Relatório Lourinha

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Municpio da Lourinh

Relatrio do Perodo Experimental

Nome: Ana Cludia Andrade da Conceio Abreu


Categoria: Assistente Operacional
rea Funcional: Apoio famlia Refeies escolares
Unidade Orgnica: Coordenao Educao

Lourinh, 14 de dezembro de 2015

ndice
Introduo
Caracterizao
Atividades desenvolvidas
Formao
Concluso

Tem de bater tudo certo, ttulo e subttulo aqui no ndice.

Introduo

Este relatrio deve-se ao mbito do meu perodo de avaliao experimental que


decorreu desde do dia setembro ao dia dezembro de 2015. (colocar o n. do aviso do
concurso aqui tb)
O mesmo serve para relatar as minha funes/tarefas desempenhadas, bem como
os meus constrangimentos durante este perodo, na carreira e categoria de Assistente
Operacional do Municpio da Lourinh.

Aps a introduo, apresenta geometricamente o municpio, sua


estrutura orgnica e freguesias para justificares o estares na
Moita.

=Caracterizao da unidade
orgnica/servio=

Situao Geogrfica:

A localidade de Moita dos Ferreiros antiqussima, tal como consta no livro


(Referencia) de registos da Torre do Tombo. Existem indcios que a sua formao
remonta ao incio do sc. XII, podendo-se tomar como exemplo a Lenda da Apario de
Nossa Senhora, em Misericrdia, lugar desta Freguesia no ano de 1182.
D. Manuel conferiu, em 10 de Maro de 1514 o foral a Moita dos Ferreiros, que
passou a ser capital de um concelho com o mesmo nome, tendo comarca.
Posteriormente foi integrada na comarca de Torres Vedras, Alenquer, bidos e desde 6
de Novembro de 1852, transitou para o concelho da Lourinh, juntamente com trs
outras freguesias.
Ignora-se a data da fundao da Freguesia mas podemos apontar para os finais do
sc. XVI ou princpios do seguinte. Em termos eclesisticos, Nossa Senhora da
Conceio de Moita dos Ferreiros era um courato da apresentao do prior de S. Pedro,
da Vila de bidos. Tinha o cura de rendimento anual sessenta alqueires de trigo, trinta
de cevada e um tonel de vinho.
Apesar destes dados histricos no serem consensuais, foram aceites, a 13 de Maio
de 1999, data festiva que celebrava a 5 Feira da Ascenso e a sua tradicional festa na
Misericrdia, no Plenrio da Assembleia, dois Projectos-lei que tiveram por fim elevar a

povoao de Moita dos Ferreiros categoria de Vila, ambos mereceram a aprovao


unnime dos Deputados.
O povo da Freguesia tem uma cultura religiosa muito profunda, tendo sido fundada
a Parquia de Moita dos Ferreiros em 1689 que surgiu aquando da construo da actual
Igreja de grande valor arquitetnico e histrico. No entanto o Santurio em honra de
nossa Senhora da Misericrdia, no lugar de Misericrdia que rene o fervor religioso da
populao

de

toda

Freguesia,

reunindo

anualmente

milhares

de

fiis.

A Freguesia de Moita dos Ferreiros, uma das maiores do Concelho da Lourinh e


dista da sua sede 9 Km. De Lisboa, capital do distrito, dista 70 Km. Enquadrada numa
bela paisagem de campos cultivados e arvoredo, arruma-se no sentido Norte Sul,
cortada a meio pela E.N. 361, a melhor via de acesso A8.
A Freguesia de Moita dos Ferreiros composta por diversos lugares, tais como:
Cantarola, Casal Dos Pinheirinhos, Casal Vale da Eira, Montes Claros, Casal da
Misericrdia, Casal Mulato, Casal Moutela, Casal Entrevo, Casal Torneiro, Casal da
Lapa, Casal da Mata, Casal Novo, Casal Campina, Casal da Vrzea, Casal da Seixosa,
Casal Moinho, Quinta do Bom Sucesso, Casal da Boavista, Casal Canial, Casal da
Genoveva e Pinhoa.
O nome de Moita ou Mouta, como antigamente se grafava, quer dizer mata ou
floresta o que demonstra que todo o territrio, nos primeiros tempos de nacionalidade,
se encontrava em estado bravio.
Uma toponmia que de imediato nos aponta para a forma como o territrio foi
povoada no perodo subsequente fundao da Nacionalidade. Os casais eram pequenas
exploraes agrcolas "alugadas", por assim dizer, pela coroa ou pelas grandes
instituies nobilirquicas e clericais. Os caseiros fixavam-se assim em determinado
local, cultivavam a sua terra e pagavam a sua renda anual ao seu senhorio. O objectivo
era claro, o desenvolvimento e povoamento de um Pas que ainda estava ameaado pela
sua jovem idade e pelos ataques vindos do exterior.

