Pi Extrusora de Plasticos

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CENTRO TECNOLGICO POSITIVO

CURSO SUPERIOR EM TECNOLOGIA EM GESTO DA PRODUO


INDUSTRIAL AUTOMOBILSTICA

BREHMER RIBEIRO DA SILVA


DALTON DE SOUZA ROCHA
GUSTAVO HENRIQUE LUNARDON
RAFAEL STUMPT TONIN
YURI BEIRA

EXTRUSORA DE PLSTICOS

CURITIBA
2016

BREHMER RIBEIRO DA SILVA


DALTON DE SOUZA ROCHA
GUSTAVO HENRIQUE LUNARDON
RAFAEL STUMPT TONIN
YURI BEIRA

EXTRUSORA DE PLSTICOS

Trabalho de Gesto da Manuteno e


Processos de Fabricao do Centro
Tecnolgico Positivo, Tecnlogo em
Gesto
da
Produo
Industrial
Automobilstica.
Professores: Agnaldo Guolo / Alfredo
Budel

CURITIBA
2016
RESUMO
2

O processo de extruso de plsticos um processo importante para todo mercado


de peas longas em barras, pois atravs desse processo que se forma materiais
como forros de PVC, lonas plsticas, tubos em PVC, etc.
A Gesto da Manuteno e seus indicadores tambm tem um papel importante,
pois atravs dela que podemos ter todos os materiais acima, sem ter uma
parada na produo por quebra de mquina extrusora.
Palavras-Chave: Extrusora, Plstico, PVC, Manuteno, Indicadores.

SUMRIO
3

RESUMO..............................................................................................................3
1. INTRODUO...............................................................................................5
2. Matria-Prima...................................................................................................6
2.1. Poliestireno.................................................................................................6
2.2. Manipulao do Material............................................................................7
2.2.1. Moagem...............................................................................................7
2.2.2. Secagem..............................................................................................8
3. Componentes e o Processo de Extruso.........................................................8
3.1. Extrusora....................................................................................................9
3.2. Cabeote...................................................................................................9
3.3. Matriz........................................................................................................10
3.4. Anel de resfriamento................................................................................13
3.5. Sistema de resfriamento..........................................................................15
3.6. Torre..........................................................................................................17
3.7. Estabilizadores de balo..........................................................................18
3.8. Saia..........................................................................................................18
3.9. Rosca.......................................................................................................19
3.10. Temperatura...........................................................................................20
4. Manuteno Preventiva...............................................................................20
4.1. Manuteno da Extrusora de plsticos....................................................22
4.2. Clculo MTBF...........................................................................................22
CONSIDERAES FINAIS................................................................................26
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...................................................................27

1. INTRODUO
4

O processo de extruso vem sendo usado h muito tempo, e trabalha


com vrios tipos de materiais; neste, estaremos abordando a extruso plstica.
Trabalhando com polmeros a extruso plstica pode fazer uso das vantagens
do mesmo, tais como o fato de ser reciclvel e de fcil manuseio. O
poliestireno, por exemplo, passa por alguns processos que o preparam para
entrar na extrusora, tais como a moagem e secagem. Aps passar por esse
processo de preparao, ele entra na extrusora e l ela e movida pela rosca e
se move at a matriz onde chega a forma desejada. Como o produto tem
alguns requerimentos de medies, a matriz feita com as medidas que
possam suprir esses requerimentos, assim estando pronto para entrar em
estoque.
A Gesto da Manuteno tambm atua como uma pea importante para
todo o processo de extruso. atravs dela que temos os indicadores que
possibilitam qualquer pessoa entender o que acontece, e como deve ser feita a
manuteno de uma mquina extrusora. Seus indicadores ajudam a controlar o
tempo da manuteno, e por que ela precisa desse tempo.

2. Matria-Prima
Em uma linha de extruso plstica podemos utilizar uma variedade de
matrias-primas como, por exemplo, o poliestireno, mas antes dele entrar no
processo de extruso, ele passa por um processo de manipulao para que
esteia apto para entrar na extrusora.
2.1. Poliestireno
O Poliestireno um material granulado, normalmente vendido em
sacos plsticos que pesam aproximadamente 25 kg e devem ser armazenados
em ambientes secos e cobertos. Ao poliestireno tambm pode ser agregado
materiais como corantes e estabilizadores.

