Agenda 21 Cachoeiras de Macacu PDF
Agenda 21 Cachoeiras de Macacu PDF
Agenda 21 Cachoeiras de Macacu PDF
de Macacu
AGENDA 21 COMPERJ
Grupo Gestor:
Petrobras
Ministrio do Meio
Ambiente
Secretaria de Estado do
Ambiente (RJ)
Equipe:
Coordenao Geral:
Coordenao Tcnica:
Patricia Kranz
Redao:
Arilda Teixeira
Janete Abraho
Ktia Valria Pereira Gonzaga
Patricia Kranz
Thiago Ferreira de Albuquerque
Pesquisa:
Reviso de Contedo:
Ruth Saldanha
Reviso:
Leitura Crtica:
Cludia Pfeiffer
Edio de Texto:
Colaborao:
Colaborao:
Leandro Quinto
Paulo Brahim
Roberto Rocco
Seleo e Tratamento de
Imagens:
Fotos:
Impresso:
Pancrom
Terceiro Setor
Segundo Setor
Carlos Antonio da Roza Anselm Sociedade Musical e
Recreativa Dez de Outubro
Cintia Vidal Associao Comercial e Empresarial de
Cachoeiras de Macacu (Acecam)
Izolda Martins Viriato Cooperativa Regional de
Piscicultores e Ranicultores do Vale de Macacu e
Adjacncias (Coopercrama)
Maria Ins Tostes de Siqueira Pousada Boa Vista
Jocimar Coelho de Lima gua Mineral Cascata
Raquel Alves Pereira Art Saunas
Comunidade
Adelino das Dores Associao de Moradores e Amigos
do Setenta
Antnio Caetano de Oliveira Gatto Associao de
Moradores de Agro-Brasil
Wellington de A. Nogueira Lyra Companhia Artstica
Em Ns
Jadir Silas Gomes Associao de Moradores do
Ganguri de Baixo
Josiane Silva Conceio Projeto Arte na Praa
Marconis Trajano de Jesus Associao de Moradores e
Amigos So Francisco de Assis
Mrio Jardson Palma da Silva Condomnio Blue Sky
Rafael Miranda
Prefeito de Cachoeiras de Macacu
Em 2003, a partir de uma iniciativa da Reser va Ecolgica de Guapiau-Regua, uma ONG local, teve
incio a discusso sobre a Agenda 21. A duras penas, a biloga Eleonora Camargo organizou um grupo
e comeou a divulgar esse tema no municpio por meio de palestras e eventos. Em seguida, a ONG encaminhou um projeto ao Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) para a elaborao da Agenda 21 Local
de Cachoeiras de Macacu. O projeto foi executado mediante parceria entre a instituio e a prefeitura
municipal, contando com a participao de inmeras pessoas. A publicao desse trabalho tinha carter
informativo e detalhou o processo participativo que envolveu a comunidade local at dezembro de 2007.
No entanto, quando esse material foi finalizado, houve uma expectativa sobre a instalao do Complexo Petroqumico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Teve incio, ento, uma nova e difcil tarefa:
a reelaborao do Plano Local de Desenvolvimento Sustentvel uma nova forma de trabalho, novas
metodologias, novos caminhos... Tudo novo sobre tudo o que j havia sido realizado. Porm, com a necessidade de novos olhares e muitas dvidas.
Uma grande confuso, que aos poucos foi se dissolvendo com a colaborao dos facilitadores contratados
para essa etapa. O desafio era igual para todos. A experincia que adquirimos nos fazia entender que
todo esse processo comeava a fazer sentido. Conquistamos novas pessoas e repensamos vrias propostas. Unimos um grupo incansvel na luta por finalizar de forma honesta e leal cada uma das tarefas
que nos eram encaminhadas.
Este documento contou com a verdadeira participao de cada um dos membros do grupo, que trabalhou
em feriados e finais de semana para conclu-lo da melhor maneira.
