Servicos Vigilancia

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2014

CADERNO DE LOGSTICA

PRESTAO DE SERVIOS DE
VIGILNCIA PATRIMONIAL
Guia de Orientao sobre os aspectos gerais na contratao de Servios de Vigilncia Patrimonial no
mbito da Administrao Pblica Federal Direta, Autrquica e Fundacional, nos termos da
Instruo Normativa n 02, de 30 de abril de 2008, e alteraes posteriores.

Verso 1.0
abril de 2014

Presidente da Repblica
Dilma Rousseff

Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto MP


Miriam Belchior

Secretaria de Logstica
e Tecnologia da Informao SLTI
Loreni F. Foresti

Departamento de Logstica DELOG


Ana Maria Vieira Neto

Coordenao-Geral de Normas CGNOR


Gilberto Jos Romero Lopes

Equipe da Coordenao-Geral de Normas - CGNOR/DELOG/SLTI


Andrea Regina Lopes Ache
Augusto Seixas Silva
Fbio Henrique Binicheski
Genivaldo dos Santos Costa
Hudson Carlos Lopes da Costa
Manuela Deolinda dos Santos da Silva Pires
Srgio Martins Carvalho

Biblioteca/CODIN/CGPLA/DIPLA/MP
Bibliotecria Cristine C. Marcial Pinheiro CRB1- 1159
B823p
Brasil. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao.
Prestao de servios de vigilncia patrimonial / Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao. Braslia : SLTI, 2014. ( Caderno de Logstica; Contrataes
pblicas sustentveis).
...p.: il.
Guia de orientao sobre os aspectos gerais na contratao de servios de vigilncia patrimonial no mbito
da Administrao Pblica Federal Direta, Autrquicas e Fundacional, nos termos da IN n 02, de 30 de abril
de 2008, e alteraes posteriores.
1. Contratao de servio, vigilncia patrimonial, Brasil 2. Guia, Brasil I. Ttulo
CDU - 351.78 (036)

SUMRIO
APRESENTAO............................................................................................................................... 7
INTRODUO.................................................................................................................................. 8
CAPTULO I -Especificaes Tcnicas............................................................................................ 9
1.1 DEFINIO DO OBJETO .................................................................................................................................... 9
1.2 REQUISITOS DA EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVIOS DE VIGILNCIA ........................................................ 10
1.3 REQUISITOS DO PROFISSIONAL DOS SERVIOS DE VIGILNCIA ....................................................................... 11
1.4 VIGILNCIA ELETRNICA ASPECTOS GERAIS................................................................................................ 12
1.5 BOAS PRTICAS SUSTENTVEIS PARA SERVIOS DE VIGILNCIA..................................................................... 13
CAPTULO II - SERVIOS DE VIGILNCIA PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA .............................. 17
2.1 ELEMENTOS/REQUISITOS................................................................................................................................ 17
2.2 LOCAIS DE EXECUO DOS SERVIOS.............................................................................................................. 17
2.3 UNIDADE DE MEDIDA POSTOS E ESCALAS DE TRABALHO............................................................................. 17
2.4 VEDAES...................................................................................................................................................... 18
2.5 DESCRIO DOS SERVIOS............................................................................................................................. 19
2.6 RESPONSABILIDADES DA CONTRATADA.......................................................................................................... 20
2.7 FISCALIZAO DOS SERVIOS......................................................................................................................... 22
2.8 TABELA DE ENDEREOS.................................................................................................................................. 22
CAPTULO III - VALORES REFERENCIAIS............................................................................................. 23
3.1 ASPECTOS GERAIS.......................................................................................................................................... 23
3.2 UM BREVE HISTRICO SOBRE A NORMATIZAO DOS SERVIOS..................................................................... 25
CAPTULO IV - METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS ...................... 27
4.1 OBJETIVO ...................................................................................................................................................... 27
3

4.2 PARMETROS DOS REGIMES DE TRABALHO.................................................................................................... 27


4.3 POSTOS E ESCALAS DE TRABALHO.................................................................................................................. 28
4.4 PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA O CLCULO DOS VALORES REFERENCIAIS.................................................. 29
4.5 CENRIO DE ATENO ................................................................................................................................... 33
CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS...................................... 35
5.1 ESTRUTURA................................................................................................................................................... 35
5.2 MDULO 1 COMPOSIO DA REMUNERAO ............................................................................................. 36
5.2.1 SALRIO-BASE .....................................................................................................................36
5.2.2 ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE...........................................................................................41
5.2.3 Adicional de insalubridade...................................................................................................43
5.2.4 ADICIONAL DE RISCO DE VIDA.................................................................................................43
5.2.5 ADICIONAIS POR TRABALHO NOTURNO...................................................................................44
5.2.5.1 Adicional noturno ........................................................................................................................ 44
5.2.5.2 Hora de reduo noturna ............................................................................................................. 46
5.2.6 ADICIONAL DE HORAS EXTRAS................................................................................................47
5.2.7 INTERVALO INTRAJORNADA...................................................................................................49
5.2.8 REMUNERAO SALRIO COM ADICIONAIS..........................................................................54
5.2.9 OUTROS ITENS QUE COMPEM A REMUNERAO ....................................................................55
5.2.10 DISTINO ENTRE VERBAS SALARIAIS E NO SALARIAIS...........................................................57
5.2.11 PAGAMENTO DO SALRIO......................................................................................................58
5.3 MDULO 2 BENEFCIOS MENSAIS E DIRIOS ............................................................................................... 60
5.3.1 TRANSPORTE........................................................................................................................61
5.3.2 AUXLIO-ALIMENTAO (VALES, CESTA BSICA, ETC.) ..............................................................66
5.3.3 ASSISTNCIA MDICA E FAMILIAR...........................................................................................68
5.3.4 AUXLIO-CRECHE...................................................................................................................70
5.3.5 SEGURO DE VIDA, INVALIDEZ E FUNERAL ................................................................................70
5.3.6 OUTROS BENEFCIOS .............................................................................................................73
5.4 5.4. MDULO 3 INSUMOS DIVERSOS ....................................................................................................... 75
5.4.1 UNIFORMES .........................................................................................................................75
5.4.2 EQUIPAMENTOS ....................................................................................................................77
5.5 5.5. MDULO 4 ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS ............................................................................. 79
5.5.1 SUBMDULO 4.1 ENCARGOS PREVIDENCIRIOS E FGTS ........................................................80
5.5.1.1 INSS ............................................................................................................................................. 81

5.5.1.2 SESI ou SESC................................................................................................................................. 82


5.5.1.3 SENAI ou SENAC............................................................................................................................ 83
5.5.1.4 INCRA .......................................................................................................................................... 84
5.5.1.5 SALRIO-EDUCAO..................................................................................................................... 85
5.5.1.6 FGTS............................................................................................................................................. 86
5.5.1.7 SEGURO DE ACIDENTE DO TRABALHO............................................................................................ 86
5.5.1.8 SEBRAE......................................................................................................................................... 87
5.5.1.9 OUTRAS CONTRIBUIES DE TERCEIROS........................................................................................ 88
5.5.1.10 ENCARGOS PREVIDENCIRIOS E FGTS MEMRIA DE CLCULO .................................................... 88
5.5.2 Submdulo 4.2 13 Salrio ................................................................................................89
5.5.2.1 13 SALRIO................................................................................................................................. 89
5.5.2.2 ADICIONAL DE FRIAS TERO CONSTITUCIONAL......................................................................... 92
5.5.3 SUBMDULO 4.3 AFASTAMENTO MATERNIDADE ..................................................................93
5.5.3.1 Aspectos Gerais............................................................................................................................ 93
5.5.3.2 Memria de Clculo Afastamento maternidade........................................................................ 95
5.5.4 SUBMDULO 4.4 PROVISO PARA RESCISO ........................................................................97
5.5.4.1 AVISO PRVIO............................................................................................................................... 97
5.5.4.1.1 Aviso prvio indenizado.........................................................................................................102
5.5.4.1.2 Aviso prvio trabalhado.........................................................................................................104
5.5.4.2 PROVISO PARA RESCISO MEMRIA DE CLCULO................................................................... 104
5.5.5 SUBMDULO 4.5 CUSTO DE REPOSIO DE PROFISSIONAL AUSENTE ...................................113
5.5.5.1 FRIAS........................................................................................................................................ 114
5.5.5.2 AUSNCIA POR DOENA.............................................................................................................. 116
5.5.5.3 LICENA-PATERNIDADE............................................................................................................... 116
5.5.5.4 AUSNCIAS LEGAIS...................................................................................................................... 117
5.5.5.5 AUSNCIA POR ACIDENTE DE TRABALHO..................................................................................... 118
5.5.5.6 OUTRAS AUSNCIAS ................................................................................................................... 119
5.5.5.7 NCIDNCIA DO SUBMDULO 4.1 SOBRE O CUSTO DE REPOSIO DO PROFISSIONAL AUSENTE..... 119
5.5.5.8 CLCULO DO CUSTO DE REPOSIO DO PROFISSIONAL AUSENTE ................................................. 119
5.5.6 CUSTO DE REPOSIO DO INTERVALO INTRAJORNADA............................................................125
5.5.6.1 Aspectos Gerais.......................................................................................................................... 125
5.5.6.2 Memria de Clculo ................................................................................................................... 125
5.5.7 SUBMDULO 5 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO ......................................................126
5.5.7.1 CUSTOS INDIRETOS...................................................................................................................... 126

5.5.7.2 TRIBUTOS.................................................................................................................................... 127


5.5.7.3 LUCRO......................................................................................................................................... 133
5.5.7.4 CLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCROS (CITL)..................................................... 136
CAPTULO VI - RATEIO DE CHEFIA DE CAMPO - CUSTO DE SUPERVISO................................................. 140
6.1 Custo do rateio de chefia de campo............................................................................................................. 140
6.2 Custo total da mo de obra Valor total por posto ..................................................................................... 140
CAPTULO VII - ANEXO III-B -QUADRO RESUMO DO CUSTO POR EMPREGADO........................................ 141
7.1 Aspectos Gerais........................................................................................................................................... 141
REFERNCIAS ............................................................................................................................. 142
ANEXOS...................................................................................................................................... 147
ANEXO I - SERVIOS DE VIGILNCIA (Instruo Normativa n 2,
de 30 de abril de 2008 e alteraes posteriores)....................................................................................147
Anexo II - METODOLOGIA DE REFERNCIA DOS SERVIOS DE VIGILNCIA (Anexo VI da
Instruo Normativa n 2 e alteraes posteriores)............................................................................149
ANEXO VI - METODOLOGIA DE REFERNCIA DOS SERVIOS DE VIGILNCIA....................................................149
Anexo III - COMPLEMENTO DOS SERVIOS DE VIGILNCIA (Anexo III-E
Complemento dos Servios de Vigilncia)................................................................................................153

APRESENTAO
O presente estudo tem por objetivo apresentar os principais aspectos da contratao
dos servios de vigilncia patrimonial no mbito da Administrao Pblica Federal Direta,
Autrquica e Fundacional.
Para atingir esse objetivo, o estudo faz uma abordagem das especificaes tcnicas,
objeto do servio de vigilncia patrimonial, incluindo requisitos do projeto bsico/termo
de referncia, rotinas e procedimentos, entre eles o de fiscalizao dos servios executados. Discorre de forma sucinta sobre o cenrio macroeconmico do mercado, descreve um
breve histrico sobre a normatizao dos referidos servios no mbito da Administrao
Pblica Federal Direta, Autrquica e Fundacional e, por fim, apresenta a metodologia utilizada na composio dos valores referenciais de contratao de servios de vigilncia para
cada Unidade da Federao, os quais so publicados anualmente por meio de Portarias
pela Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao, observadas as condies ordinrias de contratao desses servios.
O estudo foi estruturado em captulos que abordam os seguintes assuntos:
Captulo 1 Especificaes Tcnicas.
Captulo 2 Projeto Bsico/Termo de Referncia.
Captulo 3 Valores Referenciais.
Captulo 4 Metodologia de Clculo dos Valores Referenciais.
Captulo 5 Planilha de Custos e Formao de Preos.
Enfim, espera-se que este documento seja bastante til como instrumento de consulta
aos gestores da Administrao Pblica Federal e a outros interessados pelo tema que aborda.
LORENI F. FORESTI
Secretria de Logstica e Tecnologia de Informao
7

INTRODUO
As atividades de segurana privada tm como caracterstica bsica a especializao na
execuo dos servios. Tal especializao decorre, tambm, dos normativos que exercem
um controle efetivo sobre as suas operaes e que regulam essa atividade.
As atividades de segurana privada so classificadas em vigilncia patrimonial, transporte de valores, escolta armada, segurana pessoal e cursos de formao.
O objeto de estudo deste documento consiste, exclusivamente, na atividade de vigilncia patrimonial, considerada, aqui, aquela atividade exercida dentro dos limites dos estabelecimentos urbanos ou rurais, pblicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade fsica das pessoas e a integridade do patrimnio no local ou nos eventos sociais.
O cenrio do mercado dos servios de segurana privada apresenta o Governo Federal
como um dos principais atores, qui um de seus maiores contratantes individuais.

ANA MARIA VIEIRA NETO


Diretora

sacincT seacfiicepsE - I OLUTPAC

CAPTULO I Especificaes Tcnicas


1.1.DEFINIO DO OBJETO
Nos termos da Lei n 7.102/83, os servios de vigilncia consistem em servios de vigilncia ostensiva, de transporte de valores e ainda de servios orgnicos de segurana.
A vigilncia ostensiva consiste em atividade exercida no interior dos estabelecimentos
e em transporte de valores, por pessoas uniformizadas e adequadamente preparadas para
impedir ou inibir ao criminosa.
Os servios orgnicos de segurana so aqueles executados por empresas que tenham
objeto econmico diverso da vigilncia ostensiva e de transporte de valores, porm devem
ser executados por pessoal do quadro funcional prprio das empresas e ficam obrigados ao
cumprimento do disposto na Lei n 7.102/83 e de demais legislaes pertinentes.
As empresas especializadas em prestao de servios de segurana, vigilncia e transporte de valores, constitudas sob forma de empresas privadas, podero prestar servios a
rgos e a empresas pblicos.
Nos termos da Portaria n 3.233/2012 DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012, e de
alteraes posteriores, so consideradas atividades de segurana privada:
1. Vigilncia patrimonial.
2. Transporte de valores.
3. Escolta armada.
4. Segurana pessoal.
5. Curso de formao.
Nos termos da referida Portaria, a atividade de vigilncia patrimonial somente poder
ser exercida dentro dos limites dos imveis vigiados (vide Portaria n 3.233/2012 DG/
DPF).
Considera-se vigilncia patrimonial, nos termos da referida Portaria, a atividade exercida dentro dos limites dos estabelecimentos, urbanos ou rurais, pblicos ou privados, com
a finalidade de garantir a incolumidade fsica das pessoas e a integridade do patrimnio no
local ou nos eventos sociais.

CAPTULO I -Especificaes Tcnicas

Neste estudo, consideram-se Prestao de Servios de Vigilncia1 as atividades desenvolvidas com a finalidade de proceder vigilncia patrimonial dos estabelecimentos pblicos, executadas por profissional qualificado, nos termos da Lei n 7.102, de 20 de junho de
1983, ou seja, vigilante.
Portanto, no se confundem com as atividades de porteiro ou de vigia noturno cdigo CBO n 5.174. Nos termos da CBO, so atividades de porteiro: fiscalizar a guarda do
patrimnio e exercer a observao de fbricas, armazns, residncias, estacionamentos,
edifcios pblicos, privados e outros estabelecimentos, percorrendo-os, sistematicamente,
e inspecionando suas dependncias para evitar incndios, entrada de pessoas estranhas e
outras anormalidades; controlar fluxo de pessoas estranhas e outras anormalidades; controlar fluxo de pessoas, identific-las, orient-las e encaminh-las para os lugares desejados; receber hspedes em hotis; acompanhar pessoas e mercadorias; fazer manutenes
simples nos locais de trabalho.
Os servios de vigilncia, objeto deste estudo, consistem em servios de vigilncia armada, cuja unidade de medida utilizada so postos de trabalho com escalas de trabalho
especficas.
Na seo descrio dos servios, so apresentadas, com mais detalhes, as rotinas, os
procedimentos e as escalas de trabalho previstas na Instruo Normativa n 2, de 30 de
abril de 2008, e suas alteraes posteriores.

1.2. REQUISITOS DA EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVIOS DE VIGILNCIA


As empresas de vigilncia, para operarem nos Estados, Territrios e Distrito Federal,
devero observar o disposto no art. 14 da Lei n 7.102/83.
So requisitos essenciais para que as empresas especializadas operem nos Estados,
Territrios e Distrito Federal:
Autorizao de funcionamento concedida conforme o art. 20 da Lei n 7.102/83.
Comunicao Secretaria de Segurana Pblica do respectivo Estado, Territrio ou Distrito Federal.
Cabero ao Ministrio da Justia, por intermdio de seu rgo competente ou mediante convnio com as respectivas Secretarias de Segurana Pblica dos Estados e do Distrito
Federal, as seguintes competncias, entre outras:

1A Lei N 7.102/83 define como segurana privada as atividades desenvolvidas em prestao de servios com a finalidade
de proceder vigilncia das instituies financeiras e de outros estabelecimentos, pblicos ou privados, e segurana de
pessoas fsicas, alm do transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga.

10

CAPTULO I -Especificaes Tcnicas

a) Conceder autorizao para o funcionamento das empresas especializadas em


vigilncia.
b) Fiscalizar as empresas e os cursos de formao de vigilantes.
c) Aplicar s empresas e aos cursos as penalidades previstas na Lei n 7.102/83.
d) Fixar o nmero de vigilantes das empresas especializadas em cada Unidade da
Federao.
e) Fixar o currculo dos cursos de formao de vigilantes.
As competncias previstas na alnea a e e no podero ser objeto de convnio.
Os diretores e demais empregados das empresas de vigilncia no podero ter antecedentes criminais registrados (art. 12 da Lei n 7.102/83).
O capital integralizado da empresa de vigilncia no pode ser inferior a cem mil Ufirs2
(art. 13 da Lei n 7.102/83).
So vedadas a estrangeiros a propriedade e a administrao das empresas especializadas em vigilncia.
O Departamento de Polcia Federal o rgo competente do Ministrio da Justia responsvel por autorizar, controlar e fiscalizar o funcionamento das empresas especializadas,
dos cursos de formao de vigilantes e das empresas que exercem servios orgnicos de
segurana (art. 32 do Decreto n 89.056, de 24 de novembro de 1983).
A Portaria n 3.233/2012 DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012, estabelece os procedimentos e os documentos necessrios do processo de autorizao de funcionamento das
empresas do setor.
As autorizaes de funcionamento devem ser revistas anualmente em processos autnomos (vide Portaria n 3.233/2012 DG/DPF).

1.3.REQUISITOS DO PROFISSIONAL DOS SERVIOS DE VIGILNCIA


Os servios de vigilncia sero executados por profissional qualificado nos termos da
Lei n 7.102/83, regulamentada pelo Decreto n 89.056/83.
Para o exerccio da profisso, o vigilante dever preencher os seguintes requisitos, nos
termos do art. 15 da Lei n 7.102/83:
I. Ser brasileiro.
II. Ter idade mnima de 21 (vinte e um) anos.
2A Ufir (Unidade Fiscal de Referncia) consiste em um fator de correo, principalmente para os impostos. Foi extinta pela
Medida Provisria n 2.095/76, de 13 de junho de 2001. O ltimo valor fixado para Ufir foi de R$ 1,0641 para o ano 2000.

11

CAPTULO I -Especificaes Tcnicas

III. Ter instruo correspondente quarta srie do primeiro grau3.


IV. Ter sido aprovado em curso de formao de vigilante, realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos da Lei n 7.102/83.
V. Ter sido aprovado em exame psicotcnico e de sade fsica e mental.
VI. No ter antecedentes criminais registrados.
VII. Estar quite com as obrigaes eleitorais e militares.
Ser assegurado ao vigilante:
I. Uniforme especial s expensas da empresa a que se vincular.
II. Porte de arma, quando em servio.
III. Priso especial por ato decorrente do servio.
IV. Seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora.

1.4.VIGILNCIA ELETRNICA ASPECTOS GERAIS


Os servios de instalao e manuteno de circuito fechado de TV ou de quaisquer
outros meios de vigilncia eletrnica so servios de engenharia, para os quais devem ser
contratadas empresas que estejam registradas no CREA e que possuam profissional qualificado em seu corpo tcnico (engenheiro), detentor de atestados tcnicos compatveis com
o servio a ser executado (art. 5 da Resoluo 1.010, de 22 de agosto de 2005).
vedada a licitao para a contratao de servios de instalao, manuteno ou aluguel de equipamentos de vigilncia eletrnica em conjunto com servios contnuos de vigilncia armada/desarmada ou de monitoramento eletrnico.
Nos termos do Parecer 559/2012 DELSP/CGCSP4, as atividades descritas pelo consulente (comercializao de equipamentos, confeco de uniformes), salvo o monitoramento
eletrnico (melhor examinado abaixo), no constituem decorrncia da atividade de segurana privada, tratando-se de comrcio alheio prestao dos servios de segurana privada. (...) No que se refere ao monitoramento eletrnico, esta CGCSP j tem entendimento
firmado no sentido de que empresas de segurana privada podem prestar servios de monitoramento eletrnico (decorrncia de vigilncia patrimonial ou de transporte de valores),
3 O requisito estabelecido no inciso III, de ter instruo correspondente quarta srie do primeiro grau, no se aplica aos
vigilantes admitidos at a publicao da Lei n 7.102/83, ocorrida em 21 de junho de 1983.
4 Parecer n 559/2012, exarado pela Diviso de Estudo, Legislao e Pareceres da Coordenao Geral de Controle de Segurana Privada do Departamento de Polcia Federal. Disponvel em: <http://www.dpf.gov.br/servicos/seguranca-privada/
legislacao-normas-e-orientacoes/pareceres>.

12

CAPTULO I -Especificaes Tcnicas

sendo vedada, no entanto, a comercializao autnoma de equipamentos de segurana


eletrnica sem a prestao do servio de monitoramento correspondente.
Nesse mesmo sentido, dispe o Parecer n 835/2012 DELP/CGSP: No entanto, e
j observado o item b da presente consulta, esta CGCSP tem entendido reiteradamente
(Parecer n 33/01 ASS/GAB/DCSP/DPF, Ofcio 1.268/08 DELP/CGCSP, Ofcio n 2.268/08
DELP/CGCSP, Despacho 2.902/04 DELP/CGCSP, Despacho 172/00, 33/09 DELP/CGCSP,
646/10 DELP/CGCSP, Despacho 654/11 DELP/CGCSP) que as empresas de segurana
privada podem tambm prestar servios de vigilncia eletrnica, sendo vedados, contudo,
a venda, aluguel ou qualquer forma de comercializao autnoma de material e equipamentos de segurana sem a prestao do servio de monitoramento correspondente. Tal
entendimento se d sob a considerao de que a Lei n 7.102/83 no veda a utilizao de
tecnologias para a realizao de vigilncia patrimonial (art. 10, inciso I) e, desse modo, a
utilizao do monitoramento eletrnico constitui um instrumento plenamente relacionado
vigilncia patrimonial (considerado como plus correlato s suas atividades principais
MSG n 94/09 DELP/CGCSP). (...) Como visto, a CGCSP entende ser possvel que tais atividades sejam prestadas por empresas de segurana privada (vedada a comercializao
autnoma do material ou equipamento), no havendo impedimento, no entanto, para que
tais servios sejam prestados por empresas de segurana eletrnica. No se trata, com
efeito, de atividade exclusiva a ser prestada por vigilante, conforme registrado no Ofcio
n 33/09 DELP/CGCSP: (...) segundo o entendimento da CGCSP, a atividade de monitoramento, assim entendida aquela atividade interna, de acompanhamento remoto dos sinais
emitidos por cmeras e demais equipamentos instalados nos locais onde a empresa possui
contrato, no atividade exclusiva da funo de vigilante.

1.5.BOAS PRTICAS SUSTENTVEIS PARA SERVIOS DE VIGILNCIA


A vigilncia patrimonial uma atividade meio da Administrao, um servio contnuo
exercido por empresa especializada, devidamente autorizada, o qual busca garantir a incolumidade fsica das pessoas e a integridade do patrimnio local. Assim, algumas prticas
sustentveis devem ser includas na contratao desses servios.
Para tanto, os dirigentes e a equipe que prestaro o servio devero ser instrudos
sobre a importncia das polticas de sustentabilidade, tanto nos aspectos que regulem a
interao do homem com a natureza em atividades cotidianas, visto que os recursos naturais so finitos, quanto na questo social, com ateno especial aos direitos trabalhistas e
proteo aos direitos humanos.
Aspectos relevantes a serem includos no Termo de Referncia e/ou na Minuta de Contrato:
13

CAPTULO I -Especificaes Tcnicas

I. Dever ser firmado entre o rgo/entidade e a empresa contratada o Acordo de


Nvel de Servio (ANS), a fim de balizar a execuo dos servios dentro dos padres
de qualidade acordados, inclusive a forma de faturamento de atividades que podem ser executadas de maneira simultnea.
II. A contratada deve adotar prticas de gesto que garantam os direitos trabalhistas
e o atendimento s normas internas e de segurana e medicina do trabalho para
seus empregados.
III. de responsabilidade da contratada reservar 25% do seu quadro administrativo
para mulheres e portadores de deficincia.
IV. So proibidos quaisquer atos de preconceito de raa, cor, sexo, orientao sexual
ou estado civil na seleo de vigilantes no quadro da empresa.
V. responsabilidade da contratada a comprovao da formao tcnica especfica
dos vigilantes, comprovadamente.
VI. dever da contratada a promoo de curso de educao, formao, aconselhamento, preveno e controle de risco aos trabalhadores, bem como sobre prticas
socioambientais para economia de energia, de gua e reduo de gerao de resduos slidos no ambiente onde se prestar o servio.
VII. obrigao da contratada a administrao de situaes emergenciais de acidentes
com eficcia, mitigando os impactos aos empregados, colaboradores, usurios e
ao meio ambiente.
VIII. A contratada deve conduzir suas aes em conformidade com os requisitos legais
e regulamentos aplicveis, observando tambm a legislao ambiental para a preveno de adversidades ao meio ambiente e sade dos trabalhadores e envolvidos na prestao dos servios.
IX. A contratada dever disponibilizar os Equipamentos de Proteo Individual (EPIs)
aos vigilantes para a execuo das atividades de modo confortvel, seguro e de
acordo com as condies climticas, favorecendo a qualidade de vida no ambiente
de trabalho.
X. S ser admitido o uso de veculos eficientes, que respeitem os critrios previstos no Programa de Controle da Poluio por Veculos Automotores (PROCONVE)/
Programa de Controle da Poluio do Ar por Motociclos e Veculos Similares (PROMOT) e movidos a biocombustvel.
XI. A contratada dever utilizar bicicletas em substituio aos veculos motorizados
para a realizao de rondas, sempre que possvel, de modo a reduzir as emisses
de gases poluentes.
14

CAPTULO I -Especificaes Tcnicas

XII. A contratada dever orientar sobre o cumprimento, por parte dos funcionrios,
das Normas Internas e de Segurana e Medicina do Trabalho, tais como preveno
de incndio nas reas da prestao de servio, zelando pela segurana e pela sade dos usurios e da circunvizinhana.
XIII. S ser admitida a utilizao de equipamentos e materiais de intercomunicao
(como rdios, lanternas e lmpadas) de menor impacto ambiental.
XIV. A contratada dever observar a Resoluo CONAMA n 401/2008, para a aquisio
de pilhas e baterias para serem utilizadas nos equipamentos, bens e materiais de
sua responsabilidade, respeitando os limites de metais pesados, como chumbo,
cdmio e mercrio.
XV. A contratada dever utilizar pilhas recarregveis para uso em lanternas em rondas
realizadas no perodo noturno, evitando o uso de pilhas ou baterias que contenham substncias perigosas em sua composio.
XVI. A gesto de segurana patrimonial da contratada dever utilizar monitores LCD ou
LED que reduzam o consumo de energia face aos convencionais, quando da vigilncia eletrnica.
XVII. A contratada dever utilizar planilhas eletrnicas para registro de entrada e sada
de pessoas e materiais no ambiente de prestao de servios para controlar acessos e realizar anlises gerenciais, evitando o uso de papel.
XVIII. A contratada dever eliminar o uso de copos descartveis na prestao de servios
nas dependncias do rgo ou entidade.
XIX. obrigao da contratada destinar de forma ambientalmente adequada todos os
materiais e equipamentos que foram utilizados na prestao de servios.
XX. A fiscalizao da execuo dos servios abrange todos os procedimentos constantes relativos s metas definidas no Termo de Referncia ou Contrato, sob pena de
glosa da respectiva fatura quando do no cumprimento.
XXI. O fornecimento de produtos e servios deve ser acompanhado de Acordos de Nveis de Servios (ANS) que assegurem a qualidade, a disponibilidade, o tempo de
atendimento e a correo de defeitos dentro de parmetros compatveis com as
atividades de sustentabilidade previstas com as seguintes condies:
a) Permitir situao que crie a possibilidade de causar dano fsico, leso corporal ou consequncias letais, por ocorrncia.
b) Suspender ou interromper o servio por dia, salvo por motivo de fora
maior.
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CAPTULO I -Especificaes Tcnicas

c) Permitir a presena de vigilante sem uniforme, em condies inapropriadas de apresentao ou sem crach de identificao, por empregado e por
ocorrncia.
d) No zelar pelas instalaes do rgo, por posto e por dia.
e) Deixar de fornecer os EPIs, quando exigido em lei ou conveno, aos seus
empregados e de impor penalidades aos que se negarem a us-los, por
empregado e por ocorrncia.
f) No efetuar o pagamento de salrios, seguros, encargos fiscais e sociais,
bem como quaisquer despesas relacionadas execuo do contrato, por
dia e por ocorrncia.
g) Deixar de estabelecer cotas para mulheres e portadores de necessidades
especiais, conforme definido no Termo de Referncia.
h) Deixar de observar as especificaes de materiais de consumo e bens na
prestao dos servios.
i) No adquirir materiais e bens de menor impacto ambiental quando comparados a outros similares.
j) Deixar de destinar de forma ambientalmente adequada os resduos e materiais adquiridos e utilizados na prestao de servio, por ocorrncia.
k) Deixar de observar a Resoluo CONAMA n 401/2008 para a aquisio de
pilhas e baterias, por ocorrncia.
l) No utilizar bicicletas para a realizao de rondas em pequenas distncias,
sempre que possvel, evitando o uso de veculos, por ocorrncia.
Essas clusulas no impedem que os rgos ou entidades contratantes estabeleam,
nos editais e contratos, a exigncia de observncia de outras prticas de sustentabilidade
ambiental, desde que justificadamente ou que julguem pertinentes para a prestao dos
servios. Outras orientaes podem ser encontradas em <www.cpsustentaveis.planejamento.gov.br>.

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AICNREFER ED OMRET/OCISB OTEJORP AICNLIGIV ED SOIVRES - II OLUTPAC

CAPTULO II - SERVIOS DE VIGILNCIA


PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA
2.1.ELEMENTOS/REQUISITOS
Dever constar no Projeto Bsico ou Termo de Referncia para a contratao deservios de vigilncia:
I. A justificativa do nmero e das caractersticas dos Postos de Servio a serem contratados.
II. Os quantitativos dos diferentes tipos de posto de vigilncia, que sero contratados
por preo mensal do posto.

2.2.LOCAIS DE EXECUO DOS SERVIOS


Os servios de vigilncia sero prestados nas dependncias das instalaes da Administrao, conforme Tabela de Locais constantes em anexo prprio. A atividade de vigilncia
patrimonial somente poder ser exercida dentro dos limites dos imveis vigiados (vide
Portaria n 3.233/2012 DG/DPF).

2.3.UNIDADE DE MEDIDA POSTOS E ESCALAS DE TRABALHO


Nos servios de vigilncia, a unidade de medida adotada consiste em postos de vigilncia. A Intruo Normativa n 2/2008 estabeleceu algumas escalas de trabalho que devem
ser preferencialmente adotadas. A seguir, so apresentadas as escalas de trabalho:
I. 44 (quarenta e quatro) horas semanais diurnas, de segunda-feira a sexta-feira, envolvendo 1 (um) vigilante.
II. 12 (doze) horas diurnas, de segunda-feira a domingo, envolvendo 2 (dois) vigilantes em turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas.
III. 12 (doze) horas noturnas, de segunda-feira a domingo, envolvendo 2 (dois) vigilantes em turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas.
IV. 12 (doze) horas diurnas, de segunda a sexta-feira, envolvendo 2 (dois) vigilantes
em turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas.
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CAPTULO II - SERVIOS DE VIGILNCIA PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

V. 12 (doze) horas noturnas, de segunda a sexta-feira, envolvendo 2 (dois) vigilantes


em turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas.
Sempre que possvel, o horrio de funcionamento dos rgos e a escala de trabalho
dos servidores devero ser adequados para permitir a contratao de vigilncia.
Excepcionalmente, desde que devidamente fundamentada e comprovada a vantagem
econmica para a Administrao, podero ser caracterizados outros tipos de postos, considerando os acordos, convenes ou dissdios coletivos da categoria. Para cada tipo de
posto de vigilncia, dever ser apresentado pelas proponentes o respectivo preo mensal
do posto, calculado conforme a Planilha de Custos e Formao de Preos.
Os preos dos postos constantes dos incisos IV e V do art. 50 da Instruo Normativa
n 2/2008 no podero ser superiores aos preos dos postos equivalentes previstos nos
incisos II e III do mesmo artigo da referida Instruo Normativa.
O Anexo VI da Instruo Normativa n 2/2008 traz especificaes exemplificativas para
a contratao de servios de vigilncia, devendo ser adaptadas s especificidades da demanda de cada rgo ou entidade contratante.
Os rgos/entidades da Administrao Pblica Federal devero realizar estudos, visando otimizar os postos de vigilncia, de forma a extinguir aqueles que no forem essenciais,
substituir por recepcionistas aqueles que tenham como efetiva atribuio o atendimento
ao pblico e definir diferentes turnos, de acordo com as necessidades do rgo ou entidade, para postos de escala 44h semanais, visando eliminar postos de 12 x 36h que ficam
ociosos nos fins de semana.

2.4.VEDAES
vedada:
I. A licitao para a contratao de servios de instalao, manuteno ou aluguel
de equipamentos de vigilncia eletrnica em conjunto com servios contnuos de
vigilncia armada/desarmada ou de monitoramento eletrnico.
II. A licitao para a contratao de servio de brigada de incndio em conjunto com
servios de vigilncia.
Os servios de instalao e manuteno de circuito fechado de TV ou de quaisquer
outros meios de vigilncia eletrnica so servios de engenharia, para os quais devem ser
contratadas empresas que estejam registradas no CREA e que possuam profissional qualificado em seu corpo tcnico (engenheiro), detentor de atestados tcnicos compatveis com
o servio a ser executado.
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CAPTULO II - SERVIOS DE VIGILNCIA PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

2.5.DESCRIO DOS SERVIOS


A Instruo Normativa n 2/2008 apresenta uma descrio dos servios, rotinas e procedimentos das atividades de vigilncia descritas a seguir.
A prestao dos servios de vigilncia, nos postos fixados pela Administrao, envolve
a alocao, pela contratada, de mo de obra capacitada para:
Comunicar imediatamente Administrao, bem como ao responsvel pelo posto,
qualquer anormalidade verificada, inclusive de ordem funcional, para que sejam
adotadas as providncias de regularizao necessrias.
Manter afixado no posto, em local visvel, o nmero do telefone da Delegacia de
Polcia da Regio, do Corpo de Bombeiros, dos responsveis pela administrao da
instalao e outros de interesse, indicados para o melhor desempenho das atividades.
Observar a movimentao de indivduos suspeitos nas imediaes do posto, adotando as medidas de segurana conforme orientao recebida da Administrao,
bem como as que entenderem oportunas.
Permitir o ingresso nas instalaes somente de pessoas previamente autorizadas
e identificadas.
Fiscalizar a entrada e sada de veculos nas instalaes, identificando o motorista
e anotando a placa do veculo, inclusive de pessoas autorizadas a estacionar seus
carros particulares na rea interna da instalao, mantendo sempre os portes
fechados.
Repassar para o(s) vigilante(s) que est(o) assumindo o posto, quando da rendio, todas as orientaes recebidas e em vigor, bem como eventual anomalia
observada nas instalaes e suas imediaes.
Comunicar rea de segurana da Administrao todo acontecimento entendido
como irregular e que possa vir a representar risco para o patrimnio da Administrao.
Colaborar com as Polcias Civil e Militar nas ocorrncias de ordem policial dentro
das instalaes da Administrao, facilitando a atuao daquelas, inclusive na indicao de testemunhas presenciais de eventual acontecimento.
Controlar rigorosamente a entrada e sada de veculos e pessoas aps o trmino de
cada expediente de trabalho, feriados e fins de semana, anotando em documento
prprio o nome, registro ou matrcula, cargo, rgo de lotao e tarefa a executar.
Proibir o ingresso de vendedores, ambulantes e assemelhados nas instalaes,
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CAPTULO II - SERVIOS DE VIGILNCIA PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

sem que estes estejam devida e previamente autorizados pela Administrao ou


responsvel pela instalao.
Proibir a aglomerao de pessoas junto ao posto, comunicando o fato ao responsvel pela instalao e segurana da Administrao, no caso de desobedincia.
Proibir todo e qualquer tipo de atividade comercial junto ao posto e imediaes
que implique ou oferea risco segurana dos servios e das instalaes.
Proibir a utilizao do posto para guarda de objetos estranhos ao local, de bens de
servidores, de empregados ou de terceiros.
Executar a(s) ronda(s) diria(s) conforme a orientao recebida da Administrao, verificando as dependncias das instalaes, adotando os cuidados e providncias necessrios para o perfeito desempenho das funes e manuteno da tranquilidade.
Assumir diariamente o posto, devidamente uniformizado, barbeado, de cabelos
aparados, limpos e com aparncia pessoal adequada.
Manter o(s) vigilante(s) no posto, no devendo se afastar(em) de seus afazeres,
principalmente para atender a chamados ou cumprir tarefas solicitadas por terceiros no autorizados.
Registrar e controlar, juntamente com a Administrao, diariamente, a frequncia
e a pontualidade de seu pessoal, bem como as ocorrncias do posto onde estiver
prestando seus servios.
A programao dos servios ser feita periodicamente pela Administrao e devero
ser cumpridos, pela contratada, com atendimento sempre corts e de forma a garantir as
condies de segurana das instalaes, dos servidores e das pessoas em geral.

