Parábolas e o Reino de Deus

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INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE

CENTRO PRESBITERIANO DE PS-GRADUAO ANDREW JUMPER

O REINO DE DEUS E PARBOLAS

POR

ADRIANO DA SILVA CARVALHO

SO PAULO
2014

INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE


CENTRO PRESBITERIANO DE PS-GRADUAO ANDREW JUMPER

O REINO DE DEUS E PARBOLAS

Trabalho sobre o Reino de Deus e Parbolas em cumprimento parcial s exigncias


da disciplina BNT 715 Leituras Supervisionadas do Novo Testamento.
Ministrada online pelos Professores: Dr. Augustus Nicodemus Lopes, Me. Joo
Alves, Me. Joo Paulo e Dr. Leandro Lima.

POR
ADRIANO DA SILVA CARVALHO

SO PAULO
2014

SUMRIO
1 O Reino de Deus....................................................................................................5
1.1 O ensino de Jesus sobre o Reino......................................................................6
1.1.1 Parbolas.......................................................................................................6
1.1.2 Os paradigmas na interpretao da parbola.................................................7
1.1.3 Jesus e as parbolas do Reino........................................................................9
Concluso..................................................................................................................10
Referncias.................................................................................................................11

Introduo

Marcos apresenta no prlogo do seu livro o tema central da pregao de Jesus: ... o
Reino de Deus est prximo (Mc 1.14-15). A maioria dos estudiosos so unnimes em
afirmar que os ensinamentos de Jesus sobre o Reino de Deus eram geralmente o centro de sua
mensagem. A palavra grega "basileia" que significa "Reino" tem um nmero relativamente
alto de aparies nos Evangelhos quando comparada com outros vocbulos importantes. Por
exemplo, o termo danamij, ocorre aproximadamente 38 vezes nos Evangelhos;
euggelion, ocorre 22 vezes; kalew, ocorre 75 vezes; alhqeia 56 vezes; metanoia,
ocorre 48 vezes; e basileia o termo grego que significa Reino ocorre, 57 vezes em Mateus;
20 vezes em Marcos; 46 vezes em Lucas e 5 vezes em Joo, somando 128 aparies nos
Evangelhos. Realmente um nmero alto de aparies, o que refora a importncia de se
compreender, o que Jesus quis dizer com: o Reino de Deus est prximo.
Este ensaio representa um esforo na busca de se compreender o ensino de Jesus
acerca do Reino de Deus, e para tanto ter como ponto de partida para essa compreenso o
estudo das denominadas parbolas do Reino, registradas em Mateus 13.

1 O Reino de Deus
Marcos observa no prlogo do seu livro que Jesus pregava na Galilia: ....o Reino de
Deus est prximo (Mc 1.14-15). Essa ideia de Reino trazida por Joo Batista e Jesus e
depois pelos discpulos tem sido objeto de algumas discusses na teologia. Discute-se, por
exemplo, se Reino presente ou futuro. Para alguns, o Reino estava presente na prpria
pessoa de Jesus. Nele estava se realizando tudo aquilo que os profetas do Antigo Testamento
haviam predito. Outros, embora reconheam que alguns aspectos do Reino de Deus poderiam
ser identificados com o ministrio terreno de Jesus, ensinam que sua realidade plena seria
escatolgica e futura. Para alguns estudiosos, embora, o tema Reino de Deus fosse o centro
da mensagem de Jesus, ele no aparece no Antigo Testamento. O que se constitui em um
problema para identificar o que Jesus queria dizer com a expresso Reino de Deus. Ladd
afirma que embora essa expresso no aparea textualmente no Antigo Testamento, aluses a
ela podem ser encontradas ali. Como, por exemplo, na dupla nfase no Antigo Testamento
acerca da soberania real de Deus. Ele visto, tanto como Rei de Israel, como Rei de todo
universo ( x 15.18; Nm23.21; Dt 33.5; Is 43.15; 2 Rs 19.15; Is 6.5; Jr 46.18; Sl 29.10; 99.14). O Antigo Testamento, segundo, Ladd, ainda faria uma aluso a uma futura manifestao da
soberania real de Deus no mundo dos homens e das naes (Is 24.23; 33.22; 52.7; Sf 3.15; Zc
14.9). Outros estudiosos ainda observam que na literatura judaica e no-cannica possvel
encontrar vrias aluses ao Reino de Deus. Na apocalptica judaica, por exemplo,
a ideia de Reino est associada a destruio de Satans, o castigo dos gentios e a felicidade
para Israel. Aluses ao Reino tambm ocorreriam no judasmo farisaico-rabnico e estava
relacionado obedincia da Tora, aceitao do monotesmo e declarao do Shema; e
apontava para a vinda do Messias-rei que libertaria Israel da escravido dos povos4.
____________
Uma boa discusso sobre o conceito Reino de Deus apresentado por Ladd em sua Teologia do Novo
Testamento, pginas 84-123. Ver:Ladd,George Eldon. Teologia do Novo Testamento. Hagnos,2003. p.84-123.
2