Hoje, no papel de coordenao provisria do Frum da Agenda 21 de Cachoeiras de Macacu, sabemos que fomos apenas rochas brutas de um forte alicerce para a construo de um futuro sustentvel
para nosso municpio. O trabalho s comeou! Estamos juntos e firmes nesse ideal! E convidamos cada
cidado cachoeirense a participar deste processo interminvel em busca de um mundo melhor para as
futuras geraes.
Sumrio
DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL E A AGENDA 21
A Agenda 21 Local
A Agenda 21 no Brasil
13
14
15
O COMPERJ
Agendas 21 Locais na Regio
Premissas
Organizao da Sociedade
Metodologia
Desafios e Lies Aprendidas
16
16
17
17
18
22
25
26
27
30
30
31
34
ORDEM AMBIENTAL
Recursos Naturais
Recursos Hdricos
Biodiversidade
Mudanas Climticas
37
38
44
48
51
ORDEM FSICA
Habitao
Saneamento
Mobilidade e Transporte
Segurana
55
56
60
64
67
ORDEM SOCIAL
Educao
Educao Ambiental
Cultura
Sade
Grupos Principais
Padres de Consumo
Esporte e Lazer
71
72
76
79
82
85
91
93
ORDEM ECONMICA
Gerao de Trabalho, Renda e Incluso Social
Agricultura
Indstria e Comrcio
Turismo
Gerao de Resduos
97
98
105
110
112
114
MEIOS DE IMPLEMENTAO
Cincia e Tecnologia
Recursos Financeiros
Mobilizao e Comunicao
Gesto Ambiental
119
120
122
127
129
132
132
134
GLOSSRIO (SIGLAS)
PARTICIPANTES
CRDITOS TCNICOS E INSTITUCIONAIS
137
141
147
DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL
E A AGENDA 21
A sustentabilidade no tem a ver apenas com a biologia,
a economia e a ecologia, tem a ver com a relao que
mantemos com ns mesmos, com os outros e com a natureza.
(Moacir Gadotti)
A vida depende essencialmente do que a Terra oferece gua, ar, terra,
minerais, plantas e animais. Todavia, h algumas dcadas, esses recursos
naturais vm dando sinais de esgotamento ou de degradao, principalmente
em funo do consumo dos seres humanos, que esto se apropriando de cerca
de 20% da produo mundial de matria orgnica. Como um planeta com
recursos em grande parte finitos pode abrigar e prover a crescente populao
de seres humanos e as demais espcies que nele vivem?
Evidncias cientficas sobre os crescentes problemas ambientais levaram
a Organizao das Naes Unidas (ONU) a reunir 113 pases, em 1972, no
primeiro grande evento internacional sobre o meio ambiente a Conferncia das Naes Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano,
conhecida como Conferncia de Estocolmo. Uma das concluses do encontro
foi que era preciso rever a prpria noo de desenvolvimento. Para tanto, foi
criada a Comisso Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento, que, em
1987, publicou o relatrio Nosso Futuro Comum, no qual foi consagrado o
conceito de desenvolvimento sustentvel.
A Comisso declarou que a economia global, para atender s necessidades
e interesses legtimos das pessoas, deve crescer de acordo com os limites
naturais do planeta e lanou o conceito de sustentabilidade. A humanidade
tem a capacidade de tornar o desenvolvimento sustentvel de assegurar
que ele atenda s necessidades do presente sem comprometer a habilidade das
futuras geraes de satisfazer suas prprias necessidades.
Em busca desse novo modelo de desenvolvimento, em 1992 a ONU convocou
a Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento,
realizada no Rio de Janeiro e que ficou conhecida como Rio-92. Tratou-se, na
poca, do maior evento voltado para o meio ambiente at ento realizado pela
ONU, contando com a representao de 179 naes e seus principais dirigentes.
