos resduos e, sobretudo,
para fora das zonas em interveno e frente de trabalhos.
Impermeabilizao do solo e dos taludes [feita com tela
de polietileno de alta densidade, protegida por geotextil].
Aplicao de uma camada drenante sobre o sistema de impermeabilizao, com 0,5 metros de espessura.
Sistema de drenagem de fundo com valas e colectores
para que, de forma estratgica, possam captar e drenar
todas as escorrncias lquidas para um poo de captao
e derivao.
Cabeas, 1996; Martinho 2000 [adaptado].
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P
P
P
Queimador de biogs
[Aterro Sanitrio
de Mato da Cruz
- Valorsul].
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115
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[
[
[
[
[
[
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[
119
P
A pesagem rara porque recorre utilizao de tecnologia sofisticada o que pode ser economicamente invivel
nalguns casos.
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120
121
122
vez que procura incluir no produto final os custos de recolha, tratamento ou de deposio final. Refere-se, portanto,
obrigatoriedade de pagamento de uma taxa adicional,
por parte dos produtores ou importadores de um produto,
com o objectivo de se assegurar um destino final adequado.
Contudo, como os produtores transferem a taxa para
o consumidor, existe o risco de no se realizarem esforos
no sentido de reduzir as quantidades de embalagens dos
produtos. Por outro lado, a taxa representa uma nfima
parcela do preo final pelo que dificilmente ter efeito nos
comportamentos.
P
66
A Alemanha adoptou uma taxa deste tipo para as embalagens, as quais constituem cerca de 35-40% do peso total
de RSU. A conhecida Packaging Ordinance, introduzida
pela Lei Topfer, em 1991, estipula dois grandes princpios:
primeiro, atribui aos produtores a responsabilidade de recuperar as embalagens dos produtos que colocam no mercado;
segundo, os resduos que so recolhidos devem ser reciclados
ou reutilizados e no podem ser incinerados ou enviados
para aterro.
123
absorver todo o papel e o plstico recolhidos, tendo comeado a enviar estes produtos para outros pases, nomeadamente para Portugal68.
A Frana tambm utiliza o smbolo Ponto Verde mas,
ao contrrio da Alemanha, no estipulou metas quantificadas
para a reciclagem e a estrutura de funcionamento da organizao Eco-Embalagens diferente.
Em Novembro de 1996, surge em Portugal a Sociedade
Ponto Verde para implementao do Sistema Integrado
de Gesto de Resduos de Embalagens, previsto no Decreto-Lei n 322/95, de 28 de Novembro e na Portaria n 313/96,
de 29 de Julho.
124
cam as embalagens no mercado, sendo por isso co-responsveis pela gesto destes resduos, transferem a sua
responsabilidade na correcta eliminao dos resduos provenientes do consumo dos seus produtos para a entidade
gestora do sistema, a Sociedade Ponto Verde, atravs de uma
contrapartida financeira.
O sistema consubstancia-se num ciclo fechado de diversas
operaes/responsabilidades/intervenientes:
P
P
70
125
Cmaras municipais efectuam a recolha selectiva e transportam os resduos para estaes de triagem onde feita
uma separao mais fina dos materiais, recebendo parte
das contrapartidas financeiras da Sociedade Ponto Verde,
face aos custos acrescidos da recolha selectiva.
Fabricantes de embalagens e de matrias-primas de embalagens encarregam-se de reciclar os resduos recuperados
da fase anterior.
As embalagens abrangidas pelo SIGRE so identificadas
atravs do smbolo Ponto Verde. Este indica que a embalagem financia, a nvel nacional, um sistema de recolha
selectiva e valorizao de embalagens usadas.
P
P
126
MacLEAN, J.C. Tax Exempt Debt Financing for privately Owned Facilities.
In: Biocycle. 1988; Turner e Brisson, August, 61-64.
72
FERNANDEZ, V.; TUDDENHAM, M. The Landfill Tax in France. In: GALE, R.;
BARG, S.; GILLIES, A. [Editores], Green Budget Reform: An International
Casebook of Leading Pratices. London: Earthscan, 1995.
73
ZABOLI. The integrated use of economic instruments in the policy of municipal solid waste. In: Curzio, A.; Prospetti, L; Zoboli, R., Developments in
Environmental Economics. Volume 5: The Management of Municipal Solid
Waste in Europe: Economic, Technological and Environmental Perspectives.
ELSEVIER, 1994.
74
Cfr. Declarao de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano [Estocolmo,
1972] - princpios 1 a 8. Declarao do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento [Rio de Janeiro, 1992] - princpios 2,3,4, 7,8,10 e 17 [ver anexo A3].
127
A melhor forma de tratar as questes ambientais assegurar a participao de todos os cidados interessados
ao nvel conveniente. Ao nvel nacional cada pessoa ter
acesso adequado s informaes relativas ao ambiente
detidas pelas autoridades, incluindo informaes sobre
produtos e actividades perigosas nas suas comunidades,
e a oportunidade de participar em processo de tomada
de deciso. Os estados devero facilitar e incentivar a sensibilizao e a participao do pblico, disponibilizando
amplamente as informaes. O acesso efectivo aos processos
judiciais e administrativos, incluindo os de recuperao
e de reparao, deve ser garantido75.
A AIA um instrumento de poltica de ambiente generalizada nos pases desenvolvidos e recomendada por
organismos internacionais suportada pelo princpio da preveno ambiental na implementao de planos, programas
e projectos de desenvolvimento, mediante:
uma avaliao sistemtica dos efeitos previsveis [efeitos
directos e indirectos] causados por um dado projecto no
ambiente - fauna, flora, solo, gua, atmosfera, paisagem,
factores climticos, bens materiais, patrimnio arquitectnico e populao76, sendo para o efeito suportado por um
Estudo de Impacte Ambiental [EIA].
Sustentado pelo princpio da participao, a AIA to mais
eficaz quanto a sociedade integre cidados conscientes dos
seus direitos e deveres e, mais e melhor informados estejam sobre a problemtica ambiental, capacitando-os para
uma participao substantiva na discusso pblica.
Desejando promover a educao ambiental para um melhor
conhecimento do ambiente e do desenvolvimento sustentvel
e no sentido de encorajar uma maior sensibilizao do
pblico e a sua participao nas decises que afectam
o ambiente e o desenvolvimento sustentvel77, bem como
Avaliao do Impacte Ambiental
128
75
6.2. Metodologia
A AIA uma metodologia de avaliao de planos e projectos,
normalmente dinamizada por uma estrutura institucional,
que tem por objectivo avaliar os efeitos potenciais de uma
actividade a nvel ambiental. A AIA assenta numa concepo
de Ambiente multidireccional, assumindo-se como um instrumento preventivo dos impactes ambientais associados
execuo de projectos. Para alm da vertente associada
ao Ambiente-Natureza, AIA importa tambm a cultura,
o ambiente social e psicossocial das comunidades a que se
dirigem os projectos.
Esta metodologia permite, pois, orientar a deciso no respeito pelos princpios do desenvolvimento sustentvel onde se
articulam os interesses do homem com os do equilbrio dos
ecossistemas e preservao dos recursos naturais. A par da
avaliao tcnica das solues, esta metodologia permite
integrar inputs resultantes da participao das comunidades
locais e entidades externas aos projectos.
De forma genrica, e independentemente das concretizaes locais, o processo de AIA orientado pelos seguintes
princpios/linhas de aco:
A par das propostas de aco, os projectos devem incluir
a previso de efeitos [positivos e negativos] associados
sua execuo, bem como a identificao de solues
tcnicas alternativas, ou opes possveis.
Os projectos devem prever e assegurar a adopo de
medidas de minimizao e monitorizao dos impactes
associadas execuo dos projectos.
Os projectos devem garantir decises ambientalmente
sustentveis, orientando-se pelo princpio da flexibilidade
P
P
78
P
129
P
P
79
130
A AIA uma metodologia de apoio deciso com um conjunto de procedimentos chave. Assim, em qualquer processo
de AIA so sempre intervenientes82:
P
P
Referencialmente, o processo de AIA de um projecto de desenvolvimento inclui as fases de definio do mbito do EIA,
a sua preparao83, a consulta pblica84 e a deciso.
O desenvolvimento de um sistema de monitorizao assoNesta acepo, o processo de AIA pode contribuir efectivamente para o
que hoje entendido como qualidade de vida: este conceito compreende
a abundncia material e o conforto econmico como componentes a no
desprezar, mas onde no [se] pode esquecer, ao mesmo tempo, os
aspectos no materiais das condies de vida, como sejam as prprias
apreciaes que delas se faz, as condies sanitrias, os servios e as
condies de sade, a famlia e as relaes sociais, ou ainda, a qualidade
do ambiente natural envolvente [FERRO, Joo; GUERRA, Joo; HONRIO,
Fernando. Municpios, sustentabilidade e qualidade de vida. Lisboa:
Observa, 2004, p. 4].
82
MELO, Joo Joanaz, ob.cit.
83
Processo complexo onde se identifica e prev a amplitude dos impactes,
avalia as alternativas para a aco, [atendendo ao espao e ao tempo],
se identificam as medidas mitigadoras, bem como a metodologia do
processo de monitorizao. A utilizao de ndices ambientais de medio
permite a articulao entre estes diversos nveis de anlise. So exemplo
de ndices utilizados nestes estudos: ndices de emisso, de qualidade
ambiental, socio-econmicos de qualidade de vida, de sensibilidade
[ecolgica, paisagem, ], tecnolgicos, etc. Idem.
84
Ibidem. A consulta pblica assenta no uso de dois conjuntos de tcnicas:
as informativas e as de participao. So exemplos de tcnicas informativas: conferncias de imprensa, comunicados, reportagens, artigos e
anncios nos meios de comunicao social; dossiers informativos,
apresentao a grupos civis e tcnicos, envio de relatrios tcnicos ou
estudo para as entidades interessadas, briefings com representantes de
organismos pblicos ou grupos para informar sobre uma deciso. Entre as
tcnicas de participao referenciam-se: comisses de acompanhamento,
grupos de discusso representativos do pblico, entrevistas, palestras,
workshop, inqurito, plebiscito, etc.
81
131
ciado ao funcionamento da instalao ou do projecto, acompanhado de auditorias ambientais [externas e/ou internas]
constituem instrumentos promotores de boas prticas
e promotores da prossecuo de objectivos ambientais
e de um desenvolvimento sustentvel.
132
pela realizao de projectos onde se percepcionava o ambiente como factor crtico89. So exemplo de estudos realizados
nesta fase o empreendimento hidro-agrcola de Alqueva,
a Central Termoelctrica do Pego e o empreendimento
das Minas de Neves Corvo.
At aprovao da Lei de Bases do Ambiente [Lei 11/87
de 7 de Abril], estes estudos no tm enquadramento jurdico, apesar da meno explcita neste diploma realizao
de Estudos de Impacte Ambiental [EIA] - artigos 30. e 31.
- para planos, projectos, trabalhos e aces que possam
afectar o ambiente, o territrio e a qualidade de vida
dos cidados .
