Fichamento de Sociologia Crítica PDF
Fichamento de Sociologia Crítica PDF
Fichamento de Sociologia Crítica PDF
SOCIOLOGIA CRTICA
Guareschi , Pedrinho . SOCIOLOGIA CRTICA : Alternativas de mudana . Porto Alegre .
Mundo Jovem . 2000 - 49 edio - EDIPUCRS .
1 - Introduo
O Professor e padre Pedrinho Guareschi est ligado Pontifcia Universidade
Catlica do Rio Grande do Sul desde que ali cursou ps-graduao em Sociologia .
Atualmente , aps cursar Mestrado e Doutorado nos EUA , orienta teses e dissertaes no
Instituto de Estudos Sociais , Polticos e Econmicos e em outros Institutos daquela
Universidade .
O livro certamente ser til para estudantes de qualquer rea do ensino superior,
principalmente , para os de Cincias Sociais e Humanas . O autor apresenta uma viso
sociolgica inovadora no sentido de discutir aquilo que , normalmente , fica escondido ,
propositalmente ou no , em trabalhos dessa natureza . Interessa , tambm , queles que de
maneira geral esto comprometidos ou anseiam por mudanas na sociedade em que vivem
- injusta , discriminatria e opressora .
Apresentando uma viso inovadora a respeito da sociedade do presente , o autor vai
buscar nas origens do pensamento ocidental , e na sua evoluo , as razes que explicam a
realidade atual . Ao mesmo tempo em que reflete sobre isso , deixa uma mensagem de
esperana no porvir .
2 - Desenvolvimento
A abordagem inicia-se com a discusso dos conceitos de teoria , cincia e ideologia
para chegar ao de Sociologia . Segundo ele teoria um conjunto de leis que procuram
explicar a realidade e a Cincia um conjunto de teorias . Ele declara que ... uma lei
tanto mais cientfica, ou uma teoria tanto mais cientfica, quanto mais fatos ou quanto
mais do fato ela explicar , enfatizando que algumas vezes nenhuma das duas consegue
dizer tudo sobre a realidade . Muitas vezes , interesses de grupos no permitem que algo ,
que lhes prejudicial , seja esclarecido . A esse fato ele chama de Ideologia .
As informaes so transmitidas populao de acordo com a ideologia de quem
transmite: A ideologia est presente na superestrutura, que so as instituies polticas,
jurdicas, morais. J no plano psicolgico individual, as ideologias se reproduzem em
funo da histria de vida e da insero especfica de cada pessoa. Essa discusso de
conceitos feita de forma crtica onde o leitor percebe , que tem uma viso distorcida da
realidade e que precisa se libertar da dominao ideolgica em que est inserido , atravs do
questionamento , da reflexo e da ao .
Em seguida abordado o conceito de Sociologia , que originalmente significa estudo
do social, ou da sociedade ou a um grupo de pessoas. Ele frisa que existem vrios tipos de
Sociologia. O livro enfatiza um tipo de Sociologia comprometida com mudanas da
realidade presente.
So apresentadas duas grandes teorias em Sociologia : a positivista-funcionalista e a
histrico-crtica , que so , na verdade , formas distintas de ver e compreender a realidade.
Segundo a teoria Positivista-Funcionalista a realidade o que est nossa volta.
O Funcionalismo acrescentou ao Positivismo a idia , de que a realidade est estruturada
num sistema organizado , onde tudo possui uma funo definida .
Ela parte do princpio que tudo est equilibrado, em harmonia e que deve funcionar
sempre assim.
Segundo essa teoria, mudar significa extinguir o que j existe , dessa forma o que a
caracteriza o conformismo .
A teoria Histrico-Crtica apresenta a viso segundo a qual tudo o que criado
histrico, ou seja, relativo, no absoluto; apareceu e vai desaparecer. conhecida,
tambm, como teoria crtica, pois tudo que histrico possui , formas distintas de ser
encarado .
Essa parece ser a concepo preferida pelo autor .
A partir da anlise dessas grandes teorias o autor discute a sociedade. Inicialmente
discute a designao , que lhe atribuda como um sistema social. Ele v nesse conceito
um vnculo ideolgico positivo-funcionalista , pois sistema d a entender aquilo que foi
criado para funcionar como um sistema perfeito e integrado .
Outro termo empregado para designar sociedades o de Modo de Produo. Dentro
deste conceito , as formaes sociais se organizam na sociedade de forma a obter os meios
necessrios a sua sobrevivncia , isto , produz para sobreviver: "...a maneira como se
conseguem as coisas para sobreviver modo de produo " . O modo de produo
engloba as foras produtivas (capital , meios de produo e fora de trabalho ) e as relaes
de produo .
Segundo o autor as formaes sociais se estruturam de acordo com o modo de
produo : "... o tipo de relaes que se estabelecem entre as pessoas e entre as pessoas e
as coisas (isto , entre trabalho e capital ) que distingue basicamente um tipo de sociedade
de outra ".
Segundo o autor , a diferenciao entre os sistemas est baseada nas relaes de
produo, que so as formas como interagem o capital e trabalho .
Para ele a relao entre as pessoas no Capitalismo ocorre mediante a dominao.
Capital e Trabalho esto separados ou seja , quem detm o capital no quem participa
com o Trabalho . No sistema cooperativo as relaes entre as pessoas so de cooperao.
As relaes entre o trabalho e o capital no capitalismo so de explorao, e no cooperativo
de apropriao .
Existem variados tipos de Capitalismo e o que os distingue o grau de explorao e
de apropriao da "mais valia", que resultante da apropriao do excedente produzido
pelo trabalhador. "A mais valia " o lucro pessoal obtido pelo capitalista com o trabalho
alheio retirados todos os demais custos de produo .
A seguir o autor trata das particularidades do Socialismo , apresentado segundo duas
variantes: o Socialismo utpico e o cientfico .
Os utpicos imaginavam uma sociedade perfeita , baseada no igualitarismo , como na
prtica no a concretizaram , foram chamados por esse nome .
Os cientficos foram chamados assim , por que pretendiam atravs do socialismo
cientfico , que consideravam uma cincia alcanar o seu ideal de uma sociedade mais justa .
Marx juntou trs conceitos discutidos pelos pensadores da poca :
Dialtica: tudo contm em si uma contradio , imperfeito e relativo.
Valor: fruto do trabalho humano , visto como a nica fonte das riquezas.
Socialismo: democracia (igualdade, solidariedade e justia para todos).
O conjunto dessas trs idias permitiam afirmar cientificamente , pela dialtica , que
era possvel mudar a sociedade , a certeza de que era o trabalho que tudo produzia e que
todos seriam iguais no socialismo . O propsito do Socialismo acabar com a mais valia de
forma que o trabalhador se beneficie plenamente do trabalho que realiza , evitando a
dominao e a explorao.
O Comunismo tem por meta tornar comum ( coletivisar ) os meios de produo ,
sendo os de uso comum (coletivos) pertencente a todos e os privados individuais. Na viso
terica do Comunismo a sociedade comunista seria o ltimo estgio da histria , logo aps