Um dos principais resultados da Rio-92 foi o documento do Programa Agenda
21, que aponta o desenvolvimento sustentvel como o caminho para reverter
tanto a pobreza quanto a destruio do meio ambiente. O documento lista as
aes necessrias para deter, ou pelo menos reduzir, a degradao da terra,
do ar e da gua e preservar as f lorestas e a diversidade das espcies de vida.
Trata da pobreza e do consumo excessivo, ataca as desigualdades e alerta
13
A Agenda 21 est
sendo construda por
ns e concreta
A Agenda 21 local
Mais de dois teros das declaraes da Agenda 21 adotadas pelos governos
nacionais participantes da Rio-92 no podem ser cumpridos sem a cooperao
e o compromisso dos governos locais. Em todo o documento h uma forte
nfase na ao local e na administrao descentralizada.
Mais precisamente, a ideia da elaborao das Agendas 21 Locais vem do
captulo 28 da Agenda 21, o qual afirma que no nvel local que as aes
ocorrem concretamente e, assim, as comunidades que usam os recursos naturais para sua sobrevivncia que podem ser mais eficientemente mobilizadas
para proteg-los.
A Agenda 21 Local um processo de elaborao de polticas pblicas voltadas para o desenvolvimento sustentvel e de sua implementao por meio da
formao de parcerias entre autoridades locais e outros setores, orientando-os
rumo ao futuro desejado.
O processo de construo de Agendas 21 Locais se inicia com um levantamento
dos problemas, preocupaes e potencialidades de cada territrio, seguido
da elaborao de um plano local de desenvolvimento sustentvel, de forma
consensual e com ampla participao de todos os setores da sociedade.
A construo das Agendas 21 Locais se d por meio dos Fruns de Agenda 21,
espaos de dilogo onde representantes de diversos setores da sociedade se
renem regularmente para acompanhar a construo das Agendas 21 Locais
e a viabilizao dos Planos Locais de Desenvolvimento Sustentvel.
A construo de Agendas 21 Locais um processo contnuo e no um nico
acontecimento, documento ou atividade. No existe uma lista de tarefas a
executar, mas uma metodologia que envolve uma srie de atividades, ferramentas e abordagens que podem ser escolhidas de acordo com as circunstncias e prioridades locais, e que devero ser constantemente trabalhadas
e atualizadas.
14
A Agenda 21 no Brasil
O processo de elaborao da Agenda 21 brasileira se deu entre 1996 e 2002,
e foi coordenado pela Comisso de Polticas de Desenvolvimento Sustentvel
(CPDS). Durante esse perodo, cerca de 40 mil pessoas em todo o Pas foram
ouvidas, em um processo que valorizava a participao cidad e democrtica.
No ano seguinte ao trmino da sua elaborao, a Agenda 21 brasileira foi
alocada como parte integrante do Plano Plurianual (PPA) do governo federal o que lhe proporcionou maior fora poltica e institucional e deu-se
incio fase de implementao.
A Agenda 21 brasileira cita quatro dimenses bsicas no processo de construo do desenvolvimento sustentvel:
tica demanda que se reconhea que o que est em jogo a vida no planeta
e a prpria espcie humana;
Temporal determina a necessidade de planejamento a longo prazo, rompendo
com a lgica imediatista;
Social expressa o consenso de que o desenvolvimento sustentvel s poder
ser alcanado por uma sociedade democrtica e mais igualitria;
Prtica reconhece que a sustentabilidade s ser conquistada por meio da
mudana de hbitos de consumo e de comportamentos.
Assim como nos demais pases, a Agenda 21 brasileira no pode ser cumprida
sem a cooperao e o compromisso dos governos locais.
15
O COMPERJ
O Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos principais
empreendimentos da Petrobras no setor petroqumico, est sendo construdo
no municpio de Itabora, no Estado do Rio de Janeiro.
Quando entrar em operao, o complexo agregar valor ao petrleo nacional e
reduzir a necessidade de importao de derivados e produtos petroqumicos.
