Apostila de Historia Da PMPR Completa Com 108 Folhas PDF
Apostila de Historia Da PMPR Completa Com 108 Folhas PDF
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BRASO DA PMPR
Braso da Polcia Militar do Paran, criado pelo decreto n 15.719, de 23 de junho de 1969,
assinado pelo governador Paulo Pimentel. (publicado no Boletim do CG do dia 30 de junho de 1969)
Considerando que as mais tradicionais Corporaes Policiais Militares do Brasil possuam sua
insgnia oficial, resolveu o governador do Estado do Paran estabelecer a seguinte insgnia, baseada
no emblema oficial do Estado; DECRETAR:
Art. 1 - Fica criado na Polcia Militar do Paran uma insgnia oficial em forma de escudo
com ngulo lateral, sobre o fundo amarelo-ouro, tendo em sua parte superior como timbre, o falco
Nhapecami, desenhado em cor preto, com as asas semi-abertas.
No contorno interior do escudo, as legendas em letras de forma, em cor verde garrafa - PARAN POLCIA MILITAR. Na parte central do escudo, uma paisagem tpica do Paran, contendo no campo esquerdo, o smbolo dos trs Planaltos, bem como das trs raas que colonizaram o
Estado, em cor azul. No campo direito, um pinheiro cor verde, smbolo da terra das araucrias, ao
lado do sol em amarelo vivo, smbolo das Amricas, no campo inferior em tons verdes claros e escuros, smbolo de riqueza vegetal do Estado.
Art. 2 - Este decreto entrar em vigor na data de sua publicao revogadas as disposies em
contrrio.
(aa) PAULO PIMENTEL, governador do Estado do Paran.
Agostinho Jos Rodrigues
INTRODUO
A POLCIA MILITAR foi criada pela Lei n. 7, de 10 de agosto de 1854, sancionada pelo
Presidente ZACARIAS DE GES E VASCONCELLOS, exatamente 7 meses e 21 dias aps o
desmembramento do PARAN da ento Provncia de So Paulo.
Sua primeira denominao foi COMPANHIA DA FORA POLICIAL da Provncia do Paran e para comand-la foi escolhido a pessoa do Capito de Primeira Linha JOAQUIM JOS
DE MOREIRA MENDONA, oficial do Exrcito.
Em sua gnese histrica se manifestaram duas fases tpicas, que se traduzem pelo cumprimento de misses nos diversos perodos de nossa formao: REPRESSIVA e PREVENTIVA.
Os primeiros tempos so os tempos de Martim Afonso, das Capitanias, dos governadoresgerais, dos governos do norte e do sul.
Os Alomotacs, autoridades encarregadas de zelar pelo ordem pblica nas vilas recm-criadas no BrasilClonia, constituem a primeira manifestao de uma autoridade policial constituda.
Funes:
Fiscalizar o cumprimento das leis referentes proteo de pessoas e bens dos rfos, dos ausentes, dos prdigos e furiosos;
Velar contra o abuso de armas proibidas;
Zelar pela execuo das leis contra vagabundos e jogadores;
Fiscalizar os viajantes, os pobres, os mendigos e os teatros.
2. COMPANHIAS DE ORDENANAS
Nascem as Companhias de Ordenanas, organizadas nas cidades, vilas e povoados. A primeira organizao que se tem
notcia foi criada em 11 de dezembro de 1570, constituda
de Companhias de Ordenanas, nos termos da Carta Rgia
de 1559.
externas no raras na poca. Elas tiveram momentos de relevncia na garantia da soberania da Ptria
nascente contra invases externas, ressaltando-se na luta contra invasores holandeses e franceses.
Entretanto, as Companhias de Ordenanas - mais composta de voluntrios e/ou homens menos
favorecidos (pobres, negros, pardos e ndios) - no serviam aos desgnios dos senhores ambiciosos
em extorquir toda a riqueza da Terra florescente.
Companhias de Ordenanas no Paran.
No perodo colonial (1722), o atual Estado do Paran, era 5 Comarca da Capitania de So Paulo. O policiamento, nesta Comarca (5), era feito pela companhia de Ordenanas - Corporao criada nas cidades e vilas, sob as ordens de capito-mor, cuja finalidade era: TER TODA GENTE EM
GRANDE QUIETAO E SOSSEGO, no podia consentir HOMIZIADOS e nem PESSOAS
INQUIETAS QUE CAUSASSEM PERTURBAO AOS MORADORES.
Organizao da Companhia de Ordenanas no Paran.
Pelo Regimento e Forma baixados com a Portaria do Capito-General da Capitania de So Paulo, em 1722, alm dos Capites, compunham-se essas Companhias de Alferes, Sargentos, Cabos de
Esquadra e Soldados, estes em nmero de 25 em cada esquadra devendo de Alferes para cima ser
homens dos principais da terra, de melhor conscincia e os mais ricos.
A nomeao para o posto de capito-mor da Companhia era feita pelo Capito-General da Capitania, por indicao das Cmaras das cidades e vilas de trs sujeitos dos mais nobres e ricos do
lugar.
Na ento Vila de Curitiba coube a nomeao de Capito-mor de Ordenanas a FRANCISCO
XAVIER PSSARO, com patente que lhe foi passada em 20 de maro de 1721.
Em 1728, o ento Governador da Capitania ordenava ao Capito-mor de Ordenanas que tivessem especial cuidado em prender os malfeitores que a experincia havia mostrado na prtica de
grandes e atrozes delitos e em 1733 ampliavam-se-lhes as atribuies, mandando-se tomar as
armas curtas de fogo, pistolas e facas proibidas.
Em 1766 havia no atual territrio do ESTADO DO PARAN, uma Companhia de Ordenanas
em Paranagu e outra em Curitiba, esta com uma frao destacada em So Jos dos Pinhais, ento
freguesia.
No ano seguinte, 1767, como todas as Foras de Ordenanas da Capitania, as Companhias de
Paranagu e Curitiba, foram incorporadas ao Corpo do Exrcito sob o comando do Sargento-mr
FRANCISCO JOS MONTEIRO, que marchou em socorro da Provncia de VIAMO (Rio Grande
do Sul) braos com a invaso castelhana.
Pode-se, portanto, considerar como primeiro servio de guerra em defesa do territrio esse das
Companhias que formaram os primeiros ncleos policiais do Paran.
Em carta de 5 de fevereiro de 1768 comunicava o Governador da Provncia ao Conde de Oeiras, que as Companhias de Ordenanas se compunham de tantas esquadras de 10 a 15 homens, sob
comandos de Cabos quantos fossem necessrios lotao dos bairros, dependendo tambm o nmero de Sargentos das necessidades dessa lotao.
Subsistindo ainda em 1822 a instituio das Companhias de Ordenanas, aps a Proclamao
da Independncia da Ptria, determinou-se pela Lei de 25 de outubro de 1823 que elas ficassem
sujeitas aos Presidentes das Provncias, no s em relao escolha dos Oficiais como s suas organizaes.
Decadncia
Decadentes, as Companhias de Ordenanas subsistiram at o fim do primeiro imprio, em 1831,
quando foram extintas pela Regncia Trina e substitudos, com as Milcias e pela Guarda Nacional.
Nessa fase conturbada da poltica brasileira, decorrncia da abdicao do Imperador Pedro I, e
com o propsito de fortalecer ainda mais a tranqilidade pblica e auxiliar a justia, a Regncia
sancionou a Lei de 10 de outubro de 1831, criando na Corte o CORPO DE GUARDAS MUNICIPAIS PERMANENTES, a p e a cavalo.
Das Companhias de Ordenanas surgiram as Tropas Pagas, que eram j profissionais remunerados pelos servios prestados.
3. COMPANHIAS DE DRAGES.
Tropas Pagas.
Surgem as Companhias de Drages, composta
em sua maior parte de homens oriundos do reino, bem adestrados e, portanto, mais aptos a impor a ordem interna nas Capitanias.
Quanto s Ordenanas, eis o depoimento:
Estavam, as Ordenanas, limitadas a patrulhamentos locais, rondas e conduo de presos,
afora as desordens que promoviam por conta
prpria. Contudo, constituam uma estrutura hierrquica social que com o tempo formou a base
de nosso desenvolvimento em comunidade.
As Companhias de Drages, oriundas inicialmente de Portugal, assimilaram em forma de
Companhia de Pedestres anexas, as Tropas de Ordenanas em exaurimento, e foram tomando uma
conformao de tropa nativa. Era o advento das Tropas Pagas, soldados profissional organizado
e adestrado de acordo com os parmetros da legislao militar portuguesa, redigida pelo Conde de
Lippe.
Assinale-se que, j na sua gnese, as Foras Pblicas estruturavam-se como organizao militar
e tinham uma dupla funo:
- Civil: era a funo policial rotineira de prevenir e reprimir o crime;
- Militar: era a funo espordica de enfrentamento das insurreies e defesa da Ptria.
Exemplo tpico da primeira funo - a civil era o capito-mor FRANCISCO XAVIER PSSARO (primeiro capito-mor), nomeado para comandar
a Tropa da Vila de Curitiba, patrulhando as ruas,
prendendo malfeitores que praticavam grandes e
atrozes delitos, apreendendo armas (pistolas e facas)
proibidas.
Outro exemplo tpico - o militar - era as Capitanias de Paranagu e Curitiba incorporando suas Foras de Ordenanas, sob o comando do Sargento-Mr
FRANCISCO JOS MONTEIRO, ao Corpo do
Exrcito, que marchou em socorro da Provncia de
Viamo (RS), que estava braos com a invaso
Castelhana.
Esse fato ocorreu em 1767, sendo considerado como o primeiro servio de guerra em defesa do
Territrio Brasileiro, realizado por milcia paranaense.
Em verdade, as Tropas Pagas dos sculos XVII e VIII - as famosas Companhias de Drages e os
Regimentos - so as razes das atuais Polcias Militares de hoje, ou melhor, estas resultam da evoluo, em linha direta, daquelas.
Misso:
Patrulhamento local, rondas, conduo de presos e combate a desordens, sob as ordens do governador da Provncia.
4. REGIMENTO REGULAR DE CAVALARIA.
O Alferes Tiradentes Joaquim Jos da Silva Xavier pertenceu ao Regimento Regular de Cavalaria, da Provncia de Minas Gerais, exercendo a funo de Comandante da 6 Cia.
Nessa provncia era intensa a explorao do ouro e diamantes, os quais eram transportados at a sede do Vice-Reino Rio
de Janeiro para embarque com destino a Portugal.
Misso:
Combater os salteadores de estradas;
Impedir a sonegao das quantidades exploradas;
Impedir o roubo no transporte, e;
Fiscalizar a posse e administrao de escravos.
Convm esclarecer - j que sua origem militar esteve por tanto tempo relegada ao esquecimento, ou causou dvidas por puro desconhecimento, que o Alferes Joaquim Jos da Silva Xavier, o
Tiradentes, jamais pertenceu Companhia dos Drages. Estes pertenciam aos Reais Exrcitos
Portugueses, destacados em MG a servio do Governo da Capitania a partir de 1719, mas sem vnculo direto com a gente mineira.
Decreto-Lei n 9.208, de 29 de Abril de 1946.
(Institui o Dia das Polcias Civis e Militares, que ser comemorado no dia 21 de Abril).
O Presidente da Repblica,
Considerando que entre os grandes homens da histria Ptria que mais se empenharam pela
manuteno da ordem interna, avulta a figura herica do Alferes Joaquim Jos da Silva Xavier
(Tiradentes) o qual, anteriormente aos acontecimentos que foram base de nossa Independncia,
prestara a Segurana Pblica, quer na esfera militar, quer na vida civil patritico servios assinalados em documentos do tempo e de indubitvel autenticidade:
Considerando que a ao do indmito protomrtir da Independncia, como soldado da Lei e da
Ordem deve constituir um paradigma para os que hoje exercem funes de defesa da Segurana
Pblica, como sejam as polcias civis e militares, s quais incumbem a manuteno da ordem e resguardo das instituies:
Usando da atribuio que lhe confere o Artigo 180 da Constituio,
Decreta:
Art. nico Fica institudo o Dia das polcias Civis e Militares que ser comemorado todos
os anos a 21 de abril, data em que as referidas corporaes em todo o pas realizaro comemoraes
cvicas que tero como patrono o grande vulto da Inconfidncia Mineira.
Rio de Janeiro, 29 de abril de 1946, 125 da Independncia e 58 da Repblica.
a.a.) Eurico Gaspar Dutra
Carlos Coimbra da Luz
5. DIVISO MILITAR DA GUARDA REAL
1809 - criao da Diviso Militar da Guarda Real, atual PMRJ, tendo como finalidade prover
a segurana e tranqilidade pblica do RJ.
Perodo Imperial
Com o advento do Imprio no Brasil, vrias transformaes se fizeram na organizao poltica e social do Imprio.
Na estruturao administrativa do Estado recentemente independente, vrias normas legais foram baixadas, adequando-se sua
composio realidade do Brasil.
A Carta de Lei de
10 de outubro de
1831 autorizou a
criao dos Corpos
Municipais, dando
origem a uma nova
fora que foi denominada de Corpos
de Guardas Municipais Permanentes.
Finalidade:
Manter a tranqilidade pblica e auxiliar a justia. Em tempos de guerra constituam a Linha Auxiliar do Exrcito.
O Territrio, em 1836, ainda era a 5 Comarca da Provncia de So Paulo. Nesse tempo,
surgiu a necessidade de garantir e alargar as comunicaes entre as Capitanias de So Paulo e de
So Pedro (RS).
No Paran, foi criada uma Cia. de Guardas Municipais, que foi estacionada na Estrada da
Mata entre as duas Provncias, com destacamento em Palmas e Guarapuava.
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Organizao:
- Um Comandante, e
- 50 Praas.
Misso:
Proteger os viajantes contra agresses de indgenas e de outros
quaisquer malfeitores.
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Antnio Cndido da Cruz Machado, deputado mineiro que elaborou o projeto para o
desligamento da 5 Comarca de So Paulo.
Movimento de Emancipao
Os movimentos pela emancipao do Paran continuavam. Os dois maiores propagadores pela libertao do Paran foram:
Paula Gomes (Francisco de Paula e Silva Gomes), Paula Gomes, tropeiro famoso e hbil violinista, mandava imprimir folhetos e os distribua por onde passava.
Muitas tentativas foram feitas, porm em 29 de agosto de 1853, o movimento separatista saiuse vitorioso, quando a Cmara de Deputados do Imprio, aprovou a Lei n 704, assinada pelo Imperador Dom Pedro II, criando a Provncia denominada de PARAN, desligando a ento 5 Comarca
da Provncia de So Paulo.
Instalao Oficial da Provncia do Paran
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Curitiba em 1855
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O Presidente Zacarias, certificando-se da necessidade de oferecer aos provincianos todas as garantias que precisavam, props Assemblia a organizao de uma fora formada nos princpios bsicos da ordem, da disciplina, da lealdade e com objetivos voltados para a segurana da populao.