Figura 01: Poliestireno Granulado


FONTE: http://www.solucoesindustriais.com.br/ (Acesso em 06/04/2016)

2.2. Manipulao do Material


Os grnulos de poliestireno podem ser manipulados mediante a
equipamentos convencionais. Que inclui transporte a vcuo, carregadores
pneumticos e transportadores a rosca (lNNOVA, 2007).

Figura 02: Transportador a rosca


FONTE: http://www.valimplast.com.br/ (Acesso em 06/04/2016)

A moagem de vital importncia para a manipulao dos materiais


porqu e ela que determina o tamanho dos grnulos, que deve ser semelhante
ao do material virgem, os grnulos no devem ser muito grandes, pois podem
gerar pontos duros, atrasando o processo de plastificao e utilizando nveis de
temperatura mais altos.
2.2.1. Moagem
O poliestireno utiliza certo nvel de moagem para manter as
propriedades do produto final, a porcentagem utilizada pode variar, mas
recomendado que no se ultrapasse mais do que 25% do nvel de moagem
caso ultrapasse as aparncias e propriedades mecnicas do produto podem se
deteriorar, assim o limitando a aplicaes que aceitem um nvel baixo de
performance.
7

2.2.2. Secagem
Esse processo realizado para que se possa eliminar a umidade
superficial e garantir a padronizao das temperaturas utilizadas no
equipamento de extruso.
Os poliestirenos no requerem uma pr-secagem, embora seja
recomendado para se garantir um processo de extruso mais uniforme.
3. Componentes e o Processo de Extruso
Linha de extruso a designao utilizada no ramo de transformao de
plsticos para matrizes e equipamentos ps-extruso das linhas de extruso
para cada geometria extrudada.

Figura 03 Linha de extruso para filmes tubulares


Fonte: (RULLI STANDARD, 2001)

Os equipamentos ps-extruso ou equipamentos complementares


necessrios para este tipo de produto so:

3.1. Extrusora
Mquina monofuso, geralmente com parafuso universal com sees de
mistura distributiva e dispersiva na seo de dosagem.
3.2. Cabeote
Nas mquinas para extruso de filmes tubulares, d-se o nome de
cabeote para um conjunto onde esto montados a matriz, o anel de
resfriamento, resistncias eltricas e termopares, entrada de ar para
insuflamento do balo, alm de alguns outros elementos. Em linguagem de
cho-de-fbrica, costuma-se chamar a prpria matriz de cabeote ou viceversa. O cabeote conectado ao cilindro da extrusora atravs de um
adaptador, onde se encontra a placa-filtro e um sistema troca-tela. De forma a
se conseguir uma boa uniformidade de espessura, muitas mquinas empregam
cabeotes giratrios. Como vrios motivos causam a desuniformidade da
espessura do balo, com o emprego do cabeote giratrio, a desuniformidade
distribuda por igual em todo o permetro do balo.

Figura 03 - Cabeote de Extruso


Fonte: (CARNEVALLI, 2014)