Alm disso, atrair novos investimentos e estimular a criao de empregos
diretos, indiretos e por efeito renda, modificando o perfil socioeconmico
da regio do leste f luminense.
Para mais informaes sobre o Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro,
acesse o site www.comperj.com.br
16
O objetivo do projeto criar e fomentar processos de Agenda 21 Locais, contribuindo para o desenvolvimento sustentvel em toda a regio e melhorando
a qualidade de vida de seus habitantes, hoje e no futuro.
O projeto Agenda 21 Comperj foi realizado simultaneamente em todos os
municpios participantes, com exceo do Rio de Janeiro. Este municpio
se encontra na fase de Consolidao Municipal (ver Metodologia), devido
complexidade local e aos planos de preparao para a Copa do Mundo de
2014 e as Olimpadas de 2016, ainda em elaborao.
A descrio e os documentos gerados em cada etapa podem ser encontrados
no site www.agenda21comperj.com.br.
Com o lanamento das Agendas e a implementao dos Fruns Locais em cada
municpio, o projeto encerrado, e os Fruns passam a ser acompanhados pelo
Programa Petrobras Agenda 21 e a se relacionar diretamente com o Comperj.
Uma vez finalizadas, as Agendas 21 passam a ser uma referncia para a
implantao de polticas pblicas e aes compensatrias e de responsabilidade socioambiental de empresas que devero se instalar na regio.
Premissas
O projeto Agenda 21 Comperj adota as premissas de construo de Agenda
21 preconizadas pelo Ministrio do Meio Ambiente (MMA):
Abordagem multissetorial e sistmica, que envolve as dimenses econmica, social e ambiental;
Sustentabilidade progressiva e ampliada, ou seja, construo de consensos
e parcerias a partir da realidade atual para o futuro desejado;
Planejamento estratgico participativo: a Agenda 21 no pode ser um
documento de governo, mas um projeto de toda a sociedade;
Envolvimento constante dos atores no estabelecimento de parcerias, aberto
participao e ao engajamento de pessoas, instituies e organizaes
da sociedade;
Processo to importante quanto o produto;
Consensos para superao de entraves do atual processo de desenvolvimento.
Organizao da sociedade
O projeto Agenda 21 Comperj substituiu a diviso paritria da malha social
entre governo e sociedade civil, comumente adotada, pela diviso em quatro
setores pblico, privado, sociedade civil organizada e a comunidade no
17
Com planejamento
participativo e integrao
social possvel
produzir e preservar
ao mesmo tempo
SETORES
REPRESENTAO
Primeiro
Segundo
Terceiro
Comunidade
Metodologia
A metodologia do Projeto Agenda 21 Comperj constituda de cinco etapas:
1) Mobilizao da Sociedade;
2) Construo Coletiva;
3) Consolidao Municipal;
4) Formalizao dos Fruns Locais;
5) Finalizao das Agendas.
A descrio resumida dessas etapas e dos produtos delas resultantes se encontra nas tabelas das pginas seguintes e de forma mais detalhada no site
www.agenda21comperj.com.br.
Para executar as quatro primeiras fases, foram contratadas, por meio de
licitao, quatro Organizaes No Governamentais Instituto Ipanema,
Instituto de Estudos da Religio - Iser, Rodaviva e Associao de Servios
Ambientais - ASA , encarregadas da mobilizao dos setores sociais e da
facilitao de oficinas.
Para o acompanhamento da fase de Finalizao das Agendas, incluindo redao, diagramao, impresso e eventos de lanamento, foram contratados
consultores especializados.
Como resultado deste processo, as diferentes demandas da sociedade foram identificadas e sistematizadas em um mapeamento detalhado do cenrio local, contemplando anseios, propostas e vises dos quatro setores dos municpios abrangidos.
