Apostila Arquitetura e Urbanismo

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LUCAS DE ALBUQUERQUE

MARIA LUISA MACHADO


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ESCADA
1) INTRODUO
Esse elemento construtivo surge a partir da necessidade de transpor diferentes alturas
est presente na arquitetura desde as mais remotas civilizaes. A concentrao das
construes nas grandes cidades criou exigncias de aproveitamento cada vez maior dos
terrenos, surgindo, assim, a construo de pavimentos sobrepostos servidos por uma circulao
vertical. A circulao vertical faz-se por meio de escadas, rampas, elevadores, etc.

Zigurate, Ur.

Templo da Rainha Hatshepsut, Egito.

Apesar de ser um valor difcil de ser mensurado, no devemos desconsiderar o aspecto


simblico expresso por esse elemento Arquitetnico.

Igreja da Penha, RJ.

2) DEFINIO
Estudaremos aqui, somente a escada, por ser a soluo de aplicao mais simplificada e
o tipo mais usado.A escada uma parte da obra arquitetnica muito importante, que faz com
que haja comunicao dos diferentes nveis de um edifcio.

ESCADARIA: Srie de escadas em lances seguidos, separados por


patamares. (DICIONRIO AURLIO)

ESCADA: Srie de degraus por onde se sobe ou desce.


Meio de vencer ou se elevar. (DICIONRIO AURLIO)

3) TIPOS DE ESCADA
ESCADA RETILNEA EM UM LANCE

ESCADA EM L

ESCADA EM U

ESCADA RETILNEA EM DOIS LANCES COM PATAMAR

ESCADA HELICOIDAL ( OU CARACOL )

Residncia em SP-Paulo Mendes da Rocha

ESCADA MISTA

ESCADA SANTOS DUMONT

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4) FRMULAS
Diferentemente do plano inclinado a rampa a escada feita de planos horizontais
sucessivos:degraus e patamares.
Uma escada no pode ser dimensionada arbitrariamente.Se o espelho tiver mais de
18cm, a escada torna-se cansativa.Se o piso menor que 25cm, o p no encontra apoio.Se o
espelhos forem de dimenses variveis, quebra-se o ritmo, tornando perigoso o uso da escada.
Para o clculo dos elementos que compem a escada, temos as seguintes frmulas:
QUANTIDADE DE ESPELHOS =ALTURA A SER VENCIDA
ALTURA DO ESPELHO

n=h/e

QUANTIDADE DE PISOS =QUANTIDADE DE ESPELHOS 1 N de p = N e -1


DIMENSES DOS ESPELHOS E DOS PISOS
Frmula deBlondell62 2e + 1p 64
A frmula de Blondell, apesar de gerar dimensionamento adequado para a maioria dos
casos, genrica e dever ser adaptada em alguns casos.Por exemplo, quando se tratar de uma
escada para um Clube da Terceira Idade ou de uma Escola Infantil.

Temos os seguintes valores mdios:


Passo infantil:

56cm

Passo lento (de um idoso):

59cm

Passo normal:
Passo apressado:

62 a 64cm
66cm

Chega-se concluso que, em termos ergonmicos, devemos nos basear nos seguintes
intervalos:

Espelhos devem ser maiores que 17cm e menores que 18cm.


Pisos devem ser maiores que 25cm e menores que 30cm.
Largura til a distncia medida entre os guarda-corpos e varia de acordo com a
destinao e a situao.
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As larguras mnimas indicadas so:


80cm para escadas secundrias
100cm para escadas residenciais
120cm para escadas de edificaes de uso coletivo
180cm para escadas de casas de espetculos, aumentando deacordo com a demanda
de vazo detectada

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5) CLCULO
Independente da forma (ou desenho) da escada e da quantidade de lances:

CLCULO DA ALTURA A SER VENCIDA:

Laje = 10cm

P direito + laje = altura a vencer


270+10 = 280

P direito = 270cm
CLCULO DO NMERO DE DEGRAUS:
N de degraus =Altura a ser vencida
Espelho ideal
N = 280 = 16,47 degraus

CLCULO DAS ALTURASDOS ESPELHOS:


Espelho =Altura a ser vencida
Nmero de degraus

e = 280 = 17,5cm
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CLCULO DO PISO:
O piso ideal est entre 25 e 30cm
62 2 espelhos + 1 piso 64
(2 x 17,5) + Piso = 62 a 64 piso = 27 a 29cm

Para uma escada retilnea, de um s lance e largura de 90cm:

CLCULO DO COMPRIMENTO:
C = p x (n 1)
C = 27 x (16 1) = 405cm

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6) DESENHO DA ESCASA
Planta:

Corte Longitudinal:

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Corte Longitudinal:

Representao escada retilnea em um lance:

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Representao escada retilnea em dois lances com patamar:

Representao escada em L:

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Representao escada em U:

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TELHADO
1) DEFINIO DE COBERTURA:
A cobertura funciona como principal elemento de abrigo para os espaos
internos de uma edificao proporcionando conforto trmico, protegendo contra
o ingresso da radiao solar, controlando passagens de vapor de gua e
escoando gua da chuva e da neve derretida um sistema de drenos, calhas e
condutores.
Assim como os pisos, as coberturas devem ser estruturadas para vencer
vos e suportar seu peso prprio, alm do peso de qualquer equipamento
anexo. Alm de cargas de gravidade, os planos de cobertura precisam resistir a
solicitaes laterais impostas por ventos e abalos ssmicos e transferir tais
foras para sua estrutura de apoio.
O tipo de estrutura da cobertura tem grande impacto na imagem externa
da edificao. Alm de ser um componente estrutural, ela tambm um
componente funcional e esttico que deve se adequar a linguagem de toda a
edificao.

