Apostila de Uroanalise e Espermograma

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URINLISE
O exame de urina fornece uma ampla variedade de informaes teis no que concerne as
doenas envolvendo os rins e o trato urinrio inferior. Pode ser utilizado para
avaliao
diagnstica
de
distrbios
funcionais
(fisiolgicos)
e
estruturais(anatmicos) dos rins e trato urinrio inferior, bem como para
acompanhamento e obteno de informaes prognsticas.
A urinlise corresponde ao exame fsico, qumico e microscpico da urina.
Tipos de coleta da urina:
- amostra de 24 horas
- amostra colhidas por catter
- puno suprapbica
- jato mdio de mico espontnea
- amostras peditricas ( uso de coletores de plstico).
Cuidados que devem ser observados na coleta do material:
- o recipiente para a coleta da amostra deve ser limpo e seco;
- a amostra dever ser entregue imediatamente ao laboratrio, e analisada dentro de l
hora, caso isto no seja possvel, deve-se manter a amostra refrigerada, por no mximo
24 horas;
- o recipiente contendo a amostra dever estar corretamente identificado, contendo:
nome, data e horrio;
- as amostras obtidas por sonda ou puno suprapbica, podem conter hemceas devido
ao trauma durante a coleta da amostra;
- deve-se coletar uma amostra de 20 a 100 ml;
- ao coletar a amostra por jato mdio, os pacientes devem ser orientados para realizar a
assepsia antes de coletar a amostra, e sempre desprezar a 1 poro da urina :
A assepsia em mulheres, deve ser realizada atravs de uma cuidadosa lavagem da
vulva e intrito vaginal com gua e sabo, enquanto que nos homens,
faz-se a
assepsia da glande e meato uretral.
Para coletar a amostra por jato mdio de mico espontnea, deve-se deixar que,
uma poro da urina seje expelida no vaso sanitrio antes de coletar a amostra, dessa
forma, elimina-se a 1 poro da urina, para evitar possveis contaminaes.

EXAME FSICO: Volume; Cor; Aspecto; Densidade.


VOLUME:
O determinante principal do volume urinrio a ingesto hdrica. O volume varia tambm
com a perda de fluidos por fontes no renais ( por ex. transpirao ), variao na secreo
do hormnio antidiurtico, e necessidade de excretar grandes quantidades de soluto.

Procedimento:
A determinao do volume se faz atravs de provetas graduadas rigorosamente limpas. Na
anlise, o volume s tem valor clnico se o volume total de urina for colhido nas 24 horas.
Valor de referncia: 600 a 2000 ml em 24 horas.
Alteraes no volume urinrio:
Poliria: aumento do volume urinrio. Ocorre em diabetes melito, diabetes inspidos,
esclerose renal, rim amilode, glomerulonefrite, uso de diurticos, cafena ou lcool que
reduzem a secreo do hormnio antidiurtico.
Oligria: diminuio do volume urinrio. Ocorre em estados de desidratao do
organismo, vmitos, diarrias, transpirao, queimaduras graves, nefrose, fase de formao
de edemas.
Anria: volume inferior a 50 ml em 24 h. Ocorre em obstruo das vias excretoras
urinrias, leso renal grave ou diminuio do fluxo sanguneo para os rins (insuficincia
renal aguda).
COLORAO:
A cor da urina devido a um pigmento denominado urocromo, que um produto do
metabolismo endgeno, produzido em velocidade constante. A colorao indica de forma
grosseira, o grau de hidratao e o grau de concentrao de solutos.
Procedimento:
Observar macroscopicamente a colorao da urina.
Colorao da urina normal: amarelo-claro
amarelo-citrino
amarelo-escuro
mbar
Condies que alteram a colorao da urina:
-Presena anormal de bilirrubina : amarelo-escuro ou mbar (com espuma amarela)
-Doenas hepticas : amarelo-esverdeado, castanho ou esverdeado.
-Urina com hemceas: desde rosa, vermelho ( observar em urinas de mulher, se a paciente
no se encontra no perodo menstrual).
-Urina com hipria ou quilria: branco (est relacionado com a obstruo linftica e ruptura
dos vasos linfticos).
-Medicamentos:
laranja fanazpiridina, (pirydium), fenindiona (hedulin)
Vermelha sene e ruibarbo (laxantes a base de antraquinona),
levodopa ( L-dopa) ,
fenolsulfonftalena (corante para teste de funo renal),
Castanho nitrofurantona (furadantin),
metronidazol (flagyl), sorbitol de ferro,
furazolidona ( furaxone),
Verde metocarbamol (robaxin),

ASPECTO:
Refere-se a transparncia da amostra de urina. A urina normal, recm eliminada geralmente
lmpida, podendo apresentar certa opacidade devido a precipitao de cristais , presena
de filamentos de muco e clulas epiteliais na urina de mulher.
Procedimento:
Observar visualmente a amostra homogeinizada num ambiente de boa iluminao.
Aspecto da urina: limpo
ligeiramente turvo
turvo
acentuadamente turvo

Substncias que provocam turvao: cristais, leuccitos, hemceas, bactrias, smen,


linfa, lipdios, clulas epiteliais, muco, e contaminantes externos ( talcos, medicamentos).

