Tipos de Envelhecimento

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TIPOS DE

ENVELHECIMENTO
Mdulo 8906 inserido no Curso Tcnico de
Geriatria

OBJETIVOS

Identificar as caractersticas do envelhecimento


normal, patolgico, biolgico e psicolgico.
Identificar os padres de envelhecimento.

Acompanhar o idoso nas atividades para a


promoo de um envelhecimento ativo.

CONTEDOS

Definio de envelhecimento
Teorias sobre o envelhecimento
- Teoria da morte programada
- Teoria da mutao-acumulao
- Outras teorias
Envelhecimento: autonomia, incapacidade e
dependncia

CONTEDOS

Padres de envelhecimento:
- Reorganizadores
- Focalizados
- Persistentes
- Restringidos
- Apoiados
- Apticos
- Desorganizados

CONTEDOS

Envelhecimento normal e patolgico:

Caractersticas
Envelhecimento ativo

Envelhecimento psicolgico e biolgico:

Teorias sobre o envelhecimento biolgico:


- Teoria do telmero
- Teoria do envelhecimento da mutao somtica
- Teoria do envelhecimento auto imune

CONTEDOS

Aspetos socio emocionais


- Satisfao e adaptao
- Sinais preocupantes nos idosos
- Principais transtornos afetivo-relacionais no idoso
Personalidade no envelhecimento
Ajustamento psicossocial no idoso

Atividades para a promoo de um


envelhecimento ativo

O ENVELHECIMENTO

O que o Envelhecimento ???

Irreversibilidade da substncia viva em funo do


tempo.
"Complexo de manifestao que leva a um
encurtamento da expectativa de vida com o
aumento da idade."

O ENVELHECIMENTO

O que o Envelhecimento ???

"Processo biolgico que leva limitao das


possibilidades de adaptaes do organismo e ao
aumento da probabilidade de morrer."

O ENVELHECIMENTO

O que o Envelhecimento ???

A soma de todas as alteraes biolgicas,


psicolgicas, fsicas e sociais depois de
alcanar a idade adulta e ultrapassar a idade
de desempenho mximo, leva a uma reduo
gradual das capacidades de adaptao e de
desempenho psicofsico do indivduo.

Velhice

A VELHICE
o prolongamento e trmino de um processo
representado por um conjunto de modificaes
fisiomrficas e psicolgicas ininterruptas ao do
tempo sobre as pessoas"

De forma simples poderemos distinguir ento vrias


reas de envelhecimento:

Fsico, fisiolgico ou biolgico: perda progressiva da


capacidade do corpo de regenerar;

Psicolgico, cognitivo ou emocional: transformao dos


processos sensoriais, percentuais, cognitivos e da vida
afectiva;

Social ou comportamental: alteraes anteriores, no


meio e influenciando as aptides, expectativas, motivaes,
auto-imagem, papeis sociais, personalidade e adaptao.

ALTERAES BIOLGICAS,
FISIOLGICAS OU FISICAS NO
ENVELHECIMENTO

A nvel celular

rgos dos sentidos

Peso e volume dos rgos e tecidos

Viso (acuidade visual, sensibilidade


luz intensa)

Atraso na diviso e crescimento


celular

Olhos (edema, congesto,


lacrimejamento, secura)

Nmero total de clulas

Plpebras (leses, incrustaes)

gua intracelular

ris (arco senil- anel esbranquiado


ao redor da crnea)

Tecido adiposo

Pupilas (dimenso, alterao do


reflexo fotomotor)

Sangue
Hemoglobina
Leuccitos

Cataratas (opacidades)

Pele e tegumentos

Aparelho respiratrio

Gordura subcutneo (gordura)

Estrutura anatmica

Elasticidade e hidratao

Peso e volume do pulmo - mais


rgido e menos extensvel

Glndulas sudorferas e sebceas

Nmero de alvolos

Pigmentao - Aumento das


manchas cutneas

Elasticidade, tnus, muscular da


caixa torcica

Suprimento sanguneo - cicatrizao


mais lenta

Alteraes do pulmonar

Palidez

Articulaes calcificam

Cabelo fino, quebradio, sem cor


(ausncia de melanina)

Mobilidade das costelas

Unhas espessas e quebradias

Aparelho cardiovascular
Corao e vasos

Aparelho Digestivo

ESTRUTURA ANATMICA
Peso e volume do corao

Produo de secrees gstricas

Elasticidade dos vasos

Atrofia da mucosa gstrica

Depsito nas paredes vasculares:


arteriosclerose

Atrofia do intestino grosso

Rigidez das vlvulas cardacas

Tnus muscular da parede


abdominal

Esclerose dos vasos- rede capilar

Aparecimento de varicosidades

Espessamento do musculo cardaco

Clulas das microvilosidades


Figado- peso e fluxo sanguneo
heptico

Aparelho cardiovascular
Corao e vasos

Aparelho Digestivo

CAPACIDADE FUNCIONAL
Resistncias perifricas

Dificuldade de mastigao

Presso sistolgica at aos 64 anos

Dificuldade na diluio dos


alimentos

Presso sistolgica depois dos 64


anos com diminuio do pulso e
alteraes do ritmo

Produo de cido cloridico

Dificuldade na recuperao aps o


exerccio

Peristaltismo e motilidade gstrica


hipoperistaltismo

Velocidade de circulao desequilbrio hemodinmico

Tempo de esvaziamento gstrico

Gasto cardiaco

Tempo de esvaziamento biliar


blis mais espessa e volume

Retorno venoso ao corao

Aparelho msculo-esqueltico
ENVELHECIMENTO SSEO

ENVELHECIMENTO MUSCULAR

Dimenso e atrofia do msculoesqueltico

Nmero de clulas musculares e


tecido elstico

Altura (coluna vertebral)