133
134
90
Descrio do projecto;
Apreciao das alternativas;
92
136
A tipologia dos projectos abrangidos por AIA est definida nos anexos
I e II do decreto-lei 69/2000 de 3 de Maio, de que so exemplo:
refinarias de petrleo bruto, centrais trmicas, centrais nucleares,
instalaes qumicas ou ligadas actividade mineira, vias de comunicao, instalaes de tratamento de vrios tipos de resduos, de tratamento de guas e efluentes, instalaes industriais; bem como [anexo 2]
projectos de emparcelamento rural, de desenvolvimento agrcola com
infra-estruturas de rega, de florestao e reflorestao com espcies de
crescimento rpido, instalaes de pecuria e de piscicultura intensiva;
produo e transformao de metais; indstrias extractiva, da energia
e mineral qumica, alimentar, txtil, curtumes, madeira e papel, da borracha;
projectos de infra-estruturas, turismo.
93
Cfr. GARCIA, J.L.; SUBTIL, F., POTT, M. Impacte Ambiental, contingncia
e regulao. Lisboa: Observa, 2000, p. 38.
94
MAOT. Relatrio do Estado do Ambiente em Portugal 2003. Lisboa: MAOT,
2005, p. 174.
100
101
CAPIT
31
138
A relao do Homem com a Natureza e a sua evoluo foi, ao longo dos tempos, objecto de reflexo filosfica, mas tambm da curiosidade cientfica.
Da viso animada da Natureza na Antiguidade chegou-se,
nos nossos dias, a uma nova conscincia sobre a relao
Homem-Natureza95, a par do aprofundamento da abordagem cientfica aos segredos da Terra, das espcies, da vida,
do comportamento e vivncia em sociedade.
Nos nossos dias a pertinncia e visibilidade da temtica
animal toca aspectos to diversificados como a defesa de
animais em extino, a discusso em torno da manuteno
de animais em cativeiro e da sua exibio em espectculos
[jardins zoolgicos, circos], do uso de animais para investigao e ensino, bem como, questes bem mais prximas
de ns: os maus-tratos e o abandono, sem esquecer aqueles
que connosco convivem diariamente e partilham o espao
em que vivemos - as pragas.
A abordagem ecolgica analisa o ser vivo inserido e em
inter-relao com o meio. Michel Lamy96 considera que o
Homem possui diversos invlucros ecolgicos: o aqutico,
a pele, o vesturio, o espao individual, os invlucros ecolgicos e sociais [da casa aldeia, do espao rural cidade
e s grandes metrpoles]:
O Homem no se contentou com os seus invlucros ecolgicos e individuais. Com o auxlio de utenslios, construiu
a sua casa para proteger a famlia. Organizando-se em
sociedade, agrupou as casas em aldeias, cidades e megaplis,
no seio das quais desenvolve as suas actividades.
Estas construes no foram edificadas ao acaso.
[]
O espao rural, devido sedentarizao do homem e
urbanizao, foi ento completamente reestruturado, e as
nossas paisagens ficaram profundamente modificadas97
95
139
140
101
141
2.Animais de Companhia
A problemtica dos animais de companhia, a nvel
nacional, enquadrada por um conjunto de diplomas
Animais de Companhia
142
107
legais110 que regulam de uma forma muito precisa a actividade institucional nesta rea de aco.
A Conveno Europeia para a Proteco dos Animais de
Companhia, assinada por todos os Estados Membros do Conselho da Europa, constitui o documento internacional de
referncia, tendo sido transposto para a legislao portuguesa em 1993.
Animal de Companhia - Qualquer animal detido ou destinado a ser detido pelo homem, designadamente em sua
casa, para seu entretenimento e companhia.
P
110
Cfr. o anexo A2, que inclui um captulo com uma sntese da legislao
de enquadramento [Portaria 81/2002 de 24 de 24 de Janeiro;
Portaria 899/2003 de 28 de Agosto; Decretos-Lei 312/2003, 313/2003,
314/2003 e 315/2003 de 17 de Dezembro; Portarias 421/2004 e
422/2004 de 24 de Abril; Portaria 585/2004 de 29 de Maio].
111
Foi publicada legislao especfica para este tipo de animais [Decreto-Lei 312/2003 de 17 de Dezembro] - cfr. anexo A2.
Animais de Companhia
143
Campanha
de sensibilizao
sobre os animais
de companhia dirigida
cidade de Lisboa.
P
P
P
P
Animais de Companhia
144
Uma alimentao
completa e equilibrada essencial para
o bem estar do seu
animal de companhia.
Animais de Companhia
145
Animais de Companhia
146
Existem desparasitantes internos sob vrias formas farmacuticas [comprimidos, xaropes ou suspenses e pastas].
As pastas e xaropes so, como regra geral, mais adequadas para animais jovens, enquanto que os comprimidos
se destinam predominantemente a animais adultos. Os
desparasitantes internos devem ser de amplo espectro,
ou seja, abranger nemtodos e cstodos, sobretudo nos
animais adultos.
112
Animais de Companhia
147
P
Animais de Companhia
148
Animais
capturados e entregues
no Canil/Gatil
Municipal
A CML possui
uma linha de adopo
disponvel na sua
prpria pgina
da internet:
www.cm-lisboa.pt
[link da Lisboa Limpa]
Os animais recolhidos s podem ser entregues aos presumveis donos ou detentores depois de identificados, submetidos
s aces de profilaxia consideradas obrigatrias para o ano
em curso e sob termo de responsabilidade escrito do dono
ou detentor com a sua identificao completa.
Quando no reclamados, as
Cmaras Municipais devero
publicitar, pelos meios
usuais, a existncia destes
animais com o objectivo de
cedncia a particulares ou
a entidades [pblicas ou privadas] que demonstrem possuir
os meios necessrios sua manuteno. Se mesmo assim
no forem reclamados/cedidos, as autarquias podem
dispor deles livremente. Atendendo salvaguarda de
quaisquer riscos sanitrios para as pessoas ou outros
animais, por parecer do Mdico Veterinrio Municipal,
podem at decidir a sua occiso atravs de mtodos que
no impliquem dor ou sofrimento ao animal.
Se conhecida a identidade dos detentores dos ces e gatos
capturados, aqueles so notificados para o seu levantamento
149
Animais de Companhia
150
Os acidentes de trfego.
As despesas mdicas provocadas pelas mordidelas.
O custo da eutansia em si.
Outras implicaes a nvel da Sade Pblica, como sejam
a propagao de certas zoonoses, nomeadamente a raiva.
O Canil/Gatil de Lisboa deu incio a um programa de esterilizao de animais vadios para adopo. O programa
consiste em:
Animais de Companhia
151
Identificao electrnica
Animais de Companhia
152
Necessita de um leitor.
Animais de Companhia
153
O microship [transponder] aplicado por injeco subcutnea na face lateral esquerda do pescoo, sendo a agulha
de grosso calibre. Apresenta um conjunto de 15 dgitos,
em que os primeiros 3, correspondem ao cdigo do pas.
Aquando da identificao electrnica efectua-se o preenchimento de uma ficha, em que o original e o duplicado so
para o proprietrio [fazendo este posteriormente a entrega
de um dos exemplares na Junta de Freguesia, para esta proceder insero dos dados na Base de Dados - SICAFE]
e o triplicado na posse do mdico veterinrio que procedeu
identificao. No caso do SIRA, a ficha em quadruplicado, em que o triplicado para o veterinrio enviar base
de dados [SIRA] e o quadruplicado fica na posse do mdico.
Na ficha constam dados relativos a:
P
154
Animais de Companhia
2.5.1. Sintomas
155
A raiva furiosa a mais importante e evolui em trs perodos distintos: o melanclico, o de excitao e o de depresso.
O perodo melanclico dura 1 a 3 dias, e caracteriza-se por
modificaes profundas do carcter. O animal mostra-se
triste, de reflexos exaltados, procurando evitar os rudos
e a luz intensa, isolando-se por isso em lugares tranquilos
e semiobscuros. Se o dono lhe fala mostra-se pouco solcito,
ainda que significando t-lo ouvido e acaba por se aproximar lentamente procurando lamber as mos das pessoas
com quem convive podendo, em certos casos, readquirir
a habitual vivacidade.
As manifestaes nervosas agravam-se rapidamente e surge
inquietao e agitao: o animal deita-se, levanta-se, vagueia,
pra repentinamente e parece ter alucinaes, abocando
objectos imaginrios no ar e no cho; se excitado, rosna
e se algum tenta acarici-lo tenta morder; o apetite torna-se caprichoso e surge picacismo, que o leva a ingerir corpos
estranhos; procura a gua, mas s consegue, custa de grandes esforos, deglutir quantidades mnimas.
Animais de Companhia
156
O perodo de excitao corresponde exacerbao das manifestaes iniciais e dura em regra 3 a 4 dias: a inquietao
intensifica-se, traduzindo-se em acessos de fria que alternam com curtos perodos de acalmia. Em certas regies
do corpo surge prurido, s vezes to intenso que o animal
coa-se at se mutilar, sem manifestar dor. Se est preso,
tenta soltar-se e se est enjaulado morde as grades desesperadamente, a ponto de partir os dentes e rasgar as gengivas.
Destri todos os objectos que apanha, chegando a deglutir
parte deles. Normalmente apresenta-se com a lngua pendente, a baba escorrendo em fio, o pelo eriado. Habitualmente no mostra agressividade para o Homem, a no ser
que seja provocado, mas ataca todos os animais, em especial
os da sua prpria espcie. A voz torna-se rouca e, por
vezes, solta um uivo lgubre e prolongado, muito caracterstico, e que traduz o comeo da paralisia da faringe. Desta
paralisia resulta grande dificuldade na deglutio e acessos
de fria em presena da gua.
Os acessos de fria vo sendo cada vez mais espaados e,
no extremo deste perodo, o aspecto do animal impressionante e inesquecvel; a boca entreaberta e cheia de saliva,
o olhar vago e a pupila dilatada, a voz rouca, a tendncia
dominante para morder, em resumo, um aspecto feroz.
2.5.2. Tratamento
A raiva no tem tratamento curativo e a Lei obriga occiso dos animais nos casos declarados, embora seja aconselhvel a conservao da vida dos animais suspeitos, tanto
quanto possvel para se poder fazer um diagnstico seguro.
Animais de Companhia
157
Posto
de Vacinao Mvel
116
Nos termos do Decreto-Lei 314/2003 de 17 de Dezembro, que aprova o Plano Nacional de Luta e Vigilncia Epidemiolgica da Raiva
Animal e Outras Zoonoses [PNLVERAZ] - cfr. anexo A2.1
158
117
Animais de Companhia
159
160
Os ces e gatos agredidos por outros com raiva confirmada sero abatidos, com excepo dos que tenham sido
vacinados contra a raiva h mais de 21 dias e h menos
de 12 meses, tendo estes, no entanto, que ser submetidos
a sequestro em canil/gatil oficial, por um perodo mnimo
de 6 meses, e sujeitos a duas vacinaes anti-rbicas
consecutivas com intervalo de 180 dias.
