Jackson de Figueiredo - Biografia Pelo CDPB
Jackson de Figueiredo - Biografia Pelo CDPB
Jackson de Figueiredo - Biografia Pelo CDPB
PENSAMENTO BRASILEIRO
JACKSON DE FIGUEIREDO
(1891/1928)
Bibliografia
e Estudos Crticos
SALVADOR
1999
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APRESENTAO
SUMRIO
BIOGRAFIA E BIBLIOGRAFIA ............................................. 00
ESTUDOS SOBRE JACKSON DE FIGUEIREDO .................... 00
ESTUDOS CRTICOS ............................................................. 00
JACKSON DE FIGUEIREDO
Dom Sebastio Leme ......................................................... 00
A DOUTRINA DA ORDEM
Antnio Carlos Villaa ...................................................... 00
ESTUDO SOBRE O PENSAMENTO REACIONRIO
Francisco Iglsias .............................................................. 00
INTRODUO A CORRESPONDNCIA DE JACKSON
DE FIGUEIREDO
Jos Barreto Filho ............................................................. 00
O PROCESSO DE FORMAO DO TRADICIONALISMO
POLTICO NO BRASIL
Antnio Paim .................................................................... 000
BIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
dos
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Jackson
de
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Recife: Of.
(Confernca
intelectuais
Ja ckson de
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_____. Jackson de Figueiredo, o jornalista. In: FIGUEI REDO, Jackson de. In Memoriam. Rio de Janeiro:
Centro Dom Vital, 1929. p. 161 -169.
GOMES, Jurandir. A confisso de Jackson de Figueiredo.
Jornal de Alagoas, Macei, 10 nov. 1928.
_____. Jackson de Figueiredo. A Ordem, Rio de Janeiro, v.
18, p. 274-281, marc. 1938.
GOMES, Osas. Reminiscncia. In: FIGUEIREDO, Jackson
de. In Memoriam. Rio de Janeiro: Centro Dom Vital,
1929. p. 260-263.
_____. _____. In: FIGUEIREDO, Jackson de. In Memoriam.
Rio de Janeiro: Centro Dom Vital, 1929. p. 260 -263.
GOMES, Perillo. Ensaio de crtica doutrinria. Rio de
Janeiro: Centro Dom Vital, 1923.
GOMES, Perillo. Jackson de Figueiredo; doutrinrio
poltico. Rio de Janeiro, 1926. 142 p. (Cole o Eduardo
Prado, C).
_____. Jackson de Figueiredo: o apologista. A Ordem, Rio
de Janeiro, v. 9, n. 1, p. 190 -203, jan./jun. 1929.
_____. _____. In: FIGUEIREDO, Jackson de. In Memoriam.
Rio de Janeiro: Centro Dom Vital, 1929. p. 74 -87.
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ESTUDOS CRTICOS
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cionalismo. comportamento que tem muito de romn tico, todo um quadro de valores no culto do passado, da
terra, da virtude, do herosmo, da dedicao.
O tradicionalista ou restaurador ignora ou quer
negar que h um processo que leva permanente
mudana: v a realidade de maneira idlica, perfeita e
bela que no deve ser alterada. Negando-se a aceitar ou
no reconhecendo o movimento, pensa em termos de
uma filosofia que supe eterna, livre do tempo ou do
ambiente. Como a realidade que lhe dado viver no a
que idealizou, condena-a como erro, desvio da verdade,
loucura dos homens. E passa a combat-la, a fim de
restaurar o que lhe parece certo. Para ele, absurdo a
pretenso de igualdade, uma vez que os homens so
naturalmente desiguais; existe ento uma hierarquia,
com diferentes atribuies a cada um, em sociedade em
que h os que mandam e os que obedecem. Os movimentos pela liberdade parecem-lhe no s perigosos
como falsos frutos de tica viciada, vistos antes como
libertrios, libertinos ou liberticidas.