Caracterizao da instituio:

Fig.1 Escola da Moita dos


Ferreiros

A escola de Moita dos Ferreiros, localiza-se na freguesia com o mesmo nome,


concelho da Lourinh. Esta funciona num edifcio do plano centenrio urbano, que data
de 1969 e se encontra em razovel estado de conservao.
Possui 3 salas de aula e 2 blocos sanitrios, que servem a escola e trs salas
anexas que servem como ginsio, biblioteca e sala de recursos. Das 6 salas de aula que a
escola possui, 3 esto ocupadas pelo 1 Ciclo e duas salas esto ocupadas pelas

atividades extracurriculares. A escola possui dois espaos ao ar livre para atividades


ldicas e para os alunos brincarem e dois espaos cobertos nas traseiras do edifcio para
as brincadeiras nos dias de chuva.
Com 60 alunos do 1 Ciclo, 3 professores, sendo 1 do apoio educativo e duas
auxiliares de ao educativa.
Em anexo escola, funciona tambm, o Jardim-de-Infncia, o refeitrio com
cozinha prpria e uma sala polivalente, em instalaes construdas de raiz e inauguradas
a 2 de Maio de 2003 e que contou com a honrosa presena sua Ex. o Ministro da
Educao Dr. David Justino.

=Atividades desenvolvidas=

Iniciei as minhas funes como Assistente Operacional, na EB 1/ JI da Moita


dos Ferreiros a 14 de setembro, do corrente ano.
Sendo o meu horrio de meio dia, as minhas funes restringiam-se ao
refeitrio, colocar as mesas para os almoos, servi-los e efectuar a respectiva limpeza do
mesmo no final de cada refeio.
Apesar de a minha funo ser esta, devo referir que s o fao a uma correnteza
de mesas com 21 alunos na sua maioria de 3. ano e 5 a 7 crianas de 1. ano. Esta
distribuio foi efectuada pela directora e transmitida pelas colegas: funciona melhor
se cada colega tiver especificamente uma correnteza, qual totalmente responsvel.
Quando mais de metade da minha mesa j almoou, comeo a levanta-los e a
encaminha-los para o recreio. Com eles sai tambm a colega da mesa do 1. e 2. ano,
para a respectiva vigilncia de recreio.
As restantes crianas que ficam nessa mesa so ento acompanhadas por mim
at terminarem as refeies.
Terminados os almoos, acompanho a vigilncia no recreio.
s 14h, as crianas entram para sala de aula, e posteriormente asseguro a
limpeza e manuteno das trs salas anexas, (ginsio, biblioteca e sala de recursos) das
14h as 15h, alternando-as pelos 5 dias da semana. Zelo tambm o espao de acesso s 3
salas, varrendo corredores e limpando vidros.
So assim todos os mesmos dias de auxiliar nesta escola, mas nem todos os
momentos so os mais agradveis.
Por vezes tenho que lidar com algumas situaes, recorrentes e com tendncia a
piorar, de violncia por parte de dois alunos do 3. ano, onde ningum se preocupa e faz

qualquer coisa para que mude. Sendo duas crianas com problemas comportamentais,
que tornam o dia-a-dia por vezes complicado.

Algumas situaes
Situao1:
O comportamento em refeitrio na maioria dos dias desadequado, os alunos
no obedecem a regras/ordens e/ou no tm limites.
Sendo que os piores so dois alunos do 3. ano, que ao serem contrariados
ofendem, tentam bater e fogem do refeitrio para a rua a fim de saltar as redes da
escola, por vezes com sucesso.
No final da segunda semana de trabalho vi-me perante esta realidade: o Miguel
no se quer sentar no lugar que lhe foi atribudo, e tenta agredir-me quando o impeo de
sentar no lugar escolhido por ele. Ao perceber que eu no a ceder a caprichos, usa
linguagem vulgar e obscena para me ofender, perante todos os colegas e tenta fugir.
(como acho que no funcional andar na rua a correr atrs de um aluno e largar todos
os outros dentro de um espao) impeo-o de sair. Nesse momento cresce uma revolta
dentro dele, ficando descontrolado - grita ofensas e guincha, desalmadamente.
Perante esta situao/atitude/comportamento no posso fechar os olhos e ceder
(como fazem as colegas), se o deixo ir nunca mais o consigo controlar. No posso dizer
que no, e aps alguns minutos dizer que sim, tenho de fazer valer a minha palavra.
Tento que me oua, que pare de gritar e de espernear, que se levante e acabe com aquela
situao incontrolvel. Sem fim vista, conduzo-o para a sua cadeira, onde grita ainda
mais, no me obedece, e dizendo-me vezes sem conta que no mando nele.
Chegamos a um dado momento da situao, incontrolvel, que me altero e falo
no mesmo tom que ele, digo-lhe que tem de se sentar e acalmar-se, e ficamos ali, penso,
por mais de 20 minutos. Eu a senta-lo a cada vez que ele se levanta e ele a levantar-se e
a tentar virar a mesa ao contrrio com todos os almoos em cima.
Por fim, entende que no vai conseguir levar a dele avante e fica sentado, chora
e grita, est frustrado.
, possivelmente, a primeira vez que se v naquela posio, no conseguiu ir
para a rua, no conseguiu saltar a rede e colocou a auxiliar aflita a chamar por ele.