2.6.RESPONSABILIDADES DA CONTRATADA
A Instruo Normativa 2/2008 elenca algumas responsabilidades a cargo da contratada
descritas a seguir:
Comprovar a formao tcnica especfica da mo de obra oferecida, por meio de
Certificado de Curso de Formao de Vigilantes, expedido por instituio devidamente habilitada e reconhecida.
Implantar, imediatamente aps o recebimento da autorizao de incio dos servios, a mo de obra nos respectivos postos relacionados no Anexo Tabela de Locais
e nos horrios fixados na escala de servio elaborada pela Administrao, informando, em tempo hbil, qualquer motivo impeditivo ou que a impossibilite de
assumir o posto conforme o estabelecido.
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CAPTULO II - SERVIOS DE VIGILNCIA PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

Fornecer uniformes e seus complementos mo de obra envolvida, conforme a


seguir descrito, de acordo com o clima da regio e com o disposto no respectivo
Acordo, Conveno ou Dissdio Coletivo de Trabalho: cala, camisa de mangas compridas e curtas, cinto de nilon, sapatos, meias, quepe com emblema, jaqueta de
frio ou japona, capa de chuva, crach, revlver calibre 38, cinto com coldre e baleiro, munio calibre 38, distintivo tipo broche, livro de ocorrncia, cassetete, porta
cassetete, apito, cordo de apito, lanterna 3 pilhas, pilhas para lanterna.
A contratada no poder repassar os custos de qualquer um dos itens de uniforme
e equipamentos a seus empregados.
Apresentar Administrao a relao de armas e cpias autenticadas dos respectivos
Registro de Arma e Porte de Arma, que sero utilizadas pela mo de obra nos postos.
Fornecer as armas, munio e respectivos acessrios ao vigilante no momento da
implantao dos postos.
Oferecer munio de procedncia de fabricante, no sendo permitido em hiptese
alguma o uso de munies recarregadas.
Prever toda a mo de obra necessria para garantir a operao dos postos, nos
regimes contratados, obedecidas as disposies da legislao trabalhista vigente.
Apresentar atestado de antecedentes civil e criminal de toda mo de obra oferecida para atuar nas instalaes da Administrao.
Efetuar a reposio da mo de obra nos postos, em carter imediato, em eventual
ausncia, no sendo permitida a prorrogao da jornada de trabalho (dobra).Manter disponibilidade de efetivo dentro dos padres desejados, para atender a eventuais acrscimos solicitados pela Administrao, bem como impedir que a mo de
obra que cometer falta disciplinar, qualificada como de natureza grave, seja mantida ou retorne s instalaes.
Atender de imediato s solicitaes de substituio da mo de obra, qualificada ou
entendida como inadequada para a prestao dos servios.
Instruir ao seu preposto quanto necessidade de acatar as orientaes da Administrao, inclusive no que se refere ao cumprimento das Normas Internas e de
Segurana e Medicina do Trabalho.
Relatar Administrao toda e qualquer irregularidade observada nos postos das
instalaes onde houver prestao dos servios.
Os supervisores da contratada devero, obrigatoriamente, inspecionar os postos
no mnimo 1 (uma) vez por semana, em dias e perodos (diurno das 7h/15h e noturno das 15h/23h) alternados.
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CAPTULO II - SERVIOS DE VIGILNCIA PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

A arma dever ser utilizada somente em legtima defesa, prpria ou de terceiros,


e na salvaguarda do patrimnio da Administrao, aps esgotados todos os outros
meios para a soluo de eventual problema.

2.7.FISCALIZAO DOS SERVIOS


A fiscalizao da Administrao ter livre acesso aos locais de trabalho da mo de obra
da contratada. Alm disso, no permitir que a mo de obra execute tarefas em desacordo
com as preestabelecidas.

2.8.TABELA DE ENDEREOS
Os servios de vigilncia sero prestados nas dependncias das instalaes da Administrao, conforme Tabela de Locais constantes em anexo prprio.

22

SIAICNEREFER SEROLAV - III OLUTPAC

CAPTULO III VALORES REFERENCIAIS


3.1.ASPECTOS GERAIS
O Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MP), em parceria com a Fundao Instituto de Administrao (FIA), realizou estudos dos fatores, parmetros e outros
elementos que compem o custo dos servios de vigilncia e de limpeza e conservao
contratados pela Administrao Federal, atendendo recomendao do Tribunal de Contas da Unio.
Esses estudos subsidiam, a partir de 2010, a definio dos valores limites para contratao e resultaram em uma nova metodologia na elaborao dos valores limites para
contratao dos servios de vigilncia e limpeza.
O modelo aqui apresentado diz respeito composio dos valores limites para os servios de limpeza e vigilncia em condies ordinrias, e no a situaes especficas derivadas das caractersticas tpicas de alguns rgos, razo pela qual deve ser adaptado ao que
requer cada situao.
Os valores referenciais (tambm denominados valores limites) consistem nos limites
mximos de preos a serem observados pelos rgos/entidades da Administrao integrantes do Sistema de Servios Gerais (SISG), ou seja, Administrao Pblica direta, autarquias e fundaes pblicas.
Os valores referenciais foram estabelecidos observando as peculiaridades, as convenes coletivas e os parmetros estatsticos prprios de cada Unidade da Federao.
Esses valores estabelecidos para contratao de servios de limpeza e conservao so publicados anualmente por meio de Portarias da Secretaria de Logstica e Tecnologia de Informao.
Lembrando que tais valores consideram apenas as condies ordinrias de contratao, no incluindo necessidades excepcionais na execuo do servio que venham a representar custos adicionais para a contratao.
Existindo tais condies, estas podero ser includas nos preos das propostas, de modo
que o seu valor final poder ficar superior ao valor limite estabelecido.Entretanto, descontando-se o adicional, o valor proposto deve estar dentro do valor limite estabelecido, sob
pena de desclassificao.
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CAPTULO III - VALORES REFERENCIAIS

Os valores limites estabelecidos em Portarias no limitam a repactuao de preos que


ocorrer durante a vigncia contratual, mas apenas os preos decorrentes de nova contratao ou renovao do contrato, tendo em vista que o art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal assegura aos contratados o direito de receber pagamento se mantidas as condies
efetivas da proposta.
Quando da prorrogao contratual, os contratos cujos valores estiverem acima dos limites estabelecidos nas Portarias da SLTI devero ser renegociados para se adequarem aos
novos limites, vedando-se a prorrogao de contratos cuja negociao resultar insatisfatria, devendo o rgo proceder novo certame licitatrio.
Art. 30-A (omissis)
()
2 A Administrao no poder prorrogar o contrato quando: (Includo pela Instruo
Normativa n 3, de 16 de outubro de 2009)
I os preos estiverem superiores aos estabelecidos como limites pelas Portarias do
Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, admitindo-se a negociao para reduo de preos; ou (Includo pela Instruo Normativa n 3, de 16 de outubro de 2009)

Ressaltamos que a atualizao dos valores limites nas Portarias uma prerrogativa discricionria da Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, que poder, inclusive, reduzi-los, caso verifique que os atuais
valores esto acima do valor de mercado, por qualquer motivo.
Lembrando que os valores limites estabelecidos nas Portarias da SLTI so vlidos independentemente da ocorrncia de novos acordos, dissdios, convenes coletivas e enquanto no forem alterados ou revogados por nova Portaria.
Esclarecemos que os valores mnimos estabelecidos nas Portarias visam garantir a exequibilidade da contratao, de modo que as propostas com preos prximos ou inferiores
ao mnimo devero comprovar sua exequibilidade, de forma inequvoca, sob pena de desclassificao sem prejuzo do disposto nos 3, 4 e 5 do art. 29 da Instruo Normativa
n 2, de 30 de abril de 2008.
Art. 29 (omissis)
(..)
3 Se houver indcios de inexequibilidade da proposta de preo, ou em caso da necessidade de esclarecimentos complementares, poder ser efetuada diligncia, na forma do
3 do art. 43 da Lei n 8.666/93, para efeito de comprovao de sua exequibilidade,
podendo adotar, entre outros, os seguintes procedimentos:

24

CAPTULO III - VALORES REFERENCIAIS

4 Qualquer interessado poder requerer que se realizem diligncias para aferir a exequibilidade e a legalidade das propostas, devendo apresentar as provas ou os indcios
que fundamentam a suspeita.
5 Quando o licitante apresentar preo final inferior a 30% da mdia dos preos ofertados
para o mesmo item, e a inexequibilidade da proposta no for flagrante e evidente pela anlise
da planilha de custos, no sendo possvel a sua imediata desclassificao, ser obrigatria a
realizao de diligncias para aferir a legalidade e a exequibilidade da proposta.

A metodologia de clculo dos valores limites adotada a partir de 2009 representa avano
com relao metodologia anteriormente adotada, pois considera um nmero maior de fatores que incidem sobre o custo dos servios, o que mais adequado realidade.
Apresenta, ainda, maior transparncia metodolgica, tanto em relao aos parmetros
adotados quanto na disponibilizao dos estudos aos rgos pblicos interessados.
Alm disso, observa diferenas peculiares a cada Unidade da Federao no tocante a aspectos demogrficos, do mercado de trabalho, do custo dos uniformes e dos equipamentos,
alm das especificidades estabelecidas pelas respectivas convenes coletivas.
A metodologia foi disponibilizada, sendo objeto de anlise e discusso envolvendo vrios rgos pblicos e tambm com representantes das federaes de trabalhadores e de
empresas que atuam no mercado de servios de limpeza e vigilncia. Algumas das colaboraes apresentadas foram incorporadas no modelo de clculo de valores limites.

3.2.UM BREVE HISTRICO SOBRE A NORMATIZAO DOS SERVIOS


O estabelecimento dos preos de referncia para os servios de vigilncia e limpeza
teve como marco regulatrio inicial a Instruo Normativa n 13, de 30 de outubro de
1996. Nesse perodo, foram publicadas as primeiras portarias de fixao de valores limites
para cada Unidade da Federao e categoria profissional (vigilncia e limpeza), as Portarias
n 3.194/96 e 3.256/96, respectivamente. Ambas dispunham, expressamente, que, para
o clculo dos valores-limite, deveria ser adotado o percentual de encargos sociais de 89%.
Em 1997, o Decreto n 2.271/97 revogou o Decreto n 2.031/96, e a Instruo Normativa n18/97 revogou a Instruo Normativa n 13/96, entretanto, manteve-se a sistemtica
de fixao de valores limites para as contrataes dos referidos servios por meio de portarias publicadas anualmente.
Embora tais portarias no apresentassem mais, expressamente, o percentual de encargos sociais utilizado para o clculo dos valores, a metodologia de clculo adotada para
composio dos valores limites no perodo de 2001 a 2006 utilizava os dados estatsticos
decorrentes de memorial de clculo da Fundao Getulio Vargas (FGV).
25

CAPTULO III - VALORES REFERENCIAIS

O modelo de Planilha de Custo e Formao de Preo apresentado nos anexos da IN/


MARE n 18/97 dividia o custo em remunerao, encargos sociais (grupos de A a E), insumos, despesas administrativas operacionais, lucros e tributos. Para a formao do preo
dos servios de limpeza, adotou-se um fator de produtividade para o clculo da quantidade
de trabalhadores em funo das caractersticas das instalaes.
Em 2007, o Ministrio do Planejamento em parceria com o Banco Mundial e a Fundao Instituto de Administrao iniciaram os estudos de reviso da metodologia para obteno do custo dos servios. Em junho de 2008, foram concludos os trabalhos, cujos resultados foram consolidados em relatrio final apresentado em junho de 2008.
Alm da proposta de metodologia de estabelecimento de custos, o referido relatrio
apresentou um conjunto de recomendaes que tinham como objetivo indicar aes que
pudessem gerar ganhos de eficincia e reduo de custos na contratao de servios de vigilncia e limpeza e indicar tambm boas prticas que pudessem vir a serem adotadas pela
Administrao Pblica Federal, observadas as restries impostas pela lei.
Entre as principais recomendaes elencadas, destacamos:
Necessidade de gesto ativa dos servios.
Oportunidade de realizao de estudos de produtividade da mo de obra e dos
insumos.
Elaborao de modelos de planos de segurana e limpeza.
Adoo de forma de mensurao dos servios padronizada.
Controle da qualidade dos servios prestados.
Provisionamento financeiro de valores pagos s empresas para utilizao posterior
(tais como proviso para frias e 13 salrio).
Em 2008, o Tribunal de Contas da Unio, por meio do Acrdo n 1.753/2008 Plenrio, realizou anlise minuciosa da composio dos valores limites de limpeza e vigilncia e
da metodologia de clculo ento utilizada pelo Ministrio do Planejamento. Uma das principais determinaes do Tribunal de Contas da Unio consistia:
9.1.1. realize estudos visando atualizar os percentuais que compem as vrias rubricas
da planilha de formao de preos que subsidiam a fixao de valores limite para as contrataes dos servios terceirizados de vigilncia e limpeza e conservao, em especial
os percentuais de encargos sociais e reserva tcnica, utilizando dados estatsticos por
Estados da Federao;

Tais determinaes implicaram na reviso da metodologia para a obteno do custo da


mo de obra dos servios em tela, segundo o modelo proposto pela FIA.
26

SIAICNEREFER SEROLAV SOD OISOPMOC AD OLUCLC ED AIGOLODOTEM - VI OLUTPAC

CAPTULO IV - METODOLOGIA DE CLCULO DA


COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS
4.1OBJETIVO
A nova metodologia tem o propsito de orientar os agentes pblicos responsveis pela
contratao de servios de limpeza e vigilncia, executados de forma contnua em edifcios
pblicos e em condies ordinrias, na realizao de uma contratao por preo justo, a
partir do estabelecimento do preo mximo e um preo mnimo (no caso de servios de
limpeza) que a Administrao est disposta a pagar.
Lembrando que valor mnimo constitui-se um patamar abaixo do qual o cumprimento
das obrigaes legais e estabelecidas em acordos ou convenes coletivas pelas empresas
corre risco de inexequibilidade, o que exige do gestor procedimentos de ateno para verificar a viabilidade da proposta apresentada.
Procura-se, com isso, ao mesmo tempo evitar o estabelecimento de preo artificialmente elevado e a contratao de servios por preo muito reduzido que possam levar ao
inadimplemento do contrato, com prejuzo para a Administrao Pblica.
No entanto, os valores limites so parmetros balizadores da deciso; caso a necessidade dos servios apresente condies especiais, o valor do contrato poder ser superior
ao valor limite calculado.
Da mesma forma, a inexequibilidade deve ser analisada no caso concreto, ou seja, o
gestor deve promover diligncias para obteno de informaes complementares em caso
de proposta de preo abaixo do valor de ateno. Se for verificado que o proponente comprovou que seus preos so exequveis, a proposta poder ser aceita.

4.2PARMETROS DOS REGIMES DE TRABALHO


Para o clculo da proporo dos dias de folga no ms e do nmero de dias de trabalho,
foi considerado como referncia o regime de trabalho da respectiva categoria.
O nmero de dias de trabalho por ano foi calculado levando em conta a existncia de
1 ano bissexto (ms de fevereiro = 29 dias) a cada quatro anos, o que representa 365,25
dias por ano.
27

CAPTULO IV - METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

Como decorrncia, considera-se que cada ms tenha 30,4375 dias.


O nmero de dias de trabalho mdio por ms calculado pela frmula:
(Nmero de dias de trabalho do ms) = (Nmero de dias do ms) * [1 - Proporo de
dias de folga no ms)
Exemplo 1 : 20,84 = (30,4375) * ( 1 - 31,544%) =
31,544% - Proporo de dias de folga no ms para uma jornada de 44 horas semanais.
Na escala 12 x 36, cada dia trabalhado seguido de um dia de descanso, o que resulta
em uma proporo de 50% dos dias do ms de folga. Para essa escala, o custo de adicional
de hora extra em feriados est demonstrado na sesso Horas Extras.
Exemplo 2 : 15,22 = (30,4375) * ( 1 - 50,000%) =
50,000% - Proporo de dias de folga no ms para uma jornada de 12 x 26.
A proporo de dias de feriados no ano foi calculada com base nos seguintes fatores:
Nmero de feriados de data fixa (ex.: 7 de setembro) da UF.
Probabilidade do feriado de data fixa no coincidir com domingos (6/7 = 85,7%).
Feriados mveis (ex.: Sexta-Feira Santa).
A frmula de clculo :
(Proporo de feriados) = ( { [ (Nmero de feriados de data fixa da UF) x (Probabilidade
de no coincidir com Domingos) ] + (Feriados Mveis) } / (Nmero de dias do ano) ) x 100.

4.3POSTOS E ESCALAS DE TRABALHO


Nos termos da Instruo Normativa n 2/2008, devero preferencialmente ser consideradas as seguintes escalas de trabalho:
I. 44 (quarenta e quatro) horas semanais diurnas, de segunda a sexta-feira, envolvendo 1 (um) vigilante;
II. 12 (doze) horas diurnas, de segunda-feira a domingo, envolvendo 2 (dois) vigilantes em turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas;
III. 12 (doze) horas noturnas, de segunda-feira a domingo, envolvendo 2 (dois) vigilantes em turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas;
IV. 12 (doze) horas diurnas, de segunda a sexta-feira, envolvendo 2 (dois) vigilantes
em turnos de 12(doze) x 36 (trinta e seis) horas;
V. 12 (doze) horas noturnas, de segunda a sexta-feira, envolvendo 2 (dois) vigilantes
em turnos de 12(doze) x 36 (trinta e seis) horas;
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CAPTULO IV - METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

Ressaltamos que, sempre que possvel, o horrio de funcionamento dos rgos e a


escala de trabalho dos servidores dever ser adequada para permitir a contratao de vigilncia conforme as escalas acima previstas.
Excepcionalmente, desde que devidamente fundamentada e comprovada a vantagem
econmica para a Administrao, podero ser caracterizados outros tipos de postos, considerando os acordos, convenes ou dissdios coletivos da categoria.
Para cada tipo de posto de vigilncia, dever ser apresentado pelas proponentes o
respectivo Preo Mensal do Posto, calculado conforme a Planilha de Custos e Formao de
Preos, contida no Anexo III da Instruo Normativa n 2/2008.

4.4PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA O CLCULO DOS VALORES REFERENCIAIS


Os procedimentos adotados na nova metodologia observam a sequncia de clculo
adotada pelos departamentos de pessoal das empresas para o processamento da folha de
pagamento e de seus reflexos. Esse padro foi preferido ao mtodo invertido (grupos A a
F), em que os encargos so calculados em sequncia diversa da natural, o que gera a necessidade de considerar frequentes efeitos intercorrentes entre as categorias de encargos.
So considerados os adicionais (como periculosidade, insalubridade, noturno e outros), que modificam o custo final da mo de obra, bem como todos os custos decorrentes
de condies estabelecidas no Acordo ou Conveno Coletivos estabelecidos entre os sindicatos de cada categoria profissional e Unidade da Federao.
O clculo estruturado segundo fatores de custo compostos por itens necessrios para
a prestao do servio com natureza semelhante, permitindo melhor entendimento da
composio do custo total.
Para cada um dos itens que compem o custo total, estabelecido o valor de referncia sobre o qual incidir aquele item, segundo o que estabelece a legislao trabalhista ou o
acordo coletivo. Como decorrncia, a base de clculo de um mesmo item pode variar entre
Unidades da Federao diferentes, resultando em pesos diversos para o mesmo item na
composio do custo.
O custo calculado segundo as principais jornadas de trabalho praticadas (12 x 36 horas no perodo, 12 x 36 horas no perodo noturno e 44 horas semanais) tanto para o trabalhador direto (vigilante ou servente) quanto para o supervisor. Para a apurao dos valores
limites para contratao, o custo do supervisor rateado entre o nmero de trabalhadores
diretos supervisionados.
O clculo do valor mximo total estruturado nos seguintes fatores:
Composio da remunerao.
29

CAPTULO IV - METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

Salrio-base.
Adicional de periculosidade, insalubridade e outros.
Adicional por trabalho noturno.
Horas extras.
Encargos e benefcios anuais e mensais.
13 salrio e adicional de frias.
Previdncia social e FGTS.
Benefcios mensais acordados.
Afastamento maternidade.
Resciso.
Uniformes, equipamentos e reciclagem.
Reposio de profissional ausente.
Benefcios dirios acordados.
Valor calculado por trabalhador.
Custo total por trabalhador (soma dos itens anteriores).
Insumos.
Custos indiretos, tributos e lucro (CITL).
Valor final do posto.
Valor por trabalhador.
Valor por posto.
Valor por posto do supervisor.
Valor do posto supervisionado (posto + supervisor).
a) Custo de reposio do profissional ausente
Para que no haja prejuzo na prestao dos servios, necessrio determinar o custo
relativo substituio de um trabalhador que no esteja presente no local contratado por
algum dos motivos previsto na legislao trabalhista. Como as condies de remunerao,
adicionais e benefcios so as mesmas para o substituto, o custo de reposio do profissional ausente por um dia, corresponde ao custo dirio do trabalhador normal.
O principal motivo de ausncia de um profissional decorre das suas frias, quando a
empresa contratada deve alocar outro pelo perodo de 30 dias. Caso a empresa e o tra30

CAPTULO IV - METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

balhador optem por um perodo de frias mais curto e a remunerao adicional dos dias
trabalhados, esse custo ocorrer com nus para a empresa, no estando previsto ressarcimento no clculo do custo.
Para os demais motivos das chamadas ausncias legais, foi feita a estimativa da probabilidade da ocorrncia do evento, segundo os dados mais precisos disponveis, e esta
foi multiplicada pelo nmero de dias de ausncia previstos na legislao. O resultado foi
calculado como porcentagem do tempo de trabalho em um ano para a apurao do custo.
Tomando como exemplo o custo das licenas-paternidade para vigilncia no Estado do Rio
de Janeiro, consideram-se os seguintes fatores:
Porcentagem de homens em relao ao total de empregados nas empresas da atividade econmica no Rio de Janeiro: 95,03%.
Taxa de paternidade no Rio de Janeiro: 5,3% ao ano.
Probabilidade de ocorrncia de licena-paternidade: 4,93%.
Durao da licena-paternidade: 5 dias seguidos.
Quantidade de dias a serem repostos nas jornadas 12 x 36 horas: 2,5 dias.
Quantidade de dias a considerar no custo de reposio do profissional ausente
(Probabilidade de ocorrncia de licena-paternidadexQuantidade de dias a serem
repostos) nas jornadas de 12 x 36 horas: 0,1233 dias.
Quantidade de dias a serem repostos nas jornadas de 44 horas semanais que no
coincidem com domingos: 4,28 dias.
Quantidade de dias a considerar no custo de reposio do profissional ausente
(Probabilidade de ocorrncia de licena-paternidadexQuantidade de dias a serem
repostos) nas jornadas de 44 horas semanais: 0,1688 dias.
b) Fatores de custo com base estatstica
Um conjunto de fatores que representam custo para o contratante e que tm ocorrncia incerta passam a ser tratados com base em dados estatsticos relacionados
ao evento gerador do custo. Incluem-se nessa situao:
Auxlio-creche.
Afastamento maternidade.
Eventos com ausncias amparadas por dispositivo legal (licena-paternidade, bito, casamento, etc.).
Para cada um dos fatores, foram identificadas as fontes estatsticas mais adequadas, com
o grau de detalhe disponvel. Assim, fatores baseados em dados populacionais obtidos junto
31

CAPTULO IV - METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

ao IBGE foram calculados por Unidade da Federao, que o mesmo espao territorial considerado para os valores limites. Como decorrncia para cada Estado, o peso relativo desses
fatores diferente, ainda que as diferenas sejam pouco expressivas.
c) Proviso para resciso
considerada como custo a proviso para resciso de todos os contratos de trabalho, durante todo o perodo de execuo dos servios. Considera-se que uma parcela dos
trabalhadores trabalhar durante o perodo de aviso prvio enquanto outra parcela ser
indenizada e haver necessidade de substituio imediata.
Os valores limites para servios de limpeza incorporam a estimativa de que 50% dos
trabalhadores tero o aviso prvio indenizado e os 50% restantes estaro sob o aviso trabalhado.
d) Custos indiretos, tributos e lucro
Os custos indiretos so todos os gastos envolvidos diretamente na execuo dos servios, que podem ser caracterizados e quantificados, mas no so passveis de serem apropriados a uma fase especfica, a exemplo do preposto para acompanhamento do contrato,
etc.
As despesas indiretas, embora associadas produo, no esto relacionadas especificamente com o servio, e sim com a natureza de produo da empresa, ou seja, so gastos
devidos estrutura administrativa e organizao da empresa que resultam no rateio entre os diversos contratos que ela detm, a exemplo de gastos com a Administrao Central
e despesas securitrias, que so gastos com seguros legais, tais como seguro de responsabilidade civil.
Os custos e despesas indiretas incluem, entre outros:
Seguro Responsabilidade Civil.
Remunerao de pessoal administrativo.
Transporte do pessoal administrativo.
Aluguel da sede.
Manuteno e conservao da sede.
Despesas com gua, luz e comunicao.
Imposto predial, taxa de funcionamento.
Material de escritrio.
Manuteno de equipamentos de escritrio.
32

CAPTULO IV - METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

Dentro do conceito de lucro bruto, nos termos definidos em estudos elaborados pelo
Governo do Estado de So Paulo, Ministrio Pblico e Supremo Tribunal Federal, adotou-se
uma mdia que limitar a possvel variao de taxa de lucro bruto.
Essa mdia definida com base na margem bruta (mark up), que ento ajustada para
corresponder ao Lucro antes do Imposto de Renda (LAIR) depois dos impostos sobre a Receita Bruta (PIS, COFINS, ISS).
Tendo em vista as consideraes anteriormente citadas, a taxa de lucro bruto que est
sendo utilizada de 6,79% para ambos os servios.
As despesas fiscais so gastos relacionados com o recolhimento de contribuies, impostos e taxas que incidem diretamente no faturamento, tais como PIS, COFINS, ISSQN, etc.
A alquota do PIS de 1,65% para Limpeza e.
A base de clculo da COFINS composta pela totalidade das receitas auferidas pela
pessoa jurdica, independentemente da atividade exercida e da classificao contbil das
receitas, com alquota de 7,60% para os servios delimpeza (art. 2 da Lei n 10.833/03).
O ISSQN varivel segundo o Municpio, foi adotada a alquota vigente na maior parte
das capitais brasileiras, que de 5%.A tabela a seguir apresenta o demonstrativo dos custos indiretos, tributos e lucro para cada um dos servios.
Tabela 1 - Custos indiretos, tributos e lucro para os servios de vigilncia
CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCROS

VIGILNCIA
Percentuais

Tributos sobre a receita


PIS
COFINS
ISS
Total

0,65%
3,00%
5,00%
8,65%
Custo indireto e lucro

Custo indireto
LAIR
Percentual do CITL

6, 00%
6,79%
30,45%

4.5CENRIO DE ATENO
A partir de 2011, passam a ser calculados valores para um cenrio de ateno, que tem
como objetivo indicar a possibilidade de inexequibilidade das propostas, proporcionando
33

CAPTULO IV - METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

ao pregoeiro ou a autoridade responsvel pela homologao da contratao parmetro


que possa subsidi-lo no processo de tomada de deciso.
Considera-se cenrio de ateno aquele em que propostas com valores inferiores naquele cenrio em processo licitatrio apresentam forte indcio de inexequibilidade e para
os quais se justificam a realizao de diligncias.
O valor do cenrio de ateno definido como aquele que capaz de cumprir todas
as obrigaes legais e tributrias e os termos de acordos e convenes coletivas, mas com
custos mais baixos em alguns outros fatores de custo.
Para o clculo do custo no cenrio de ateno, a incidncia dos parmetros utilizados
para o clculo do valor limite alterada, conforme a tabela a seguir:
Tabela 2 - Parmetros adotados nos cenrios mximos e de ateno
PARMETROS

Fonte

Cenrio
Mximo

Cenrio
Ateno

100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%

50%
50%
50%
50%
50%
50%
50%
50%
50%
50%
50%
50%
50%
50%
50%

100%
100%

50%
50%

Dados gerais
Passagem predominante
Nmero de filhos em creche
Licenas-maternidade por ano
Licenas-paternidade por ano
Licenas de casamento por ano
Licenas de bito por ano
Percentual de feriados no coincidentes
Proporo de mulheres
Falecimento de cnjuge, asc., desc.
Casamento
Nascimento de filho
Doao de sangue (anual)
Faltas por consultas mdicas de filho
Exame pr-natal
Considera falecimento de sogra
Insumos
Uniformes (custo anual)

ANTP
IBGE
IBGE
IBGE
IBGE
IBGE
Calendrio
RAIS
Lei, acordo
Lei, acordo
Lei, acordo
Lei, acordo
Acordo coletivo
Acordo coletivo
Acordo coletivo
Limpeza
SP Benchmark
Mercado

Observe que, no cenrio de ateno, os parmetros representam 50% dos parmetros


adotados no cenrio mximo.

34

SOERP ED OAMROF E SOTSUC ED AHLINALP AD OISOPMOC - V OLUTPAC

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE


CUSTOS E FORMAO DE PREOS
5.1.ESTRUTURA
O Modelo de Planilha de Custo e Formao de Preos, anexo III da Instruo Normativa
n 2, de 20 de abril de 2008, alterado pela Portaria n 7, de 10 de maro de 2011, possui
uma estrutura diferente do modelo anteriormente adotado.
A Estrutura desse modelo de planilha constituda por mdulos, submdulos, e quadros resumos.
Os mdulos agrupam itens de custo de mesma natureza ou que de alguma forma estejam relacionados. Os submdulos agregam itens que comporo o mdulo. Os quadros
resumos, por sua vez, agruparo os mdulos.
Os mdulos que compem este modelo de planilha so os seguintes:
Mdulo 1 Composio da Remunerao.
Mdulo 2 Benefcios Mensais e Dirios.
Mdulo 3 Insumos diversos.
Mdulo 4 Encargos Sociais e Trabalhistas.
Mdulo 5 Custos Indiretos, Tributos e Lucro.
Os quadros resumos consolidam os dados dos mdulos para determinar o valor global
da proposta.
Buscou-se, sempre que possvel, inserir a fundamentao legal dos diversos itens que
compem a planilha, inclusive com as disposies contidas na Instruo Normativa n
2/2008, alm dos entendimentos firmados pela Egrgia Corte de Contas da Unio e outros
entendimentos firmados pelos Tribunais Superiores.

35

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.2.MDULO 1 COMPOSIO DA REMUNERAO


5.2.1SALRIO-BASE
a) Salrio-base versus remunerao
o salrio-base percebido pelo profissional em contrapartida pelos servios prestados
mais os adicionais cabveis, tais como hora extra, adicional de insalubridade, adicional de
periculosidade, adicional de tempo de servio, adicional de risco de vida e outros previstos
na legislao ou em conveno coletiva da respectiva categoria.
Maurcio Godinho Delgado (2011) traz a seguinte definio: Salrio o conjunto de
parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado em funo do contrato
de trabalho.
O carter contraprestativo no significa que todas as parcelas sejam em funo da efetiva prestao de servio, mas em funo do contrato de trabalho, porque haver perodos
de interrupo na prestao de servios, contudo o salrio continua devido e pago. Lembrando que todas as parcelas so devidas e pagas diretamente pelo empregador.
Inicialmente, lembramos que remunerao gnero, do qual salrio espcie, que por
sua vez a parcela mais importante.
Nos termos da CLT, apenas a incluso ou no das gorjetas que diferenciam a expresso salrio e remunerao, conforme disposto no art. 457 da CLT.
Fundamentao Legal art. 457 e 458 da CLT

b) Composio da Remunerao
O mdulo 1 Composio da Remunerao: composto pelo salrio normativo da
categoria profissional acrescido dos adicionais previstos em lei ou em acordo, conveno
ou dissdio coletivo.
I

36

Composio da Remunerao

Salrio-base

Adicional de periculosidade

Adicional de insalubridade

Valor (R$)

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Composio da Remunerao

Adicional noturno

Hora noturna adicional

Adicional de hora extra

Intervalo intrajornada

Outros (especificar)

Valor (R$)

Total da Remunerao

c) Aspectos Gerais Salrio-Base Vigilante e Supervisor


O salrio-base estabelecido em Acordo Coletivo a base inicial de clculo utilizada em
todos os passos seguintes.
Para o salrio do supervisor, podem ocorrer trs situaes:
1. O Acordo estabelece o valor do salrio.
2. O Acordo estabelece um percentual de acrscimo sobre o salrio do vigilante.
3. O Acordo no estabelece nem o valor do salrio nem o percentual de acrscimo.
No segundo caso, foi calculado o salrio-base do supervisor da seguinte forma:
(Salrio-Base do Supervisor) = (Salrio-Base do Vigilante) x (Percentual de acrscimo).
Na terceira situao, foi utilizada a mdia do percentual de acrscimo sobre os salrios
dos vigilantes (estabelecidos no Acordo ou calculados) daqueles Acordos de 2010 que estavam na situao 1 ou 2, a mdia de 46%, segundo a frmula:
Acrscimo mdio = [Somatrio de (Salrio-base do supervisor nos acordos onde h
previso) / (Salrio-base do vigilante) - 1)] / (Nmero de acordos onde h previso)
O salrio do supervisor foi ento calculado da seguinte forma:
(Salrio-base do supervisor nos acordos onde NO h previso) = (Salrio-base do vigilante) x (Acrscimo mdio)

37

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

d) Servios de Vigilncia Parmetros e clusulas da CCT/2014 Exemplo: Distrito Federal


Servios de Vigilncia Distrito Federal 2014
Clusulas da Conveno Coletiva
Parmetro
Descrio
Vigncia e bata base
1/01/2014 a 31/12/2014
Salrio-base do vigilante
R$ 1.575,39
Salrio-base supervisor
R$ 1.889,64
Alquota do adicional noturno
14,02%
Adicional de periculosidade (vigilante)
30%
Adicional de periculosidade (supervisor)
15%
Custo unitrio do vale-refeio
R$ 23,00
Custo unitrio da assistncia mdica e familiar
R$ 90,00
Custo unitrio de outros auxlios Fundo para invalidez
R$ 20,00
R$ 10,00
Custo unitrio de outros auxlios Fundo social e
R$ 8,00
odontolgico R$ 7,00

Clusulas
1
3
3
9
3
3
14
14
11
12

e) Valor do salrio normativo Vigilante e Supervisor Exemplo: Distrito Federal


No caso em comento, a CCT do Distrito Federal estabeleceu que a partir de 1 de janeiro de 2014 fica garantido o salrio normativo mnimo para o vigilante e o supervisor,
conforme quadro a seguir:
Salrio do vigilante Clusula 3 da CCT 2014
Salrio normativo
Valor
Vigilante
R$ 1.575,39
Supervisor
R$ 1.889,64

38

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

f) Disposio estabelecida na CCT/2014 Servios de Vigilncia


Fundamentao legal e/ou previso na CCT Salrio Normativo
Descrio

Valor (R$)

Vigilante Salrio Normativo


CLUSULA
TERCEIRA

SALRIO
A partir de 1 de janeiro de 2014, a todo vigilante que trabalha em empresa
de segurana privada, inclusive orgnica, fica garantido o salrio normativo
de R$ 1.575,39 (um mil, quinhentos e setenta e cinco reais e trinta e nove
centavos), que dever ser acrescido de 30% (trinta por cento) de adicional
de periculosidade previsto na Lei n 12.740/2012.
a) a partir de 1 de janeiro de 2014, o salrio normativo dos vigilantes que prestam
servios terceirizados no Banco do Brasil ser de R$ 2.110,46 (dois mil, cento e dez
reais e quarenta e seis centavos), que dever ser acrescido de 30% (trinta por cento)
de adicional de periculosidade previsto na Lei n 12.740/2012.
b) a partir de 1 de janeiro de 2014, o salrio normativo dos vigilantes que prestam
servios terceirizados no Banco Central ser de R$ 3.075,13 (trs mil e setenta e
cinco reais e treze centavos), que dever ser acrescido de 30% (trinta por cento) de
adicional de periculosidade previsto na Lei n 12.740/2012.
c) a partir de 1 de janeiro de 2014, para os servios de segurana de eventos, ser
garantida a diria mnima de R$ 86,27 (oitenta e seis reais e vinte e sete centavos),
que dever ser acrescida de 30% (trinta por cento) de adicional de periculosidade
previsto na Lei n 12.740/2012. Apenas os profissionais que no recebem os pisos
normativos indicados nos itens anteriores faro jus ao recebimento da referida
parcela, mensalmente.