Massa muscular

Massa ssea ossos mais frgeis

Gradual da fora

Alteraes no equilbrio corporal,


alinhamento e marcha

Redistribuio da gordura total do


corpo

Cifose dorsal postura do trax

Tenso muscular diminuda

Flexo dos joelhos e anca

Diminuio da actividade

Tendncia de inclinar a cabea para


a frente

Aparelho msculo-esqueltico
ENVELHECIMENTO ARTICULAR
Deteriorizao/ inflamao das superfcies
articulares artrite/ artrose
Tecidos cartilaginosos afinam e tendem a
ficar amarelos desidratao
Mobilidade articular
Crescimento sseo irregular nos topos das
articulaes

SISTEMA NERVOSO
Dimenso e peso do crebro
Nmero de neurnios com maior comprimento das
dendrites
Substncia no activa amilide
Perda da funo neuronal
Lentificao generalizada dos movimentos
Tempo para processar os dados Neurotransmissores lentido dos reflexos
Memria recente
Aparecimento de tremor senil
Alterao do padro do sono

Sensibilidade

SISTEMA ENDCRINO E METABLICO


Secreo hormonal
Resposta dos tecidos s hormonas (ex. queda normal da
tolerncia glicose - diabetes)

Atrofia do timo (rgo linftico, que protege o organismos


dos microrganismos do exterior)
Reparao lenta das leses nos tecidos
Produo de anticorpos e linfcitos - maior susceptibilidade
infeco

Pigmento (lipofuccina - quanto mais pigmento, mais velha


a clula) tecido nervoso, muscular, heptico, bao,
corao, supra-renais e pncreas.

Aparelho Genitourinrio
ESTRUTURA ANATMICA
Dimenso (peso e volume) dos rins - capacidade
de concentrar urina
Nmero de nefrnios
Esclerose dos glomrulos
Dilatao dos tbulos
Tecido intersticial
Capacidade da bexiga - tnus muscular
Debilitao do esfincter urinrio
gua
[gordura]

Aparelho Genitourinrio
CAPACIDADE FUNCIONAL
Filtrado glomerular
Fluxo hemtico e plasmtico
Resitncia cascular
Volume residual
rgo Genitais
Plos pbicos
Homens

Mulheres (menopausa)

Dimenso da bolsa escrotal

Ovrios e tero

Testiculos

Vagina elasticidade e
lubrificao (secrees mais
alcalinas)

Prstata hipertrofia prosttica

Dimenso da vulva

Ereco

Secreo hormonal

Nmero e motilidade dos


espermatozides

ALTERAES PSICOLGICAS, COGNITIVAS


OU EMOCIONAIS NO ENVELHECIMENTO

Variam de indivduo para indivduo, de acordo com o


desenvolvimento e estilo de vida anterior, meio
cultural que est inserido, o nvel intelectual do
mesmo e a capacidade de estmulos do ambiente.
As alteraes psicolgicas esto intimamente ligadas
s seguintes transformaes:

Cerebrais, anatmicas e fisiolgicas do sistema nervoso e


dos rgos dos sentidos;

Funes cognitivas (inteligncia, memria, resoluo de


problemas, criatividade e capacidade de reaco perante o
estmulos, etc.);

rea Afectiva.

Inteligncia: no diminui na velhice, mas pode haver


uma reduo da capacidade de resolver problemas
novos, influenciando na capacidade de aprendizagem e
intuio.
Capacidade de resposta: falta de rapidez
espontaneidade nos processos de pensamento.

Vocabulrio, informao e expresso verbal e


no verbal: podem apresentar-se afectadas segundo o
estado mental do Idoso.

Criatividade de capacidade imaginativa: ficam


conservadas e, por vezes, potencializadas, dando
origem a florescimento individual.
Memria: conserva a memria passada, mas h
tendncia a esquecimento de momentos recentes.
Personalidade: no se altera, excepto em situaes
patolgicas.

O papel do Idoso vai alterar-se segundo determinados


aspectos, no mbito individual e no contexto da
prpria comunidade, promovendo alteraes do
comportamento social e na adaptao e integrao do
mesmo. A capacidade de adaptao e aceitao do
processo de envelhecimento e a conscincia das suas
prprias limitaes e capacidades a todo o nvel,
permitir ao Idoso estabelecer planos de vida
satisfatrios, inserido na sua comunidade.

ALTERAES SOCIAIS OU COMPORTAMENTAIS

O Idoso poder obter satisfao/ insatisfao,


adaptao/ inadaptao atravs do seu papel no seio:

Familiar (casamento, divrcio, viuvez, nascimento ou


mortes, emigrao, etc.);

Trabalho (vida activa, emprego, reforma, desemprego,


etc.);

Sociedade (famlia, emprego, amigos, viagens, passeios,


solido, isolamento, etc.),

Auto-cuidado (invalidez, dependncia, etc.)

