Guia Didático
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Tecnologias Educacionais em
Educação à Distância
O curso está organizado com sistema de tutoria, ou seja, você será inserido(a) em
um grupo acompanhado(a) por um(a) tutor(a).
● BEM-VINDOS AO CURSO
● INTRODUÇÃO
● BLENDED LEARNING
● FLIPPED CLASSROOM
● PBL - PROBLEM BASED LEARNING
● SIMULAÇÃO CLÍNICA VIRTUAL
● JUST IN TIME TEACHING E JUST IN TIME EDUCATION
● MÉTODO TREZENTOS
● SUMMAÊ
● REFERÊNCIAS
BEM-VINDOS AO CURSO
Os seres humanos são naturalmente curiosos, mas as suas mentes não foram
projetadas para pensar (Willingham, 2009).
O fato de pensar não ser um processo simples pode ser considerado um motivo pelo
qual muitos alunos não gostam de estudar (Yılmaz and Malone; 2020). Para estudar
são necessários diferentes tipos de pensamento e habilidades; portanto, a prática
dessa atividade no formato online requer um esforço diferenciado tanto do aluno
quanto do professor.
O que por vezes permite que, com o apoio do discente e colaborativamente dos
colegas, a hora da aula seja um momento para o aprofundamento do aprendizado a
partir de situações-problema, estudos de caso ou atividades das mais diversas.
Nesse momento o discente medeia as dúvidas e estimula o desenvolvimento do
trabalho em grupo (PAVANELO E LIMA, 2017).
Claro que por se tratar de uma iniciativa inovadora, a sala de aula invertida tem
alguns aspectos negativos que devem ser levados em consideração para o sucesso
deste modelo. Dentre esses podemos citar: a dificuldade dos discentes em aprender
via exercícios on-line ou assistindo a vídeos; a dependência da tecnologia, que pode
criar um ambiente de aprendizagem desigual; e, o discente não se preparar antes da
aula e, com isso, não ter condições de acompanhar o que acontece na sala de aula
presencial/virtual.
Em contrapartida, todos estes aspectos negativos podem ser superados por meio de
estratégias como: chats entre os discentes e docentes; gravação de materiais para os
alunos que não dispõem de internet em casa; e, para os discente que não se
preparam previamente a solução pode ser a realização de exercícios ou
autoavaliações que valem pontos na média final.
Considerando o nosso momento atual como você imagina que pode aplicar este
método no ambiente Moodle da UFSC?
➢ Videoaulas;
➢ Fóruns;
➢ Questionários interativos (H5P);
Convido agora você a participar do Fórum sobre Flipped Classroom a partir dos
conhecimentos que você docente tem sobre esse método.
PBL – PROBLEM BASED LEARNING
Já as desvantagens incluem: pode haver menos cobrança por parte dos professores;
os estudantes tendem a se dedicar menos aos estudos e, consequentemente,
aprendem menos; com a facilidade de acesso os alunos podem acabar recorrendo a
fontes de pesquisas duvidosas.
Por fim verificamos que não há uma forma certa para ensinar. Tudo depende da
nossa realidade e, sobretudo, da nossa capacidade de ver e aproveitar novas
oportunidades em cada método de ensino.
Esse método tem se mostrado uma boa opção para se considerar o conhecimento
prévio dos alunos e também para formar o hábito de estudo antes da aula
(MENEGAZ ET AL, 2018).
Após as aulas os alunos podem receber outros tipos de questões para responder
eletronicamente, denominadas Puzzles (quebra-cabeças).
Essas questões são relacionadas ao conteúdo trabalhado em aula, mas que
apresentam uma questão intrigante que envolve um contexto diferente. Assim, o
professor poderá avaliar se o aluno está sendo capaz de transformar o conhecimento
para nova situação. As respostas dos alunos às tarefas preparatórias estabelecem
um valioso feedback para o professor ajustar e organizar sua aula.
O Just in Time Education ou Educação em Tempo Real seria uma outra vertente
que, por exemplo, em um ambiente de trabalho teria disponibilizados meios
tecnológicos para a educação do trabalhador em tempo real, na hora.
MÉTODO TREZENTOS
O Método dos Trezentos que foi idealizado pelo professor Ricardo Fragelli, da
Universidade de Brasília (UnB) é um método de aprendizagem ativa e colaborativa
e também uma avaliação humanizada que consiste em promover ao máximo a
colaboração entre os discentes, despertando o olhar para as dificuldades de
aprendizagem do outro colega (FRAGELLI, 2015).
Dessa forma, cria-se grupos de acordo com rendimento dos estudantes nas
avaliações. Esses grupos são formados por discente de bom rendimento, ditos
ajudantes, e outros discentes que tiveram rendimento considerado insatisfatório,
ditos ajudados. (FRAGELLI, 2015).
Segundo Fragelli (2015), para medir o nível de ajuda oferecido aos ajudados é
aplicado um questionário com uma escala Likert de cinco pontos variando de 1
(ajudei nada) a 5 (ajudei muito) ao estudante ajudante. Assim, ele distribui os
alunos ajudados do seu grupo de acordo com sua autoavaliação.
Uma outra escala de Likert é aplicada aos ajudados em que distribuem os ajudantes
do seu grupo de acordo com nível de ajuda recebida. Essa escala também possui
cinco pontos, variando de 1 (ajudou nada) a 5 (ajudou muito). O nível de ajuda final
atribuído a um ajudante é medido com base na média entre essas duas escalas.
(FRAGELLI, 2015).
Após a realização de cada avaliação da aprendizagem, novos grupos são formados e
novas metas são formuladas de acordo com o nível de ajuda. Desse modo, um grupo
dificilmente volta a se repetir e há a possibilidade de um estudante que tinha sido
ajudado em alguma prova se torne ajudante e vice-versa. (FRAGELLI, 2015).
Como você imagina que pode aplicar este método no ambiente Moodle da UFSC?
O nome “Summaê” é a junção da palavra “summae” (do latim, somas) com o acento
circunflexo “^” que representa a união de pessoas vestindo chapéu. Ao final, terá a
escolha dos melhores vídeos e melhores chapéus.
3. Observações
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UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
PROEX - Pró-Reitoria de Extensão
Programa Gestão de Tutoria e Tecnologias Educacionais em EaD
Curso Metodologias Ativas e Estratégias de Ensino-
Aprendizagem para a Saúde