DENSIDADE :
Avalia a capacidade de reabsoro renal, uma das mais importantes do organismo. O
complexo processo de reabsoro muitas vezes a primeira funo renal a se tornar
deficiente. O volume de urina excretada , e sua concentrao de solutos variam nos rins,
para a manuteno da homeostase dos fluidos corporais e eletrolticos.. O valor da
densidade medida na amostra, influenciado pelo nmero de partculas qumicas
dissolvidas bem como pelo tamanho das mesmas.
PROCEDIMENTO:
Existem vrios mtodos disponveis para medir a densidade especfica: fitas reagente,
refratmetro, e o urinomtro(hidrmetro).
O refratmetro, tem a vantagem de determinar a densidade usando um pequeno volume da
amostra ( 1 a 2 gotas ). Determina a concentrao das partculas dissolvidas na amostra
medindo o ndice de refratividade. Este ndice uma comparao da velocidade da luz na
soluo. Essa velocidade depende da concentrao das partculas presentes na soluo e
determina o ngulo de passagem da luz atravs da soluo.
- calibrar o refratmetro com gua destilada;
- homogeinizar a urina, evitando formar bolhas;
- carregar o refratmetro;
- fazer a leitura na escala especfica.
Valor normal: 1.014 a 1.030

Alteraes na densidade especfica: A densidade depende do grau de hidratao do paciente


variando de 1.001 1.035. Observa-se tambm um aumento no valor da densidade em
pacientes submetidos a pielografia intravenosa, pacientes que estejam recebendo dextrana
ou outros fluidos intravenosos de elevado peso molecular, e proteinria e glicosria.

EXAMES QUMICOS: pH; PROTENA; GLICOSE; CETONAS;


BILIRRUBINA; SANGUE; UROBILINOGNIO; NITRITO; LEUCCITOS.
Reao de pH :
Os pulmes e os rins so os principais reguladores do equilbrio cido-bsico do organismo.
A determinao do pH urinrio importante por ajudar a detectar possveis distrbios
eletrolticos sistmicos de origem metablica ou respiratria, tambm pode indicar algum
distrbio resultante da incapacidade renal de produzir ou reabsorver cidos ou bases. O
controle do pH feito principalmente da dieta, embora possam ser usados alguns
medicamentos.
O conhecimento do pH urinrio, importante tambm na identificao dos cristais
observados durante o exame microscpico do sedimento urinrio, e , no tratamento de
problemas urinrios que exija que a urina esteja em um determinado pH.

PROCEDIMENTO:
A reao da urina verificada pelas fita-reagente, que medem o pH em variaes de 1
unidade entre 5 e 9. Os fabricantes utilizam um sistema de indicador duplo de vermelho de
metila azul de bromotimol que fornecem uma variao de laranja, verde e azul medida
que o pH aumenta.
Valores : 4,5 a 8,0
Interferentes: O crescimento bacteriano em uma amostra, pode tornar o pH alcalino, devido
ao fato da uria ser convertida em amnio. Deve-se ter o cuidado de no umedecer
excessivamente a fita, para que o tampo cido da protena no escorra na placa do pH,
tornando esse laranja.
Urinas cidas: dietas rica em protenas, acidose metablica ou respiratria, alguns
medicamentos.
Urinas alcalinas: dieta rica em frutas e verduras, ingesto de medicamentos com carter
alcalino, aps vmitos repetitivos, alcalose metablica ou respiratria.

PROTENA :
A urina normal contm quantidades muito pequena de protenas, em geral, menos de 10
mg/dl ou 150 mg por 24 horas. Esta excreo consiste principalmente de protenas sricas
de baixo PM (albumina ) e protenas produzidas no trato urogenital ( Tamm Horsfall ).
PROCEDIMENTO:
O mtodo da fita reagente utiliza o princpio do erro dos indicadores pelas protenas,
dependendo do fabricante , a rea para determinao de protenas na tira contm
tetrabromofenol ou tetraclorofenol e um tampo cido para manter o pH em nvel
constante.
- mergulha-se a fita na urina homogeinizada;
- a leitura feita aps 60 segundos.
O teste com fita reagente sensvel a albumina , e o teste de precipitao cida sensvel a
todas as protenas indicando a presena tanto de globulinas quanto de albumina, portanto,
quando o resultado da fita for positivo, deve ser confirmado com o mtodo cido
sulfossaliclico( mtodo de turvao).
RESULTADO: Negativo
Traos ( +1, +2, +3 )
INTERFERENTES: Quando a urina muita alcalina, anula o sistema de tamponamento,
produzindo uma elevao do pH e uma mudana da cor, dando um resultado falso positivo.
Resultados falso negativo ocorrem com a contaminao do recipiente da amostra com
detergente.
PROTEINRIA: Leso da membrana glomerular (complexos imunes, agentes txicos),
distrbios que afetam a reabsoro tubular das protenas filtradas, mieloma mltiplo,
proteinria ortosttica, hemorragia, febre, fase aguda de vrias doenas.
Pessoas saudveis podem apresentar proteinria aps exerccio extenuante ou em caso
de desidratao. Mulheres grvidas, podem apresentar proteinria, nos ltimos meses,
podendo indicar uma pr eclmpsia.
PESQUISA DE PROTENA PELO MTODO CIDO SULFOSSALICLICO
- coloque 1,0 ml de urina limpa ( sobrenadante da urina aps centrifugao )
- acrescente 6,0 ml de cido sulfossaliclico a 3%
- agitar suavemente e deixar em repouso por 5 minutos
- quando positivo, haver turvao do lquido diretamente proporcional a quantidade de
protena na urina.
PESQUISA DE PROTENA DE BENCE JONES: pessoas com mieloma mltiplo
apresentam um aumento dos nveis sricos desta protenas. um distrbio proliferativo dos
plasmcitos produtores de imunoglobulinas.

As protenas de Bence Jones podem ser identificadas pelo fato de se precipitarem quando a
mesma aquecida 40 ou 60 C, dissolvendo-se quando a temperatura atinge 100C. O
precipitado volta a ser formado com o resfriamento.