3.3. Matriz
Sua funo consiste em receber o material plastificado e distribuir seu
fluxo ao longo da seo desejada, conformando o material plstico que
extrudado por sua abertura. No propriamente uma parte da mquina, pois
para cada produto necessria uma matriz diferente montada no cabeote da
mquina. Matrizes para produtos diferentes podem ser montadas na mesma
extrusora, se forem projetadas para isso. Por exemplo, uma mquina pode ser
responsvel pela extruso de diversos tipos de perfis de PVC [policloreto de
vinila], produzindo um determinando nmero de horas com cada matriz. A troca
da matriz um processo que por vezes tem durao de algumas horas.
tambm feita em ao especial. Possui um canal ou cavidade interna cuja seo
inicial geralmente circular, e uma abertura na sada, com a seo do
extrudado. Portanto, a forma da seo do canal interno gradativamente
alterada ao longo do seu comprimento, at os lbios que formam a abertura de
sada do extrudado. (CEFET, 2004).
Podem ser encontrados trs tipos bsicos de matriz: a de alimentao
lateral, a de canal espiral e a do tipo pernas-de-aranha, ambas com
alimentao axial.
Matriz de alimentao lateral
O fluxo proveniente do cilindro distribudo ao redor do pino central.
Como a massa polimrica atinge o pino central lateralmente, o mesmo se
inclina. A cada mudana de velocidade de produo ou de presso a inclinao
do pino , logicamente, alterada. Desta forma, necessrio um frequente
ajuste dos parafusos da matriz, para que a espessura do balo seja sempre
uniforme. Este motivo est levando este tipo de matriz a ser cada vez menos
usado, sendo substitudo pela alimentao axial. Alm disso, quando o fluxo
dividido se reencontra deixa uma linha de solda, uma regio de menor
resistncia e, portanto, de fcil rasgamento.

10

Figura 04 Ilustrao da matriz de alimentao lateral em vista superior e corte longitudinal


Fonte: (CEFET, 2004)

Matriz de alimentao axial tipo pernas-de-aranha


Tambm chamadas de matrizes de sustentao em estrela ou cruzeta,
so muito similares s j referidas para o processo de extruso de perfis.
Tambm forma linhas de solda (nas pernas-de-aranha), mas menos visveis do
que as formadas com o tipo anterior. o tipo de matriz mais adequado ao
processamento de filmes de paredes muito finas e de preciso de espessura.
Fonte:(CEFET, 2004).

11

Figura 05 Ilustrao da matriz de alimentao axial do tipo pernas-de-aranha em vista


superior e corte longitudinal.
Fonte: (CEFET, 2004)

Matriz de alimentao axial tipo espiral


Igualmente semelhante s matrizes espirais para extruso de perfis,
indicada para operaes de alta produo. Consiste de um mandril interno com
vrios canais helicoidais com profundidade decrescente na direo da sada da
matriz. Parte do fluxo de material conduzido pelos canais (fluxo
circunferencial) e parte axial, no sentido direto da extruso. O efeito final
uma massa extremamente homognea e sem linhas de solda. (CEFET, 2004).

12

Figura 06 Ilustrao a partir da vista em corte da parede externa de uma matriz de filmes
tubulares, mostrando o mandril interno com canais em espiral.
Fonte: (CEFET, 2004)

3.4. Anel de resfriamento


O resfriamento do balo, realizado externamente, obtido pelo ar
emergente de um anel de resfriamento montado diretamente na sada da
matriz. Volume de ar, velocidade de ar, direo do fluxo de ar, tanto quanto
suas temperaturas determinam a eficcia do resfriamento. O ar no deve
somente resfriar a massa uniformemente, mas tambm suport-la, contribuindo
para a estabilidade do balo.
Para obtermos boas propriedades mecnicas, bem como espessuras
uniformes, extremamente importante que o balo tenha um resfriamento
uniforme e uma boa estabilidade. Essas caractersticas so obtidas com anel
de ar projetado com sistema adequado de labirintos, contendo equalizadores
de presso e defletores internos. Isso faz com que se tenha velocidade e
distribuio uniformes de ar, em toda a circunferncia dele. Podem ser
instalados um manmetro e um termmetro, que daro informaes valiosas
para um controle mais efetivo do sistema. Uma das condies mais
importantes na construo do anel que a sada de ar esteja num ngulo de
45 a 60 da horizontal, para que o ar toque a superfcie do filme, de maneira
que no o corte e ajude a estabiliz-lo. A abertura do anel (sada) deve estar,
normalmente, entre 10 a 20 mm de distncia da borda da matriz e deve ser
regulvel. Uma pequena abertura resulta em altas velocidades de ar e bons
13

