A Parábola Do Fermento
A Parábola Do Fermento
A Parábola Do Fermento
em
outra
parbola.
Co
5:7-8).
Tudo isso mostra que o reino dos cus no exclui aspectos negativos. Como as
parbolas retratam esse reino e no uma miragem dele, sua inteno mostrar que os
elementos negativos fazem parte da esfera de governo de Deus. Isso significa que o
reino
est
entretecido
na
realidade
precria
do
mundo
contm.
Por outro lado, h expositores que apagam o aspecto negativo das parbolas do gro
de mostarda e do fermento, interpretando-os como positivos. Afirmam que as aves que
se aninham no p de mostarda representam os crentes, e a mistura do fermento
massa indica o crescimento espetacular do evangelho no mundo. Ainda outros
intrpretes reconhecem o carter negativo desses elementos, mas afirmam que eles
se
referem
aparncia,
no
realidade
do
reino
de
Deus.
incio do hbito, mas no seu final. No est no lugar de que parte, mas no destino a
que chega. O ponto de partida do hbito de uma beleza vertiginosa. Pautar-se por
idealizaes como mirar uma estrela-guia no deserto. Porm, no se pode viver o
tempo
todo
sob
orientao
das
estrelas.
tal
hbito.
sobre
esse
tipo
de
idealizao.
nefastas
que
isso
produz.
dureza do vosso corao que Moiss vos permitiu repudiar vossas mulheres;
entretanto, no foi assim desde o princpio (Mt 19:8) devem nortear no apenas a
relao marido-mulher, mas tambm a vida da igreja. Em tudo, devemos retornar ao
princpio. S assim, poderemos abraar a vontade categrica de Deus (o texto em
ingls diz vontade determinante), em lugar da sua vontade permissiva. No caso do
divrcio, a vontade categrica do Criador est expressa no verso E sero os dois uma
s carne; j a vontade permissiva est contida no mandamento dado mediante
Moiss. Por isso, se quisermos conhecer a mente de Deus, devemos olhar para os
seus mandamentos em Gnesis, no olhar para as suas permisses posteriores, pois
cada permisso tem esta mesma explicao: por causa da dureza do vosso corao
(NEE,
Watchman.
Normal
Christian
church
life.
Introduction).
construdo
sobre
idealizao.
Em A vida normal da igreja crist, Nee toma a histria de Atos como padro a ser
seguido risca. Por exemplo: o Esprito Santo mandou os profetas e mestres de
Antioquia separarem Barnab e Saulo para a obra que lhes estava reservada (At
13:2). Logo, diz Nee, todo apstolo deve ser designado por profetas e mestres. De
onde tirada a fora desse argumento? Do princpio da origem. Atos 13:2 narra a
primeira designao de apstolos depois dos Doze. A primeira designao por vontade
expressa do Esprito Santo. Por ser totalmente pura, a origem do apostolado tardio
no estabelece somente um fato, mas uma norma a que toda a vida da igreja est
absolutamente
subordinada.
Todo mestre, todo escriba versado no reino dos cus, est inserido numa cultura.
Porm, precisamos tomar o cuidado de separar o que h de cultural do que h de
bblico, nos seus ensinamentos. Tenho imensa admirao pela cultura chinesa, mas
no posso deixar de observar que ela uma das mais propensas centralizao de
pessoas e relaes em focos de poder incontrastvel. O ensinamento de Nee sobre a
designao dos apstolos no deixa de refletir essa propenso. Ele observa que o
Esprito Santo no disse igreja em Antioquia: Separai-me agora a Barnab e a
Saulo. Ele o disse aos profetas e mestres (idem. Chapter 2). Se lembrarmos que Nee
acrescenta que o ministrio que os apstolos, profetas, evangelistas, pastores e
mestres devem todos desempenhar nico, pois Efsios 4:11 se refere a ele no
singular, entenderemos a que alturas de centralizao ministerial o seu ensinamento
pode
conduzir.
em
princpios
contraditrios?
mesmo
que
proibio
delas."
que
proibio
delas.
Tudo isso mostra que o hbito da idealizao pode dar base a uma espcie perigosa
de radicalidade. No pretendo estabelecer o quanto Nee se adiantou nesse processo.
No disponho de meios que me permitam extrair tal concluso. Porm, o seu modo de
proceder, s vezes, resvalou para a idealizao excessiva do reino e da igreja, assim
como para a transformao da histria em norma sobre a qual no se pode transigir.
Aquele que disse que o reino dos cus semelhante mulher que ocultou fermento
em trs medidas de farinha no considerava o reino de Deus uma idealizao. Pelo
contrrio, ele o considerava duro como o real. Tinha-o como um processo em que a
natureza divina rompe a superfcie da terra, e o fermento se espalha na massa: o
divino e o humano, o certo e o errado, o bem e o mal, lado a lado, numa determinada
relao.