R$ 1.575,39

d) a partir de 1 de janeiro de 2014, o salrio normativo dos agentes que prestam


servios de Segurana Pessoal Privada ser de R$ 2.750,28 (dois mil, setecentos e
cinquenta reais e vinte e oito centavos), que dever ser acrescido de 30% (trinta por
cento) de adicional de periculosidade previsto na Lei n 12.740/2012.
e) a partir de 1 de janeiro de 2014, o salrio normativo dos profissionais que exercem
a funo de fiscalizao de outros vigilantes nas frentes de servio, de forma fixa ou
mvel (com ou sem veculo), ser de R$ 1.889,64 (um mil, oitocentos e oitenta e
nove reais e sessenta e quatro centavos), que dever ser acrescido de 30% (trinta por
cento) de adicional de periculosidade previsto na Lei n 12.740/2012.
f) a partir de 1 de janeiro de 2014, aos vigilantes que exercem suas funes de forma
motorizada, fica assegurado o adicional de 10% (dez por cento) a incidir sobre o piso
normativo mnimo indicado no caput, que dever ser acrescido de 30% (trinta por
cento) a ttulo de adicional de periculosidade (Lei n 12.740/2012).
de R$ 7,00 (sete reais) e que passar para R$ 8,00 (oito reais), acordam os signatrios
da presente que no haver reajuste financeiro nas demais clusulas convencionais.

39

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Fundamentao legal e/ou previso na CCT Salrio Normativo


Descrio
PARGRAFO PRIMEIROAos demais empregados das empresas que compem
a categoria profissional abarcada pelo presente instrumento coletivo e no
contemplados pelas alneas anteriormente especificadas, fica assegurado o reajuste
salarial de 6,95% (seis vrgula noventa e cinco por cento), a incidir sobre o salrio
recebido em 31 de dezembro de 2013, ressalvados possveis adiantamentos, que
podero ser compensados pelo empregador.
PARGRAFO SEGUNDO Os vigilantes que exercerem suas funes nas partes
internas e externas do Banco Central do Brasil recebero o piso normativo estabelecido
na alnea b.
PARGRAFO TERCEIRO Os vigilantes, assim considerados aqueles que preenchem
os requisitos da Lei n 7.102/83, no podero receber salrio inferior ao piso previsto
no caput, independentemente do local onde prestarem servio, bem como da
denominao/qualificao do seu empregador.
PARGRAFO QUARTOAs partes acordam que o adicional de risco de vida previsto
nas Convenes Coletivas de Trabalho vigentes nos anos de 2010, 2011 e 2012 foi
integralmente absorvido e atendido pelo adicional de periculosidade previsto na Lei
n 12.740/12, que alterou o art. 193, da CLT, e que prev o adicional de periculosidade
para aqueles que no exerccio de sua profisso estejam em exposio permanente a
roubos ou outras espcies de violncia fsica nas atividades profissionais de segurana
pessoal ou patrimonial, no sendo admitida a percepo acumulada dos dois
adicionais (periculosidade e risco de vida).
Outras normas referentes a salrios, reajustes, pagamentos e critrios para clculo
CLUSULA QUARTA DISPNDIO DAS EMPRESAS COM A CONVENO COLETIVA
DE TRABALHO
exceo do reajuste concedido nos salrios normativos da categoria, de 6,95% (seis
vrgula noventa e cinco por cento); do auxlio-alimentao, de R$19,50 (dezenove
reais e cinquenta centavos) para R$ 23,00 (vinte e trs reais), do plano de sade, de R$
63,00 (sessenta e trs reais) para R$ 90,00 (noventa reais); do fundo para indenizao
decorrente de aposentadoria por invalidez e por doena de qualquer natureza, que
era de R$ 11,00 (onze reais) e passar para R$ 12,00 (doze reais); e do fundo social e
odontolgico, que era
PARGRAFO NICO Em 1 de janeiro de 2014, todas as empresas abrangidas
por esta Conveno Coletiva de Trabalho tero dispndio de 12,40% (doze vrgula
quarenta por cento) relativos ao salrio normativo da categoria, auxlio-alimentao,
adicional noturno, fundo de aposentadoria, fundo odontolgico e auxlio-sade.

40

Valor (R$)

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Fundamentao legal e/ou previso na CCT Salrio Normativo


Descrio

Valor (R$)

Supervisor Salrio Normativo

R$ 1.889,64

a) a partir de 1 de janeiro de 2014, o salrio normativo dos profissionais que exercem

a funo de fiscalizao de outros vigilantes nas frentes de servio, de forma fixa ou


mvel (com ou sem veculo), ser de R$ 1.889,64 (um mil, oitocentos e oitenta e
nove reais e sessenta e quatro centavos), que dever ser acrescido de 30% (trinta
por cento) de adicional de periculosidade previsto na Lei n 12.740/2012.

5.2.2ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE
a) Definio
Consiste em um adicional previsto em legislao ou Acordo Coletivo decorrente de
trabalho em condies de periculosidade, ou seja, que impliquem em condies de risco
sade do trabalhador ou sua integridade fsica. (art. 193 e 194 da CLT, art. 7, inciso XXIII,
da Constituio Federal). Portaria n 1.885, de 2 de dezembro de 2013, aprova a Norma
Regulamentadora n 16 do Ministrio do Trabalho e Emprego NR 16 , Smula n 364
TST, Smula n 132 TST, Smula n 191 TST. Orientao Jurisprudncia n 406 da SDI-1,
do TST.
Jurisprudncia Smulas n 361 e 364 TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE CARACTERIZAO. Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se
a condies de risco. Indevido, apenas, quando o contato d-se de forma eventual, assim
considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, d-se por tempo extremamente reduzido. O trabalho exercido em condies perigosas, embora de forma intermitente, d
direito ao empregador a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque
a Lei n 7.369/1985 no estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relao ao seu pagamento (Smulas/TST n 361 e 364, I). Recurso de revista no conhecido.
Processo: RR 88500-17.2002.5.15.0006 Data de Julgamento: 01/10/2008, Relator Ministro: Renato de Lacerda Paiva, 2 Turma, Data de Publicao: DEJT 17/10/2008.
Jurisprudncia Smula n 132 TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE INTEGRAO (incorporadas as Orientaes Jurisprudenciais n 174 e 267 da SBDI-1) Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25/4/2005.

41

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

I O adicional de periculosidade, pago em carter permanente, integra o clculo de indenizao e de horas extras (ex-Prejulgado n 3), (ex-Smula n 132 RA 102/1982, DJ
11/10/1982/ DJ 15/10/1982 e ex-OJ n 267 da SBDI-1 inserida em 27/9/2002).
II Durante as horas de sobreaviso, o empregado no se encontra em condies de risco,
razo pela qual incabvel a integrao do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas (ex-OJ n 174 da SBDI-1 inserida em 8/11/2000).
Jurisprudncia Smula n 191 TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE INCIDNCIA (nova redao) Res. 121/2003, DJ 19,
20 e 21/11/2003
O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salrio bsico, e no sobre este
acrescido de outros adicionais. Com relao aos eletricitrios, o clculo do adicional de
periculosidade dever ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.
Jurisprudncia Orientao Jurisprudncia n 406 da SDI-1 do TSTADICIONAL DE
PERICULOSIDADE PAGAMENTO ESPONTNEO Caracterizao de fato incontroverso. Desnecessria a percia de que trata o art. 195 da CLT. (DEJT divulgado em 22, 25 e
26/10/2010)
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposio ao risco ou em percentual
inferior ao mximo legalmente previsto, dispensa a realizao da prova tcnica exigida
pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existncia do trabalho em condies
perigosas.

b) Adicional de periculosidade Servios de vigilncia


Quando o adicional de periculosidade estiver previsto em legislao ou Acordo Coletivo, o salrio de referncia para clculo do seu custo o salrio-base.
Para o clculo do adicional de insalubridade, o salrio de referncia para o clculo do
seu custo o salrio-base da categoria, salvo se a Conveno Coletiva estabelecer outro
salrio de referncia.
Quando forem previstos outros adicionais em Acordo Coletivo, seus valores e natureza
estaro discriminados nos itens Outros adicionais 1 e/ou Outros adicionais 2.

42

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.2.3Adicional de insalubridade
a) Definio
Consiste em um adicional previsto em legislao ou Acordo Coletivo decorrente de
trabalho em condies de insalubridade, ou seja, que impliquem em exposio dos empregados a agentes nocivos sade, acima dos limites de tolerncia considerados adequados
(art. 189 a 192 da CLT, art. 7, inciso XXIII, da Constituio Federal , Smula n 228 do TST ,
Smula n 139 TST).
Jurisprudncia Smula n 139 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (incorporada a Orientao Jurisprudencial n 102 da
SBDI-1) Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25/4/2005
Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remunerao para todos os
efeitos legais (ex-OJ n 102 da SBDI-1 inserida em 1/10/1997).
Histrico:
Smula mantida Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003
Jurisprudncia Smula n 228 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE BASE DE CLCULO (nova redao)
Res. 148/2008, DJ 04 e 7/7/2008 Republicada DJ 8, 9 e 10/7/2008
A partir de 9 de maio de 2008, data da publicao da Smula Vinculante n 4 do Supremo
Tribunal Federal, o adicional de insalubridade ser calculado sobre o salrio bsico, salvo
critrio mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.

b) Adicional de Insalubridade Servios de Vigilncia


Na composio dos valores limites para os servios de vigilncia, esse adicional no
pertinente. Portanto, no est contemplado na composio dos valores limites.
5.2.4ADICIONAL DE RISCO DE VIDA
a) Definio
Consiste em um adicional concedido ao vigilante e ao supervisor de operaes estabelecido em Conveno Coletiva. A Conveno Coletiva de Trabalho estabelece tambm o
percentual devido do respectivo adicional.
43

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

O adicional de risco de vida no deve ser confundido com o adicional de periculosidade.


Lembrando que, com a aprovao da Lei n 12.740, de 8 de dezembro de 2012, o adicional de periculosidade foi estendido ao vigilante, sendo compensado ou descontado do
referido adicional outros da mesma natureza eventualmente concedido por meio de Acordo Coletivo, in casu, o adicional de risco de vida.
O adicional de risco de vida foi substitudo pelo adicional de periculosidade conforme
dispe a Lei n 12.740/2012.
b) Memria de clculo Servios de vigilncia Exemplo: Distrito Federal
A tabela a seguir apresenta a memria de clculo do adicional de risco de vida para os
servios de vigilncia.
Tabela 3 - Memria de Clculo Adicional de Periculosidade Vigilncia
Memria de Clculo Adicional de periculosidade
Categoria
Base de clculo Percentual
Valor
Vigilante 12 x 36 D
1.575,39
30%
472,62
Vigilante 12 x 36 N
1.575,39
30%
472,62
Vigilante 44 SEM
1.575,39
30%
472,62

5.2.5ADICIONAIS POR TRABALHO NOTURNO


5.2.5.1Adicional noturno
a) Definio
o adicional conferido ao trabalhador ao trabalho executado entre as 22 horas de um
dia e as 5 horas do dia seguinte, sendo remunerado com adicional de pelo menos 20% (vinte por cento), (art. 73 da CLT, art. 7 inciso IX da Constituio Federal , Smula n 60 do TST
, Orientao Jurisprudencial n 388 da SDI-1 do TST).
b) Fundamentao Legal
Fundamentao Legal art. 73 da CLT

c) Adicional Noturno Memria de Clculo


O Custo Total do adicional por trabalho noturno composto por dois itens de custo:
44

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

A Adicional noturno decorrente de a hora noturna ser remunerada em valor maior.


B Hora de reduo noturna decorrente de cada hora remunerada no perodo noturno corresponder a 52 minutos e 30 segundos.
A Adicional noturno
Ser utilizada a Smula n 60, II, TST, revisada em 2005: Cumprida integralmente a
jornada no perodo noturno e prorrogada esta, devido tambm o adicional s horas prorrogadas. Sendo assim, sero computadas 9 horas das 12 horas totais da jornada (perodo
das 22 horas horas at as 7 horas do dia seguinte).
Foi calculada a proporo de horas noturnas em percentual, dividindo-se o nmero de
horas sobre as quais incide o adicional noturno pelo nmero total de horas da jornada de
trabalho (12 horas). Em geral, isso significa 9/12 horas, ou seja, 75% da escala de 12 horas.
O custo do adicional noturno calculado como se segue:
(Custo do adicional noturno) = (Salrio de referncia para adicional noturno) x (Proporo de horas noturnas) x (Alquota do adicional noturno)
Fundamentao legal e/ou previso na CCT Adicional Noturno
Descrio
Percentual (%)
CLUSULA NONA ESCALA DE 12 x 36 HORAS ADICIONAL
NOTURNO

14,02%

Na escala de revezamento de trabalho 12 x 36 horas, exercida no


perodo noturno, aqui consideradas a prorrogao aps as 5 horas
(cinco horas) e a hora noturna reduzida, o adicional noturno pago
ao empregado ser na razo de 14,02% (quatorze vrgula zero dois
por cento), a incidir sobre a remunerao do vigilante, isto , salrio
normativo acrescido do adicional de periculosidade.
PARGRAFO PRIMEIRO - Nas demais hipteses em que houver
a prestao de labor noturno, este dever observar o disposto no
artigo 73, da Consolidao das Leis do Trabalho.
PARGRAFO SEGUNDO - A elevao do percentual de adicional
noturno para 14,02% (catorze vrgula zero dois por cento), com
vistas remunerao do labor noturno, na forma consignada no
caput, somente possui efeito pecunirio a partir da vigncia do
presente instrumento coletivo.

45

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.2.5.2Hora de reduo noturna


a) Definio
Adicional decorrente de cada hora remunerada no perodo noturno corresponder a
52 minutos e 30 segundos (art. 73, 1, da CLT, art. 7, inciso IX, da Constituio Federal,
Orientao Jurisprudencial SDI1-127, Orientao Jurisprudencial SDI1-395).
Fundamentao Legal
Fundamentao Legal art. 73, 1, da CLT
Art. 73 - (...)
1 A hora do trabalho noturno ser computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
Jurisprudncia OJ-SDI1-127 do TST
HORA NOTURNA REDUZIDA SUBSISTNCIA APS A CF/1988 (inserida em 20/4/1998)
O art. 73, 1, da CLT, que prev a reduo da hora noturna, no foi revogado pelo inciso
IX do art. 7 da CF/1988
Jurisprudncia OJ-SDI1-395 do TST
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO HORA NOTURNA REDUZIDA. INCIDNCIA
O trabalho em regime de turnos ininterruptos de revezamento no retira o direito hora
noturna reduzida, no havendo incompatibilidade entre as disposies contidas nos arts.
73, 1, da CLT e 7, XIV, da Constituio Federal.

b) Hora de reduo noturna Memria de clculo


Caso o Acordo Coletivo preveja a incorporao do valor da hora de reduo noturna ao
salrio-base, o item hora de reduo noturna ser igual a 0.
Caso o Acordo preveja a remunerao da hora de reduo noturna em percentual
maior do que o estabelecido na lei, este percentual ser convertido em horas e somado
hora de reduo noturna.
Caso o Acordo no estabelea condies diferentes da legislao, a hora de reduo
noturna igual a 1,29.
1,29 67,5 / 52,5
Onde:
46

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

1,29 = a hora de reduo noturna;


67,5 = 7,5 min (60 - 52,5) x 9h (das 12h)
52,5 = hora noturna (52 min e 30 seg)
Como a hora noturna corresponde a 52,5 (52 min e 30 seg) temos uma sobra a cada
hora trabalhada de 7,5 min (60 - 52,5). Como contamos a durao da jornada noturna, normalmente 9 horas, multiplica-se essa sobra de 7,5 x 9 horas (das 12 horas), que dar um
total de 67,5 min.
Foi calculada a proporo da reduo da hora noturna em percentual (60 minutos / 52,5
minutos = 114%) e aplicada tal porcentagem durao da jornada noturna, normalmente 9
horas. Em geral, isso significa 1,29/12 horas, ou seja, 10,75% da escala de 12 horas.
Por ser remunerada no perodo noturno, incide o Adicional noturno sobre ela.
Para o clculo do custo da hora noturna adicional, procede-se da seguinte forma:
(Custo de hora noturna adicional) = (Salrio de referncia para o adicional noturno) x
(Proporo de hora noturna adicional) x (1 + alquota do adicional noturno)
5.2.6ADICIONAL DE HORAS EXTRAS
a) Definio
Consiste no tempo laborado alm da jornada diria estabelecida pela legislao, contrato de trabalho ou norma coletiva de trabalho. Deve ser efetuado no mnimo 50% sobre
o valor da hora normal, caso o trabalho seja realizado em dias da semana (de segunda a
sbado), e de 100% em domingos e feriados (art. 59 da CLT, art. 7, inciso XVI, da Constituio Federal, Smula n 423 do TST).
Lembramos que a jornada padro de trabalho de 8 horas ao dia, com a consequente
durao semanal de trabalho de 44 horas (art. 7, inciso XIII, da Constituio Federal).
A durao mensal padro do trabalho de 220 horas, j includa o repouso semanal
remunerado.
Ressaltamos que a Constituio permite o extrapolamento da durao diria de 8 horas
ou semanal de 44 horas, desde que mediante compensao de horrios prevista em Acordo ou Conveno Coletiva de Trabalho, respeitando o limite mximo de 220 horas mensais.
b) Adicional de horas extras
O custo do adicional de horas extras foi previsto de acordo com a necessidade de manter um funcionrio permanentemente em um posto, ou seja, nos feriados e no dia da cate47

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

goria quando o Acordo Coletivo estabelecer o pagamento de adicional neste dia.


Para o clculo dos adicionais de horas extras, todos os demais adicionais previstos em
Acordo Coletivo (inclusive de trabalho noturno) devem ser adicionados ao salrio-base,
obtendo-se um salrio de referncia para horas extras.
O custo do adicional de hora extra composto da soma do custo de adicional de hora
extra em feriados (A) e o Custo do adicional de hora extra no dia da categoria (B).
Fundamentao legal e/ou previso na CCT Hora extra
Descrio

Percentual (%)

CLUSULA QUADRAGSIMA PRIMEIRA REMUNERAO DE DOBRAS


ADICIONAL DE HORAS EXTRAS
Considerando a natureza da atividade de vigilncia, quando excepcionalmente
houver necessidade de dobras de jornada, assim entendidas a sua duplicao,
estas sero remuneradas na proporo de 100% (cem por cento) do valor da hora
normal.
PARGRAFO NICOSomente no labor descrito no caput desta clusula ser devido
o adicional de 100% (cem por cento). Nos demais casos, quando houver labor
extraordinrio, o adicional de horas extras ser de 50% (cinquenta por cento).
CLUSULA QUADRAGSIMA SEXTA JORNADA DE TRABALHO E INTERVALOS
NA ATIVIDADE
Considerando as peculiaridades da atividade da segurana privada e vigilncia,
outorgada como complementar da segurana pblica, e atendendo ao que foi
decidido como melhor pelos empregados e pelos empregadores em suas respectivas
assembleias gerais, os sindicatos ora convenentes preveem nos pargrafos desta
Clusula as condies relativas jornada de trabalho e aos intervalos na atividade.
PARGRAFO PRIMEIRO HORAS EXTRAORDINRIAS Os empregados
que trabalham na jornada de 12 x 36 horas (doze horas de trabalho por trinta e
seis horas de descanso) no faro jus a horas extraordinrias em razo da natural
compensao, em razo da inexistncia de trabalho nas 36 (trinta e seis) horas
seguintes.
PARGRAFO SEGUNDO DOMINGOS E FERIADOS TRABALHADOS.
APLICAO DA SMULA N 444 DO TSTConsidera-se j remunerado o
trabalho realizado nos domingos que porventura coincidam com a escala prevista
nesta Clusula (revezamento 12 x 36), em face da natural compensao pelo
desconto nas 36 (trinta e seis) horas seguintes, assegurada a percepo em dobro
dos feriados trabalhados a partir da vigncia deste instrumento coletivo e apenas
enquanto viger a Smula n 444 do Tribunal Superior do Trabalho.

c) Fundamentao Legal Hora extra


Fundamentao Legal art. 7, inciso XIII, da Constituio Federal.

48

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Fundamentao Legal art. 7, inciso XVI, da Constituio Federal.


Fundamentao Legal art. 58 da CLT.
Fundamentao Legal art. 59 da CLT.
Smula n 376 do TST
HORAS EXTRAS LIMITAO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS
(Converso das Orientaes Jurisprudenciais n 89 e 117 da SBDI-1).
Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25/4/2005
I A limitao legal da jornada suplementar a duas horas dirias no exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas.
(ex-OJ n 117 da SBDI-1 inserida em 20/11/1997)
II O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o clculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitao prevista no caput do art. 59 da CLT (ex-OJ n
89 da SBDI-1 inserida em 28/4/1997).

5.2.7INTERVALO INTRAJORNADA
a) Definio
Corresponde ao intervalo para repouso ou alimentao em qualquer trabalho contnuo, cuja durao exceda 6 (seis) horas. Nos casos em que o intervalo para repouso ou
alimentao no for concedido, o empregador ficar obrigado a remunerar este perodo
nos termos da lei ou Conveno Coletiva (art. 71 da CLT, Orientao Jurisprudencial SDI1342 TST, Orientao Jurisprudencial SDI1-354 TST. Orientao Jurisprudencial n 388
da SDI-1 do TST).
b) Fundamentao Legal
Fundamentao Legal art. 71 da CLT
Jurisprudncia OJ-SDI1-342 do TST
INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAO.
NO CONCESSO OU REDUO. PREVISO EM NORMA COLETIVA. INVALIDADE. EXCEO AOS CONDUTORES DE VECULOS RODOVIRIOS, EMPREGADOS EM EMPRESAS DE
TRANSPORTE COLETIVO URBANO (alterada em decorrncia do julgamento do processo
TST-IUJEEDEDRR 1226/2005-005-24-00.1) Res. 159/2009, DEJT divulgado em 23, 24 e
25/11/2009.

49

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

I invlida clusula de Acordo ou Conveno Coletiva de Trabalho contemplando a


supresso ou reduo do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene,
sade e segurana do trabalho, garantido por norma de ordem pblica (art. 71 da CLT
e art. 7, XXII, da CF/1988), infenso negociao. II Ante a natureza do servio e em
virtude das condies especiais de trabalho a que so submetidos estritamente os condutores e cobradores de veculos rodovirios, empregados em empresas de transporte
pblico coletivo urbano, vlida clusula de Acordo ou Conveno Coletiva de Trabalho
contemplando a reduo do intervalo intrajornada, desde que garantida a reduo da
jornada para, no mnimo, 7 horas dirias ou 42 semanais, no prorrogada, mantida a
mesma remunerao e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao
final de cada viagem, no descontados da jornada.
Jurisprudncia OJ-SDI1-354 do TST
INTERVALO INTRAJORNADA. ART. 71, 4, DA CLT. NO CONCESSO OU REDUO. NATUREZA JURDICA SALARIAL. DJ 14/3/2008
Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, 4, da CLT, com redao introduzida pela Lei n 8.923, de 27 de julho de 1994, quando no concedido ou reduzido pelo
empregador o intervalo mnimo intrajornada para repouso e alimentao, repercutindo,
assim, no clculo de outras parcelas salariais.
Jurisprudncia Orientao Jurisprudencial n 388 da SDI-1 do TST
JORNADA 12 x 36. JORNADA MISTA QUE COMPREENDA A TOTALIDADE DO PERODO NOTURNO. ADICIONAL NOTURNO. DEVIDO. (DEJT divulgado em 9, 10 e 11/6/2010)
O empregado submetido jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, que
compreenda a totalidade do perodo noturno, tem direito ao adicional noturno, relativo
s horas trabalhadas aps as 5 horas da manh.
Jurisprudncia Regime 12 x 36 horas
O sistema favorvel ao empregado, absorvendo expressivo nmero de horas de repouso e maior intervalo de tempo entre as jornadas, assim como maior dos repousos, em
dias alternados, com relao prtica do repouso semanal possvel apenas aps 6 dias
de trabalho. Nesse sistema, o empregado trabalha em mdia 189 horas mensais, considerando-se o ms com 4,5 semanas, 4,5 x 42h/mdia), deslocando-se para o trabalho em
16 dias por ms, contra a prestao de 198 horas (4,5 x 44h/sem) e trabalho em 23 dias
no sistema tradicional. Trabalha-se, pois 7 (sete) dias a menos, com toda a convenincia
para o empregado que no precisa perder tempo, nesses dias, em locomover-se para o
trabalho. (TRT 2 R., RO 00673200947102005, 6 T, Rel. Rafael E. Pugliese Ribeiro DOESP
17/3/10)
Smula n 437 do TST

50

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAO. APLICAO DO ART. 71


DA CLT (Converso das Orientaes Jurisprudenciais n 307, 342, 354, 380 e 381 da
SBDI-1) Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27/9/2012
I Aps a edio da Lei n 8.923/94, a no concesso ou a concesso parcial do intervalo
intrajornada mnimo, para repouso e alimentao, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do perodo correspondente, e no apenas daquele suprimido,
com acrscimo de, no mnimo, 50% sobre o valor da remunerao da hora normal de
trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuzo do cmputo da efetiva jornada de labor para
efeito de remunerao.
II invlida clusula de Acordo ou Conveno Coletiva de Trabalho contemplando a
supresso ou reduo do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene,
sade e segurana do trabalho, garantido por norma de ordem pblica (art. 71 da CLT e
art. 7, XXII, da CF/1988), infenso negociao coletiva.
III Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, 4, da CLT, com redao introduzida pela Lei n 8.923, de 27 de julho de 1994, quando no concedido ou reduzido pelo
empregador o intervalo mnimo intrajornada para repouso e alimentao, repercutindo,
assim, no clculo de outras parcelas salariais.
IV Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, devido o gozo
do intervalo intrajornada mnimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o
perodo para descanso e alimentao no usufrudo como extra, acrescido do respectivo
adicional, na forma prevista no art. 71, caput e 4, da CLT.
Smula n 444 do TST
JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. Escala de 12 x 36. Validade. Res.
185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27/9/2012 .
valida, em carter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis
de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante Acordo Coletivo de
Trabalho ou Conveno Coletiva de Trabalho, assegurada a remunerao em dobro dos
feriados trabalhados. O empregado no tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na dcima primeira e dcima segunda horas.

c) Intervalo Intrajornada Considerando como parcela da remunerao


Para o clculo do custo do intervalo intrajornada, o salrio de referncia inclui os adicionais que o Acordo Coletivo estabelece como incidentes.
Para o intervalo intrajornada, existem duas situaes:
1) O Acordo Coletivo prev o pagamento do intervalo intrajornada, sua proporo e o
adicional sobre a hora intrajornada.
2) O Acordo Coletivo no prev o pagamento do intervalo intrajornada.
51

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

No primeiro caso, o custo do intervalo intrajornada foi calculado de acordo com o texto
do Acordo Coletivo.
Nesse caso, obteve-se um salrio-hora de referncia:
(Salrio-hora de referncia) = (Salrio de referncia para intrajornada) / (220), sendo
220 horas o divisor para salrio-hora.
O custo mensal de intrajornada ento calculado segundo a frmula:
(Custo do intervalo intrajornada) = (Dias de trabalho no ms) x (Nmero de horas intrajornada por dia) x (Valor da hora de referncia do intervalo intrajornada) x (Adicional
para dias normais).
No segundo caso, quando o Acordo Coletivo no prev o pagamento da hora intrajornada, o nmero de horas intrajornada por dia e o respectivo custo do intervalo intrajornada sero iguais a 0.
Fundamentao legal e/ou previso na CCT Intervalo Intrajornada
Descrio
CLUSULA
TRIGSIMA
SEXTA

HORRIO
PARA
ALIMENTAO
Em qualquer trabalho contnuo, cuja durao exceda 6 (seis) horas, inclusive revezamento
12 x 36 horas, obrigatria a concesso de um intervalo para repouso ou alimentao,
no mnimo de 1 (uma) hora, intervalo este que ser usufrudo em conformidade com a
convenincia e necessidade do servio, por fora da natureza de custdia e guarda da
atividade. Fica o vigilante desobrigado de promover a assinalao da folha de ponto ou
registro do intervalo intrajornada, destinado alimentao.
PARGRAFO PRIMEIRO
No excedendo 6 (seis) horas o trabalho, ser obrigatria a concesso de intervalo de 15
(quinze) minutos quando a durao deste ultrapassar 4 (quatro) horas.
PARGRAFO SEGUNDO
Os vigilantes que prestam servios no perodo diurno tero a concesso do intervalo para
refeio entre as 11h e as 15h, sem que isso desnature a extenso do intervalo.
PARGRAFO TERCEIRO
A concesso de horrio para alimentao na forma desta Clusula, independentemente
da extenso, no desnatura a jornada de trabalho da categoria doze por trinta e seis (12 x
36) horas.
PARGRAFO QUARTO
Quando o gozo do intervalo para repouso e alimentao, previsto nesta Clusula, no
for concedido pelo contratante dos servios, tendo em vista a natureza ininterrupta do
turno de trabalho contratado, o trabalhador ter direito a ser remunerado pelo perodo
correspondente com um acrscimo adicional de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor
da remunerao da hora normal de trabalho, na forma do 4, do art. 71 da CLT.

52

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

d) Intervalo Intrajornada Servios de Vigilncia Memria de Clculo


Exemplo Intervalo intrajornada
Categoria
Vigilante 12 x 36 D
Vigilante 12 x 36 N
Vigilante 44 SEM

Salrio-hora
(A)
6,01
7,69
-

Dias/ms
(B)
15,22
15,22
20,84

Adicional (50%)
(C)
1,50
1,50
1,50

Valor
(D)
137,26
175,56
-

(A) Salrio-hora Salrio referncia/220


Exemplo: R$ 6,01 = (R$ 1.322,70/220)
(B) Dias/ms n dias trabalhado no ms
Exemplo: 15,22 (jornada 12 x 36)
(C) Adicional de 50% Adicional de hora extra
Exemplo: (R$ 6,01 x 15,22) x 1,50
(D) = (A) x (B) x (C). Exemplo: R$ 137,26 = R$ 6,01 x 15,22 x 1,50
e) Intervalo Intrajornada Considerando como custo de reposio
Para permitir que o posto no fique desguarnecido enquanto o empregado realiza o intervalo para repouso ou alimentao durante sua jornada de trabalho, foi calculado o custo
para sua reposio com outro empregado com o mesmo regime de trabalho.
O custo de referncia para o clculo da reposio da intrajornada leva em conta o salrio-base acrescido dos adicionais e encargos, uniformes, custo de resciso, reciclagem,
benefcios mensais e dirios, etc., com exceo dos equipamentos.
O Custo Mensal de Reposio da Intrajornada calculado pela diviso do Custo de Referncia pelo nmero de horas de reposio da jornada de trabalho do repositor.
(A) Custo de Referncia Salrio-base acrescido dos adicionais e encargos, uniformes,
custo de resciso, reciclagem, benefcios mensais e dirios, etc., com exceo dos equipamentos.
(B) Nmero de horas de reposio
Exemplo: 12 horas (jornada 12 x 36) 8,80 horas (jornada 44 horas semanais)

53

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Custo de Reposio da Intrajornada Servios de Vigilncia


Base de Clculo da Reposio Intrajornada

Escalas Vigilante
Composio
12 x 36 D
12 x 36 N
Salrio-Base
1.575,39
1.575,39
Ad. Periculosidade (Risco de vida)
472,62
472,62
Ad. Insalubridade
Outros Adicionais
Ad. Noturno
246,12
Hora noturna reduzida
Ad. Hora extra
72,19
79,78
Adicional Frias CF
58,95
66,01
13 Salrio
176,82
197,98
GPS
678,52
759,72
FGTS
188,48
211,03
Assistncia Mdica
98,00
98,00
Cesta Bsica
Auxlio-creche
6,09
6,09
Seguro de vida, Invalidez
12,26
12,26
Outros Auxlios
12,00
12,00
Acid. Trabalho
Afast. maternidade
1,56
1,73
Custo de resciso
150,73
168,79
Custo uniformes
79,77
79,77
Custo reciclagem
21,53
21,53
Reposio ausente
391,35
435,20
Vale-transporte
Vale-refeio
350,03
350,03
Custo Referncia
4.346,29
4.794,05
N horas a repor
12,00
12,00
Custo mensal
362,19
399,50

44 SEM
1.575,39
472,62
56,95
170,80
655,42
182,06
98,00
6,09
12,26
12,00
1,52
149,81
79,77
21,53
371,28
29,90
476,94
4.372,32
8,80
496,85

5.2.8REMUNERAO SALRIO COM ADICIONAIS


a) Salrio complessivo
Consiste naquele salrio em que todas as quantias a que faz jus o empregado so englobadas em um valor unitrio, indiviso, monoltico, sem discriminao das verbas pagas,
como salrio, horas extras e outros adicionais.Ressaltamos que a lei brasileira e a jurisprudncia do TST veda ao empregador efetuar o pagamento do chamado salrio complessivo
(Smula n 91 TST).
54

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Smula n 91 TST
SALRIO COMPLESSIVO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003
Nula a clusula contratual que fixa determinada importncia ou percentagem para
atender englobadamente vrios direitos legais ou contratuais do trabalhador.

b) Exemplo Considerando o intervalo intrajornada como parcela da remunerao


Exemplo: Vigilncia Salrio com adicionais 2014
Categoria

Salrio-Base Periculosidade Noturno

Vigilante 12 x 36
D
Vigilante 12 x 36
N
Vigilante 44 SEM

Hora
Intrajornada TOTAL
reduzida

1.259,71

62,99

137,26

1.459,96

1.259,71

62,99

198,40

170,63

175,56

1.867,28

1.259,71

62,99

1.322,70

m) No considerando o intervalo intrajornada como parcela da remunerao


porm como custo de reposio
Memria de Clculo Vigilncia 2012 Salrio com adicionais
Categoria
Vigilante 12 x 36
D
Vigilante 12 x 36
N
Vigilante 44 SEM

Salrio-Base Periculosidade

Ad.
Hora
Intrajornada
Noturno reduzida

TOTAL

1.380,27

207,04

1.587,31

1.380,27

207,04

165,63

1.752,94

1.380,27

207,04

1.587,31

5.2.9OUTROS ITENS QUE COMPEM A REMUNERAO


a) Aspectos gerais
Correspondem a itens da composio da remunerao no previstos anteriormente.
Podem ser adicionais legais restritos, ou seja, aqueles que se aplicam a categoria profissionais especficas e delimitadas a algumas funes dessa mesma categoria. Exemplo:
adicional de risco de vida.
A Constituio Federal em seu art. 7, inciso XXIII, estabelece ainda que os empregados
submetidos a atividades consideradas penosas faro jus a um adicional nos termos da lei.
Lembrando que ainda no foi editada lei regulamentando esse adicional. Portanto, a norma no autoaplicvel.
55

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Podem ser gratificaes pagas pelo empregador ao empregado em decorrncia de um


evento ou circunstncia ou por norma jurdica. Assim, a simples reiterao do pagamento
da gratificao, tornando-a habitual, produz sua integrao ao salrio, independentemente
da inteno da liberalidade do empregador (ver Smula n 152 TST e Smula 207 STF).
As gratificaes ajustadas a que se refere o 1, do art. 457 da CLT so aquelas exigveis pelo empregado por estarem previsto no seu contrato de trabalho, clusula de Acordo
Coletivo ou regulamento interno da empresa. As gratificaes que no esto previstas no
contrato de trabalho ou outros instrumentos, concedidas de forma tcita, se constatada a
habitualidade e uniformidade independentemente da vontade do trabalhador, tm natureza salarial.
Os prmios (ou bnus), na qualidade de contraprestao paga pelo empregador ao trabalhador, tm carter salarial. Sendo habitual, integra o salrio do empregado, repercutindo em FGTS, aviso prvio, 13 salrio, frias com 1/3 constitucional integrando o chamado
salrio-contribuio (art. 28, 9, da Lei n 8.112/91, Smula 209 STF).
Os abonos so valores que o empregador concede ao trabalhador sem condicion-los
ao cumprimento de qualquer obrigao. O abono integra o salrio para todos os efeitos
legais (Smula n 241 STF).
b) Fundamentao Legal
Fundamentao Legal Art. 28, 9, da CLT
Jurisprudncia STF Smula n 241 STF
A contribuio previdenciria incide sobre o abono incorporado ao salrio.
Jurisprudncia STF Smula n207 STF
As gratificaes habituais, inclusive a de natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando o salrio.
Jurisprudncia STF Smula 209 STF
O salrio-produo, como outras modalidades de salrio-prmio, devido, desde que
verificada a condio a que estiver subordinado, e no pode ser suprimido unilateralmente, pelo empregador, quando pago com habitualidade.
Jurisprudncia Smula n 152 do TST
GRATIFICAO. AJUSTE TCITO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.
O fato de constar do recibo de pagamento de gratificao o carter de liberalidade no

56

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

basta, por si s, para excluir a existncia de ajuste tcito (ex-Prejulgado n 25).