efeitos de resfriamento. Uma grande abertura, ao contrrio, produz um grande


volume de ar, mas a velocidade , geralmente, to baixa que somente parte do
ar contribui para o resfriamento do filme. (CEFET, 2004).
Na confeco de filmes plsticos tubulares o plstico extrudado e
forma um balo vertical de seco circular cujas superfcies externa e interna
podem ser resfriadas com ar frio. O ar frio a uma temperatura controlada a
tipicamente 15 a 18 C soprado na superfcie externa do balo atravs de
uma abertura circular no chamado anel de ar. Nas extrusoras mais modernas o
ar contido no interior do balo continuamente substitudo por ar mais frio para
acelerar o processo de resfriamento do filme por meio de um tubo chamado
IBC (Internal Bubble Cooling). (EXTRUSO..., 2005).
A utilizao conjunta de resfriamento interno do balo (IBC - lntertial
Bubble Cooling) apresenta ntidas vantagens sobre o sistema convencional,
principalmente o aumento da produo. O ar ocluso dentro do balo se aquece
durante o processamento, podendo fazer com que o filme esteja mais quente
do que o esperado quando passar pelos rolos puxadores. Isto pode ocasionar
bloqueio (as duas faces do filme achatado pelos rolos aderem, grudam) e
reduo da produtividade. (CEFET, 2004).
Apesar de ainda pouco empregado no Brasil, devido ao elevado custo,
esse sistema apresenta as seguintes caractersticas:
Introduo de ar de resfriamento na rea plstica do filme;
Extrao de ar quente interno do balo.
Sensores de alta sensibilidade que regulam o fluxo volumtrico de ar,
assegurando um dimetro constante ao longo do tempo. (CEFET, 2004)

14

Figura 07 Anel de ar simples


Fonte: (CARNEVALLI, 2014).

Figura 08 Anel de ar duplo


Fonte: (CARNEVALLI, 2014)

3.5. Sistema de resfriamento


Logo aps a sada do produto da matriz, inicia-se o processo de
resfriamento, que costuma ser efetuado de duas formas diferentes: por imerso
em gua ou pelo contato com cilindros resfriados. Em princpio, a distncia
entre a matriz e o sistema de refrigerao deve ser a mnima possvel, a fim de
se evitar a contrao transversal do filme que lhe reduz a largura. Da
magnitude dessa contrao depende a quantidade de material que dever ser
15

aparada das laterais, e, portanto, a perda do processo. Por outro lado, porm,
um intervalo muito curto entre a matriz e o sistema de refrigerao poder
provocar o rasgamento do filme nos lbios da matriz, alm de prejudicar,
inevitavelmente, a qualidade tica do filme. Cada material possui sua
combinao especfica de parmetros do processo: temperatura de extruso,
velocidade de produo e distncia ao sistema de arrefecimento.
Cilindros resfriados
Neste sistema o filme quente resfriado por contato direto com cilindros
de ao mantidos baixa temperatura, geralmente em torno de 10 C. Estes
cilindros ou rolos, tambm chamados de chill-rolls, exercem uma pequena fora
de puxamento do filme, que poder ou no alterar as propriedades fsicas do
mesmo. Para otimizar as qualidades pticas do filme necessrio trabalhar
bem

prximo

das

temperaturas

mximas

recomendadas

para

cada

termoplstico. Os cilindros de refrigerao devem ser altamente polidos para


que sua superfcie espelhada no transmita imperfeies superfcie do filme,
o que prejudicaria seu brilho e sua transparncia.

Figura 09 Ilustrao de extruso de filmes planos utilizando resfriamento por rolos


refrigerados
Fonte: (CEFET, 2004)

16

Banho de imerso
O resfriamento tambm pode ser feito com a imerso do filme em um
tanque com gua circulante. Contudo, importante que a circulao de gua
no cause perturbaes passagem do filme extrudado, de forma a no
modificar sua espessura. Para materiais como o PP [polipropileno], um alto
grau de transparncia no pode ser atingido com este tipo de resfriamento,
pois no to brusco como o efetuado pelos rolos refrigerados. (CEFET,
2004).