Com a sociedade local representada nos Fruns de maneira paritria e com
um objetivo comum, foi possvel construir os Planos Locais de Desenvolvimento Sustentvel.
18
ATIVIDADES
RESULTADOS/PRODUTOS
Mobilizao da
Sociedade
Caravana Comperj, em
cada municpio, para:
Na regio:
Apresentar o Comperj, o
projeto de Agenda 21 e as
demais aes planejadas para
a regio;
Identificar lideranas e
atores estratgicos locais;
Sensibilizar e mobilizar os
setores;
Envolver a comunidade no
processo;
Divulgar o calendrio
de eventos relacionados
Agenda 21.
Construo Coletiva
Janeiro a Setembro de
2008
RESPONSABILIDADES
15 Caravanas Comperj
realizadas;
1.589 representantes
do poder pblico, 900
da iniciativa privada,
850 do Terceiro Setor e
5.038 muncipes em geral,
movimentos populares e
associaes de moradores
mobilizados para a fase
seguinte do processo;
MMA/SEA/
Petrobras
(Grupo
Gestor)
Coordenao e
responsabilidade
operacional
MMA/SEA/
Petrobras
(Grupo
Gestor)
Coordenao
estratgica
Fundao
Jos Pelcio
(UFRJ)
Coordenao
executiva
ONGs
Ipanema, Iser,
Roda Viva,
ASA
Responsabilidade
operacional
Frum
Regional
Agenda 21
Comperj
Monitoramento
1 Os Vetores Qualitativos foram elaborados a partir da metodologia do Instituto Ethos para a construo do desenvolvimento
sustentvel em empresas. Esta ferramenta defi niu uma escala que possibilitou a identifi cao do estgio no qual o municpio
se encontrava em relao a cada um dos 40 captulos da Agenda 21, ajudando os participantes a relacion-los com a realidade
local e planejar aonde gostariam de chegar.
19
ETAPAS
ATIVIDADES
Planos de ao municipais
elaborados;
Identificar a vocao e
construir uma viso de futuro
para o municpio com base
na realidade local, bem como
oportunidades e demandas
decorrentes da implantao
do Comperj;
Elaborar um plano de
ao com base nos temas
estruturantes de planejamento;
Elaborar o detalhamento
preliminar de propostas para
viabilizar o plano de ao.
RESPONSABILIDADES
Na regio:
Integrar os setores,
orientando-os para
um objetivo comum: o
desenvolvimento sustentvel
do municpio;
20
RESULTADOS/PRODUTOS
MMA/SEA/
Petrobras
(Grupo
Gestor)
Coordenao
estratgica e
executiva
Ipanema, Iser,
Roda Viva,
ASA
Responsabilidade
operacional e
metodolgica
Consultoria
ILTC2
ETAPAS
ATIVIDADES
RESULTADOS/PRODUTOS
Formalizao dos
Fruns Locais
Na regio:
RESPONSABILIDADES
Aprimorar a vocao e a
viso de futuro municipal;
MMA/SEA/
Petrobras
(Grupo
Gestor)
Coordenao
estratgica e
executiva
Ipanema, Iser,
Roda Viva,
ASA
Responsabilidade
operacional e
metodolgica
MMA/SEA/
Petrobras
(Grupo
Gestor)
Coordenao
estratgica e
executiva
Consultores
contratados
Responsabilidade
tcnica e
operacional
Consultoria e servios
para:
Na regio:
28 oficinas e diversos
encontros e reunies locais e
regionais realizados;
21
22
Estamos construindo
um projeto eficiente para
agregar a sociedade na
manuteno do nosso planeta,
comeando pelas escolas,
cidades e municpios, visando
ao desenvolvimento
sustentvel
23
24
O MUNICPIO DE CACHOEIRAS
DE MACACU
rea total: 956,8 km
Populao: 54.370 habitantes (IBGE 2010)
Economia: Servios e indstria
PIB: R$ 779.077 milhes (IBGE 2008)
Participao no PIB estadual: 0,22% (Ceperj 2007)
Cachoeiras de Macacu dividida em trs distritos: Cachoeiras de Macacu (sede), Japuba e Subaio.