Mantm-se naquele registo por mais um bocado, ao mesmo tempo o refeitrio j


esta praticamente vazio quando, finalmente, o conveno a almoar. Come mas olha para
mim e diz: Eu mim ningum manda!.
No final da refeio e a muito custo consigo faz-lo cumprir e faz-lo ver que se
obedecer s regras existentes muitos anos na escola tudo para ele ser mais fcil, tal
como para qualquer pessoa auxiliar, professor, etc, permanecendo de castigo o resto
do intervalo.
s 14h, e sem ter ido ao intervalo vou entrega-lo professora titular. Relato-lhe
a pormenor toda aquela situao do refeitrio, esperando um auxilio da sua parte. Mas
a resposta que obtenho que no se pode fazer nada, ele assim e ela prpria tambm
tem tido muitas dificuldades em sala de aula, tendo que por vezes ameaa-lo fazer
participao em algumas ocasies, pois de facto o ltimo recurso.
No entanto verifiquei, com o passar dos dias que desde esse dia, at hoje, no
tive mais problemas dentro do refeitrio com o Miguel, acata bem uma ordem e tem um
comportamento em todo, similar aos demais colegas. Ou seja alguma coisa daquele dia
lhe ficou e comeou a compreender que existem limites para tudo.
parte deste menino, no seu todo, as crianas hora de almoo, na minha
opinio, tambm no tem um comportamento aceitvel.

Situao2:
Aps vrias passagens pelo mesmo acontecimento, decido falar com a
professora titular, dois midos batem-se na fila do refeitrio como se de um ringue de
boxe se trata-se.
Ao ver o espetculo, pego nas crianas e dirijo-me ao edifcio principal, na
esperana que a professora titular resolva o problema. Ao entrar, -me dito pela docente,
que est na sua hora de almoo e que eu tenho que resolver o meu problema, virandome as costas e saindo.
Como esta atitude por parte da docente, perco as foras de luta e batalha,
largando os alunos (que recomeam uma luta fsica) e volto ao meu posto de trabalho.
frequente estarem sentados mesa na mesma fila mas com 4 a 6 colegas de
distncia (para no trocarem insultos) mas se estiverem no ngulo de viso um do outro,
levantam-se, propositadamente, para se agredir fisicamente um ao outro.

Como ficam os dois no ngulo de viso, devo referir que esta atitude sempre
do Dinis para com o Miguel.

Situao3:
No dia 11 de Novembro, So Martinho, a escola celebra o dia assando castanhas
em fogareiros, ao ar livre.
No entendendo muito bem o porque, pois da experincia que tenho com os
meus educando nas outras escolas h um lanchinho partilhado, existem castanhas sim ,
mas ou so assadas por um especialistas ou so assadas num local especifico e vm
para a escola prontas a comer. Aqui no so assadas num braseiro no meio do recreio e
como no tendo grande jeito, fico com a tarefa de escolher as castanhas quando sarem
do lume.
A professora (diretora) veio duas ou trs vezes rua dar recados s colegas. E
neste meio tempo, recebo uma SMS e estou a responder quando as professoras esto a
trazer os meninos para a rua, para ento festejarem o magusto.
So 15h, pergunto diretora se quer que fique para ajudar ou se posso sair visto
que terminou o meu horrio. Diz-me que posso sair, que no vai ser necessrio
permanecer.
No dia 12 de novembro, quinta-feira ao chegar a escola, sou chamada para uma
pequena reunio com a diretora e a professora titular do 3. ano, onde so abordados
vrios temas, mas o principal , o que eu no posso fazer:
No devo gritar, pois no benfico e parece mal faz-lo;
No posso responder que no sei tirar fotocopias, porque as colegas no me

ensinaram.
No devo colocar nenhuma criana de castigo no refeitrio, estas so sensveis e

vo para casa queixar-se aos pais, e no dia seguinte os mesmos vo escola


pedir explicaes.
Ou seja, na perspetiva da diretora, a criana s se queixa se estiver a ser injustiada.
Assim sendo, devo presumir, que eu coloco as crianas de castigo sem razo e por
capricho meu, quando o que lhes falta so regras!