Figu
ra 10 Ilustrao de extruso de filmes planos utilizando resfriamento por banho de imerso
Fonte: (CEFET, 2004)

3.6. Torre
Nela

so

montados

diversos

equipamentos

fundamentais

ao

processamento de filmes tubulares, como os rolos puxadores, a saia


(responsvel pelo gradual achatamento do balo), o cesto de calibragem, bem
como outros acessrios de importncia secundria. A altura da torre
determinada em funo das caractersticas do processo e da matria-prima.
Por isso, as torres modernas possuem regulagem de altura (ao contrrio das
antigas), para ampliar os tipos de matria-prima processveis. O ajuste
tambm necessrio para determinar a altura exata em que o filme est
17

quente o suficiente para no formar dobras durante o achatamento, mas frio


suficiente para no haver bloqueio. Torres muito altas tendem a provocar
dobras na direo da extruso, enquanto torres excessivamente baixas podem
contribuir para a ocorrncia de dobras transversais. (CEFET, 2004).
3.7. Estabilizadores de balo
Independentemente de um anel adequadamente projetado, uma
estabilizao adicional do filme tubular entre a linha de cristalizao e os rolos
puxadores essencial para evitar a formao de dobras no filme. Um
dispositivo presente na grande maioria das mquinas o diafragma tipo ris,
colocado logo acima da linha de cristalizao, com abertura regulvel para
tocar toda a circunferncia de bales de dimetros diferentes, de acordo com o
necessrio. Ao invs do diafragma, pode ser usado um cesto de calibragem,
que consiste de uma srie de anis paralelos com pequenos roletes que tocam
o balo, acima da ris. Alguns cestos so compostos de roletes largos, que
tangenciam a superfcie do balo.
3.8. Saia
O filme tubular deve ser resfriado uniformemente e sem dobras at os
rolos, para que seja corretamente bobinado. Para assegurar que o filme
chegue sem nenhuma dobra nos rolos puxadores, ele deve ser achatado
enquanto ainda est morno (60 a 80 C) e relativamente flexvel. Para isto, a
torre dotada de um sistema de achatamento gradual do filme. Para filme de
PEBD [polietileno de baixa densidade], a saia consiste de duas sries de
roletes metlicos horizontais, dispostos de forma cnica, em contato com o
filme. Por causa da eletricidade esttica, em mquinas para filmes de PEAD
[polietileno de alta densidade] mais aconselhvel o uso de sarrafos ao invs
dos roletes. A abertura entre os sarrafos (ou entre os roletes) permite o
resfriamento lento com o ar e possvel inserir sarrafos, em ngulo com as
saias, para auxiliar a estabilizao do balo.
No caso do PEAD [polietileno de alta densidade], por exemplo, como h
pouco risco de bloqueio, as saias podem iniciar o achatamento do filme tubular
logo aps o diafragma ris. No achatamento do filme tubular, devido a
18

geometria do sistema, as partes do balo em contato com as saias podem ter


distncias diferentes das partes que correm livres, para chegar at os rolos.
Com isso, pode haver diferentes velocidades nos diversos pontos do filme.
Para minimizar essa diferena de comprimento e o risco de o filme enrugar-se,
indicado um ngulo de cerca de 20 graus para a abertura das saias (PEAD).
Se o ngulo for muito maior que 20, isto , se as saias estiverem muito
abertas, ocorrem dobras transversais. Para ngulos menores, as dobras
tendem a aparecer no sentido de extruso do filme. (CEFET, 2004).
3.9. Rosca
a principal pea de uma extrusora, para melhor desempenho
necessrio utilizar uma rosca adequada para o tipo de polmero plstico que
ser utilizado. A rosca dividida em trs zonas.

Figura 11: Zonas da Rosca


FONTE: INNOVA, 2007

1. Zona de alimentao: zona em que a inteno apenas aquecer o


material prximo ao seu ponto de fuso e transport-lo a prxima zona
(INNOVA, 2007)
2. Zona de compresso: sua funo a de eliminar o ar entre as partculas
na medida em que so fundidas. (INNOVA, 2007)
3. Zona de Dosagem: a etapa final onde o material fundido se locomove
para a matriz. (INNOVA, 2007)

19

3.10. Temperatura
O controle de temperatura de massa de fundamental importncia, pois o
controle das temperaturas do extruder encontra-se dividido em vrias zonas.
Para que se chegue a altas temperaturas so necessrias resistncias ou
bandas aquecedoras.

