Relatório Lourinha
Relatório Lourinha
Relatório Lourinha
ndice
Introduo
Caracterizao
Atividades desenvolvidas
Formao
Concluso
Introduo
=Caracterizao da unidade
orgnica/servio=
Situao Geogrfica:
de
toda
Freguesia,
reunindo
anualmente
milhares
de
fiis.
Caracterizao da instituio:
=Atividades desenvolvidas=
qualquer coisa para que mude. Sendo duas crianas com problemas comportamentais,
que tornam o dia-a-dia por vezes complicado.
Algumas situaes
Situao1:
O comportamento em refeitrio na maioria dos dias desadequado, os alunos
no obedecem a regras/ordens e/ou no tm limites.
Sendo que os piores so dois alunos do 3. ano, que ao serem contrariados
ofendem, tentam bater e fogem do refeitrio para a rua a fim de saltar as redes da
escola, por vezes com sucesso.
No final da segunda semana de trabalho vi-me perante esta realidade: o Miguel
no se quer sentar no lugar que lhe foi atribudo, e tenta agredir-me quando o impeo de
sentar no lugar escolhido por ele. Ao perceber que eu no a ceder a caprichos, usa
linguagem vulgar e obscena para me ofender, perante todos os colegas e tenta fugir.
(como acho que no funcional andar na rua a correr atrs de um aluno e largar todos
os outros dentro de um espao) impeo-o de sair. Nesse momento cresce uma revolta
dentro dele, ficando descontrolado - grita ofensas e guincha, desalmadamente.
Perante esta situao/atitude/comportamento no posso fechar os olhos e ceder
(como fazem as colegas), se o deixo ir nunca mais o consigo controlar. No posso dizer
que no, e aps alguns minutos dizer que sim, tenho de fazer valer a minha palavra.
Tento que me oua, que pare de gritar e de espernear, que se levante e acabe com aquela
situao incontrolvel. Sem fim vista, conduzo-o para a sua cadeira, onde grita ainda
mais, no me obedece, e dizendo-me vezes sem conta que no mando nele.
Chegamos a um dado momento da situao, incontrolvel, que me altero e falo
no mesmo tom que ele, digo-lhe que tem de se sentar e acalmar-se, e ficamos ali, penso,
por mais de 20 minutos. Eu a senta-lo a cada vez que ele se levanta e ele a levantar-se e
a tentar virar a mesa ao contrrio com todos os almoos em cima.
Por fim, entende que no vai conseguir levar a dele avante e fica sentado, chora
e grita, est frustrado.
, possivelmente, a primeira vez que se v naquela posio, no conseguiu ir
para a rua, no conseguiu saltar a rede e colocou a auxiliar aflita a chamar por ele.
Situao2:
Aps vrias passagens pelo mesmo acontecimento, decido falar com a
professora titular, dois midos batem-se na fila do refeitrio como se de um ringue de
boxe se trata-se.
Ao ver o espetculo, pego nas crianas e dirijo-me ao edifcio principal, na
esperana que a professora titular resolva o problema. Ao entrar, -me dito pela docente,
que est na sua hora de almoo e que eu tenho que resolver o meu problema, virandome as costas e saindo.
Como esta atitude por parte da docente, perco as foras de luta e batalha,
largando os alunos (que recomeam uma luta fsica) e volto ao meu posto de trabalho.
frequente estarem sentados mesa na mesma fila mas com 4 a 6 colegas de
distncia (para no trocarem insultos) mas se estiverem no ngulo de viso um do outro,
levantam-se, propositadamente, para se agredir fisicamente um ao outro.
Como ficam os dois no ngulo de viso, devo referir que esta atitude sempre
do Dinis para com o Miguel.
Situao3:
No dia 11 de Novembro, So Martinho, a escola celebra o dia assando castanhas
em fogareiros, ao ar livre.
No entendendo muito bem o porque, pois da experincia que tenho com os
meus educando nas outras escolas h um lanchinho partilhado, existem castanhas sim ,
mas ou so assadas por um especialistas ou so assadas num local especifico e vm
para a escola prontas a comer. Aqui no so assadas num braseiro no meio do recreio e
como no tendo grande jeito, fico com a tarefa de escolher as castanhas quando sarem
do lume.
A professora (diretora) veio duas ou trs vezes rua dar recados s colegas. E
neste meio tempo, recebo uma SMS e estou a responder quando as professoras esto a
trazer os meninos para a rua, para ento festejarem o magusto.
So 15h, pergunto diretora se quer que fique para ajudar ou se posso sair visto
que terminou o meu horrio. Diz-me que posso sair, que no vai ser necessrio
permanecer.
No dia 12 de novembro, quinta-feira ao chegar a escola, sou chamada para uma
pequena reunio com a diretora e a professora titular do 3. ano, onde so abordados
vrios temas, mas o principal , o que eu no posso fazer:
No devo gritar, pois no benfico e parece mal faz-lo;
No posso responder que no sei tirar fotocopias, porque as colegas no me
ensinaram.
No devo colocar nenhuma criana de castigo no refeitrio, estas so sensveis e
pois cada vez que vinha a rua s via a minha colega com o pau a revirar as
castanhas no lume e eu nunca me chegava. (referi que fazia a escolha das
mesmas quando saiam do lume, pois tambm no tenho muito jeito nem
vontade com as brasas)
No achou normal que tivesse estado quase 10 minutos a olhar para o ecr do
telemvel, nesse mesmo dia, pois, passo a citar: parecia uma adolescente a
olhar para o telemvel (expliquei que tinha recebido uma SMS duma pessoa
amiga a informar que o pai tinha falecido nessa mesma manh, e que estava to
s a tentar conforta-la enviando-lhe de volta uma SMS), a diretora tem a opinio
que se assim foi, ento, eu deveria ter partilhado essa informao pois assim
seria entendida de outra forma. Na minha perspetiva foi feito um juzo de valor.