Assim, a primeira lei que sancionou foi a de 28 de julho de 1854, que fixou a Vila de Curitiba
como capital da Provncia e, ainda nessa mesma legislatura, foram votados e sancionados mais dezenove projetos, entre eles a Lei n. 7, de 10 de agosto de 1854, que autorizou a organizao da
COMPANHIA DA FORA POLICIAL, a qual veio a ser, de fato e de direito, a primeira organizao policial do Paran:
Fao saber a todos os habitantes que a Assemblia Legislativa Provincial decretou e eu sancionei a lei seguinte:
Art. 1 - Fica o Governo autorizado a organizar uma Companhia de Fora Policial com total
de sessenta e sete homens e soldo constante do Plano junto, assim como a depender o que for necessrio para armamento, equipamento, expediente, luzes, aluguel de casas para quartis da Companhia e destacamentos.
Art. 2 - O Presidente da Provncia far o regulamento necessrio economia, disciplina e
moralidade da Companhia, marcando o modo e tempo de engajamento. Este regulamento ser submetido a aprovao da assemblia em sua prxima reunio, ficando em vigor desde sua publicao.
Art. 3 - Ficam revogadas as disposies em contrrio. Mando, portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execuo da referida Lei pertencer, que a cumpram e faam cumprir
to inteiramente como nela se contm, o Secretrio desta Provncia a faa imprimir, publicar e correr. Palcio do Governo do Paran, em 10 de agosto de 1854, trigsimo terceiro da Independncia e
do Imprio.
2. ORGANIZAO INICIAL DA COMPANHIA DA FORA POLICIAL
O governo atravs da Lei n. 7, de 10 de agosto de 1854, criou a Companhia da Fora Policial
primeira denominao da atual PMPR com um efetivo de 67 homens (oficiais e praas) e soldo
constante do Plano, assim como a depender o que for necessrio para armamento, equipamento,
expediente, luzes, aluguel de casas para quartis da Companhia e destacamentos.
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Plano
Quantos
1
1
1
1
2
1
8
2
50
67
GRADUAO
Capito
Tenente
Alferes
1 Sargento
2 Sargento
Furriel
Cabos
Cornetas
Soldados
Vencimentos
Dirios
700
640
600
560
560
500
Vencimentos
Mensais
60$000
50$000
40$000
21$700
39$630
16$600
38$880
34$700
775$000
1:178$580
Vencimentos
Anuais
730$000
600$000
480$000
260$400
476$160
223$200
1:666$560
416$640
9:300$000
14:152$960
120$000
119$040
1:330$200
15:712$200
A organizao da Cia. da Fora Policial foi moldada no tipo militar, com instruo de caadores. Subordinava-se diretamente ao Presidente da Provncia, nica autoridade que a poderia empregar na manuteno da ordem e no interesse da tranqilidade pblica, e que, tinha por dever atender
as requisies das autoridades policiais, para o fim de fazer efetivos as suas ordens. Sob a vigilncia
dos policiais militares surgiram as primeiras fazendas; diante de sua proteo ergueram-se as primeiras chamins de nossas fbricas e se estenderam os trilhos das primeiras ferrovias rumo ao serto desconhecido; seus homens acompanharam os fundadores de numerosas cidades, assistindo o
seu crescimento e garantindo a segurana da populao.
frisante e sintomtico o fato da Corporao ter conservado, sempre, o carter militar, originrio de sua criao. No correta a concepo de que se militarizou por influncia da Revoluo de
1964, como muitos apregoam.
Alm de a sua criao ter sido alicerada nas tradies seculares de Assegurar a paz pblica e
auxiliar a justia, competia-lhe, de acordo com a legislao vigente, a priso de criminosos, o patrulhamento e rondas nas cidades, vilas e freguesias, estradas, alm de outras diligncias.
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Todos os destacamentos policiais do interior da provncia tambm ficaram a seu cargo, consoante ao disposto no artigo 1 da Lei n 7, de 10 de agosto de 1854, passando seus integrantes a realizar, diuturnamente, o policiamento ostensivo e desempenhar, cumulativamente, atividades de polcia judiciria.
E l, naqueles longnquos lugares, onde a dinmica vida moderna no levara ainda a estrada e o
conforto, j se achava o soldado de polcia. Muitas vezes, era o nico representante do governo; era
o homem mais conhecido e respeitado do lugarejo; o representante da Lei e da Justia; era a palavra
da ordem e da civilizao que, embora de maneira tosca, se fazia entender.
Como vimos, desde aquela poca, a Corporao tinha como exclusividade o exerccio do policiamento ostensivo. Porm, hoje, como frutos de aodamentos, pretendem desviar essa misso
para outra organizao que os policiais militares ajudaram a criar.
Durante muitos anos, somente a Companhia da Fora Policial figurava nas leis oramentrias da Provncia, o que confirma a inexistncia, na poca, de qualquer outro rgo responsvel pela manuteno da ordem pblica.
A Polcia se identificou pelo uniforme que usa. E exercia como at hoje o faz, com mais eficincia a polcia preventiva em toda a sua plenitude, evitando, com a sua presena, a perpetrao
do delito e guardando o emprego de medida repressiva para a ltima instncia.
Como agentes da Lei, seus membros tm tombado no solo sem vida, numa demonstrao inequvoca que a misso policial-militar rdua, complexa, dignificante e pode at mesmo custar o
sacrifcio da prpria vida.
No se encontra no mapa do Estado um lugar onde no haja tombado, em holocausto ao dever,
o soldado de polcia, inscrevendo, a sangue vivo, a odissia magnifica da dor e do sacrifcio nessas
jornadas de todo o dia, obscura verdade, mas de um profundo e belo sentido de defensor da vida e
dos bens da gente laboriosa, das cidades e dos sertes, constantemente ameaados pelo flagelo do
banditismo.
O seu passado, cheio de tradies, est vinculado prpria histria do Paran. E esta ensina, e
confirma, que a Corporao sempre esteve presente e atuante nos momentos decisivos do nosso
Estado, em harmonia com as aspiraes populares e as melhores recordaes do povo paranaense.
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Seu primeiro regulamento foi elaborado por uma comisso de oficiais do Exrcito e entrou
em vigor a partir do dia 05 de dezembro de 1854.
Citamos aqui alguns artigos desse regulamento, que julgamos de interesse histrico:
Art. 3 - O capito comandante e os outros oficiais da Companhia sero de livre escolha e nomeao do Presidente da Provncia, que igualmente os poder demitir ou excluir do servio, bem
como, as demais Praas, tendo para isso motivo justificado pela convenincia da boa marcha da
ordem e servio da Companhia.
Art. 4 - Os oficiais inferiores sero nomeados, promovidos, demitidos ou rebaixados dos postos pelo comandante da Cia., dando de tudo, imediatamente, parte motivada ao presidente da Provncia.
Art. 5 - As praas de pr sero despedidas pelo comandante da Fora, findo o tempo de alistamento, se assim o requererem ou continuaro a fazer parte dela, pelo tempo que de novo quiserem
alistar-se.
Art. 10 - O comandante satisfazer a requisio das diferentes autoridades policiais e criminais, quando essas requisies limitarem a trs ou quatro praas. Ao Chefe de Polcia satisfar a
requisio de qualquer nmero de praas dando logo parte ao presidente da Provncia, quando o
nmero delas exceder o tero da totalidade da Companhia.
Art. 20 - Todas as praas de pr pernoitaro no seu quartel, exceto, porm, as casadas e poucas
outras, as quais por sua conduta, poder o comandante da Cia., sob a sua responsabilidade, consentir
que durmam em suas casas.
Art. 21 - O indivduo que alistar-se na Companhia, prestar juramento aos Santos Evangelhos
de cumprir bem, pronta e fielmente as ordens superiores, concernente ao servio, ser fiel ao governo
e ao sistema poltico adotado no Imprio.
O Art. 22 - trata do uniforme da Cia. e o 23 e seguintes, dos crimes, penas e processos.
O Art. 51 - dizia que o Comandante da Cia. podia, independente de processo, aplicar at 8 dias
de priso com trabalho, dando parte ao presidente. Se a falta fosse em destacamento, o respectivo
comandante, sendo oficial, poderia aplicar 4 dias de priso, comunicando ao comandante o delito,
podendo por o culpado em segurana.
No entanto, toda a vez que o castigo no excedesse de 2 meses de priso com trabalho, o presidente da Provncia poderia mandar aplic-lo, conforme as circunstncias do caso e provas que tivesse do delito, com a diferena que, sendo at um ms, f-lo-ia a seu arbtrio, e, sendo maior, em ordem motivada.
O Art. 52 - conclua expondo que o arbtrio de que tratava o artigo anterior no compreendia a
faculdade de algum aplicar o castigo da CHIBATA, que na Companhia era expressamente proibido.
Esse regulamento funcionou at a Repblica. (mantivemos a grafia da poca)
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3. Efetivo Inicial
Total do efetivo: 67 homens (sendo trs oficiais e sessenta e quatro praas).
Das 64 Praas: um 2 Sargento, dois Cabos e dez Soldados formariam uma Seco de Cavalaria. Esta por sinal, s veio a ter uma pequena organizao com um efetivo de 06 soldados e igual
nmero de cavalos em 1879. Mais tarde denominado de Esquadro de Cavalaria, atualmente, Regimento de Polcia Montada, constituindo-se assim, organizao PM mais antiga da Corporao
paranaense.
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deseres e processos, resolvi substitu-los por Destacamentos da Fora Policial organizada, em geral de modo que a gente que a compe no necessita de to rigorosa disciplina
para comportar-se satisfatoriamente.
A convenincia dessa medida justifica-se no s pelo exame da estatstica criminal de 1854,
onde figurou como autores ou provocadores dos principais crimes, soldados do Corpo da Guarnio
Fixa, como pelo estado satisfatrio em que se acha atualmente a Cia. da Fora Policial que, reunida
na Capital tm podido receber de sua digna comandante e distinta oficialidade, a subordinao e
instruo de que tanto carecia.
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A Cia. da Fora Policial, apesar de diminuta em nmero, tem prestado bons servios Polcia da Provncia.
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Obstculos:
- outras organizaes policiais prestavam servio no territrio da Provncia.
- a Guarda de Pedestre criada pelo Chefe de Polcia Dr. Antnio Manoel Fernandes Jnior, em
15 de abril de 1854, com um efetivo de 9 homens.
- falta de interesse dos provincianos pelo servio das armas, principalmente porque a Cia., havia sido criada nos moldes militar (hierarquia e disciplina).
- Era precrio o estado das finanas, o soldo do soldado era muito baixo.
Efetivo da Companhia:
Inicialmente, a Cia., foi organizada com o ingresso dos remanescentes da Guarda de Pedestre
(abril de 1854) e da Guarda Policial (1834), que haviam sido extintas da Provncia do Paran, pela
lei provincial.
Em janeiro de 1855, a Cia. contava com um efetivo de 36 homens e foi com esse que ela deu
incio as suas atividades de mantenedora da ordem pblica no Paran.
Realizaes:
- conseguiu uma enfermaria com 12 leitos anexa ao hospital do Corpo da Guarnio Fixa de
Curitiba e outra com 4 leitos no destacamento de Paranagu.
- conseguiu o apoio do Dr. Jos Cndido da Silva Muricy, cirurgio do Exrcito (alferes).
- colaborou na confeco do 1 regulamento da Cia.
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Diogo Pinto Homem era Capito do Exrcito Brasileiro, radicado em So Paulo. Foi nomeadas Comandante da Companhia
da Fora Policial em 04 de junho de 1856, com autorizao do
Ministrio da Guerra.
Nessa poca a Companhia contava com apenas 65 homens dos
100 previstos para completo efetivo. Props ao presidente a
transformao da Cia. em Corpo Policial com duas Cias, mas a
Assemblia no aprovou devido pssima situao da nova
Provncia.
Realizaes:
- elevao do soldo do soldado para 10 tostes dirios.
- substituiu os destacamentos da tropa de linha (Exrcito) por
policiais da Cia. da Fora Policial.
- elevou o efetivo para 150 homens.
- conseguiu tornar sem efeito a lei n 4, de 09 de abril de 1856, que autorizava a criao de
Companhias de Pedestres na Provncia.
- criou a Banda de Msica da PMPR (Lei n. 3, de 12 de maro de 1857)
Depois de um ano e trs meses no comando, foi exonerado no dia 14 de abril de 1857, retirando-se para a Corte, indo servir na Provncia de Gois e em 1865, foi nomeado no posto de Ten-Cel,
Comandante do Corpo de Guardas Nacionais da Provncia do Paran.
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Em junho de 1865, foi nomeado para servir nas foras em marcha e operaes contra o Paraguai. Em novembro desse ano foi reformado por sofrer de molstia incurvel que o tornou incapaz
de continuar no servi militar.
Em 1866, foi residir na Provncia de So Paulo.
O Ten-Cel Manoel Eufrsio de Assumpo, nasceu em So Paulo em 20 de fevereiro de 1829 e com a idade de 20 anos ingressou no Regimento de Artilharia daquele Estado.
Era um homem der altos e baixos, de resolues bruscas e repentinas, ora violento e impulsivo, ora alegre e brincalho.
Em 1853, quando o Paran desmembrou-se da Provncia de So
Paulo, envergava a farda de 1 Sargento do Corpo Provisrio da
Guarnio Fixa de Curitiba.
Em 1854, ao ser instalada a Companhia da Fora Policial, foi
nomeado pelo Presidente Zacarias para o cargo de Tenente, seguindo para Paranagu em 03 de abril desse ano, para organizar
o Destacamento Policial. Paranagu foi o primeiro Municpio a
contar com um Destacamento PM.
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Na verdade a informao ao Ministrio da Guerra j havia sido enviado anteriormente, mas fora parar na Provncia do PAR... Durante esse lapso de tempo, o 1 Sargento era promovido a alferes do Exrcito, sendo designado para servir no Batalho de Caadores da Provncia do Mato Grosso.
Em 06 de janeiro de 1856, deixou o comando do destacamento de Paranagu, onde estava serviu de 1854 a 1856.
Sobre o seu deslocamento para o Mato Grosso, o presidente Beaurepaire Rohan dirigiu ofcio
Tesouraria Provincial:
O alferes levaria 162 dias para chegar ao seu destino, tendo em vista que
distncia entre Paranagu e Mato Grosso era de 487 lguas (caminharia
trs lguas por dia).
Era uma viagem no lombo de um animal, mas ele no iria faz-la...
O padre Vicente Pires da Motta que havia assumido a presidncia da Provncia do Paran,
enrgico, insistiu junto ao Marques de Caxias que ele permanecesse nesta Provncia por ser um oficial de sua inteira confiana.
Assim, pelo empenho do presidente Pires da Motta, o alferes Assumpo permaneceu na Provncia do Paran e em 02 de abril de 1857, foi nomeado comandante da Companhia da Fora Policial, comissionado no posto de Capito.