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3) COMPOSIO:
3.1- Estrutura

So as partes do telhado:
- gua: superfcie plana inclinada de um telhado;
- Beiral: projeo do telhado para fora do alinhamento da parede;
- Cumeeira: aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas guas, geralmente
localizada na parte mais alta do telhado;
- Espigo: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas guas que formam um ngulo
saliente, isto , o espigo um divisor de guas;
- Rinco: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas guas que formam um ngulo
reentrante, isto , o rinco um captador de gua (tambm conhecido como gua furtada);

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3.2 ESQUELETO:

A tesoura de um telhado formada pelos elementos:

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3) TIPOS DE COBERTURAS:

TELHADO DE 2 GUAS

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TELHADO DE 4 GUAS

TELHADO VERDE:

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4) CALCULANDO:
Para calcularmos um telhado temos as seguinte formulas:

i = tg ou i = H/D

DECLIVIDADE= i (%)

H = ALTURA
D = DISTNCIA
i = DECLIVIDADE

INCLINAO: ngulo em graus formado entre o plano horizontal e o plano inclinado

= tg - i

INTERVALO( ) : a distncia em projeo quando o "H" for igual a uma unidade, o


intervalo o inverso da declividade.

=1/i

= D/H

H = ATURA
D = DISTNCIA

Resumindo
Intervalo = para subir 1 metro
quanto precisamos andar

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PASSO A PASSO:

1 PASSO: Vamos calcular o intervalo de cada gua do telhado:

Para subir 1 metro quanto


precisamos andar quanto ?

i = 20%

No telhado com i=20% se


andarmos 5m na horizontal
subiremos 1m na vertical

i = 20%

i = 20%

i = 20%

2 PASSO: Vamos traar nos linhas de chamada (linhas de apoio) seguindo o "D" que acabamos
de calcular: D = 5m

5m
5m

5m
5m

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3 PASSO: Vamos traar nossas ripas que esto a 1m te altura. Ao traar as ripas veremos que
elas se cruzam formando uma interseo.

4 PASSO: Traar as diagonais para formar os espiges e a cumeeira: traamos as diagonais


ligando a ponta do telhado (1) s intersees (2)
1

1
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RAMPA
1) DEFINIO:
A definio de rampa muito parecida com a de escada.
um elemento construtivo que surge a partir da necessidade de transpor diferentes
alturas.

2) COMPOSIO:
As rampas so compostas basicamente pelo plano inclinado e seu patamar.

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3) EXEMPLOS DE RAMPAS:

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4) CALCULANDO:
Usaremos as mesma formulas usadas em telhado para calcularmos a rampa.

DECLIVIDADE= i (%)

i = tg ou i = H/D

H = ALTURA
D = DISTNCIA
i = DECLIVIDADE

EXEMPLO 1:

DETERMINE A DISTNCIA EM PROJEO DE UMA RAMPA QUE DEVER VENCER UM


VO (H) DE 2M COM UMA DECLIVIDADE DE 8%

i = H/D

8/100 = 8% = 0,08

0,08 = 2/D

D = 25m

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PASSO A PASSO:
EXEMPLO 2:
DETERMINAR UMA RAMPA DE VECULOS E UMA DE PEDESTRE

RAMPA DE VECULOS
i = 25% , LARGURA = 3m

RAMPA DE PEDESTRE
i = 8,33% ,
LARGURA 1,5m

1 PASSO: VERIFICAR O QUE O EXERCICO NOS OFERECE

i = 25% i = 8,33%
Largura = 3m Largura = 1,5m
Vo a ser vencido (H) = 1m

2 PASSO: CALCULAR O "D" DA RAMPA


Veculos:

i = H/D

Pedestre: i = H/D

0,25 = 1 / D
0,0833 = 1 / D

D = 4m
D = 12m

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3 PASSO: DESENHAR AS RAMPAS

RAMPA VECULOS

RAMPA PEDESTRE: LEMBRANDO QUE O PATAMAR NO CONTA COMO "D" RAMPA

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4 PASSO: COTAR RAMPA, DESENHAR LINHA QUE INDICA O SENTIDO DA RAMPA,


CALCULAR NVEL DO PATAMAR

NVEL DO PATAMAR: i = H/D

0,0833 = H / 5,5 H (do patamar) = 0,45 m

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