Ibidem.

Numes, Leonardo Godinho. A parbola do semeador no Evangelho de Mateus. Disponvel em:

http:ead.mackezie.br/cpaj/pluginfile.php/12972/mod_resource/content/0/A%20Parabola%do%20semeador
%20em%20Mateus.pdf
4

Ibidem.

1.1 O ensino de Jesus sobre o Reino

Jesus apresenta o Reino de Deus em harmonia com o que dele foi discorrido no
Antigo Testamento, um reino davdico e histrico (Sl 89,44 e Mt 1.1), mas tambm espiritual
e interior (Lc 17.21), um reino escatolgico e final (Is 33 e Mt 24.29-30), sem aparncia
visvel (Lc 17.20) e presente. A inaugurao do Reino era o sinal que antecede todas as
coisas. Jesus afirma a realidade presente desse Reino em quatro momentos distintos, a saber:
(1) na expulso de demnios (Mt 12.28); (2) nas curas (Mt11.3); na oferta do Evangelho aos
pobres (Mt 11.5) e na afirmao do seu messiado (Mt 11.6)5.Pode-se afirmar que a mensagem
do Reino pregada por Joo, Jesus e os discpulos, inclua tanto a necessidade de
arrependimento quanto o anncio da vinda iminente do Reino 6. Fontes importantes na
compreenso do conceito do Reino de Deus so as parbolas, algumas das quais possuem
importantes ensinos acerca do Reino.
1.1.1 Parbolas
Para Moiss Silva a caracterstica mais distintiva dos mtodos de ensino de Jesus era o seu
uso de parbolas7. A parbola tpica utiliza-se de um evento comum da vida natural para
acentuar ou esclarecer uma importante verdade espiritual 8. O termo parbola vem do grego
parabol e significa, uma narrativa breve com significado simblico. Em quase todas as
lnguas existe uma maneira de falar sobre parbolas ou alegorias. Em algumas lnguas, o
equivalente pode ser uma histria com comparao9. Segundo Silva, Jesus teria escolhido
esse modo de instruo, por ser simples e interessante e porque ele permite um fcil
acompanhamento das histrias pelos ouvintes10 .
___________
5

Numes, Leonardo Godinho. A parbola do semeador no Evangelho de Mateus. Disponvel em:

http:ead.mackezie.br/cpaj/pluginfile.php/12972/mod_resource/content/0/A%20Parabola%do%20semeador
%20em%20Mateus.pdf
6

Bailey,

Mark

L.

The

doctrine

of

the

Kingdom

in

Matthew

13.