Jurisprudncia TCU
9.3. Alertar o Ncleo Estadual do Ministrio da Sade no Distrito Federal (NERJ/MS)
quanto s demais impropriedades detectadas na conduo do Prego Eletrnico n
76/2006, com relao s seguintes questes:
9.3.1. previso de pagamento de salrios superiores aos fixados pela Conveno Coletiva
de Trabalho da categoria, sem a formalizao, no processo licitatrio, da devida fundamentao, em descumprimento ao art. 40, inciso X, da Lei n 8.666/93, e entendimento
deste Tribunal firmado pelo Acrdo TCU n 1.122/2008;
9.3.4. incluso de disposies nos instrumentos contratuais que permitam a caracterizao exclusiva do objeto como fornecimento de mo de obra, decorrente de descumprimento do art. 4, inciso II, do Decreto n 2.271/1997 (Acrdo 3006/2010 Plenrio);

5.2.10DISTINO ENTRE VERBAS SALARIAIS E NO SALARIAIS


a) Aspectos Gerais
A distino entre verbas salariais e no salariais tem fundamental importncia pelo
fato de que apenas nas verbas que tenham natureza salarial incidiro os encargos legais,
devidos ao INSS, ao FGTS, etc. Alm disso, somente as verbas tidas por salariais compem
a base de clculo de outras diversas obrigaes devidas pelo empregador ao empregado.
Para a configurao da natureza salarial de uma utilidade fornecida ao empregado,
dois pressupostos bsicos devem estar presentes:
A habitualidade conforme preceitua o art. 458 da CLT.
A gratuidade.

O Quadro a seguir apresenta exemplos de verbas salariais e de verbas no salariais.


b) Fundamentao Legal e Jurisprudencial
SUM-191 ADICIONAL. PERICULOSIDADE. INCIDNCIA (nova redao) Res. 121/2003,
DJ 19, 20 e 21/11/2003
O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salrio bsico, e no sobre este
acrescido de outros adicionais. Com relao aos eletricitrios, o clculo do adicional de
periculosidade dever ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.
Jurisprudncia Smula 318 TSTDIRIAS. BASE DE CLCULO PARA SUA INTEGRAO

57

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

NO SALRIO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003


Tratando-se de empregado mensalista, a integrao das dirias no salrio deve ser feita
tomando-se por base o salrio mensal por ele percebido, e no o valor do dia de salrio,
somente sendo devida a referida integrao quando o valor das dirias, no ms, for superior metade do salrio mensal.

5.2.11PAGAMENTO DO SALRIO
a) Aspectos Gerais
A periodicidade para o pagamento dos salrios deve ocorrer em perodos mximos de
um ms, salvo comisses, porcentagens e gratificaes, as quais podem ultrapassar esse
perodo conforme preceitua o art. 459 da CLT.
O pagamento do salrio dever ser efetuado at o 5 dia til do ms subsequente ao
do vencimento ( nico do art. 459 da CLT).
O pagamento do salrio poder ser efetuado em conta bancria do empregado, desde
que autorizado por ele. Tambm poder ser feito por cheque. Se analfabeto, o pagamento
dever ser feito em dinheiro (Portaria n 3.281, de 7 de dezembro de 1984).
O pagamento do salrio ser feito mediante recibo, fornecendo-se cpia ao empregado, com a identificao da empresa e no qual constaro a remunerao com a discriminao das parcelas, a quantia lquida paga, os dias trabalhados ou o total da produo, as
horas extras e os descontos efetuados, inclusive para a Previdncia Social e o valor correspondente ao FGTS (Precedente Normativo n 93 do TST).
A comprovao do pagamento do salrio poder ser feita mediante recibo ou comprovante de depsito bancrio. Lembrando que, para fins de processo judicial, no se admite
a prova exclusivamente testemunhal para pagamento de salrio.
garantida constitucionalmente a irredutibilidade salarial, salvo hiptese estabelecida
mediante Acordo ou Conveno Coletiva. Nessa hiptese, poder ocorrer a reduo geral
dos salrios ou a reduo da jornada de trabalho e da respectiva remunerao (art. 7 ,
inciso VI, da Constituio Federal).
S sero permitidos os descontos nos salrios previstos em lei ou instrumentos de negociao coletiva, conforme preceitua o art. 462 da CLT.
Os descontos legalmente permitidos so os seguintes:
a) Contribuies previdencirias.
b) Imposto de renda.
58

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

c) Pagamento de prestaes alimentcias.


d) Pagamento de pena criminal pecuniria.
e) Pagamento de custas judiciais.
f) Pagamento de aquisio de moradia pelo SFH.
g) Reteno salarial por falta de aviso prvio do empregado que pede demisso.
h) Contribuio sindical.
i) Vale-transporte.
j) Outros descontos previstos em instrumento de negociao coletiva.
So admitidos outros descontos salariais efetuados pelo empregador com anuncia do
empregado mediante autorizao prvia e por escrito. Exemplos: descontos referentes a
planos de assistncia mdica e odontolgica, de seguro, de previdncia privada ou entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores.
Os descontos efetuados com base em clusula de acordo entre as partes no podem
ser superiores a 70% do salrio-base recebido pelo empregado. Tal limite objetiva assegurar um mnimo de salrio em espcie para o trabalhador (Orientao Jurdica Seo de
Dissdios Coletivos OJ-SDC-18 TST).
Jurisprudncia OJ-SDCT-18 TST
DESCONTOS AUTORIZADOS NO SALRIO PELO TRABALHADOR. LIMITAO MXIMA
DE 70% DO SALRIO-BASE (inserida em 25/5/1998)
Os descontos efetuados com base em clusula de acordo firmado entre as partes no
podem ser superiores a 70% do salrio-base percebido pelo empregado.
Fundamentao Legal art. 462 da CLT.
Fundamentao Legal art. 7, inciso VI, da Constituio Federal.
Fundamentao Legal art. 1 do Decreto-Lei n 368, de 19 de dezembro de 1968.
Fundamentao Legal art. 459 da CLT.
Fundamentao Legal art. 7, inciso XI, da Constituio Federal.
Fundamentao Legal art. 3 da Lei n 6.321, de 14 de abril de 1976.
Jurisprudncia TST
SUM-241 SALRIO-UTILIDADE. ALIMENTAO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21/11/2003
O vale para refeio, fornecido por fora do contrato de trabalho, tem carter salarial,
integrando a remunerao do empregado, para todos os efeitos legais. Smula A-70
Histrico:

59

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Redao original Res. 15/1985, DJ 05, 6 e 9/12/1985


Jurisprudncia TST Precedente Normativo n 93
COMPROVANTE DE PAGAMENTO (positivo) Precedentes Normativos G-14
O pagamento do salrio ser feito mediante recibo, fornecendo-se cpia ao empregado,
com a identificao da empresa, e no qual constaro a remunerao, com a discriminao das parcelas, a quantia lquida paga, os dias trabalhados ou o total da produo,
as horas extras e os descontos efetuados, inclusive para a Previdncia Social e o valor
correspondente ao FGTS.
Fundamentao Legal art. 457 da CLT
Instruo Normativa n 2/2008
Salrio: o valor a ser efetivamente pago ao profissional envolvido diretamente na execuo contratual, no podendo ser inferior ao estabelecido em Acordo ou Conveno
Coletiva, sentena normativa ou lei, ou ainda, quando da no existncia destes, poder
ser aquele praticado no mercado ou apurado em publicaes ou pesquisas setoriais para
a categoria profissional correspondente (inciso X Anexo I da Instruo Normativa n
2/2008).
Fundamentao Legal Art. 511 e art. 570 CLT.
Fundamento Legal Salrio de contribuio Art. 28 da Lei n 8.212/91.

5.3.MDULO 2 BENEFCIOS MENSAIS E DIRIOS


a) Definio
So os custos relativos aos benefcios concedidos aos empregados estabelecidos na
legislao e/ou Acordos/Convenes Coletivas, tais como transporte, auxlio-alimentao,
assistncia mdica e familiar, seguro de vida, invalidez e funeral, entre outros.
O custo dos benefcios dirios acordados composto pela soma do custo do vale-transporte, do auxlio-transporte e do vale-refeio e outros estabelecidos em lei ou Conveno
Coletiva.

60

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

b) Composio
II

Benefcios Mensais e Dirios

Transporte

Auxlio-alimentao (vales, cesta bsica, etc.)

Assistncia mdica e familiar

Auxlio-creche

Seguro de vida, invalidez e funeral

Outros (especificar)

Valor (R$)

Total de benefcios mensais e dirios

5.3.1TRANSPORTE
a) Definio
Valor referente aos custos de transporte do empregado, proporcionado pelo empregador por meio de transporte prprio ou por meio de fornecimento de vales-transportes.
b) Prazo para fornecimento
Nos termos do art. 2 do Decreto n 95.247/87, a empresa dever fornecer vale-transporte de
forma antecipado ao ms trabalhado.
O vale-transporte no tem natureza salarial, no constitui base de incidncia da contribuio previdenciria ou do FGTS e tambm no considerado para efeito de pagamento do 13 salrio, conforme dispe o art. 2 da Lei n 7.418/85 , art. 6 do Decreto n
95.247/87.
c) Base de clculo e custeio
O vale-transporte ser custeado pelo beneficirio na parcela equivalente a 6% (seis por
cento) de seu salrio-base, excludos quaisquer adicionais ou vantagens (art. 4 - Pargrafo
nico da Lei n 7.418/85 , art. 9 do Decreto n 95.247/87).

61

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

d) Valor do vale-transporte
Para fins de clculo do valor do vale-transporte, ser adotada a tarifa integral do deslocamento do trabalhador, sem descontos, mesmo que previsto na legislao local (art. 5,
3 da Lei n 7.418/85).Na elaborao dos valores de referncia de vigilncia e limpeza, o
valor da tarifa de transporte pblico utilizou os dados constantes e divulgados pela Associao Nacional de Transportes Pblicos no seu stio eletrnico: <http://portal1.antp.net/
site/simob/Lists/trfs/trfs_atuais.aspx>.
JURISPRUDNCIA TCU
Voto do Ministro Relator
A empresa Capital Empresa de Servios Gerais Ltda. foi desclassificada no prego
eletrnico 12/2008, promovido pelo Ministrio do Meio Ambiente, porque sua proposta
de preos no estava de acordo com as condies estabelecidas no respectivo edital.
Feita a oitiva a que se refere o art. 276, caput, do Regimento Interno, as justificativas da
pregoeira foram consideradas consistentes e regular o processamento da licitao.
A pretenso da Representante de que o valor do vale-transporte a ser descontado do
beneficirio seja de 6% do valor do salrio mensal, independentemente da quantidade
de dias trabalhados.
A concesso do vale-transporte, instituda pela Lei n 7.418/1985, alterada pela Lei n
7.619/1987, foi regulamentada pelo Decreto n 95.247/1987, que, no art. 10, estabelece
o desconto proporcional quantidade de vales concedida para o perodo a que se refere
o salrio, in verbis:
Art. 10. O valor da parcela a ser suportada pelo beneficirio ser descontado proporcionalmente quantidade de vale-transporte concedida para o perodo a que se refere o
salrio ou vencimento e por ocasio de seu pagamento, salvo estipulao em contrrio,
em Conveno ou Acordo Coletivo de Trabalho, que favorea o beneficirio.
O prprio dispositivo regulamentar autoriza alternativa ao desconto proporcional, desde
que estipulada em Conveno ou Acordo Coletivo de Trabalho e que favorea o beneficirio. A representante no demonstrou a existncia de Conveno ou Acordo Coletivo
de Trabalho ou outra condio mais favorvel ao trabalhador do que a fixada no decreto
regulamentar, aplicado na planilha de clculos do prego eletrnico n 12/2008, promovido pelo Ministrio do Meio Ambiente.
Mesmo j terminada a instruo do Processo, nos termos do art. 160 e seus Pargrafos
do Regimento Interno, autorizei a juntada dos elementos, fls. 221/ 42, do volume 1.Parte
desses elementos j havia sido apresentada e consta no volume principal, s fls. 183/99,
tendo sido analisada pela unidade tcnica. Consta, tambm, resposta consulta da representante ao MPOG. O Ministrio informa no ser rgo competente para orientar sobre questes trabalhistas e que no v necessidade de ratificar parecer do Ministrio do
Trabalho, que respaldaria a pretenso da representante.

62

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

A esse respeito, retorno ao decreto regulamentador da concesso do vale-transporte,


que autoriza o desconto proporcional quantidade de vales concedida ou, ento, sendo
de outra forma, deve favorecer o beneficirio. A Conveno Coletiva de Trabalho (fls.
121/2, v.p.) estabelece que a base de clculo para desconto do vale-transporte compreender o salrio-base do empregado. No h, nessa clusula, inovao que afaste a
aplicao do desconto proporcional previsto no art. 10 do Decreto n 95.247/1987.
Assim, a atuao da pregoeira est de acordo com o edital e com as normas legais e
regulamentares que regem a concesso do vale-transporte.
Ante o exposto, demonstrada a improcedncia dos argumentos da Representante, acolho a proposio da unidade tcnica e voto por que o Tribunal de Contas da Unio aprove
o Acrdo que ora submeto apreciao da Primeira Cmara.
TCU, Sala das Sesses Ministro Luciano Brando Alves de Souza, em 3 de fevereiro de 2009.
WALTON ALENCAR RODRIGUES
Relator

Acrdo
Vistos, relatados e discutidos estes autos de representao contra ato de pregoeira no mbito do prego eletrnico n 12/2008, promovido pelo Ministrio do Meio Ambiente, acordam os Ministros do Tribunal de Contas da Unio, reunidos em sesso da Primeira Cmara,
com fundamento nos artigos 237, inciso VII, e 276 do Regimento Interno do TCU, c/c 1 do
art. 113, da Lei n 8.666/1993, e diante das razes expostas pelo Relator, em:
9.1. Conhecer da representao e consider-la improcedente.
9.2. Acolher as razes de justificativa apresentadas por Mrcia Cristina Peixoto, pregoeira do Ministrio do Meio Ambiente, e indeferir o pedido de suspenso cautelar do prego
eletrnico n 12/2008 (Acrdo n 282/2009 1 Cmara).

e) Vale-transporte Servios de Vigilncia Memria de clculo


Os custos de transporte foram calculados com base no nmero de dias de utilizao do
transporte pblico, tarifas de transporte e o desconto mximo em relao ao salrio-base,
previsto no Acordo Coletivo.
O custo total das passagens calculado como:
(Custo total das passagens) = (Dias de trabalho no ms) x (Nmero de passagens por
dia) x (Custo da passagem)
O custo da passagem a tarifa predominante na capital, cujos valores so disponibilizados pela Associao Nacional dos Transportes Pblicos (ANTP) e, em carter emergencial,
quando no atualizado pela ANTP, os dados so retirados da imprensa.
63

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Para clculo do desconto (em reais) do vale-transporte, foi estabelecido o salrio de


referncia para transportes (salrio-base) de cada tipo de jornada e multiplicado pela alquota de desconto mximo de vale-transporte prevista em Acordo Coletivo, segundo a
frmula:
(Desconto mximo relativo ao vale-transporte) = (Salrio de referncia para transportes) x (Alquota de desconto mximo de vale-transporte)
O custo final das passagens o custo total das passagens subtrado do desconto do
vale-transporte:
(Custo das passagens) = (Custo total das passagens) - (Desconto do vale-transporte)
f) Previso na CCT Vale-transporte Servios de Vigilncia Exemplo: Distrito Federal
Fundamentao legal e/ou previso na CCT Vale-transporte
Descrio
Valor (R$)
CLUSULA
DCIMA
QUINTA

VALE-TRANSPORTE
As empresas fornecero o vale-transporte aos empregados, por
dia efetivamente trabalhado, em uma nica parcela.
PARGRAFO PRIMEIRO Na hiptese de o empregado faltar ao
servio por no fornecimento do vale-transporte pelo empregador,
vedado a este realizar o desconto de 6% (seis por cento) referente
ao vale-transporte no fornecido ou descontado.
PARGRAFO SEGUNDO Nos casos dos profissionais descritos
na alnea C da clusula terceira, ser devido o valor referente ao
deslocamento casa/local do evento/casa.

g) Vale-transporte Servios de Vigilncia Memria de clculo

1. Memria de Clculo CUSTOS DAS PASSAGENS


Exemplo CUSTOS DAS PASSAGENS
Categoria
Vigilante 12 x 36 D
Vigilante 12 x 36 N
Vigilante 44 SEM

Vr. Unitrio

Dias de trabalho

Vales/dia

Custo total

3,00
3,00
3,00

15,2188
15,2188
20,8363

2,00
2,00
2,00

91,31
91,31
125,02

(Custo total das passagens) = (Dias de trabalho no ms) x (Nmero de passagens por
dia) x (Custo da passagem)
64

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Exemplo: R$ 91,31 = (15,2188) x (2) x (R$ 3,00)


2. Memria de Clculo DESCONTO DE VALE-TRANSPORTE
Memria de Clculo DESCONTO DE VALE-TRANSPORTE
Categoria
Base de clculo
Desconto (6%)
Valor
Vigilante 12 x 36 D
1.575,39
6%
94,52
Vigilante 12 x 36 N
1.575,39
6%
94,52
Vigilante 44 SEM
1.575,39
6%
94,52

(Desconto mximo relativo ao vale-transporte) = (Salrio de referncia para transportes) x (Alquota de desconto mximo de vale transporte)
(A) Base de Clculo Salrio-base fixado na CCT 2014 no valor de R$ 1.575,39 para o
vigilante
(B) Desconto 6%
(C) Valor do Desconto = (A) x (B)
Exemplo: R$ 94,52 = R$ 1.575,39 x 6%
3. Memria de Clculo CUSTO EFETIVO DO VALE-TRANSPORTE
Memria de Clculo CUSTO EFETIVO DO VALE-TRANSPORTE
Categoria
Custo total
Desconto
Custo efetivo
Vigilante 12 x 36 D
91,31
91,31
Vigilante 12 x 36 N
91,31
91,31
Vigilante 44 SEM
124,42
94,52
29,90

(Custo das passagens) = (Custo total das passagens) - (Desconto do vale-transporte)


(A) (Custo total das passagens) Vide memria de clculo na alnea a
(B) Desconto Vide memria de clculo na alnea b
(C) (Custo das passagens) = (Custo total das passagens) - (Desconto do vale-transporte)
Exemplo: R$ 29,90 = R$ 124,42 R$ 94,52
h) Auxlio-transporte
Nos casos em que o empregador proporcionar por meio prprios ou contratados o deslocamento, residncia-trabalho ou vice-versa de seus trabalhadores, o empregado ficar
exonerado da obrigatoriedade do vale-transporte (art. 4 do Decreto 95.247/87).

65

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.3.2AUXLIO-ALIMENTAO (VALES, CESTA BSICA, ETC.)


a) Aspectos Gerais
Consiste em auxlio geralmente previsto nos Acordos, Convenes ou Sentenas Normativas em Dissdios Coletivos.
O auxlio-alimentao no tem natureza salarial nos casos de empresas integrantes
dos programas de alimentao do trabalhador previamente aprovados pelo Ministrio do
Trabalho e da Previdncia Social.
O custo da cesta bsica, quando previsto em Acordo Coletivo, dado por:
(Custo da cesta bsica) = (Custo mensal da cesta bsica) x (1 - Alquota de compartilhamento).
A alquota de compartilhamento se refere ao percentual do custo arcado pelo trabalhador, sendo o restante a parcela arcada pela empresa contratada.
Quando o Acordo Coletivo apresentar o valor mensal do vale-refeio, este ser inserido em auxlio-alimentao mensal.
b) Valor do auxlio-alimentao
O valor do auxlio alimentao, em grande parte, determinado em Convenes Coletivas de Trabalho da categoria ou Acordos Coletivos.
Nos casos de programas de alimentao do trabalhador, a participao deste no custeio do auxlio est limitada a 20% do custo direto da refeio (art. 2, 1 do Decreto n
5/1991).
c) Fundamentao Legal
Auxlio-alimentao nos termos da CLT art. 458, 2 e 3 da CLT
Auxlio-alimentao nos termos do Programa de Alimentao PAT (Lei n 6.321/76)
Auxlio-alimentao nos termos do Programa de Alimentao PAT (Decreto n 5/1991)
Jurisprudncia OJ-SDI1-133 TST
AJUDA-ALIMENTAO. PAT. LEI N 6.321/76. NO INTEGRAO AO SALRIO (inserida
em 27/11/1998)
A ajuda-alimentao fornecida por empresa participante do Programa de Alimentao
ao Trabalhador, institudo pela Lei n 6.321/76, no tem carter salarial. Portanto, no
integra o salrio para nenhum efeito legal.

66

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

d) Vale-alimentao Servios de Vigilncia Exemplo: Distrito Federal


Fundamentao legal e/ou previso na CCT Vale-refeio
Descrio

Valor (R$)

CLUSULA DCIMA QUARTA AUXLIO-ALIMENTAO


As empresas ficam obrigadas a conceder aos seus empregados, nos dias
efetivamente trabalhados, tquete para refeio/alimentao ou o seu pagamento
em dinheiro, no valor de R$ 23,00 (vinte e trs reais) por dia trabalhado. A presente
parcela no integra os salrios, por no ter carter de contraprestao de servios.
PARGRAFO PRIMEIRO Os tquetes-alimentao sero fornecidos de uma nica
vez ao empregado, no mesmo dia em que for efetuado o pagamento dos salrios.
PARGRAFO SEGUNDO
Em caso de atraso na entrega dos tquetes-alimentao ao empregado, a empresa
fica obrigada a pagar-lhe em dobro o valor dos dias atrasados.

R$ 23,00

PARGRAFO TERCEIRO
As empresas optaro por fornecer tquetes-alimentao de empresa com ilibada
reputao no mercado.
PARGRAFO QUARTO
Ser devido o auxlio-alimentao, no valor previsto no caput, para os profissionais
descritos na alnea C da clusula terceira, exceto nos casos em que fornecida a
alimentao.

e) Vale-alimentao Memria de Clculo CUSTOS VALE-REFEIO Servios de Vigilncia


1.Memria de Clculo CUSTOS VALE-REFEIO
Memria de Clculo CUSTOS VALE-REFEIO
Categoria
Vr. Unitrio
Dias/ms
Total
Vigilante 12 x 36 D
23,00
15,2188
350,03
Vigilante 12 x 36 N
23,00
15,2188
350,03
Vigilante 44 SEM
23,00
20,7365
476,94

2.Memria de Clculo CUSTO EFETIVO DO VALE-REFEIO


Memria de Clculo CUSTO EFETIVO DO VALE-REFEIO
Categoria
Custo total Desconto (0%) Custo efetivo
Vigilante 12 x 36 D
350,03
350,03
Vigilante 12 x 36 N
350,03
350,03
Vigilante 44 SEM
476,94
476,94

67

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

f) Cesta bsica
O custo da cesta bsica, quando previsto em Acordo Coletivo, dado por:
(Custo da cesta bsica) = (Custo mensal da cesta bsica) x (1 - Alquota de compartilhamento)
A alquota de compartilhamento se refere ao percentual do custo arcado pelo trabalhador, sendo o restante a parcela arcada pela empresa contratada.
Quando previstos em Acordo Coletivo, a assistncia mdica e familiar e o seguro de
vida, invalidez e funeral tambm compem o custo total dos benefcios mensais acordados.
(Custo da assistncia mdica e familiar) = (Custo mensal da assistncia mdica e familiar) - (Compartilhamento da assistncia mdica)
5.3.3ASSISTNCIA MDICA E FAMILIAR
a) Definio
Consiste em auxlio geralmente previsto nos Acordos, Convenes ou Sentenas Normativas em Dissdios Coletivos.
Nos casos em que a assistncia mdica, hospitalar e odontolgica for prestada diretamente pelo empregado ou mediante seguro-sade, no tem carter salarial (art. 458 , IV
da CLT).
Quando previstos em Acordo Coletivo, a assistncia mdica e familiar e o seguro de
vida, invalidez e funeral tambm compem o custo total dos benefcios mensais acordados.
(Custo da assistncia mdica e familiar) = (Custo mensal da assistncia mdica e familiar) - (Compartilhamento da assistncia mdica)
b) Fundamentao Legal
A assistncia mdica e familiar nos termos da CLT Art. 458 , IV da CLT.
Art. 458 (omissis)
2 Para os efeitos previstos neste artigo, no sero consideradas como salrio as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: (Redao dada pela Lei n 10.243, de
19/6/2001)
IV Assistncia mdica, hospitalar e odontolgica, prestada diretamente ou mediante
seguro-sade (includo pela Lei n 10.243, de 19/6/2001).

68

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

c) Assistncia Mdica e Familiar e Odontolgica Servios de Vigilncia Exemplo: Distrito Federal


Fundamentao legal e/ou previso na CCT Benefcios mensais acordados
Descrio

Percentual (%)
ou Valor (R$)

CLUSULA DCIMA PRIMEIRA FUNDO PARA INDENIZAO


DECORRENTE DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ E POR DOENA
Para manuteno do fundo para indenizao decorrente de aposentadoria
por invalidez e por doena de qualquer natureza, que ser administrado pelo
sindicato laboral, as empresas contribuiro com a quantia mensal de R$ 12,00
(doze reais) por cada empregado, associado ou no ao Sindesv-DF. O repasse
da parcela ser efetuado pelas empresas at o dia 20 (vinte) de cada ms,
subsequente ao pagamento do salrio do empregado.

R$ 12,00

CLUSULA DCIMA SEXTA AUXLIO-SADE


Fica estipulado que para todos os contratos ser obrigatria por parte das
empresas a cotao, em suas planilhas, do convnio sade mensal no valor de
R$ 90,00 (noventa reais), unicamente por empregado envolvido e diretamente
ativado na execuo dos servios, limitado ao quantitativo de profissionais
contratados pelo tomador dos servios. O referido valor ser repassado pelas
empresas mensalmente ao Sindesv-DF, visando exclusivamente assistncia
mdica dos vigilantes, mediante assinatura de convnio sade a ser firmado e
administrado pelo Sindicato Laboral, a ser prestado na forma dos pargrafos
seguintes.
CLUSULA DCIMA OITAVA FUNDO SOCIAL E ODONTOLGICO

R$ 90,00

R$ 8,00

Fica convencionado que as empresas, para fins de custeio assistencial e


odontolgico de seus empregados lotados na frente de servio, repassaro
mensalmente ao Sindicato Laboral o valor de R$ 8,00 (oito reais) por
empregado, a ser pago at o dia 20 (vinte) do ms subsequente.

d) Assistncia Mdica e Familiar e Odontolgica Memria de Clculo Servios de


Vigilncia CCT 2014
Memria de Clculo ASSISTNCIA MDICA E FAMILIAR E ODONTOLGICA
Categoria
Assistncia Mdica
Odontolgica
TOTAL
Vigilante 12 x 36 D
90,00
8,00
98,00
Vigilante 12 x 36 N
90,00
8,00
98,00
Vigilante 44 SEM
90,00
8,00
98,00

69

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.3.4AUXLIO-CRECHE
a) Definio
Consiste em um auxlio para que a me possa manter o seu filho em local apropriado e
recebendo assistncia, enquanto ela estiver em atividade laboral.
A incluso na planilha observar disposio prvia em Acordos, Convenes ou Sentenas Normativas em Dissdios Coletivos.
b) Fundamentao Legal
o auxlio-creche nos termos do art. 389, 1 e 2, da CLT.
Art. 389 Toda empresa obrigada:
1 Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres com
mais de 16 (dezesseis) anos de idade tero local apropriado, onde seja permitido s empregadas guardar sob vigilncia e assistncia os seus filhos no perodo da amamentao.
2 A exigncia do 1 poder ser suprida por meio de creches distritais mantidas
diretamente ou mediante convnios, com outras entidades pblicas ou privadas, pelas
prprias empresas, em regime comunitrio, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de
entidades sindicais.

c) Custo do Auxlio-creche Servios de Vigilncia


Como j dito, a incluso do auxlio-creche na planilha de custo observar disposio
prvia em Acordos, Convenes ou Sentenas Normativas em Dissdios Coletivos.
Categoria
Vigilante 12 x 36 D
Vigilante 12 x 36 N
Vigilante 44 SEM

Custo mensal do auxlio-creche


Sal. base
Mdia%
Custo unit.
1.575,39
10,53%
165,89
1.575,39
10,53%
165,89
1.575,39
10,53%
165,89

N filhos Vr. mensal


0,0367
6,09
0,0367
6,09
0,0367
6,09

5.3.5SEGURO DE VIDA, INVALIDEZ E FUNERAL


a) Aspectos Gerais
Consiste em um auxlio para custear despesas decorrentes de seguro de vida, invalidez e funeral.
Os seguros de vida e de acidentes pessoais no sero considerados como salrios (art.
458, inciso V da CLT).
70

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

A incluso na planilha observar disposio prvia em Acordos, Convenes ou Sentenas Normativas em Dissdios Coletivos.
b) Fundamentao Legal
Fundamentao Legal (art. 458, inciso V da CLT).
Jurisprudncia TST Precedente Normativo n 84
SEGURO DE VIDA. ASSALTO (positivo)
Institui-se a obrigao do seguro de vida, em favor do empregado e seus dependentes
previdencirios, para garantir a indenizao nos casos de morte ou invalidez permanente, decorrentes de assalto, consumado ou no, desde que o empregado se encontre no
exerccio das suas funes.
Fundamentao Legal Art. 19,inciso IV da Lei n 7.102/83.
Resoluo CNSP n 05/84
1.1 As importncias seguradas, por vigilantes e por cobertura,
correspondero em cada ms a no mnimo:
a) 26 (vinte e seis) vezes a remunerao mensal do vigilante, verificada no ms anterior,
para a cobertura de morte por qualquer causa;
b) a 2 (duas) vezes o limite fixado na alnea a, para a cobertura de invalidez permanente, parcial ou total por acidente.

c) Custo do Seguro de Vida, Invalidez e Funeral Servios de Vigilncia


Como dito anteriormente, a incluso do seguro de vida, invalidez e funeral na planilha
de custo observar disposio prvia em Acordos, Convenes ou Sentenas Normativas
em Dissdios Coletivos.
Quando o Acordo Coletivo for silente com relao ao valor do seguro, ser obtido o
valor por meio da soma das indenizaes previstas no Acordo Coletivo e multiplicado pela
alquota (0,0078%). Essa alquota representa uma mdia de acordo com os estudos da FIA.

71

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

d) Previso na CCT Seguro de Vida, Invalidez e Funeral Servios de Vigilncia


Previso na CCT Seguro de Vida, Invalidez e Funeral Servios de Vigilncia
Descrio
CLUSULA DCIMA STIMA SEGURO DE VIDA
As empresas se obrigam a fazer seguro de vida em grupo para todos os
empregados, para cobertura das seguintes condies e nos seguintes
valores:
a) Morte natural ou acidental, decorrentes ou no do trabalho, no valor
segurado de 40 (quarenta) salrios normativos mnimos do empregado.
b) Invalidez, que acarrete em aposentadoria, por acidente de qualquer
natureza, ocorrida ou no no horrio de trabalho, no valor segurado de
40 (quarenta) pisos da categoria.
c) Invalidez parcial por acidente ser paga de acordo com a tabela da SUSEP,
com valor segurado de at 40 (quarenta) salrios normativos mnimos
do empregado.
d) Adiantamento ao esplio de despesas de sepultamento, no valor de at
R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais).

Seguro de Vida Morte


Categoria
Vigilante 12 x 36 D
Vigilante 12 x 36 N
Vigilante 44 SEM
Supervisor 12 x 36 D
Supervisor 12 x 36 N
Supervisor 44 SEM

SEGURO DE VIDA (MORTE)


Sal.normativo Base de Clculo
1.575,39
63.015,60
1.575,39
63.015,60
1.575,39
63.015,60
1.575,39
63.015,60
1.575,39
63.015,60
1.575,39
63.015,60

Alquota
0,009500%
0,009500%
0,009500%
0,009500%
0,009500%
0,009500%

Valor
5,99
5,99
5,99
5,99
5,99
5,99

Seguro de Vida Invalidez


Categoria
Vigilante 12 x 36 D
Vigilante 12 x 36 N
Vigilante 44 SEM
Supervisor 12 x 36 D
Supervisor 12 x 36 N
Supervisor 44 SEM

72

SEGURO DE VIDA (INVALIDEZ)


Sal.normativo Base de Clculo
1.575,39
63.015,60
1.575,39
63.015,60
1.575,39
63.015,60
1.575,39
63.015,60
1.575,39
63.015,60
1.575,39
63.015,60

Alquota
0,009500%
0,009500%
0,009500%
0,009500%
0,009500%
0,009500%

Valor
5,99
5,99
5,99
5,99
5,99
5,99

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Seguro de Vida Auxlio-Funeral


SEGURO DE VIDA (AUXLIO-FUNERAL)
Categoria
Seguro
Base de Clculo
Alquota
Vigilante 12 x 36 D
3.000,00
3.000,00
0,00955%
Vigilante 12 x 36 N
3.000,00
3.000,00
0,00955%
Vigilante 44 SEM
3.000,00
3.000,00
0,00955%

Valor
0,29
0,29
0,29

Obs.: foi utilizada uma alquota para o auxlio-funeral de 0,00955% com base em uma
mdia conforme estudos da Fundao Instituto de Administrao (FIA).
Resoluo CNPS n 05/84
1.1 As importncias seguradas, por vigilantes e por cobertura, correspondero em
cada ms a no mnimo:
a) 26 (vinte e seis) vezes a remunerao mensal do vigilante, verificada no
ms anterior, para a cobertura de morte por qualquer causa;
b) a 2 (duas) vezes o limite fixado na alnea a, para a cobertura de invalidez permanente, parcial ou total, por acidente.

5.3.6OUTROS BENEFCIOS
a) Aspectos Gerais
Correspondem a outros itens dos benefcios mensais e/ou dirios no previstos anteriormente, normalmente, estabelecidos nos Acordos/Convenes Coletivas. Exemplo: auxlio ao filho excepcional, prmio assiduidade, entre outros.
A incluso na planilha observar disposio prvia em Acordos, Convenes ou Sentenas Normativas em Dissdios Coletivos.
b) Outros Benefcios Servios de Vigilncia

73

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

c) Previso na CCT/2014 Outros Benefcios


Previso na CCT/2014 Servios de Vigilncia Exemplo: Distrito Federal
Descrio
Percentual
CLUSULA DCIMA PRIMEIRA FUNDO PARA INDENIZAO DECORRENTE
DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ E POR DOENA
Para manuteno do fundo para indenizao decorrente de aposentadoria por invalidez
e por doena de qualquer natureza, que ser administrado pelo sindicato laboral, as
empresas contribuiro com a quantia mensal de R$ 12,00 (doze reais) por cada empregado,
associado ou no ao Sindesv-DF. O repasse da parcela ser efetuado pelas empresas at o
dia 20 (vinte) de cada ms subsequente ao pagamento do salrio do empregado.

R$ 12,00

d) Fundamentao Legal
Jurisprudncia TCU
1.1.6. Deixe de incluir nos editais exigncias relativas prefixao de valor de vale-transporte, plano de sade, reserva tcnica e de despesa com treinamento e reciclagem, por
representarem ingerncia imprpria na gesto interna dos licitantes, onerarem o contrato sem benefcio direto ao Estado e por ser obrigao da contratada fornecer mo de
obra qualificada para a execuo dos servios, em conformidade com as especificaes
do objeto da licitao (Acrdo n 2.807/2007 1 Cmara).
1.5.1. Abstenha-se de fixar, no instrumento convocatrio, quando de licitao com vistas
contratao de mo de obra terceirizada, valores pertinentes a salrios ou benefcios
(tais como vale-alimentao), bem como de exigir a concesso aos empregados contratados de benefcios adicionais aos legalmente estabelecidos (tais como planos de sade),
por representar interferncia indevida na poltica de pessoal de empresa privada e representar nus adicional Administrao sem contrapartida de benefcio direto (Acrdo
n 1.248/2009-2 Cmara).
1.5.1.3 Abstenha-se de fixar valores com relao ao salrio, benefcios diretos e indiretos, que no os previstos pelos respectivos sindicatos de categorias, entretanto, caso
haja essa necessidade, instrua e fundamente com os documentos pertinentes a fixao
de determinado patamar remuneratrio, de forma a no comprometer o carter competitivo do certame e, por conseguinte, a obteno da proposta mais vantajosa para a
Administrao, em consonncia com o subitem 9.3.3 do Acrdo n 1.094/2004-TC
Plenrio (Acrdo n 2.075/2010 1 Cmara).

74

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.4.MDULO 3 INSUMOS DIVERSOS


a) Definio
composto pelos custos relativos a materiais, utenslios, suprimentos, mquinas, equipamentos, entre outros, utilizados diretamente na execuo dos servios.
b) Composio
Integram a composio dos insumos diversos os seguintes itens: uniformes, materiais,
equipamentos e outros necessrios execuo dos servios.
III
Uniformes, materiais, equipamentos e outros
A Uniformes
B Materiais
C Equipamentos
D Outros (especificar)

TOTAL

Valor (R$)

5.4.1UNIFORMES
a) Aspectos Gerais
O custo dos uniformes inclui todos os itens que compem o uniforme do empregado.
b) Fundamentao Legal
Art. 18 a 20, inciso IV, da Lei n 7.102, de 20 de junho de 1983.
Art. 8, art. 103 a 108, art. 117 a 118, art. 122 a 123, da Portaria n 387/2006 DG/
DPF, de 28 de agosto de 2006.