A ideologia da ordem conservadora, quer
perpetuar um estado de coisas que lhe parece encerrar
toda a verdade; como um mundo em que vive j no
apresenta essa situao, reacionria, luta contra ele,
quer voltar ao passado. H paradoxo no caso: no culto
da tradio, dos elementos que informaram o processo
de uma cultura, de um povo ou de uma nao, a
ideologia volta-se para a histria, qual atribui valor
por vezes absoluto: no reconhecendo a mudana,
entretanto, nessa viso esttica, anti-histrica. O tra65
vai ganhar consist ncia at apresentar-se como reivindicante a vez do proletariado, que cresce em nmero
e em fora, chegando a organizar -se e a ter aspiraes
polticas, j em nosso sculo.
Os fatores de mudana, de natureza social e
econmica, no so levados em cont a nas explicaes
dos tradicionalistas. Falta-lhes a compreenso desses
aspectos da realidade, s vezes nem sequer referidos.
Citam, como fontes de desagregao do mundo,
reformadores e filsofos, sem levar em conta que essas
obras j so fruto de transfor mao social de base, em
que o quadro histrico se altera. A insensibilidade para
o social e o econmico decorre da aceitao de uma
filosofia que tida como perfeita e, como tal, imutvel.
No percebendo as transformaes e sua natureza,
insurgem-se contra o estado de coisas em que vivem,
que no o que lhes parece justo. E entregam-se ao
combate, ou apenas se alienam de tudo, com a recusa
distante do que existe ou a atitude polmica, to
freqente neles, sempre anunciadores de catstrofes, de
que o mundo perdeu o rumo, de que est prximo do
fim.
Como verdadeira causadora de mudanas da
sociedade que , a revoluo francesa dividiu os
homens. Na sua aceitao ou na sua recusa h todo um
programa. Assinalando o acesso da burguesia ao poder,
ela estabelece ou procura estabelecer o sistema liberal.
O constitucionalismo assinala o fim do Estado dirigido
pelo monarca absoluto: agora h uma lei que rege os
povos, qual todos devem submeter-se; o povo participa
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extremismo. Se tem uma ideologia, ideologia pequeno burguesa, com programa de reformas. moralista,
denuncia as prticas da poltica profissional, contra a
explorao, fala em direitos do trabalhador, mas no
chega a explicitar muito nenhuma dessas crticas. Seus
momentos mais significativos, quando se aproxima do
amadurecimento, so em 1929 e 1930, quando se
prepara a revoluo que derruba a velha Repblica e
instaura novo regime. Como j se est em outra poca,
alm da que nos ocupa, que a que serve de pano de
fundo ao de Jackson de Figueiredo, dispensamo -nos
de analisar o assunto. De 1922 a 1928 o tenentismo
ainda est longe de saber direito o que quer.
Procurando a sntese para compreender a ao de
Jackson de Figueiredo, temos que lembrar como era
morna a atmosfera geral do pas em que ele cresceu e se
formou, arrastando-se na mediocridade a literatura, a
religio e a poltica. Como se escreveu, a dcada de 20
altera esse ambiente. No ano de 1922, com a Semana de
Arte Moderna, assiste-se ao movimento modernista, que
vai modificar a inteligncia nacional; fundado o
Partido Comunista; Jackson de Figueiredo funda o
Centro Dom Vital, que, juntamente com a revista A
Ordem, tambm por ele criada, no ano anterior, vai ser
o incio de longo processo de vitalizao do catolicismo;
tambm de 1922 o surgimento, no plano da ao, do
tenentismo, que traduz as inquietaes e o desencanto
de expressivos setores do Exrcito ante a prtica poltica
do pas, corrente que vai marcar rumos e ser em parte
responsvel pelos sucessos de 1930.
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A obra
No estudo da obra de Jackson de Figueiredo
devemos destacar os escritos e os movimentos que
inspirou e conduziu. Entre os escritos, h os de natureza
literria e as meditaes sobre temas sociais e filo sficos. Quanto aos seus livros de literatura, lembrem-se
os de poesia (Bater de Asas, 1908; Zngaros, 1910;
Crepsculo Interior, 1918), os estudos crticos (Xavier
Marques, 1913; Garcia Rosa, 1915; Humilhados e
Luminosos, 1925; Auta de Sousa, 1924; Durval de Morais e os poetas de Nossas Senhora, 1925), o romance
(Aevum, 1932), alm de ensaios sobre temas literrios
em outros livros (Afirmaes, 1921; Literatura
Reacionria, 1924) e na correspondncia. Dos estudos
filosficos, dois so consagrados a Farias Brito ( Algumas Reflexes sobre a Filosofia de Farias Brito ,
1916, e A Questo Social na Filosofia de Farias Brito,
1919) e outro Pascal e a Inquietao Moderna (1922).