No dia 04 de julho de 1857, contratou o professor Bento Antnio de Menezes para organizar e
dirigir a Banda de Msica, que se apresentou pela primeira vez no dia 7 de setembro de 1861.
Durante a Guerra do Paraguai colaborou na organizao dos primeiros Corpos de Voluntrios
da Ptria, tambm apoiou os policiais-militares que decidiram seguir para o campo de luta.
Em 31 de maro de 1873, foi graduado no posto de Major e em 13 de abril de 1878, foi promovido ao posto de Tenente-Coronel.
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O Ten-Cel Assumpo, foi o oficial que mais tempo permaneceu no comando da PMPR, ficando no cargo durante 24 anos consecutivos.
A falta de pessoal para os servios, atraso no pagamento e a intromisso da autoridade civil nos
assuntos afetos Corporao, levaram-no a protestar com veemncia e, consequentemente, deixar o
comando da milcia paranaense, em fevereiro de 1881.
Faleceu no dia 14 de junho de 1901, com 72 anos de idade.
Em 11 de novembro de 1864, Solano Lopes fecha ao Brasil o acesso pelo rio Paraguai, captura o vapor Marques de Olinda e aprisiona o coronel Carneiro Campos, presidente do Mato Grosso.
Nessa poca a Companhia da Fora Policial da Provncia do Paran tinha apenas onze anos
de existncia e contava com um efetivo de 71 homens.
Recrutamento
Havia a necessidade do recrutamento de paranaenses para a formao dos Corpos de Voluntrios e complementao dos efetivos do Exrcito.
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26
- oficiais.....................03
- Sargentos.................03
- Msicos...................04
- Corneteiros..............04
- Cabos e Soldados... 51
Total..........................65
No perodo da Guerra do Paraguai, a Companhia da Fora Policial era comandada pelo capito Manoel Eufrsio de Assumpo.
27
Antnio Roberto seguiu para a guerra como corneteiro destacando-se com bravura em todos os combates. Foi um dos primeiros
brasileiros a adentrar ao palcio do ditador Solano Lopes em Assuno.
Merc de longa e constante dedicao ao servio, imps-se a estima e conquistou, pela correo de sua atitude, a admirao e o respeito dos habitantes dos lugares onde serviu. Em 1865, o
Brasil entrou na guerra contra o Paraguai, o bravo soldado, correspondendo ao apelo patritico,
apresentou-se como voluntrio a 02 de abril daquele ano, para incorporar-se ao cargo de Voluntrios da Ptria, organizado no Paran. Durante os cinco anos da campanha, praticou servios relevantes e aes de bravura no campo de luta. Foi atacado de clera marbus. Teve participao ativa e
brava em todas as grandes batalhas em que tomou parte sob as ordens de Osrio, Caxias e Conde
dEu, entrando com as tropas vitoriosas em Assuno a 05 de janeiro de 1869. Como heri retornou
as fileiras da milcia paranaense em 17 de setembro de 1871, um ano aps o trmino da guerra. Pela
brilhante faanha, a 10 de julho de 1875, recebeu a MEDALHA DA CAMPANHA GERAL DO
PARAGAUAI (mais alta condecorao do Imprio) criada pelo Imperador Dom Pedro II em 06 de
agosto de 1870, outorgada como recompensa pelos relevantes servios prestados aos combatentes,
na Guerra do Paraguai.
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Fidncio Lemos do Prado a 25 de janeiro de 1865, apresentou-se como voluntrio com destino ao Paraguai, sendo a 08 de
maro, incorporado na 4 Cia., do 27 Corpo de Voluntrios da
Ptria. Participou dos combates de 22 e 24 de maio, onde foi
ferido. Participou em Tuiuti, Tuiaqu, Salce, Curupaiti, Humait, e Lomas Valentinas, na redeno de Augustura e Assuno. Foi elogiado em Ordem do Dia, do comandante das
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foras de Manduvira, por haver com valor, abnegao e constncia, suportado as fadigas de cinco anos de campanha.
No interior, apreciaram a beleza do palcio, sua arquitetura lhes chamava ateno. Seguiram em direo
ao ltimo andar, onde encontraram o gabinete, que era
o escritrio do ditador Paraguaio. Ai encontrou uma
BANDEIRA IMPERIAL BRASILEIRA estendida no
cho, na frente da cadeira do referido ditador servindo-lhe de TAPETE.
O Ten Fidncio Lemos do Prado, levantou-a e a levou consigo. Seriam, talvez, 4 horas
da tarde.
s 5 horas, encontraram trs paraguaios: Romo Braga, Ocalino Banio e Joo Martins, que
faziam parte do piquete que acompanhara o ditador e tinham ficado refugiados nos arrebaldes da
cidade.
Estes ao serem inquiridos como foi que Solano Lopes obtivera aquela bandeira, os trs
afirmaram que quando haviam aprisionado o Vapor Marqus de Olinda, que levava a bordo o
Cel. Carneiro Campos, Governador da provncia de Mato Grosso, foram tiradas duas bandeiras do
Vapor.
Uma delas ficara no quartel de HUMAIT para servir de TAPETE, e a outra viera para o
palcio de Solano Lopes, na Capital, destinada a mesma serventia.
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Muito se tem ouvido falar, porm poucos conhecem a verdadeira histria de bravura e herosmo deste episdio que ajudou a consolidar a Repblica no Brasil. Foram 26 dias de
muita tenso e incertezas. A Lapa ouviu dois sons diferentes
que marcaram o compasso de sua histria.
H mais de duzentos anos o toque do berrante, no ritmo das
tropeadas rasgava os caminhos para conseguir desenvolvimento e prosperidade. H cem anos o rouco som da metralha,
o sibilar das balas, zuniam aos ouvidos daqueles que aqui
ajudaram a escrever a pgina gloriosa dessa histria escrita
com o sangue dos bravos que tombaram em nome de um ideal.
A CAUSA
Aps a proclamao da Repblica em 1889, por foras contrrias aos ideais de Marechal Deodoro o fizeram renunciar
e este entregou o cargo ao ento vice-presidente Marechal
Floriano Peixoto que assumiu a presidncia do Brasil.
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Floriano chegara ao governo em momento crucial, o pas estava entregue a inflao, a atividade econmica exigia crditos e o governo no tinha muitas alternativas, seno, continuar seu
programa de governo. No campo poltico, grande era as dificuldades. Floriano tinha adversrios por
toda a parte. Focos de revoltas sucediam em vrias partes do pas, prises arbitrrias aconteciam e a
imprensa atacava sem trguas. Seu esprito ento o fez enfrentar com mos de ferro as rebelies que
abalavam o governo.
Julio de Castilhos
A confuso no Rio Grande do Sul era intensa. Derrotado nas urnas, os partidrios de Silveira Martins resolveram ento, conquistar o poder pela fora e veio a guerra civil.
PICA-PAUS X MARAGATOS
Desse conflito, ento, surgiram no teatro da guerra personagens como os Pica-paus e os
Maragatos.
Pica-paus, expresso usada pelos federalistas para identificar os republicanos, teve origem do nome, nas faixas brancas a semelhana do pssaro
pica-pau encontradas nos quepes destes militares.
Imigrando para a cidade de So Jos, no Uruguai, muitos participaram do Exrcito Libertador liderado por Gumercindo Saraiva.
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Os Maragatos usavam calas cheias de pregas e ajustadas nos joelhos, amavam o cavalo, a
tenda e a lana. Eram chamados tambm de federalistas ou revoltosos.
O CERCO
Na noite de 14 de janeiro de 1894, comea aquele que seria um dos maiores feitos cvico
militar do Brasil. O Cerco da Lapa.
Foi uma epopia sem paralelos na histria brasileira onde um punhado de homens na maioria despreparados, enfrentando um exrcito de foras superior, mostraram aos seus inimigos toda a
sua coragem e bravura.
Lapa estava literalmente sitiada. Os tiros da artilharia pesada vinham de todos os lados e os
lugares mais visados, eram a praa, o cemitrio e a casa que servia como hospital. Barricadas e trincheiras eram construdas para fazer defesa s aes do inimigo. A cada dia de batalha, a pequena
cidade da Lapa se fragmentava a um amontoado de cadveres e muitos feridos agonizavam a sua
prpria sorte.
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Na noite de 6 para 7 de fevereiro, os federalistas ocupavam as casas da Rua das Tropas e vindo pelos quintais chegaram at a Rua da Boa Vista. Pela manh, nas janelas da casa de Francisco de
Paula, algumas dezenas de federalistas descarregavam seus fuzis sobre a Guarnio da trincheira da
Rua da Boa Vista, quase a queima roupa.
Entre eles, o Tenente Jos Amintas da Costa Barros, bravo comandante do Batalho Floriano
Peixoto, ferindo o Coronel Cndido Dulcdio Pereira, ilustre comandante do Regimento de Segurana do Paran e o General Antnio Ernesto Gomes Carneiro, que na tentativa de salvar o Tenente
Henrique Santos, foi atingido por um projtil que lhe atravessou o estmago e o fgado.
Agonizando nos braos do amigo, o Dr. Joo Cndido Ferreira, lapeano que chefiava o corpo
mdico da resistncia, ainda encontrou foras para levantar o moral da tropa, enviando uma ordem:
O nosso dever continua sendo o nosso princpio e qualquer que seja a
gravidade do meu ferimento, a sua resposta Joo Cndido, deve ser uma s
o ferimento leve.
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Resistamos camaradas, porque ns militares no temos direitos mas apenas deveres a cumprir e os deveres de um soldado resume-se em um nico,
queimar o ltimo cartucho e depois morrer... resistncia, resistncia, resistncia a todo o transe.
Descontentes com os termos da rendio do General Laurentino, Gumercindo Saraiva e Piragibe lavraram uma nova ata assinada por Joaquim Lacerda em sua residncia. O Cerco havia acabado.
O feito e a proeza dos bravos da Lapa trouxeram dias de luto, de dor e herosmo, misturados com horas lentas de bravura e agonia. Momentos de esperana e desalentos.
As notcias da capitulao assinada no dia 11 de fevereiro de 1894, correu por todo o pas
como um rastilho de plvora e comoveram a todos. A resistncia da Lapa constituiu-se como um
dos maiores feitos cvico militar na histria do Brasil.
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MOBILIZAO
DAS FORAS LEGAIS
DO PARAN
Quando Jlio de Castilhos assumiu o governo no Rio Grande do Sul com apoio do Marechal Floriano Peixoto, as perseguies surgiram de todos os lados contra os federalistas, cujas idias
era chegar at o Distrito Federal (Rio de Janeiro) e depor a Repblica.
Incentivado pela revolta da Armada comandada pelo almirante Custdio Jos de Mello,
que tambm pretendia depor o Marechal Floriano e restaurar o regime constitucional, o Partido Federalista, contando com a ajuda de alguns caudilhos que chefiavam grupos irregulares, dentre os
quais destacamos Gumercindo Saraiva, Laurentino Pinto , Piragibe, Juca Tigre, Aparcio Saraiva e
outros.
Os movimentos combinados entre a Revolta da Armada e a Revoluo Federalista demonstravam o grau de entendimento e igualdade de propsito de seus chefes. Os federalistas planejavam
avanar sobre os estados de Santa Catarina e Paran que, desprevenidos, se tronariam presas fceis.
Penetrariam em So Paulo, onde agrupariam todos os elementos anti-florianistas a fim de preparar o
avano at a capital federal.
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Em setembro de 1893, os federalistas, composto por cerca de 3 mil homens, a maioria gente experimentada nas lides revolucionrias do Uruguai, enfrentaram no solo gacho a Diviso Norte, tropa florianista,
atravessaram o Rio Pelotas, invadiram e conquistaram o
territrio de Santa Catarina, ameaando a fronteira do
Paran.
O governo federal tomou a deciso que o avano dos federalistas deveria ser contido em
territrio paranaense, de modo que o governo federal pudesse se preparar convenientemente para a
defesa da Repblica.
MOBILIZAO
DO REGIMENTO DE SEGURANA
DO PARAN
RGO
Estado Maior
Estado Menor
Esquadro Cavalaria
4 Cias de Infantaria
TOTAL
Oficiais
06
03
12
21
E F E T I V O
Praas
Observaes
05
65
68 cavalos
384
Efetivo global
454
-
No dia 18 de setembro de 1893, um contingente do Batalho Patritico, 40 policiaismilitares e outras praas da fora de linha, seguiu para Paranagu para reforar o destacamento que
l se achava sob o comando do major Manoel Vicente Ferreira de Mello.
Na capital, o Batalho de Voluntrios, juntamente com o Regimento de Segurana do Paran (atual PMPR), formaram uma Brigada Provisria, sob o comando do coronel Cndido Dulcdio
Pereira. Essa Brigada foi colocada a disposio do governo federal e em seguida passou a integrar a
Coluna Expedicionria, sob o comando do general Francisco de Paula Argolo.
DESENVOLVIMENTO
DAS
37
OPERAES
Os federalistas (maragatos) j haviam tomado a Ilha do Desterro (Florianpolis) que ficou
sendo a capital da Repblica Federativa.
A Coluna Expedicionria do Paran rumou para o campo de luta, seguindo pela Lapa e alcanando o Rio Negro. Depois, atravessou o Rio da Vrzea. Em 11 de novembro de 1893, achavase em So Bento/SC, onde o general Argolo instalou um governo provisrio, tomando posse do solo
onde pisava, em nome da Repblica.
Ento, chega notcia de que os federalistas avanavam pela estrada da com cerca de trs
mil homens. O general Argolo retrocede para guarnecer o Rio Negro, onde recebeu uma intimao
do general Piragibe, comandante do Exrcito Nacional Provisrio (federalistas), para que se entregasse com a sua coluna, dizendo que ela estava cercada por 1500 homens.
OS PRIMEIROS
COMBATES NO PARAN
No dia 19 de novembro, os federalistas tentaram tomar a passagem do Rio Negro, mas foram repelidos.
No dia 21, um piquete de cavalaria do Regimento de Segurana do Paran, sob o comando do capito Custdio Gonalves Rollemberg, teve
destacada atuao ao travar violentos combates com as foras revolucionrias.
No Rio da Vrzea encontraram a ponte destruda pelos revolucionrios. A mesma foi reconstruda as pressas pelo engenheiro Herclio Luz.
O capito Rollemberg com seu piquete de cavalaria foi designado para permanecer na retaguarda para garantir o avano da tropa. Novamente entra em ao com a tropa inimiga, conseguindo repeli-la, pondo-a em debandada. Sua tropa portou-se com herosmo, calma e bravura.
COMBATE
NO
RIO DA VRZEA
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O CERCO
No dia 13 de janeiro de 1894, os federalistas j se encontravam acampados a quatro quilmetros da cidade. Desde ento, as demonstraes de herosmo e, em pouco tempo, o inimigo percebeu quo difcil seria tomar a cidade da Lapa. Tijucas, Paranagu e Curitiba j haviam capitulado.
Os federalistas recebiam reforos das tropas que tomaram esses locais.