75

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

c) Previso na CCT/2012 Vigilncia Exemplo: Distrito Federal


Previso na CCT/2012 Uniformes Servios de Vigilncia
Descrio
CLUSULA QUINQUAGSIMA FORNECIMENTO DE UNIFORME
As empresas se obrigam a fornecer uniforme, gratuitamente, a todos os empregados
sujeitos ao trabalho uniformizado.
PARGRAFO PRIMEIRO
Aos vigilantes, fiscais e demais empregados que sejam obrigados ao uso, sero fornecidos
uniforme mediante recibo em 2 (duas) vias, sendo uma entregue ao empregado, com: 2
(dois) pares de meia, 2 (duas) camisas, 2 (duas) calas e 1 (um) par de sapatos de 6 (seis)
em 6 (seis) meses ou 1 (um) coturno de 12 (doze) em 12 (doze) meses, e tambm 1 (uma)
japona e 1 (um) cinto, de 12 (doze) em 12 (doze) meses. Para os vigilantes que trabalham
de terno e gravata, sero fornecidos 2 (dois) ternos e 4 (quatro) camisas a cada 12 (doze)
meses. Os empregados que trabalham ao ar livre recebero 1 (uma) capa de chuva a
cada 12 (doze) meses.
PARGRAFO SEGUNDO
No haver distino entre o uniforme utilizado pela vigilante e pelo vigilante.

d) Memria de Clculo Uniformes Servios de Vigilncia


Uniformes Composio Valor Anual
Item
Qte.
Vida til (anos)
Vr. unitario
Cala
2,00
1,00
43,63
Camisa
2,00
1,00
45,00
Sapato
1,00
1,00
60,22
Cinto de nilon
1,00
1,00
16,50
Distintivo tipo broche
1,00
1,00
3,88
Japona
1,00
1,00
119,69
Meia
2,00
1,00
7,19
Quepe
1,00
1,00
90,44
Colete Nvel II-A
1,00
5,00
1.111,25
Crach
1,00
1,00
0,74
Custo anual por pessoa sem o frete

Custo anual por pessoa includo o frete

76

Dur. med. Valor


2,00
174,52
2,00
180,00
2,00
120,44
1,00
16,50
1,00
3,88
1,00
119,69
2,00
28,76
1,00
90,44
0,20
222,25
1,00
0,74

957,22

957,22

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

e) Memria de Clculo UNIFORMES


Memria de Clculo UNIFORMES
Categoria
Custo anual
Custo mensal
Vigilante 12 x 36 D
957,22
79,77
Vigilante 12 x 36 N
957,22
79,77
Vigilante 44 SEM
957,22
79,77

5.4.2EQUIPAMENTOS
a) Definio
So os bens necessrios execuo dos servios.
b) Aspectos Gerais
O custo anual de cada item de equipamento foi calculado conforme segue:
(Custo anual do item) = (Preo obtido na pesquisa de mercado) x (Quantidade de unidades do item) / (Anos da vida til do item).
O investimento inicial em equipamentos se refere ao valor dos equipamentos necessrios para cada posto de trabalho e foi calculado como segue:
(Investimento inicial por posto) = Somatrio de [(Preo obtido na pesquisa de mercado
para cada item) x (Quantidade para cada item)].
O valor do investimento inicial foi utilizado para a obteno do custo financeiro mensal
dos equipamentos, calculado como segue:
(Custo financeiro mensal) = (Investimento inicial por posto) x (Percentual do custo de
capital mensal).A porcentagem do custo de capital mensal foi obtida a partir da taxa SELIC
mensalizada.
Para a remunerao do custo financeiro, foi calculado o custo mensal por pessoa:
(Custo mensal por pessoa) = [(Custo anual dos equipamentos / 12 meses) + (Custo financeiro mensal)] / (Nmero de pessoas por local do posto).
A Instruo Normativa n 2/2008, em seu Anexo VI, apresenta uma metodologia de referncia dos servios de vigilncia. A seguir transcreve-se as responsabilidades da empresa
contratada com relao aos equipamentos utilizados nos servios de vigilncia.

77

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

c) Fundamentao Legal
Lei n 7.102, de 20 de junho de 1983.
Portaria n 387/2006 DG/DPF, de 28 de agosto de 2006.

d) Previso na CCT Equipamentos Servios de Vigilncia Exemplo: Distrito Federal


Previso na CCT Equipamentos Servios de Vigilncia
Descrio

Valor (R$)

Manuteno de Mquinas e Equipamentos


CLUSULA QUINQUAGSIMA SEGUNDA ARMAMENTO
As empresas se obrigam a realizar, semestralmente, a limpeza e a reviso
do armamento.

e) Memria de Clculo Equipamentos Custo financeiro mensal


O valor do investimento inicial foi utilizado para a obteno do custo financeiro mensal
dos equipamentos, calculado como segue:
(Custo financeiro mensal) = (Investimento inicial por posto) x (Percentual do custo de
capital mensal).
Memria de Clculo EQUIPAMENTOS CUSTO FINANCEIRO MENSAL
Categoria
Base de clculo
Percentual
Valor
Vigilante 12 x 36 D
7.288,08
0,8363%
60,95
Vigilante 12 x 36 N
7.288,08
0,8363%
60,95
Vigilante 44 SEM
3.954,33
0,8363%
33,07

(A) Base de clculo Corresponde ao valor do investimento inicial.


(B) Percentual Percentual do custo de capital mensal obtido a partir da taxa SELIC
mensalizada = 0,8363% ao ms.
(C) Valor do custo financeiro mensal Obtido pela aplicao do percentual da taxa SELIC mensalizada sobre o valor do investimento inicial.
f) Memria de Clculo Equipamentos Custo mensal dos equipamentos
Para a remunerao do custo financeiro, foi calculado o custo mensal por pessoa:
(Custo mensal por pessoa) = [(Custo anual dos equipamentos / 12 meses) + (Custo financeiro mensal)] / (Nmero de pessoas por local do posto).
78

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Memria de Clculo CUSTO MENSAL DOS EQUIPAMENTOS


Categoria
Custo anual Custo mensal C. financeiro
Vigilante 12 x 36 D
604,26
50,36
60,95
Vigilante 12 x 36 N
604,26
50,36
60,95
Vigilante 44 SEM
604,26
50,36
33,07

Valor
27,83
27,83
83,43

(A) Base de clculo Corresponde ao custo anual de equipamentos.


(B) Custo mensal Corresponde ao custo mensal dos equipamentos.
Exemplo: 604,26 /12
(C) Valor do custo financeiro mensal Obtido pela aplicao do percentual da taxa SELIC mensalizada sobre o valor do investimento inicial. Vide memria de clculo custo
financeiro mensal.
(D) Custo mensal por pessoa Somatrio do custo mensal (B) e do custo financeiro
mensal dividido pelo nmero de pessoas por posto.
Exemplo 1: R$ 27,83 = (R$ 50,36 + R$ 60,95) / 4 para os postos 12 x 36
Exemplo 2: R$ 83,43 = (R$ 50,36 + R$ 33,07) / 1 para os postos 44 horas
Custo do Investimento Inicial
Descrio
(A)
(B)
12 x 36
Cassetete
37,11
1,00
37,11
Porta cassetete
10,10
1,00
10,10
Apito
8,38
2,00
16,76
Cordo de apito
6,99
1,00
6,99
Capa de nilon
14,93
1,00
14,93
Rdio
690,17
1,00
690,17
Revolver calibre 38
1.967,25
1,00
1.967,25
Cinturo para revlver
35,13
1,00
35,13
Coldre
29,73
1,00
29,73
Munio calibre 38
4,98
1,00
4,98
Colete Nvel II-A
1.111,25
4,00
4.445,00
Livro de ocorrncia
9,10
1,00
0,23
Lanterna de 3 pilhas
27,43
1,00
27,43
Pilhas para lanterna
2,27
1,00
2,27
Total
7.288,08

44 SEM
37,11
10,10
16,76
6,99
14,93
690,17
1.967,25
35,13
29,73
4,98
1.111,25
0,23
27,43
2,27
3.954,33

5.5.MDULO 4 ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS


a) Definio
So os custos de mo de obra decorrentes da legislao trabalhista e previdenciria,
79

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

estimados em funo das ocorrncias verificadas na empresa e das peculiaridades da contratao.


b) Composio
O Mdulo 4 composto pelos seguintes submdulos: Encargos Previdencirios, FGTS,
13 Salrio, Adicional de Frias, Afastamento Maternidade e Resciso e Custo do Profissional Ausente.
4
4.1
4.2
4.3
4.4
4.5
4.6

Mdulo 4 Encargos sociais e trabalhistas


13 Salrio + Adicional de Frias
Encargos Previdencirios e FGTS
Afastamento Maternidade
Custo de Resciso
Custo de reposio do profissional ausente
Outros (Especificar)
TOTAL Mdulo 4 Encargos sociais e trabalhistas

Valor (R$)

5.5.1SUBMDULO 4.1 ENCARGOS PREVIDENCIRIOS E FGTS


a) Definio
Nos termos da Portaria n 7, de 9 de maro de 2011, que introduziu um novo modelo
de Planilha de Custo, o antigo Grupo A, corresponde no novo modelo de Planilha de Custo
ao Submdulo 4.1 Encargos previdencirios e FGTS.
As contribuies sociais do empregador e do empregado incidentes sobre a folha de
salrios e demais rendimentos do trabalho destinam-se ao custeio da seguridade social.
Lembrando que a seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta
e indireta, nos termos da lei, com recursos dos oramentos da seguridade social da Unio,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das contribuies sociais do empregador e do empregado (art. 195 inciso I, alnea a, da Constituio Federal.)
Fundamento Legal Art. 195, inciso I, alnea a, da Constituio Federal.
Art. 195. A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes contribuies sociais:
I Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998).
a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio (Includo
pela Emenda Constitucional n 20, de 1998).

80

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

b) Composio
Compem o submdulo 4.1 os seguintes encargos sociais: INSS, SESI ou SESC, SENAI ou
SENAC, INCRA, Salrio Educao, FGTS, Seguro de Acidente de Trabalho e SEBRAE.
O quadro a seguir apresenta a composio e os respectivos percentuais.
Quadro - Encargos previdencirios e FGTS
4.1
Encargos previdencirios e FGTS
A INSS
B SESI ou SESC
C SENAI ou SENAC
D INCRA
E Salrio-Educao
F FGTS
G Seguro de Acidente de Trabalho
H SEBRAE
TOTAL

Percentual % (*)
20,00%
1,50%
1,00%
0,20%
2,50%
8,00%
1,00%, 2,00% ou 3.00%
0,60%
34,80%, 35,80% ou 36,80%

(*) Percentuais definidos em lei.

Observe que o Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) corresponde aos percentuais 1%,
2% ou 3% dependendo do grau de risco de acidente do trabalho, previsto no art. 22, inciso
II, da Lei n 8.212/91.
Lembre-se, contudo, de que os percentuais estabelecidos para o SAT podem variar
de 0,50% a 6,00% em funo do Fator de Acidente Previdencirio (FAP). (Decreto n
6.957/2009. Resoluo MPS/CNPS n 1.316, de 31 de maio 2010 DOU de 14/6/2010).
4.1.

A seguir, feita uma breve anlise de cada um dos itens que compem o Submdulo

5.5.1.1INSS
Trata-se da contribuio a cargo da empresa, destinada Seguridade Social de 20%
sobre o total das remuneraes pagas, devidas ou creditadas a qualquer ttulo, durante
o ms, aos segurados que lhe prestem servios, destinados a retribuir o trabalho (art. 22,
inciso I da Lei n 8.212/91).
Considera-se empresa para fins da incidncia da contribuio previdenciria a pessoa fsica ou jurdica que assume o risco de atividade econmica urbana ou rural, com fins
lucrativos ou no, bem como os rgos e entidade da Administrao Pblica Direta, Indireta e Fundacional (art. 15, inciso I da Lei n 8.112/91).
81

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

So isentas da contribuio para a seguridade social as entidades beneficentes de assistncia social que atendam s exigncias estabelecidas em lei ( 7, do art. 195 da Constituio Federal). Convm assinalar que a iseno de que goza a entidade beneficente diz respeito
apenas contribuio da empresa de 20% e da contribuio referente ao SAT. A entidade
dever reter e recolher a parte relativa ao empregado. A Lei n 12.101, de 27 de novembro
de 2009, regula os procedimentos de iseno da contribuio para a seguridade social.
Fundamentao Legal 7, do art. 195 da Constituio Federal).
Fundamentao Legal Art. 29 da Lei n 8.212/91.
Fundamentao Legal Art. 22, inciso I, da Lei n 8.212/91.
Jurisprudncia TCU (Acrdo n 1753/2008 Plenrio)
49. Neste grupo esto os encargos bsicos, ou seja, aqueles que correspondem s
obrigaes que, conforme a legislao em vigor, incidem diretamente sobre a folha de
pagamentos.
A1. Previdncia Social
Incidncia: 20,00%.
Fundamentao: art. 22, inciso I, da Lei n 8.212/91 (Acrdo n 1753/2008 Plenrio).

5.5.1.2SESI ou SESC
Contribuies sociais destinadas ao Servio Social do Comrcio (SESC) e ao Servio Social da Indstria que compem a Guia da Previdncia Social (GPS).
As contribuies destinadas ao SESI, SESC, SENAI, SENAC, SEBRAE so chamadas de
contribuies de terceiros, porque tais contribuies no ficam com a Unio, ou seja, so
repassadas para cada um dos rgos pertencentes ao sistema S.
Incidncia: 1,50%.
Fundamentao Legal Art. 30 da Lei n 8.036/90, art. 1 da Lei n 8.154/90 e Art. 240
da Constituio Federal.
Fundamentao Legal Art. 30 da Lei n 8.036/90
Fundamentao Legal Art. 1 da Lei n 8.154/90.
Jurisprudncia TCU Acrdo n 1753/2008 Plenrio
A4. SESI e SESC
Incidncia: 1,50%.

82

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Fundamentao Legal Art. 30 da Lei n 8.036/90 e art. 1 da Lei n 8.154/90.


Jurisprudncia TCU Acrdo n 3037/2009 Plenrio
9.2.2.4. Adote as medidas necessrias ao ressarcimento do percentual de PIS, ISS e COFINS discriminados na planilha de composio do BDI em alquotas eventualmente superiores s quais a contratada est obrigada a recolher, em face de ser optante do Simples
Nacional, bem como ao ressarcimento dos encargos sociais referentes ao SESI, SENAI e
SEBRAE, dos quais a empresa est dispensada do pagamento, conforme previsto no art.
13, 3, da LC n 123/2006 e que foram acrescidos indevidamente na planilha de composio de encargos sociais.
Fundamentao Legal Art. 240 da Constituio Federal.
Fundamentao Legal Art. 195 da Constituio Federal.

5.5.1.3SENAI ou SENAC
Contribuio destinada ao Servio Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Servio Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).
Incidncia: 1,00%.Fundamentao legal Decreto-Lei n 2.318/86.
Jurisprudncia TCU Acrdo n 1753/2008 Plenrio
4.1. Composio/Estrutura da Planilha
A5. SENAI e SENAC
Incidncia: 1,00%.
Fundamentao Legal Decreto-Lei n 2.318/86 (Acrdo 1753/2008 Plenrio)
Jurisprudncia TCU Acrdo n 3037/2009 Plenrio
9.2.2.4. Adote as medidas necessrias ao ressarcimento do percentual de PIS, ISS e COFINS discriminados na planilha de composio do BDI em alquotas eventualmente superiores s quais a contratada est obrigada a recolher, em face de ser optante do Simples
Nacional, bem como ao ressarcimento dos encargos sociais referentes ao SESI, SENAI e
SEBRAE, dos quais a empresa est dispensada do pagamento, conforme previsto no art.
13, 3, da Lei Complementar n 123/2006 e que foram acrescidos indevidamente na
planilha de composio de encargos sociais.
Fundamentao Legal Decreto-Lei n 2.318/86.
Art. 1 Mantida a cobrana, fiscalizao, arrecadao e repasse s entidades benefi-

83

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

cirias das contribuies para o Servio Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI),


para o Servio Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), para o Servio Social da
Indstria (SESI) e para o Servio Social do Comrcio (SESC), ficam revogados:
I o teto limite a que se referem os artigos 1 e 2, do Decreto-Lei n 1.861, de 25 de
fevereiro de 1981, com a redao dada pelo art. 1 do Decreto-Lei n 1.867, de 25 de
maro de 1981;
II o art. 3 do Decreto-Lei n 1.861, de 25 de fevereiro de 1981, com a redao dada
pelo art. 1 do Decreto-Lei n 1.867, de 25 de maro de 1981.
Art. 2 Fica acrescida de dois e meio pontos percentuais a alquota da contribuio previdenciria, calculada sobre a folha de salrios, devidos pelos bancos comerciais, bancos
de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito,
financiamento e investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras,
distribuidoras de ttulos e valores mobilirios e empresas de arrendamento mercantil.

5.5.1.4INCRA
Contribuio destinada ao Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA).
O art. 15 da Lei Complementar n 11, de 25 de maio de 1971, estabeleceu a alquota
de 0,2% para o INCRA. Incide sobre a folha de pagamento dos empregados e paga pelo
empregador, de acordo com o seu FPAS.
Incidncia: 0,20%Fundamentao Legal Art. 1, inciso I, do Decreto-Lei n 1.146/1970
e Lei Complementar n 11/71.
Jurisprudncia TCU Acrdo n 1753/2008 Plenrio
A7. INCRA
Incidncia: 0,20%
Fundamentao legal Art. 1, inciso I, do Decreto-Lei n 1.146/70.
Fundamentao Legal Art. 1, inciso I, e art. 3, do Decreto-Lei n 1.146/1970.
Art 1 As contribuies criadas pela Lei n 2.613, de 23 de setembro 1955, mantidas nos termos
deste Decreto-Lei, so devidas de acordo com o art. 6 do Decreto-Lei n 582, de 15 de maio de
1969, e com o artigo 2 do Decreto-Lei n 1.110, de 9 julho de 1970: I Ao Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA).
Fundamentao Legal Art. 15 da Lei Complementar n 11/71.

84

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Art. 15. Os recursos para o custeio do Programa de Assistncia ao Trabalhador Rural


proviro das seguintes fontes:
I Da contribuio de 2% (dois por cento) devida pelo produtor sobre o valor comercial
dos produtos rurais, e recolhida:
a. Pelo adquirente, consignatrio ou cooperativa que ficam sub-rogados, para esse
fim, em todas as obrigaes do produtor.
b. Pelo produtor, quando ele prprio industrializar seus produtos, vend-los ao consumidor, no varejo ou a adquirente domiciliado no exterior (Redao dada pela Lei
Complementar n 16, de 1973).
II Da contribuio de que trata o art. 3 do Decreto-Lei n 1.146, de 31 de dezembro
de 1970, a qual fica elevada para 2,6% (dois vrgula seis por cento), cabendo 2,4% (dois
vrgula quatro por cento) ao FUNRURAL.

5.5.1.5SALRIO-EDUCAO
Contribuio social destinada a financiar a educao bsica nos termos da Constituio
Federal.
Incidncia: 2,50%
Fundamentao Legal Art. 3, inciso I do Decreto n 87.043/1982, art. 15 da Lei n
9.424/96, art. 1, 1 do Decreto n 6.003/2006, art. 212, 5 da Constituio Federal
e Smula n 732 do STF.
Jurisprudncia TCU Acrdo n 1753/2008 Plenrio
A3. Salrio-Educao
Incidncia: 2,50%
Fundamentao legal Art. 3, inciso I, do Decreto n 87.043/82.
Fundamentao Legal Art. 3, inciso I, do Decreto n 87.043/1982.
Fundamentao Legal Art. 15 da Lei n 9.424/96.
Fundamentao Legal Art. 1, 1, do Decreto n 6.003/2006.
Fundamentao Legal Art. 212, 5, da Constituio Federal.
Jurisprudncia Smula n 732 do STF.
constitucional a cobrana da contribuio do salrio-educao, seja sob a Carta de
1969, seja sob a Constituio Federal de 1988, e no regime da Lei n 9424/1996.

85

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.5.1.6FGTS
Consiste em um fundo de garantia para o trabalhador em razo do tempo de servio
laborado. um direito do trabalhador garantido pela Constituio Federal.
Incidncia: 8,00%.
Fundamentao Legal Art. 15 da Lei n 8.036/90.
Fundamentao Legal Art. 7, inciso III, da Constituio Federal.
Jurisprudncia Smula n 63 do TST.
FUNDO DE GARANTIA (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003
A contribuio para o Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) incide sobre a remunerao mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais.
Histrico:
Redao original RA 105/1974, DJ 24/10/1974
Jurisprudncia TCU Acrdo n 1753/2008 Plenrio
A2. FGTS
Incidncia 8,00%.Fundamentao Legal Art. 15 da Lei n 8.036/90 e art. 7, inciso III,
da Constituio Federal de 1988.

5.5.1.7SEGURO DE ACIDENTE DO TRABALHO


Contribuio destinada a custear benefcios concedidos em razo do grau de incidncia
de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho.
O regime em que h a incidncia da alquota adicional para custear a aposentadoria
especial chamado de Riscos Ambientais do Trabalho (RAT). As alquotas de 1%, 2% ou 3%
podero ser acrescidas de 12%, 9% ou 6% nos casos em que a empresa permita a concesso de aposentadoria especial aps 15, 20 ou 25 anos de contribuio, respectivamente.
Lembrando que tais percentuais so devidos pela empresa se o empregado tiver contato
com elementos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao de agentes que podem trazer
risco sua sade ou sua integridade.
Ressaltamos que o enquadramento da atividade para fins de alquota de contribuio
para o Seguro de Acidente de Trabalho feito pela prpria empresa, com base no Anexo
V do Decreto n 3.048/99 que regulamenta o Regulamento da Previdncia Social (RPS).
Fundamentao Legal Art. 22, inciso II, alneas b e c da Lei n 8.212/91, Resoluo

86

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

MPS/CNPS n 1.316, de 31 de maio de 2010, Smula n 351 STJ, Decreto n 6.042/2007,


Decreto n 6.957/2009 e Decreto n 3.048/99.
Jurisprudncia TCU Acrdo n 1753/2008 Plenrio
A8. Seguro de Acidente de Trabalho
Incidncia: 3,00% (vigilncia) e 2,00% (limpeza e conservao)
Fundamentao Legal Art. 22, inciso II, alneas b e c, da Lei n 8.212/91.
Fundamentao Legal Resoluo MPS/CNPS n 1.316, de 31 de maio de 2010.
Jurisprudncia Smula n 351 STJ
SMULA n 351 STJ DJ DE 19/6/2008.Enunciado: a alquota de contribuio para o
Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) aferida pelo grau de risco desenvolvido em cada
empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco da atividade preponderante quando houver apenas um registro.Data do Julgamento: 11/6/2008.Data da Publicao: 19/6/2008.

5.5.1.8SEBRAE
Contribuio social repassada ao Servio Brasileiro de apoio Pequena e Mdia Empresa (SEBRAE) destinado a custear os programas de apoio pequena e mdia empresa.
A Lei n 8.029/90 alterada pela Lei n 8.154/90 estabeleceu que, a partir de 1993, as
alquotas dessa contribuio passavam de 0,3% (zero vrgula trs por cento). Dessa forma,
como o percentual de 0,3% para cada uma das entidades e a empresa est vinculada a
pelo menos duas (SESC e SENAC ou SESI e SENAI), o percentual de 0,6% ( zero vrgula seis
por cento).
A contribuio ao SEBRAE um adicional s contribuies do SESC, SENAC, SESI e SENAI ( 3 do art. 8 da Lei n 8.029/90).
Incidncia: 0,60%
Fundamentao Legal: Lei n 8.029/90, alterada pela Lei n 8.154/90.
Jurisprudncia TCU Acrdo n 1753/2008 Plenrio
A6. SEBRAE
Incidncia: 0,60%.
Fundamentao legal Lei n 8.029/90, alterada pela Lei n 8.154/90.
Fundamentao Legal Art. 8 da Lei n 8.029/90.

87

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.5.1.9OUTRAS CONTRIBUIES DE TERCEIROS


As contribuies de terceiros so exaes, ou seja, tm natureza tributria, criadas por
lei e destinadas a entidades privadas que no integram o sistema de seguridade social, mas
so arrecadadas por esse sistema.
As mais populares so SENAC, SESC, SESI, SENAI. Porm existem outras contribuies
de terceiros, como SENAR, SEST, SENAT, SESCOOP.
Cada uma dessas contribuies est vinculada a uma atividade econmica especfica.
A contribuio destinada ao Servio Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) foi criada pela Lei n 8.315, de 23 de outubro de 1991. Tal dispositivo legal no prev contribuio para o servio social na rea rural, apenas para a aprendizagem. A alquota da referida contribuio
de 2,5% sobre o montante da remunerao paga a todos os empregados pelas pessoas
jurdicas de direito privado, ou a elas equiparadas, que exeram atividades agroindustriais,
agropecurias, extrativistas vegetais e animais, cooperativistas rurais e sindicais patronais
rurais.
A contribuio destinada ao Servio Social do Transporte (SEST) e ao Servio Nacional
de Aprendizagem de Transporte (SENAT) foi criada pela Lei n 8.706, de 14 de setembro de
1993. A alquota para o SEST de 1,5% e de 1,0% para o SENAT, incidentes sobre a remunerao paga aos trabalhadores das empresas de transporte rodovirio, transporte de valores
e empresa de locao de servios. Os transportadores autnomos tambm contribuiro
com os mesmos percentuais de alquota.
A contribuio destinada ao Servio Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
(SESCOOP) foi instituda pela Medida Provisria n 2.168. A alquota de 1,5% sobre o
montante da remunerao para todos os empregados pelas cooperativas.
5.5.1.10ENCARGOS PREVIDENCIRIOS E FGTS MEMRIA DE CLCULO
a) Aspectos Gerais
O salrio de referncia para o clculo da Guia da Previdncia Social (GPS) e do FGTS
obtido pela soma do salrio-base a todos os adicionais previstos na legislao, Acordos e
Conveno Coletiva.
Se o Acordo Coletivo previr um salrio fechado com os adicionais j incorporados, esse
valor estar expresso em salrio com adicionais incorporados. Nesse caso, as linhas anteriores sero iguais a 0 e estaro discriminados apenas o adicional de frias e o 13 salrio,
calculado com base no salrio com adicionais incorporados.
88

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Calcula-se ento a alquota da GPS, que aplicada sobre o salrio de referncia resulta
no custo da GPS.
b) Composio dos encargos previdencirios
Os encargos previdencirios que compem a GPS para os servios de vigilncia observaram o percentual SAT de 3% (grau mximo).
1.Encargos previdencirios e FGTS Memria de Clculo Servios de Vigilncia
Escala 44 horas semanais
4.1
Encargos previdencirios e FGTS
A INSS
B SESI ou SESC
C SENAI ou SENAC
D INCRA
E Salrio-educao
F FGTS
G Seguro de acidente de trabalho
H SEBRAE
TOTAL Encargos previdencirios e FGTS

%
20,00%
1,50%
1,00%
0,20%
2,50%
8,00%
3,00%
0,60%
36,80%

Valor (R$)
409,60
30,72
20,48
4,10
51,20
163,84
61,44
12,29
753,67

Base de Clculo Remunerao: R$ 2.048,01


Exemplo: R$ 753,67 = R$ 2.048,01 x 36,80%
5.5.2Submdulo 4.2 13 Salrio
5.5.2.1.13 SALRIO
a) Definio
Corresponde gratificao natalina. um direito do trabalhador garantido pela Constituio, portanto uma gratificao compulsria. Tem natureza salarial.
b) Valor do 13 salrio
Corresponde ao valor da remunerao mensal percebida no ms de dezembro. Nos casos em que o empregado no trabalhou o ano todo, ele receber o valor proporcional aos
meses de servios, na ordem de 1/12 por ms, considerando-se a frao igual ou superior
a 15 dias como ms inteiro, desprezando-se a frao menor.
Para o clculo do 13 salrio so computadas todas as parcelas de natureza salarial, tais
como gratificaes habituais, horas extras habituais, abonos, etc.
89

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

c) Pagamento do 13 salrio
Dever ser efetuado em duas parcelas: a primeira metade paga entre os meses de
fevereiro e novembro. A segunda metade paga at o dia 20 de dezembro, e equivale
remunerao do ms de dezembro, compensando-se (subtraindo-se) a importncia paga
na primeira parcela, sem nenhuma correo monetria.
O empregado tambm poder requerer o 13 salrio no ms de janeiro do correspondente ano, por ocasio de suas frias, e equivale metade do salrio do empregado no ms
anterior ao do pagamento.
Lembramos que sobre a primeira metade do 13 salrio paga at 30 de novembro
no incide a contribuio previdenciria. Tal contribuio incidir quando o pagamento da
segunda parcela for realizado. A incidncia da contribuio ocorrer sobre o valor total a
ttulo de 13 salrio, sendo calculado em separado na tabela.
d) 13 proporcional
O empregado tem direito ao 13 salrio proporcional aos meses trabalhados no ano,
em caso de extino do contrato, nos seguintes casos:
Na dispensa sem justa causa.
Na dispensa indireta.
Pelo trmino do contrato a prazo determinado.
Pela aposentadoria.
Pela extino da empresa.
Pelo pedido de demisso.
Nos casos de demisso com justa causa, o empregado perde o direito ao 13 salrio
proporcional. Se porventura ele j tenha recebido a primeira parcela, a lei autoriza a compensao desse valor com qualquer crdito trabalhista, tais como saldo de salrio e frias
vencidas.
No caso de culpa recproca, o empregado receber 50% do valor do dcimo terceiro
salrio nos termos da Smula n 14 do TST.
O 13 salrio sofre a incidncia do FGTS e das contribuies previdencirias.
e) Fundamentao Legal e Jurisprudncia
Jurisprudncia Smula n 14 do TST.CULPA RECPROCA (nova redao) Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.

90

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Reconhecida a culpa recproca na resciso do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o


empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prvio, do dcimo
terceiro salrio e das frias proporcionais.
Jurisprudncia Smula n 688 do STF.
Enunciado:
legtima a incidncia da contribuio previdenciria sobre o 13 salrio.
Fundamentao Legal Art. 7, inciso VIII, da Constituio Federal.
Jurisprudncia Smula n 157 do TST
SUM-157 GRATIFICAO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.
A gratificao instituda pela Lei n 4.090, de 13/7/1962, devida na resilio contratual
de iniciativa do empregado (ex-Prejulgado n 32).
Fundamentao Legal Lei n 4.090/62.
Fundamentao Legal Art. 1, pargrafo nico da Lei n 7.787/89.
Art. 1 Omissas
Pargrafo nico. O 13 salrio passa a integrar o salrio de contribuio.
Jurisprudncia TCU Acrdo n 1753/2008 Plenrio
B7. 13 salrio
58.Esta rubrica serve para provisionar o pagamento da gratificao natalina, que corresponde a um salrio mensal por ano alm dos 12 devidos.
Fundamentao Legal Art. 7, inciso VIII, da Constituio Federal, Lei n 4.090/62 e
Lei n 787/89.

f) Memria de Clculo 13 salrio


Para o clculo do custo do 13 e do adicional de frias, obtm-se inicialmente a proporo de meses no trabalhados no ano (1/12 meses), utilizada para estabelecer a proporo
de 13 salrio no ano e a proporo de adicional de frias no ano.
O custo mensal de 13 salrio calculado como segue:
(Custo mensal de 13 salrio) = (Salrio de referncia para clculo de frias e 13) x
(Proporo de 13 salrio no ano)

91

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

g) Previso na CCT 13 Salrio Servios de Vigilncia Exemplo: Distrito Federal


Fundamentao legal e/ou previso na CCT 13 Salrio Servios de Vigilncia
Descrio
Percentual (%)
CLUSULA STIMA PAGAMENTO DO 13 SALRIO
O pagamento do 13 salrio (gratificao natalina) poder ser efetuado em
duas parcelas, com o primeiro vencimento at o dia 30 de julho de 2014 e o
segundo at o dia 15 de dezembro de 2014, ou a um s tempo, at o dia 15 de
dezembro de 2014, na proporo a que fizer jus o empregado.

h) Memria de Clculo 13 salrio Exemplo: Distrito Federal


4.2 13 Salrio
A 13 Salrio
Subtotal
Incidncia do Submdulo 4.1
TOTAL

(%)
8,34%
36,80%

Valor (R$)
176,82
170,80
62,86
233,66

5.5.2.2.ADICIONAL DE FRIAS TERO CONSTITUCIONAL


a) Aspectos Gerais e Legais
um direito do trabalhador, garantido na Constituio, gozar frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que o salrio normal.
Ressaltamos que o item Frias (sem o respectivo abono constitucional) est contemplado no sSubmodelo 4.5 Custo de Reposio do Profissional Ausente do Modelo de Planilha de Custo Anexo III da Instruo Normativa n 2/2008.
b) Fundamentao Legal e Jurisprudncia
Fundamentao Legal Art. 7, inciso VIII da Constituio Federal.
Jurisprudncia Smula n 328 do TST.
FRIAS. TERO CONSTITUCIONAL (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.
O pagamento das frias, integrais ou proporcionais, gozadas ou no, na vigncia da
CF/1988, sujeita-se ao acrscimo do tero previsto no respectivo art. 7, XVII.

c) Previso na CCT Adicional de Frias Servios de Vigilncia


92

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Previso na CCT Adicional de Frias Servios de Vigilncia


Descrio
Valor
A CCT no trata desse assunto.

d) Memria de Clculo Servios de Vigilncia


O custo do adicional de frias calculado como segue:
(Custo mensal do adicional de frias) = (Salrio de referncia para clculo de frias e
13) x (Proporo de adicional de frias no ano) x (Alquota do adicional de frias)
Memria de Clculo ADICIONAL DE FRIAS
Categoria

Memria de Clculo ADICIONAL DE FRIAS


Base de clculo
Percentual
Alquota adicional
2.048,01
8,34%
33,34%

Valor
56,95

5.5.3SUBMDULO 4.3 AFASTAMENTO MATERNIDADE


5.5.3.1Aspectos Gerais
a) Definio
Consiste em um direito constitucional garantido mulher, especialmente gestante.
O custo final do afastamento maternidade calculado a partir do custo efetivo de afastamento maternidade, do nmero de meses de licena-maternidade, do percentual de
mulheres no tipo de servio e do nmero de ocorrncias de maternidade.
b) Composio
4.3 Afastamento Maternidade
A Afastamento maternidade
B Incidncia do submodelo 4.1 sobre afastamento maternidade
TOTAL

Valor (R$)

No afastamento por maternidade, o INSS reembolsa o salrio da pessoa licenciada. Entretanto, continuam sendo contados os demais encargos, como frias, adicional de frias,
13 salrio, encargos previdencirios, FGTS, bem como benefcios como assistncia mdica
(se prevista em Acordo Coletivo).

93

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

A incidncia do submodelo 4.1 sobre afastamento maternidade consiste na aplicao


do percentual do submodelo 4.1 sobre o valor encontrado para o salrio-maternidade.
Os parmetros para provises de licenas (licena-maternidade) foram extrados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), conforme o Censo de 2010. Considerou-se a populao e o nmero de nascimentos vivos para clculo da taxa de natalidade.
A populao em idade de procriao por sexo, a populao em idade de trabalho do sexo
feminino e as mulheres que tiveram filhos nos 12 meses que antecedem a pesquisa foram
utilizados para o clculo das licenas-maternidade.
Fundamentao Legal e Jurisprudncia
Nos termos da Constituio Federal Art. 6 e art. 201
Fundamentao Legal Art. 392 da CLT.
JURISPRUDNCIA OJ-SDI1-44 TST
GESTANTE. SALRIO-MATERNIDADE (inserida em 13/9/1994)
devido o salrio-maternidade, de 120 dias, desde a promulgao da CF/1988, ficando
a cargo do empregador o pagamento do perodo acrescido pela carta.
JURISPRUDNCIA OJ-SDC-30
ESTABILIDADE DA GESTANTE. RENNCIA OU TRANSAO DE DIREITOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE (inserida em 19/8/1998)
Nos termos do art. 10, II, a, do ADCT, a proteo maternidade foi erigida hierarquia
constitucional, pois retirou do mbito do direito protestativo do empregador a possibilidade de despedir arbitrariamente a empregada em estado gravdico. Portanto, a teor do
artigo 9 da CLT, torna-se nula de pleno direito a clusula que estabelece a possibilidade
de renncia ou transao, pela gestante, das garantias referentes manuteno do emprego e salrio.
NORMATIVOS MINISTRIO DO TRABALHO Instruo Normativa n 84/2010
INSTRUO NORMATIVA N 84, DE 13 DE JULHO DE 2010 Dispe sobre a fiscalizao
do Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) e das contribuies sociais institudas
pela Lei Complementar n 110, de 29 de junho de 2001.
Art. 6 A verificao a que se refere o art. 5 ser realizada inclusive nas hipteses em
que o trabalhador se afaste do servio, por fora de lei ou de acordo, mas continue percebendo remunerao ou contando o tempo de afastamento como de servio efetivo,
tais como:
IV Licena-maternidade.

94

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.5.3.2 Memria de Clculo Afastamento maternidade


No afastamento por maternidade, o INSS reembolsa o salrio da pessoa licenciada.
Entretanto, continuam sendo contados os demais encargos, como frias, adicional de frias, 13 salrio, GPS, FGTS, alm de benefcios como a assistncia mdica (se prevista em
Acordo Coletivo).
O custo do afastamento maternidade formado por esses encargos e benefcios e foi
designado como outros custos de referncia, que resultam no custo efetivo de afastamento maternidade:
(Custo efetivo de afastamento maternidade) = (Salrio de referncia) + (Outros custos
de referncia) - (Salrio-maternidade custeado pelo INSS).
O custo final do afastamento maternidade calculado a partir do custo efetivo de afastamento maternidade, do nmero de meses de licena-maternidade, do percentual de
mulheres no tipo de servio e do nmero de ocorrncias de maternidade:
(Custo final de afastamento maternidade) = (Custo efetivo de afastamento maternidade) x (Dias de licena-maternidade / Nmero de dias do ms) x (Percentual de mulheres) x
(Nmero anual de licenas-maternidade).
O nmero de licenas-maternidade foi obtido pela estimativa baseada no Censo IBGE
para o ano 2000:
(Nmero anual de licenas-maternidade) = (Nmero de mulheres com filhos nos ltimos 12 meses na UF) / (Nmero de mulheres em idade de trabalho na UF).
a) Previso na CCT Afastamento Maternidade Servios de Vigilncia
Previso na CCT Afastamento Maternidade Servios de Vigilncia
Descrio
Percentual (%)
No trata desse assunto.