CETONRIA:
Engloba trs produtos intermedirios do metabolismo das gorduras : acetona (2%) , cido
acetoactico (20%) e cido beta-hidroxibutrico (78%). A presena de cetonria indica
deficincia no tratamento com insulina no diabete melito, indicando necessidade de
regular a sua dosagem, e, provoca o desequilbrio eletroltico, a desidratao e se no
corrigida a acidose, que pode levar ao coma.
PROCEDIMENTO:
O teste com fita, utiliza a reao do nitroprussiato de sdio que ir reagir com cido
acetoactico e a acetona em meio alcalino produzindo colorao, no detecta o betahidroxibutrico. O resultado positivo, pode ser confirmado pelo teste de Imbert.
- mergulhar a fita na urina homogeinizada;
- ler aps 60 segundos.
RESULTADO: Negativo
Positivo +1, +2, +3
INTERFERFERENTES : Podem ocorrer reaes falso-positivas, aps a utilizao de
ftalenas, fenilcetonas, conservente 8-hidroxiquinolona, ou com metablicos de L-dopa.
Reaes falso-negativos podem ocorrer, devido drogas anti-hipertensivas.
A ao das bactrias, degrada o cido acetoactico in vivo como in vitro. A acetona
(voltil) perdida em temperatura ambiente, mas isso no ocorre se a amostra estiver num
recipiente fechado e refrigerado. Portanto, se a amostra no poder ser examinada de
imediato, ela deve ser resfriada.
PESQUISA DE CETONAS PELO MTODO DE IMBERT
- 10 ml de urina;
- 12 a 15 gotas do reativo de Imbert;
- agitar delicadamente;
- inclinar o tubo, e deixar cair gota a gota o amonaco pelas paredes do tubo, cuidando
para que os lquidos no se misturem;
Resultado: Ao nvel de contato dos dois lquidos, dever aparecer um anel violeta que ser
proporcional quantidade de acetona existente na amostra.

CETONRIA: diabete melitos , perda de carboidratos por vmitos, carncia alimentar ,


reduo de peso.

BILIRRUBINA:
A bilirrubina, um produto da decomposio da hemoglobina , formado nas clulas
retculo-endoteliais do bao, fgado, medula ssea e transportado ao sangue por protenas. A
bilirrubina no conjugada no sangue, no capaz de atravessar a barreira glomerular nos
rins. Quando a bilirrubina conjugada no fgado, com o cido glicurnico, formando o
glicurondeo de bilirrubina, ela se torna hidrossolvel e capaz de atravessar os glomrulos
renais, na urina. A urina do adulto contm, cerca de 0,02mg de bilirrubina por decilitro, que
no detectada pelos testes usuais. A presena de bilirrubina conjugada na urina sugere
obstruo do fluxo biliar; a urina escura e pode apresentar uma espuma amarela. A
bilirrubinria est associada com um nvel srico de bilirrubina(conjugada) elevado,
ictercia, e fezes aclicas(descoradas, pela ausncia de pigmentos derivados da bilirrubina).
PROCEDIMENTO:
O teste para bilirrubina baseado numa reao diazotizao, a reao baseia-se na
conjugao da bilirrubina com o sal diazico em meio cido.
- mergulhar a fita na urina homogeinizada;
- ler aps 60 segundos.
A urina deve ser fresca , pois a bilirrubina um composto instvel luz, que provoca
sua oxidao e converso em biliverdina, apresentando resultado falso-positivo. O
glicurondeo de bilirrubina, tambm hidrolisa rapidamente em contato com a luz,
produzindo bilirrubina livre, que menos reativa nos testes de diazotizao.
RESULTADO: Negativo
Positivo +1, +2, +3
INTERFERENTES : destruio da bilirrubina por exposio da amostra luz, presena de
pigmentos urinrios.

BILIRRUBINRIA: obstruo do ducto biliar, leso heptica ( hepatite, cirrose ), cncer,


doenas na vescula biliar.

GLICOSE:
Em circunstncias normais, quase toda a glicose filtrada pelos glomrulos reabsorvida
pelo tbulo proximal, atravs de transporte ativo, e por isso a urina contm quantidades
mnimas de glicose. O limiar renal de 160 a 180 mg/dl.
Um paciente com diabetes mellitus apresenta uma hiperglicemia, que pode acarretar uma
glicosria quando o limiar renal para a glicose excedido.
PROCEDIMENTO:
Teste com fitas reativas, utiliza o mtodo da glicose oxidase, peroxidase, e tampo, para
produzir uma reao enzimtica dupla sequencial. As fitas diferem em relao ao
cromogeno utilizado. O teste de glicose oxidase especfico para a glicose, no reage com
lactose, galactose, frutose ou metablicos redutores de drogas.
- mergulhar a fita na urina homogeinizada;
- a leitura feita aps 60 segundos.
A reao positiva, deve ser confirmada com o mtodo de Benedict.
RESULTADO: normal ( pode aparecer glicose em concentrao de at 35mg/dl em 24 h. )
traos ( +1, +2, +3 )
INTERFERENTES: cido ascrbico, aspirina, levodopa, e agentes de limpeza fortemente
oxidantes utilizados nos frascos de urina, causam leitura falso positivo, porque interferem
nas reaes enzimticas. A alta densidade especfica, diminui o desenvolvimento da cor na
fita.

PESQUISA DE GLICOSE PELO REATIVO DE BENEDICT


- colocar 5 ml do reativo de Benedict num tubo de ensaio;
- juntar 8 a 10 gotas de urina;
- ferver por 2 minutos.
Resultado: azul ou verde sem precipitado
- Negativo
verde com precipitado amarelo - Positivo +
verde oliva
- Positivo ++
marron laranja
- Positivo +++
vermelho tijolo
- Positivo ++++
Metodologia: A glicose e outros aucares presentes na urina so detectadas pelo teste de
reduo de cobre(Benedict). As enzimas glicolticas das clulas e bactrias interferem do
resultado por reduzirem os nveis de glicose urinria, por isso essencial a realizao do
exame logo aps a coleta, ou deve-se manter a amostra refrigerada.