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O Regimento de Segurana, guiado pelo major Igncio, fez uma investida fulminante contra os federalistas e, depois de desaloj-los das matas adjacentes, retomou algumas casas da orla da floresta, numa
luta corpo-a-corpo, readquirindo, tarde, as posies
perdidas.
O capito Clementino Paran, com 22 homens do
Regimento de Segurana, transpondo as trincheiras e
abrigado pelo mato rasteiro, avanou e expulsou os
invasores da estao a tiros e a coices de armas,
quando foi ferido. Uma bala lhe atingiu o ventre. Foi
salvo por um caboclo da regio.
Os combates continuavam. Os federalistas, abatidos, retrocederam, deixando para trs muitos de seus homens mortos e feridos e outros prisioneiros.
Nos demais dias de janeiro, os federalistas bombardearam a cidade com seus canhes
krupp, de sol-a-sol, e noite, com o intuito de levar ao cansao as foras republicanas. A fadiga se
fazia sentir, algumas deseres na Guarda Nacional e nos Batalhes Patriticos.
A Lapa apresentava um aspecto desolador. A munio se esgotava. Faltava remdio, alimentos. O mau cheiro dos corpos era um verdadeiro suplicio. Havia o cansao e todos deviam se
manter firmes de dia e de noite. Com as chuvas, as trincheiras se transformavam em lodaais.
O LTIMO COMBATE
No dia 7 de fevereiro de 1894, acontece o mais violento combate. Era madrugada, quando
se deu o primeiro estrondo. Foi o primeiro tiro, os canhes vomitaram seus projteis pesados sobre
as trincheiras da defesa. Os tiros partiam do cemitrio, do morro do monge e do alto da cruz.
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Do alto da torre da Matriz, o coronel Cndido Dulcdio Pereira, observava o movimento das tropas federalistas, armado com um a manulicher, combatia os sitiantes. Quando
se preparava para sair daquele posto, foi ferido por uma bala
que atravessou o porta-revlver indo alojar-se na bexiga,
achatando-se contra o osso ilaco.
O coronel Dulcdio foi atendo pelo Dr. Joo Cndido, depois conduzido a residncia do coronel Joaquim Lacerda. Antes de dar o ltimo suspiro, dizia aos seus:
s tirar essa dor de minhas costas que eu no bato o rosquete.
Mencionava tambm que, quando melhorasse iria para as trincheiras e que a canseira que
sentia era da cama, mas que havia de se levantar.
s 10 horas do dia 8 de fevereiro de 1894, falecia o valoroso e destemido soldado, comandante do Regimento de Segurana do Paran. Nesse mesmo dia, o coronel Carneiro que fora ferido
quando tentava socorrer outro oficial, por uma bala que lhe atravessou o estmago e o fgado. Faleceu no dia seguinte, quando amanhecia o dia.
O coronel Joaquim Lacerda assumiu o comando da defesa e o major Igncio passou a liderar o Regimento de Segurana do Paran.
A CAPITULAO
Estando toda a tropa florianista cercada pelos trs corpos de exrcito, cujas foras montavam um efetivo superior a trs mil homens, e considerando que:
- No havia possibilidade dos sitiados tentarem qualquer retirada ou continuarem resistindo, por se lhes ter esgotado as munies, vveres e gua;
- No podiam tomar, por faltas de recursos, uma ofensiva;
- Estavam certos de que no poderiam contar com nenhum reforo;
- Cientes tambm que Paranagu, Curitiba e outras cidades do Estado j estavam em poder
dos revoltosos, e que o governador e o general Pego Junior tinham se retirado precipitadamente, o coronel Joaquim Lacerda reuniu os seus oficiais e com eles decidiu que seria
aceita a capitulao. A Ata de Capitulao foi assinada no 11 de fevereiro de 1894.
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AS DEGOLAS
A violao dos compromissos assumidos com a capitulao e a recusa em prestar servios causa revolucionria
era motivos para o imperdovel degolamento. Com essa
finalidade, os piquetes federalistas percorriam os arredores
das cidades cata de fugitivos. A maioria dos oficiais e
praas do Regimento de Segurana conseguiram escapulir
e se refugiar nos sertes e em So Paulo, at se reincorporarem as tropas legais.
O coronel Jos Luiz de Souza Pires, ao assumir o comando concitou energicamente que os
oficiais e praas do Regimento de Segurana deveriam aderir a revoluo contra Marechal Floriano.
Os que se recusassem ou desertassem seriam fuzilados ou degolados.
O major Nolasco, que havia alegado doena foi demitido da funo em 3 de abril, assumindo em seu lugar o cidado Manoel Pereira de Almeida, ex-tenente da PM.
Com a reorganizao do Regimento, este foi transferido para um prdio localizado Rua
Iguau, de propriedade de Jlio Gineste.
RETOMADA DO PODER
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Mensagem
Na Segunda dcada do sculo XX, o Planalto de Santa Catarina foi palco da epopia do
Contestado, considerada um dos maiores eventos j promovidos pelos oprimidos e marginalizados
do mundo.
Por quatro anos, milhares de homens, mulheres e crianas travaram combate, sem trguas,
s condies desumanas a que estavam lanados.
43
O Contestado
Contestado foi o nome dado a regio disputada por Paran e Santa Catarina e situada entre
os rios Negro, Iguau, Uruguai e a fronteira da
Argentina. Nessa regio, de 1912 a 1916, o
exrcito e as foras policiais de ambas as unidades da federao debelaram uma rebelio
sertaneja de considerveis propores que se
tornou conhecida como guerra do Contestado.
A questo dos limites entre Paran e Santa Catarina tem razes
nas expedies paulistas em direo ao Sul, ainda no sculo
XVIII; permaneceu indecisa durante o imprio e agravou-se no
fim do sculo XIX, j sob o regime republicano. Em 1904, o
Supremo Tribunal Federal deu ganho de causa s pretenses de
Santa Catarina sobre a rea em litgio. No entanto, a execuo
da sentena foi embargada, o que provocou agitao em ambos
os Estados.
Caractersticas do conflito
O problema intensificou-se a partir de 1908, com a construo, nessa zona, de um trecho da estrada de ferro So Paulo
Rio Grande. Iniciada por uma firma francesa, a concesso
passou companhia norte-americana Brazil Railway S. A.,
de Percival Farquhar, que em pouco tempo englobou vrias
empresas. Como pagamento, a empresa recebe uma doao
de mais de 6.000 (seis mil) quilmetros quadrados de terras,
cobertas com mais de 15 (quinze) milhes de rvores em
idade de corte. Numerosos trabalhadores (cerca de 2000)
de outros Estados, sobretudo cariocas e pernambucanos, foram levados para a regio.
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45
Tambm conhecido como monge, distinguia-se, contudo do seu antecessor por vrias caractersticas, inclusive pela frouxido de costumes.
Jos Maria tornara-se o novo messias, ao contrrio do andarilho que procedera, inaugura
no Planalto catarinense o messianismo instalado no quadro santo, um acampamento de fanticos,
misto de convento e de hospital. Jos Maria o chefe mstico que aglutina revoltosos armados.
A Luta no Paran.
Acompanhado por seu bando de adeptos, Jos Maria refugiou-se em Irani, no municpio de Palmas, Paran,
onde j tinha vivido anteriormente.
No incio do ms de outubro de 1912, comearam a
chegar as primeiras notcias sobre o movimento dos jagunos chefiados pelo falso monge Jos Maria, que
bem aparelhados promoviam todo tipo de desordens
nos campos de Palmas.
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Jos Maria afirmava que nada tinha contra o governo do Paran e que apenas fugia com
sua gente da perseguio do coronel Albuquerque. Rejeitou, entretanto, uma intimao que lhe foi
dirigida em 20 de outubro de 1912 pelo comandante do Regimento de Segurana do Paran, coronel
Joo Gualberto, para que viesse ao acampamento da fora estadual explicar o motivo da reunio de
gente armada em torno de sua pessoa, porm Jos Maria no reconheceu o valor do bilhete, porque
estava escrito a lpis.
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Combate do Irani
Ao chegar nesta localidade, na manh de 22 de outubro foi a pequena coluna atacada por
um elevado grupo de fanticos, cercando-, obrigaram seus componentes a uma reao herica, na
qual valentemente tombaram o comandante e alguns de seus comandados, ficando outros feridos,
entre eles destacando-se o bravo Sarmento, que ento tinha o posto de Alferes.
Jos Maria foi morto em combate pelo 2 Sargento Joaquim Virglio da Rosa. Os jagunos, superiores em nmero e usando faces, foices, machados e armas de fogo, repeliram a tropa
paranaense.
O coronel Joo Gualberto, com os punhos cortados por vrios golpes de faco, viu-se rodeado por um grupo de uma dzia que discutiam se o matavam ou no. Surgiu ento o assassino
Jos Fabrcio das Neves que tomou a iniciativa, dando-lhe o golpe de misericrdia, produzindo
profundo ferimento frontal, provocando um movimento, instintivo do moribundo levantar os dois
braos para defender a cabea escarnecida e descoberta. Seu corpo ficou irreconhecvel.
Esse episdio, foi o primeiro confronto de uma guerra que duraria 4 (quatro) longos anos. Ficou, historicamente, conhecido como o
Combate do Irani. Por esse fato, a regio do Irani tambm conhecida como o Bero do Contestado.
Cidade Santa
Aps o combate do Irani, o grupo dispersou-se. Surgiu ento a crena de que Jos Maria
no morrera, mas reapareceria numa cidade santa. Tambm os fanticos mortos em combate
ressuscitariam. Criou-se mais uma entidade mitolgica, o exrcito encantado ou exrcito de
So Sebastio.
No incio de dezembro de 1913, formou-se em Taquaruu, municpio de Curitibanos, Santa
Catarina, um novo acampamento, chefiado por Eusbio Ferreira dos Santos homem de bons precedentes, pequeno negociante, crente de monge, que no estivera presente no combate, mas acreditava
firmemente na ressurreio do taumaturgo, tanto mais que, por duas vezes, tinha ele voltado ao
convvio de seus fiis. A neta de Eusbio, a virgem Teodora de 11 anos, vira em sonhos o monge, que em esprito continuava a comandar a luta. Atacado por tropas vindas de Florianpolis, esse
reduto veio a desdobrar-se em mltiplas fortificaes de guerrilheiros e em sucessivas cidades santas, prontas para resistir aos peludos, como chamavam aos soldados do governo. Os seguidores
de Jos Maria usavam fitas brancas no chapu, raspavam a cabea e eram conhecidos como pelados, de modo que a guerra do Contestado ficou conhecida tambm como a guerra dos pelados.
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Os caboclos, com a esperana sobrenatural num reino de paz, prosperidade e justia, defendiam a sua monarquia, termo que para eles tinhas significado diferente do usual, numa concepo mais mstica que poltica. Na Repblica, os fanticos viam apenas o regime em cujas leis se
apoiavam os coronis e as companhias estrangeiras para lhes tomarem as terras. Praticavam entre
si um igualitarismo comunitrio, onde tudo era dado e, se algum vendia, era morto.
A 28 de dezembro de 1913, o arraial de Taquaruu foi objeto de um ataque de tropa federal
e um contingente da fora pblica catarinense. O ataque foi repelido. Nova expedio realizou-se
em fevereiro de 1914, mobilizando uma fora de 750 homens. Os fanticos, vencidos, abandonaram
o reduto, que foi arrasado.
No dia 8 de maro de 1914, ataque ao reduto de Caraguat. Uma epidemia de tifo obrigou
os rebeldes a se retirarem e formar outros redutos; no vale do Timb e na Serra do Tamandu, ainda
em Santa Catarina.
Em agosto de 1914, um dos chefes dos pelados Manuel Alves de Assuno Rocha, lanou um manifesto, no qual se proclamava imperador constitucional da monarquia sulbrasileira.
O Ciclo do Banditismo.
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Adeodato
Alemaozinho
Em ataque a uma serraria da Lumber (Southern Brazil Lumber and Colonization Co., subsidiria da Brazil Railway), em 6 de setembro de 1915, empenham-se em combate com uma tropa do
16 batalho de infantaria, 60 homens, vinda de Vila Timb sob o comando do capito Joo Teixeira
de Matos Costa, promovido a major post-mortem.
Cap.Matos Costa
Com a continuao das investidas dos sertanejos, novos redutos se formavam como pontos
de concentrao e recrutamento: Piedade, Timbozinho, Taquarizal e Santa Maria, este ltimo o
maior e bem mais defendido. No auge do movimento, os rebeldes ocupavam um territrio de cerca
de 28 mil quilmetros quadrados. Alonso chegou a tomar Papanduva e o alemozinho ocupou
Itaipolis e ameaou Rio Negro. Nessa fase, eram respeitados os bens dos que aderiam ou simpati-
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zavam com a causa; as propriedades dos que recusavam a aderir, pelo contrrio, eram pilhadas e
incendiadas.
A ttica adotada pelo general Setembrino foi de encerrar os fanticos num quadrado, norte,
sul, leste e oeste, cercando a rea que ocupavam.
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A 2 de abril caiu o reduto avanado do jaguno Adeodato. No dia 3, o capito Potiguara penetrou em Santa Maria, porm, verificou que estava
cercado. Enviou um bilhete pedindo reforos ao comandante da coluna que esta mais prxima Estilac
recebeu reforo de 2 mil soldados, os quais surpreenderam os sertanejos pela retaguarda. O reduto foi
ento aniquilado.
ltimos Redutos
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O Acordo
A campanha do Contestado custou aos cofres pblicos a quantia de 3 mil contos de ris,
quantia elevadssima para a poca. Encerrada a luta armada, o Presidente da Repblica Venceslau
Brs, juntamente com os governadores de Santa Catarina e Paran, Srs. Felipe Schmidt e Afonso
Camargo, em 20 de outubro de 1916, assinaram o acordo de limites, pondo um fim ao litgio territorial.
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3 Companhia
Comandante - Capito Heitor de Alencar Guimares
Subcmt - Tenente Joo Busse
Subalterno - Alferes Deocleciano Gomes de Miranda
Como fato curioso, destacamos que nessa rea surgiram vrios comentrios contra as Foras de Primeira Linha, inclusive um anspeada do Regimento de Segurana fez apreciaes desairosas sobre as operaes do Exrcito no Contestado, declarando, perante um grupo de sargentos, que a
tropa federal havia sido abatida e que a mesma sorte estava reservada ao Batalho Ttico. Essas
declaraes lhe valeram cinco dias de xadrez, a po e gua, e o rebaixamento definitivo da graduao que ocupava.
54
55
Homenagem aos policiais-militares do Regimento de Segurana do Paran, que participaram na Campanha do Contestado. 1916.
4 Revolues:
Revoluo de 1924
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Bateu-se em Porto Feliz, Botucat e Santo Anastcio, desempenhando com bravura todas
as misses que lhe foram atribudas de modo a merecer vrios elogios do General AZEVEDO DA
COSTA, comandante das foras em operaes contra os rebeldes e das autoridades estaduais daquele Estado.