Salientou o facto de ter feito o meu trabalho ao ter encaminhado, para a rua, o
aluno suspenso, mas que deveria ser menos impulsiva, pois deveria ter seguido o
exemplo das minhas colegas (que nada fizeram) pois assim ter-se-ia evitado
muitos problemas. Como por exemplo, a me do referido aluno a ir escola
reclamar a atitude tomada por mim e os telefonemas que so feitos ao diretor de
agrupamento nas horas seguintes.
Mais informo que esta criana esta expulsa pelo agrupamento, durante X dias, mas que
ia para escola mesma permanecendo no recreio sem consentimento de ningum.
Por fim, me explicado que o Dinis tem uma doena (do foro psicolgico) a
qual est justificada num atestado que o menino trouxe do hospital onde
seguido.
At esse dia eu desconhecia tal atestado e mesmo assim, pergunto se esse atestado serve
de justificao a tanta falta de educao, maldade e violncia para com os colegas e
pessoal docente e no docente. Talvez o mdico ou os pais ainda no tenha
compreendido o verdadeiro problema desta criana, mas pode ser que um dia que
chegue a adulto compreendam e da pior forma possvel.
me dito vezes sem conta que temos que ignorar comportamentos, relevar
forem verbais ou fsicas posso e devo fazer uma participao por escrito. Neste
dia, quase dois meses depois de tantos problemas fico a saber, que posso ento,
participar por escrito, pois ao faz-lo estou a contribuir para que
Situao4:
Mais recentemente deparo-me com novos desafios. Segunda-feira, 7 de
dezembro as refeies iniciam-se com uma algazarra acima da mdia. Esto todos aos
gritos e aos guinchos, batem com as colheres nas mesas, gritam conversas de umas
mesas para as outras. Na mesa de primeiro ano, uns cantam, uns batem-se e outros
ainda, jogam sardinha olho e vejo tudo descontrolado. Ralho alto para que todos me
ouam, e digo que se no se acalmarem ficam de castigo. Quando se comea a servir o
2. prato a algazarra sobe de tom, j tenho midos em p de vrios anos, na minha mesa
um menino acusa o colega de ter cuspido no seu prato e que j no vai comer aquilo.
Perante este cenrio grito o mais alto que posso, faz-se silncio por momentos.
Digo-lhes que esto a exceder todos os limites e que j estou farta de avisar que
o refeitrio tem regras que eles j as deveriam saber e que agora para castigo ficam
todos sentados quando acabarem de comer e s saem quando eu mandar. Ouve-se um
burburinho mas j ningum grita, comeo ento por comear a mandar sair aqueles
poucos que se portaram e portam sempre bem. Primeiro os da 3 depois os da 4 e
quando chega a vez da 1 e 2 j tenho metade da mesa vazia.
A colega que eu acompanho, desautoriza-me e mandou-os sair.
Nesse momento aproximo-me e digo-lhe o que penso, que no me leve a mal
mas que o que tinha acabado de fazer no se faz, desautorizou-me em frente aos
meninos. Assim nunca lhes vou conquistar o respeito, eu dei uma ordem e a colega
passou por cima do que eu disse.
No gostou, eu vi na sua cara, mas tambm no me respondeu, disse-me apenas
que aqueles meninos j tinham comido e estavam a portar-se bem. No falou para mim
nas duas horas de trabalho seguintes.
J sabia que quando a diretora chega-se a colega iria contar-lhe, e foi.
Na 5 feira sou avisada pela diretora, que na 6 feira vamos ter uma reunio
conjunta sobre o refeitrio.
Na reunio desvalorizado todo o trabalho que tenho feito at ali:
No consigo organiza-los para irem lavar as mos - que uma higiene bsica;
No consigo que se mantenham em fila, etc.
Perante os factos, descrevo o sucedido na 2 feira. Mais uma vez eu estou errada,
segundo a diretora eu no posso liderar todo o refeitrio, no posso anular as minhas
colegas, em suma o erro no de quem me desautorizou, mas sim meu, pois dei uma
ordem a todos e no o poderia ter feito.
No posso ficar indiferente ao facto de existirem dois pesos e duas medidas, pois
no se trabalha em equipa, trabalha-se cada um por si e por muito que a minha funo
seja primeiramente o refeitrio, fico s afeta aso 21 meninos da minha mesa. Foi-me
informado que esta nova diretriz ira ficar registada em acta.
Aproveitei ento para questionar o facto de ter a limpeza das 3 salas, quando as
minhas colegas em todo o tempo deste estgio nunca me acompanharam. Porque esto a
tirar fotocopias, a fazer recados aos professores ou a trabalhar na mesa de apoio com as
crianas fazendo recortes ou colagens em trabalhos ldicos. Expresso ainda a minha
opinio, visando o facto de saber que tenho que colaborar na limpeza do edifico, mas
que no entendo porque o facto sozinha, se estou ali para ajudar e na verdade no vi
nestes 90 dias, nenhuma das minhas colegas fazer algum tipo de limpeza, nas trs horas
em que l permaneo.
Fica ento decidido que a partir de janeiro prximo, passo ento a ficar afeta
limpeza de uma nica sala, rodando a medida que os meses forem passando.
Mais uma vez percebo que existe efetivamente um favoritismo, que recai, por
colegas que esto fixas no edifcio alguns anos. Sendo que todas deveramos ser tratadas
de igual forma, devendo o chefe ser imparcial.
=Concluso=
A Assistente Operacional
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