UROBILINOGNIO:
Pigmento biliar resultante da degradao da hemoglobina. produzido no intestino a partir
da reduo da bilirrubina pela ao das bactrias intestinais. A bilirrubina livre no intestino,
reduzida em urobilinognio e estercobilinognio, e a maioria do pigmento excretado nas
fezes como estercobilinas. Uma pequena quantidade de urobilinognio, absorvida pela
circulao portal do clon e dirigida ao fgado onde excretado novamente, no
conjugado, na bile. Normalmente, uma pequena quantidade chega aos rins, porque
enquanto o urobilinognio circula no sangue, passa pelos rins, e filtrado pelos glomrulos.
A excreo normal de urobilinognio de 0,5 a 2,5 mg ou unidades/24 horas.
PROCEDIMENTO:
O teste com fita regente, utiliza um sal de diaznio estvel, que produz em presena do
urobilinognio um composto azico que varia de rosa vermelho. O resultado positivo
deve ser confirmado pelo mtodo de Erlich.
Devido a sensibilidade da luz, as amostras devem ser analisadas imediatamente, ou,
guardadas em ambiente escuro. O testes com fitas, no conseguem determinar a ausncia
de urobilinognio, que importante na obstruo biliar.
- mergulhar a fita na amostra homogeinizada;
- ler aps 30 segundos.
RESULTADO: Normal
Positivo
INTERFERENTES: grande quantidade de nitrito, urina muito pigmentada, degradao do
urobilinognio por exposio luz.
PESQUISA DE UROBILINOGNIO PELO MTODO DE ERLICH:
O reagente usado o p-dimetilaminobenzaldedo. A presena de porfobilinognio,
encontrados na urina, tambm produzem reao positiva.
- colocar em um tubo de ensaio 5 ml de urina recentemente emitida;
- juntar 1 ml de reativo de Erlich;
- agitar vigorosamente;
- aps 3 minutos, haver aparecimento de colorao vermelho cereja, quando positiva.
UROBILINOGNIO NA URINA: hepatopatias, distrbios hemolticos

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NITRITO:
til na deteco da infeco inicial da bexiga ( cistite ), pois muitas vezes os pacientes so
assintomticos, ou tem sintomas vagos, e quando a cistite no for tratada, pode evoluir
para pielonefrite, que uma complicao frequente da cistite, que acarreta leso dos tecidos
renais, hipertenso e at mesmo septicemia. Pode ser usado para avaliar, o sucesso da
antibioticoterapia, para acompanhar periodicamente as pessoas que tem infeco
recorrentes, diabticos, e mulheres grvidas que so considerados de alto risco para
infeco urinria.
PROCEDIMENTO:
A base bioqumica do teste a capacidade que tm certas bactrias de reduzir o nitrato,
constituinte normal da urina, em nitrito, que normalmente no aparece na urina. Para a
determinao de nitrito, a urina deve permanecer na bexiga, por pelo menos 4 horas, para
que a populao vesical converta o nitrato urinrio em nitrito, e o tratamento com
antibitico deve ser suspenso pelo menos 3 dias antes do teste.
Para se evitar, reaes falso-positivos de amostras contaminadas, a sensibilidade do teste
padronizada para corresponder aos critrios da cultura bacteriana que exigem que uma
amostra positiva de urina, contenha 100.000 organismo/ml.
* Resultados positivos devem ser acompanhados de uma bacterioscopia, por colorao de
Gram
- emergir a fita reagente na urina homogeinizada;
- ler aps 60 segundos.
RESULTADO: Negativo
Positivo
INTERFERENTES: leveduras e bactrias gram-positivas que no reduzem o nitrato, tempo
de contato entre o nitrato e as bactrias, presena de cido ascrbico, uso de antibiticos,
amostras no recentes (bactrias contaminantes produziro nitrito).
PRESENA DE NITRITO : cistite, pielonefrite, avaliao da terapia com antibiticos,
seleo da amostras para culturas.
SANGUE:

O sangue pode estar na urina na forma de hemceas ntegras (hematria) ou de


hemoglobina livre produzida por distrbios hemolticos ou por lise de hemceas no trato
urinrio (hemoglobinria). O exame microscpico do sedimento urinrio, mostrar a

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presena de hemceas ntregas, mas no de hemoglobina, portanto, a anlise qumica o


mtodo mais preciso para determinar a presena de sangue na urina.
PROCEDIMENTO:
As anlises qumicas da fita para deteco de sangue, utilizam as atividade da peroxidase
da hemoglobina. Existem duas escalas cromticas separadas para hemceas e hemoglobina.
Na presena de hemoglobina livre, aparecer cor uniforme, em contraposio, as hemceas
ntegras, so lisadas ao entrarem em contato com a rea da tira que determina a presena ou
ausncia de sangue, e a hemoglobina liberada, produz uma reao isolada, que resulta na
formao de pequenas manchas( traos ). A anlise da fita, estabelece a diferena de
hemoglobinria e hematria e no sua quantificao. Quando for positivo para hemceas,
sua quantificao realizada na cmara de Newbauer.
- imergir a fita na amostra homogeinizada;
- ler aps 60 segundos.
RESULTADO: Negativo
Positivo +1, +2, +3.
Positivo para hemoglobina.
INTERFERENTES:
- falso negativo: cido ascrbico, nitrito(infeco urinria), densidade especfica alta, pH
cido;
- falso positivo: contaminao menstrual, mioglobinria*, peroxidase de vegetais e por
enzimas bacterianas.
*mioglobinria(protena muscular): produz reao positiva para sangue, como produz
colorao vermelha na urina. Deve-se suspeitar mioglobinria, em pacientes com
destruio muscular, traumas, coma prolongado, convulses, doenas musculares atrficas
e exerccio fsico severo.

HEMATRIA: clculos renais, glomerulonefrite, tumores, traumatismos, pielonefrite,


exposio a drogas.
HEMOGLOBINRIA: lise das hemceas no trato urinrio, hemlise intravascular
(transfuses, anemia hemoltica, queimaduras graves, infeces).