A obra que mais nos interessa, para fixao de
seu perfil de pensador poltico e esclarecimento de sua
posio ideolgica, a que debate problemas do dia ou
questes de doutrina social e poltica. Destacam-se
sobretudo Do Nacionalismo na hora presente, 1921;
Afirmaes, 1921; A reao do bom senso, 1922; Literatura Reacionria, 1924; A coluna de fogo, 1925, alm
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equipado para o ofcio. Seu estilo, vigoroso na polmica, no tem a garra do escritor. Compreende -se bem
essa deficincia quando se atenta na sua falta de
formao literria, evidente na escolha dos temas e na
relao dos autores que admirou, na qual encontramos
muita figura menor, ao lado de juzos pouco felizes
sobre autores de relevo. Seu entusiasmo pelo poeta
sergipano Garcia Rosa e por alguns outros pode ser
explicado pela amizade. Considerou expressivos Auta de
Sousa e Durval de Morais, poetas sinceros mas dbeis.
Os juzos crticos sobre os nossos romnticos ou sobre
Machado de Assis no revelam agudeza, alm de serem
prejudicados pela ideologia. O mesmo se pode dizer da
posio que assumiu frente ao modernismo: os rudos da
Semana de Arte Moderna e os trabalhos de seus corifeus
no lhe despertaram simpatia. No compreendeu o
movimento, no viu seu alcance. A literatura anticon vencional que faziam no era a literatura que ele fazia
ou amava. Colocou-se contra no s por esse motivo,
mas tambm por ver no modernismo a rebeldia contra a
ordem, aspecto do combate tradio feito em outros
campos, e, como tal, devendo ser condenado. Era a
favor do clssico, no da criao livre pretendida pelos
modernos. Acresce que equvoca a idia que tem de
arte, na relao que estabelece entre arte e moral. Ainda
bem que no embarcou, por sectarismo, no elogio da
literatura catlica vulgar: a nossa literatura catlica,
sobre ser uma espantosa afirmao de mau gosto (...),
raro se impe pelo esprito crtico.
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Repercusso
Se em atitude crtica reconhecemos a precariedade da obra de Jackson de Figueiredo, preciso
lembrar agora a sua repercusso. Foi ele autor marcante,
que exerceu ampla influncia em seu meio. Atravs de
artigos, conferncias, livros, fez chegar suas op inies a
amplas camadas. A revista e o centro de estudos que
fundou atingiram pblico no apenas catlico. Foi entre
catlicos, porm, que essa influncia se fez sentir
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INTRODUO A
CORRESPONDNCIA DE
JACKSON DE FIGUEIREDO (*)
A Experincia racionalista
Um dos ensaios mais significativos de Jackson de
Figueiredo, como dado sobre a sua evoluo interior, o
ensaio sobre Farias Brito. O ensaio sobre Pascal, que j
mais amadurecido e crystallizado teve de sofrer uma
srie de amputaes, foi refeito, transformado, afim de
conformal-o a uma philosophia orthodoxa, que elle j
havia admitido em bloco. A matria com que jogava o
ensaio sobre Pascal exigia alis uma maior atteno no
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sua claridade fria? Que vale um conhecimento extra vertido, todo elle debruado para a objectividade que
nos circunda, e baseiado, por systema, na eliminao de
todos os aspectos que no proprio mundo exterior nos
interessam de perto: uma mathematica que se desin teressa da variedade das formas; uma physica que
annulla as qualidades sensveis, justamente essas
propriedades por intermedio das quaes o mundo nos
communicado, determinando os nossos sentimentos de
sympathia e de averso; uma philosophia que omitte, no
homem, tudo o que no seja reductivel as categorias
inferiores da realidade: a sua liberdade, a sua subsis tencia como espirito, o instincto de infinito que anima a
sua capacidade de compreender e de amar? Que vale um
conhecimento que no seja um tratado da dor humana,
que no seja uma philosophia em que o philosopho
demonstrasse a mais dolorosa experiencia, mostrasse a
consciencia ignorada do delirio, a consciencia ignorada
do moribundo, a consciencia ignorada do que foi
decepado, a consciencia ignorada do terror?