25
Um pouco da histria de
Cachoeiras de Macacu
Os primeiros registros de povoamento da regio onde se localiza o municpio
datam da segunda metade do sculo 16, aps a expulso dos franceses da
Baa de Guanabara. Exploradores aventureiros facilmente adentraram pelo
caudaloso Rio Macacu e se instalaram em suas margens.
A freguesia de Santo Antnio de Caceribu foi criada em 1647, em torno de um
pequeno ncleo agrcola. Dois anos depois, frades franciscanos se instalaram
na regio e fundaram o Convento de So Boa Ventura de Macacu, hoje em
runas. Em 1697, a freguesia foi elevada categoria de vila, passando a se
chamar Santo Antnio de S.
Antiga estao da Estrada de Ferro da
Leopoldina em Cachoeiras de Macacu
26
No final da dcada de 1950, Cachoeiras de Macacu tinha um comrcio prspero e uma intensa vida cultural, com clubes e cinemas.
No incio da dcada de 1970, entretanto, devido erradicao do eixo ferrovirio, o municpio estava mergulhado numa atmosfera de desolao e
incertezas famlias migravam para outras cidades, o comrcio sofria impacto negativo, a escola do Senai foi fechada, e a vida cultural se estagnou. A
cidade passou por vrias crises, e at monumentos histricos foram demolidos.
No final dos anos 1970 e incio da dcada de 1980, a populao do Terceiro
Distrito vivia uma intensa transformao, com a ocupao de fazendas pelos
trabalhadores rurais, que, aps muita represso e prises, finalmente foram
assentados. A cidade se tornou um importante produtor de alimentos para o
abastecimento da cidade do Rio de Janeiro.
Nos anos 1990, a falta de incentivos pequena produo rural e a erradicao de algumas atividades, como a cultura da banana, aumentaram o xodo
rural. H no municpio um relativo vazio demogrfico na zona rural, e a rea
urbanizada atinge menos de 10% do territrio municipal.
O processo de construo
da Agenda 21 Local
A Reserva Ecolgica do Guapiau (Regua) iniciou o processo da Agenda 21
Local no municpio em 2003, com apoio do Fundo Nacional de Meio Ambiente
(FNMA). O trabalho foi desenvolvido por meio da aplicao de questionrios,
realizao de oficinas, criao de um Frum e publicao da Agenda 21 Local
de Cachoeiras de Macacu em 2008.
Entre maro e julho de 2007, a Caravana Comperj da Petrobras visitou os
municpios para divulgar o empreendimento e as aes de relacionamento
propostas para a regio, convidando lideranas a participar do processo de
construo da Agenda 21 Local.
Na ocasio, os representantes do Frum de Cachoeiras de Macacu se mostraram receosos de que o trabalho no considerasse o processo j desenvolvido
no municpio.
Em 25 de setembro de 2007, em reunio em Itabora, com a presena de cerca
de 2.700 pessoas dos 14 municpios do entorno do Complexo Petroqumico
do Rio de Janeiro, foi escolhido um representante de cada segmento social
27
Reunio de representantes de
comunidades
28
Nesta oficina, os representantes do Frum de Cachoeiras de Macacu consideraram prioritrios a reviso do regimento interno e o estudo da elaborao
do projeto de lei para o reconhecimento do Frum da Agenda 21 Local e
avaliaram a importncia de desenvolver estratgias para viabilizar o acesso
da populao s informaes.
Em novembro de 2009, foram contratados quatro consultores para desenvolver
e implementar uma metodologia de fortalecimento dos Fruns e trabalhar na
elaborao das Agendas.