No notou que eu me tivesse integrado no dia anterior (dia de So Martinho)

pois cada vez que vinha a rua s via a minha colega com o pau a revirar as
castanhas no lume e eu nunca me chegava. (referi que fazia a escolha das
mesmas quando saiam do lume, pois tambm no tenho muito jeito nem
vontade com as brasas)
No achou normal que tivesse estado quase 10 minutos a olhar para o ecr do

telemvel, nesse mesmo dia, pois, passo a citar: parecia uma adolescente a
olhar para o telemvel (expliquei que tinha recebido uma SMS duma pessoa
amiga a informar que o pai tinha falecido nessa mesma manh, e que estava to
s a tentar conforta-la enviando-lhe de volta uma SMS), a diretora tem a opinio
que se assim foi, ento, eu deveria ter partilhado essa informao pois assim
seria entendida de outra forma. Na minha perspetiva foi feito um juzo de valor.
Salientou o facto de ter feito o meu trabalho ao ter encaminhado, para a rua, o

aluno suspenso, mas que deveria ser menos impulsiva, pois deveria ter seguido o
exemplo das minhas colegas (que nada fizeram) pois assim ter-se-ia evitado
muitos problemas. Como por exemplo, a me do referido aluno a ir escola
reclamar a atitude tomada por mim e os telefonemas que so feitos ao diretor de
agrupamento nas horas seguintes.
Mais informo que esta criana esta expulsa pelo agrupamento, durante X dias, mas que
ia para escola mesma permanecendo no recreio sem consentimento de ningum.
Por fim, me explicado que o Dinis tem uma doena (do foro psicolgico) a

qual est justificada num atestado que o menino trouxe do hospital onde
seguido.
At esse dia eu desconhecia tal atestado e mesmo assim, pergunto se esse atestado serve
de justificao a tanta falta de educao, maldade e violncia para com os colegas e
pessoal docente e no docente. Talvez o mdico ou os pais ainda no tenha
compreendido o verdadeiro problema desta criana, mas pode ser que um dia que
chegue a adulto compreendam e da pior forma possvel.
me dito vezes sem conta que temos que ignorar comportamentos, relevar

atitudes menos graves como, andar em p no refeitrio, no obedecer s


ordens de silncio entre outras do gnero. Salientando sempre que se as ofensas

forem verbais ou fsicas posso e devo fazer uma participao por escrito. Neste
dia, quase dois meses depois de tantos problemas fico a saber, que posso ento,
participar por escrito, pois ao faz-lo estou a contribuir para que

Situao4:
Mais recentemente deparo-me com novos desafios. Segunda-feira, 7 de
dezembro as refeies iniciam-se com uma algazarra acima da mdia. Esto todos aos
gritos e aos guinchos, batem com as colheres nas mesas, gritam conversas de umas
mesas para as outras. Na mesa de primeiro ano, uns cantam, uns batem-se e outros
ainda, jogam sardinha olho e vejo tudo descontrolado. Ralho alto para que todos me
ouam, e digo que se no se acalmarem ficam de castigo. Quando se comea a servir o
2. prato a algazarra sobe de tom, j tenho midos em p de vrios anos, na minha mesa
um menino acusa o colega de ter cuspido no seu prato e que j no vai comer aquilo.
Perante este cenrio grito o mais alto que posso, faz-se silncio por momentos.
Digo-lhes que esto a exceder todos os limites e que j estou farta de avisar que
o refeitrio tem regras que eles j as deveriam saber e que agora para castigo ficam
todos sentados quando acabarem de comer e s saem quando eu mandar. Ouve-se um
burburinho mas j ningum grita, comeo ento por comear a mandar sair aqueles
poucos que se portaram e portam sempre bem. Primeiro os da 3 depois os da 4 e
quando chega a vez da 1 e 2 j tenho metade da mesa vazia.
A colega que eu acompanho, desautoriza-me e mandou-os sair.
Nesse momento aproximo-me e digo-lhe o que penso, que no me leve a mal
mas que o que tinha acabado de fazer no se faz, desautorizou-me em frente aos
meninos. Assim nunca lhes vou conquistar o respeito, eu dei uma ordem e a colega
passou por cima do que eu disse.
No gostou, eu vi na sua cara, mas tambm no me respondeu, disse-me apenas
que aqueles meninos j tinham comido e estavam a portar-se bem. No falou para mim
nas duas horas de trabalho seguintes.
J sabia que quando a diretora chega-se a colega iria contar-lhe, e foi.
Na 5 feira sou avisada pela diretora, que na 6 feira vamos ter uma reunio
conjunta sobre o refeitrio.
Na reunio desvalorizado todo o trabalho que tenho feito at ali:

No consigo organiza-los para irem lavar as mos - que uma higiene bsica;
No consigo que se mantenham em fila, etc.