Combate em Botucatu
Mudando-se o teatro de operaes, para o interior deste Estado, para ali foi encaminhado o
1 Batalho que passou a fazer parte das foras comandadas pelo General CNDIDO MARIANO
DA SILVA RONDON, marchando para GUARAPUAVA, LARANJEIRAS, UNIO e CATANDUVAS. Combateu em BELARMINO, FORMIGUINHAS, COLNIA PARAGUAIA e CATANDUVAS, perdendo vrios de seus componentes, mortos e feridos, entre eles o 2 Tenente JOAQUIM TABORDA RIBAS.
Catanduvas
Colnia Paraguaia
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Guarapuava
Guara
O 1 Batalho s regressou sede em maro de 1925, depois de desbaratados completamente os revolucionrios, tendo desempenhado bravamente as perigosssimas misses que lhe foram dadas, merecendo o comandante SARMENTO, seus Oficiais e Praas, os maiores elogios por
parte das autoridades federais e a cujas disposies serviam.
Revoluo de 1930
A situao que reinava no pas inteiro era de intranqilidade, esperando-se a qualquer momento um movimento revolucionrio. Podia ser no norte, em Minas Gerais ou no Rio Grande do
Sul.
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Diante de to delicada situao, o Comandante resolveu deixar o cargo, e passou o comando ao seu substituto imediato, retirando-se para a sua residncia. A Fora Policial, que at ento se
achava fiel e pronta para defender as autoridades constitudas de nosso Estado, no vacilou diante
da situao imprevista, procurando seu Comandante, entrar em entendimento com as altas autoridades do Exrcito, do qual resolveu aderir o movimento revolucionrio.
Em vista o alto conceito que gozava a nossa Fora, merc das nobres tradies de seu passado impoluto, foi recebida de braos abertos pelas tropas federais a sua adeso, leal e franca ao
movimento revolucionrio.
Da por diante os seus elementos se empenharam com amor e dedicao nova causa, desempenhando misses arriscadas e de responsabilidades, que lhe foram confiadas no decorrer da
luta em todas frentes.
s 07 horas daquela bela manh de outubro, desfilaram em formatura com as demais Foras Revolucionrias, pelas principais ruas de Curitiba, os elementos da brava Corporao recebendo os aplausos
do povo que se regozijava, pelo fato de haver sido
necessrio, travar-se em nossa capital uma luta fratricida, com a adeso da Fora, foi poupada a nossa
bela capital de ser teatro de combates sanguinolentos.
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Nos seus peitos abrasados levavam a ordem de reconhecer a todo transe Itarar e a ocupar
a posio se possvel, era escura noite, mas os caminhos da honra conduzidos pela claridade dos
soldados guiados pela mais pura e mais luminosa das conscincias. No dia seguinte s 08 horas,
chegava a ligao da Cavalaria, trazendo a notcia para ela to honrosa, da ocupao de Sengs.
Este estupendo feito das armas representava uma excurso de trinta quilmetros adentro pela estrada de rodagem em terreno que s se podia encontrar inimigos. Sendo de notar que para a gloriosa
Cavalaria, era completamente desconhecido o terreno que pisava. ( Sublime Exemplo. Marcha Herica do
Livro de Silva Duarte).
Revoluo de 1932
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Consideravelmente aumentada com a criao de seus 2 e 3 Batalhes de Infantaria, quatro Regimentos e dois Esquadres de reserva e constituindo a COLUNA PLAISANT, das Foras
do Exrcito do Sul, sob o comando do General WALDOMIRO CASTILHO DE LIMA, combateu
em Capela da Ribeira, Apia, Guapiara, Capo Bonito, Capela de Santo Antnio e Rio das Almas,
levando sempre de vencida a tropa rebelde at a pacificao completa do vizinho Estado, regressando a esta capital 08 de outubro.
Esta Corporao destacou-se extraordinariamente nas misses pesadssimas que lhe foram
confiadas no decorrer da luta recebendo das autoridades e governos federais e estaduais os mais
estrondosos elogios pela conduta que demonstrou, com admirveis provas de disciplinas e lealdade
registrando neste acervo vrios Oficiais feridos e algumas Praas mortas e feridas em combates em
que tomou parte.
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Graas a sua inquebrantvel linha de energia, que o apangio da Polcia Militar, sempre
ciosa de sua alta misso de mantenedora da ordem e das instituies, ao lado do Exrcito, ao primeiro grito de desordem, conseguiram fazer os masorqueiros e o crime hediondo, com que os inimigos da Ptria pretendiam ferir o corao do povo brasileiro, foi abatido e sufocado aqui no Paran
logo no incio, no tendo, por isso maiores conseqncias.
OS LOUCOS DIAS DE 1935
Ptria tudo se deve dar e nada pedir nem mesmo compreenso!"
Siqueira Campos.
Intentona um termo muito bem aplicado maluquice organizada pelo Partido
Comunista do Brasil, com a participao de numerosos militantes da Aliana
Nacional Libertadora (ANL), esta fechada pelo governo Vargas em julho de
1935.
A supresso gradativa das liberdades pelo governo advindo da Revoluo
pretensamente liberal de 30, colocou no mesmo alvo todos aqueles
inconformados com as respostas repressivas do Estado brasileiro. A
insatisfao, embora diminuta, foi polarizada pelo oportunismo da ANL e,
principalmente, dos bolchevistas que, dando asas aos seus sinistros
objetivos, prepararam uma sedio de seus adeptos em algumas unidades
militares.
Assim, em 24 de novembro, elementos do Exrcito rebelaram-se em Natal, com
pequeno apoio civil; criaram um "Governo Popular Nacional Revolucionrio",
derrubado do poder efmero e baderneiro, em quatro dias pelas foras
legalistas. O levante no Recife ocorreu no dia 24, tendo sido sufocado em
poucas horas.
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Nessa operao participou de maneira digna o ento Subtenente PM Ricardo Jos Coutinho, denunciando s autoridades militares o bando de comunistas chefiados pelo ex-Cel Jefferson
Carlin Alencar Osrio.
O seu desprendimento, coragem e acentuado esprito de iniciativa, valeram-lhe a promoo
ao posto de 2 Tenente por ato de bravura.
Em 29 de junho de 1975, o Comandante-Geral, Coronel Orlando Xavier Pombo, foi agraciado com a Medalha do Pacificador, atravs da Portaria Ministerial n. 8668 e publicado no Dirio Oficial da Unio n. 1467, de 07 de fevereiro de 1966.
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O homem que traz consigo a cicatriz de uma arma bandida um miliciano valente, digno e prestimoso. Estas palavras foram dirigidas em 1915, pelo Chefe de Estado, ao
coronel Joaquim Antonio de Moraes Sarmento PATRONO DA PMPR. E o coronel Sarmento trazia consigo
esta marca que recebeu durante a luta contra os jagunos
fanticos na Campanha do Contestado, em 1912.
Comandos
O coronel Sarmento foi instrutor de tiro, Comissrio, Delegado de polcia e comandou diversas Unidades da Corporao. Foi Tesoureiro Geral do Conselho Econmico, Inspetor da Banda
de Msica, Ajudante da Fora Policial, Fiscal Administrativo do 1 Batalho, Inspetor Geral da
Guarda Civil e Assistente Geral da Fora, cargo equivalente hoje, ao Chefe do Estado-Maior da
PMPR.
Condecoraes
De 1912 a 1926, o Patrono da PMPR, participou de todas as operaes revolucionrias do
Paran e durante este tempo, recebeu muitas condecoraes, dentre as quais destaca-se a MEDALHA DE SERVIOS MILITARES, por ter tomado parte na Campanha do Contestado, outorgada
por decreto governamental em dezembro de 1915.
Reforma e Falecimento
Reformado em 1926, o coronel Sarmento voltou ativa em 1929 e no ano seguinte, 1930 o
Decreto de reverso s fileiras foi anulado, tendo sido definitivamente reformado no posto de coronel. Quatro anos depois, no dia 21 de abril de 1934, data consagrada ao Patrono das polcias Militares do Brasil, falecia o futuro Patrono da PMPR.
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O Batismo de Fogo
Instalados no lugarejo conhecido por Faxinal do Irani, considerado na poca como uma fortaleza natural de difcil acesso para qualquer incurso militar, os jagunos chefiados pelo falso monge
passaram a assaltar vilas, fazendas e povoados na regio de Palmas. Por ordem do governo do Estado do Paran, o Regimento de Segurana foi mobilizado e a tropa partiu no dia 13 de outubro de
1912, sob o comando do coronel Joo Gualberto. O alferes Sarmento tinha sob sua responsabilidade
uma Seo de Cavalaria.
Na manh do dia 22 de outubro a tropa travou combate com as tropas do falso monge, mas
os sessenta e quatro milicianos foram encurralados pelos 400 homens de Jos Maria, tendo que optar por uma luta encarniada para sobreviver, partindo no final para uma luta corpo-a-corpo. Foi
nesse cenrio que o alferes Sarmento teve seu batismo de fogo.
A certa altura do combate, notando que o comandante Joo Gualberto estava na iminncia
de sucumbir. O alferes Sarmento transformou sua espada numa espcie de clava para abrir caminho
por entre os jagunos e salvar o seu comandante. Nessa tentativa recebeu um profundo ferimento
de faco na face, na altura do olho direito. Apesar de gravemente ferido, Sarmento ainda reuniu
foras para incentivar seus companheiros a continuar a luta, caindo posteriormente desfalecido. No
conseguiu salvar o comandante, mas cumpriu deu dever e teve essa satisfao ao saber da morte do
falso monge por um certeiro tiro de revlver desferido pelo 2 Sargento Joaquim Virglio da rosa. O
alferes Sarmento foi tido como baixa no Combate do Irani, mas sobreviveu devido assistncia
que recebera de uma velha sertaneja e no dia 03 de novembro de 1912, retornou ao acampamento de
Palmas.
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A Revoluo de 1924
O 1 Batalho de Infantaria do Paran penetrou no Estado agitado, percorreu Bocaiva, Sorocaba, Porto Feliz, Botucat, da para Sorocaba, at as barrancas do Rio Paran, em Presidente
Prudente.
Combateu em Porto Feliz, Botucat e Santo Anastcio, desempenhando com bravura todas
as misses que lhe foram atribudas de modo a merecer vrios elogios do General Azevedo Costa,
comandante das foras em operao contra os rebeldes e das autoridades. Combateu tambm em
Belarmino, Formiguinhas, Colnia Paraguaia e Catanduvas.
A Polcia Militar do Paran, no dia 17 de maio de 1968, resgatou, da sombra do esquecimento, um dos seus mais ldimos heris de nossa Corporao.
O Comandante-Geral, considerando que o coronel SARMENTO foi incontestavelmente, o
tipo perfeito de cidado e soldado, cujo nome sempre lembrado com respeito, sugeriu, mediante
parecer de uma comisso de oficiais designada para esse fim, ao governador do Estado do Paran
Paulo Pimentel, fosse ele institudo PATRONO da Corporao paranaense.
Para exaltar esse miliciano, cuja fora espiritual inspira nobres propsitos e aes; para que
o conhecimento de sua comprovada bravura e abnegao mais se amplie e, assim, fecunde esperan
as novas; para que, enfim as geraes de hoje e as que viro amanh encontrem este que pela sua
vida tornou-se exemplo para outras vidas, o governador atendeu a sugesto apresentada pelo comandante-Geral da PMPR, Antnio Michalizen e assinou o Decreto instituindo o coronel Sarmento como Patrono da PMPR:
Decreto n 8.871, de 07 de fevereiro de 1968.
O governador do Estado do Paran, usando de atribuies que lhe confere o Artigo 49,
item XVI da Constituio Estadual,
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DECRETA:
Art. 1 - Fica declarado Patrono da Polcia Militar do Estado do Paran, o coronel Joaquim
Antnio de Moraes Sarmento.
Art. 2 - institudo o Diploma comemorativo declarao do Patrono da Polcia Militar
do Estado do Paran, o qual dever ser entregue, na data da declarao, a representante dos familiares do coronel Sarmento, em solenidade cvica.
Art. 3 - o Diploma a que refere o artigo anterior, ser confeccionado em pergaminho e a
mo, no tamanho de trinta por quarenta centmetros, onde sero inscritas as palavras:
O governo do Estado do Paran confere o presente Diploma aos descendentes do bravo e valoroso coronel Joaquim Antnio de Moraes Sarmento, na data em que declarado Patrono da Polcia Militar do Estado do Paran.
rfo, ainda menino, estudou as primeiras letras com sacrifcio, mas demonstrando vivacidade e inteligncia. Conviveu com seu
padrinho, Sebastio Ferreira Leito, que era licenciado em cirurgia,
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Poderia ter sido a prpria residncia do primeiro comandante, o primeiro quartel da Companhia a Fora Policial?
No dia 29 de novembro de 1854, anunciou no jornal Dezenove de Dezembro um edital
convocando os primeiros voluntrios para ingressarem na Companhia da Fora Policial:
O Capito comandante da Cia., convida a todas as pessoas que quiserem engajar voluntariamente para o servio da Cia. hajo de comparecer na casa de sua residncia
Rua Direita n. 08 (atual 13 de Maio), a fim de proceder-se ao respectivo contacto.(mantido a grafia da poca)
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Em 1860, o governo provincial adquiriu a referida casa por trs contos e quinhentos
mil ris, a fim de transform-la, provisoriamente, em mercado municipal, j que este vinha funcionando precariamente no ptio da prpria Igreja Matriz da cidade, hoje Catedral Metropolitana de Curitiba.
Nesse ano, CURITIBA era uma povoao pequena e insignificante. Como diziam os cronistas da poca no passava de uma pugilo de casas, mal alinhadas, separadas uma das outras
por cercas de tbua e extensos muros de pedra e taipa. As residncias eram num total de 308,
estando 52 em construo. Trs sobrados somente dominavam a casaria trrea da cidade.
2 Quartel da PMPR (Rua do Comrcio/ Rua Ipiranga atual Marechal Floriano com
Deodoro)
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9 Quartel da PMPR
A nica e imperdovel conseqncia dessa mudana foi o extravio de vrios documentos
histricos da Corporao. Com a retomada do poder pelas tropas florianistas, em 10 de maio de
1894, o aluguel dessa casa passou a ser pago pelo Governo Federal, at maro de 1895, quando a
despesa passou a correr por conta de errio do estadual.
Apesar do grande esforo que fizeram para concretizar esse ideal, somente no ano seguinte
o Governador do Estado, Dr. Francisco Xavier Da Silva, doou um velho prdio que servisse de
Quartel, cuja mudana realizou-se no dia 01 de fevereiro de 1896.
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O edifcio, localizado no mesmo terreno, rua Marechal Floriano Peixoto, 1401, onde hoje
se ergue o Quartel do Comando Geral, da PMPR, sofreu contnuas modificaes e reformas em
sua estrutura, at chegar ao atual prdio de nossos dias.