2.6.1. Leishmaniose
A leishmaniose canina uma doena parasitria, provocada
por um protozorio do gnero Leishmania, transmitida
por intermdio de um mosquito pertencente ao gnero
Phlebotomus.
Flbotomos
A sintomatologia observada
muito variada e o perodo
de incubao pode ir de vrios
meses a vrios anos. Verifica-se
que cerca de 50% dos ces infectados no apresentam
sintomas evidentes, sendo mais frequentes os problemas
dermatolgicos.
Principais manifestaes gerais:
P
162
A leishmaniose
uma zoonose
com importncia real
em Sade Pblica,
nos pases mediterrnicos. A sua
prevalncia de
14 milhes
de pessoas infectadas
e a incidncia anual
de 1,5 milhes
de novos casos,
em que um milho
so formas cutneas
e meio milho de
forma visceral.
Animais de Companhia
163
Em Frana, os ltimos dados estatsticos revelam um aumento significativo do nmero de casos de leishmaniose visceral.
Em Portugal, os estudos realizados indicam que predomina
em crianas at 3 anos de idade, no evidenciando um aumento do nmero de casos em adultos, ao contrrio de
outros pases, como a Frana, onde so j cerca de 50%
dos casos. No que se refere leishmaniose visceral humana,
a sua frequncia parece inversa leishmaniose canina, predominando nas zonas urbanas e suburbanas - principalmente
nos bairros degradados de Lisboa e Setbal. A maior prevalncia da leishmaniose canina nas zonas rurais juntamente
com a raridade da infeco humana explica-se pelo facto
de haver maior abundncia de animais disponveis para a refeio de sangue do flebtomo e pelo tipo disperso do povoamento humano. Quer isto dizer que o flebtomo parece
preferir o co para se alimentar, ou outro mamfero susceptvel.
Assim sendo, porque se verifica um aumento do nmero
de casos de leishmaniose humana? O nmero de ces no
tem diminudo!?
Curiosamente, em Frana, pas onde tem havido um nmero crescente de casos humanos tambm um dos pases
com maior nmero de ces, chegando a atingir 1 co para
2 habitantes.
O aumento do nmero de casos humanos poder estar
relacionado como incremento do nmero de ces tratados
e das doses usadas, j que a teraputica mais usada na
medicina veterinria [antimoniato de N-acetil glucamina,
GLUCANTIME] a mesma que a usada em medicina humana,
causando assim um aumento da resistncia das leishmanias,
pois o tratamento da leishmaniose canina no permite obter,
na quase totalidade dos casos, a esterilizao completa
e definitiva do animal parasitado.
Animais de Companhia
164
2.6.2. Leptospirose
Animais de Companhia
165
166
2.6.3. Toxoplasmose
A toxoplasmose uma doena parasitria, causada por um
protozorio, o Toxoplasma gondii. O gato o hospedeiro
definitivo, enquanto que os mamferos [roedores, ovinos,
bovinos, sunos, homem] e aves so os hospedeiros intermedirios.
A forma adulta localiza-se no epitlio intestinal [parede
do intestino] do gato, formando oocistos que so libertados
nas fezes. As formas larvares formam normalmente quistos, que se localizam principalmente no crebro, corao
e msculos.
A toxoplasmose
humana est
largamente difundida,
existindo no Mundo
cerca de meio bilio
de pessoas com
anticorpos contra
o Toxoplasma gondii,
com predominncia
nos pases com climas
quentes e hmidos.
Animais de Companhia
167
O gato desempenha
o papel principal
na epidemiologia
da toxoplasmose,
sendo a doena
praticamente
inexistente
em reas onde
no exista.
A prevalncia
da toxoplasmose
nas reas urbanas
maior do que
nas reas rurais, pois
nestas ltimas
os gatos dispem
de uma rea maior
para eliminarem
as suas fezes.
Animais de Companhia
168
Animais de Companhia
169
2.6.4. Equinococose
Animais de Companhia
170
Tambm designada por Hidatidose, uma doena parasitria, provocada por um pequeno cstodo [tnia], com cerca
de 1,5 a 6 milmetros de comprimento.
O verme adulto vive no intestino delgado do co [ou outros
carnvoros, como o lobo] e a forma larvar, o Echinococcus
granulosus, designado vulgarmente por quisto hidtico,
pode localizar-se em vrios rgos, sendo mais frequente
a localizao ao nvel do fgado e pulmo do homem,
ruminantes [vaca, ovelha e cabra] e roedores, funcionando
estes como hospedeiros intermedirios.
O Echinococus especialmente importante como parasita
pela prevalncia dos quistos hidticos em pessoas que
vivem em estreita relao com os ces, que se alimentam
de restos de cadveres de animais, constituem hospedeiros
intermedirios. O homem pode tambm infestar-se sem
contactar directamente com os ces, atravs da ingesto
de vegetais crus ou de gua contaminados com fezes
de ces parasitados.
Animais de Companhia
caro
171
172
O diagnstico da doena baseia-se nos sinais clnicos, acompanhado de raspagem dos locais afectados para observao
microscpica da presena dos caros.
O tratamento pode prolongar-se por algumas semanas
e basear-se na aplicao tpica de produtos, champs
2.6.6. Dermatomicoses
So doenas cutneas provocadas por fungos dos gneros
Trichophyton ou Microsporum, designando-se tambm por
tinhas.
As zonas do corpo mais afectadas so a cabea e o pescoo,
formando placas de depilao mais ou menos circulares especialmente roda dos olhos - podendo confluir e dar
depilao total dessas regies. A extremidade das patas
tambm frequentemente atingida. Estas situaes so
normalmente acompanhadas de prurido. Em certos casos
aparecem pstulas, nas zonas depiladas ou normalmente
desprovidas de plo. Os animais jovens so os mais
susceptveis de contrair esta doena.
Os tratamentos podem ser locais [ base de cremes,
pomadas, sprays ou banhos] ou sistmicos [de durao
longa], tendo frequentemente a durao de 30-45 dias.
Deve-se evitar
o contacto com
animais atingidos
por esta doena,
usar luvas aquando
da manipulao
de animais doentes
e lavar as mos
sempre que se
contacte com estes.
Animais de Companhia
173
E Co de caa
P
F Co-guia
P
G Co potencialmente perigoso
P
H Co perigoso
P
I Gato.
P
A licena feita aquando do registo e sujeita renovao anual - a solicitar nas Juntas de Freguesia - para
o que necessrio apresentar:
P
Animais de Companhia
174
Boletim Sanitrio
Punvel com coima de 50 a 1.850 [pessoa singular] ou 22.00 [pessoa colectiva] - Decreto-Lei 314/2003 de 17 de Dezembro.
Animais de Companhia
A transferncia do titular do registo de um animal efectuada na Junta de Freguesia, que proceder ao seu averbamento no Boletim Sanitrio de ces e gatos, mediante
requerimento do novo detentor, no prazo de 30 dias.
175
Animais de Companhia
176
A propriedade deste tipo de animais como animais de companhia carece de licena emitida pela Junta de Freguesia da
rea de residncia do detentor, a qual tem a categoria G
para os ces potencialmente perigosos e a categoria H para
os ces perigosos.
Para a obteno da referida licena, o detentor tem de ser
maior de idade e apresentar a seguinte documentao:
P
Boletim Sanitrio.
As cmaras municipais podem regular as condies de autorizao de circulao e permanncia destes animais nas
ruas, parques, jardins e outros locais pblicos. Nestes
120
Animais de Companhia
177
Animais de Companhia
178
Os detentores de animais perigosos ou potencialmente perigosos devem promover o seu treino com vista sua domesticao e socializao, no podendo, em caso algum, ter
por objectivo a participao em lutas ou o reforo da sua
agressividade para com as pessoas, outros animais ou
bens 122. O treino deve ser efectuado por treinadores
122
Nos termos da legislao em vigor, as autarquias devero possuir um Canil ou Gatil Municipal,
o qual dever possuir condies
tcnicas adequadas ao exerccio
de um conjunto de competncias:
As cmaras municipais, de forma isolada ou em associao
com outros municpios, so obrigadas a possuir e manter
instalaes destinadas a canis e gatis, de acordo com as
necessidades da zona, e postos adequados para execuo
das campanhas de profilaxia, quer mdica quer sanitria,
que a DGV entenda determinar123.
O Canil/Gatil Municipal de Lisboa124 desenvolve as seguintes actividades125:
Recolha de animais vadios ou errantes - A captura efectuada na via pblica ou em quaisquer lugares pblicos, normalmente no perodo nocturno e com a Polcia Municipal.
No que diz respeito aos gatos vadios, em quintais particulares, a captura feita por solicitao do interessado,
mediante a colocao de gaiolas com armadilha, no perodo
diurno.
Recolha de animais mortos ou acidentados - No caso
de animais mortos, a recolha feita na via pblica ou
em local privado, pagando o dono uma taxa de recolha126.
Recolha domiciliria de animais para eutansia - A recolha efectuada por solicitao do dono, o qual ter
de dispor de um atestado passado pelo Mdico Veterinrio
que acompanhou o animal, solicitando a sua occiso127.
O Canil/Gatil
de Lisboa.
123
Animais de Companhia
124
179
128
Animais de Companhia
Passaporte
131
Nestas situaes, a Cmara Municipal de Lisboa mediante a apresentao de declarao comprovativa pode receber os animais, encaminhando os saudveis para adopo.
181
182
Data
2002
2003
2004
2005
2006
Total
Entrados
Ces
Gatos
1.083
959
1.552
1.591
0
944
2.027
1.318
1.906
1.308
0
2.277
3.458
2.899
0
Adoptados/Restitudos aos
donos
Ces
Gatos
240
326
498
517
0
141
96
463
222
0
Total
381
422
961
739
0
sensibilizao132, ou devido a oferta de animais de estimao em aniversrios ou festas similares - leva a que, com
frequncia existam situaes de abandono ou de entrega
dos animais nos canis.
No Canil/Gatil Municipal de Lisboa a prtica tem demonstrado que existe uma situao de desfasamento entre
a oferta e a procura de animais para adopo: as pessoas
procuram um tipo de animais que no coincide com
o disponvel para adopo.
Neste Canil, como em todos
os outros - sobretudo nos municipais - predominam os animais
sem raa definida [muitos deles
velhos ou doentes], adultos e um
grande nmero de fmeas.
A procura de animais para adopo dirige-se, sobretudo,
para animais com as seguintes caractersticas:
Raa - So preferidos os animais com raa definida - frequentemente associados aquisio de status social
- sendo os canis um local onde o preo a pagar baixo
ou nulo.
Idade - So mais procurados os animais jovens - em especial at aos 3-4 meses de idade - por serem mais atraentes e pela convico [falsa] que um animal adulto no
se adapta a novos donos.
132
Animais de Companhia
183
Sexo - Os machos so muito procurados, o que se relaciona com ausncias de problemas com a reproduo.