Figura 12: Resistncia do tipo coleira para extrusora de plsticos


FONTE: http://www.resisten.com.br/ (Acesso em 06/04/2016)

4. Manuteno Preventiva
Segundo o site Manuteno Eficaz, A manuteno preventiva tem como
objetivo principal a preveno da ocorrncia de uma falha ou parada do
equipamento por quebra, bem como apoiar os servios de manuteno
corretiva com a utilizao de uma metodologia de trabalho peridico, ou ainda
responsvel pelo conjunto de anlises que pode interromper ou no um
processo produtivo de uma maneira planejada e programada.
Segue abaixo uma figura com os dados da manuteno preventiva de uma
extrusora de plsticos.

20

SH-001 EXTRUSORA

OL-003 EXTRUSORA

OL-002 EXTRUSORA

OL-001 EXTRUSORA

CR-002 EXTRUSORA

CR-001 EXTRUSORA

LP-003 EXTRUSORA

LP-002 EXTRUSORA

LP-001 EXTRUSORA

VERIFICAO E TESTES DA PARTE ELTRICA DOS PAINEIS

VERIFICAO DO SISTEMA HIDRULICO COM LIMPEZA DE FILTRO

TROCA DE OLEO DO FORADOR

TROCA DE OLEO DO CASCATA

TROCA DE OLEO DA EXTRUSORA

VERIFICAO DE CORREIAS DA CASCATA COM REGULAGEM

VERIFICAO DE CORREIAS DA EXTRUSORA COM REGULAGEM

LIMPEZA DAS VENTOINHAS DE RESFRIAMENTO - CANHO

LIMPEZA DOS INVERSORES COM VERIFICAO DAS VENTOINHAS

LIMPEZA DOS PAINEIS - INTERNOS

Insp. De nvel 1 (No necessita parada do equip.)


De 30 em 30 dias

De 30 em 30 dias
Insp. De nvel 1 (No necessita parada do equip.)

Insp. De nvel 1 (No necessita parada do equip.)


De 30 em30 dias

Insp. De Nvel 2 (Necessita parada do equip.)


De 30 em30 dias

Insp. De Nvel 2 (Necessita parada do equip.)


De 30 em30 dias

Insp. De Nvel 2 (Necessita parada do equip.)


De 30 em 30 dias

Insp. De nvel 1(No necessita parada do equip.)


De 30 em 30 dias

Insp. De nvel 1 (No necessita parada do equip.)


De 30 em 30 dias

Insp. De Nvel 2 (Necessita parada do equip.)


De 30 em30 dias

Insp. De Nvel 2 (Necessita parada do equip.)


De 30 em30 dias

Insp. De nvel 1 (No necessita parada do equip.)


De 30 em 30 dias

INSTRUO DE SEGURANA

EL-001 EXTRUSORA

TESTE DE RESISTNCIA

Insp. De nvel 1 (No necessita parada do equip.)


De 30 em30 dias

FREQUNCIA

EL-002 EXTRUSORA

NIVELAMENTO DA MQUINA

Insp. De Nvel 2 (Necessita parada do equip.)


De 30 em30 dias

TAREFA

RG-001 EXTRUSORA

ENGRAXAMENTO

Insp. De Nvel 2 (Necessita parada do equip.)


De 30 em 30 dias

MQUINA

RG-002 EXTRUSORA

REGULAGEM DE ROTOR DO GRANULADOR

TAG

RG-003 EXTRUSORA

Figura 13: Manuteno Preventiva da Extrusora


FONTE: Os Autores 2016

21

4.1. Manuteno da Extrusora de plsticos


Segundo um artigo da UFRGS, para efetuar um plano de manuteno da
extrusora de plsticos, foram definidos dois tipos de inspeo:

Inspees de Nvel I realizadas com o equipamento em operao;

Inspees de Nvel II realizadas com o equipamento parado e


desmontado.