LEUCCITOS:
Indica uma possvel infeo do trato urinrio.
PROCEDIMENTO: O teste com fita reagente, utiliza as esterases presentes nos
granulcitos. Possui uma sensibilidade de 81% a 94%, e uma especificidade de 69% a
83%.Quando a fita apresentar resultado positivo para leuccitos, a sua quantificao ser
realizada na cmara de Newbauer.

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- emergir a fita na urina homogeinizada;


- ler aps 60 segundos.
RESULTADO: Negativo
Positivo +1, +2, +3.
INTERFERENCIAS:
amostras com densidade especfica alta, onde a crenao
leuccitos pode impedir a liberao de suas esterases.

dos

PIRIA: Todas as doenas renais e do trato urinrio. Tambm podem estar aumentados
transitoriamente durante estados febris, e exerccios severos.

EXAME MICROSCPICO: Exame Qualitativo do sedimento urinrio e


exame Quantitativo do sedimento urinrio.
O exame microscpico do sedimento urinrio, tem a finalidade de detectar e identificar os
elementos insolveis que acumulam na urina durante o processo de filtrao glomerular e a
passagem do lquido atravs dos tbulos renais e trato urinrio inferior.Os elementos so :
hemceas, leuccitos, cilindros, clulas epiteliais, bactrias, leveduras, parasitas, muco,
espermatozode, cristais e artefatos.
METODOLOGIA:
- as amostras examinadas, deve, ser recentes ou corretamentes conservadas;
- aps o exame fsico-qumico, medir 10,0ml de urina homogeneizada em um tubo
cnico;
- centrifugar a urina a 1.500 rpm por 5 minutos;
- retirar 9 ml do sobrenadante e reservar,( para as provas complementares);
- aps deixar l ml, agitar o sedimento vigorosamente.

EXAME QUALITATIVO:
Aps homogeinizar o sedimento, colocar uma gota (50l) do sedimento na lmina de
microscopia, e cobrir com uma lamnula. Examinar ao microscpico, pelo menos 10
campos verificando se a distribuio dos elementos est uniforme.
O resultado ser dado em elementos figurados, por campo microscpico, estabelecendo
uma mdia. Deve-se contar em aumento de 40x.
VALORES NORMAIS:

0 a 2 hemceas por campo


0 a 5 leuccitos por campo

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0 a 5 clulas epiteliais por campo


relata o nmero de cilindros observado por campo
EXAME QUANTITATIVO:
Aps homogeinizar o sedimento, preenche-se a cmara de Neubauer, com a objetiva de
10x, percorre-se a cmara em toda sua extenso, para verificar se a distribuio dos
elementos est uniforme, e aps faz a contagem em aumento de 40x.
RESULTADO:
- para obteno do nmero de clulas epiteliais por ml de urina, conta-se os 4 quadrantes
laterais da cmara de Neubauer, multiplica-se o nmero de clulas contadas por 250.
- para obteno do nmero de leuccitos por ml de urina, conta-se os 4 quadrantes
laterais da cmara de Neubauer, multiplica-se o nmero de clulas contadas por 250.
- A contagem de hemceas, realizada no retculo central da cmara de Neubauer,
multiplica-se o nmero de clulas por 1000.
VALORES NORMAIS: at 10.000 clulas/ ml de urina
at 7.000 leuccitos/ ml de urina
at 5.000 hemceas/ ml de urina

Componentes do sedimento urinrio:


HEMCEAS:
Aparecem como discos incolores tendo cerca de 7um de dimetro. Na urina concentrada, as
clulas encolhem e aparecem como discos crenados( clulas pequenas com bordas
onduladas), enquanto na urina alcalina, elas incham e se lisam rapidamente, liberando sua
hemoglobina, permanecendo s a membrana, essas clulas so denominadas clulas
fantasmas. Em certas ocasies, as hemceas, podem ser confundidas com gotculas de leo
ou clulas leveduriformes, entretanto, as gotculas de leo apresentam grande variao de
tamanho e so altamente refringentes, e as clulas de leveduras apresentam brotamento.
Significado clnico:. Seu aparecimento tem relao com leses na membrana glomerular, ou
nos vasos do sistema urogenital. Uma grande quantidade de hemceas costuma decorrer de
glomerulonefrite, mas tambm observada em casos de infeco aguda, reaes txicas e
imunolgicas, neoplasias e distrbios circulatrios que rompem a integridade dos capilares
renais . Hemceas de tamanho variveis, com protuses celulares fragmentadas, so
chamadas dismrficas, e esto associadas principalmente hemorragia glomerular, clculos
renais, infeces e exerccios fsico intenso.

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CLULAS EPITELIAIS:
So vistos trs tipos de clulas epiteliais na urina, classificados quanto ao seu local de
origem no sistema genitourinrio.
-

clulas escamosas: revestimento interno da vagina e pores inferiores da uretra


masculina e feminina. Quando aparece em grande quantidade, representa contaminao
vaginal.

clulas epiteliais transicionais ou caudadas: originam-se do revestimento da pelve renal,


da bexiga e da poro superior da uretra. So menores, esfricas, caudadas ou
polidricas, com ncleo central. Quando presente em grande nmero, e com morfologia
alterada, deve-se suspeitar de carcinoma renal.

clulas dos tbulos renais: so redondas, possuem um ncleo redondo e excntrico.


Aparecem em doenas que causam leso tubular: pielonefrite, reaes txicas,
infeces virais, rejeio de transplantes, efeitos secundrios da glomerulonefrite.
Quando ocorre passagem de lipdeos pela membrana glomerular, como ocorre na
sndrome nefrtica, as clulas do tbulo renal absorvem lipdeo, ficam altamente
refringentes, e so denominadas de corpos adiposos.