O facto de ser fmea , com frequncia, motivo de rejeio de um animal, mesmo que tenha sido previamente
escolhido.
Estado de sade - Aqui podemos dizer que os extremos
tocam-se. Existe por um lado o cidado normal que quer
adoptar um animal, preferindo ou exigindo apenas animais
saudveis. Por outro os auto-designados protectores dos
animais [normalmente adultos do sexo feminino] com
problemas de solido ou de relacionamento social, com
o objectivo de impedir a eutansia.
3.Pragas Urbanas
3.1. Conceitos Gerais
O ser humano, na maior parte dos locais onde
vive, contacta com vrias espcies animais. Algumas
delas so benficas enquanto produtoras de alimentos,
companhia ou como predadores de espcies indesejveis.
Outras podem ocasionar situaes de risco para o Homem,
porque mordem, picam, transmitem doenas, destroem
ou danificam alimentos e outros bens ou, causam repulsa
ou pnico; isto , por diversas formas, directa ou indirectamente, provocam incmodo ao homem. A este grupo
chamamos pragas.
As pragas podem classificar-se em agrcolas e no agrcolas
ou urbanas.
Definem-se como pragas urbanas as que afectam as cidades,
perturbando as actividades que a se desenvolvem afectando
a envolvente, transmitindo doenas infecciosas, estragando
ou perturbando o habitat e o bem-estar humano.
Pragas Urbanas
184
133
Pragas Urbanas
185
reinfestao
aplicao macia
infestao
reinfestao
Pragas Urbanas
186
aumento do
nmero de aplicaes
Baixa Toxicidade - Alternativas [que no o controlo qumico] devem ser sempre consideradas antes do uso de
biocidas. Os mtodos tradicionais levam, por vezes, aplicao de quantidades excessivas de qumicos em reas
expostas e distantes do local onde so realmente necess-
Pragas Urbanas
187
rios. No Controlo Integrado de Pragas Urbanas, quando necessrios os biocidas so usados com preciso e parcimnia.
As aplicaes tradicionais reservam-se para quando no
existe nenhuma outra alternativa.
P
Pragas Urbanas
188
Medidas Fsicas - Aces correctivas no meio, modificando-o de forma parcial ou definitiva para eliminar as pragas
ou prevenir a sua reinstalao.
Medidas Biolgicas - Actividades executadas sobre o meio
atravs da utilizao de produtos biolgicos e/ou bio-racionais.
Medidas Qumicas - Incluem a aplicao de biocidas que
so escolhidos segundo a rea a tratar e as pragas-alvo,
com uma utilizao criteriosa e no respeito pelas normas
tcnicas.
Medidas Profilticas - Envolvem a higienizao dos ambientes.
Envolvimento - A participao efectiva de todos os agentes
no programa bem como da populao residente so determinantes para a prossecuo dos objectivos.
P
Sabia que:
30% dos incndios
em indstrias
e comrcios
que no tm causas
definidas so
atribudos a roedores.
P As baratas
de esgoto vivem
em mdia 2 anos
e seis meses
e chegam a produzir
810 ovos. Elas podem
ficar at 15 dias
sem gua e alimento
ou at 30 dias
apenas com gua.
P As pragas precisam
de quatro factores
bsicos para
se desenvolverem:
acesso, abrigo,
alimento e gua.
P As formigas so
os principais vectores
de infeco hospitalar
no mundo.
P
As pragas que afectam alimentos armazenados so inmeras. Infestam armazns de cereais, combios, barcos
e camies utilizados para o seu transporte, restaurantes,
fbricas de processamento de alimentos, habitaes, estabelecimentos comerciais, etc., ingerindo os alimentos destinados
Pragas Urbanas
De forma a ajudar o planeamento e execuo de um programa de controlo adequado [ainda que muitos destes
grupos se sobreponham] a classificao de uma praga num
grupo apropriado permite aos profissionais conhecer os aspectos mais importantes do seu comportamento e os seus
hbitos especficos.
189
190
A madeira encontra-se bastante difundida no ambiente urbano. Diversas espcies podem afectar este material, nomeadamente trmitas e carunchos. As infestaes em edifcios
com construo em madeira so um quebra-cabeas para
a reabilitao urbana. Mas, de uma forma geral podemos
ainda identificar as pragas de aranhas, formigas, maria-caf, centopeias, peixinhos de prata, piolhos dos livros, etc.
Muitas das espcies causadoras destas pragas transmitem
ao homem agentes que podem provocar doenas infecciosas.
As principais espcies que se incluem neste grupo so artrpodes, como as carraas, os caros, os piolhos, as pulgas,
os percevejos, os mosquitos, as moscas, as abelhas, etc.
A sua origem pode ser diversa: a partir do exterior pelas
portas e janelas, animais presentes nas habitaes, por partilha de bens e utenslios ou directamente de outras pessoas,
alimentos e instalaes sanitrias pblicas.
As reaces humanas s espcies que picam, mordem ou
provocam irritao so vrias, desde as praticamente inexistentes at a tumefaces ou outros problemas alrgicos
de extenso alarmante.
Muitas das espcies referidas incluem-se no grupo das
designadas pragas ocasionais. Vivem no exterior e, em
determinadas ocasies, so atradas por factores diversos
e entram nos edifcios [muitas vezes durante a noite atradas
pela luz] embora no completem a o seu ciclo de vida.
Embora algumas sejam comuns s vrias regies do Globo,
outras incidem sobre regies especficas. Algumas causam
danos elevados no mobilirio e outro equipamento domstico, ao passo que outras podem ser venenosas ou produzir
reaces alrgicas. No entanto, de um modo geral no
provocam danos elevados e a sua presena considerada
inofensiva.
Os roedores so os mais importantes competidores do homem relativamente aos alimentos e outros bens e, quer
a nvel industrial quer a nvel domstico, podem encontrar
as condies ideais para uma rpida multiplicao: disponibilidade de alimentos e gua, refgio e ausncia de predadores e competidores.
Podem ocorrer pragas de roedores nas habitaes, supermercados, restaurantes, indstrias alimentares, esgotos,
Pragas Urbanas
191
192
Biologia
Alimentao
Reproduo
Caractersticas fsicas
=< 10cm
Cauda
5 a 7 cm
Peso
10 a 20 gramas
Focinho
Fezes
Pontiagudo
Grandes
[ultrapassam os olhos quando rebatidas]
Cinzento a castanho
[diversificada de acordo com o habitat ]
Gro de arroz [6 mm]
Informao especfica
Ninhos
Gestao
21 dias
Ninhada
6 a 8 crias
Nmero de ninhadas/ano
Esperana de vida
2 anos
Espcie
Omnvora
Cereais, alimentos secos, aves
e animais de companhia
2 refeies principais [manh e noite],
com ingesto de pequenas pores alimento
cada 1 a 2 horas 3 a 4 gr/dia
Orelhas
Cor pelagem
Alimentos preferidos
Ingesto diria alimentos
Ingesto gua
Informao especfica
Locais presena
Rotinas
Capacidade nadar
Pode nadar
Deslocao
Informao especfica
19 a 26 cm
16 a 23 cm
Mais comprida que a combinao de cabea
e corpo [17 a 28 cm]
100 a 200 gramas
Pontiagudo
Pontiagudo
Mdias
Bem desenvolvidas
Castanho-acinzentada, avermelhada,
at branco acinzentado
Cpsula [19 mm]
Preto a acinzentado
16 a 20 cm
22-24 dias
21 dias
8-12 crias
5-10 crias
3-5
3-5
1 ano
1-2 anos
Omnvora
Prefere alimentos com elevado teor de protena
e hidratos de carbono
Omnvora e carnvora
Sementes, vegetais e frutos secos
Excelentes nadadores,
podendo ficar submersos at 30 segundos
Pode nadar
Raio aco: 30 a 50 m
Vector de doenas
193
194
Pragas Urbanas
195
Marcas de roeduras - Os dentes dos roedores so de crescimento contnuo, o que contribui para a sua necessidade
permanente de roer todos os materiais ao seu alcance.
Pragas Urbanas
196
Pragas Urbanas
197
Corpo segmentado [articulado] com os segmentos agrupados em duas ou trs regies distintas.
Apndices [patas, antenas] em nmero par, segmentados.
Esqueleto externo que se renova periodicamente.
Simetria bilateral.
198
Insectos
Aracndeos
mosca
aranha
mosquitos
escorpio
formiga
caros
pulga
carraas
Patas
3 pares
Antenas
Exemplo
Diviso do
corpo
Crustceos
Quilpodes
Diplpodes
bicho de conta
centopeia
maria-Caf
4 pares
nmero varivel
1 par por
segmento
2 pares por
segmento
1 par
ausentes
2 pares
1 par
1 par
cabea
cefalotrax
cefalotrax
abdmen
abdmen
trax
cabea
segmentos
abdmen
Respirao
traqueias
Excreo
tbulos de
Malpighi
filotraquias e
trax curto
segmentos
traqueias
traqueias
tbulos de
glndulas verdes tbulos de
Malpighi e
ou antenais
Malpighi
glndulas coxais
tbulos de
Malpighi
traqueias
brnquias
cabea
Classes
199
Os conhecimentos de sistemtica e de chaves para a identificao de espcies de grande importncia para os profissionais de controlo de pragas. Alm da apreciao das
caractersticas morfolgicas que permitem identificar uma
praga - utilizando chaves de identificao - o conhecimento
dos hbitos [alimentares e outros] das espcies e caractersticas biolgicas imprescindvel para a sua identificao,
nomeadamente quando no so capturados elementos das
espcies.
A maioria dos insectos desenvolve-se a partir de ovos.
Estes so depositados pelas fmeas nos hospedeiros numa
cpsula [ou ooteca, como o caso das baratas], individualmente ou em massas, soltos ou fixos a objectos diversos,
normalmente em locais protegidos do meio.
O crescimento dos insectos faz-se em estdios separados
por mudas; ou seja, pela substituio do esqueleto rgido
externo que possuem. O nmero de mudas varia com
a espcie. Alm das alteraes do tamanho, muitas espcies
mudam a sua forma durante o crescimento - processo que
conhecido por metamorfose. Relativamente a esta aparncia existem quatro tipos de insectos:
P
Pragas Urbanas
200
Os ninhos
das formigas
constituem um
sistema de passagens
ou cavidades
que se comunicam
entre si e com
o exterior. Um ninho
tpico de formiga
gira em torno
da rainha, a me
da colnia, a qual
uma fmea
que foi fecundada. O
seu papel
pr os ovos,
donde nascem
as larvas.
De acordo com
a alimentao
que recebem,
as larvas podem
tornar-se operrias
ou fmeas frteis.
Pragas Urbanas
201
Pragas Urbanas
202
Estes insectos so
importantes vectores
mecnicos,
podendo transportar
germes nas suas
patas, disseminando-os
ao pousarem nos
alimentos.
203
www.mundodasbaratas.vilabol.uol.com.br
Sabia que:
H 5.000 espcies
de baratas, sendo que
apenas 1% tem
o carcter de praga.
As baratas existem h
mais de 300 milhes
de anos.