No entanto, o Idoso dever ser capaz de apresentar um


papel singular e individual:

Indivduo nico: com opinies formadas acerca da vida e


da morte, capaz de decidir por si.

Indivduo integrante: na famlia e na comunidade, com o


seu papel no seio de cada um. O Idoso apesar de j se
encontrar numa fase posterior, manifesta mais
probabilidade de possuir e transmitir conhecimentos e de
promover ajuda comunitria.

Pessoa receptora e doadora de afecto: capaz de


superar as perdas e olhar para o futura com esperana.

PERDAS PELO ENVELHECIMENTO:

Todo o Ser Vivo nasce cresce e


morre
- Reduo das unidades
motoras, resultantes da

perda de neurnios motores alfa da medula espinhal, em


contra partida as unidades motoras remanescentes
aumentam de tamanhos.
- Reduo
gerarda
fora
em alta
velocidade na
(potncia).
O Ciclo
Vida
inicia-se
- Vrios estudos tm relacionado a reduo da fora
concepo
e suscetibilidade
termina com
a morte!
muscular
a uma maior
a quedas,
fraturas e
dependncia do idoso.
- Parte da reduo da capacidade aerbia (50%) no
idoso tem sido atribuda a sua perda de massa muscular

O ENVELHECIMENTO E AS TEORIAS

So diversas as teorias que pretendem explicar o


envelhecimento, abordando cada uma das suas
componentes:
Fsica e
Biolgica

Psicolgica

Social

Teorias Biolgicas e Genticas

TEORIA DO ACUMULO DE MUTAES

A teoria do Acmulo de Mutaes uma teoria


gentica do envelhecimento, ou seja, uma teoria
que pressupe que o envelhecimento
causado
por
uma
predeterminao
gentica, possuindo um relgio biolgico, que
dita o ritmo de envelhecimento.

Mutaes somticas somadas durante toda a


vida que ocasionam alteraes genticas e
reduzem eficcia da clula, at um determinado
nvel que a leva a morte

TEORIA DO ACUMULO DE MUTAES

Essa teoria foi proposta por Sir Peter Medawar,


em 1952

O envelhecimento seria causado pela expresso


de genes acumulados durantes milhes de anos de
evoluo.
Esses genes s comeariam a ser expressos aps o
perodo reprodutivo do individuo, explicando
porque o envelhecimento geralmente s comea a
se
manifestar
aps
esse
perodo.

TEORIA SENILIDADE PROGRAMADA E


MORTE PROGRAMADA
Os

genes

pr-determinam

velocidade

do

envelhecimento porque contm a informao sobre

quanto tempo vivero as clulas.


medida que estas morrem, os rgos comeam a

funcionar mal e com o tempo no podem manter as


funes biolgicas necessrias para que o indivduo

continue a viver.

TEORIA SENILIDADE PROGRAMADA E


MORTE PROGRAMADA
Esta teoria tem por base a Apoptose.
A Apoptose um tipo de morte celular
programada, processo necessrio para a
manuteno do desenvolvimento dos seres vivos,
pois est relacionada com a manuteno da
homeostase e com a regulao fisiolgica do
tamanho dos tecidos e tambm, quando h
estmulos patolgicos.

TEORIA SENILIDADE PROGRAMADA E


MORTE PROGRAMADA
Esta teoria tem por base a Apoptose.

Outras Teorias Biolgicas e


Genticas

TEORIA DO USO E DESGASTE


Defende que o organismo funciona como uma
mquina, cujas partes se estragam com o uso.
Esse

desgaste

provocaria

anomalias

que

parariam os seus mecanismos.


Embora desactualizada, a teoria persiste, pelo facto
de se reforar nas observaes quotidianas, como
por exemplo o exerccio da mente na velhice.

TEORIA DOS RADICAIS LIVRES


A causa do envelhecimento das clulas o
resultado das alteraes acumuladas devido s
contnuas reaces qumicas que se produzem no
seu interior. Durante estas reaces formam-se os
radicais livres, substncias txicas que danificam as

clulas e causam envelhecimento. A gravidade do dano


aumenta com a idade, at que vrias clulas no
funcionem normalmente ou se destruam e, quando isso
ocorre, o organismo morre.

TEORIA IMUNOLGICA
As transformaes imunolgicas resultantes do
envelhecimento

resultam

na

formao

de

anticorpos que atacam as clulas ss do


organismo.
O sistema imunitrio no conseguiria distinguir as
clulas

ss

existentes

substncias estranhas.

no

organismo

das

Teorias Psicossociais

TEORIA PSICOSSOCIAL DO DESENVOLVIMENTO


DA PERSONALIDADE (ERICKSON, 1950,1952)

Estdio de desenvolvimento, cada um com a

sua crise prpria, cada estdio tem um


conflito de necessidades pessoais e sociais.
Na 3 idade: a pessoa aceita naturalmente o
seu declinar ou se revolta interiormente,
vivendo amargurada e desesperada.

TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERICKSON


Considera que o desenvolvimento da personalidade
acompanha todo o ciclo de vida e que determinado
por interaces sociais.
O individuo age sobre o meio e modifica-o e viceversa.
Em cada estdio , o individuo confrontado com
uma crise, da qual resultar, no caso da resoluo
com sucesso, uma virtude.

TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERICKSON


1

Estdio Idade do beb (0-18 meses)

Crise: Confiana VS Desconfiana

Virtude: Esperana
Questo-chave: Ser o meu mundo social,
previsvel e protector?

TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERICKSON


2

Estdio Primeira Infncia (18

meses 3 anos)
Crise:

Autonomia

VS

Insegurana

vergonha
Virtude: Fora de vontade
Questo-chave: Ser que consigo fazer as

coisas sozinho?

TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERICKSON

3 Estdio Idade do Jogo (3-6 anos)

Crise: Iniciativa VS Culpa

Virtude: Tenacidade
Questo-chave: Serei bom ou mau?

TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERICKSON

4 Estdio Idade Escolar (6-12 anos)

Crise: Diligncia VS Inferioridade

Virtude: Competncia
Questo-chave:
incompetente?

Serei

competente

ou

TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERICKSON

5 Estdio Idade da Adolescncia (12-

20 anos)
Crise: Identidade VS Confuso
Virtude: Fidelidade
Questo-chave: Quem sou eu? O que vou
fazer da minha vida?

TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERICKSON

6 Estdio Jovem Adulto (20-35 anos)

Crise: Intimidade VS Isolamento

Virtude: Amor
Questo-chave: Deverei partilhar a minha
vida com algum ou deverei viver sozinho?

TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERICKSON

7 Estdio Idade Adulta/Meia-idade (35-

65 anos)
Crise: Criatividade VS Estagnao
Virtude: Considerao
Questo-chave: Produzirei algo com valor,
til para mim e tambm para os outros?

TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERICKSON

8 Estdio Terceira Idade/Idoso (>65

anos)
Crise: Integridade VS Desespero
Virtude: Sabedoria
Questo-chave: Valeu a pena viver?
( o balano do percurso de vida.)

ENVELHECIMENTO: AUTONOMIA,
INCAPACIDADE E DEPENDNCIA
A Autonomia

Diz respeito ao exerccio do autogoverno.


ser responsvel por si mesmo, ter a
liberdade de tomar decises e ter a sua
privacidade respeitada. Este conceito
tambm inclui o exerccio da liberdade
individual, da privacidade, de fazer
escolhas livremente.

ENVELHECIMENTO: AUTONOMIA,
INCAPACIDADE E DEPENDNCIA
O CONCEITO DE INDEPENDNCIA:
poder realizar o nosso autocuidado
e administrar o nosso dia-a-dia sem
ajuda.

ENVELHECIMENTO: AUTONOMIA,
INCAPACIDADE E DEPENDNCIA
O CONCEITO DE FRAGILIDADE:
A fragilidade definida como uma vulnerabilidade
que o indivduo apresenta aos desafios do prprio
ambiente. Esta condio observada em pessoas
que apresentam uma combinao de doenas ou
limitaes que reduzam a sua capacidade de se
adaptar a doenas ou situaes de risco.

ENVELHECIMENTO: AUTONOMIA,
INCAPACIDADE E DEPENDNCIA
FATORES QUE PREDISPEM A PESSOA A UMA SITUAO
DE FRAGILIDADE:

Idade elevada (+80


anos)
Solido
Mltiplas doenas
Situaes que se
manifestam de
forma obscura
Vulnerabilidade a
efeitos adversos

Vulnerabilidade a
doenas
Problemas funcionais,
cognitivos ou afetivos
Dificuldade de locomoo
Incapacidade
recentemente adquira
Quedas freqentes
Incontinncia

DOENAS QUE CONDUZEM A UMA


SITUAO DE DEPENDNCIA
Incontinncia
Imobilidade
Insuficincia cognitiva
Insuficincia Sensorial
Instabilidade postural
Insnia
Iatrogenia

A fragilidade pode levar


dependncia

DEPENDNCIA

TRADUZ-SE

POR UMA AJUDA

INDISPENSVEL PARA A REALIZAO DOS ATOS

ELEMENTARES

NO

APENAS A INCAPACIDADE QUE CRIA A

DEPENDNCIA,

MAS

INCAPACIDADE

POR

VIDA.

DA
SIM

COM

SOMATRIO

DA

NECESSIDADE.

OUTRO LADO, A DEPENDNCIA NO UM

ESTADO

PERMANENTE.

UM

PROCESSO

DINMICO CUJA EVOLUO PODE SE MODIFICAR


E AT SER PREVENIDA OU REDUZIDA SE HOUVER
UM

AMBIENTE

ASSISTNCIA

ADEQUADOS.

COMO PREVENIR A DEPENDNCIA?


Ao longo da vida construmos uma reserva
que na velhice a dependncia ser
necessria para a manuteno da sade. As
pessoas que tenham desenvolvido um estilo
de vida saudvel durante o seu processo de
desenvolvimento, possuem uma reserva
maior dos elementos necessrios a uma vida
normal na velhice.