Em 2010, aps uma anlise dos resultados alcanados, iniciou-se uma nova
rodada de oficinas para aprimorar o trabalho. Aps a reviso dos resultados
alcanados, foram promovidas quatro oficinas com o Frum para fazer as
modificaes necessrias e prover um acompanhamento mais constante a
fim de ajudar na elaborao de aes de comunicao e encaminhamento
de projetos. Durante todo o perodo, o Frum de Cachoeiras de Macacu se
manteve mobilizado a contento.
Em 19 de maro, 1o de outubro, 3 de dezembro de 2010 e 18 de abril de 2011,
foram realizadas reunies com todos os coordenadores para promover a troca
de experincias e fomentar aes regionais estratgicas.
O Frum de Cachoeiras de Macacu se destacou pelo conhecimento acerca do
municpio e da Agenda 21 e pela dedicao ao trabalho. O grupo desenvolveu
parcerias e diversas iniciativas, como o Abrao ao Rio Macacu, na Semana
do Meio Ambiente.
29
TEMAS
CAPTULOS DA AGENDA 21
GLOBAL
ORDEM
AMBIENTAL
Recursos Naturais
Recursos Hdricos
17 e 18
Biodiversidade
15
Mudanas Climticas
9, 15 e 18
Habitao
Saneamento
18 e 21
Mobilidade e Transporte
Segurana
Educao, Educao
Ambiental e Cultura
36
Grupos Principais
Sade
Esporte e Lazer
Padres de Consumo
Agricultura
3, 14, 32
Indstria e Comrcio
3, 30
Turismo
3, 36
Gerao de Resduos
19, 20, 22
Cincia e Tecnologia
31, 35
Recursos Financeiros
2, 33, 34, 37
Comunicao e Mobilizao
8, 40
Gesto Ambiental
1, 8, 28, 38, 39 40
ORDEM FSICA
ORDEM SOCIAL
ORDEM
ECONMICA
MEIOS DE
IMPLEMENTAO
30
Logo aps um breve diagnstico da situao em que se encontra o municpio, esto listadas as propostas e seus respectivos nveis de prioridade (alta
- , mdia ou baixa - ). As propostas renem um conjunto de aes,
elaboradas para solucionar as preocupaes elencadas, e de estratgias que
promovam o melhor aproveitamento das potencialidades identificadas.
As aes esto subdivididas em LINHAS DE ATUAO. Dessa forma, possvel identificar todas as aes de uma agenda, segundo a atividade demandada
para sua execuo, independentemente do tema.
Ao final de cada TEMA encontram-se reunidos os possveis parceiros e as
possveis fontes de financiamento elencadas para as propostas de seus temas.
No site www.agenda21cachoeirasdemacacu.com.br est disponvel a Ficha de
Detalhamento de cada proposta, com a lista dos possveis parceiros para sua
execuo, os especialistas da cidade que podem colaborar com o projeto, as fontes
de fi nanciamento identificadas e os primeiros passos para sua implementao,
alm das PERCEPES, dos PLANOS SETORIAIS e demais resultados.
Cachoeiras
de Macacu
31
Captulos da Agenda 21
1 Prembulo
2 Cooperao internacional para acelerar o desenvolvimento
sustentvel nos pases em desenvolvimento e nas polticas internas
3 Combater a pobreza
4 Mudar os padres de consumo
5 Dinmica demogrfica e sustentabilidade
6 Proteger e promover a sade humana
7 Promover assentamentos humanos sustentveis
8 Integrar o meio ambiente e o desenvolvimento nas tomadas
de deciso
9 Proteger a atmosfera
10 Integrar o planejamento e o gerenciamento dos recursos do
solo
11 Combater o desflorestamento
12 Gerenciar ecossistemas frgeis: combater a seca e a
desertificao
13 Gerenciar ecossistemas frgeis: desenvolvimento sustentvel
das montanhas
14 Promover o desenvolvimento rural e a agricultura
sustentveis
15 Conservar a diversidade biolgica
16 Gerenciamento responsvel ambientalmente da
biotecnologia
17 Proteo dos oceanos, todos os mares, inclusive internos, e
reas costeiras, e a proteo, uso racional e desenvolvimento
de seus recursos para a vida
18 Proteger a qualidade e suprimento dos recursos de
gua limpa: aplicao de abordagens integradas ao
desenvolvimento, gerenciamento e uso dos recursos hdricos
19 Gerenciar de forma ambientalmente responsvel os produtos
qumicos txicos, incluindo a preveno do trfico ilegal
internacional de resduos e produtos perigosos
32
Estgio
1
Captulos da Agenda 21
Estgio
1
33
Vocao e Viso
Uma viso sem ao no passa de um sonho.