Passam 75%
do seu tempo
em fendas e buracos,
e preferem os locais
prximos de uma
fonte de alimento,
gua, calor e alta
humidade.
So resistentes
radioactividade,
aumentando
de tamanho.
P
P
Pragas Urbanas
204
P
www.hospvetprincipal.pt
Existem cerca
de 1900 espcies
de pulgas no mundo.
A que preocupa
a maior parte
dos donos de animais
Felis Ctenocephalides.
Esta a pulga
que encontramos
nos animais
de estimao [gatos,
ces, coelhos
e a outras espcies].
P
P
Pragas Urbanas
3.4. Pombos
3.4.1. Contexto da Problemtica
205
P
P
P
P
P
P
P
P
Pragas Urbanas
206
Temperatura - 38 - 40 C
Peso Mdio - 450 - 500 grs
P
Pragas Urbanas
137
207
de aces de sensibilizao dirigidas populao e o incentivo adopo de prticas preventivas que visem a reduo da oferta de locais de postura nos imveis [atravs
da colocao de gel repelente, espculas e telas de proteco].
Nesta ltima situao, o primeiro passo verificar o local
onde as aves se abrigam ou nidificam, seguido da anlise
das melhores opes de proteco na rea, tendo em conta
o aspecto financeiro e numa ptica custo-benefcio. No
esquecendo que um servio dessa natureza utiliza muita
mo-de-obra podendo exigir a utilizao de equipamentos
para apoio ao trabalho em altura, o que encarece bastante
o servio. pois preciso ser bastante cuidadoso na escolha
do sistema a utilizar, de tal forma que ele seja o mais
permanente possvel e no exija muita mo-de-obra para
a sua colocao ou reparao.
Na verdade deve prevenir-se ou retirar as aves do local
de pouso ou nidificao e impedir o acesso ao alimento
preferencial. Num segundo momento, o controlo deve criar
mecanismos de barreira para impedir o retorno dessas
aves aos locais de interesse.
Como mtodos de controlo enuncia-se a captura [atravs
de canho e gaiolas] e a distribuio de anticoncepcional
aos pombos139, o qual inibe a ovulao nas fmeas e a espermatognese nos machos.
Pragas Urbanas
208
O contacto com as fezes pode causar problemas respiratrios, renais e outros como meningite, encefalite
e histoplasmose.
139
Como proceder:
P
Pragas Urbanas
209
Pasteurelosis ou Clera
[bactria]
Coriza
Ornitosis
Micoplasmosis
Infecciosas
Adenovirus
[vrus]
Herpes Vrus
Varicela
Micticas
Aspergilosis
[fungos]
Candidiasis ou Muguet
Coccidiosis
Internos
Ascariosos
Capilariosos
Teniasis
Plasmodiosis ou Malria
Parasitrias
Protozorios
Haemoproteosis
Trichomoniasis
Piolhos
Externos
caros
Dpteros [moscas]
Carraas
3.4.4.1. Salmonelose
P
Pragas Urbanas
210
3.4.4.2. Histoplasmose
Agente etiolgico - Um fungo dimrfico chamado Histoplasma Capsulatum.
Fonte - Solos e pisos com dejectos de animais.
Modo de transmisso - Pela inalao dos esporos suspensos
no ar. Quanto mais excrementos ressequidos e pulverizados
no ambiente, maior a probabilidade de o homem apresentar a doena. Por exemplo, o forro do telhado de uma
casa, se frequentado por pombos, um ambiente insalubre
repleto de microorganismos patognicos inalveis.
Patologia que pode provocar no homem - A histoplasmose
uma micose sistmica de gravidade variada. A infeco
comum, mas a doena no. Isto , estamos sempre expostos aos esporos, em maior ou menor quantidade, podendo
desenvolver sensibilidade sem apresentar doena sintomtica. Quando h sintomas, pode ser uma enfermidade
respiratria benigna ou, nos casos mais graves, os rgos
internos podem ser afectados de forma aguda ou crnica.
Como evitar a doena - Mantendo a higiene dos locais
que frequentamos e destinando adequadamente os dejectos
dos animais domsticos e peridomiciliares, como os pombos.
Importante: na aco de limpeza dos excrementos,
humedecer o piso e as superfcies a serem limpas e usar
sempre um leno hmido ou mscara na face para evitar
inalao da poeira levantada.
Pragas Urbanas
211
Grupo de risco - Pessoas expostas a ambientes empoeirados e contaminados com fezes de animais. Se estas
pessoas esto imunodeprimidas, ou seja, com as suas
defesas orgnicas diminudas [como transplantados, portadores de cancro em tratamento com quimioterapia, tuberculosos, pessoas infectadas com o HIV e idosos debilitados]
os riscos de contrair a histoplasmose so maiores.
3.4.4.3. Criptococose
Pragas Urbanas
212
Patologia que pode provocar no homem - Pode ser assintomtica ou ocorrer doena de gravidade variada. Pode
confundir-se com enfermidade respiratria comum e passar despercebida; ou ser traioeira e provocar pneumonia e broncopneumonia [nas formas mais graves]
hepato-espleno-megalia, vmitos, diarreias, depresso mental e delrios.
Como prevenir a doena - Para evitar a inalao de
aerossis durante a limpeza das superfcies frequentadas
por aves, humedecer os excrementos, os ninhos e as
camas de aves usando uma mscara.
Grupo de risco - idosos, pessoas com sade debilitada
e profissionais com contacto estreito com as aves, em
especial os que se exponham em ambientes confinados140.
3.4.4.5. Alergias
140
Pragas Urbanas
213
Pragas Urbanas
214
141
Pragas Urbanas
143
215
216
218
1.Da Cidadania
Da Cidadania
219
220
145
O grande seno da concepo grega de cidadania era, obviamente, o facto de ser altamente exclusiva e o facto desta,
para alm de aceite com grande naturalidade, se encontrar
perfeitamente justificada luz dos valores da poca.
As mulheres no eram seres suficientemente racionais para
a participao poltica e os escravos nem sequer eram verdadeiramente humanos.
148
Da Cidadania
221
Da Cidadania
222
Na perspectiva de Nogueira e Silva150, o contributo da concepo romana de cidadania para a nossa questo [Como
definir cidadania?] est relacionado com o facto de ser
o primeiro exemplo da utilizao da cidadania como instrumento de controlo social e, em segundo lugar, permitir
150
Da Cidadania
223
Criao de Ado
Pintura
de Miguel ngelo
na capela sistina
- 1508/1512
224
151
A concepo moderna de cidadania est intimamente relacionada com o desenvolvimento do Estado liberal, cujas
bases foram preparadas
no final do sc. XVI. A Revoluo Francesa [1789]
e a noo de igualdade,
introduzida nos debates
sobre a relao do indivduo com o Estado pelos
A Liberdade
guiando o povo
Delacroix, 1831.
TOUCHARD, Jean. Histria das Ideias Polticas. Lisboa: EA, vol. I, 1981.
225
Rousseau,
filsofo francs
do sculo XVIII.
Da Cidadania
226
152
Filsofo ingls, fundador da filosofia moral, que viveu entre 1588 e 1679.
Filsofo ingls, iniciador do iluminismo, que viveu entre 1632 e 1704.
154
Filsofo francs que viveu entre 1712-1778.
153
P
Mesas de voto,
instaladas no trio
principal da Cmara
Municipal de Lisboa,
para as eleies
autrquicas. AFL
P
155
Professor de Sociologia da Universidade de Londres. A sua obra principal foi Classe, Cidadania e Status [1950]. Citado por: NOGUEIRA, Conceio; SILVA, Isabel. Cidadania - Construo de Novas Prticas em Contexto
Educativo. Lisboa: Edies Asa, 2001.
Da Cidadania
227
A descoberta
da mquina a vapor
marcou o incio
da Revoluo
Industrial.
A modernidade revela-se um
projecto ambicioso e carregado de contradies. Em vez
da harmonia e da qualidade
de vida que prometia, trouxe o
agravamento da injustia social, da concentrao da riqueza e consequente desigualdade e excluso social, bem como a devastao ecolgica que afecta a qualidade de vida e at a sustentabilidade
do Planeta.
O Estado-Providncia procurou atenuar algumas destas
contradies - por exemplo, assegurando uma melhor distribuio da riqueza e garantindo os direitos bsicos. Todavia,
no final da dcada de 70 do sculo XX existia j a conscincia de que muitas das expectativas da modernidade
seriam irrealizveis. Paradoxalmente, a dominao da Natureza com todos os seus efeitos perversos e consequente
crise ecolgica excedeu em muito todas as expectativas.
Da Cidadania
228
156
Da Cidadania
229
Da Cidadania
230
A inquietao ecolgica ultrapassa largamente as preocupaes da dcada de 70, praticamente confinada s contaminaes da actividade industrial e agrcola em determinadas regies do Globo, deteriorao dos espaos naturais
considerados nicos ou a ameaa de determinadas espcies.
A crise ecolgica desde o final da dcada de 80 entendida como um fenmeno planetrio e no localizado, analisado a partir de uma viso complexa e interdependente
das realidades ambientais, dos seus significados sociais,
econmicos e culturais. A pobreza que afecta um nmero
cada vez maior de pessoas quer nos pases ricos, quer nos
pases pobres, a falta de equidade na diviso da riqueza
e de acesso a bens e servios to essenciais como a gua
potvel e o saneamento bsico, bem como o crescimento
Desenho publicado
em 1854
numa revista londrina
quando as instalaes
do Parlamento foram
abandonadas devido
ao mau cheiro
do rio Tamisa.
Idem.
Da Cidadania
231
O direito ao ambiente
de qualidade um
direito de cidadania.
161
A Idade Mdia valorizou mais os valores religiosos; a partir do Renascimento valorizaram-se mais os valores humanistas; hoje tendemos a valorizar mais aos valores estticos e os que se relacionam com o bem-estar.
232
surgindo e cada homem vive, tambm a sua prpria historicidade, criando valores que do sentido sua existncia.
Vivemos numa sociedade pluralista, onde o respeito pelo
outro, pela sua identidade cultural e religiosa, em suma,
pela diferena, assumem um papel preponderante na educao para a cidadania. Mas tambm vivemos numa sociedade
marcada pelo desenvolvimento cientfico e tecnolgico que
provocou o desmoronamento de valores prprios de sociedades que j no existem e o reescalonamento,reorientao
e mesmo a criao de novos valores que permitam responder aos novos desafios que se nos deparam.
neste contexto que a educao para a cidadania assume uma importncia fundamental na preparao dos
indivduos.