1916
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1949 Oficiais
1916
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O avio tinha as seguintes caractersticas: marca de fabricao BOREL, tipo monoplano-hiplace, equipado com motor GNOME de 7 cilindros, com 80 HP.
No estando ainda os Sargentos habilitados para pilot-lo, foi contratado o piloto civil LUIZ BERMANN.
Assim, a aeronave pioneira no Paran, voou pela primeira vez, no dia 17 de fevereiro
de 1918, no prado do GUABIROTUBA que, neste dia, estava superlotado pelos curitibanos, sem
faltar s autoridades civis e militares.
Foi ali que ele foi tambm batizado com o nome de SARGENTO, pela primeira dama
do Paran - esposa do Presidente do Estado, como uma justa homenagem aos inferiores que leva-
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ram adiante a idia aventada de aquisio da possante arma de guerra, como comentavam os
jornais da poca.
O jornal Dirio da Tarde, de 18 de fevereiro daquele ano comentando a
solenidade diz: Em seguida a colocao da faixa com o nome do monoplano, quela distinta senhora, enchendo uma taa de champanhe e aps tomar
um gole, virou o lquido sobre o aparelho a tambm quebrando a taa.
A Banda de Msica da Fora Militar, imediatamente executou entusisticos
dobrados, enquanto a multido delirantemente vivava o galhardo aviador
Bermann que da a pouco deveria galgar o espao, empolgando-a.
No entanto, com a criao da Escola Paranaense de Aviao, cujo fim principal era o de
ministrar o ensino da aviao militar e na qual foram matriculados, de preferncia, Oficiais e Sargentos da Polcia Militar, o Cmt Geral resolveu ceder Escola o aeroplano SARGENTO, a fim
de que pudesse iniciar suas atividades.
Ao fazer essa cesso, disse o Cmt-Geral: Esta cesso no seno um complemento dos
patriticos intuitos dos dignos inferiores do meu comando, que angariando o aeroplano para a
Fora Militar, visou a aprendizagem de seus camaradas que iro em breve tempo prestar eficaz
concurso ao glorioso Exrcito Nacional, de quem somos auxiliar imediatos.
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Em 11 de janeiro de 1919, os Sargentos Higino Perotti e Miguel Balbino Blasi, concluram o curso e receberam das mos do Almirante Garnier, o BREV de piloto-aviador. Foram os
primeiros paranaenses a conquistar um brevet de aviador.
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Como poeta ele foi um sonhador. Como militar foi um heri. A aviao - sonho de Jlio
Verne concretizado por Santos Dumont - estava naquela poca (1920-1921) ensaiando os primeiros passos e bolindo com o crebro de muitos jovens entusiastas e corajosos.
Voar fora o sonho de caro. Voar era agora o sonho de quase todo mundo.
Joo Busse no poderia ficar indiferente. Coragem ele a possua de sobra. Arrojo, j o
havia demonstrado em vrias campanhas. Fora de vontade...Ha! Quem no teria vontade de voar?...Voar como pssaro...Dominar o cu e a terra...Elevar-se sobre as demais criaturas num aparelho construdo pelo homem e, l do alto apreciar a terra, desafiando os poderes fsicos da lei da
gravidade?...
O tempo passado em estudos e experincias no vizinho Estado foi aproveitado em seus mnimos instantes. Fruto devido unicamente ao seu esforo foi o xito alcanado em seus exames
finais. Contudo no se contentou o Cap Busse com o BREVET de aviador. Quis mostrar ao povo
de sua terra que no fora em vo o seu esforo.
Desejava voltar a Curitiba, pilotando um avio e sobrevoar a cidade, para que todos pudessem admirar o pssaro gigantesco controlado pelo homem.
Queria demonstrar de forma concreta o aproveitamento obtido no curso a que se submetera. Vaidade? - No!
O Cap Busse, aps conquistar o BREVET de aviador, queria regressar pilotando ele prprio um avio, desbravando os ares de So Paulo at Curitiba, a fim de evitar que essa honra, viesse futuramente a cair em outro que no um filho da terra dos pinheirais.
Constituiria essa excurso area uma homenagem aos dois Estado vizinhos. No entanto,
em virtude de ser o raio de ao de seu aparelho relativamente pequena, a travessia deveria ser
executada em trs etapas: Itapetininga - Itarar - Curitiba.
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s nove horas e cinqenta minutos, portanto, apenas decorridos do incio da jornada quinze minutos, altura de Idaiatuba, a dois mil e duzentos metros de altitude, o motor comeou a falhar, obrigando-o a uma aterrissagem forada perto da cidade, depois de planar cerca de cinco minutos em demanda a um campo antecipadamente escolhido, na emergncia. Reparado o motor,
alou vo, no dia seguinte, at Itapetininga, etapa prevista. Reiniciada a viagem alcanou Bury,
tendo j vencido 100 quilmetros. Descontrolou-se novamente o motor, devido um defeito na distribuio de leo. Executou o pouso, glissando, tendo o aparelho, ao aterrar, ido de encontro a um
cupim.
O Presidente do Estado do Paran tomou vrias providncias no sentido de ser prestado assistncia ao aviador que deveria ser transportado para Curitiba.
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Comandante da PMPR
Assumiu o comando da Policia Militar do Estado do Paran, no dia 29 de janeiro de 1891,
comissionado no posto de coronel.
Mudou a sede do quartel (03/02/1891) para um prdio prprio do Estado, onde organizou uma seo de
cavalaria.
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Em dezembro de 1891, a corporao passava por uma situao precria, presa aos moldes
de ao antiquados e j superada e, por conseguinte, ineficientes.
Com o apoio do Major Fiscal Joo Fernandes, o Coronel Dulcdio reestruturou a Policia
Militar, dando-lhe o nome de Regimento de Segurana do Paran, atravs da lei do dia 5 de julho
de 1892:
- Constituiu um Estado Maior (oficiais) e um Estado Menor (sargentos);
- Constituiu quatro companhias de infantaria;
- Constituiu um Esquadro de Cavalaria;
- Constituiu a Banda de Msica.
A Policia Militar do Estado do Paran foi impresso novas normas de ao, o regulamento
foi modificado, aparelhando-a de acordo com as exigncias prementes da evoluo e do progresso
do Estado e deu-lhe real significao de rgo permanente destinado a manter a ordem pblica,
dando a paz e tranqilidade dos cidados e garantindo a plena execuo das leis, com organizao
militar.
- Elevou o efetivo para 454 homens;
- Organizou o Conselho Econmico. (aplicava as economias para armamento, equipamento, arreamento etapas e forragem do Regimento).
Revoluo Federalista
Devido situao em que se encontra o pas, tendo em vista a iminncia da Revoluo que
organizava no Rio Grande do Sul, o Regimento de Segurana do Paran, entrou em rigoroso regime
de prontido. Assim que comeou a revolta o Paran mobilizou as suas Foras policiais e organizou
tropas civis para auxiliar na defesa das instituies do pas.
O Dr. Vicente Machado criou um Batalho Patritico 23 de novembro, composto por patriotas e funcionrios pblicos estaduais. No dia 29 de setembro de 1853, o Batalho Patritico foi
aquartelada do junto ao Regimento de Segurana. Juntos, passaram a constituir uma Brigada Provisria, sob o comando do Coronel Dulcdio.
No dia 23 de outubro essa brigada foi colocada a disposio do governo federal, passando
a fazer parte da Coluna Expedicionria do General Argolo, que, no dia 30 desse ms marchou com
destino a Santa Catarina, a fim de conter a marcha dos federalistas.
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Passaram pelo Rio Negro, Rio Preto e chegaram a So Bento em territrio catarinense.
Juca Tigre avanava pela Estrada da Mata em direo ao Rio Negro. Isso colocava em srio perigo a coluna que para no ficar entre dois fogos retorna em direo a linha de Rio Negro.
Aparcio Saraiva e Joaquim Ourigues, comandantes federalistas tambm avanavam com
sua tropa pela estrada de Ambrsio-Tijucas, o que vinha agravar situao. O General Argolo decide
retirar-se para a linha do Rio da Vrzea.
A situao piorava tendo em vista que a tropa federalista era composta por 3 mil homens,
enquanto que a Coluna Expedicionria tentava conter o avano com 400 homens.
Da, a coluna retirou-se para a cidade da lapa e a fixou o ponto de resistncia, enquanto
aguardava reforos que chegavam a tempo.
O General Argolo foi substitudo pelo Coronel Antnio Ernesto Gomes Carneiro, que ao
assumir o comando, mesmo diante das dificuldades, ordena a resistncia a todo custo.
Raia o ano de 1894 e o cerco da Lapa se fecha cada vez mais. Avanos e recuos. Atos de
bravura sem contrapropostas de rendio so enviadas ao Coronel Carneiro, mas continua resistindo.
07 de fevereiro de 1894.
Foi o dia do grande ataque. O Coronel Carneiro recebera notcias atravs do Coronel Dulcdio de que a qualquer momento aconteceria o mais resoluto ataque por parte do inimigo com a
inteno de quebrar a resistncia.
Alta madrugada do dia 7 de fevereiro, soou o primeiro tiro de canho, outro... E mais outros partidos do cemitrio do morro do monge e do alto da cruz. Era o ataque do dia 7 de fevereiro.
Lourentino Pinto, Aparcio Saraiva, Torquato Severo, Piragibe e outros comandavam 3 mil
revolucionrios que postados nos quintos das casas das ruas da tropa, Boa Vista e Alto da Lapa,
irromperam contra as trincheiras da defesa da Lapa.
Do alto da torre da Matriz, Dulcdio observava o movimento das tropas federalistas, comunicando Carneiro o
que via, e armado com sua manulicher, rechaava as
sitiantes e caava os ajudantes de ordens e outros cavaleiros que se adiantavam da sua posio.
Estava no final de sua observao e se preparava para a afastar-se daquele posto que se
tornava cada vez mais perigoso. Foi nessa ocasio ferido por uma bala, que atravessando o seu porta-revlver e o talim foi alojar-se na sua bexiga, achatando-se contra o osso ilaco.
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Antes de dar o ltimo suspiro, dizia aos que o cercavam: s tirar essa dor de minhas
costas que eu no bato o rosquete.
s dez horas do dia 8 de fevereiro expirava o comandante do Regimento de Segurana do
Paran.
Dulcdio portou-se bravamente, lutando em todas as fases das operaes, enaltecendo sempre sua vida de soldado disciplinado e bravo, dignificando a corporao paranaense, que defendeu
com o sacrifcio da prpria vida.
Antes de falecer, havia sido promovido ao posto de Capito do Exrcito, por ato de bravura.
Dulcdio, imagem imorredoura, espelho tradicional do cumprimento do dever, em vida, legou as reais dignificantes exemplos. Como uma justa homenagem ao coronel Dulcdio, em 1968 a
Polcia Militar colocou o seu nome ao Esquadro de Cavalaria, que recebeu com grado o seu nome:
Regimento Coronel Dulcdio.
Uma das Ruas de Curitiba leva o seu nome: Cel. Dulcdio.
Medalhas:
Criada em 06 de maro de 1961, pela Lei n 4.340, em ouro, prata e bronze, para premiar
os cadetes que concluem o Curso de Formao de Oficiais da Polcia e Bombeiros Militares, em 1,
2 e 3 lugar, respectivamente.
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Em 1893, tomou parte nas operaes contra a revolta da Armada que havia aderido o movimento revolucionrio federalista.
Mais tarde veio para o Paran, onde se casou com Leonor de
Moura Brito.
Retornou ao Rio de Janeiro, onde se formou engenheiro militar com a turma de 1901.
Retornou a Curitiba, passando a servir no 13 Regimento de
Cavalaria.
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Realizaes:
- Melhorou o nvel intelectual do regimento;
- Passou a ministrar instruo de infantaria e cavalaria do exrcito para os homens da corporao;
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Dali enviou um piquete de cavalaria composto de 22 homens comandados pelo alferes Joo Busse, com destino ao Faxinal do Irani, a fim de estabelecer contato com os fanticos de Jos
Maria.
No dia 19, resolveu seguir rumo ao Irani com o restante da tropa. Mas devido a interferncia do Chefe de Polcia, marchou somente com 44 homens. No dia 20, alcanou a cavalaria e acamparam no lugar conhecido como Caadorzinho. Dali redigiu um ultimato ao monge:
Senhor Jos Maria:
Deveis comparecer a este acampamento com a maior urgncia, a fim de me
explicardes o motivo da reunio de gente armada em torno de vossa pessoa,
alarmando os habitantes desta zona e infringindo as leis do Estado e da Repblica.
Caso no atenderdes a esta intimao, que me ditam o cumprimento do dever e
o sentimento de humanidade, comunico-vos que dar-vos ei desde logo franco
combate e a todos os que forem solidrios convosco, em verdadeira guerra de
extermnio, a fim de fazer voltar a esta zona do Estado, o regime da ordem e
da lei.
Avisai a todos que vos acompanham, que os considerarei criminosos si no
comparecerdes vos ao meu acampamento a fim de evitar uma terrvel desgraa.
Comunico-vos ainda, que alm das foras minhas que vos sitiam por vrias estradas, outras expedies perseguem tambm, tornando-se dessa forma impossvel a vossa fuga ou resistncia no territrio nacional.
No caso de vossa resistncia as minhas imposies, deveis retirar com urgncia as mulheres e crianas que ai estiverem. (extrado do livro Trs Histrias e Duas
Vidas Davi Carneiro)
Um vaqueiro do lugar levara esta mensagem a Jos Maria. Como a resposta do monge foi
negativa e no havendo alternativa, o coronel Joo Gualberto partiu com a tropa no dia 21 de outubro, em seu encalo.
Na madrugada daquele dia, ao transpor um riacho, a nica metralhadora que a tropa conduzia caiu na gua, molhando todas as fitas de munio. Recolocaram no cargueiro e prosseguiram
viagem, sem levar em conta esse acidente, aparentemente sem importncia, mas que iria se revelar
com toda a gravidade.
Na manh do dia 22 de outubro, deu-se o sangrento encontro da pequena fora do Regimento de Segurana que contava com um efetivo de 66 homens contra os fanticos que estavam em
nmero superior a 400. O combate foi renhido. Os jagunos aramados com vrios tipos de armas
saiam de todos os lados. O Regimento foi tomado de surpresa, mas no se intimidou, mas num relance a tropa viu-se envolvida num inferno de fogo.
Homens caam ao solo... O coronel Joo Gualberto continuava firme no seu posto de comando, tentando pessoalmente colocar a metralhadora em funcionamento. Vendo que no consegui-
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ria abandonou-a e empunhando um mosqueto disparava contra o bando. Sua espada estava no cavalo.
Seu pedido de socorro foi em vo, o Chefe de Polcia desprezou-os e a tropa miliciana
caiu nas mos dos fanticos, aps herica resistncia.
O coronel Joo Gualberto junto a uma cerca, com as vestes rotas e ensangentadas pelos
ferimentos recebidos, tendo o mosqueto na mo direita, defendia-se com o brao esquerdo, vendo
aproximar-se o momento pico para morrer pelo Paran.