UM ESTILO DE VIDA SAUDVEL


Atividade fsica
Alimentao
Sade bucal
Uso adequado

de medicamentos
substncias qumicas
Controle de peso
Preveno de quedas
A otimizao da capacidade mental
Vacinao
Cuidados com a pele
Dormir bem

Autonomia

outras

Padres de envelhecimento

PADRES DE ENVELHECIMENTO

Podemos afirmar que h diferentes formas de


envelhecer e de ser idoso, o que nos encaminha
para a imagem de padres de envelhecimento,
isto conjuntos de modificaes que se
podem observar associadas ao avanar da
idade

PADRES DE ENVELHECIMENTO

Reorganizadores
Focalizados
Persistentes
Restringidos
Apoiados
Apticos
Desorganizados

Envelhecimento Normal e
Patolgico

Envelhecimento Saudvel
X
Envelhecimento Patolgico

Envelhecimento Saudvel

Envelhecimento Patolgico
Incapacidade

Infncia

Adulto

Velhice

ENVELHECIMENTO FISIOLGICO
( SENESCNCIA)
Refere-se aos processos biolgicos inerentes aos
organismos e so inevitavelmente involutivos.
Provavelmente, essas transformaes sofrem
influncia do ambiente fsico e social. Entretanto,
ainda no se sabe a extenso do impacto
ambiental, principalmente devido dificuldade de
desenvolvimento de um mtodo que separasse a
frao de declnio fisiolgico inerente ao organismo
daquelas advindas dos estresses ambientais
anteriores ao envelhecimento.

O envelhecimento fisiolgico dividido em:

Envelhecimento usual: apresenta prejuzos


significativos, mas no so qualificados como
doentes;
Envelhecimento Bem Sucedido: perda
fisiolgica mnima, com preservao da funo
robusta em uma idade avanada. O processo de
envelhecimento puro, isento de danos
causados por hbitos de vida inadequados,
ambientes inapropriados e doenas.

Envelhecimento Patolgico
(Senilidade)
Refere-se ao envelhecimento na presena de traumas
e doenas que desviam a curva de capacidade para
baixo.
Diabetes mellitus por Obesidade
Osteoartrose por esforo repetitivo

DPOC por tabagismo


Hbito + Gentica = Patologia
Patologia + Envelhecimento Usual = Envelhecimento
Patolgico

Patologias mais prevalentes na pessoa idosa


Doenas que se relacionam com a idade, as quais
se associam com mais frequncia a determinada
idade (Osteoporose e Fratura de Fmur, Doena
de Parkinson, Demncia de Alzheimer, etc;)

Patologias s quais o idoso apresenta maior


suceptibilidade:

Transtornos Motores do Esfago


Catarata

Osteoartrite

Efeito da morbidade de doenas crnicas


Diabetes mellitus no controlada + 30 anos de
doena = IRC, Cegueira, Amputaes.
Hipertenso Arterial Sistmica no controlada + 30
anos de doena = ICC, IRC, AVC.
Osteoporose + Queda = Fratura de Fmur

ICC

Insuficincia coronariana

Insuficincia vascular perifrica

Estenose carotdea

Aneurisma abdominal

Bloqueio de conduo

Fibrilao atrial e arritmias ventriculares

Osso

Fratura (osteoporose)

Articulao

Osteoartrose

Msculo

Polimialgia reumtica (arterite temporal)

Disfuno de bomba

INSUFICINCIA

Disfuno perfusional

CARDIOVASCULAR

Disfuno eltrica

INSUFICINCIA
OSTEOMUSCULAR

DPOC

Pneumonia

Incontinncia urinria

Insuficincia renal

Infeco urinria

Diabetes mellitus

Hipotireoidismo

Catarata

Glaucoma

Degenerao senil

INSUFICINCIA

Surdez de conduo (rolha de cerumen)

AUDITIVA

Perda neurosensorial

INSUFICINCIA
RESPIRATRIA

INSUFICINCIA
GNITO-URINRIA

INSUFICINCIA
ENDCRINA

INSUFICINCIA
VISUAL

Autor:Prof.Edgar Nunes de Morais

Constipao intestinal, diverticulose, diarria, colelitase


Neoplasias: mama, clon, pulmo, prstata, estmago,
pele, neoplasias linfo ou mieloproliferativas,

Outras

Hipertenso arterial, hipotenso ortosttica, dislipidemia,

co-morbidades

tromboembolismo pulmonar

frequentes no
idoso

Infeces: pneumonia, infeco urinria, erisipela,


tuberculose,influenza, ...
Hiperplasia prosttica benigna, disfuno sexual
Insnia, xerodermia, lceras de presso
Hipertireoidismo e hiperparatireoidismo

Anemia, hiponatremia (SIHAD), deficincia de B12

CID (Cdigo Internacional de Doenas)


Mostra apenas um lado da questo: o da doena ou a situao que
causou a seqela, mas no apresenta outros fatores como a
capacidade do indivduo em se relacionar com seu ambiente de vida.
Classificao Internacional de Limitao, Incapacidade e Deficincia ICIDH) - 1992

HEREDIT ARIEDADE

FATORES AMBIENTAIS

ENVELHECIMENT O

DISFUNO
Doena

Conseqncia

INCAPACIDADE

DEFICINCIA
Desvantagem social

Autor: Prof Edgar Nunes de Moraes

Funcional

FUNCIONALIDADE
um termo que abrange todas as funes do
corpo, atividades e participao.