Essa ennumerao de situaes espirituaes
agudas,j a esse tempo demonstrava a direco em que
iria caminhar o pensamento de Jackson, depois de uma
crise que o fazia chegar a conclu so, a primeira vista
paradoxal, de que certo scepticismo anda mais perto da
f do que qualquer outro modo de ser do espirito.
O programma que elle traava para a philosophia
se identifica com o que foi executado por Dostoiewsky e
Kierkegaard: mergulhar na personalidade profunda, na
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ao que me parece, o meu fim na vida ser consolado... (Carta a Xavier Marques, de 20 de fevereiro
de 1916).
A intuio de que o mais importante para o
homem ser consolado, por isso que o seu ambiente
obrigatrio o soffrimento, completou-se naturalmente
com a noo de que o seu fim tambm consolar.
Consolar, e encontrar nisso a propria consolao, eis o
que Jackson nunca se cansou de fazer durante o resto de
sua vida, num estylo complexo e alto, que ia, desde o
conforto s intelligencias, por meio de uma nica
techinca intellectual e de uma cultura magnificas, at o
mero socorro sensvel, a iniciativa do amparo material,
como ao simples gesto de carinho humano. Jackson era
excessivamente vidodo leite da ternura humana, e si
Landy Macbethy presenciasse alguns dos seus
momentos de exhaltao, olharia com desdem para essas
velleidades de violencia, percebendo com a sua pers picacia que sob tudo aquilo corria um fluxo substancial
daquella ternura.
Muitas vezes, a vida intensa de Jackson era uma
compensao para a propria magua da vida. Por ocasio
da morte de Moyss Marcondes, escrevia elle a Alceu
Amoroso Lima:
Quando me acontece uma cousa assim o meu
maior desejo positivamente o de danar, andar, fallar,
brincar, mas no como desejo determinao: peior
como desejo espontneo, vida. Mas l vem a hora do
silncio, do contacto forado com o sobrenatural que
envolve toda intelligencia acordada, e um panico desse
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affirmar, que na multiplicidade de motivos que constituiram a ltima disposio da alma de Jackson para
receber esse dom, est essa meditao do valor do
sacrificio sangrento. uma meditao que se encontra
insistentemente integrada a sua apologtica e a
correspondncia com Alceu Amoroso Lima:
Terrivel, desequilibrante , sim, o pecado, o erro
moral. S elle faz medo, s elle pode trazer sob a
sensao da panico o homem christo, principalmente
quando este homem, por temperamento e educao, se
sente eternamente attrahido pelas maiores alturas e
pelos precipicios mais trevosos da vida de tempestade,
da vida passional, da vida mesma, que vae se agitando
em si prpria como si no houvesse Deus e o sangue de
Jesus Christo misturado as suas espumas. (Carta a
Alceu, de 24-25 de maro de 1928). Na imitao de
Jesus Christo o homem pode ir at o sacrifcio da Cruz
(Carta a Alceu, de 11-12 de maio de 1928). Realmente
a sua alma, que V. julga to exangue e pallida, uma
das raras completamente embebidas do sangue de Jesus
Christo alma que tem, sentido do sacrificio e a nitida
viso de que a vida uma tremenda guerra. (Carta a
Alceu, de 1-2 de outubro de 1928).
Era natural que elle fosse avidamente buscar as
revelaes da conscincia do condenado, da angustia do
morimbundo, naquele que viveu em si, como para poder
fixa-los em paradigmas universaes, todas essas modalidades supremas do terror, e as exprimiu definitivamente: Minhalma est triste at a morte; meu pae
porque me abandonaste?