Perdia fora com a perda de sangue, desceu a crista do morro em direo a barroca que
existia atrs de uma palhoa, sempre se defendendo at que caiu:
Com os punhos todos cortados por vrios golpes de faco, viu-se rodeado de
fanticos que discutiam se o matavam ou no. Surgiu ento o assassino Jos
Fabrico das Neves que tomou a iniciativa dando-lhe o golpe de misericrdia,
produzindo profundo ferimento no frontal, provocando um movimento, instintivo
do maribondo levantar os dois braos para defender a cabea encarnecida e
descoberta. Seu corpo ficou irreconhecvel.
No dia 27 de outubro seguiu um pequeno contingente para o Irani, a fim de socorrer os feridos e exumar os mortos.
O corpo do coronel Joo Gualberto foi reconhecido por sua esposa dona Leonor, atravs de um anel que trazia consigo num dos dedos de uma das mos.
No dia 30 de outubro foi armada a cmara ardente no edifcio da prefeitura municipal de Palmas, para velar o corpo do
coronel Joo Gualberto. No dia seguinte
o corpo foi levado numa carroa para
Unio da Vitria, da partiu para Curitiba
num vago de trem preparado para esse
fim.
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Chegara o dia da inumao, 7 de novembro o cortejo agora vai pela Dr. Muricy, XV de
Novembro, 1 de Maro e Praa Tiradentes onde o monsenhor Celso Itiber da Cunha fez as exquias do corpo presente.
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Promoes:
- Dezessete dias aps ter verificado praa, foi promovido graduao de anspeada.
Acesso ao Oficialato
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Sua f-de-ofcio registra uma srie de triunfos conquistados todos eles a golpe de energia e
perseverana.
Sua Morte
Entre tantas comisses que participou, em 1929 foi nomeado delegado de polcia em Bom
Retiro (Clevelndia) e em 1930 assumiu as delegacias de Rebouas e Irati.
Aps o trmino da Revoluo Constitucionalista, em 12 de outubro de 1932, foi nomeado
delegado de polcia em Tibagi, continuando assim, as perigosas diligncias na caa de famigerados
bandidos que infestavam as cidades paranaenses. E, foi numa dessas atividades, que no dia 05 de
fevereiro de 1933, o Ten JOO PINHEIRO foi assassinado por trs indivduos, infratores da lei.
Pereceu no cumprimento do dever, deixando para a gerao futura um belo exemplo, digno
de imitao, pois a ordem, em defesa da qual perdeu a vida, continua a ser mantida a todo custo,
queiram ou no os transviados da lei.
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O Tenente Nicolau Jos Lopes, nasceu na Provncia de So Pedro, no Rio Grande do Sul
em 1835, na Vila de So Gabriel. Foi considerado o mais valente Oficial do seu tempo.
Ao ser instalada a Provncia do Paran, ingressou, a 13 de maio de 1854, na Guarda de
Pedestre de Curitiba, criada pelo Dr. Antnio Manoel Fernandes Jnior, Chefe de Polcia (hoje
Secretrio de Segurana), como medida acauteladora para conter a onda de banditismo que infestava a ex-5 Comarca de So Paulo.
Entretanto, essa Guarda teve uma existncia efmera, pois assim que a Companhia da Fora Policial atual PMPR, iniciou suas atividades, ela deixou de existir, tendo seus antigos membros
sido aproveitados, em sua maioria, na nova milcia paranaense.
Nicolau Jos Lopes ingressou na Corporao, no dia 1 de outubro de 1854, tendo sido o
primeiro cidado provinciano a envergar a farda de Policial-Militar.
Como Soldado esteve destacado na zona litornea, onde se destacou na captura de perigosos assassinos e ladres fugitivos de So Paulo, os quais aproveitando a situao oriunda da reorganizao da nova Provncia do Imprio, cometiam os mais srios desatinos em quase toda a faixa
do litoral paranaense.
Promoes:
- Cabo 1 de fevereiro de 1855;
- Furriel 1 de outubro de 1855;
- 2 Sargento 09 de dezembro de 1856.
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Nasceu em Curitiba, em 1870. Trabalhou quando jovem, como tipgrafo do jornal A Repblica, onde conheceu Romrio Martins,
Emiliano Perneta, Vicente Machado entre outros ilustres figuras paranaenses.
Revoluo Federalista
O Regimento de Segurana do Paran, colocado disposio do Governo Federal, incorporou-se a Brigada comandada pelo General Francisco de Paula Argolo, indo para a
fronteira do Estado de Santa Catarina, a fim de combater
os revoltosos procedentes do Rio Grande do Sul, que pretendiam invadir o Paran.
Na vila Rio Negro, o Cap Clementino Paran, tomou parte no primeiro combate, contra as
tropas revolucionrias. Dois dias depois, no Rio da Vrzea, cortou a retirada dos revoltosos, colocando-os entre dois fogos, fez muitos prisioneiros, outros pereceram afogados.
Mais tarde, na legendria cidade da Lapa, o bravo Capito
revelou outra vez sua coragem no campo da luta. Tomou
parte de todos os combates travados em sua trincheira, durante o stio e at o dia em que foi ferido, portando-se com
herosmo, sendo sempre o primeiro na luta e no se afastando do perigo. Num daqueles dias, no comando de uma
frao de tropa de sua unidade, assaltou a estao da es-
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Aps ter a cidade capitulada, no dia 11 de fevereiro de 1894, o Cap Clementino Paran,
conseguindo escapar; mais tarde apresentou-se ao comandante do Regimento e mesmo ainda no
estando completamente curado dos ferimentos, foi nomeado Chefe da Praa de Morretes.
O Cap Clementino Paran, retornou as fileiras do Exrcito, passando a integrar o 39 Batalho de Infantaria. Em 1897, voltou ao campo de batalha, na Campanha de Canudos, contra os
fanticos do Conselheiro, onde reafirmou suas belas e valorosas qualidades, sendo louvado pela
sua bravura, valor e abnegao, coragem e sangue frio.
Retornou a Curitiba, onde foi recebido como heri, recebeu flores e foi conduzido erguido
nos ombros pelas ruas, recebendo tambm a MEDALHA AO MRITO.
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Quando irrompeu a Revoluo Federalista no Sul, apresentou-se voluntariamente e comissionado no posto de Alferes, incorporado ao 3 Batalho de Infantaria, partiu em fevereiro de 1894,
em direo ao Sul. Chegou em Curitiba em setembro de 1894.
Participou ativamente no combate Revoluo Federalista em 1894, na defesa da Repblica.
Quando era 1 Tenente, foi convidado pelo Governador do Paran - Carlos Cavalcanti de
Albuquerque - e comissionado no posto de Major, organizar e comandar o Corpo de Bombeiros,
criado pela Lei n. 1.133, de 23 de maro de 1912. No dia 08 de outubro de 1912, instalou oficialmente o Corpo de Bombeiros, dando incio as suas atividades em todo o Estado Paranaense.
Com a morte do Cel Joo Gualberto, nos campos do Irani, o Governador convocou-o para
ser o Comandante-Geral do Regimento de Segurana, comissionando-o no posto de Coronel.
Aps trs longos anos de lutas contra os fanticos, a ordem foi restabelecida e o Cel Fabriciano passou a dedicar-se meta administrativa.
Principais realizaes no Comando:
- Adquiriu as primeiras viaturas;
- Criou a Medalha de Mrito, para os que se destacassem em Campanha;
- Criou a DAL;
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Em 1911, foi para o Rio de Janeiro para adquirir materiais Corporao e quando retornava daquela cidade, em viagem para Santos, faleceu repentinamente a bordo do Vapor JPITER,
no dia 1 de maio de 1911.
Oriundo das fileiras do Exrcito ingressou na Corporao no posto de Capito, quando contava apenas com 23 anos de idade,
sendo o mais jovem oficial a ocupar este posto na milcia paranaense. Foi um dos grandes destaques na Campanha do Contestado,
quando comandou o Batalho Ttico. Foi tambm o primeiro
Oficial da Corporao a ser nomeado para o cargo de Comandante da Fora Policial do Estado (PMPR). Em 1918 deixou o cargo e foi residir nos Estados Unidos. Faleceu em 1950,
no Estado do Rio de Janeiro.
Participou da Revoluo Federalista e em 1902, devido seu precrio estado de sade foi reformado, estava com 78 anos de idade
e ia ficar desamparado, mas o Governador levando em conta os
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Nasceu nos Estados Unidos da Amrica em 1871. Veio para o Brasil ainda jovem, passando a residir no Paran, onde exercia a profisso de barriqueiro, muito em voga na era do ouro e
erva-mate. Ingressou nas fileiras da Corporao em 1895. Sua asceno na caserna foi rpida. Em
poucos anos era Sargento Ajudante e em 1898 era promovido a Alferes. Participou da Revoluo
Federalista e da Campanha do Contestado. Faleceu em 1923, quando exercia o cargo de Delegado
de Polcia em Antonina, vtima de molstia adquirida por ocasio da sua participao nos combates.
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Em 1914, foi equiparado aos demais Oficiais em deveres e obrigaes, passando a ocupar a
funo de Inspetor da Banda de Msica.
Servios em Campanha:
Composies:
- Hino de Glria, em louvor ao Paran;
- Cntico de Natal cano oficial da PMPR (em 1980, a cidade da Lapa a oficializou
como seu hino);
- Hino do 2 Regimento de Artilharia Montada;
- Cano do 1 Batalho de Infantaria (hoje 1 BPM).
Promoes e Realizaes:
Em 1917, quando ocorreu a reorganizao (Decreto 473/1917) e deu nova denominao ao
antigo Regimento de Segurana, o Maestro Suriani foi sensivelmente prejudicado em seus direitos
ao ser extinto o cargo de Inspetor da Banda de Msica, sendo inclusive excludo do Estado Maior
da Corporao, passando a condio de extranumerrio.
No ano seguinte, considerando os reais servios que vinha prestando em benefcio da Banda de Msica, foi proposto ao posto de 1 Tenente, equiparando-o aos demais Oficiais.
Em 1928, por ter havido com toda a lealdade e disciplina, mereceu o posto de Capito Regente da Banda de Msica.
Em 1930, fundou a Sociedade Sinfnica de Curitiba e inaugurou o Jazz de Curitiba.
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Em 1936, foi elogiado pelo Interventor Federal do Paran, Manoel Ribas e em 1940, organizou a Banda de Clarim do 5 Regimento de Cavalaria Divisionria.
Por iniciativa do Interventor do Paran, em 1938, autorizou o seu seguimento para a Itlia
a fim de divulgar a msica brasileira na Europa.
Troxe muitas fotografias e recortes de jornais para provar o xito de sua ida a Itlia. Naquela poca no se cogitava o rompimento das relaes entre Brasil e Itlia.
Incidente:
Dias aps seu regresso, no recinto do Caf Brasil , na Rua XV de Novembro, ocorreu um
incidente entre o Capito Suriani e o 1 Tenente Carlos Pereira Filho. Por sua ida a Europa o Maestro passou a ser acusado de facista.
No final de 1939 a Inglaterra e a Frana declararam guerra contra a Alemanha e a Itlia .
Aqui no Brasil, em 1942, nas guas costeiras houve alguns atentados contra a soberania, cometidos
pelos piratas do eixo, com o afundamento de cinco navios de nossa frota mercante.
Todos os estrangeiros da Alemanha e da Itlia, residentes no Brasil, passaram sob severa
vigilncia das autoridades.
Em 1942, o Interventor Federal do Estado, obedecendo as instrues do Ministro da Justia e Negcios do Interior, resolveu dispensar o Maestro Suriani das funes que exercia na Fora
Policial, pelo simples fato de ter nascido na Itlia. Assim, quando estava regendo a Banda de Msica durante o ensaio regulamentar, o Cap Augusto de Almeida Garret, comunicou-lhe o fato.
O Maestro no esperava ser excludo, por isso ficou muito surpreso.
Com lgrimas nos olhos e acabrunhado pela iniquidade do fato, despediu-se dos msicos e
retirou-se para sua residncia. Foi excludo sem nenhum direito de defesa e pecunirio.
Morreu em 1943, esquecido, doente, no recebeu nenhuma homenagem post-mortem.
Em 1944, baixou-se um Decreto, tornando sem efeito a sua excluso das fileiras da Fora
Policial do Estado. O erro foi reconhecido muito tarde, o Maestro j no existia mais. Est esquecido at hoje.
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Guerra do Paraguai:
Na organizao dos Corpos Voluntrios da Ptria, teve papel de destaque no recrutamento
de soldados.
Reforma:
1877 - foi reformado por contar com 20 anos de bons servios prestados a Corporao.
Continuou na funo at a contratao de outro Maestro.
Era Capito da Guarda Nacional e Alferes Mestre de Msica do Corpo Policial da Provncia do Paran. Faleceu em 1902, com 72 anos de idade.
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Mais tarde voltou a sua lida na caserna e em 1897, foi promovido ao posto de Tenente.
Em 1899, comissionado no posto de Coronel, veio comandar o Regimento de Segurana.
Realizaes:
- Comeou o sistema de carga do material;
- Fez a instalao do gs acetileno no quartel (aboliu os lampies);
- Organizou o Uniforme, Armas e Equipamentos: 50 arreios completos, 5 mil cartuchos
para fuzil, 50 espadas, 4 metralhadoras Maxim, 50 revlveres com munio, 100 barracas e 30 mil
cartuchos para metralhadoras.
- Em 1900, construiu a oficina de carpintaria;
- Em 1901, inaugurou dentro do Quartel o prdio - Edifcio do Banheiro, destinado aos
Oficiais, Inferiores e Praas;
- Criou o Batalho de Infantaria, que passou a ter vida ativa em 1 de maro de 1900;
- Inaugurou o Rancho, em 30 de abril de 1901;
- Efetivou a instalao da luz eltrica no Quartel, em 1902;
- Efetuou uma reforma completa nas dependncias do Quartel;
- Adquiriu uma ambulncia (trao animal) em 1904;
- Efetuou a compra de mais de 200 animais para o Esquadro, em 1901;
- Conseguiu contar o tempo em dobro para os militares que participaram da Revoluo
Federalista;
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Meios:
O servio de Bombeiros era realizado por pessoas voluntrias e era feito de acordo com os
recursos disponveis.
Extino:
A Sociedade foi extinta em 1901, pela precariedade dos recursos.
Primeira Fase:
O primeiro passo que se deu no Estado para o Servio de Bombeiros na Capital, data da
Lei n. 679, de 27 de outubro de 1882, onde se determinou que a Corporao policial tivesse instruo de bombeiro e fosse provida do material necessrio a essa atividade.
Na Lei Oramentria para 1895, foi o Governo autorizado a criar uma Seo de Bombeiros, anexa ao Regimento de Segurana, provida do material respectivo.