INCAPACIDADE
um termo que abrange deficincias, limitao de
atividades ou restrio na participao.

Indivduo
PESSOA
Humanizao ou Conscientizao (Para
qu?)
Conhece-te a ti mesmo
ESFORO PESSOAL

Idade cronolgica

VULNERABILIDADE
Reserva homeosttica
Liberdade Plena
Aceitao da realidade e maior
tolerncia dor

Infncia e
adolescncia

Adultez

Velhice

Envelhecimento patolgico
do organismo

Limiar de Incapacidade
Psiquismo infantil
Idade

Infncia e
adolescncia

VELHICE

Adultez

PSIQUISMO

ORGANISMO

Limiar de Incapacidade

Idade

Envelhecimento
psicolgico e biolgico

ENVELHECIMENTO

PSICOLGICO E

BIOLGICO

So vrias as teorias sobre o envelhecimento


psicolgico e biolgico:

Teoria do telmero
Teoria do envelhecimento da mutao somtica
Teoria do envelhecimento auto-imune

TEORIA DO TELMERO

A existncia de um tempo de vida finito nas clulas


eucariotas normais, e a capacidade das clulas
cancerosas em super-lo, pode depender dos
telmeros
Os telmeros so estruturas que esto localizadas na
extremidade dos cromossomos, protegendo-os de
danos como os ocorridos pela ao das nucleases
(enzimas que quebra ligaes entre os nucleotdeos),
conservando a integridade dos cromossomos.

TEORIA DO TELMERO

H vrias enzimas que garantem o


funcionamento dos telmeros, entre elas a
telomerase cuja funo repor os telmeros nas
extremidades dos cromossomos aps as divises
celulares. Essa enzima possui uma extremidade
proteica e outra de RNA com nucleotdeos
complementares aos dos telmeros, quando se
encontram a fita de nucleotdeos da enzima e do
telmero se pareiam e conforme a telomerase se
desloca sobre ele novos nucleotdeos telomricos
surgem, assim a camada protetora dos cromossomas
reposta possibilitando novas duplicaes celulares.

TEORIA DO TELMERO

Por um lado essa ao importante e


benfica para a vida j que impede o
envelhecimento precoce, mas por outro ela
pode ser muito danosa como nos casos
cancergenos em que a telomerase
reativada permitindo que as clulas
cancerosas se proliferem

TEORIA DO TELMERO

O
envelhecimento
celular
deve-se

paralisao da diviso celular e a cada


duplicao os telmeros so reduzidos e
inibem novas divises, pois h possibilidade
que no ocorra de forma normal, saudvel
devido pequena quantidade de proteo,
que so os telmeros, acarretando a
senescncia celular.

TEORIA DO ENVELHECIMENTO DA MUTAO


SOMTICA

A Teoria das Mutaes Somticas foi uma das


primeiras tentativas de compreenso do
fenmeno de envelhecimento ao nvel molecular.

TEORIA DO ENVELHECIMENTO DA MUTAO


SOMTICA

Esta Teoria caracterizada pelos seguintes


pontos:
Ocorre alterao da informao gentica;
Isto conduz reduo da eficincia da clula;
Os danos aleatrios podem tornar os
cromossomos inativos
Cromossomas de humanos idosos so mais
frgeis do que de jovens
Afeta genes da reparao de DNA e do ciclo
celular e conduz inativao gnica.

TEORIA DO ENVELHECIMENTO DA MUTAO


SOMTICA

No entanto esta teoria foi posta de parte devido ao


seu escasso suporte experimental

TEORIA IMUNOLGICA
As transformaes imunolgicas resultantes do
envelhecimento

resultam

na

formao

de

anticorpos que atacam as clulas ss do


organismo.
O sistema imunitrio no conseguiria distinguir as
clulas

ss

existentes

substncias estranhas.

no

organismo

das

Aspetos socio emocionais

SATISFAO E ADAPTAO

Como fomentar a satisfao e adaptao???

Atravs de um Envelhecimento Ativo

SATISFAO E ADAPTAO
Envelhecimento Ativo

A OMS definiu envelhecimento activo: como


o processo de optimizar as oportunidades
para a sade, participao social e segurana
de modo a aumentar a qualidade de vida
medida que as pessoas envelhecem.

SATISFAO E ADAPTAO
Envelhecimento Ativo

A palavra activo refere-se continuao


da participao em actividades sociais,
econmicas, culturais, espirituais e
cvicas e no s meramente fora fsica
ou participao no mercado de trabalho

SATISFAO E ADAPTAO
Envelhecimento Ativo

Este deve ser fomentado atravs de aces


capazes de dotar as pessoas de uma tomada
de conscincia acerca do poder e controlo que
tm sobre a sua vida, a promoo de
mecanismos adaptativos, de aceitao e de
autonomia assumem-se como uma prioridade.