As inspees de Nvel I so a grande maioria, pois evitam a parada do


equipamento. Mas uma vez por ms, feita as Inspees de Nvel II, onde o
equipamento necessita estar desmontado. Abaixo segue a figura 07 onde tm
se algumas amostras de nmeros de paradas de uma extrusora. Os
Subconjuntos so as partes da extrusora, o Intervalo de Inspeo medido em
dias, e o Procedimento em nmeros.

Figura 14: Tabela de Inspeo de uma extrusora.


FONTE: http://www.lume.ufrgs.br/ (Acesso em 06/04/2016)

4.2. Clculo MTBF, MTTR e OEE


Para se realizar o clculo do MTBF se deve ter alguns os dados
relacionados as falhas e quando ocorreu as tais. Numa situao hipottica
onde se foi monitorado um perodo de 30 dias, foi registrado 3 falhas. As falhas
22

aconteceram: 15 dias aps o comeo do monitoramento, 10 dias aps a


primeira falha e a ltima aconteceu 5 dias aps a segunda falha, ou seja, no
ltimo dia do monitoramento. A primeira falha exigiu um reparo de 3h, j as
duas outras falhas levaram 2h para serem devidamente reparadas. A partir
desses dois dados possvel realizar dois clculos relacionados a reparo e
falhas, que o MTTR e o MTBF, esses clculos so chamados de indicadores.
O MTBF tem como objetivo mostrar o tempo mdio entre as falhas de
modo a tentar prever uma prxima falha ou at mesmo analisar um perodo
atravs das falhas no tempo avaliado. A equao do MTBF se apresenta da
seguinte maneira, no caso de se estar utilizando os dados no quais foram
levantados na situao criada.
MTBF=

(15+10+5)
=10 dias
3

Essa equao apresenta o tempo mdio entre falhas, que 10 dias, ou


seja, no caso de haver uma falha bem provvel que nos prximos 10 dias
outra falha acontea. Nesse caso possvel fazer uma anlise mais detalhada
a respeito das falhas, visto que a primeira falha demorou a ocorrer e a ltima
aconteceu poucos dias depois da segunda falha. A primeira falha teve natureza
diferente das duas outras, isso pode ser observado por seu tempo diferenciado
no reparo, j as duas outras compartilham o mesmo tempo de reparo, e no
caso de ser o mesmo servio feito, ou seja, o mesmo reparo; possvel que a
terceira falha possa ter sido originada por um reparo mal feito na segunda
falha. De modo a ilustrar melhor a situao, a primeira falha pode ter sido
relacionada a rosca da extrusora, pea de extrema importncia e que no caso
de falhas deve ser reparada com maior cautela, o que leva tempo. No caso das
ltimas falhas, que levaram 2h para serem reparadas cada; pode se ter tido um
problema relacionado matriz, onde o primeiro reparo foi feito de maneira
inadequado o que acarretou uma falha precoce da matriz 5 dias depois.

Quanto ao MTTR, se busca fazer uma mdia do tempo que se leva ao


realizar um reparo, de modo a poder ter uma informao que possa responder
pergunta: No caso de falha, quanto tempo a linha deve parar? No clculo
23

do MTTR se coleta os dados relacionados ao tempo de cada reparo, e se


calcula a mdia, no caso aqui apresentado a tal equao se apresentaria da
seguinte forma:
MTTR