162
163
Do Desenvolvimento
Lipovetsky162, considera que alguns dos valores da modernidade que dominaram at actualidade foram o trabalho,
o progresso, a norma universal, a disciplina e a obedincia,
entre outros. Hoje temos um conjunto de valores relacionados Biotica, caridade meditica, aces humanitrias,
defesa do meio ambiente, moralizao dos negcios, da poltica e dos meios de comunicao, debates em torno
do aborto e do assdio sexual, cruzadas contra a droga
e o tabaco: por toda a parte a revitalizao dos valores,
e o esprito de responsabilidade so brandidos como o imperativo primeiro da poca. Ainda h pouco as nossas sociedades electrizavam-se com a ideai de libertao individual
e colectiva. Actualmente, vo proclamando que no h mais
utopia possvel a no ser a moral. Todavia, no se trata
de nenhum retorno da moral. A poca do dever rigorista
e categrico eclipsou-se em benefcio de uma cultura
indita que difunde as normas do bem-estar de preferncia s obrigaes supremas do ideal, que metamorfoseia a aco moral em show recreativo e em comunicao
de empreendimento, que promove os direitos subjectivos
mas faz cair em desgraa o dever dilacerante. Eis-nos
comprometidos no ciclo ps-modernista das democracias
que repudiam a retrica do dever austero e integral
e celebram os direitos individuais autonomia, ao desejo,
felicidade163.
233
2.Do Desenvolvimento
2.1.A Relao Homem-Natureza
Ao longo da histria podemos, facilmente, identificar trs fases distintas da relao do Homem
com a Natureza.
A primeira foi uma relao de dependncia caracterizada
pelo medo, pela angstia e pela magia. A falta de explicaes
para os fenmenos naturais suscitou no Homem Primitivo,
como meio de acalmar as suas foras, uma atitude de adorao. Apesar disso, era uma relao de harmonia e respeito
com a Natureza, na qual o Homem se sentia integrado,
fazendo parte dela.
A segunda foi uma relao de pseudo domnio baseada
na cincia e na tcnica que trouxe conforto e bem-estar,
mas tambm a destruio. A cincia permitiu desvendar
os segredos da Natureza, e criou no Homem a iluso de um
controlo absoluto sobre ela. Numa atitude antropocntrica,
a Natureza passou a ser vista como um reino sobre o qual
o Homem impera, fazendo dela o que entendesse. Esta
a civilizao Moderna teoricamente estruturada no sc. XVII
por Francis Bacon e Descartes que teve grande impacto
negativo sobre o ambiente desde a Revoluo Industrial
at aos nossos dias.
A terceira fase - aquela em que nos encontramos presentemente - embora ainda subjugada pela anterior, uma relao
de dilogo com a Natureza. a fase da consciencializao
ecolgica e da reconciliao. O Homem compreendeu que
no consegue dominar a Natureza, de cujo destino depende
e com quem vai aprendendo a dialogar. Num contexto marcado por uma sociedade de contradies e assimetrias, cuja
superao um dos maiores desafios da humanidade, a tese
do desenvolvimento ilimitado cada vez mais um mito que
urge substituir pela noo de conteno e por um desenvolvimento verdadeiramente sustentvel.
Do Desenvolvimento
234
2.2. A Globalizao
Entre os pensadores associados problemtica do desenvolvimento frequente defender-se que a globalizao se iniciou com os Descobrimentos
Portugueses, sendo a chegada
de Vasco da Gama ndia
o exemplo paradigmtico164.
Nesta fase significava essencialmente: contacto com novos
povos, criao de novos mercados com base na troca de produtos e explorao de recursos naturais.
Hoje:
A globalizao pode [] ser definida como a intensificao das relaes sociais de escala mundial, relaes
que ligam localidades distantes de tal maneira que as ocorrncias locais so moldadas por acontecimentos que se do
a muitos quilmetros de distncia, e vice-versa165.
Mas o conceito de globalizao a que nos referimos surgiu
apenas em meados da dcada de 1980 para designar um
novo impulso do desenvolvimento do capitalismo marcado
pela livre movimentao do capital entre os pases, as privatizaes e o desenvolvimento de novas tecnologias.
164
ANTUNES, Manuel de Azevedo. Do Crescimento Econmico ao Desenvolvimento Humano. In: Campos Social - Revista Lusfona de Cincias
Sociais. Lisboa: Universidade Lusfona, N. 1, 2004, p. 73.
165
GIDDENS, Anthony. As Consequncias da Modernidade. Oeiras: Celta Editora,
1992, p. 45.
Do Desenvolvimento
A partir dos anos 90 do sculo XX, a globalizao intensifica-se, acentuando o seu carcter macroeconmico, tambm
denominado como mundializao do capital. A globalizao
dos investimentos e da produo traduz-se, por exemplo,
na forte concorrncia internacional entre as grandes potncias econmicas, geradora de conflitos; na fuso de grandes
empresas e grupos bancrios e financeiros; na generalizao de baixas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto;
na deflao acentuada; no enfraquecimento das soberanias
nacionais; na marginalizao de grandes regies do Mundo
e crescimento do desemprego estrutural [altas taxas de desemprego e generalidade do emprego temporrio].
235
Novos instrumentos tecnologias que permitem a comunicao em tempo real [internet, redes telemticas, telefone,
rdio, televiso,...].
P
Novas regras acordos multilateriais sobre comrcio, servios, propriedade intelectual, apoiados por fortes mecanismos de imposio e mais vinculativos que os governos
nacionais, reduzindo o campo de aco da poltica
nacional167.
P
236
166
Carne e Peixe
45
Energia
58
Metal
74
1.5
Linhas de Telefone
84
1.1
Papel
87
Do Desenvolvimento
237
Do Desenvolvimento
238
Entendido por Giddens como a transformao da natureza: desenvolvimento do ambiente produzido [ob. cit.].
172
Idem, p. 59.
173
RAMONET, citado por CARIDE e MEIRA, ob.cit.
Do Desenvolvimento
174
239
Do Desenvolvimento
240
176
177
241
Relatrios
do Desenvolvimento
Humano [PNUD]
Do Desenvolvimento
242
AAVV. Estratgia Nacional para o Desenvolvimento Sustentvel 20052015. Lisboa: Pandora, 2005, p. 14.
183
Idem, p. 14.
184
PNUD, 1998, p.14.
Do Desenvolvimento
243
Idem, p. 5.
Ibidem, p. 37.
187
CARIDE e MEIRA, 2004.
186
244
As prioridades do mundo
[despesa anual em dlares]
Despesas militares
Narcticos no mundo
Cigarros na Europa
50 mil milhes
17 mil milhes
13 mil milhes
12 mil milhes
11 mil milhes
9 mil milhes
8 mil milhes
6 mil milhes
*Custo anual adicional estimado para atingir o acesso universal aos servios sociais bsicos
em todos os pases em desenvolvimento. PNUD 1998, tendo como fonte Euromonitor 1997;
UN 1997g; UNDP, UNFRA e UNICEF 1994; Worldwide Research, Advisory
and Business Intelligence Services 1997.
Fonte: PNUD; Relatrio do Desenvolvimento Humano 1998, p. 37 (adaptado).
188
AAVV. Estratgia Nacional para o Desenvolvimento Sustentvel 20052015. Lisboa: Pandora, 2005.
Do Desenvolvimento
245
Da Educao Ambiental
246
Esta aliana envolve a participao activa de todos os cidados e dos vrios grupos que compem uma comunidade.
Famlias, organizaes comunitrias, ONG e foras produtivas
desempenham, tambm, um papel fundamental na medida
em que, estando prximo dos problemas, podem controlar
e exigir do poder poltico medidas adequadas. neste
cenrio que se desenha a importncia da Educao para
a Cidadania e da Educao para o Desenvolvimento Sustentvel, designao nascida na Conferncia Internacional de
Tessalnica, na Grcia, em 1998.
189
Da Educao Ambiental
192
247
A qualidade de vida
na cidade depende
de jovens e adultos.
248
A fertilizao
dos solos a partir
da decomposio
de matria orgnica
foi um processo
de fertilizao usado
durante geraes.
L Tambm
foi em Belgrado
que foi criada
a revista Connect
sobre
educao ambiental.
Na Conferncia de Tbilisi foi preparada uma srie de recomendaes dirigida a uma aplicao mais alargada da educao ambiental, tanto na educao formal como na educao no formal, envolvendo pessoas de todas as idades.
O relatrio final da Conferncia inclui uma Declarao, em
muito baseada nos princpios antes defendidos em Belgrado,
consagrando a estrutura de um consenso internacional
a nvel de objectivos, estratgias, caractersticas, princpios
e recomendaes para a Educao Ambiental que foram
aperfeioados em publicaes posteriores da UNESCO em
249
L Conferncia de Tbilisi
definiu
a Educao Ambiental
nos seguintes termos:
um processo permanente
no qual os indivduos
e a comunidade
tomam conscincia
de seu meio
e adquirem
o conhecimento,
os valores,
as habilidades,
as experincias
e a determinao
que os tornam aptos
a agir - individual
e colectivamente
- para resolver
os problemas ambientais.
Educao Ambiental:
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
P
197
198
250
P
P
A animao de rua
cria cumplicidade
e afectividade
no espao pblico,
para os temas ambientais.
Da Educao Ambiental
251
c A educao ambiental deve desenvolver uma perspectiva holstica, focalizando a relao entre o ser humano,
P
201
Da Educao Ambiental
252
Documento produzido pelo frum internacional das ONG's que decorreu em simultneo Conferncia do Rio, onde se reconhece a educao
como direito dos cidados, capaz de transformar a relao do Homem
com a Natureza - porque indutora de uma responsabilizao individual
e colectiva. A educao ambiental tem como objectivos contribuir para
a construo de sociedades sustentveis, igualitrias ou socialmente justas, assim como ecologicamente equilibradas e geradoras de mudanas
na qualidade de vida [Frum Internacional das ONGs, 1995].
202
As crianas, os jovens, as mulheres e as comunidades locais.
203
JACOBI, Pedro. Educao Ambiental, cidadania e sustentabilidade. In:
Cadernos de Pesquisa, So Paulo, n. 118, Maro 2003, p. 194. De referir
a existncia de algum paralelismo na evoluo conceptual entre os conceitos de desenvolvimento e qualidade de vida. Hoje, a conceptualizao
sobre a qualidade de vida assume-se como relevante, na medida em
que a dimenso ambiental se junta s dimenses subjectivas e de autorealizao do indivduo, sade fsica e mental; s dimenses econmicas, sociais, culturais e institucionais. Assim, para que exista qualidade
de vida, tambm necessrio haver qualidade ambiental, da a sua
relevncia para a educao ambiental [cfr. FERRO, J; GUERRA, J. Agenda
21 Local: Municpios e Sustentabilidade: Relatrio final de Julho de 2004.
Lisboa: Observa, p.4].
As parcerias locais
e activas favorecem
a formao
de uma conscincia
ambiental.
A vizinhana activa
um poderoso instrumento de sensibilizao
nas pequenas
comunidades.
P
P
P
254
refere "situaes
que surgiram muitas
vezes de uma forma
espontnea,
algumas vezes
com uma certa
confuso de conceitos,
mas curiosamente
envoltas de um certo
secretismo..."
O mesmo autor208 situa em 1975 o surgimento das primeiras preocupaes com a educao ambiental atravs da
publicao do Decreto-Lei 550/75 de 30 de Setembro e da
criao do Servio Nacional de Participao das Populaes
[SNPP], cuja misso era a realizao de campanhas de
divulgao, participao e formao da populao em geral
e da juventude em particular em ordem consecuo e
concretizao de uma poltica nacional, regional e local do
ambiente209.