Disponvel

em:http://ead.mackenzie.br/cpaj/pluginfile.php/12496/mod_resource/content/0/Bailey8-KingdomMat13-BS.pdf
7

Kaiser,Jr, Walter C., Silva Moiss. Introduo Hermenutica Bblica. Editora Cultura Crist, 2009.p.106

Virkler, Henry. Hermenutica avanada. Editora Vida,2007.p.125

Louw, Johannes, Nida Eugene. Lxico Grego-Portugus do Novo Testamento. SBB, 2013.p.350.

10

Kaiser,Jr, Walter C., Silva Moiss. 2009.p.106

1.1.2 Os paradigmas na interpretao das Parbolas


Reinstorf e Aarde em um artigo intitulado: Jesus Kingdom parables as metaphorical
stories: a challenge to a conventional worldview, afirmam que nos ltimos anos ocorreu uma
mudana acentuada na forma como se estuda a parbola. Eles atribuem essa mudana na

abordagem da parbola a dois fatores, primeiro, os trabalhos realizados pelos tericos


literrios trouxeram um novo entendimento das narrativas nos Evangelhos em geral e das
parbolas em particular. O segundo fator que irradiou a mudana teria sido a descoberta do
significado e do valor das metforas como um veculo apropriado para se falar de Deus e
transmitir vises alternativas sobre a realidade11.
Reinstorf e Aarde ainda Afirmam que o estudo da histria da interpretao da parbola
mostra que h sempre uma clara relao entre os paradigmas cientficos dominantes e
esquemas hermenuticos usados para interpretar parbolas. Os paradigmas cientficos que os
intrpretes teriam dialogado teriam sido trs, a saber, o vitalista, o mecanicista e o holstico.
O paradigma vitalista, segundo Reinstorf e Aarde, teria sido dominante do perodo do
Novo Testamento at o fim do sculo XVI. Esse era o paradigma orgnico, da vida, e do
crescimento. Este perodo era caracterizado por uma harmonia entre os seres humanos e o
mundo ao seu redor, e com Deus que parte integrante deste mundo. A interpretao bblica
associada a este perodo era simblica, com cada coisa criada referindo-se simbolicamente
sua realidade celestial. A interpretao da parbola nessa poca era acentuadamente alegrica.
Com Galileu, Descartes e Newton teria tido incio o paradigma mecnico, o qual se entendeu
do sculo XVII at a segunda metade do sculo XX. A nfase nesse perodo encontrava-se na
mquina e suas partes. A interpretao bblica desse perodo predominantemente analtica. A
interpretao da parbola era realizada por meio da metodologia de um nico ponto. Por
exemplo, o nico ponto na parbola dos talentos (Mt 25.14-30) diz respeito fidelidade e
confiana. Na parbola do administrador injusto (Lc 16.1-8) o nico ponto seria: o uso sbio
da oportunidade presente a melhor preparao para um futuro feliz, e assim por diante12.
___________
11

Reinstorf, Dieter, Aarde, Andries Van. Jesus' kingdom parables as metaphorical stories: a challenge to a

conventional

worldview.

Disponvel

em:

http://ead.mackenzie.br/cpaj/pluginfile.php/12495/mod_resource/content/0/Jesus%20Kingdom%20Parables.pdf
12

Ibidem.

O terceiro paradigma cientfico que tinha correlao com esquemas hermenuticos para
interpretar parbolas era o holstico. Esse perodo se caracteriza pela plenitude. A nfase da
interpretao bblica desse perodo gira em torno de toda a histria de um texto e de todo o
seu processo de comunicao. O texto est vivo, ele evoca emoes, sentimentos, ele se