Custo de referncia AFASTAMENTO MATERNIDADE


O custo de referncia para fins de clculo do afastamento maternidade composto
pelos seguintes itens:
Adicional de frias.
13 salrio.
Assistncia mdica.
Auxlio-creche.
95

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Seguro de vida, invalidez e funeral.


Outros auxlios previstos em Conveno Coletiva da categoria.
k) Quadro demonstrativo Custo de referncia Servios de Vigilncia
Exemplo: Vigilante Escala 44 horas semanais

1
2
3
4
TOTAL

Base de Clculo para o Afastamento Maternidade


Assistncia mdica e odontolgica
Seguro de vida, invalidez, funeral
Outros (fundo de indenizao por invalidez)
13 salrio

Valor (R$)
98,00
12,04
12,00
170,80
194,84

O custo final do afastamento maternidade calculado a partir do custo efetivo de afastamento maternidade, do nmero de meses de licena-maternidade, do percentual de
mulheres no tipo de servio e do nmero de ocorrncias de maternidade:
(Custo final de afastamento maternidade) = (Custo efetivo de afastamento maternidade) x (Dias de licena-maternidade / Nmero de dias do ms) x (Percentual de mulheres) x (Nmero anual de licenas-maternidade).
Vigilante Escala 44 horas semanais Exemplo: Distrito Federal
Memria de Clculo AFASTAMENTO MATERNIDADE
%
N licenas/ano
Base clculo
Dias licena/dias no ms
mulheres
194,84
3,94
10,12%
0,0032
Valor do Afastamento Maternidade

Valor
0,25
0,25

(A) Base de Clculo Custo de referncia vide quadro anterior.


(B) Dias licena/dia no ms Corresponde ao nmero de licenas (120 dias) dividido
pelo nmero de licenas no ms (30,4375).
Exemplo: 3,94 = 120/30,4375.
(C) % mulheres Corresponde ao percentual no tipo de servio. No caso foi considerado o percentual de 10,12%.
(D) N de licenas/ano Nmero de ocorrncia de afastamento maternidade obtido
pelo censo do IBGE. No caso em comento, foi considerado 0,0032.
Obs.: foi alterada a metodologia incluindo o percentual de reposio do tempo no
trabalhado no clculo do afastamento maternidade.
l) Quadro: Submdulo 4.3 Afastamento Maternidade
96

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

4.3
A
B
TOTAL

Afastamento Maternidade
Afastamento Maternidade
Incidncia do Submdulo 4.1

Percentual (%)

36,80%

Valor (R$)
0,25
0,09
0,34

5.5.4SUBMDULO 4.4 PROVISO PARA RESCISO


5.5.4.1AVISO PRVIO
a) Aspectos Gerais
a comunicao da resciso do contrato de trabalho pela parte que decide extingui-lo
sem justa causa, com antecedncia a que estiver obrigado por fora de lei. uma maneira
prevista em lei para mitigar as repercusses de uma deciso unilateral de resciso contratual de forma abrupta.
Pode ser concedida de duas maneiras: quando comunicado com antecedncia, na dispensa sem justa causa, permitir ao empregado tempo para a busca de um novo emprego.
Se concedido pelo empregado ao empregador, no pedido de demisso, permite, nesse caso, que
o empregador procure outro empregado para substituir o trabalhador que solicitou demisso.
Nos termos do art. 487 da CLT, como regra geral, a concesso do aviso prvio s cabvel nos contratos a prazo indeterminado. Contudo, tambm cabvel nos contratos a prazo
determinado nas situaes previstas no art. 481 da CLT.
A obrigatoriedade da concesso do aviso prvio existe na resciso do contrato de trabalho sem justa causa, quando solicitada a resciso pelo trabalhador ou por iniciativa do
empregador. No caso de culpa recproca, devido pela metade.
A concesso do aviso prvio projeta o contrato de trabalho pelo respectivo perodo.
Isso quer dizer que o contrato de trabalho no se extingue com a comunicao do aviso
prvio. Pelo contrrio, a comunicao do aviso prvio garante a continuidade do contrato
at o trmino do respectivo perodo. Somente no trmino do perodo do aviso prvio que
ocorre a cessao do contrato de trabalho, devendo esse prazo ser incorporado ao tempo
de servio do empregado para todos os efeitos econmicos, inclusive para a contagem de
mais 1/12 (um duodcimo) das frias e 13 proporcionais.
Nos termos da Smula n 371 do TST, a projeo do contrato de trabalho decorrente
do aviso prvio limita-se apenas s vantagens obtidas antes da concesso do aviso prvio,
ou seja, no pr-aviso tais como salrio, reflexos e verbas rescisrias. Caso ocorra a concesso de auxlio-doena durante o aviso prvio, contudo, s se concretizam os efeitos da
97

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

dispensa depois de expirado o benefcio previdencirio. Do mesmo modo, essa projeo


no abrange garantia no pecunirias, por exemplo a garantia de estabilidade decorrente
de fato posterior data de concesso do aviso prvio.
A durao do aviso prvio ser proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de
30 dias, nos termos da lei5, conforme preceitua o inciso XXI do art. 7 da Constituio Federal. Com a vigncia da Lei n 12.506/2011, o aviso prvio ser concedido na proporo de
30 dias aos empregados com 1 (um) ano de servio na mesma empresa. Sero acrescidos
a este perodo 3 (trs) dias por ano de servio prestado na mesma empresa at o mximo
de 60 dias, permanecendo um total de 90 dias.
Com a edio da Lei n 12.506/2011, o Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), por
meio da Secretaria de Relaes do Trabalho apresentou alguns posicionamentos sobre o
tema.6 Lembramos que compete Secretaria de Relao do Trabalho, do Ministrio do
Trabalho e Emprego, normatizar e coordenar as atividades relativas assistncia homologao das rescises contratuais.
Entre as orientaes expedidas, destacamos algumas transcritas in verbis:
5. O aviso prvio proporcional ter uma variao de 30 a 90 dias, conforme o tempo
de servio na empresa. Dessa forma, todos os empregados tero no mnimo 30 dias
durante o primeiro ano de trabalho, somando a cada ano mais trs dias, devendo ser
considerada a projeo do aviso prvio para todos os efeitos. Assim, o acrscimo de que
trata o pargrafo nico da lei somente ser computado a partir do momento em que se
configure uma relao contratual de dois ao mesmo empregador (grifos constantes do
original).
Nesse ponto especfico, aps diversas conversaes, esta Secretaria modificou o entendimento anterior oferecido por ocasio da confeco do Memorando Circular n 10 de
2011 (itens 5 e 6). Por isso, apresenta novo quadro demonstrativo, conforme abaixo:
Tempo de servio
(anos completos)
0
1
2
3
4
5

Aviso Prvio Proporcional ao


Tempo de Servios (n de dias)
30
33
36
39
42

Trata-se da Lei n 12.506/2011. A referida lei estabeleceu a regra de proporcionalidade do aviso prvio em relao ao tempo de
servio.

6 Esses posicionamentos esto contidos na Nota Tcnica n 184 2012/CGRT/SRT/MTE de 7 de maio de 2012. Lembrando que
os novos posicionamentos da SRT modificam as orientaes expedidas no Memorando Circular n 010/2011 de 27 de outubro de 2011, expedido pela Secretria de Relaes de Trabalho.

98

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20

45
48
51
54
57
60
63
66
69
72
75
78
81
84
87
90

III. Concluso
Em sntese, estes so os entendimentos que se submete considerao superior para fins
de aprovao:
1. a lei no poder retroagir para alcanar a situao de aviso prvio j iniciado;
2. a proporcionalidade de que trata o pargrafo nico da norma sob comento aplica-se,
exclusivamente, em benefcio do empregado;
3. o acrscimo de 3 (trs) dias por ano de servio prestado ao mesmo empregador ser
computado a partir do momento em que a relao contratual supere um ano na
mesma empresa;
4. a jornada reduzida ou a faculdade de ausncia no trabalho, durante o aviso prvio,
previstas no art. 488 da CLT, no foram alterados pela Lei n 12.506/11;
5. a projeo do aviso prvio integra o tempo de servio para todos os fins legais;
6. recaindo o trmino do aviso prvio proporcional nos trintas dias que antecedem a
data base, faz jus o empregado despedido indenizao prevista na Lei n 7.238/84;
7. as clusulas pactuadas em Acordo ou Conveno Coletiva que tratam do aviso prvio
proporcional devero ser observadas, desde que respeitada a proporcionalidade
mnima prevista na Lei n 12.506, de 2011.

Durante o prazo do aviso prvio cumprido pelo empregado em razo de dispensa pelo
empregador, haver reduo da jornada de trabalho em 2 horas por dia, podendo ser concentradas essas horas em 7 dias corridos, caso o empregado receba o pagamento de forma
mensal, conforme dispe o art. 488, nico, da CLT. A reduo da jornada de trabalho so99

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

mente cabvel quando o aviso prvio concedido pelo empregador. A opo por uma ou
outra feita pelo empregado, na ocasio do recebimento do aviso prvio.
Em hiptese alguma poder ser feita a substituio da reduo da jornada de trabalho
pelo pagamento das horas correspondentes. Caso essa hiptese venha a ocorrer, ficar
ainda obrigado o empregador a conceder o aviso prvio (art. 9 da CLT).
A ocorrncia de fato caracterizado como justa causa, salvo abandono de emprego, no
decurso do prazo do aviso prvio, retira do empregado qualquer direito s verbas rescisrias de natureza indenizatria (Smula n 73 do TST).
O pagamento do aviso prvio dever corresponder ao salrio do empregado na data de
cessao do contrato de trabalho, isto , o salrio devido no momento do trmino do aviso,
que o momento onde ocorre a extino do contrato de trabalho.
O aviso prvio trabalhado tem natureza salarial, incidindo dessa forma os encargos
previdencirios e o FGTS. Se o aviso prvio indenizado, passa a ter natureza indenizatria,
pois no se trata de pagamento por servios prestados, incidindo apenas o FGTS.
Lembramos que, caso ocorra alguma reajuste salarial coletivo no curso do cumprimento
do aviso prvio, o trabalhador tambm far jus a esse reajustamento salarial, mesmo que ela
tenha recebido o salrio de forma antecipada (art. 487, 5 e 6 da CLT).
As horas extras habituais integram o aviso prvio indenizado, alm de outros adicionais
tais como os de periculosidade e insalubridade. No caso do aviso prvio trabalhado, esses
adicionais no integraro o aviso, pois devero ser pagos separadamente, no respectivo
perodo.
A falta de aviso prvio por parte do empregado d ao empregador o direito de descontar o salrio correspondente ao prazo respectivo, conforme preceitua o art. 487, 2 da
CLT.
Se o empregador no conceder o aviso prvio, ter de pagar ao trabalhador o salrio
dos dias referentes ao aviso que deveria ter sido concedido, tempo esse que ser do mesmo modo includo na durao do contrato de trabalho para todos os fins, conforme dispe
o art. 487, 1 da CLT.
O aviso prvio indenizado, tambm denominado aviso prvio cumprido em casa,
ocorre quando o empregado, pr-avisado, deixa de trabalhar durante o respectivo perodo
e o empregado efetua o pagamento correspondente como se o empregado estivesse trabalhando, computando-o, ainda, no tempo de servio.
O aviso prvio indenizado pago pelo empregador decorre do no interesse do empregador de que o trabalhador continue prestando os servios durante o aviso prvio ou
tambm de situao em que o empregado, consciente de sua resciso contratual iminente,
no prestar os servios a contento.
100

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Ressaltamos que, apesar da edio do Decreto n 6.727/2009, o Tribunal Regional do


Trabalho de Gois decidiu que os valores pagos a ttulo de aviso prvio indenizado no se
sujeitam incidncia da Contribuio Previdenciria (Smula n 5 do TRT/GO). Nessa mesma linha, manifestou o Tribunal de Contas no Acrdo n 2.217/2010 Plenrio.
Jurisprudncia Smula n 276 do TST
AVISO PRVIO. RENNCIA PELO EMPREGADO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21/11/2003
O direito ao aviso prvio irrenuncivel pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento no exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovao de
haver o prestador dos servios obtido novo emprego.
Fundamento Legal Art. 487 a 490 da CLT.
Fundamentao Legal Art. 7, inciso I da Constituio Federal.
Fundamentao Legal Art. 7, inciso XXI da Constituio Federal.
Fundamentao Legal Lei n 12506, de 11 de outubro de 2011.
Art. 1 O aviso prvio, de que trata o Captulo VI do Ttulo IV da Consolidao das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, ser concedido na proporo de 30 (trinta) dias aos empregados que possuem at 1 (um) ano de
servio na mesma empresa.
Pargrafo nico. Ao aviso prvio previsto neste artigo, sero acrescidos 3 (trs) dias por
ano de servio prestado na mesma empresa, at o mximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de at 90 (noventa) dias.
Jurisprudncia Smula n 73 do TST
DESPEDIDA. JUSTA CAUSA (nova redao) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003
A ocorrncia de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do
aviso prvio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito s verbas rescisrias de natureza indenizatria.
Jurisprudncia Smula n 305 do TST
FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIO. INCIDNCIA SOBRE O AVISO PRVIO
(mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003
O pagamento relativo ao perodo de aviso prvio, trabalhado ou no, est sujeito contribuio para o FGTS.
Jurisprudncia Smula n 441 do TST

101

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

AVISO PRVIO. PROPORCIONALIDADE Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e


27/9/2012
O direito ao aviso prvio proporcional ao tempo de servio somente assegurado nas
rescises de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicao da Lei n 12.506, em
13 de outubro de 2011.

b) Composio
composto pelo custo de aviso prvio indenizado e do custo de aviso prvio trabalhado e respectiva multa do FGTS. Deve-se acrescentar quando devidas as incidncias dos
encargos previdencirios e FGTS.
Lembrando que, na composio dos valores de referncia de vigilncia, feita uma
proporo entre o aviso prvio indenizado e o aviso prvio trabalhado. No caso dos servios de limpeza, essa proporo de 90% para o aviso prvio indenizado e 10% para o aviso
prvio trabalhado. Para os servios de limpeza esta proporo de 50% para o aviso prvio
indenizado e 50% para o aviso prvio trabalhado respectivamente.
O quadro a seguir apresenta a composio do Submdulo 4.4 Proviso para Resciso.
4.4
Proviso para Resciso
A Aviso prvio indenizado
B Incidncia do FGTS sem aviso prvio indenizado
C Multa do FGTS do aviso prvio indenizado
D Aviso prvio trabalhado
E Incidncia do Submdulo 4.1 sem aviso prvio trabalhado
Multa do FGTS do aviso prvio trabalhado
F
TOTAL

Valor (R$)

5.5.4.1.1Aviso prvio indenizado

O aviso prvio indenizado ocorre quando a resciso do contrato se d imediatamente,


ou seja, sem a comunicao de aviso.
Fundamentao Legal Art. 7, inciso XXI da Constituio Federal
Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:
XXI Aviso prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de trinta dias, nos
termos da lei.
Jurisprudncia Smula n 5 do TRT-GO

102

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

AVISO PRVIO INDENIZADO. CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA. NO INCIDNCIA.

Mesmo aps o advento do Decreto n 6.727/2009, os valores pagos a ttulo de aviso prvio indenizado no se sujeitam incidncia da contribuio previdenciria.
(RA n 34/2010, DJE 11/5/2010, 12/5/2010 e 13/5/2010)
Jurisprudncia Smula n 371 do TST
AVISO PRVIO INDENIZADO. EFEITOS. SUPERVENINCIA DE AUXLIO-DOENA NO CURSO DESTE (converso das Orientaes Jurisprudenciais n 40 e 135 da SBDI-1) Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25/4/2005.
A projeo do contrato de trabalho para o futuro, pela concesso do aviso prvio indenizado, tem efeitos limitados s vantagens econmicas obtidas no perodo de pr-aviso,
ou seja, salrios, reflexos e verbas rescisrias. No caso de concesso de auxlio-doena no
curso do aviso prvio, todavia, s se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefcio previdencirio (ex-Ojs n 40 e 135 da SBDI-1 inseridas, respectivamente,
em 28/11/1995 e 27/11/1998)

5.5.4.1.1.1 Incidncia do FGTS sem aviso prvio indenizado

Para o clculo desse campo, basta aplicar o percentual do FGTS sobre o aviso prvio
Indenizado.
Jurisprudncia TCU
9.7.4. Proponha aos contratados, com suporte no 5 do art. 65 da Lei n 8.666/93, a
repactuao de preos de todos os contratos, visando excluir das planilhas de custos e
formao de preos os custos decorrentes da incidncia dos encargos sociais do Grupo
A da planilha, exceto FGTS, sobre o aviso prvio indenizado e indenizao adicional
(Grupo E), porque essa incidncia foi excluda, com a promulgao da Lei n 9.528/97,
que promoveu alteraes na Lei n 8.212/91, exigindo-se a compensao ou reembolso
das quantias respectivas pagas desde o incio dos contratos.
9.7.5. Abstenha-se, doravante, de fazer constar nos oramentos bsicos das licitaes,
nos formulrios para proposta de preos constantes dos editais e nas justificativas de
preo a que se refere o art. 26, inciso III, da Lei n 8.666/1993, inclusive para os casos
de dispensa e inexigibilidade de licitao, custos decorrentes da incidncia dos encargos
sociais do Grupo A sobre os custos do Grupo E das planilhas de custos e formao de
preos, bem como de aceitar propostas de preos contendo tais custos.
9.7.6. Apresente ao TCU, no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da cincia da presente
deciso, as medidas adotadas e os resultados alcanados no tocante s repactuaes de
preos visando excluso dos custos decorrentes da incidncia dos encargos sociais do
Grupo A sobre os custos do Grupo E das planilhas de custos e formao de preos
(Acrdo n 2.217/2010 Plenrio).

103

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.5.4.1.1.2 Multa do FGTS do aviso prvio indenizado

Corresponde ao valor da multa do FGTS indenizado (40%) + contribuio social sem


FGTS (10%), que incide sobre a alquota do FGTS (8%) aplicado sobre o custo de referncia
do aviso prvio indenizado.
Fundamentao Legal Art. 18, 1 da Lei n 8.036/90, com redao dada pela Lei n
9.491/97.
Fundamentao Legal Art. 1 da Lei Complementar n 110/2001.

5.5.4.1.2Aviso prvio trabalhado

Quando o empregado comunicado (aviso prvio) da futura resciso, denomina-se


aviso prvio trabalhado e, portanto, com relao a esse perodo, so pagos normalmente
os salrios e, sobre estes, incidem as contribuies previdencirias.
5.5.4.1.2.1 Incidncia do submdulo 4.1 sem aviso prvio trabalhado

Para o clculo desse campo, aplica-se o percentual (%) do submdulo 4.1 sobre o valor
encontrado para o aviso prvio trabalhado.
5.5.4.1.2.2 Multa do FGTS do aviso prvio trabalhado

Esse campo corresponde ao valor da multa do FGTS trabalhado (40%) + contribuio


social sem FGTS (10%), que incide sobre a alquota do FGTS (8%) aplicado sobre o custo de
referncia do aviso prvio trabalhado.
Fundamentao Legal Art. 18, 1 da Lei n 8.036/90 com redao dada pela Lei n
9.491/97.

5.5.4.2PROVISO PARA RESCISO MEMRIA DE CLCULO


a) Definio
O custo de resciso composto pela ponderao do custo de aviso prvio indenizado
e do custo de aviso prvio trabalhado (e respectiva multa do FGTS), na proporo indicada
em porcentagem de pessoal a seguir.
b) Custo de aviso prvio indenizado (e respectiva multa do FGTS)
Com a vigncia da Lei n 12.506/2011, o aviso prvio ser concedido na proporo de
30 dias aos empregados com 1 (um) ano de servio na mesma empresa. Sero acrescidos
a este perodo 3 (trs) dias por ano de servio prestado na mesma empresa at o mximo
de 60 dias, permanecendo um total de 90 dias.
104

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Dessa forma, o custo do aviso prvio foi calculado com base no nmero de meses do
emprego. Dessa forma, ser acrescido aos 30 dias (parcela mnima) o nmero de dias de
acordo com o tempo de servio de permanncia no emprego (aviso prvio proporcional),
conforme dispe a Lei n 12.506/2011.
Para determinao do custo de referncia para o aviso prvio, utiliza-se a seguinte frmula:
(Custo de referncia para o aviso prvio indenizado) = (Custo mensal de referncia para
aviso prvio indenizado) x (Dias de aviso prvio Total) / (Dias do ms).
Ento o custo do aviso prvio indenizado obtido a partir do custo de referncia dividido pelo nmero de meses de permanncia no emprego, ou seja:
(Aviso prvio indenizado) = (Custo de mensal de referncia para aviso prvio indenizado) / (Meses no emprego).
Nesse caso, meses no emprego o nmero mdio de meses que o empregado permanece no emprego (permanncia mdia), valor obtido por meio da pesquisa RAIS para o
servio:
(Permanncia mdia) = (Nmero de vagas existentes no ano) / (Nmero de demisses
no ano) / (12).
O custo do aviso prvio indenizado acrescido da multa do FGTS indenizado (50%),
que incide sobre a alquota do FGTS (8%) aplicada sobre o custo de referncia para o aviso
indenizado, conforme segue:
(Multa do FGTS do aviso prvio indenizado) = (Custo de referncia para aviso prvio
indenizado) x (Alquota do FGTS) x (Alquota da multa do FGTS).
c) Custo de aviso prvio trabalhado e respectiva multa do FGTS
(Custo de referncia para o aviso prvio trabalhado) = (Custo mensal de referncia para
aviso prvio trabalhado) x (Dias de aviso prvio total) / (Dias do ms).
(Aviso prvio trabalhado) = (Custo de referncia) / (Meses no emprego).
O custo do aviso prvio tambm acrescido da multa do FGTS trabalhado (50%), que
incide sobre a alquota do FGTS (8%) aplicada sobre o custo de referncia para o aviso trabalhado, conforme segue:
(Multa do FGTS do aviso prvio trabalhado) = (Custo de referncia para aviso prvio
trabalhado) x (Alquota do FGTS) x (Alquota da multa do FGTS).

105

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

d) Previso na Conveno Coletiva de Trabalho Servios de Vigilncia Exemplo: Distrito Federal


Fundamentao legal e/ou previso na CCT Resciso
Descrio
CLUSULA VIGSIMA QUARTA PERODO DO AVISO PRVIO
O aviso prvio ser de no mnimo 40 (quarenta) dias para todos os empregados com idade
igual ou superior a 50 (cinquenta) anos, observando-se, em qualquer caso, os limites da Lei
n 12.506/2011.
CLUSULA VIGSIMA QUINTA AVISO PRVIO FORMA
Concedido o aviso prvio, neste dever constar, obrigatoriamente:
a) a sua forma (se cumprido ou indenizado);
b) a reduo da jornada exigida em lei, bem como o incio e o fim da jornada;
c) a data do pagamento das verbas rescisrias.
PARGRAFO NICO Em caso de inobservncia dos itens acima mencionados, fica
subentendido que o aviso prvio dever ser cumprido pelo empregado em casa, sem qualquer
prejuzo, e que o pagamento das verbas rescisrias se dar na forma da legislao em vigor.

106

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Fundamentao legal e/ou previso na CCT Resciso


Descrio
CLUSULA TRIGSIMA PRIMEIRA GARANTIA DE EMPREGO
Considerando a tipicidade da atividade de terceirizao de servios e a necessidade de prever
para os trabalhadores maior segurana no emprego, e para isso incentivar as empresas
para efetivamente participarem desse intento, fica pactuado que as que sucederem outras
na prestao do mesmo servio em razo de nova licitao pblica ou novo contrato,
contrataro os empregados da anterior, limitado ao quantitativo do novo contrato, sem
descontinuidade quanto ao pagamento dos salrios e a prestao dos servios, sendo que
nesse caso a resciso do contrato obrigar ao pagamento do percentual de 40% (quarenta
por cento) sobre os depsitos do FGTS e o no pagamento do aviso prvio, porque no
caracteriza hiptese de despedida e muito menos arbitrria ou sem justa causa, com relao
ao rompimento do contrato de trabalho (Decreto n 99.684/90, artigo 9, pargrafo 2),
conforme deciso proferida nos autos do processo n 991/2005-002-10-40.6, do TRT da 10
Regio. Com relao s demais verbas rescisrias, no haver alterao.
PARGRAFO PRIMEIRO
Havendo real impossibilidade da continuao do trabalhador nos servios, devidamente
justificado pela empresa ou pelo empregado perante os dois sindicatos convenentes, por
escrito, especificando os motivos, o empregado ter direito projeo do aviso prvio nas
verbas rescisrias e demais direitos previstos em lei.
PARGRAFO SEGUNDO
Os empregados que se enquadrem na hiptese prevista no caput desta clusula tero direito
garantia de emprego de 90 (noventa) dias.
PARGRAFO TERCEIRO
A opo de permanecer na empresa que rescindiu o contrato com o tomador de servio do
empregado, desde que esta tenha posto de servio disponvel, ressalvada a hiptese de que
a empresa possa transferi-lo para novos postos criados e devidamente comprovados, sendo
que, nesse caso, fica garantido o emprego do empregado por 90 (noventa) dias.
PARGRAFO QUARTO
Para efeito do pargrafo anterior, novos postos criados so aqueles nos quais no existia
prestao de servio de vigilncia anteriormente.
PARGRAFO QUINTO
No havendo interesse do trabalhador em ingressar na empresa sucessora, fica este na
obrigao de comunicar por escrito tal inteno sua atual empregadora no prazo mnimo
de 30 (trinta) dias que antecederem o trmino do contrato, sendo que o no cumprimento da
presente obrigao de fazer significa que ele migrar para a nova empresa. Caso no o faa,
desobriga-se o empregador quanto s garantias previstas nesta clusula.

107

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

e) Clculo do aviso prvio indenizado Memria de Clculo


1.Custo de referncia Aviso prvio indenizado Servios de Vigilncia Vigilante escala 44 horas semanais
Custo de Referncia do Aviso Prvio indenizado
1 Remunerao
2 13 salrio
TOTAL

Valor (R$)
2.048,01
170,80
2.218,81

Subtotal do valor
do aviso prvio

% (proporo)

Valor do aviso
prvio (r$)

2.218,81 30,00 12,00


42,00
3.061,69
Valor do aviso prvio INDENIZADO

N de
Meses no emprego

Custo referncia
com a proporo

Total dias

Dias proporcional

Dias mnimo

Custo Referncia
(R$)

2.Clculo do aviso prvio indenizado Servios de Vigilncia Escala 44 horas


semanais

53,91

56,79

90,00%

51,11
51,11

Para determinao do custo de referncia do aviso proporcional ao tempo de servio,


utiliza-se a seguinte frmula:
(Custo de referncia do aviso prvio indenizado proporcional ao tempo de servios) =
(Custo mensal de referncia para aviso prvio indenizado) x (Dias de aviso prvio total)
/ (Dias do ms).
R$ 3.061,69 = R$ 2.218,81 x (42 / 30,4375).
Dias (mnimo) 30 dias (aviso prvio).
Dias (proporcional) 12 dias (obtidos em funo do nmero de meses de permanncia
no emprego Lei n 12.506/2011).
N de meses no emprego 53,91 (Dados da RAIS)
Proporo 90% (Considerou que 90% dos empregados demitidos estaro sob aviso
indenizado).
(Aviso prvio indenizado) = (Custo mensal de referncia para aviso prvio indenizado)
/ (Meses no emprego) x (Proporo %).
R$ 51,11 = R$ 3.061,69 / 53,91 = 56,79 x 90%
108

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

f) Multa Rescisria Aviso prvio indenizado


1.Custo de referncia Multa rescisria Aviso prvio indenizado
O custo de referncia para fins de clculo das multas rescisrias (40% da multa do FGTS
+ 10% da contribuio social sobre rescises sem justa causa) do aviso prvio indenizado
considera o salrio-base e adicionais alm do tero constitucional de frias e 13 salrio
(vide quadro abaixo).
Custo de referncia do aviso prvio indenizado
1 Remunerao
2 13 salrio
TOTAL

Valor (R$)
2.048,01
170,80
2.218,81

2.Multa rescisria Aviso prvio indenizado Servios de Vigilncia 44 horas


Frmula de clculo:
(Multa do FGTS do aviso prvio indenizado) = (Custo de referncia para aviso prvio
indenizado) x (Alquota do FGTS) x (Alquota da multa do FGTS).
Memria de clculo para a multa rescisria do aviso prvio indenizado
Base de clculo
(R$)

Multa rescisria
(%)

FGTS
(8%)

Subtotal
R$

2+218,81
50,00%
8,00%
88,75
Valor da multa rescisria do aviso prvio indenizado

% (proporo)
90,00%

Valor da multa
R$
79,88
79,88

(A) Base de clculo Vide quadro anterior. Custo de referncia multa rescisria.
(B) FGTS Incidncia do FGTS (percentual de 8%).
(C) Multa rescisria Corresponde multa do FGTS (40%) e contribuio social sobre
rescises sem justa causa (10%).
(D) Valor da multa rescisria do aviso prvio indenizado Corresponde incidncia do
FGTS (8%) e incidncia da multa (40% + 10%) sobre o custo de referncia da multa do
FGTS indenizado.

109

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

g) Clculo do aviso prvio trabalhado


1.Custo de referncia Aviso prvio trabalhado Servios de Vigilncia 44
horas semanais
Custo de referncia do aviso prvio trabalhado
1 Remunerao
2 Benefcios mensais e dirios
3 13 salrio
TOTAL

Valor (R$)
2.048,01
634,96
170,80
2.853,77

O custo de referncia para fins de clculo do aviso prvio trabalhado considera todos
os custos do efetivo servio, tais como assistncia mdica, odontolgica, vale-transporte e
vale-refeio (vide quadro acima).
2.Aviso prvio trabalhado Memria de Clculo Servios de Vigilncia 44
horas semanais
O custo do aviso prvio trabalhado obtido pela diluio do custo de referncia para
aviso prvio trabalhado por trabalhador dividido pelo nmero mdio de meses em que o
trabalhador permanece no emprego (permanncia mdia):
(Custo do aviso prvio trabalhado) = (Custo de referncia para aviso prvio trabalhado)
/ (Meses no emprego) x (Percentual de dias do ms no trabalhados).O percentual (%) de
dias do ms igual a 7 dias sobre o total de dias do ms.
3.Clculo do aviso prvio trabalhado Servios de Vigilncia 44 horas semanais
3.1 Custo de referncia do aviso prvio trabalhado
Custo de referncia do aviso prvio trabalhado
1
Remunerao
2
Benefcios mensais e dirios
13 salrio
3
TOTAL

110

Valor (R$)
2.048,01
634,96
170,80
2.853,77

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

3.2 Memria de clculo do aviso prvio trabalhado

45,77 10,00% 23,00%

Valor

Prop. 23%

86,04

%
(proporo)

3,937,85

Subtotal

N de
meses no
emprego

2.853,77 30,00
12,00
42,00
Valor do aviso prvio trabalhado

Custo referncia
com a proporo

Total dias

Dias
proporcional

Dias mnimo

Custo
mensal
referncia (R$)

Memria de clculo do aviso prvio trabalhado

1,05
1,05

(A) Base de clculo Custo de referncia para fins de clculo do aviso prvio trabalhado. Vide quadro anterior.
Custo de referncia com a proporo. Para determinao do custo de referncia para o
aviso prvio, utiliza-se a seguinte frmula:
(Custo de referncia para o aviso prvio indenizado) = (Custo mensal de referncia para
aviso prvio trabalhado) x (Dias de aviso prvio total) / (Dias do ms).
R$ 3,937,85 = ( 2.853,77) x (42/30,4375)
(B) N de meses O nmero mdio de meses que o empregado permanece no emprego (permanncia mdia). Valor obtido por meio da pesquisa RAIS para o servio. Foram
considerados no exemplo 86,04 meses (Distrito Federal).
(C) Proporo Proporo dos dias no trabalhados, sendo que o percentual (%) de
dias do ms igual a 7 dias sobre o total de dias do ms. Exemplo: 23% = (7 / 30) x 100.
do.

(D) Valor do aviso prvio trabalhado Corresponde ao custo do aviso prvio trabalhaExemplo: R$ 1,05 = (R$ 3.937,85 / 86,04) x 23% x 10%.

h) Multa rescisria Aviso prvio trabalhado


1.Custo de referncia Multa rescisria Servios de Vigilncia 44 horas semanais
O custo de referncia para fins de clculo das multas rescisrias (40% da multa do FGTS
+ 10% da contribuio social sobre rescises sem justa causa) do aviso prvio trabalhado
considera o salrio-base e adicionais, alm do tero constitucional de frias e 13 salrio.

111

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Custo de referncia multa rescisria aviso prvio trabalhado


1 Remunerao
3 13 salrio
TOTAL

Valor (R$)
2.048,01
170,80
2.218,81

2.Multa rescisria Aviso prvio trabalhado Memria de clculo Servios de


Vigilncia Escala 44 horas semanais
Memria de clculo para a MULTA RESCISRIA do aviso prvio TRABALHADO
Base de clculo
Multa
(R$)
rescisria (%)

FGTS
(8%)

Subtotal

%
(proporo)

2.218,81
50,00%
8,00%
88,75
Valor da MULTA RESCISRIA do aviso prvioTRABALHADO

Valor multa
R$

10,00%

8,88
8,88

(A) Base de clculo Vide quadro anterior. Custo de referncia multa rescisria.
(B) FGTS Incidncia do FGTS (percentual de 8%).
(C) Multa rescisria Corresponde multa do FGTS (40%) e contribuio social sobre
rescises sem justa causa (10%).
(D) Valor da multa rescisria do aviso prvio trabalhado Corresponde incidncia do
FGTS (8%) e da incidncia da multa (40% + 10%) sobre o custo de referncia da multa do
FGTS trabalhado.
i) Custo total da resciso Servios de Vigilncia
O custo de resciso composto pela ponderao do custo de aviso prvio indenizado
e do custo de aviso prvio trabalhado (e respectiva multa do FGTS), na proporo indicada
nas linhas porcentagem de pessoal a seguir.
1.Custo total da resciso Servios de Vigilncia 44 horas semanais
4.4

Proviso para resciso

A
Aviso prvio indenizado
B Incidncia do FGTS
C Multa do FGTS sem aviso prvio indenizado
D Aviso prvio trabalhado
E Incidncia do submdulo 4.1 sem aviso prvio trabalhado
F Multa do sem aviso prvio trabalhado
Total da proviso para resciso

112

Percentual
(%)

8,00%

36,80%

Valor (R$)
51,11
4,09
79,88
1,05
0,39
8,88
145,39

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

(A) Custo total do aviso prvio indenizado Consiste na parcela do custo do aviso prvio indenizado. o custo ponderado do aviso prvio indenizado + a respectiva multa
rescisria (50% + 10%).
No exemplo citado, considera-se que 90% dos empregados do servio de vigilncia estaro sob aviso prvio indenizado e 10% sob aviso prvio trabalhado.
(B) Custo total do aviso prvio trabalhado Consiste na parcela do custo do aviso prvio trabalhado. o custo ponderado do aviso prvio trabalhado + a respectiva multa
rescisria (50% + 10%).
No exemplo citado, considera-se que 10% dos empregados do servio de vigilncia estaro sob aviso prvio trabalhado e 90% sob aviso prvio indenizado.
(C) Custo total da resciso Corresponde ao somatrio do custo do aviso prvio indenizado e respectiva multa rescisria + o custo do aviso prvio trabalhado e respectiva
multa rescisria.
5.5.5SUBMDULO 4.5 CUSTO DE REPOSIO DE PROFISSIONAL AUSENTE
a) Definio
O custo de referncia para clculo da reposio do profissional ausente deve levar em
conta todos os custos para manter um profissional no posto de trabalho, ou seja, o salrio
-base acrescido dos adicionais e encargos, uniformes, custo de resciso, etc., com exceo
dos equipamentos.
Com base no clculo do perodo no trabalhado, calculado o custo de reposio de
profissional ausente.
b) Composio
O custo de reposio do profissional ausente composto pelas frias, ausncia por doena, licena-paternidade, ausncias legais, ausncias por acidente de trabalho e outras ausncias sem perda de remunerao previstas em lei, Acordos ou Convenes Coletivas.

113

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

4.5
Composio do custo de reposio do profissional ausente
A
Frias
B
Ausncia por doena
C
Licena-paternidade
D
Ausncias legais
E
Ausncia por acidente de trabalho
F
Outros (especificar)
Subtotal
G Incidncia do Submdulo 4.1 sobre o custo de reposio
TOTAL

Valor (R$)

5.5.5.1FRIAS
c) Definio
Consiste em um afastamento por 30 dias sem prejuzo da remunerao aps cada perodo de 12 meses de vigncia do contrato. um direito constitucional do trabalhador.
As frias so o exemplo clssico de interrupo de contrato de trabalho, sem prejuzo
da remunerao, da contagem do tempo de servio para todos os fins e dos depsitos do
FGTS e recolhimentos previdencirios.
As frias representam um direito irrenuncivel do trabalhador, por se tratar de um perodo de descanso para a conservao de sua sade fsica e mental, razo pela qual ele no
pode abrir mo.
Para o empregado ter direito s frias, h necessidade de cumprir o perodo aquisitivo
correspondente a 12 meses de vigncia de contrato, conforme dispe o art. 130 da CLT.
Os atrasos ou sadas injustificadas no prejudicam o direito s frias, pois no so consideradas faltas ao servio.
A incidncia da contribuio previdenciria sobre remunerao das frias ocorrer no
ms a que elas se referirem, mesmo quando pagas antecipadamente na forma da legislao trabalhista ( 14 do art. 214 do Decreto n 3.048/99 Regulamento da Previdncia
Social). As frias so pagas 2 (dois) dias antes do perodo em que o empregado vai goz-la
(art. 145 da CLT). Lembrando que, mesmo que as frias sejam pagas dois dias antes do gozo
do empregado, devem ser consideradas em relao ao ms a que se referirem.
Fundamentao Legal Art. 146 da CLT.
Fundamentao Legal Art. 147 da CLT.
Jurisprudncia Smula 261 do TST.