Relativamente educao ambiental no nosso pas, em 1983,
Jos de Almeida Fernandes210 referia: partida podemos
afirmar que no existe uma Educao Ambiental
minimamente estruturada em Portugal, quer consideremos
o ensino formal quer o no-formal211.
Desde a criao da Comisso Nacional de Ambiente [CNA],
a situao evoluiu com a criao do INAMB - Instituto
Nacional do Ambiente [mais tarde, 1994, denominado de
IPAMB - Instituto de Promoo Ambiental, que integrou, em
contedo e propsito a Direco Geral de Ambiente, at Abril
de 2007 e agora a Associao Portuguesa de Ambiente],
sobretudo entre os anos de 1993 a 1999, observando-se
um forte impulso na rea da educao ambiental.
O INAMB, de mbito nacional, teve por objectivos a promoo da qualidade de projectos de educao ambiental, assim
208
Idem.
Ibidem.
210
Jos de Almeida Fernandes foi o primeiro director do Instituto Nacional
de Ambiente [INAMB].
211
FERNANDES, Jos de Almeida. Manual de Educao Ambiental. Lisboa: Secretaria de Estado do Ambiente\Comisso Nacional de Ambiente, 1983, p. 42.
209
255
Formao
de Animadores
de Educao Ambiental:
Visita de Estudo
ao Parque Ecolgico
de Monsanto.
Informar,
criar proximidade
e empatia com
as causas ambientais
junto de alunos,
professores
e auxiliares
de educao.
da educao ambiental em Portugal e que, tanto individualmente como no seu conjunto, muito contriburam para que
hoje, em 2006, a situao inclua:
a A existncia de reas protegidas e reconhecidas a nvel
nacional e internacional, como o caso do Parque Peneda-Gers, da Serra da Estrela, das Dunas de S. Jacinto
[Aveiro], de Montesinho, da Mata da Margaraa, da Serra
da Malcata, entre outros, como do Parque da Serra do Caldeiro e Candeeiros, de Monchique, da Lous e, para
referenciarmos um Parque de Lisboa, o Parque Florestal
de Monsanto, onde existe uma infraestrutura criada
[a partir de 1990] especificamente para o apoio prtica
da Educao Ambiental: o Parque Ecolgico de Monsanto.
P
b Interesse [e carolice] de professores, docentes, investigadores e profissionais de reas diversas relacionadas com
a temtica de ambiente, no desenvolvimento de iniciativas
a favor do ambiente, seja atravs de projectos de aco
com alunos, seja atravs da criao de associaes ou, ainda, pela dinamizao de projectos sustentados pela metodologia da investigao-aco a partir das universidades.
Entre 1989 e 1990 um grupo de professores do Departamento de Educao da Faculdade de Cincias da Universidade Clssica de Lisboa, liderado por Ana Benavente
[Secretria de Estado da Educao em 1995], levou a cabo
uma investigao a respeito dos projectos de educao
ambiental. Merece tambm destaque o estudo de caso
desenvolvido pela Universidade do Minho, em 1993-94,
relativo ao papel das crianas enquanto catalisadoras
de mudanas de comportamentos e atitudes face s alteraes no estado do ambiente [Louro, 1998, p. 88 - Ob.
cit.]. Este ltimo, em conjunto com estudos similares
Da Educao Ambiental
257
Jogos didcticos
e dinmicas de grupo:
fortes aliados
na sensibilizao
para o Ambiente.
215
Da Educao Ambiental
258
I Encontro
de Professores:
a Educao ambiental
no mbito do programa Lisboa Limpa,
tem outro Pinta
- 1998/1999.
Da Educao Ambiental
217
259
Adquirir
novas competncias
um instrumento
importante
para estimular
o interesse e para
motivar para a aco
nas comunidades.
reduzido, em particular, no que respeita s prticas ambientais [ excepo do que se relaciona com a separao
de RSU e algumas - poucas - polticas de qualidade implementadas por indstrias, sobretudo indstrias recicladoras
de materiais].
na dcada de 80,
surgiu uma rede
de Escolas na zona
de Benfica,
com destaque para
a Escola Secundria
Jos Gomes Ferreira,
que catalizou um
projecto de mbito
comemorativo,
a propsito do Dia
Mundial do Ambiente
(5 de Junho), em que
houve a colaborao
do Municpio
de Lisboa. Esta nova
relao com
a autarquia, embora
apenas embrionria
na altura,
foi posteriormente
estendida a outras
escolas do concelho
e, tambm, a outras
autarquias.
Tendo por referncia a actividade da Cmara Municipal de Lisboa, refere-se a ttulo meramente exemplificativo, a aco do Espao Monsanto
na rea da Conservao da Natureza e das Espcies, a Quinta
Pedaggica numa perspectiva agro-cultural e a actividade do Departamento de Higiene Urbana e Resduos Slidos [neste ltimo caso cfr.
anexo A5].
260
P
P
P
P
A Agenda 21 Local promovida a nvel Europeu pela Campanha Europeia das Cidades e Vilas Sustentveis [ICLEI]
e a nvel internacional pela Organizao das Naes Unidas,
pela Organizao Mundial de Sade e pelo Banco Mundial,
entre outras organizaes.
Tendo presente as orientaes da Agenda 21 Local e atendendo necessidade de participao social de todos, com
esprito crtico e empreendedor na promoo da sustenta220
Princpio da Sustentabilidade.
Da Educao Ambiental
261
P
P
P
P
P
221
Como tambm das capacidades sociais, econmicas, polticas e culturais potenciadoras do desenvolvimento endgeno, como da compreenso
e manejo das possibilidades e dos limites que estabelece o ambiente
para garantir a satisfao adequada das necessidades bsicas a mdio
e a longo prazo RAMOS PINTO, Joaquim & MEIRA CARTEA, Pablo.
Processos Participativos e Educao Ambiental: Estratgias para a sustentabilidade Local. In: Revista ASPEA, Lisboa: ASPEA, 2005, p.6-7.
222
O anexo A5 integra uma sntese descritiva das principais aces, projectos, programas e campanhas de informao e sensibilizao desenvolvidos desde 1979 nesta ltima rea de competncias. A experincia
acumulada constitui tambm a base da informao operativa constante
dos anexos B1 [fichas e planos de sesso], B2 [apresentaes tipo, para
apoio dinamizao de aces informativas], B3 [fichas ldico-didcticas dirigidas a actividades de animao com grupos], B4 [informao
relativa organizao de visitas de estudo], B5 [fichas ldico-didcticas
dirigidas actividades com grupos na rea da reutilizao de resduos]
e B6 [base de imagens e vdeos para apoio organizao de actividades na rea dos resduos slidos e animais em meio urbano].
262
P
P
P
223
Da Educao Ambiental
263
Chuva de Ideias
Ambiental,
como parte integrante
da educao cvica,
dever contribuir
para uma melhor
compreenso
das formas mais
adequadas de actuar
perante o ambiente,
alertando,
sensibilizando e
educando as pessoas,
envolvendo-as
e informando-as.
A Educao Ambiental visa sensibilizar e alertar a sociedade para os problemas ambientais, promovendo competncias e comportamentos pr-ambientais, com o intuito de
propiciar uma melhoria da qualidade de vida. educar para
a preveno, preservao e reabilitao do meio ambiente
mobilizando, assim, a sociedade para as questes ambientais.
Educao Ambiental passa pela sensibilizao de grupos,
no sentido de os alertar para problemas ambientais, que
podem ser melhorados ou superados com um maior envolvimento e aco participada, por parte de todos, promovendo
estratgias facilitadoras da modificao de comportamentos.
Educao Ambiental... sensibilizao sobre as formas de
226
264
L Educao Ambiental
um processo
interactivo e dinmico
no mbito da
educao cvica,
que com base
na motivao visa
informar, sensibilizar
e educar atravs
do desenvolvimento
de competncias
pr-ambientais, no
sentido de produzir
mudanas de
comportamentos
e atitudes.
Educao Ambiental? Uma definio possvel: uma componente da educao cvica que tem como objectivo educar,
sensibilizar e alterar atitudes/comportamentos da populao,
face s prticas ambientais, contribuindo desta forma para
uma melhor qualidade de vida.
A Educao Ambiental um processo interactivo e dinmico, parte integrante da educao cvica, que atravs
da informao, sensibilizao e motivao, tem como
objectivo educar [os indivduos] para a mudana de
atitudes e comportamentos desenvolvendo as competncias
pr-ambientais de preveno, preservao e reabilitao
[do ambiente] para uma melhoria da qualidade de vida.
Estas definies contm e articulam alguns vectores que
integram o conceito de educao ambiental, tais como:
265
P
P
P
P
P
P
Componente educativa
Desenvolvimento
Aquisio de competncias
Promoo de prticas
Participao e aco
Melhoria de qualidade de vida dos indivduos.
A educao ambiental apresenta-se, assim, como uma ferramenta de que dispomos para mudar valores e atitudes
e usarmos os conhecimentos que temos a favor de uma
coexistncia equilibrada com a nossa casa Terra.
A educao ambiental no s aprender a Natureza,
tambm aprender o Homem e o seu lugar na Natureza,
ainda aprender a respeitar as leis que regem os equilbrios naturais e a usar os conhecimentos para restabelecer
pontes destrudas. Constitui-se como um elemento227 proDa Educao Ambiental
266
227
Utilize o ecoponto,
dizem as crianas
no Desfile de Carnaval.
281
Construo
de maquetes
a partir de materiais
de desperdcio.
Da Educao Ambiental
282
Da Educao Ambiental
239
283
Da Educao Ambiental
284
247
Jogo Misso
Ambiente:
actividade de grupo.
informao ambiental integrada nas disciplinas [por exemplo: nas cincias naturais e na rea-Escola]. Todavia, continua
a ser necessrio um maior investimento na formao dos
processos de participao cvica, regras de jogo democrtico,
dos direitos e deveres, desde a comunidade escolar, autarquia, escala nacional e outras.
Dependendo da maior ou menor sensibilidade relativamente s questes ambientais, haver uma diferenciao
de investimento nas aces educativas transversais que
versem sobre matrias ambientais, j que no h a nvel
nacional, o estabelecimento de objectivos especficos a cumprir, por determinados perodos de tempo - tal como acontece, por exemplo, com os manuais escolares. Face a esta
realidade, professores e formadores de educao para a cidadania, de formao pessoal e social e mesmo de educao
ambiental, muitas vezes optam por contextualizar apenas
localmente a sua interveno, perdendo-se aqui e ali a noo
do impacto que o conjunto destas aces isoladas pode ter.
Deste modo uma Estratgia Nacional de Educao Ambiental
carece da definio por anos lectivos, segundo nveis de
ensino, o que constituir uma mais valia a considerar num
futuro prximo.