SATISFAO E ADAPTAO
Envelhecimento Ativo

Os pontos essenciais desta satisfao e


adaptao so:
A manuteno da autonomia
A manuteno da independncia
A expectativa de uma vida saudvel
A promoo de qualidade de vida

SATISFAO E ADAPTAO
Envelhecimento Ativo

Como?????
Leitura regular;
Participao activa na discusso dos assuntos do
quotidiano;
Realizao de jogos que estimulam raciocnio;
Manuteno de actividades dentro e fora de casa
(passeios, visitas, voluntariado...), participao em
tarefas de grupo ou eventos de associativismo, entre
outros)

SINAIS PREOCUPANTES NOS IDOSOS


Astenia;
Perturbaes do sono;
Tristeza;
Ansiedade;
Desinteresse pessoal e social;
Depresso do humor;
Lentificao psicomotora;
Irritabilidade;
Mal humor e medo;

SINAIS PREOCUPANTES NOS IDOSOS

Lentificao do Pensamento;
Dificuldade de concentrao;
Choro imotivado;
Perda de apetite.
Demncias
Acidentes vasculares cerebrais

SINAIS PREOCUPANTES NOS IDOSOS

Estes sinais podem conduzir a vrias


perturbaes afetivas do idoso

PRINCIPAIS TRANSTORNOS AFETIVORELACIONAIS NO IDOSO

As
perturbaes
emocionais-afetivas,
essencialmente do tipo depressivo tm sido alvo
de estudos nos ltimos anos, relacionado
essencialmente com as questes socioeconmicas
de Portugal e da Europa.

PRINCIPAIS TRANSTORNOS AFETIVORELACIONAIS NO IDOSO

Depresso

Ansiedade

Stress

PRINCIPAIS TRANSTORNOS AFETIVORELACIONAIS NO IDOSO

Depresso

A depresso no idoso encontra-se definida como a


existncia de sndrome depressivo,
em indivduos com mais de 65 anos, com incio antes
ou depois dos 65 anos

Apresenta-se como um problema de sade mental mais


frequente na populao idosa, tem vindo a ser
considerada um grave problema de sade pblica, sendo
frequentemente
sub-tratada
e
sub-diagnosticada,
principalmente quando ocorre em contexto de mltiplos
problemas de sade

PRINCIPAIS TRANSTORNOS AFETIVORELACIONAIS NO IDOSO


Ao longo do processo de envelhecimento a pessoa
idosa confrontada com perdas, separaes,
isolamento, solido e por vezes marginalizao
social, contudo o humor deprimido no faz parte do
envelhecimento normal.

A depresso diminui a qualidade de vida do idoso e


pode ser responsvel pela perda de autonomia e
incapacidade, sendo portanto fundamental o
diagnstico e tratamento desta patologia.

PRINCIPAIS TRANSTORNOS AFETIVORELACIONAIS NO IDOSO


Ansiedade

A ansiedade surge de forma mais significativa no


incio da idade adulta, contudo reala que os
sintomas podem persistir na idade adulta ou na
velhice.

Os sintomas na ansiedade nos idosos so


frequentes e que geralmente vm associados
presena de depresso e/ou demncia e a
psicoses de inicio tardio

PRINCIPAIS TRANSTORNOS AFETIVORELACIONAIS NO IDOSO

Stress

Quando abordamos este transtorno na pessoa idosa


verifica-se que este grupo etrio experiencia uma carga
desproporcionada de stresse perante episdios de
mudana, tais como a reforma, o incio de uma doena
fsica ou a morte de um cnjuge

Os mecanismos de adaptao so respeitantes


a esforos cognitivos e comportamentais com o
objetivo de dominar, reduzir ou tolerar as
condies geradas por uma situao de stresse

Personalidade no envelhecimento

PERSONALIDADE NO ENVELHECIMENTO

O QUE A PERSONALIDADE ???

Este termo exprime a totalidade de um ser, tal


como aparece aos outros e a si prprio, na sua
unidade, na sua singularidade e na sua
continuidade. Cada um possui uma personalidade,
que resulta, ao mesmo tempo, do seu
temperamento, da sua constituio e das mltiplas
marcas deixadas pela sua histria individual.
(Dicionrio de Psicologia, 1987) Kaplan et al.

PERSONALIDADE NO ENVELHECIMENTO

A personalidade definida como a totalidade de


traos emocionais e comportamentais que
caracterizam o indivduo nas situaes de
vida do dia-a-dia, sob condies normais,
sendo relativamente estvel e previsvel.

PERSONALIDADE NO ENVELHECIMENTO:
TIPOLOGIAS

A PERSONALIDADE SOFRE MODIFICAES AO LONGO DO


PROCESSO DE ENVELHECIMENTO?

Estudos de Havighurst, Neugarten & Tobin (1968): primeiros


dados sobre a personalidade nos idosos. Estes autores
descobriram 4 grandes tipos de personalidade presentes em
indivduos entre os 50 e os 90 anos.
Integrado:

pessoas apresentando um bom funcionamento


psicolgico geral, com uma vida cheia, interesses variados,
com as suas competncias cognitivas intactas e retirando um
elevado nvel de satisfao dos papis desempenhados;
Defensivo-combativo:

pessoas orientadas para a realizao,


lutadoras e controladas, experimentando nveis de satisfao
entre o moderado e o elevado;

A PERSONALIDADE SOFRE MODIFICAES AO LONGO DO


PROCESSO DE ENVELHECIMENTO?