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Actuao Poltica
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A Suma Sentimental
No ultimo anno de sua vida, quando elle percebeu
que as collectividades extensas encerram em si um
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toda a sua actividade, comea a dominar absor ventemente, as suas preocupaes. O erro mais comum,
diz elle supor que tem tanto valor assim os 60 ou 80
annos que o homem vive nessa lucta. No. O que tem
valor o acto da creao da alma. De onde s ter valor o
que ella para alm do tempo. De onde imaginar -se que
um instante s de contacto com a eternidade possa valer
tudo o mais que imaginamos. (Carta a Alceu, de 25 -26
de setembro de 1928). H aqui enunciada uma ida que
no se deve deixar despercebida, porque capaz de
esclarecer de muito as noes de amizade, de pessoa
humana, de communiade entre pessoas, que foi o ncleo
simples de irradiao de toda a sua actividade e tambm
de sua singular influncia. A alma, a pessoa, se cria,
um organismo espiritual que se forma e cresce durante a
vida, formando por assim dizer a sua prpria
immortalidade, na medida em que se torna mais
espiritual. A creao da alma pelo homem a marcha
para a existncia cada vez mais perfeita e menos
corruptivel, uma actualizao cada vez maior da
possibilidade de ser. O erro moral lhe apparecia assim
como um crime ontolgico, o schisma do ser, a
marcha para o nada, mysterio sobre o qual, a cada passo,
reflete a sua meditao.
por isso tambm que elle repete sempre que,
onde h uma manifestao de vida, mesmo dentro da
paixo, ainda se est em contacto com alguma cousa que
pode vir a ser transformado num valor, e que a estagnao, a indifferena, a tranquilidade, esses que so
os signaes verdadeiros da morte moral.
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O PROCESSO DE FORMAO
DO TRADICIONALISMO POLTICO
NO BRASIL
Antnio Paim
O Episcopado reconhece a diversidade de atribuies afetas Igreja e ao Estado proclama a inde pendncia da sociedade civil na rbita de suas
atribuies temporais. Contudo, independncia no quer
dizer separao. Em face da identidade dos sditos que
devem encaminhar para o fim prprio de cada uma e em
nome da ordem social, da paz pblica, da concrdia dos cidados, dos direitos da conscincia
exigimos a unio entre os dois poderes. A Pastoral
esclarece que a unio desejada seria aque la que
prescindisse do relagismo.
Quanto liberdade atribuda a todos os cultos, a
Pastoral reage com indignidade, esgrimindo dois argu mentos bsicos: 1) A Igreja catlica est visceralmente
ligada ao processo de formao da nao brasileira,
constituindo os catlicos imensa maioria; e, 2) no h
outra Igreja verdadeira seno a Catlica. Observe-se que
essa linha de argumentao decorre to somente da
recusa da poca Moderna, quando a sociedade passou a
reger-se segundo o princpio da tolerncia religio sa. Em
muitas naes europias, embora divididos em mltiplas
seitas, os protestantes passaram a constituir a maioria. A
soluo encontrada, no plano poltico, seria a orga nizao do Estado em bases puramente laicas e, no
plano tico, o estabelecimento de moral social do tipo
consensual. A regra devia, pois, ser igualmente vlida
para a circunstncia em que os catlicos constitussem a
maioria.
Assim no entende a Pastoral. Parece-lhe que o
decreto republicano constitui uma violao do direito
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186
egba
EMPRESA GRFICA DA BAHIA
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NOSSAS PUBLICAES
Silvestre Pinheiro Ferreira (1769/1846)
Bibliografia e Estudos Crticos
Alceu Amoroso Lima (1893/1983)
Bibliografia e Estudos Crticos
Tobias Barreto (1839/1983)
Bibliografia e Estudos Crticos
Djacir Menezes
Bibliografia e Estudos Crticos
Slvio Romero (1851/1914)
Bibliografia e Estudos Crticos
Miguel Reale
Bibliografia e Estudos Crticos
Bibliografia Filosfica Brasileira
(1908/1930)
Bibliografia Filosfica Brasileira
(1931/1980)
Bibliografia Filosfica Brasileira
(1981/1985)
Bibliografia Filosfica Brasileira
(1951/1980)
ndice da Revista Convivium
(1962/1980)
ndice da Revista A Ordem
(1921/1980)
Catlogo de Dissertaes e Teses
nas reas de Filosofia, Cincia Poltica,
Sociologia e Antropologia
Revista do Pensamento Brasileiro
(n. 1, 1989; n. 2, 1990; n. 3, 1992)
188