Essa autorizao foi renovada na Lei de 08 de maro de 1906, fixando-se em 100 as Praas
da Seo, sob o comando de um Capito, com 03 Oficiais subalternos e determinando-se que ela
auxiliasse o servio de policiamento da Capital.
Ainda em 1908, na Lei n. 752, de 21 de maro, foi renovada a autorizao, que foi tornada
de carter permanente em 1909, na Lei n. 854 de 23 de maro.
Finalmente, a Lei n. 1.133, de 23 de maro de 1912, criou o Corpo De Bombeiros do Estado, com vencimentos, direitos e deveres de seus elementos, iguais aos do Regimento de Segurana, tendo sido regulamentado pelo Decreto n. 639, de 17 de junho do mesmo ano.
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Segunda Fase:
Foi incorporado Fora Policial em virtude da disposio do Art. 7 da Lei n. 1.761, de 17
de maro de 1917, por Decreto n. 473, de 09 de julho de 1917, com organizao de Companhia de
Bombeiros e Pontoneiros.
Voltou ao carter de Independente, com a constituio de Corpo, com duas Companhias,
na Lei n. 2.547, de 03 de maro de 1928, sendo desanexado pelo Decreto n. 324, de 10 de abril do
mesmo ano.
Ainda em 1928, no Decreto n. 666, de 21 de maio, tomou nova organizao, com Estado
Maior, Estado Menor e duas Cias.
Incorporado Fora Policial, para fins militares em 02 de junho de 1931, passou dela a fazer parte integrante, como Batalho de Sapadores Bombeiros, com as partes administrativas e tcnicas independente do Comando da Fora Policial.
Desligado da Fora por Decreto n. 134, de 15 de janeiro de 1932, voltou denominao
de Corpo de Bombeiros em Art. 2 do Decreto 452, de 24 de fevereiro do mesmo ano.
Em Decreto n. 1505, de 25 de junho de 1932, embora com Comando isolado, passou a jurisdio do Comando da Fora Policial, para ser empregado em servio de guerra, do qual foi dispensado em 18 de dezembro do ano seguinte, por terem cessado os motivos de sua utilizao naquele servio.
O Decreto n. 86 de 18 de janeiro de 1934, disps que a Corporao de Bombeiros, continuando o seu carter de isolado, tivesse seus elementos sujeitos justia militar da Fora Policial,
ficando reduzido a uma Companhia, vedada as transferncias entre uma e outra Corporao. Nesse
mesmo ano foi excludo do acordo que o Estado firmou com a Unio em 15 de fevereiro de 1934,
passando a no ser considerado como fora auxiliar do Exrcito Nacional.
Passou administrao do Municpio da Capital, em Art. 4 da Lei n. 73, de 14 de dezembro de 1936, devendo seu quadro de Oficias ser preenchido com Oficiais da Fora Policial, em comisso.
Reverteu administrao do Estado, continuando independente e com seu quadro de Oficiais da Fora em comisso, em Decreto n. 8.713, de o8 de outubro de 1938.
Tem a organizao de Companhia e em Decreto-Lei n. 1.149, de 13 de junho de 1941, foi
mandado que se lhe aplicasse novamente o disposto no Decreto n. 86, de janeiro de 1934.
A partir de 1949, voltou a ser parte integrante da Polcia Militar, permanecendo at os dias
de hoje, de conformidade com a Constituio Estadual de 05 de outubro de 1989.
Misso:
A misso do Corpo de Bombeiros, na forma constitucional, est voltada prestao de servios de preveno e combate a incndios, buscas, salvamentos e socorros pblicos (pessoas e
bens), alm de outras formas, tais como a execuo das atividades de Defesa Civil.
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Denominaes:
1) Centro de Preparao Militar
A Lei n 63, de 20 de fevereiro de 1948, decretada pela Assemblia Legislativa do Paran e sancionada pelo governador Moyss Lupion, criou o CPM. ( publicado no Bol do CG n 41, de 20 Fev
1948)
2) Centro de Preparao Profissional
A Lei n 1642, de 05 de janeiro de 1954, decretada pela Assemblia Legislativa do Estado do Paran e sancionada pelo governador Bento Munhoz da Rocha Netto, mudou a denominao para CPP. (publicado no Bol do CPP n 48, de 27 Fev 1954)
3) Centro de Formao e Aperfeioamento
Pela Lei n 2526, de 09 de dezembro de 1955, decretada pela Assemblia Legislativa do
Estado do Paran e sancionada pelo governador Adolpho de Oliveira Franco, passou a ser denominado de CFA. (publicado no Bol do CG n 2, de 02 Jan 1956)
Histrico
O Centro de Preparao Militar foi instalado pelo coronel Dagoberto Dulcdio Pereira,
em 1948, quando era comandante-Geral da PMPR.
O primeiro comandante do Centro de Preparao Militar (atual APMG), foi o TenenteCoronel Jos Scheleder, nomeado pelo decreto n 2162, de 24 de maro de 1948.
A primeira Turma de cadetes que funcionou no CPM a partir de 1951, denominou-se
CFOC Curso de Formao de Oficiais Combatentes.
A aula inaugural da primeira turma de cadetes da PMPR, foi proferida pelo major, professor e Dr. Fellipe de Sousa Miranda, numa das salas de aula da Escola Regimental, s 08:00 horas
do dia 1 de maro de 1951.
O coronel Antisthenes Miranda de Moraes Sarmento, era o comandante do CPM, quando do incio da primeira turma de cadetes da PMPR, em 1951.
A primeira turma a formar-se, foi a de 1953, que ficou conhecida como a Turma Centenrio do Paran .
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O ESPADIM TIRADENTES
O Espadim Tiradentes, arma smbolo do Cadete da Polcia Militar do Estado do Paran, recebeu este nome como uma homenagem perene que todas as milcias do Brasil prestam ao ilustre
JOAQUIM JOS DA SILVA XAVIER, o Tiradentes, patrono de todas as Polcias Militares, pelos
grandes e relevantes trabalhos prestados a Nao, pois suas idias de patriotismo, nacionalismo e
democracia sobrevivem em nossos dias.
Quando os exrcitos passaram a ser munidos com armas de fogo, as espadas ficaram de uso
restrito aos comandantes como smbolo de suas responsabilidades na conduo de suas tropas.
na Rssia dos Czares que vamos encontrar a origem do Espadim, Alexandre III, Comandante do Exrcito Russo, mandou que o armeiro fabricasse alguns ESPADINS, pequenas espadas de
ao decoradas em marfim e bronze.
Estes espadins representando o cerco vitorioso a Barna, traziam um punho encimado pela figura da deusa mitolgica Vitria, segurando grinalda com o monograma do Czar, os quais eram
distribudos aos Prncipes do Imprio para que usassem at estarem aptos a exercer funes de comando.
O Museu do Klemlim em Moscou ainda possui um modelo fabricado em Zalost, no ano
de 1829.
Com o casamento de Nicolau, filho de Alexandre III, com a Princesa Alex, neta da Rainha Vitria da Inglaterra, o costume de usar o Espadim pelos jovens aristocrticos, filhos de nobres
nas escolas militares, foi introduzido na Europa, estendendo-se para todas as Academias Militares
mantendo-se esta nobre tradio at nossos dias, nesta cerimnia solene, quando as Academias recebem novos Cadetes, que passaro a integrar a Polcia Militar.
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8. POLCIA MILITAR DO ESTADO DO PARAN, que lhe foi conferido pelo Decreto-Lei n. 544, de 17 de dezembro de 1.946.
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08. (V ) Francisco Xavier Pssaro, foi o primeiro Capito-mr nomeado para a Vila de Curitiba, em
1721.
09. (F ) A defesa da Provncia de Viamo/RS, em 1777, pode-se considerar como sendo o primeiro
servio de guerra, em defesa do territrio brasileiro.
10. (V ) As Companhias de Ordenanas deram origem as Tropas Pagas no Brasil.
11. ( V ) Em decorrncia da abdicao de Pedro I e com o propsito de fortalecer ainda mais a tranqilidade pblica e auxiliar a justia, a Regncia Trina sancionou a Lei de 10 de outubro de 1831,
criando na Corte o Corpo de Guardas Municipais Permanentes, a p e a cavalo.
12. (V ) No territrio paranaense, em 1836, foi estacionada na Estrada da Mata, uma Companhia de
Municipais Permanentes, com destacamento em Palmas e Guarapuava.
13. ( V ) Os Corpos de Guardas Municipais Permanentes tinham como misso proteger os viajantes contra agresses de indgenas e de outros quaisquer malfeitores.
14. (V ) Os Corpos de Guardas Municipais Permanentes, foram as Corporaes que deram origem
as atuais Polcias Militares do Brasil.
15. ( V ) Pela Constituio Federal de 1934, as corporaes passaram a denominar-se Polcia Militar.
16. ( V ) A atual PMPR, passou a denominar-se Polcia Militar, a partir de 1946.
17. ( V ) a atual PMPR, criada em 10 de agosto de 1854, com a denominao de Companhia da Fora Policial, em 1892, passou a denominar-se Regimento de Segurana do Paran.
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24. ( ) Na Constituio de 1988, a Polcia Militar foi inserida no captulo da Segurana Pblica
25. (V ) - Paula Gomes e Correia Jnior, foram os dois maiores propagadores pela libertao
do Paran.
26. (F ) No dia 19 de dezembro de 1853, ocorreu a instalao oficial da Provncia do Paran.
27. (V ) O primeiro presidente da Provncia do Paran foi Zacarias de Ges e Vasconcellos.
28. (V ) Curitiba tornou-se oficialmente VILA, em 29 de maro de 1693.
29. (V ) Curitiba foi fixada como capital em 1854.
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64. (V ) A herica resistncia da cidade da Lapa, durante a Revoluo Federalista, ficou historicamente conhecida como o Cerco da Lapa.
65. (V ) Contestado foi o nome dado a regio disputada por Paran e Santa Catarina por
questes de limites de terra.
66. (V ) O problema do Contestado intensificou-se com a construo da estrada de ferro ligando So Paulo ao Rio Grande do Sul e a conseqente invaso das terras de proprietrios j estabelecidos na regio de Santa Catarina.
67. (V ) Jos Maria era o falso monge que passou a liderar o caboclo sertanejo expulso de
suas terras na regio de Santa Catarina.
68. Nome verdadeiro do falso monge Jos Maria.
__Miguel Lucena de Boa Ventura___________________________________________
69. (V ) Jos Maria e seus seguidores formaram inicialmente o Arraial do Taquaruu, prximo ao Municpio de Curitibanos, em Santa Catarina.
70. (V ) O movimento dos caboclos em Taquaruu, foi denunciado pelo coronel Francisco
Albuquerque, que dominava essa regio.
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71. (V ) Aps Ter resistido ao fogo de artilharia, em Taquaruu, Jos Maria e seu bando foram se refugiar em Irani, na poca territrio do Paran.
72. (V ) Na regio dos Campos de Palmas, os jagunos chefiados por Jos Maria, bem aparelhados promoviam todo o tipo de desordens.
73. Comandante do Regimento de Segurana que tombou morto no Combate do Irani.
CEL. JOO GUALBERTO________________________________________________
74. (V ) Jos Maria foi morto no Combate do Irani, sendo abatido pelo 2 sargento Joaquim
Virglio da Rosa.
75. (V ) Jos. Fabrcio das Neves, foi o jaguno que desferiu o golpe de misericrdia contra o coronel Joo Gualberto, no Combate do Irani.
76. (F ) Cidade Santa era assim denominado os redutos dos fanticos do Contestado.
77. (V ) A menina Teodora, neta do caboclo Euzbio Ferreira dos Santos, vira em sonhos o
monge Jos Maria, que em esprito comandava a luta dos caboclos do contestado.
78. (V ) A Guerra do Contestado ficou conhecida tambm como a Guerra dos Pelados.
79. (V ) A lder espiritual do reduto de Caraguat, era a virgem Maria Rosa de 15 anos de
idade.
80. ( F ) Adeodato foi o ltimo lder dos fanticos do Contestado a ser preso e aps sete
anos na priso, ao tentar fugir foi morto.
81. (V ) Batalho Ttico, foi a tropa organizada na Corporao do Paran, sob o comando
do major Benjamin Augusto Lage, para atuar em conjunto com o Exrcito, no combater os fanticos do Contestado na regio conflitada.
82. (V ) Durante os conflitos da Revoluo de 1924, a PMPR organizou o 1 Batalho de
Infantaria, que sob o comando do capito Sarmento, combateu os revoltosos em So
Paulo.
83. Nome do Patrono da PMPR.
_ Joaquim Antonio de Moraes Sarmento ___________________________
84. (F ) O dia do Patrono da PMPR comemorado todos os anos no dia 17 de maio.
85. (V) O batismo de fogo do coronel Sarmento, deu-se durante o Combate do Irani, quando
foi ferido por um golpe de faco na altura do olho direito.
86. Nome do Patrono das Polcias Militares do Brasil.
_JOAQUIM JOSE DA SILVA XAVIER______________________________
87. (V ) O Dia do Patrono das Polcias Militares do Brasil comemorado todos os anos no
dia 21 de abril.
88. (V) O primeiro Quartel da PMPR, localizava-se no Largo da Ponte, atual Praa Zacarias.
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89. ( V ) O segundo Quartel da PMPR, na poca, localizava-se nas esquinas das Rua do
Comrcio com Rua do Ipiranga.
90. (V ) Durante a ocupao do Paran pelos federalistas em 1894, o Regimento de Segurana foi reorganizado com a denominao de Regimento Policial.
91. (V ) A mudana da Polcia Militar para o prdio atual, na Rua Marechal Floriano Peixoto, deu-se no dia de fevereiro de 1896.
92. (F ) O primeiro Quartel do Corpo de Bombeiros da PMPR, localizava-se onde hoje se
encontra a Biblioteca Pblica do Estado, na Rua Cndido Lopes, em Curitiba.
93. (V ) O primeiro avio do Paran, foi adquirido pelos sargentos da PMPR.
94. (V ) O primeiro avio do Paran denominou-se Avio Sargento, assim denominado
pelo ento primeira dama do Estado.
95. (V ) O primeiro paranaense a obter um Brevet de aviador, foi o capito Joo Busse da
PMPR.
96. (V) O avio sargento voou pela primeira vez em Curitiba, no dia 17 de fevereiro de
1918, levantando vo no prado do Guabirutuba.
97. (V ) O trs Planaltos no Braso da PMPR representa tambm as trs raas que colonizaram o Estado do Paran.
98. (V ) A ave colocada na parte superior do Braso da PMPR, o falco Nhapecami.
99. (V ) A primeira denominao da atual PMPR, foi Companhia da Fora Policial.
100. (V ) Na poca do Cerco da Lapa e Combate do Irani, a atual PMPR denominava-se
Regimento de Segurana do Paran.
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125. (V) A primeira organizao de bombeiros no Paran, apareceu em 1897 com a denominao de Sociedade Teuto-Brasileira de Bombeiros Voluntrios.
BIBLIOGRAFIA
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