114

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

FRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE DEMISSO. CONTRATO VIGENTE H MENOS DE


UM ANO (nova redao) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.
O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de servio tem
direito a frias proporcionais.
Jurisprudncia Smula 171 do TST.
FRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINO (republicada em razo
de erro material no registro da referncia legislativa), DJ 5/5/2004.
Salvo na hiptese de dispensa do empregado por justa causa, a extino do contrato de
trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remunerao das frias proporcionais,
ainda que incompleto o perodo aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT) (ex-Prejulgado n 51).
Fundamento Legal Art. 484 da CLT.
Jurisprudncia Smula 14 do TST.
CULPA RECPROCA (nova redao) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.
Reconhecida a culpa recproca na resciso do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o
empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prvio, do dcimo
terceiro salrio e das frias proporcionais.
Jurisprudncia do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
SUM-7 FRIAS (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.
A indenizao pelo no deferimento das frias no tempo oportuno ser calculada com
base na remunerao devida ao empregado na poca da reclamao ou, se for o caso,
na extino do contrato.
SUM-81 FRIAS (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.
Os dias de frias gozados aps o perodo legal de concesso devero ser remunerados
em dobro.
Fundamentao Legal Art. 7, inciso XVII da Constituio Federal.
Fundamentao Legal Art. 129 a 138 da CLT.
Jurisprudncia Smula n 46 do TST.
ACIDENTE DE TRABALHO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.
As faltas ou ausncias decorrentes de acidente do trabalho no so consideradas para os
efeitos de durao de frias e clculo da gratificao natalina.

115

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Jurisprudncia Smula n 89 do TST.


FALTA AO SERVIO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.
Se as faltas j so justificadas pela lei, consideram-se como ausncias legais e no sero
descontadas para o clculo do perodo de frias.
Jurisprudncia Precedente Normativo n 100 do TST.
FRIAS. INCIO DO PERODO DE GOZO (positivo).
O incio das frias, coletivas ou individuais, no poder coincidir com sbado, domingo,
feriado ou dia de compensao de repouso semanal.

5.5.5.2AUSNCIA POR DOENA


a) Definio
Custo relacionado ausncia do profissional pelos dias no trabalhados em virtude de
enfermidade, ficando a contratada obrigada a fazer a sua substituio conforme clusulas
contratuais celebradas.
Fundamentao Legal Art. 131 da CLT.
Fundamentao Legal Art. 133 inciso IV da CLT.
Fundamentao Legal Art. 476 da CLT.
Fundamentao Legal Lei n 8.213/91.
Fundamentao Legal Instruo Normativa n 84, de 13 de julho de 2010.

5.5.5.3LICENA-PATERNIDADE
a) Definio
Corresponde ao custo de ausncia do trabalhador no perodo de 5 (cinco) dias corridos
iniciados na data de nascimento da criana e com previso constitucional.
b) Fundamentao Legal
Fundamentao Legal Art. 7, inciso XIX, e art. 10 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias da Constituio Federal.
Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:

116

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

XIX Licena-paternidade, nos termos fixados em lei.


Art. 10. At que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7, I, da Constituio:
1 At que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7, XIX, da Constituio, o prazo
da licena-paternidade a que se refere o inciso de cinco dias.
Jurisprudncia TCU
Acrdo n 1753/2008 Plenrio
B3. Licena-paternidade/maternidade
53.Essa licena de 5 (cinco) dias corridos iniciados no dia do nascimento do filho. O MP
informou que considera uma taxa de fecundidade de 6,24%, e que o setor de vigilncia
tem uma participao masculina de 95,04%, o que resulta em uma proviso mensal de
0,08% para arcar com esses custos. Para o setor de limpeza e conservao, consideraremos uma participao masculina de 50% (vide comentrio adiante). O nus da licena-maternidade suportado pelo INSS, no sendo necessria sua incluso neste clculo.
Fundamentao: art. 7, inciso XIX, da Constituio Federal.

5.5.5.4AUSNCIAS LEGAIS
a) Definio
Ausncias previstas na legislao vigente, compostas por um conjunto de casos em que
o funcionrio pode se ausentar sem perda remunerao.
b) Fundamentao Legal
Fundamentao Legal Arts. 131 e 473 da CLT.
Jurisprudncia TCU
Acrdo n 1753/2008 Plenrio
B4. Faltas legais
54.So compostas por um conjunto de casos em que o funcionrio pode faltar por determinadas razes, com amparo legal, e a contratada deve repor essa mo de obra. Pela lei,
cada funcionrio tem direito a faltar: 2 (dois) dias em caso de morte do cnjuge, ascendente ou descendente; 1 (um) dia para registro de nascimento de filho; 3 (trs) dias para
casamento; 1 (um) dia para doao de sangue; 2 (dois) dias para alistamento eleitoral;
e 1 (um) dia para exigncias do servio militar; entre outros. O MP informou que h em

117

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

mdia 2,96 faltas por ano nessa rubrica.


Fundamentao: arts. 473 e 83 da CLT.
Ausncias legais (faltas legais) Estudos do CNJ Resoluo n 98/2009
Faltas Legais
Ausncias ao trabalho asseguradas ao empregado pelos arts. 473 e 83 da CLT (morte de
cnjuge, ascendente, descendente; casamento; nascimento de filho; doao de sangue;
alistamento eleitoral; servio militar; comparecer a juzo).
Jurisprudncia TST
SUM-89 FALTA AO SERVIO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.

Se as faltas j so justificadas pela lei, consideram-se como ausncias legais e no sero


descontadas para o clculo do perodo de frias.

5.5.5.5AUSNCIA POR ACIDENTE DE TRABALHO


a) Definio
Custo referente aos 15 (quinze) primeiros dias em que o empregado no pode exercer
suas atividades devido a algum acidente de trabalho e a empresa contratada deve remuner-lo. Aps esse perodo, a incumbncia desse nus do INSS.
b) Fundamentao Legal e Jurisprudencial
Fundamentao Legal Art. 131 da CLT.
Fundamentao Legal Lei n 8.213/91.
Fundamentao Legal Arts. 30 e 31 do Decreto n 3.048/99.
Jurisprudncia TCU
Acrdo n 1753/2008 Plenrio
B5. Acidente de trabalho
55. referente aos 15 primeiros dias em que o empregado no pode exercer suas atividades devido a algum acidente no trabalho e a contratada deve remuner-lo. Aps esse
perodo, a Previdncia Social assume esse nus. O MP informou que considera que cada
empregado falta 0,91 dias por ano em decorrncia do fato.
Fundamentao: Lei n 6.367/76 e art. 473 da CLT.

118

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

NORMATIVO MINISTRIO DO TRABALHO


Instruo Normativa n 84, de 13 de julho de 2010 Dispe sobre a fiscalizao do Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) e das
SUM-46 ACIDENTE DE TRABALHO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003
As faltas ou ausncias decorrentes de acidente do trabalho no so consideradas para os
efeitos de durao de frias e clculo da gratificao natalina.

5.5.5.6OUTRAS AUSNCIAS
a) Definio
Consiste nos custos relacionados s ausncias no previstas anteriormente. Geralmente, essas faltas ou ausncias esto previstas em Acordos ou Convenes Coletivas. Exemplos: ausncia para reunio da Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA), ausncias para treinamento (subitem 5.34 da Norma Regulamentadora n 5, do Ministrio do
Trabalho.
b) Fundamentao Legal
Normativos Ministrio do Trabalho Norma Regulamentadora n 5/78
COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES Aprovada pela Portaria n. 3.214,
de 8 de junho de 1978.
5.34 O treinamento ter carga horria de vinte horas, distribudas em no mximo oito
horas dirias, e ser realizado durante o expediente normal da empresa.

5.5.5.7INCIDNCIA DO SUBMDULO 4.1 SOBRE O CUSTO DE REPOSIO DO PROFISSIONAL AUSENTE


Para o clculo desse campo, aplica-se o percentual (%) do Submdulo 4.1 Encargos
Previdencirios e FGTS sobre o Valor Encontrado para o Custo de Reposio do Profissional
Ausente.
5.5.5.8CLCULO DO CUSTO DE REPOSIO DO PROFISSIONAL AUSENTE
a) Perodo no trabalhado
O clculo do perodo no trabalhado tem como finalidade estabelecer o custo para
119

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

a reposio quando da ausncia de um profissional ao local de trabalho em um dia de


trabalho, tanto em virtude de ausncias obrigatrias quando das eventuais previstas na
legislao.
Para as faltas cuja remunerao no esteja prevista na legislao, no cabe ao contratante dos servios a previso de custo de reposio.
O perodo no trabalhado representa o nmero de dias no ano em que haver necessidade de reposio do custo do profissional, ou seja, a soma dos dias de frias e da estimativa de ocorrncia das demais faltas previstas na legislao que no correspondam a dia de
no trabalho para o profissional.
O nmero de dias no trabalhados de frias em que deve haver reposio dado por:
(Dias no trabalhados por ano de frias) = (Dias de frias no ano) x (1 - Proporo de
dias de folga no ms).
Para cada um dos demais motivos previstos na legislao para faltas, foram estabelecidos:Incidncia anual do evento.
Durao das ausncias legais.
Proporo de dias de trabalho afetados.
O nmero de dias de reposio de profissional ausente para cada evento previsto na
legislao foi estabelecido utilizando o seguinte clculo:
(Dias no trabalhados por ano do evento n) = (Incidncia anual do evento n) x (Durao
das ausncias legais do evento n) x (Proporo de dias de trabalho afetados).
O total de dias no trabalhados no ano apresenta a soma de dias de trabalho por ano
de todos os eventos estabelecidos na legislao.
A porcentagem de reposio do tempo no trabalhado total calculada da seguinte
forma:
(Percentual de reposio do tempo no trabalhado) = (Dias de trabalho no trabalhados)
/ [(Nmero anual de dias de trabalho do posto) - (Dias de trabalho no trabalhados)].
b) Custo de reposio do profissional ausente aspectos gerais
Com base no clculo do perodo no trabalhado, calculado o custo de reposio de
profissional ausente.
O custo de referncia para clculo da reposio do profissional ausente deve levar em
conta todos os custos para manter um profissional no posto de trabalho, ou seja, o salrio
-base acrescido dos adicionais e encargos, uniformes, custo de resciso, reciclagem, etc.,
com exceo dos equipamentos.
120

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Como o tempo em que o profissional est ausente no pode ser utilizado para que haja
reposio de outro profissional, no custo deve ser considerada unicamente a parcela de
dias trabalhados.
O resultado obtido :
(Custo de reposio do profissional ausente) = (Custo de referncia para reposio do
profissional ausente) x (Percentual de reposio do tempo no trabalhado) / (100% Percentual de reposio do tempo no trabalhado).
c) Custo de reposio de profissional ausente Memria de clculo
1.Nmero de dias no trabalhados
O nmero de dias no trabalhados de frias em que deve haver reposio dado por:
(Dias no trabalhados por ano de frias) = (Dias de frias no ano) x (1 - Proporo de
dias de folga no ms).
Memria de clculo Dias no trabalhados de frias
Categoria
Dias de frias ano
Proporo folgas
Dias no trabalhados
Vigilante 12 x 36 D
30,00
50,000%
15,0000
Vigilante 12 x 36 N
30,00
50,000%
15,0000
Vigilante 44 SEM
30,00
31,544%
20,5368

Exemplo: 20,5368 = (30,00) x (1 - 31,544% = 68,456%).


2.Nmero de dias de reposio do profissional ausente para cada evento
O nmero de dias de reposio de profissional ausente para cada evento previsto na
legislao foi estabelecido utilizando o seguinte clculo:
(Dias no trabalhados por ano do evento n) = (Incidncia anual do evento n) x (Durao das
ausncias legais do evento n) x (Proporo de dias de trabalho afetados).
3.Porcentagem de reposio do tempo no trabalhado total
A porcentagem de reposio do tempo no trabalhado total calculada da seguinte
forma:
(Percentual de reposio do tempo no trabalhado) = (Dias de trabalho no trabalhados)
/ [(Nmero anual de dias de trabalho do posto) - (Dias de trabalho no trabalhados)].

121

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

4.Porcentagem de reposio do tempo no trabalhado total Servios de Vigilncia


Memria de clculo REPOSIO DO PROFISSIONAL AUSENTE
Categoria
12 x 36 D
12 x 36 N
44 SEM
A - Proporo dias folga ms
50,000%
50,000%
31,872%
B - N anual dia de trabalho
182,63
182,63
248,84
C - Dias no trabalhados ano
16,29
16,29
21,81
B-C
166,34
166,34
227,03
Reposio profissional (%)
9,79%
9,79%
9,61%

Exemplo 1: 9,79 % = (16,29) / (182,63 - 16,29).


Exemplo 2: 9,61 % = (21,81) / (248,84 - 21,81).
d) Previso na CCT Frias e ausncias Servios de Vigilncia Exemplo: Distrito Federal
Fundamentao legal e/ou previso na CCT Custo de reposio do profissional ausente
Percentual
Descrio
(%)
CLUSULA QUADRAGSIMA OITAVA LICENAS
Fica garantida a todo o empregado a ausncia do servio, sem prejuzo do salrio, nas
seguintes hipteses:
a) 3 (trs) dias consecutivos em caso de falecimento do cnjuge, ascendente ou
descendente;
b) 5 (cinco) dias em virtude de casamento;
c) 5 (cinco) dias no decorrer da primeira semana de vida da criana, em caso de
nascimento de filho, a ttulo de licena-paternidade.

e) Custo de referncia Servios de Vigilncia Vigilante 44 semanais


O custo de referncia inclui o salrio-base e os adicionais devidos, benefcios mensais,
afastamento maternidade, custo de resciso, uniformes, exceto equipamentos e materiais

122

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Base de clculo para o clculo do custo de reposio


do profissional ausente
1 Remunerao
2 Assistncia mdica e familiar
3 Outros benefcios (fundo de invalidez)
3 Seguro de vida, invalidez, funeral
4 Uniformes
5 13 salrio
6 Afastamento maternidade
7 Proviso para resciso (incidncias)
TOTAL

Valor (R$)

III.v

2.048,01
98,00
12,00
12,04
79,77
170,80
0,25
140,92
2.561,78

(*) Excluem-se as incidncias do FGTS sem aviso prvio indenizado (8,00%) e a incidncia do submdulo 4.1 (36,80%) sobre o
aviso prvio trabalhado. Evita-se, dessa forma, duplicidade de incidncias, uma vez que no submdulo 4.5 tambm se aplica a
incidncia do submdulo 4.1 (36,80%).

f) Memria de clculo Custo de reposio do profissional ausente


O resultado obtido :
(Custo de reposio do profissional ausente) = (Custo de referncia para reposio do
profissional ausente) x (Percentual de reposio do tempo no trabalhado) / (1 - Percentual
de eeposio do tempo no trabalhado).
O quadro a seguir apresenta os percentuais de tempo no trabalhado e a memria de
clculo do custo de reposio do profissional ausente.
III.v
1
2
3
4
5
6
TOTAL

2.561,78
2.561,78

(B)
% Vr.
referncia
9,000%

0,602%

(C)
% reposio
(1 - B)
0,910

0,994

253,37

15,52

9,602%

268,89

Custo de reposio do
profissional ausente

(A) Vr.
referncia

Frias
Ausncia por doena
Licena-paternidade
Ausncias legais
Ausncia por acidente de
trabalho
Outros (especificar)

(D)
Valor

(A) Base de clculo (R$ 2,561,78) Corresponde ao custo de referncia para fins de
clculo do custo de reposio do profissional ausente. Vide quadro anterior.
(B) Perodo no trabalhado (%) Corresponde ao percentual de reposio do tempo
no trabalhado.
Exemplo 1: 9,000 % (corresponde s frias).
123

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Exemplo 2: 0,602 % (corresponde ao total de todas as ausncias, inclusive as ausncias


legais. Ex.: ausncia por doena, licena-paternidade, etc.).
(C) Complemento da reposio = 1 - Percentual de tempo no trabalhado.
Exemplo 1: 100% - 9,151% = 91,00 % ou na forma centesimal = 0,910.
Exemplo 2: 100% - 0.602% = 99,40% ou na forma centesimal = 0,994.
(D) Custo de reposio de profissional ausente Obtido a partir do perodo no trabalhado.
Exemplo 1: R$ 253,37 = (R$ 2.561,78 x 9,000 %) / (0,910).
Exemplo 2: R$15,52= (R$ 2.561,78 x 0,602 %) / (0,994).
m) Adicional de frias
Categoria

Memria de clculo ADICIONAL DE FRIAS


Base de clculo
Percentual
Alquota adicional
2.048,01
8,34%
33,34%

Valor
56,95

g) Submdulo 4.5 Custo de reposio de profissional ausente


1.Custo de reposio de profissional ausente Servios de Vigilncia
III.v
A
B
C
D
E
F
Subtotal
G

Custo de reposio do profissional ausente


Frias e adicional de frias
Ausncia por doena
Licena-paternidade
Ausncias legais
Ausncia por acidente de trabalho
Outros (especificar)
Incidncia do submdulo 4.1
TOTAL

Valor (R$)
310,32
0,00
0,00
15,52
0,00
0,00
325,83
119,91
445,74

2.Clculo da incidncia do submdulo 4.1


R$ 119,91 = 36.80% x 325,83 Incidncia do submdulo 4.1 (36,80%) sobre o custo de
reposio do profissional ausente.
3.Custo de reposio do profissional ausente
R$ 445,74 = R$ 325,83 + 119,91 (Custo mensal da reposio do profissional ausente).

124

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.5.6CUSTO DE REPOSIO DO INTERVALO INTRAJORNADA


5.5.6.1Aspectos Gerais
Para permitir que o posto no fique desguarnecido enquanto o empregado realiza o intervalo para repouso ou alimentao durante sua jornada de trabalho, foi calculado o custo
para sua reposio com outro empregado com o mesmo regime de trabalho.
O custo de referncia para o clculo da reposio da intrajornada leva em conta o salrio-base acrescido dos adicionais e encargos, uniformes, custo de resciso, reciclagem,
benefcios mensais e dirios, etc., com exceo dos equipamentos.
O custo mensal de reposio da intrajornada calculado pela diviso do custo de referncia pelo nmero de horas de reposio da jornada de trabalho do repositor.
5.5.6.2Memria de Clculo
Exemplo 1 Custo de Reposio da Intrajornada Servios de Vigilncia
III.v
Reposio INTRAJORNADA
1 Remunerao
2 Benefcios Mensais e Dirios
3 Uniformes
4 Reciclagem
5 Encargos Previdencirios e FGTS
6 13 Salrio
7 Afastamento Maternidade
8 Proviso para Resciso
9 Reposio do Profissional Ausente
Custo de Referncia
Nmeros de horas a cobrir
Custo Mensal Reposio Intrajornada

Valor (R$)
2.120,20
478,16
79,77
780,23
241,90
0,35
150,43
467,54
4.318,57
12
359,88

(A) Custo de Referncia Salrio-base acrescido dos adicionais e encargos, uniformes,


custo de resciso, reciclagem, benefcios mensais e dirios, etc., com exceo dos equipamentos.
(B) Nmero de horas de reposio.
Exemplo: 12 horas (jornada 12 x 36) e 8,80 horas (jornada de 44 horas semanais).
(C) Clculo: Custo de referncia / Nmeros de horas de reposio
Exemplo: R$ 359,88 = R$ 4.318,57 / 12,00 (regime de 44 horas semanais).

125

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.5.7SUBMDULO 5 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO


a) Definio
Correspondem aos dispndios relativos aos custos indiretos, tributos e lucros. Na metodologia de clculo dos valores limites, denominado CITL.
b) Composio
O quadro abaixo apresenta a composio do Mdulo 5, tambm denominado CITL.
5
A
B

Custos Indiretos, Tributos e Lucro


Custos Indiretos
Tributos
B1. Tributos Federais (especificar)
B.2 Tributos Estaduais (especificar)
B.3 Tributos Municipais (especificar)
B.4 Outros Tributos (especificar)
Lucro
Total

Valor (R$)

Nota (1): Custos Indiretos, Tributos e Lucro por empregado.


Nota (2): O valor referente a tributos obtido aplicando-se o percentual sobre o valor do faturamento.

5.5.7.1CUSTOS INDIRETOS
a) Definio
So os custos envolvidos na execuo contratual decorrentes dos gastos da contratada
com sua estrutura administrativa, organizacional e gerenciamento de seus contratos, tais
como as despesas relativas a:
a) Funcionamento e manuteno da sede, como aluguel, gua, luz, telefone, Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), entre outros.
b) Pessoal administrativo.
c) Material e equipamentos de escritrio.
d) Superviso de servios.
e) Seguros.
Os custos indiretos so calculados mediante incidncia de um percentual sobre o somatrio da remunerao, benefcios mensais e dirios, insumos diversos, encargos sociais
e trabalhistas.
126

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.5.7.2TRIBUTOS
b) Definio
So os valores referentes ao recolhimento de impostos e contribuies. Os tributos so
calculados mediante incidncia de um percentual sobre o faturamento.
No modelo de planilha de custos, devem ser informados os tributos federais, estaduais
e municipais, no que couber.
c) Tipos de regimes de tributao
As empresas so tributadas pelos seguintes regimes de tributao: lucro real, lucro
presumido ou ainda pelo regime unificado de tributao, denominado Simples.
d) Regime de tributao com base no lucro real
O regime de tributao com base no lucro real tem como base de clculo o imposto
sobre a renda apurada segundo registros contbeis e fiscais efetuados sistematicamente
de acordo com as leis comerciais e fiscais.
A apurao do lucro real feita na parte A do Livro de Apurao do Lucro Real, mediante adies e excluses ao lucro lquido do perodo de apurao (trimestral ou anual)
do imposto e compensaes de prejuzos fiscais autorizadas pela legislao do imposto de
renda, de acordo com as determinaes contidas na Instruo Normativa SRF n 28, de
1978, e demais atos legais e infralegais posteriores.
Esto obrigadas ao regime de tributao com base no lucro real, em cada ano-calendrio, as pessoas jurdicas:
a) Cuja receita total ou seja, o somatrio da receita bruta mensal, das demais
receitas e ganhos de capital, dos ganhos lquidos obtidos em operaes realizadas nos mercados de renda varivel e dos rendimentos nominais produzidos
por aplicaes financeiras de renda fixa, da parcela das receitas auferidas nas
exportaes s pessoas vinculadas ou aos pases com tributao favorecida
que exceder ao valor j apropriado na escriturao da empresa, na forma da
Instruo Normativa SRF n 38, de 1997, no ano-calendrio anterior seja
superior ao limite de R$ 24.000.000,00 (vinte e quatro milhes de reais) ou de
R$ 2.000.000,00 (dois milhes de reais) multiplicados pelo nmero de meses do
perodo, quando inferior a doze meses.
b) Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos
de desenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito, financiamento
127

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

e investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras de ttulos, valores mobilirios e cmbio, distribuidoras de ttulos e valores mobilirios,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresas de
seguros privados e de capitalizao e entidades de previdncia privada aberta.
Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior.
c) Que, autorizadas pela legislao tributria, usufruam de benefcios fiscais relativos iseno ou reduo do imposto.
d) Que, no decorrer do ano-calendrio, tenham efetuado pagamento mensal do
imposto de renda, determinado sobre a base de clculo estimada, na forma do
art. 2 da Lei n 9.430, de 1996.
e) Que explorem as atividades de prestao cumulativa e contnua de servios de
assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo e riscos, administrao de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditrios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestao de servios (factoring).
As alquotas para fins de clculo dos tributos sob o regime de lucro real so dadas a
seguir: COFINS 7,60%, PIS 1,65%. A alquota do PIS/PASEP, de 1,65%, tem como fundamento legal a Lei n 10.637, de 30 de dezembro de 2002. Entretanto, de forma anloga,
deve-se observar as excees previstas naquele instrumento legal, uma vez que a referida
alquota no se aplica a todas as empresas.
Lei n 10.637, de 30 de dezembro de 2002:
Art. 2 Para determinao do valor da contribuio para o PIS/PASEP aplicar-se-, sobre
a base de clculo apurada conforme o disposto no art. 1, a alquota de 1,65% (um vrgula sessenta e cinco por cento).
A alquota do COFINS, de 7,60%, tem como fundamento legal a Lei n 10.833, de 29 de
dezembro de 2003. Entretanto, devem-se observar as excees previstas naquele instrumento legal, uma vez que a referida alquota no se aplica a todas as empresas.
Art. 2 Para determinao do valor da COFINS, aplicar-se-, sobre a base de clculo
apurada conforme o disposto no art. 1, a alquota de 7,6% (sete vrgula seis por cento).

e) Regime de tributao com base no lucro presumido


Podem optar pelo regime de tributao com base no lucro presumido as pessoas jurdicas:Cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e
oito milhes de reais), no ano-calendrio anterior, ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhes
de reais) multiplicados pelo nmero de meses em atividade no ano-calendrio anterior (Lei
n 10.637, de 2002, art. 46).
128

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

a) Que no estejam obrigadas tributao pelo lucro real em funo da atividade


exercida ou da sua constituio societria ou natureza jurdica.
b) As alquotas para fins de clculo dos tributos sob o regime de lucro presumido
so dadas a seguir: COFINS 3,00%, PIS 0,65%.
Convm ressaltar que mesmo as pessoas jurdicas sujeitas tributao do lucro real
recolhero o COFINS e o PIS/PASEP na forma da tributao do lucro presumido, caso se
enquadrem nas condies previstas no art. 10, inciso VIII, alnea b da Lei n 10.833/2003
e do art. 8, inciso VII, alnea b da Lei n 10.637/2002, transcritos respectivamente, in
verbis:
Ainda sobre regime de tributao, lucro real ou presumido, h o seguinte entendimento do Tribunal de Contas da Unio transcrito do Acrdo n 410/2008 Plenrio:
10. Submetidos os autos 5 Secex, o analista designado para o feito formulou anlise
nos seguintes termos:4. ANLISE DO PEDIDO
4.1. Haja vista as alegaes trazidas apreciao desta Egrgia Corte de Contas pela
empresa SERVEGEL, conclumos que o cerne da questo em discusso est em esclarecer
se, vista da legislao tributria vigente, o descumprimento do subitem 4.2.7 do Edital
do Prego Presencial n 4/2008 elemento suficiente para a desclassificao da proposta apresentada pela licitante no certame.
4.2. Conforme visto, o item 4.2.7 do Edital do Prego Presencial n. 4/2008 exige que o
licitante, na apresentao da proposta de preos, informe e comprove qualquer situao
que permita cobrana diferenciada de tributos, ao tempo em que exemplifica como situao de comprovao a declarao do IRPJ comprovando lucro presumido no caso da
COFINS.
4.3. Nesse ponto, vale esclarecer o que seja lucro presumido e, por extenso, lucro real,
conceitos necessrios melhor compreenso da matria. Lucro presumido regime de
tributao onde a base de clculo obtida por meio de aplicao de percentual definido em lei, sobre a receita bruta. Como o prprio nome diz, trata-se de presuno de
lucro. O PIS e a COFINS, tributos considerados no caso em anlise, so cumulativos e
incidem com a aplicao de um determinado percentual sobre as receitas (0,65% para
o PIS e 3,00% para a COFINS). J no lucro real, o PIS e a COFINS so apurados de forma
no cumulativa, ou seja, com o abatimento de alguns custos e despesas das receitas.
Sobre esse resultado, aplica-se um percentual de alquota (1,65% para o PIS e 7,6%
para a COFINS), que resulta no valor a pagar.
4.4. Destarte o exposto, a SERVEGEL, empresa tributada pelo regime do lucro real e, portanto, sujeita, em regra, incidncia no cumulativa do PIS/PASEP e da COFINS, subordinando-se s alquotas de contribuio de, respectivamente, 1,65% e 7,6%, apresentou
proposta ao Prego Presencial n 4/2008 utilizando-se das alquotas de contribuio do
PIS/PASEP (0,65%) e da COFINS (3,00%) prprias das empresas tributadas pelo regime do
lucro presumido, sem comprovar, nos termos do item 4.2.7 do Edital, qualquer situao

129

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

que permitisse a cobrana diferenciada dos tributos.


4.8. Diante do exposto, consultamos a legislao referenciada pela representante e constatamos o seguinte:
a) Nos termos do art. 10, inciso VII, alnea b, da Lei n 10.833/2003 e do art. 8, inciso
VII, alnea b, da Lei n 10.637/2002, as pessoas jurdicas, ainda que sujeitas incidncia no cumulativa (tributao pelo lucro real), permanecem subordinadas s normas
vigentes anteriormente a essas leis, sujeitando incidncia cumulativa (tributao pelo
lucro presumido) as receitas decorrentes das operaes sujeitas substituio tributria
da contribuio da COFINS e do PIS/PASEP.

f) Regime de tributao Simples Regime especial unificado de arrecadao de tributos e contribuies Microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs)
O Simples consiste em um regime especial unificado de arrecadao de tributos e contribuies devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte, institudo pela Lei
Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006.
O Simples Nacional implica no recolhimento mensal de tributos na forma do art. 13 da
Lei Complementar n 123/2006.
O recolhimento dos impostos no exclui a incidncia dos seguintes impostos ou contribuies na forma do 1, art. 13 da Lei Complementar n 123/2006.
Lembramos ainda que as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo
Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuies institudas
pela Unio, tais como SESI ou SESC, SENAI ou SENAC, INCRA, Salrio-Educao , SEBRAE, conforme expressa previso legal contida no art. 13, 3, da Lei Complementar n 123/2006:
Nem todas as microempresas ou empresas de pequeno porte podero recolher os impostos e contribuies na forma do Simples, como as empresas que exercem atividade de
cesso ou locao de mo de obra7. As vedaes ao ingresso no Simples Nacional esto
previstas no art. 17 da Lei Complementar n 123/2006. Lembrando que tal vedao impede a participao dessas empresas, in casu, em procedimento de licitao, tendo em vista
sua irregularidade fiscal.
Soluo de consulta n 124, de 16 de maio de 2008
Assunto: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuies das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte Simples.
7 Entende-se por cesso de mo de obra a colocao disposio da empresa contratante, em suas dependncias ou nas
de terceiros, de trabalhadores que realizem servios contnuos, relacionados ou no com sua atividade fim, quaisquer que
sejam a natureza e a forma de contratao, inclusive por meio de trabalho temporrio na forma da Lei n 6.019, de 3 de
janeiro de 1974 (art. 115 Instruo Normativa RFB n 971, de 13 de novembro de 2009).

130

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

SIMPLES NACIONAL. CESSO OU LOCAO DE MO DE OBRA.


A cesso e a locao de mo de obra de telefonista, recepcionista, digitador e motorista
so atividades vedadas aos optantes pelo Simples Nacional, ainda que realizadas em
conjunto com cesso e locao de mo de obra de vigilncia, limpeza e conservao.
Dispositivos Legais: Lei Complementar n 123, de 2006, art. 17, XII, 1, XXVII.
Soluo de consulta n 33 SRRF/1, RF/Disit, de 27 de fevereiro de 2009
Assunto: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuies das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte Simples
As empresas optantes pelo Simples Nacional esto dispensadas do pagamento das contribuies devidas a outras, entidades e fundos, conforme expressa previso legal contida no art. 13, 3, da Lei Complementar n 123/2006. vedada a adeso ao Simples Nacional de empresas que exeram a cesso ou locao de mo de obra, in casu,
prestao de servios de recepcionista. Sendo, por conseguinte, vedada a participao
de tais empresas em procedimento de licitao, tendo em vista sua irregularidade fiscal.

importante ressaltar que as vedaes previstas no caput do art. 17 da Lei Complementar n 123/2006 no se aplicam s pessoas jurdicas que de dediquem exclusivamente
s atividades referidas nos 5o-B a 5o-E do art. 18 da Lei Complementar multicitada ou
as exeram em conjunto com outras atividades que no tenham sido objeto de vedao no
mesmo caput. No se incluem nas vedaes, por exemplo, as empresas que prestam servios de vigilncia, limpeza ou conservao, desde que no as exeram em conjunto com
outras atividades vedadas.
O Tribunal de Contas da Unio, analisando caso concreto a respeito de cesso ou locao de mo de obra, manifestou o seguinte entendimento esposado no Acrdo n
3075/2008 Plenrio:
19. A Lei Complementar veda a participao de pessoas jurdicas que realizem cesso
ou locao de mo de obra, entretanto, autoriza expressamente que pessoas jurdicas
prestadoras de servios de limpeza, conservao e vigilncia optem por esse regime de
tributao (art. 17, inciso XII e 1, inciso XXVII). O Comit Gestor de Tributao das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, em 30 de maio de 2007, editou a Resoluo
CGSN n 4 que, em seu art. 12, 3, inciso XXVI, permite a opo pelo Simples por parte
de pessoas jurdicas que prestem servios de vigilncia, limpeza e conservao. Haja vista que o objeto do Prego em comento a prestao de servios de limpeza e conservao, e no de locao de mo de obra, seria possvel, em tese, a partir da vigncia da
referida Lei Complementar, a participao de empresas optantes pelo Simples (Acrdo
n 3075/2008 Plenrio).

As empresas optantes pelo Simples, nos casos de prestao de servios, observaro s


disposies constantes da tabela do Anexo IV da Lei Complementar n 123/2006, quanto s
alquotas e base de clculo. preciso observar que as alquotas so determinadas em fun131

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

o da receita bruta nos ltimos 12 meses ou de forma proporcional em caso de empresa


em incio de atividade.
Concluda a anlise sobre os regimes de tributao, lucro real e presumido, incluindo
o regime especial de arrecadao de tributos e contribuies das empresas optantes pelo
Simples, o que se observa que se trata de um assunto complexo e exigir da administrao, (gestores, pregoeiros), discernimento quanto correta interpretao da legislao
aplicvel ao caso concreto, sem perder o foco que o objetivo da licitao selecionar a
proposta mais vantajosa.
Jurisprudncia TCU
Acrdo n 2.798/2010 Plenrio
9.3.1. Faa incluir nos editais disposio no sentido de que a licitante, optante pelo Simples Nacional, que venha a ser contratada, no poder beneficiar-se da condio de
optante e estar sujeita excluso obrigatria do Simples Nacional a contar do ms
seguinte ao da contratao em consequncia do que dispem o art. 17, inciso XII; o art.
30, inciso II; e o art. 31, inciso II, da Lei Complementar n 123.
9.3.2. Faa incluir nos editais disposio no sentido de obrigar a contratada a apresentar
cpia do ofcio, com comprovante de entrega e recebimento, comunicando a assinatura
do contrato de prestao de servios mediante cesso de mo de obra (situao que
gera vedao opo pelo Simples Nacional) Receita Federal do Brasil, no prazo previsto no art. 30, 1, inc. II, da Lei Complementar n 123, de 2006 (Acrdo n 2.798/2010
Plenrio).
Jurisprudncia TCU
Acrdo n 3037/2009 Plenrio
Acordam os Ministros do Tribunal de Contas da Unio, reunidos em Sesso Plenria, diante das razes expostas pelo Relator, em:
(...)
9.2.2.4. Adote as medidas necessrias ao ressarcimento do percentual de PIS, ISS e COFINS discriminados na planilha de composio do BDI em alquotas eventualmente superiores s quais a contratada est obrigada a recolher, em face de ser optante pelo Simples
Nacional, bem como ao ressarcimento dos encargos sociais referentes ao SESI, SENAI e
SEBRAE, dos quais a empresa est dispensada do pagamento, conforme previsto no art.
13, 3, da Lei Complementar n 123/2006 e que foram acrescidos indevidamente na
planilha de composio de encargos sociais.