Passivo-dependente: dependendo do tipo de funcionamento


ao longo da vida, assim estas pessoas apresentam na velhice
uma orientao passiva ou dependente, mostrando graus de
satisfao muito variados;
Desintegrado: pessoas com lacunas no funcionamento
psicolgico, pouca actividade, controlo pobre de emoes e
deteriorao dos processos cognitivos, com baixa satisfao de
vida.
Para estes autores, as pessoas diferem muito na forma como
vivem os ltimos anos das suas vidas, acabando a sua
personalidade por ser influenciada e modelada por factores em
linha com aquilo que sempre foram as reaces e os
comportamentos ao longo da vida.

Ajustamentos Psicossociais da
Velhice

AJUSTAMENTOS PSICOSSOCIAIS DA VELHICE

Envelhecer bem requer ajustamento pessoal e


social, que pode ser comprometido por condies
deficitrias de sade e educao ao longo do
curso de vida.

Para Silva e Varela (1999), adaptao significa


maximizar
as
possibilidades
individuais
reorganizando a vida frente s limitaes
percebidas, ajustando-se s diversas situaes
individualmente ou com a ajuda de outros.

Antonucci (2001), o suporte social ajuda os


indivduos a enfrentar e se recuperar das
exigncias da vida. Segundo a autora, pessoas com
amplas redes sociais tm mais ajuda nos tempos de
doenas e as pessoas que percebem mais suporte
enfrentam melhor as doenas, o stress e outras
experincias difceis da vida

Para este ajustamento ser bem sucedido


muito contribui:
A autoaceitao significa uma atitude positiva do
indivduo em relao a si prprio e ao seu passado;
significa reconhecer e aceitar suas caractersticas
positivas e negativas. O sentimento de aceitao
gera estima, confiana e segurana em si e nos
outros (Ryff, 1989).

Ter relaes positivas diz respeito a manter com os


outros uma relao de qualidade, uma relao calorosa,
satisfatria e verdadeira; preocupar-se com o bem-estar
do outro e ser capaz de manter relaes afectuosas e
agradveis, sejam elas familiares, de intimidade ou de
amizade (Ryff, 1989).
Relaes
sociais
significativas
permitem
o
desenvolvimento da auto estima, do sentido s
experincias e podem oferecer apoio, importantes
elementos no processo de adaptao, principalmente em
momentos de transio da vida adulta.

A autonomia implica em ser auto determinado e


independente, mesmo que a pessoa necessite de apoio para
operacionalizar as suas escolhas e, s vezes, at para o
exerccio de actividades de vida diria. Implica tomar
decises de acordo com o que acredita ser melhor, dentro
de seus prprios padres, e em no ser influenciado por
presses sociais para pensar e agir (Ryff, 1989).

Domnio sobre o ambiente significa ter competncia para lidar


com o ambiente, usufruir das oportunidades que surgem ao redor,
apresentar habilidades para escolher ou criar contextos adequados s
suas necessidades e valores, eliminar barreiras e fazer adaptaes
pessoais ou no ambiente, quando necessrias.
preciso que seja compatvel com as capacidades fsicas e com as
competncias comportamentais das pessoas para permitir melhor
adaptao.

Ter propsito de vida significa ter metas na vida e um


senso de direco; a pessoa percebe que h sentido na sua
vida presente e passada; tem crenas que do propsito
vida; acredita que a vida significativa e, a despeito de todos
os obstculos, tem motivao para continuar vivendo (Ryff,
1989).

Segundo Ryff (1989), pessoas ajustadas tm alto senso


de desenvolvimento e crescimento contnuo; esto
abertas a novas experincias; reconhecem seu potencial de
realizao, e suas mudanas reflectem autoconhecimento e
auto-eficcia.
Quanto mais desenvolvidos os mecanismos de
ajustamento psicolgico, maior a possibilidade de
adaptao, presumivelmente sem grande declnio na
qualidade de vida do idoso.

Indivduos bem-ajustados tm mais habilidade para


adaptar-se s exigncias sociais e emocionais da vida
quotidiana (Bauer & McAdams, 2004). Mesmo na
presena de perdas, que podem ser reduzidas ou
ampliadas de acordo com as condies da pessoa, o ser
humano sempre aspirou a viver longamente, com
autonomia e com boa sade, tendo uma boa velhice.

A velhice bem sucedida um conjunto de recursos


necessrios pessoa para enfrentar eventos
stressantes, envolvendo habilidades e capacidade para
solucionar problemas, bem como a capacidade social.

Atividades para a
promoo de um
envelhecimento ativo

ATIVIDADES PARA A PROMOO DE UM


ENVELHECIMENTO ATIVO 12 IDEIAS

Seja um
empreendedor
e/ou continue a
trabalhar.
Seja av/av e
anime a sua
famlia.

Vigie a sua
sade fsica e
mental e
exercite-se.

Descubra a
informtica e
utilize a
internet.

Viaje, passeie e
conviva.

Seja um artista
e frequente
actividades
culturais.

ATIVIDADES PARA A PROMOO DE UM


ENVELHECIMENTO ATIVO 12 IDEIAS

Namore.

Seja um cidado
activo e
voluntrio.

Promova a
gastronomia
nacional e
regional.

Pratique a
jardinagem ou a
agricultura
autosustentvel.

Desenvolva-se
pessoalmente e
preocupe-se com
a sua imagem.

Estude e
aprenda

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