comunica com o leitor de forma diferente dentro de contextos diferentes . A rea da pesquisa
hoje , portanto, literria, com nfase na narratividade. Nesse paradigma as parbolas no so
registros sua situao histrica nica no passado, mas tm a capacidade de gerar nova
relevncia na situao de hoje. O foco da pesquisa da parbola de acordo com o paradigma
holstico ampliou-se para incluir muitas dimenses novas e emocionantes, finalizam Reinstorf
e Aarde13.
Kistemaker14argumenta que as parbolas do Novo Testamento tm uma conotao to ampla
que inclui formas de parbolas que so, geralmente, divididas em trs categorias: parbolas
autnticas, histrias em forma de parbolas e ilustraes. Parbolas autnticas, segundo
Kistemaker, so aquelas que usam como ilustrao um fato comum (Mt 13.33; Mt 18.12-14;
Lc 15.8-10).
As histrias em forma de parbolas, no teriam relao com a verdade bvia ou com um
costume geralmente aceito. Elas se referem a um acontecimento em particular, que teve lugar
no passado- geralmente a experincia de uma pessoa. (Mt 13.24-30; Lc 16.1-9).
Ilustraes. Essa forma de parbola, Kistemaker, classifica como histrias que servem de
modelo. Elas contm exemplos a serem imitados ou evitados e focalizam diretamente o
carter e a conduta de um indivduo ( Lc 12.16-21; Lc 18.9-14).
Como pode ser visto o estudo desse gnero no pode ser to simples como os leigos s vezes
pensam. Ao contrrio, como bem observou Moiss Silva: precisamos de tantas habilidades
hermenuticas para entender parbolas quanto precisamos para compreender outras partes da
Bblia. Alm disso, o uso que Jesus fez das parbolas reflete certas preocupaes teolgicas
que no podem ser ignoradas 15
____________
13

Reinstorf, Dieter, Aarde, Andries Van. Jesus' kingdom parables as metaphorical stories: a challenge to a

conventional

worldview.

Disponvel

em:

9
http://ead.mackenzie.br/cpaj/pluginfile.php/12495/mod_resource/content/0/Jesus%20Kingdom%20Parables.pdf
14 Kistemaker, Simon J. As parabolas de Jesus. CEP, 1992. p. Xv-Xvii
15

Kaiser,Jr, Walter C., Silva Moiss. Introduo Hermenutica Bblica. Editora Cultura Crist, 2009.p.106-107.

1.1.3 Jesus e as parbolas do Reino


As parbolas de Jesus do uma nfase muito importante ideia do Reino de Deus.
Seus ensinamentos sobre o Reino eram geralmente o centro de sua mensagem. A palavra
grega, basileia, significa, o reino real de Deus, aparece mais de cem vezes nos Evangelhos16.
Em Mateus 13 encontra-se uma coletnea de parbolas que fazem aluso ao Reino, so
elas: A parbola do semeador (Mt 13.1-23), do joio (Mt 13. 24-30); do gro de mostarda

(Mt 13.31-32); a parbola do fermento(Mt 13.33); do tesouro escondido (Mt 13.44); a da


prola (Mt 13.45-46) e a parbola da rede (Mt 13.47-50). Cada uma destas parbolas de
Jesus ilustra algum aspecto do Reino17. Esse Reino anunciado quando se prega o Evangelho,
esse detalhe sutil no passou despercebido por Bailey, Mark no seu artigo: The doctrine of the
kingdom in Matthew 13.
Bailey observa que Lucas em 8.11 chama a semente de palavra de Deus,Mateus
apropriadamente refere a ela como a palavra do Reino (Mt 13.19), ou seja, destaca, Bailey,
a boa notcia de Deus. A boa notcia que Deus agiu por meio de Jesus Cristo para oferecer
a redeno para a humanidade e para derrotar todos os inimigos que estariam no caminho de
Jesus18. Para Bailey dois lderes espirituais so revelados em Mateus 13 como concorrentes
por influncia no mundo: o Filho do Homem e Satans. O diabo como inimigo e seus filhos (o
joio), os quais esto mascarados como filhos de Deus, so aqueles que se interpem no
caminho de Jesus buscando impedir que ele seja reconhecido como Rei pelo mundo. Bailey
ainda destaca que o joio que representa a religiosidade disfarada sempre foi uma das tticas
do inimigo do Reino de Deus19.
___________
16

Michelsen, A. Berkeley, Mickelsen, Alvera M. Como entender a Bblia. Editora Geogrfica, 2010. p.111.