LEUCCITOS:
Aparecem como esferas granulosas, com cerca de 12um de dimetro, possuem grnulos
citoplasmticos e ncleos lobulados. So rapidamente lisados na urina hipotnica (diluda),
ou alcalina, aproximadamente 50% so perdidos aps 2 a 3 horas na urina em repouso e
em temperatura ambiente, portanto, a realizao de um exame imediato aps a coleta
fundamental. Denomina-se leuccito, aos glbulos brancos que conservam suas
caractersticas morfolgicas intactas, reservando o termo picitos aos elementos
degenerados que abundem as infeces purulentas.
Podem estar presentes na urina devido a uma leso glomerular ou capilar, mas tambm so
capazes de migrar de forma amebide atravs dos tecidos, indo para locais de inflamao
ou infeco.
Piria: infeces bacterianas (pielonefrite, cistite, prostatite, e uretrite), litase,
glomerulonefrite, lpus eritrematoso sistmico, tumores.

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CILINDROS:
Os cilindros so formados no interior da luz do tbulo contornado distal e ducto coletor,
suas formas so representativas da luz do tbulo, consistindo de lados paralelos e
extremidades arredondadas, o tamanho, depende da rea de sua formao. O principal
componente a protena de Tamm-Horsfall, uma glicoprotena excretada pela poro
grossa ascendente da ala de Henle e pelo tbulo distal.
Nas doenas renais, eles esto presentes em grande quantidade e sob vrias formas, a
quantidade aumentada de cilindros, indica que a doena renal disseminada e que vrios
nfrons encontram-se envolvidos. Tambm podem estar presente em indivduos normais,
aps um exerccio fsico severo.
Os cilindros so classificados de acordo com sua matriz, tipo de incluso e tipo celular
presente no seu interior.

MATRIZ
Cilindro Hialino: so transparentes microscopia, constitudos quase inteiramente por
protena de Tamm-Horsfall . So encontrados na doena renal e transitoriamente aps
exerccio severo, insuficincia cardaca congestiva, estados febris e uso de diurticos.
Cilindro Creo: representam um estgio avanado do cilindro hialino, altamente
refringente. So frequentementes observados em pacientes com insuficincia renal crnica
(estase do fluxo urinrio ), durante a rejeio aguda ou crnica de um aloenxerto renal.

INCLUSES
Cilindros Granulosos: o aparecimento de cilindros granulosos grosseiros e finos
representativo da desintegrao dos cilindros celulares ou leucocitrios que permanecem
nos tbulos como resultado de estase urinria. Tambm pode ser de origem bacteriana, de
cristais (uratos) ou agregados proticos.
Os cilindros granulosos so observados em estase do fluxo urinrio, infeco do trato
urinrio, estresse, e exerccio severo.
Cilindros Adiposos : produzido pela decomposio dos cilindros de clulas epiteliais que
contm corpos adiposos ovais. As clulas do epitlio tubular renal absorvem
lipdeos que entram nos tbulos atravs dos glomrulos. Estes so altamente refringentes e
contm gotculas de gordura amarelo-castanhas. Os cilindros adiposos so observados na
sndrome nefrtica.

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CELULARES:
Cilindros Hemticos: contm hemceas emaranhadas ou ligadas matriz das protenas de
Tamm-Horsfall, sua colorao vermelho-laranja, porm quando o cilindro envelhece
comea a lise celular, liberando hemoglobina,
apresentando colorao marronamarelada. A presena de cilindros hemticos, indica sangramento proveniente do interior
dos nefrns, glomerulonefrite aguda, nefropatia pela Ig A, e infarto renal.
Cilindro Leucocitrio: os leuccitos penetram na luz tubular a partir do interstcio, entre as
clulas epiteliais tubulares. Os cilindros so refringentes, aparecem grnulos, e, se no
iniciou sua desintegrao, sero observados ncleos multilobolados. A presena de
cilindros leucocitrios
significa inflamao ou infeco dentro do nfron, porm
podem estar presentes em razo do efeito quimiottico do complemento, aparecendo na
glomerulonefrite e sndrome nefrtica.
Cilindro de Clulas Epiteliais: na formao do cilindro, a protena de Tamm-Hosfall, se
agrega s fibrilas proticas das clulas tubulares. Quando ocorre leso tubular, as clulas
so facilmente removidas do tbulo durante a dissoluo do cilindro, pois as clulas esto
intimamente aderidas a protena de Tamm-Hosfall. Os cilindros de clulas epiteliais so
muitas vezes observados em conjunto com cilindros de hemceas e leuccitos, pois, tanto a
glomerulonefrite quanto a pielonefrite, produzem leso tubular. Aparecem tambm em
doenas virais, exposio vrias drogas, intoxicao por metal pesado, e rejeio aguda de
aloenxerto.
Cilindro Celular Misto: quando dois tipos celulares distintos esto representados na matriz
protica do cilindro, o hbrido resultante chamado cilindro misto.
Cilindro Largo: so aqueles que possuem um dimetro duas a seis vezes maior que os
cilindros normais. Qualquer tipo de cilindro pode ser largo. Eles indicam uma dilatao
tubular ou extrema estase do fluxo urinrio no ducto coletor distal. So encontrado na urina
de pacientes com insuficincia renal crnica, e seu achado representa um mau
prognstico.

BACTRIAS:
A presena de bactrias pode ou no ser significativa, dependendo do mtodo de coleta
urinria e quanto tempo se passou entre a coleta e a realizao do exame. Bactrias com
forma de bastonetes so as mais comuns observadas, em virtude dos microrganismos
entricos serem os mais frequentementes encontrados nas infeces do trato urinrio. Se a
infeces estiver presente, muitos leuccitos so visualizados no sedimento.
Resultado: deve ser confirmado atravs de bacterioscopia, pela colorao de Gram.