Perante os factos, descrevo o sucedido na 2 feira. Mais uma vez eu estou errada,
segundo a diretora eu no posso liderar todo o refeitrio, no posso anular as minhas
colegas, em suma o erro no de quem me desautorizou, mas sim meu, pois dei uma
ordem a todos e no o poderia ter feito.
No posso ficar indiferente ao facto de existirem dois pesos e duas medidas, pois
no se trabalha em equipa, trabalha-se cada um por si e por muito que a minha funo
seja primeiramente o refeitrio, fico s afeta aso 21 meninos da minha mesa. Foi-me
informado que esta nova diretriz ira ficar registada em acta.
Aproveitei ento para questionar o facto de ter a limpeza das 3 salas, quando as
minhas colegas em todo o tempo deste estgio nunca me acompanharam. Porque esto a
tirar fotocopias, a fazer recados aos professores ou a trabalhar na mesa de apoio com as
crianas fazendo recortes ou colagens em trabalhos ldicos. Expresso ainda a minha
opinio, visando o facto de saber que tenho que colaborar na limpeza do edifico, mas
que no entendo porque o facto sozinha, se estou ali para ajudar e na verdade no vi
nestes 90 dias, nenhuma das minhas colegas fazer algum tipo de limpeza, nas trs horas
em que l permaneo.
Fica ento decidido que a partir de janeiro prximo, passo ento a ficar afeta
limpeza de uma nica sala, rodando a medida que os meses forem passando.
Mais uma vez percebo que existe efetivamente um favoritismo, que recai, por
colegas que esto fixas no edifcio alguns anos. Sendo que todas deveramos ser tratadas
de igual forma, devendo o chefe ser imparcial.

=Concluso=

Fazendo agora um balano de todas as tarefas desempenhadas, considero que a


esmagadora maioria foram executadas com sucesso, embora em algumas situaes,
considere que h margem para muitas melhorias, se existir abertura por parte da restante
equipa, docentes e no docentes.
Sinto que em situaes de conflito, nunca tive autonomia, pois sempre que tentei
tomar uma atitude ou posio, fui criticada ou reprimida tanto pela diretora da escola
como por algumas colegas.
A nvel de formao pessoal, no foi de todo enriquecedor devido s situaes
apresentadas. Foi sim um contacto com toda uma realidade que desconhecia, que se for
bem analisada dar-me- toda uma preparao para cenrios similares no futuro.
Na verdade foram muitas as vezes que sa da escola com o sentimento de
frustrao, com a certeza que tudo o que aprendi at ento no faz qualquer sentido
daqueles portes para dentro, penso: Eu sou sempre a errada ou a precipitada. Quando
o sentimento que deveria ter sada era: cumpri mais um dia bem sucedido!.
A minha experincia, efetivamente pouca, mas acredito que as atitudes
tomadas no foram de todo as mais assertivas, nem foi dada a devida importncia

disciplina e bom comportamento no refeitrio, tal como no nos restantes espaos


escolares.
Sinto que no me foi feito um acolhimento. Sempre que me deparei com uma
nova situao, tinha que ser eu a perguntar onde estava, como se fazia ou como se
resolvia. Nenhuma das minhas colegas, nunca se prontificou a esclarecer ou mostrar o
que quer que seja, sem que para isso eu lhe tivesse pedido.
Contudo h que ressalvar, que apesar da experincia no ter sido a mais
gratificante, considero agora importante, fazer uma formao em Gesto de Conflitos
Escolares, para ter mais bases de saber lidar com comportamentos desajustados como
estes que vivi nestes 90 dias.
Posto isto, espero que o meu desempenho e dedicao me permitam alcanar
uma pontuao positiva e a continuidade da minha colaborao com o Municpio da
Lourinh em tudo o que estiver ao meu alcance, seja a nvel de Aco Educativa, ou em
qualquer outra rea. No contexto da polivalncia que esta patente numa instituio
como esta.

A Assistente Operacional

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