Teste de Hipóteses
Teste de Hipóteses
Teste de Hipóteses
Exemplos:
1) Um pesquisador deseja estudar o efeito de certa substncia no tempo de reao de
seres vivos a um certo tipo de estmulo. Um experimento desenvolvido com cobaias
que so inoculadas com a substncia e submetidas a um estmulo eltrico, com seus
tempos de reao (em segundos) anotados. Admite-se que o tempo de reao segue,
em geral, o modelo N(8 seg; 2 seg). O pesquisador desconfia, entretanto, que o
tempo mdio sofre alterao por influncia da substncia.
Neste caso, as hipteses de interesse so:
H0: as cobaias apresentam tempo de reao padro
Ha: as cobaias apresentam tempo de reao alterado
Em termos estatsticos, tais hipteses envolvem o parmetro e podem ser escritas
como
H0: = 8,0 seg
Ha: 8,0 seg
2) Suponha que entre pessoas sadias a concentrao de certa substncia no sangue
se comporta segundo um modelo Normal com mdia 14 unidades/ml e desvio padro
6 unidades/ml. Pessoas sofrendo de uma doena especfica tm a concentrao
mdia da substncia alterada para 18 unidades/ml. Admitimos que o modelo Normal,
com desvio padro 6 unidades/ml, contnua representando de forma adequada a
concentrao da substncia em pessoas com a doena.
Doente
H0 verdadeira
H0 falsa
deciso incorreta
(Erro tipo I)
deciso correta
deciso correta
deciso incorreta
(Erro tipo II)
Estatstica de teste:
sob Ho verdadeira Z ~ N (0 ; 1)
ou
H0:
Ha : < 0
ou
Ha : < 0
-z
RC
RC
Teste bilateral:
H0 : = 0
Ha : 0
RC
RC
Exemplo: Suspeita-se de que um medicamento vasodilatador (Nifedipina) para
hipertenso arterial, amplamente receitado, esteja aumentando a freqncia cardaca
dos pacientes. sabido que a freqncia cardaca na populao de pacientes com
hipertenso arterial tem distribuio normal com mdia 69,8 bat/min e desvio-padro
de 1,86 bat/min. Para verificar essa suspeita colheu-se uma amostra aleatria de 50
pacientes que recebem Nifedipina e mediu-se a freqncia cardaca de cada um,
obtendo-se os seguintes resultados:
71,47
67,95
68,89
71,44
70,59
71,67
68,84
69,45
69,21
72,46
68,26
72,45
73,18
71,54
72,13
69,19
72,44
72,89
71,29
70,88
72,53
70,54
71,02
72,15
72,11
70,85
70,70
69,89
69,99
72,66
71,64
74,47
68,29
67,10
71,21
67,93
68,38
71,00
68,56
70,02
73,52
71,38
70,69
67,65
69,40
67,22
69,70
69,95
72,17
70,55
xi
70,590
n
X
70,590 69,80
Z obs
3,00
1,86
n
50
RC
Como Zobs > 1,64, conclui-se que existem evidncias amostrais para se rejeitar Ho
ao nvel de significncia = 5%.
Logo, h evidncias de que a freqncia cardaca mdia de pacientes que tomam o
remdio maior que a dos pacientes que no fazem uso do medicamento, com de
5%.
p-valor = P(Z>3,00) = 0,5 - P(0<Z<3,00) = 0,5 - 0,4987 = 0,0013
0,0013 < 0,05 rejeita-se H0
S2
n 1
n 1
Estatstica de teste:
X
s
n
ou
H0:
Ha : < 0
ou
Ha : < 0
-tn-1,
RC
tn-1,
RC
Teste bilateral:
H0 : = 0
Ha : 0
p-valor: p = 2P(T > | Tobs | ) , rejeita-se H0 se p <
-tn-1,
RC
tn-1,
RC
Exemplo: Deseja-se investigar se uma molstia que ataca o rim altera o consumo de
oxignio desse rgo. Para indivduos sadios, admite-se que esse consumo tem
distribuio Normal com mdia 12 cm3/min. Os valores medidos em 16 pacientes com
a molstia foram: 14,4; 12,9; 15,0; 13,7; 13,5; 14,6; 13,0; 13,7; 14,5; 14,8; 13,9; 14,0;
14,3; 15,0; 13,3 e 12,9. Qual seria concluso, ao nvel de 1% de significncia?
O teste de interesse :
H0 : A molstia no altera a mdia de consumo renal de oxignio
Ha : Indivduos portadores da molstia tm mdia de consumo renal de oxignio
alterada
Isto ,
H0 : = 12
versus
Ha : 12.
S2
n 1
n 1
xi
X
S
i 1
xi x 2 0,723
n 1
Estatstica de teste:
Tobs
X
s
n
13,969 12
10,893
0,723 16
RC
2,947
RC
X
s
n
RC
-Z
____________________________________________________________________
Teste unilateral direito:
Regio crtica: RC:. Zobs > z
H0 : = 0
ou
H0 : 0
Ha : > 0
ou
Ha : > 0
RC
Teste bilateral:
H0 : = 0
Ha : 0
-z
RC
z
RC
Estatstica de teste: Z
X
s
n
Z obs
36 37
1,46
4
34
Pela tabela da distribuio Normal, z0,05 = -1,64. Ento, a RC dada por: Z < -1,64.
O valor de Z calculado, Zobs, com base na amostra no est na regio
de rejeio, RC. Logo, no rejeitamos H0 e conclumos que o tempo
mdio de ao do novo comprimido no inferior ao tempo
mdio de ao do comprimido que estava no mercado,
ao nvel = 0,05.
RC
Utilizando o p valor, teramos: p = P(Z < -1,46) = 0,5 - 0,4279 = 0,00721. Como p >
0,05, no rejeitamos H0.
p(1 p )
Z
p N p;
Estatstica de teste: Z
p p
N (0;1)
p (1 p)
n
p p0
p(1 p0 )
n
ou
H0: p p0
Ha : p < p0
ou
Ha : p < p0
H0 : p = p0
ou
H0: p p0
Ha : p > p0
ou
Ha : p > p0
Teste bilateral:
H0 : p = p0
Ha : p p0
p-valor: p = 2P(Z > | Zobs| ) , rejeita-se H0 se p <
Exemplo: Um modelo gentico sugere que 80% das plantas oriundas do cruzamento de
dois tipos de sementes sero da variedade an. Aps observar o crescimento de 200
destas plantas, constatou-se que 144 eram ans. Os dados contradizem o modelo
gentico?
Soluo:
Sejam p a proporo de plantas da variedade an e p0 a proporo sugerida pelo
modelo gentico. As hiptese so:
H0: p = p0
0,72 0,80
0,80.0, 20
200
ou Zobs > Z
144
0,72
200
2,83
Para = 0,05, temos, pela tabela, Z = 1,96 RC.: Zobs < -1,96 ou Zobs > 1,96.
Como Zobs < -1,96, ao nvel de significncia de 5% rejeitamos a hiptese nula, ou seja,
os dados contradizem o modelo gentico.
p-valor = 2P(Z<-2,83) = 2.(0,5 0,4977) = 2.0,0023) = 0,0046
Como p-valor < 0,05, rejeita-se H0 ao nvel de significncia de 5%