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LEVEDURAS:
Clula de leveduras, Candida albicans, pode ser observada na urina de pacientes com
diabetes melito, e mulheres com candidase vaginal. Resultado expresso objetiva de 40 x.
Resultado: 1 a 2 por campo ( + )
3 a 5 por campo ( ++)
> 5 por campo (+++)

PARASITAS:
Parasitas e ovos de parasitas, podem ser observados como resultado de contaminao fecal
ou vaginal. O parasita encontrado com mais freqncia Trichomonas vaginalis,
encontrado devido a contaminao vaginal. Este organismo flagelado, sendo facilmente
identificado por seu movimento rpido, porm quando imvel, pode ser confundido com
leuccito. Resultado expresso objetiva de 40 x.
Resultado: 1 a 2 por campo ( + )
3 a 5 por campo ( ++)
> 5 por campo (+++)

FILAMENTOS DE MUCO:
O muco um material protico ( mucina ou fibrina), produzido por glndulas e clulas
epiteliais do trato urogenital. Na microscopia, aparecem estruturas filamentosas com baixo
ndice de refrao, exigindo observao em luz de baixa intensidade. No considerado
clinicamente significativo.
Resultado: a quantificao de muco, dada em cruzes

CRISTAIS:
comum encontrar cristais na urina. Deve-se proceder identificao para ter certeza de
que no representam anormalidades. So formados pela precipitao dos sais de urina
submetidos a alteraes de pH, temperatura, ou concentrao que afeta a solubilidade. Um
pr-requisito para a identificao de cristais, o conhecimento do pH urinrio.

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Cristais encontrados na urina em pH cido:


- Uratos amorfos: aparecem como pequenos grnulos amarelo-castanhado.
- Uratos cristalinos: pequenas esferas marrons ou agulhas incolores.
- cido rico: possuem quatro lados, so achatados, amarelos ou vermelhosacastanhados. Pode-se apresentar com outra forma, mas no so incolores
- Oxalato de clcio: so octaedros incolores que lembram envelope.
Cristais encontrados na urina em pH alcalino:
- Fosfato amorfo: grnulos amorfos incolores que aparecem aglomerados.
- Fosfatos cristalinos (triplo): apresentam variao de tamanho, aparecem como prismas
incolores com extremidade oblquas, formas planas(samambaia), ou flocos incolores.
- Carbonato de clcio: pequenos grnulos ou esferas incolores.
Cristais encontrados na urina anormal: Deve-se verificar o tratamento medicamentoso que
o paciente est fazendo, quando cristais incomuns so encontrados.
- Cistina: so lminas hexagonais incolores e refringentes, encontrados em pH cido.
- Tirosina: agulhas finas arranjadas em grumos ou feixes, especialmente aps
refrigerao.
- Leucina: so raros, so esferas amarelas com aspecto oleoso e com estrias radiais e
concntrica.
- Contraste radiogrfico: observados em pH cido, aparecem como lminas achatadas
incolores ou retngulos finos. Sua presena deve estar correlacionada com densidade
especfica alta.

ARTEFATOS:
Podem ser observados contaminantes de todos os tipos, principalmente em amostras
colhidas em condies imprprias, ou em recipientes sujos. Pode-se observar: gotculas de
leo, grnulos de amido, gros de plen, plos ou outras fibras.
O que mais causa dvida, so as gotculas de leo e os grnulos de amido, por se parecerem
com hemceas, contudo, so mais refringentes, e com adio de cido actico diludo, as
hemceas se dissolvem, deixando as gotculas de leo intactas.

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:
STRASINGER, S. K; Uroanlise e fludos biolgicos. 2 ed. So Paulo: Panamericana,
1991
VALLADA, E. P. Manual de Exame de Urina. 4 ed. Atheneu: Rio de Janeiro, 1988
HENRY, B. J.; Diagnsticos Clnicos e Tratamento por Mtodos Laboratoriais. 19 ed.
Manole, 1999

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ESPERMOGRAMA
Funes das Clulas de Leydig ou Celulas intersticiais
Sntese de testosterona sob ao do LH para o qual tem receptores especficos de
membrana.
Sntese em menor quantidade de estrgenos: Progesterona e 17Hidroxi-progesterona
Funes das Clulas de Sertoli
Nutrio e suporte fsico do epitlio germinativo.
Mediar o mecanismo de ao do FSH. As clulas de Sertoli tm receptores de membranas
especficas para o FSH.
Produo de ABP (Protena ligadora de andrognios).
Produo de inibina: Um fator peptdico que faz o retro-controle negativo da secreo e
liberao do FSH.
Atividade esteroidognica.
Fagocitose das clulas que degeneram, durante a espermiognese, ao nvel do epitlio
germinativo.
3 - Secreo das vesculas seminais: 46 a 80 % do volume final (mdia de 60 %)
Rica em: Frutose, Prostaglandinas, Glicerilfosforilcolina, Acetilcarnitina, Lactoferrina,
Protenas antignicas,
Imunoglobulinas, Inibidores das protenas, Potssio,
4 - Hormnios: FSH, LH, Testosterona, DHT e Prolactina.
REPRODUO HUMANA
PROCESSAMENTO SEMINAL: Seleo de gametas, Remoo de Toxinas, Remoo de
fatores interferentes
TECNICAS DE PROCESSAMENTO SEMINAL: Migrao ascendente (swim-up),
Lavagem espermatica (sperm-wash), Centrifugao atraves de gradiente descontinuo de
densidade ou gradiente coloidal ou tecnica do gradiente descontinuo de duas camadas.
EXAME FISICO OU MACROSCOPICO
VOLUME
Medido pipeta graduada
Deve-se evitar o uso de seringas pois afetam a motilidade espermatica
VN = 2 a 5 ml
2)pH
Verificado com fita medidora de ph
No maximo dentro de 1 hora aps a ejaculao
Amostras com ph abaixo 7,0 esto associadas ausencia ou disfuno dos canais
deferentes, vesiculas seminais ou epididimos
Amostras com ph superior associam-se com contaminaes bacterianas
VN= 7,5 a 8,5
3)Cor e Aspecto
Deve ser avaliado imediatamente aps a liquefao ou dentro de uma hora a partir da
ejaculao