17

Ibidem.

18

Bailey,

Mark

L.

The

doctrine

of

the

Kingdom

in

Matthew

13.

Disponvel

em:http://ead.mackenzie.br/cpaj/pluginfile.php/12496/mod_resource/content/0/Bailey8-KingdomMat13-BS.pdf
19

Ibidem.

10

Alis, na parbola do joio (Mt 13.24-30), que pertence a coletnea das parbolas do Reino,
Jesus est ensinando que o Reino de Deus est presente, mas ainda no absoluto. Essa a
razo pela qual o joio no pode ser arrancado no presente, mas ser no futuro, quando o Reino
atingir sua plenitude (versos 41-43).
Nas parbolas de Mateus 13 Jesus apresentou ensinos peculiares e profundos acerca do
Reino, os quais cobrem um perodo de tempo que vai desde a sua rejeio pelos judeus at a

sua segunda Vinda. Um resumo do significado dessas parbolas correlacionado ao Reino de


Deus seria o seguinte:
Na parbola do semeador Jesus retrata o mundo como sendo o palco do conflito entre
ele e Satans, e entre os filhos do maligno e os filhos do Reino. Na parbola da semente de
mostarda e do fermento Jesus ensina acerca do crescimento do Reino. Nas parbolas do
tesouro escondido e da prola ele aponta para a singularidade e grandeza do Reino, as quais
estavam representadas no prprio Jesus. Na parbola da rede ocorre uma referncia ao juzo,
ocasio em que o Reino estar em sua plenitude no universo.

Concluso
Ao final desse breve ensaio conclui-se que o Reino de Deus anunciado por Jesus era real e
presente em seu ministrio, contudo, sua forma plena se dar em uma realidade futura. Muitos
aspectos desse Reino foram revelados por Jesus por meio de parbolas. Por exemplo, nas
parbolas da mostarda e do fermento, ele ensinou que o Reino se inicia no mundo quase que
imperceptvel, mas que no futuro tomaria propores surpreendentes.
Por fim, preciso reconhecer que h ainda muito debate acerca do conceito Reino de
Deus, contudo, opinio desta pesquisa, que qualquer que seja o lado que o pndulo dos
debates acerca desse assunto for, dever passar por Jesus. Pois no existe Reino de Deus sem
o Cristo.

11
Referncias
Bailey, Mark L. The doctrine of the Kingdom in Matthew 13. Disponvel
em:http://ead.mackenzie.br/cpaj/pluginfile.php/12496/mod_resource/content/0/Bailey8KingdomMat13-BS.pdf

Kaiser,Jr, Walter C., Silva Moiss. Introduo Hermenutica Bblica. Editora Cultura
Crist, 2009.p.106.
Kistemaker, Simon J. As parabolas de Jesus. CEP, 1992. p. Xv-Xvii
Ladd,George Eldon. Teologia do Novo Testamento. Hagnos,2003.
Louw, Johannes, Nida Eugene. Lxico Grego-Portugus do Novo Testamento. SBB,
2013.p.350.
Michelsen, A. Berkeley, Mickelsen, Alvera M. Como entender a Bblia. Editora Geogrfica,
2010.
Numes, Leonardo Godinho. A parbola do semeador no Evangelho de Mateus. Disponvel
em:

http:ead.mackezie.br/cpaj/pluginfile.php/12972/mod_resource/content/0/A%20Parabola

%do%20semeador%20em%20Mateus.pdf
Reinstorf, Dieter, Aarde, Andries Van. Jesus' kingdom parables as metaphorical stories: a
challenge

to

conventional

worldview.

Disponvel

http://ead.mackenzie.br/cpaj/pluginfile.php/12495/mod_resource/content/0/Jesus
%20Kingdom%20Parables.pdf
Virkler, Henry. Hermenutica avanada. Editora Vida,2007.p.125

em:

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