132

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

5.5.7.3LUCRO
a) Definio
o ganho decorrente da explorao da atividade econmica.
O lucro calculado mediante incidncia de um percentual sobre o faturamento.
b) Tipologia
Para fins de legislao do imposto de renda, o lucro pode ser real, presumido ou arbitrado.
c) Componentes do CITL
Compem o CITL os Custos Indiretos, Tributos e Lucros. A seguir, so apresentados os
conceitos de cada componente.
d) Custos e Despesas Indiretos (CI)
Os Custos Indiretos so todos os gastos envolvidos diretamente na execuo dos servios, que podem ser caracterizados e quantificados, mas no so passveis de serem apropriados a uma fase especfica, a exemplo do preposto para acompanhamento do contrato,
etc.
As Despesas Indiretas, embora associadas produo, no esto relacionadas especificamente com o servio, e sim com a natureza de produo da empresa, ou seja, so gastos
devidos estrutura administrativa e organizao da empresa que resultam no rateio entre os diversos contratos que a empresa detm, a exemplo de gastos com a Administrao
Central e despesas securitrias, que so gastos com seguros legais, tais como seguro de
responsabilidade civil.
Os Custos e Despesas Indiretos incluem, entre outros:
Seguro Responsabilidade Civil.
Remunerao de pessoal administrativo.
Transporte do pessoal administrativo.
Aluguel da sede.
Manuteno e conservao da sede.
Despesas com gua, luz e comunicao.
Imposto predial, taxa de funcionamento.
133

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Material de escritrio.
Manuteno de equipamentos de escritrio.
e) Tributos (T)
1.Definio
As Despesas Fiscais so gastos relacionados com o recolhimento de contribuies, impostos e taxas que incidem diretamente no faturamento, tais como PIS, COFINS, ISSQN, etc.
2.Composio
Os tributos que normalmente integram a composio dos tributos nos servios com
dedicao exclusiva de mo de obra so PIS, COFINS e ISS.
Lembrando que o IRPJ e a CSLL no devem integrar a composio da Planilha de Custo
conforme entendimento do Tribunal de Contas da Unio (Acrdo n 1.319/2010 2 Cmara, Acrdo n 1.696/2010 2 Cmara, Acrdo n 1.442/2010 2 Cmara, Acrdo
n 1.597/2010 Plenrio).
2.1.Programa de Integrao Social (PIS)
Definio Consiste em uma contribuio para o Programa de Integrao Social (PIS)
e para o Programa de formao do Patrimnio do Servidor Pblico, criados pela Lei Complementar n 7, de 7 de setembro de 1970, e Lei Complementar n 8, de 3 de dezembro de
1970, respectivamente.
Fundamentao Legal Art. 239 da Constituio Federal
Fundamentao Legal Art. 1 Lei Complementar n 7, de 7 de setembro de 1970.
Fundamentao Legal Art. 1 da Lei Complementar n 7, de 7 de setembro de 1970.
Contribuintes So contribuintes do PIS, segundo as regras vigentes, as pessoas jurdicas de direito privado de fins lucrativos e as que lhes so equiparadas pela legislao do
imposto de renda.
Fato Gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas
pela pessoa jurdica, independentemente de sua denominao ou classificao contbil
(art. 1 da Lei n 10.637/02).
Base de Clculo A base de clculo da contribuio a receita bruta mensal, assim
entendida a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurdica, sendo irrelevante o tipo
de atividade por ela exercida e a classificao contbil adotada para as receitas (art. 1 da
Lei n 10.637/02).
134

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

Alquota A alquota do PIS de 1,65% para limpeza e 0,65% para vigilncia, conforme
previsto no art. 2 da Lei n 10.637/02.
2.2.Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
Definio Contribuio social para o financiamento da seguridade social, nos termos
do inciso I, art. 195, da Constituio Federal, instituda pela Lei Complementar n 70, de 30
de dezembro de 1991.
Fundamentao Legal Lei Complementar n 70, de 30 de dezembro de 1991.
Fundamentao Legal Inciso I do art. 195 da Constituio Federal.
Fundamentao Legal Lei n 9.718/98.
Base de Clculo A base de clculo da COFINS composta pela totalidade das receitas
auferidas pela pessoa jurdica, independentemente da atividade exercida e da classificao
contbil das receitas.
Alquota 7,60% (art. 2 da Lei n 10.833/03).
No caso de vigilncia, a alquota de 3,00%, conforme previsto no art. 10, inciso I, da
Lei Federal n 10.833/03.
2.3.ISSQN
2.3.1.Aspectos gerais e legais

Para fins deste estudo, foi considerada a Lei Complementar n 116, de 31 de dezembro
de 2003, que dispe sobre o Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza, de competncia dos municpios e do Distrito Federal, que estabelece regras gerais para nortear a
cobrana do referido imposto nos municpios e no Distrito Federal. Alm disso, foi considerada a legislao do ISS referente ao Distrito Federal (Decreto n 25.508, de 19 de janeiro
de 2005).
2.3.2.Definio

Imposto sobre a prestao de servios passveis de cobrana nos termos da Lei Complementar n 116, de 31 de julho de 2003.
Fundamentao Legal Art. 1 da Lei Complementar n 116, de 31 de dezembro de
2003.
2.3.3.Fato gerador

O ISS tem como fato gerador a prestao de servios constantes da lista anexa, da Lei Complementar n 116 de 31/7/20063, ainda que estes no se constituam como atividade preponderante do prestador (art. 1 da Lei Complementar n 116, de 31 de dezembro de 2003).
135

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

2.3.4.Contribuintes

Entende-se como contribuinte o prestador do servio (art. 5 da Lei Complementar n


116, de 31 de dezembro de 2003).
2.3.5.Base de clculo

A base de clculo do imposto o preo do servio (art. 7 da Lei Complementar n 116,


de 31 de dezembro de 2003).
Fundamentao Legal Art. 7 da Lei Complementar n 116, de 31 de dezembro de
2003).
2.3.6.Alquota

A alquota mxima do ISS de 5% (cinco por cento), conforme o art. 8 da Lei Complementar n 116, de 31 de dezembro de 2003.
2.3.7.Local da prestao do servio

Via de regra, considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento


prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domiclio do prestador.
Fundamentao Legal Art. 3 da Lei Complementar n 116, de 31 de dezembro de
2003.
5.5.7.4CLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCROS (CITL)
1.Servios de Vigilncia Base de Clculo 44 horas semanais
V.i
CUSTO TOTAL POR EMPREGADO
A Mdulo 1 Composio da Remunerao
B Mdulo 2 Benefcios Mensais e Dirios
C Mdulo 3 Insumos Diversos (uniformes, materiais, equipamentos e outros)
D Mdulo 4 Encargos Sociais e Trabalhistas
CUSTO TOTAL POR EMPREGADO

Valor (R$)
2.120,20
478,16
107,59
1.640,45
4.346,40

2.Custos Indiretos Vigilante 44 horas semanais


Memria de Clculo CUSTOS INDIRETOS
Descrio
Percentual
Base de Clculo Custo total por empregado

Custos indiretos (6%)


6,00%
Subtotal

136

Valor
4.424,96
265,50
4.690,46

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

3.Lucros Vigilante 44 horas semanais


Memria de Clculo LUCROS SERVENTE AI 44 D CONCEITO IN 2/2008, Anexo I
Descrio
Percentual
Valor
Base de Clculo Custo total por empregado + Custos indiretos

4.690,46
Lucros
6,79%
318,48
TOTAL
5.008,94

4.Tributos Regime de Tributao Lucro Presumido Vigilncia 44 horas


semanais
Memria de Clculo TRIBUTOS SERVENTE AI 44 D Conceito Faturamento
Descrio

Base de Clculo - Custo total por empregado + Custos indiretos + Lucro


5.008,94

Clculo do tributo: (Base de Clculo) / 0,8575 x Alquota


0,9135
Tributos
8,65%

Regime de Tributao - Lucro Presumido


TRIBUTOS
PIS .............................................................................................................
0,65%
35,64
COFINS ....................................................................................................
3,00%
164,50
ISS.............................................................................................................
5,00%
274,16
TOTAL
8,65%
474,30
Coeficiente: (1- % tributos ) : 1 - 0,0865 = 0,9135
Coeficiente:
0,9135
Jurisprudncia TCU
Acrdo n 1.319/2010 2 Cmara
1.5.1.1. Nas prximas contrataes ou na renovao dos contratos vigentes de servios
terceirizados de conservao e limpeza:
1.5.1.1.1. Atente para os limites globais fixados pela Portaria MPOG/SLTI n. 9/2009 ou
outro normativo que a substitua.
1.5.1.1.2. No preveja nos oramentos das licitaes e no permita a incluso, por parte das licitantes, das seguintes rubricas nas planilhas de preos: reserva tcnica, treinamento e/ou reciclagem de pessoal, IOF + transaes bancrias, CSLL e IRPJ no quadro
Tributos, Descanso Semanal Remunerado (DSR), hora extra; salvo nos casos em que a
empresa comprovar documentalmente essas despesas, fazendo constar as justificativas
no processo administrativo relativo contratao.
1.5.1.1.3. Observe os estudos contidos no Acrdo TCU n 1753/2008 Plenrio, relativamente aos custos unitrios dos itens que compem a planilha de formao de preos.
1.5.1.1.4. Exija a composio dos custos dos agentes do turno diurno e noturno em planilhas separadas, a fim de evitar pagamentos indevidos por adicional noturno.

137

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

1.5.1.2. Observe a obrigao de licitar e contratar servios distintos separadamente, a


teor do disposto no art. 3 da Instruo Normativa MPOG n. 2/2008.
1.5.1.3. Abstenha-se de realizar certames com o fim de contratar servios que so inerentes s categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos e salrios da entidade,
tendo em vista o disposto no art. 9, inciso I, da Instruo Normativa MPOG n 2/2008.
Acrdo n 1.696/2010 2 Cmara
1.5.1.1. No caso de servios de apoio administrativo, atente para o disposto no Acrdo
n 1.520/2006 do TCU Plenrio, para substituir gradativamente os terceirizados que
ocupam funes de cargos efetivos no seu quadro de pessoal, bem como, ao elaborar o
instrumento convocatrio, discrimine a forma como a atividade terceirizada normalmente prestada no mercado em geral, de modo que a descrio das funes realizadas
no integre o plexo de atribuies dos servidores da entidade.
1.5.1.2. No aceite a elevao injustificada do percentual relativo aos encargos sociais
incidentes sobre a remunerao dos prestadores, devendo justificar quaisquer necessidades excepcionais na execuo dos servios que importe em majorao dos custos.
1.5.1.3. No aceite a presena do item Reserva Tcnica no quadro de Insumos e de Remunerao,
sem a indicao prvia e expressa dos custos correspondentes que sero cobertos por esse item.
1.5.1.4. No aceite no quadro dos Insumos a presena de item relativo a Treinamento/
Capacitao e/ou Reciclagem de Pessoal, uma vez que esses custos j esto englobados
nas despesas administrativas da contratada.
1.5.1.5. Atente para as alquotas dos tributos PIS e COFINS, notadamente quanto ao regime de incidncia em que se enquadra cada contratada.
1.5.1.6. No aceite a incluso, no quadro dos tributos da planilha da contratada, de tributos de carter personalstico, como IRPJ e CSLL, assim como a presena de contribuies
j extintas, como o caso da CPMF.
Acrdo n 1.442/2010 2 Cmara
1.4.1. Determinar ao Ncleo Estadual do Ministrio da Sade em Roraima NEMS/RR,
que, em eventuais repactuaes e/ou futuras contrataes de empresas especializadas
na prestao de servios terceirizados:
1.4.1.1. Exija das empresas contratadas a apresentao da planilha de formao de
preos dos servios, com destaque para a identificao precisa dos encargos sociais e
tributos incidentes sobre a mo de obra.
1.4.1.2. Utilize a sistemtica de clculo para alcance do valor mensal dos servios a serem executados e os demais parmetros estatudos pela IN/MPOG/SLTI n 2, de 30 de
abril de 2008, e suas posteriores alteraes, bem como os limites referenciais de preos
definidos pelas Portarias SLTI/MPOG para determinadas atividades, como os servios de
limpeza e conservao.

138

CAPTULO V - COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAO DE PREOS

1.4.1.3. Atente para os percentuais de encargos sociais e tributos incidentes sobre a mo


de obra dos prestadores alocados aos contratos, de forma que esses custos no estejam
indevidamente elevados, afetando a economicidade da contratao, devendo justificar
quaisquer necessidades excepcionais na execuo dos servios que importe em majorao dos custos.
1.4.1.4. No aceite a presena do item Reserva Tcnica no Quadro de Insumos e de
Remunerao, sem a indicao prvia e expressa dos custos correspondentes que sero
cobertos por esse item.
1.4.1.5. No aceite no Quadro de Insumos a presena de item relativo a Treinamento/
Capacitao e/ou Reciclagem de Pessoal, uma vez que esses custos j esto englobados
nas despesas administrativas da contratada.
1.4.1.6. Atente para as alquotas dos tributos PIS e COFINS, notadamente quanto ao regime de incidncia em que se enquadra cada contratada.
1.4.1.7. No aceite a incluso, no quadro dos tributos da planilha da contratada, de tributos de carter personalstico, como IRPJ e CSLL.

139

CAPTULO VI - RATEIO DE CHEFIA DE CAMPO CUSTO DE SUPERVISO


6.1.Custo do rateio de chefia de campo
Para o clculo do custo total dos servios, o custo da superviso deve ser rateado pela
quantidade de profissionais supervisionados.
Esse rateio calculado pela diviso do custo do supervisor correspondente escala de
trabalho do trabalhador para o qual se deseja calcular o custo, dividido pelo nmero de
trabalhadores subordinados, conforme a frmula:
(Rateio de chefia de campo) = (Custo da chefia de campo) / (Nmero de subordinados
por chefe de campo).
Custo do rateio de chefia de campo
Memria de Clculo CUSTO DO RATEIO DE CHEFIA DE CAMPO
Categoria
(A) Supervisor
Subordinados (A)/(B)
Rateio
Supervisor 12 x 36 D
6.418,31
40
160,46
320,92
Supervisor 12 x 36 N
7.091,55
40
177,29
354,58
Supervisor 44 SEM
6.464,39
40
161,61
161,61

Exemplo 1: R$ 320,92 = (R$ 6.418,31 / 40 = R$ 160,46 x 2) Escala 12 x 36 D


Exemplo 2: R$ 161,61 = (R$ 6.464,39 / 40 = R$ 161,61 x 1) Escala 44 SEM

6.2.Custo total da mo de obra Valor total por posto


Categoria
Vigilante 12 x 36 D
Vigilante 12 x 36 N
Vigilante 44 SEM

Memria de Clculo VALOR TOTAL POR POSTO


Vr. por trabalhador Valor por posto Rateio
5.936,62
11.873,25
320,92
6.544,66
13.089,32
354,58
6.207,74
6.207,74
161,61

Exemplo: Vigilante 12 x 36 D
R$ 12.194,16 = ((R$ 5.936,62 x 2 = R$ 11.873,25) + 320,92)

140

Total do posto
12.194,16
13.443,90
6.369,35

- B-III OXENA - IIV OLUTPAC

CAPTULO VII - ANEXO III-B QUADRO RESUMO DO CUSTO POR EMPREGADO


7.1.Aspectos Gerais
a) Definio
Corresponde ao somatrio dos custos que incorrem na composio do custo mensal
por trabalhador, inclusive o custo dos equipamentos e demais insumos.
b) Composio
O valor calculado por trabalhador obtido a partir do somatrio dos submdulos 1, 2,
3 e 4. Adiciona-se ao subtotal os custos indiretos, tributos e lucros obtendo-se, dessa forma, o valor total por empregado, conforme quadro abaixo.
Mo de obra vinculada execuo contratual (valor por empregado)
A Mdulo 1 Composio da Remunerao
B
Mdulo 2 Benefcios Mensais e Dirios
C Mdulo 3 Insumos Diversos (uniformes, materiais, equipamentos e outros)
D Mdulo 4 Encargos Sociais e Trabalhistas
Subtotal (A + B +C+ D)
Mdulo 5 Custos indiretos, tributos e lucro
E
Valor total por empregado

(R$)

141

REFERNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo et al. Direito do Trabalho. 7. ed. Distrito Federal: Impetus, 2005.
BRASIL. Constituio (1988). Constituio da Repblica Federativa do Brasil. Disponvel
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 31 mar. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1941. Aprova
a Consolidao das Leis do Trabalho. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/
decreto-lei/del5452.htm>. Acesso em: 6 abr. 2011.
______. Conselho Nacional de Justia. Resoluo n 98, de 10 de novembro de 2009. Dispe as provises de encargos trabalhistas a serem pagos pelos Tribunais s empresas contratadas para prestar servios de forma contnua no mbito do Poder Judicirio. Disponvel
em:
<http://www.cnj.jus.br/atos-administrativos/atos-da-presidencia/323-resolucoes/
12212-resolucao-no-98-de-10-de-novembro-de-2009>. Acesso em: 20 mar. 2011.
______. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Portaria n 7, de 9 de maro
de 2011. Altera o anexo III da Instruo Normativa n 2/2008, de 30 de abril 2008, que
dispe sobre os procedimentos a serem observados pelos proponentes em licitaes para
contratao de servios terceirizados. Disponvel em: <http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/legislacaoDetalhe.asp?ctdCod=411>. Acesso em: 5 abr. 2011.
______. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Instruo Normativa n 2, de 30
de abril de 2008. Dispe sobre os procedimentos a serem observados pelos proponentes
em licitaes para contratao de servios terceirizados. Disponvel em: <http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/legislacaoDetalhe.asp?ctdCod=306>. Acesso em: 5 abr. 2011.
______. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Estudos sobre valores limite
para a contratao de servios de vigilncia e limpeza no mbito da Administrao Pblica Federal. Caderno Tcnico n 30/2012, Servios de Vigilncia Unidade da Federao:
Distrito Federal. Fundao Instituto de Administrao (FIA). Verso 2.0. 2012.
______. Ministrio do Trabalho e Emprego. Instruo Normativa n 84, de 13 de julho de
142

2010. Dispe sobre a fiscalizao do Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) e das
Contribuies Sociais institudas pela Lei Complementar n 110, de 29 de junho de 2001.
Disponvel em <http://portal.mte.gov.br/legislacao>. Acesso em: 15 mar. 2011.
______. Ministrio do Trabalho e Emprego. Conveno Coletiva de Trabalho 2012/2013.
Categoria Profissional Empregados em Empresas de Segurana e Vigilncia do Plano da
Confederao Nacional dos Trabalhadores no Comrcio (CNTC) com abrangncia territorial
no Distrito Federal. Registro no MTE DF000129/2012 em 19/1/2012. Disponvel em:
<http://www3.mte.gov.br/internet/mediador/relatorios/ImprimirICXML.asp?NRRequerimento=MR008203/2012>. Acesso em: 20 jul. 2012.
______. Tribunal de Contas da Unio. Jurisprudncia. Disponvel em: <http://portal2.tcu.
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______. Tribunal Superior do Trabalho. Smulas, Orientaes Jurisprudenciais e Precedentes Normativos. Disponvel em: <http://www.tst.gov.br/jurisprudencia/Livro_Jurisprud/livro_pCE_atual.pCE>. Acesso em: 31 mar. 2012.
______. Presidncia da Repblica. Decreto n 2.271, de 7 de julho de 1997. Dispe sobre a
contratao de servios pela Administrao Pblica Federal direta, autrquica e fundacional e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2271.htm>. Acesso em: 28 mar. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 8.666 de 21 de junho de 1993. Regulamenta o
art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal, institui normas para licitaes e contratos da
Administrao Pblica e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm>. Acesso em: 2 abr. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 6.321, de 14 de abril de 1976. Dispe sobre a
deduo, do lucro tributvel para fins de imposto sobre a renda das pessoas jurdicas, do
dobro das despesas realizadas em programas de alimentao do trabalhador. Disponvel
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6321.htm>. Acesso em: 2 abr. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 10.243, de 19 de junho de 2001. Acrescenta Pargrafos ao art. 58 e d nova redao ao 2 do art. 458 da Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943. Disponvel em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm>. Acesso em: 3 abr. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 7.102, de 20 de junho de 1983. Dispe sobre segurana para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituio e funcionamento das empresas particulares que exploram servios de vigilncia e de transporte de
valores e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/
143

L7102compilado.htm>. Acesso em: 5 abr. 2011.


______. Presidncia da Repblica. Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991. Dispe sobre a
organizao da Seguridade Social, institui Plano de Custeio e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8212compilado.htm>. Acesso em: 2
abr. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 8.036, de 11 de maio de 1990. Dispe sobre o
Fundo de Garantia do Tempo de Servio e d outras providncias. Disponvel em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8036compilada.htm>. Acesso em: 25 mar. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006.
Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis n 8.212 e n 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidao das Leis
do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943, da Lei n
10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar n 63, de 11 de janeiro de 1990;
e revoga as Leis n 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e n 9.841, de 5 de outubro de 1999.
Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em:
26 mar. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 8.029, de 12 de abril de 1990. Dispe sobre a
extino e dissoluo de entidades da administrao Pblica Federal, e d outras providncias.Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8029compilada.htm>.
Acesso em: 25 mar. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 8.154, de 28 de dezembro de 1990. Altera a redao do 3 do art. 8 da Lei n 8.029, de 12 de abril de 1990, e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8154.htm>. Acesso em: 30 mar.
2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 9.424, de 24 de dezembro de 1996. Dispe sobre
o Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do
Magistrio, na forma prevista no art. 60, 7, do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Leis/L9424compilado.htm>. Acesso em: 10 mar. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Decreto n 6.042, de 12 de fevereiro de 2007. Altera
o Regulamento da Previdncia Social, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 6 de maio de
1999, disciplina a aplicao, acompanhamento e avaliao do Fator Acidentrio de Preveno (FAP) e do Nexo Tcnico Epidemiolgico e d outras providncias. Disponvel em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/D6042compilado.
htm>. Acesso em: 12 mar. 2011.
144

______. Presidncia da Repblica. Decreto n 6.957, de 9 de setembro de 2009. Altera o


Regulamento da Previdncia Social, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 6 de maio de 1999,
no tocante aplicao, acompanhamento e avaliao do Fator Acidentrio de Preveno
(FAP). Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6957.htm>. Acesso em: 10 mar. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 8.154, de 28 de dezembro de 1990. Altera a redao do 3 do art. 8 da Lei n 8.029, de 12 de abril de 1990, e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8154.htm>. Acesso em: 10 mar.
2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 4.090, de 13 de julho de 1962. Institui a Gratificao de Natal para os Trabalhadores. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Leis/L4090.htm>. Acesso em: 8 fev. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 7.787, de 30 de junho de 1989. Dispe sobre alteraes na legislao de custeio da Previdncia Social e d outras providncias. Disponvel
em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7787.htm>. Acesso em: 11 fev. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 9.491, de 9 de setembro de 1997. Altera procedimentos relativos ao Programa Nacional de Desestatizao, revoga a Lei n 8.031, de 12
de abril de 1990, e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Leis/L9491.htm>. Acesso em: 11 fev. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei Complementar n 110, de 29 de junho de 2001.
Institui contribuies sociais, autoriza crditos de complementos de atualizao monetria
em contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/LCP/Lcp110.htm>. Acesso
em: 15 fev. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 8.213, de 14 de julho de 1991. Dispe sobre os
Planos de Benefcios da Previdncia Social e d outras providncias. Disponvel em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L8213compilado.htm>. Acesso em: 22 fev. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Decreto n 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdncia Social e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048compilado.htm>. Acesso em: 2 abr. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 10.637, de 30 de dezembro de 2002. Dispe sobre a no cumulatividade na cobrana da contribuio para os Programas de Integrao
Social (PIS) e de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico (PASEP), nos casos que especifica; sobre o pagamento e o parcelamento de dbitos tributrios federais, a compen145

sao de crditos fiscais, a declarao de inaptido de inscrio de pessoas jurdicas, a


legislao aduaneira; e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/Leis/2002/L10637compilado.htm>. Acesso em: 18 fev. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Altera a Legislao Tributria Federal e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.833.htm>. Acesso em: 5 abr. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Lei n 12.506, de 11 de outubro de 2011. Dispe sobre
o aviso prvio e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12506.htm>. Acesso em: 25 jul. 2012.
______. Ministrio da Previdncia Social. Resoluo MPS/CNPS n 1.316, de 31 de maio de
2010. Dispe sobre Fator Acidentrio de Preveno (FAP). Disponvel em: <http://www010.
dataprev.gov.br/sislex/paginas/72/MPS-CNPS/2010/1316.htm>. Acesso em: 11 abr. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Decreto n 5, de 14 de janeiro de 1991. Regulamenta a
Lei n 6.321, de 14 de abril de 1976, que trata do Programa de Alimentao do Trabalhador,
revoga o Decreto n 78.676, de 8 de novembro de 1976, e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0005.htm>. Acesso
em: 8 abr. 2011.
______. Presidncia da Repblica. Decreto-Lei n 1.146, de 31 de dezembro de 1970. Consolida os dispositivos sobre as contribuies criadas pela Lei n 2.613, de 23 de setembro
de 1955, e d outras providncias. Disponvel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/1965-1988/del1146.htm>. Acesso em: 6 abr. 2011.
DELGADO, Maurcio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 10. ed. So Paulo: LTr, 2011.
SAAD, Eduardo Gabriel; BRANCO, Ana Maria Saad Castello et al. Consolidao das Leis do
Trabalho: comentada. 44. ed. So Paulo: LTr, 2011.
SO PAULO. Secretaria da Fazenda. Cadernos Tcnicos Servios Terceirizados. Prestao
de Servios de Vigilncia/Segurana Patrimonial. Vol. 1. Verso jan/12 Rev. 17 fev/12.
Disponvel em: <CADTERC - Cadernos Tcnicos de Servios Terceirizados>. Acesso em: 20
jul. 2012

146

QUADRO RESUMO DO CUSTO POR EMPREGADO

ANEXOS
ANEXO I - SERVIOS DE VIGILNCIA (Instruo Normativa n 2, de 30 de abril de
2008 e alteraes posteriores)
1.DO SERVIO DE VIGILNCIA
Art. 49. Dever constar do Projeto Bsico ou Termo de Referncia para a contratao
deservios de vigilncia:
I - a justificativa do nmero e das caractersticas dos Postos de Servio a serem contratados; e
II - os quantitativos dos diferentes tipos de posto de vigilncia, que sero contratados
por preo mensal do posto.
Art. 50. O posto de vigilncia adotar preferencialmente uma das seguintes escalas de
trabalho:
I - 44 (quarenta e quatro) horas semanais diurnas, de segunda a sexta-feira, envolvendo 1 (um) vigilante;
II - 12 (doze) horas diurnas, de segunda-feira a domingo, envolvendo 2 (dois) vigilantes
em turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas; e
III - 12 (doze) horas noturnas, de segunda-feira a domingo, envolvendo 2 (dois) vigilantes em turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas; (Redao dada pela Instruo Normativa n 3, de 16 de outubro de 2009)
IV 12 (doze) horas diurnas, de segunda a sexta-feira, envolvendo 2 (dois) vigilantes
em turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas; (Includo pela Instruo Normativa n 3,
de 16 de outubro de 2009)
V 12 (doze) horas noturnas, de segunda a sexta-feira, envolvendo 2 (dois) vigilantes
em turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas; (Includo pela Instruo Normativa n 3,
de 16 de outubro de 2009)
147

1 Sempre que possvel, o horrio de funcionamento dos rgos e a escala de trabalho dos servidores dever ser adequada para permitir a contratao de vigilncia conforme
o disposto neste artigo;
2 Excepcionalmente, desde que devidamente fundamentada e comprovada a vantagem econmica para a Administrao, podero ser caracterizados outros tipos de postos,
considerando os acordos, convenes ou dissdios coletivos da categoria.
3 Para cada tipo de posto de vigilncia, dever ser apresentado pelas proponentes o
respectivo preo mensal do posto, calculado conforme a planilha de custos e formao de
preos, contida no Anexo III, desta Instruo Normativa.
4 Os preos dos postos constantes dos incisos IV e V no podero ser superiores aos
preos dos postos equivalentes previstos nos incisos II e III, observado o previsto no Anexo III
desta Instruo Normativa. (Includo pela Instruo Normativa n 3, de 16 de outubro de 2009)
Art. 51. O Anexo VI desta Instruo Normativa traz especificaes exemplificativas para
a contratao de servios de vigilncia, devendo ser adaptadas s especificidades da demanda de cada rgo ou entidade contratante.
Art. 51-A Os rgos/entidades da Administrao Pblica Federal devero realizar estudos visando otimizar os postos de vigilncia, de forma a extinguir aqueles que no forem essenciais, substituir por recepcionistas aqueles que tenham como efetiva atribuio
o atendimento ao pblico e definir diferentes turnos, de acordo com as necessidades do
rgo ou entidade, para postos de escala 44h semanais, visando eliminar postos de 12 x
36h que ficam ociosos nos finais de semana. (Includo pela Instruo Normativa n 3, de 16
de outubro de 2009)
Art. 51-B vedada: (Includo pela Instruo Normativa n 3, de 16 de outubro de 2009)
I - a licitao para a contratao de servios de instalao, manuteno ou aluguel de
equipamentos de vigilncia eletrnica em conjunto com servios contnuos de vigilncia
armada/desarmada ou de monitoramento eletrnico; ou (Includo pela Instruo Normativa n 3, de 16 de outubro de 2009)
II a licitao para a contratao de servio de brigada de incndio em conjunto com
servios de vigilncia. (Includo pela Instruo Normativa n 3, de 16 de outubro de 2009)
Pargrafo nico. Os servios de instalao e manuteno de circuito fechado de TV
ou de quaisquer outros meios de vigilncia eletrnica so servios de engenharia, para os
quais devem ser contratadas empresas que estejam registradas no CREA e que possuam
profissional qualificado em seu corpo tcnico (engenheiro), detentor de atestados tcnicos
compatveis com o servio a ser executado. (Includo pela Instruo Normativa n 3, de 16
de outubro de 2009)
148

Anexo II - METODOLOGIA DE REFERNCIA DOS SERVIOS DE VIGILNCIA (Anexo


VI da Instruo Normativa n 2 e alteraes posteriores)

ANEXO VI METODOLOGIA DE REFERNCIA


DOS SERVIOS DE VIGILNCIA
2.DESCRIO DOS SERVIOS
2.1 A prestao dos servios de vigilncia, nos postos fixados pela Administrao,
envolve a alocao, pela contratada, de mo de obra capacitada para:
2.1.1Comunicar imediatamente Administrao, bem como ao responsvel
pelo posto, qualquer anormalidade verificada, inclusive de ordem funcional, para que sejam adotadas as providncias de regularizao necessrias.
2.1.2Manter afixado no posto, em local visvel, o nmero do telefone da Delegacia de Polcia da Regio, do Corpo de Bombeiros, dos responsveis
pela administrao da instalao e outros de interesse, indicados para o
melhor desempenho das atividades.
2.1.3Observar a movimentao de indivduos suspeitos nas imediaes do
posto, adotando as medidas de segurana conforme orientao recebida
da Administrao, bem como as que entender oportunas.
2.1.4Permitir o ingresso nas instalaes somente de pessoas previamente autorizadas e identificadas.
2.1.5Fiscalizar a entrada e sada de veculos nas instalaes, identificando o
motorista e anotando a placa do veculo, inclusive de pessoas autorizadas
a estacionar seus carros particulares na rea interna da instalao, mantendo sempre os portes fechados.
2.1.6Repassar para o(s) vigilante(s) que est(o) assumindo o posto, quando
da rendio, todas as orientaes recebidas e em vigor, bem como eventual anomalia observada nas instalaes e suas imediaes.
2.1.7Comunicar rea de segurana da Administrao todo acontecimento
entendido como irregular e que possa vir a representar risco para o patrimnio da Administrao.
149

2.1.8Colaborar com as Polcias Civil e Militar nas ocorrncias de ordem policial


dentro das instalaes da Administrao, facilitando, o melhor possvel, a
atuao daquelas, inclusive na indicao de testemunhas presenciais de
eventual acontecimento.
2.1.9Controlar rigorosamente a entrada e sada de veculos e pessoas aps
o trmino de cada expediente de trabalho, feriados e finais de semana,
anotando em documento prprio o nome, registro ou matrcula, cargo,
rgo de lotao e tarefa a executar.
2.1.10Proibir o ingresso de vendedores, ambulantes e assemelhados nas instalaes, sem que estes estejam devida e previamente autorizados pela
Administrao ou responsvel pela instalao.
2.1.11Proibir a aglomerao de pessoas junto ao posto, comunicando o fato ao
responsvel pela instalao e segurana da Administrao, no caso de
desobedincia.
2.1.12Proibir todo e qualquer tipo de atividade comercial junto ao posto e imediaes, que implique ou oferea risco segurana dos servios e das
instalaes.
2.1.13Proibir a utilizao do posto para guarda de objetos estranhos ao local,
de bens de servidores, de empregados ou de terceiros.
2.1.14Executar a(s) ronda(s) diria(s) conforme a orientao recebida da Administrao verificando as dependncias das instalaes, adotando os
cuidados e providncias necessrios para o perfeito desempenho das funes e manuteno da tranquilidade.
2.1.15Assumir diariamente o posto, devidamente uniformizado, barbeado, com
cabelos aparados, limpos e com aparncia pessoal adequada.
2.1.16Manter o(s) vigilante(s) no posto, no devendo se afastar(em) de seus
afazeres, principalmente para atender a chamados ou cumprir tarefas
solicitadas por terceiros no autorizados.
2.1.17Registrar e controlar, juntamente com a Administrao, diariamente, a
frequncia e a pontualidade de seu pessoal, bem como as ocorrncias do
posto em que estiver prestando seus servios,.
2.2 A programao dos servios ser feita periodicamente pela Administrao e de150

vero ser cumpridos, pela contratada, com atendimento sempre corts e de forma a garantir as condies de segurana das instalaes, dos servidores e das
pessoas em geral.
3.RESPONSABILIDADE DA CONTRATADA
3.1 Comprovar a formao tcnica especfica da mo de obra oferecida, por meio
de Certificado de Curso de Formao de Vigilantes, expedidos por instituies
devidamente habilitadas e reconhecidas.
3.2 Implantar, imediatamente aps o recebimento da autorizao de incio dos servios, a mo de obra nos respectivos postos relacionados no anexo Tabela de
Locais e nos horrios fixados na escala de servio elaborada pela Administrao, informando, em tempo hbil, qualquer motivo impeditivo ou que a impossibilite de assumir o posto conforme o estabelecido.
3.3 Fornecer uniformes e seus complementos mo de obra envolvida, conforme a
seguir descrito, de acordo com o clima da regio e com o disposto no respectivo
Acordo, Conveno ou Dissdio Coletivo de Trabalho: cala, camisa de mangas
compridas e curtas, cinto de nilon, sapatos, meias, quepe com emblema, jaqueta de frio ou japona, capa de chuva, crach, revlver calibre 38, cinto com
coldre e baleiro, munio calibre 38, distintivo tipo broche, livro de ocorrncia,
cassetete, porta-cassetete, apito, cordo de apito, lanterna 3 pilhas, pilhas para
lanterna.
3.3.1A contratada no poder repassar os custos de qualquer um destes itens
de uniforme e equipamentos a seus empregados.
3.4 Apresentar Administrao a relao de armas e cpias autenticadas dos respectivos Registro de Arma e Porte de Arma, que sero utilizadas pela mo
de obra nos postos.
3.5 Fornecer as armas, munio e respectivos acessrios ao vigilante no momento
da implantao dos postos.
3.6 Oferecer munio de procedncia de fabricante, no sendo permitido, em hiptese alguma, o uso de munies recarregadas.
3.7 Prever toda a mo de obra necessria para garantir a operao dos postos, nos
regimes contratados, obedecidas as disposies da legislao trabalhista vigente.
151

3.8 Apresentar atestado de antecedentes civil e criminal de toda mo de obra oferecida para atuar nas instalaes da Administrao.
3.9 2.9. Efetuar a reposio da mo de obra nos postos, em carter imediato, em
eventual ausncia, no sendo permitida a prorrogao da jornada de trabalho
(dobra).
3.10 2.10. Manter disponibilidade de efetivo dentro dos padres desejados, para
atender a eventuais acrscimos solicitados pela Administrao, bem como impedir que a mo de obra que cometer falta disciplinar, qualificada como de
natureza grave, seja mantida ou retorne s instalaes da Administrao.
3.11 2.11. Atender de imediato s solicitaes quanto a substituies da mo de
obra, qualificada ou entendida como inadequada para a prestao dos servios.
3.12 2.12. Instruir ao seu preposto quanto necessidade de acatar as orientaes
da Administrao, inclusive quanto ao cumprimento das Normas Internas e de
Segurana e Medicina do Trabalho.
3.13 2.13. Relatar Administrao toda e qualquer irregularidade observada nos
postos das instalaes onde houver prestao dos servios.
3.14 2.14. Os supervisores da contratada devero, obrigatoriamente, inspecionar os
postos no mnimo 1 (uma) vez por semana, em dias e perodos (diurno 7h/15h
e noturno 15h/23h) alternados.
3.15 2.15. A arma dever ser utilizada somente em legtima defesa, prpria ou de
terceiros, e na salvaguarda do patrimnio da Administrao, aps esgotados
todos os outros meios para a soluo de eventual problema.
4.FISCALIZAO DOS SERVIOS
4.1 A fiscalizao da Administrao ter livre acesso aos locais de trabalho da mo
de obra da contratada.
4.2 A fiscalizao da Administrao no permitir que a mo de obra execute tarefas em desacordo com as preestabelecidas.
5.TABELA DE ENDEREOS
152

Os servios de vigilncia sero prestados nas dependncias das instalaes da Administrao, conforme Tabela de Locais constantes de anexo prprio.

Anexo III - COMPLEMENTO DOS SERVIOS DE VIGILNCIA (Anexo III-E Complemento dos Servios de Vigilncia)
1.Anexo III-E Complemento dos Servios de Vigilncia
1.VALOR MENSAL DOS SERVIOS
ESCALA DE TRABALHO

PREO MENSAL
DO POSTO

N DE
POSTOS

SUBTOTAL
(R$)

I.

44 (quarenta e quatro) horas semanais


diurnas, de segunda a sexta-feira
envolvendo 1 (um) vigilante.

II.

12 horas diurnas, de segunda-feira a


domingo, envolvendo 2 (dois) vigilantes em
turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas.

III.

12 horas noturnas, de segunda-feira a


domingo, envolvendo 2 (dois) vigilantes em
turnos de 12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas.

IV.

12 horas diurnas, de segunda a sexta-feira,


envolvendo 2 (dois) vigilantes em turnos de
12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas.

V.

12 horas noturnas, de segunda a sexta-feira,


envolvendo 2 (dois) vigilantes em turnos de
12 (doze) x 36 (trinta e seis) horas.

Outras (especificar)
TOTAL
Nota: nos casos de incluir outros tipos de postos, observar o disposto no 2 do art. 50 da Instruo Normativa n 2, de 30 de
abril de 2008.

153

Secretaria de
Logstica e Tecnologia
da Informao

154

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