(3+2+2)
=2,33 h
3

Aps levantado esse indicador possvel afirmar que em mdia se leva


aproximadamente duas horas e vinte minutos para a realizao de um reparo,
respondendo quela pergunta. No caso abordado se foi identificado o tipo de
reparo que foi feito, que foi um reparo da rosca e dois na matriz; ento
possvel colocar esses dados num histrico para se assim ter uma ideia de
quanto tempo leva um reparo relacionado rosca e matriz. Num caso onde
no se tem as informaes do tipo de reparo executado o MTTR ainda se
apresenta til, visto que mesmo no sabendo qual o tipo de tarefa feita, se
possvel levantar um dado sobre o tempo mdio de reparo, at porque: houve
um.
Enfim, a utilizao desses indicadores permite ao gestor de manuteno
uma viso sobre o que est acontecendo na linha, e o que pode ser melhorado.
a partir dos indicadores que se realiza as anlises em relao as falhas de
uma linha e consequentemente se identifica os problemas relacionados a ela.
OEE
Se utilizando da mesma situao ilustrada no MTTR e MTBF, tambm se
possvel fazer o clculo do OEE. O OEE basicamente busca apresentar a
eficincia do rendimento operacional, ou seja, quanto do tempo planejado de
produo est de fato sendo produtivo. Para se realizar o clculo do OEE, tem
de se estabelecer quanto de perda est tendo em relao a trs fatores:
disponibilidade, performance e qualidade.
Julgando que nesses 30 dias tiveram um turno de 8 horas onde 5 dias
trabalharam com metade da produtividade padro, temos 240 horas
disponveis de produo, levando em conta que se leva 15 minutos para se
realizar a preparao da mquina, temos uma perda de 7,5h s com
preparao que somada com as 7h perdidas com as manutenes que
ocorreram durante esse perodo de 30 dias, ou seja, 14,5h se perderam na
24

disponibilidade. Como temos 5 dias com metade da produtividade padro,


ento ao invs de termos 40 horas produtivas, temos 20h, que acarreta uma
perda na performance. Em relao a qualidade, se tem cerca de 500 peas
perdidas com um tempo de ciclo de 20 segundos, ou seja, 3 peas por minutos;
180 por hora; 1440 por dia e 43200 a cada 30 dias, dessas 43200, 500 so
perdidas. Colocando esses dados em equaes se tem os seguintes clculos,
todas as informaes so convertidas em hora.
Disponibilidade=

de Performance =

de Qualidade=

240(7,5+ 7) 225,5
=
=0,94=94 (6 de perda)
240
240

225,5(20) 205,5
=
=0,91=91 (9 de perda)
225,5
225,5

205,5(2,08) 203,4
=
=99 (1 de perda)
205,5
205,5

Com as perdas estabelecidas, se ento permitido o clculo do OEE em


si, que se apresenta da seguinte forma:
OEE=0,94 0,91 0,99=0,846= 85
Esse clculo permite chegar concluso de que: existe 15% de perda
na eficincia do equipamento de extruso, onde apenas 85% do tempo
produtivo planejado est sendo de fato produtivo.

25

CONSIDERAES FINAIS
A

partir

do

trabalho

apresentado,

deu-se

possiblidade

da

compreenso, de extruso plstica. Processos como Moagem, Separao do


Material, Aquecimento do Material, Formao do material pela matriz,
Resfriamento do material e at como funciona a rosca. Alm do processo de
extruso, o trabalho abrangeu a parte de gesto de manuteno, focado na
mquina extrusora de plsticos. Foi-se usado os indicadores de manuteno,
aprendidos em sala de aula e aprimorados em sites e documentos.

26

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
A

Extrusora

Processo

de

http://www.tudosobreplasticos.com/processo/extrusao.asp

Extruso
(Acesso

em

06/04/16).
Ferramentas

de

Extruso

http://www.estevesgroup.com/pt/products/wire-

drawing-tools/extrusion-tools/ (Acesso em 06/04/16)


Manual

de

Extruso

http://www.innova.ind.br/upload/others/files/Manual_de_Extrusao.pdf

(Acesso

em 06/04/16)
Gesto

da

Manuteno

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/9015/000291630.pdf?..
(Acesso em 06/04/16)
Manuteno Preventiva https://manutencaoeficaz.wordpress.com/portal-doconhecimento/manutencao-preditiva/ (Acesso em 06/04/16)
Dossi

Tcnico

de

Extruso

http://sbrt.ibict.br/dossie-

tecnico/downloadsDT/NTY0NA== (Acesso em 19/04/16)


CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA. CEFET. Unidade de
Ensino Descentralizada. Curso tcnico em transformao de termoplsticos:
introduo transformao de termoplsticos. Sapucaia do Sul: CEFETRS/UNED, 2004. Material didtico.

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