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O semen normal tem aparencia homogenea e opalescencia acinzentada ou levemente


amarelada
Alteraes esto associadas a presena de sangue, contaminao bacteriana, contaminantes
ou concentrao de espermatozoides
VN Branco acinzentado ou Opalescente acizentado
4) Viscosidade ou Consistencia
Avaliada aps a liquefao atravs de uma pipeta de 5 ml, deixando o semen pingar pela
ao da gravidade, observando o comprimento do filete formado, ou atraves de um
bastonete de vidro.
Amostras normais se desprende da pipeta com pequenas e discretas gotas
Consistencia anormal a gota se alongara para formar filetes com mais de 2 cm de
comprimento
VN = Normal
5) Liquefao
Uma amostra normal liquefaz em ate 30 minutos aps a ejaculao a temperatura ambiente
A presena de grumos mucosos sinal de liquefao incompleta
EXAME CITOLOGICO OU MICROSCOPICA
- A amostra deve ser bem homogeneizada
Nesta etapa sera avaliado:
a) Concentrao de espermatozoides
b) Motilidade
c)Vitalidade
d) Morfologia
e)Presena de outros elementos celulares
A)Contagem de espermatozoides
Diluio de 1:20
O diluente pode ser soluo fisiologica
A contagem pode ser realizada em camara de Newbauer ou camara de Makler ou camara de
Microcell
A contagem na camara de Newbauer deve-se utilizar os 25 quadrados centrais
Os valores de espermatozoides por volume, faz-se a multiplicao do numero em
milhes/ml pelo volume de semen
VN:
40-100 milhes/ml
100- 400 milhes/vol
B)Motilidade
- Contar 4 a 6 campos e expressar os valores em porcentagem
Cada espermatozoide encontrado graduado de acordo como se apresenta:
a)Motilidade rapida e progressiva
b)Motilidade progressiva lenta ou preguiosa
c)Motilidade no-progressiva
d)Imotilidade
VN: 50% ou mais com progresso avante ou 25% ou mais com progresso rapida
C) Vitalidade

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Reflete na proporo de espermatozoides que esto vivos (moveis)


Celulas mortas, com membranas danificadas, toma certas coloraes.
1) Teste da Eosina Y
Espermatozoides com impregnao eosinofila = mortos
Espermatozoides sem impregnao= vivos
2)Teste de vitalidade espermatica por edema hiposmotico (HOS)
Ausencia de edema na cauda = resposta anormal
Presena de edema na cauda= resposta normal
D) Morfologia
Deve ser realizado um esfregao e corado pela tecnica de Papanicolaou (fixado com
alcool) ou Leishman (fixado ao ar)
Contar no minimo 100 espermatozoides
Criterios morfologicos da OMS :
Maior 30% de formas normais
Cabea: 4 5,5 micras de comprimento, 2,5 a 3,5 micras de largura
Pea intermediaria e cauda sem alteraes
Morfologia de Kruger ou Criterio estrito de Kruger
Normais: maior do 14%
cabea entre 5 a 6 micras de comprimento, 2,5 a 3,5 micras de diametro
Cabea com suave configurao oval
40% a 70% de acrossoma
Sem defeitos de cauda ou pea intermediaria ou caudas
Deve ser avaliado as seguintes categorias de defeitos (teratozoospermia):
a)Defeitos na forma e tamanho da cabea (macrocefalos, microcefalos, vacuoladas,
bicefalos)
b)Defeitos no pescoo e pea intermediaria (falta de cauda, cauda no inserida ou pendente,
pea intermediaria distendida, irregular; pea intermediaria anormalmente fina
c)Defeitos da cauda (curtas, multiplas, dobradas, quebradas, espiraladas)
d)Goticulas citoplasmaticas
VN= 30% ou mais com formas normais
At 20% (total) de formas anormais
E) Outros tipos celulares
Celulas epiteliais do trato uretral
Celulas da espermatogenese (espermatides, espermatocitos e espermatogonias)
Leucocitos
Os leucocitos esto presentes na maioria dos ejaculados, maioria neutrofilos.
Quando o numero exceder a 1.000.000/ml testes microbiologicos devem ser realizados
Tabela de concluses diagnsticas
Normozoospermia:concentrao espermtica dentro da normalidade.
Acima de 20 milhes/ml de ejaculado.
Oligozoospermia leve: 15 a 20 milhes de espermatozides/ml.
Oligozoospermia moderada: 10 a 15 milhes/ml

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Oligozoospermia acentuada: menor que 10 milhes/ml


Criptozoospermia: menor que 1 milho/ml
Polizoospermia: valores superiores a 250 milhes/ml
Azoospermia: ausncia total de espermatozides no ejaculado total, podendo ser
observadas clulas germinativas.
Astenozoospemia: menor que 25 % dos espermatozides com movimentos direcionais
rpidos (Tipo A).
Discinesia: maior que 50 % dos espermatozides com movimento errtico.
Necrozoospermia: maior que 60 % de espermatozides mortos.
Teratozoospermia: maior que 60 % de espermatozides atpicos.
Hiperespermia: volume do ejaculado maior que 6,0 ml.
Hipospermia: volume do ejaculado inferior a 2,0 ml.
Aspermia: ausncia total de ejaculado.
Azoocitospermia: ausncia total de espermatozides e clulas germinativas.
Hematospermia: maior que 12 milhes de hemcias/ml de ejaculado.
Piospermia: at 1 milho de picitos/ml.
ANALISE SEMINAL COMPUTADORIZADA
Determinao da concentrao espermatica
Porcentagem de espermatozoides moveis
Velocidade media de progresso

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