Recorrendo aos recursos existentes, os professores e as escolas
podem, todavia248:
a] Desenvolver sesses de sensibilizao para grupos de
alunos suportadas por documentao escrita e/ou audiovisual.
P
b] Preparar e realizar com os alunos exposies temticas sobre ambiente ou complementar outras exposies
nas escolas com curiosidades ambientais.
P
286
Nas Escolas Superiores e Universidades, em que a diversidade de cursos elevada e os interesses dos acadmicos
docentes e discentes se multiplicam, a Educao Ambiental
acontece atravs da realizao de eventos dinamizados por
grupos de alunos e para alunos - de colquios, seminrios,
workshops e exposies sobre temas ambientais variados
que podem ir desde: Do filo de petrleo s Energias
Renovveis, ou Da vida no campo, Fbrica de Sonhos
Virtual, ou ainda, da Vida da Formiga Biografia de
Bill Gates. Pode tambm estar presente atravs da gesto
energtica dos edifcios e/ou da informao sobre a utilizao das energias.
Devem ser incitadas, promovidas e apoiadas pelas Escolas
Superiores, Universidades e outras Entidades Educativas dis-
Da Educao Ambiental
287
cusses e apresentaes abrangentes, aces que incomodem conscincias e alertem para a necessidade de agir de
forma informada a nvel ambiental e em particular aces
que motivem a participao activa dos indivduos.
No contexto do ensino profissional, a Educao Ambiental
e a Educao para a Cidadania tm uma dimenso transversal no processo de ensino-aprendizagem, que deve estar
sempre presente e ser valorizada em todos os contextos
educativos.
A investigao sobre as temticas do ambiente249, embora
no seja propriamente educao ambiental e a divulgao
dos seus resultados, um contributo valioso para o
entendimento de como a aco do Homem pode beneficiar
ou prejudicar o ambiente.
Uma outra rea de investigao que importa realar a
rea das cincias sociais e humanas sobretudo ao nvel da
psicologia comportamental, cognitiva e social, assim como na
rea educativa, para que, com base e sustentao tcnico-cientfica, possamos ensaiar e desenvolver novas estratgias
de interveno e mobilizao dos indivduos, indo ao encontro dos seus interesses a favor de uma sustentabilidade
ambiental.
3.4.1.4. A Educao Ambiental e o Mundo do Trabalho
A Educao Ambiental tambm no deve ser esquecida nos
contextos empresariais ou de servio pblico [como as escolas, hospitais, autarquias, servios sociais e outros]. A sua
presena revela-se atravs de: implementao de sistemas
de controlo e reduo de energia; instalao de sistemas de
reaproveitamento de produtos no comercializveis; colocao de fontes de energia no tradicionais; triagem dos
resduos produzidos no local de trabalho; consumo de consumveis menos poluentes; utilizao de tecnologias mais
limpas; etc.
Da Educao Ambiental
288
A certificao ambiental [ISO 14000 e 14001] um instrumento de incentivo s boas prticas em matria de ambiente
249
Formao
para tcnicos
de Gabinete
de instituies
com actividade junto
das comunidades locais.
Da Educao Ambiental
289
sobretudo nos grandes centros urbanos. Todavia, necessrio um maior investimento na oferta e na diversidade
destes projectos educativos, a custos reduzidos, de forma
a facilitar a motivao e participao de todos251.
250
Da Educao Ambiental
290
Processo Ensino-Aprendizagem
291
180
292
CAPIT
31
294
253
At ao Terramoto de 1755
295
At ao Terramoto de 1755
296
At ao Terramoto de 1755
257
297
At ao Terramoto de 1755
298
At ao Terramoto de 1755
265
299
1494-1521.
O Poo dos Mouros e o Poo dos Negros. O topnimo de Poo dos
Negros existente ao fundo da Calada do Combros [MARQUES, Antnio.
Os negros na Lisboa quinhentista. In: Jornal de Artes e Letras. Fonte:
http://www.eomais.cjb.net [Setembro05] e GRAA, Lus. Representaes
Sociais da Sade, da Doena e dos Praticantes da Arte Mdica nos Provrbios em Lngua Portuguesa, 2000. Fonte: www.ensp.unl.pt [Setembro05].
272
Idem.
273
1556-1578.
274
OLIVEIRA, Eduardo Freire de. Elementos para a Histria do Municpio de
Lisboa. Lisboa, Tipografia Universal, 1898.
275
Demografia In: SERRO, Joel. Dicionrio de Histria de Portugal. Porto,
Livraria Figueirinhas, 1979, Tomo II, p. 281-286.
271
At ao Terramoto de 1755
300
At ao Terramoto de 1755
276
301
302
303
Carroa
Carro de recolha
de lixo puxado por
boi [In: Costume of
Portugal - Henri L'
veque, 1806(?)
mencionado por
Nuno Madureira.
In: Luxo e Distino,
ed. Fragmentos].
O Pelouro da Limpeza.
1855.
Autor: D. Fernando II.
Tardiamente, e por essa altura, o pas desperta para a industrializao, com a chegada da mquina a vapor, em 1835.
Apesar do predomnio da fora motriz ser ainda humana
e animal, a mquina a vapor ganha espao nas pequenas
concentraes industriais de Lisboa e Porto. Em 1852
existiam j 70 unidades com uma potncia instalada
de 983 cv288.
De 1755 ao final do Sculo XIX
304
Ibidem, Regenerao.
289
Inicia-se em 1850.
290
Regulamento da
Administrao da
Limpeza do Municpio
de Lisboa, aprovado
em Dezembro 1855,
sendo a edilidade
presidida por
Damasceno Monteiro.
306
307
Fotografia area
da Avenida Estados
Unidos da Amrica
e arredores [Alvalade],
1950-1959. Autor: Mrio
de Oliveira. AFL
308
Construo
da Ponte sobre o Tejo,
na dcada de 60,
do sc. XX.
P
P
P
309
3.2.1. At ao PPLL308
No incio do sculo XX [1907], a Cmara Municipal de
Lisboa chamou a si, de novo, a organizao da limpeza
Varredor
varrendo a rua
em finais do sc. XIX,
incio do sc. XX. AFL
Trabalhador da Limpeza
a remover o lixo
depositado em caixas,
Rua dos Sapateiros
[incio sc. XX]. AFL
As fases de uma
Nova
307
308
310
311
Cantoneiro na varredura
junto Igreja
de So Joo da Praa,
fachada principal.
Autor: Jos Artur
Leito Brcia. AFL
Cantoneiro de Limpeza,
1944 [Coleco
de Fardamentos].
Autor: Antnio
Passaporte. AFL
Balde. AFL
Carros de Remoo
de Lixo, 1939. Autor:
Antnio Passaporte. AFL
310
312
Em finais dos anos 60 foram adquiridos os primeiros veculos de recolha de lixo do tipo rotativo e caixa de carga
bem como a primeira viatura equipada com elevador de
contentores.
Em 1967 foram admitidas pela primeira vez auxiliares
da limpeza e guardas de sentinas do sexo feminino, que
vieram reforar a mo-de-obra masculina. Em Dezembro de
1967 eram j 200 as mulheres afectas a estas actividades.
Em 8 de Agosto de 1966, deixou de actuar a ltima viatura
hipomvel utilizada na recolha de lixo.
313
No incio dos anos 70 fez-se um grande esforo de modernizao da frota de apoio limpeza urbana, tendo sido
adquiridas viaturas de remoo com capacidades que
variavam entre os 6 e os 14 m3, as primeiras mquinas
de varrer de pequena dimenso e tambm viaturas para
desobstruo de colectores.
314
A prossecuo dos objectivos do PPLL dependia da colaborao dos funcionrios envolvidos na implementao
do projecto, da colaborao da populao, tendo sido por
isso imprescindvel o desenvolvimento de programas de educao sanitria a acompanhar esta grande reestruturao
da Cidade. Sob o mote Lisboa Cidade Limpa desenvolveram-se vrios programas articulando os aspectos tcnicos
e funcionais com a sensibilizao aos funcionrios, populao em geral e populao escolar.
Ao nvel dos funcionrios, estas aces tinham por objectivo
a sua consciencializao para a sade pblica no trabalho.
Pretendia-se, por outro lado, informar e sensibilizar a populao para o cumprimento das normas correctas de deposio e acondicionamento do lixo domstico nos contentores
311
e papeleiras, de forma
a tornar Lisboa uma cidade mais limpa. Ensinar
hbitos de higiene e salubridade era o objectivo
prosseguido junto da populao escolar.311
Novos Equipamentos
de Recolha de Lixo.
Acompanhamento
do Presidente CML
Nuno Krus Abecasis.
Autor: Artur Gonalves.
PPLL
Materiais de Sensibilizao
para a populao em geral
e pblico escolar.
316
Estao de Tratamento
de Resduos Slidos,
em Beirolas.
312
P
317
P
P
P
P
Recolha de Ecopontos.
315
Unidades que permitem, respectivamente, a separao selectiva dos resduos slidos urbanos recolhidos nos 5 concelhos que integram a Valorsul
e a recepo de resduos. A sua actividade iniciou-se em 2002.
316
Iniciou actividade em 1998.
317
Esta unidade recepciona e trata as escrias da CTRSU, tendo sido inaugurada em 2000.
318
Entrou em funcionamento em Fevereiro de 2005.
319
Ver anexos A1 e B2.
320
Ver captulo I.
318
Com a publicao do Decreto-Lei n. 488/85, de 25 de Novembro foi definido pela 1. vez em Portugal o quadro
jurdico da gesto dos resduos, sendo cometido de forma
clara s autarquias um papel na gesto dos resduos
produzidos.
Em Lisboa a actividade do municpio nesta rea enquadrada desde 1979 pelo Regulamento de Resduos Slidos da Cidade. Este normativo camarrio compila, luz
da legislao em vigor, as normas orientativas da aco
dos servios.
319
Vrias edies
do Regulamento
de Resduos Slidos
da Cidade
Este documento suporta a actividade fiscalizadora do municpio nesta rea, tendo justificado a constituio de um
grupo especializado em 1998322.
Folheto de campanha,
1997-1998.
321
323
Materiais de campanhas
de divulgao [cartazes,
agenda e folhetos],
1998-2005.
321
Materiais Didcticos:
programa Lisboa Limpa
Tem Outra Pinta,
1997-1998.
programa Escola a Escola,
Pr-Ambiente,
2002-2003.
326
Trabalho nas
comunidades locais:
actividade
de animao,
Ambiente sem Fronteiras.
330
329
323
324
Bibliografia
P
Bibliografia
325
Bibliografia
326
Bibliografia
327
Bibliografia
328
Bibliografia
329
Bibliografia
330
Bibliografia
331
Bibliografia
332
Ficha T cnica
EDIO
COLABORADORES
APLICAO INFORMTICA
AGRADECIMENTOS
Os nossos agradecimentos Dr. Paula Levy pela disponibilidade e interesse,
assim como o apoio do Arquivo Fotogrfico.
A colaborao e o empenhamento da Diviso de Imprensa Municipal
e Diviso de Novas Tecnologias.
Ficha Tcnica
333