Ao sem viso s um passatempo.
Mas uma viso com ao pode mudar o mundo.
(Joel Baker vdeo: A Viso do Futuro)
A vocao o conjunto de competncias, recursos e produtividade local
de um municpio em todos reas: econmica, ambiental, artstica-cultural,
turstica, educacional.
Vocao
Histrico de atividades agrcolas.
Disponibilidade de recursos naturais, que contribuem para melhor qualidade de vida.
Baixa densidade demogrfica, minimizando impactos ambientais.
Abundncia de recursos hdricos como base para o desenvolvimento sustentvel.
Existncia de Unidades de Conservao definidas e legalizadas (pblicas
e RPPN).
Existncia de recursos hdricos e boa qualidade de solo, adequados
produo agropecuria e aqucola.
Potencialidade turstica nas reas ecolgica, religiosa, esportiva e cultural.
Geografia adequada prtica de esportes radicais.
Histrico de organizao social, com populao engajada em desenvolver
aes para o seu bem-estar.
Histrico de ensino tcnico, outrora referncia para a capacitao da mo
de obra local.
Existncia de pessoas com notrio saber, qualificadas para transmitir seus
conhecimentos.
Grande nmero de pequenas indstrias artesanais, agroindustriais e de
transformao.
Existncia de centros de Arte e Cultura.
34
Viso de futuro
Ter maior diversidade agrcola, inclusive em espcies oleaginosas para
a produo sustentvel de biodiesel, tornando-se destaque no cenrio
regional.
Ter empreendimentos imobilirios com preocupao socioambiental.
Ser referncia nacional em gesto de recursos hdricos.
Ter um sistema de mobilidade/transporte integrado e sustentvel.
Ser um municpio formador de lideranas comunitrias.
Ser referncia em Pagamento de Servios Ambientais (PSA).
Ser fornecedor de produtos agrcolas e aqucolas para o prprio municpio
e regio, com capacidade para exportar.
Ter maior aproveitamento do potencial turstico, com destaque na gerao
de emprego e renda para o municpio.
Ter excelncia em gesto de sade pblica.
Ter excelncia em Educao.
Ser referncia em pesquisas e informaes sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentvel.
Ser referncia em formao de mo de obra tcnica e especializada.
Ser referncia nacional na produo de gua mineral.
Ser um municpio com grande mobilizao e participao social.
Ser destaque na produo artstica e cultural.
Ser cidade-modelo em Agenda 21.
35
Ordem Ambiental
RECURSOS NATURAIS
Chamamos de recursos naturais tudo o que obtemos da natureza com os
objetivos de desenvolvimento, sobrevivncia e conforto da sociedade. So
classificados como renovveis quando, mesmo explorados por algum tempo em determinado lugar, continuam disponveis, e como no renovveis
quando inevitavelmente se esgotam.
A vida humana depende dos recursos naturais terra, gua, f lorestas, recursos marinhos e costeiros e de suas mltiplas funes. Tanto os seres
humanos quanto os demais seres vivos, agora e no futuro, tm direito a um
meio ambiente saudvel, que fornea os meios necessrios a uma vida digna.
Para isto, preciso manter os ecossistemas, a biodiversidade e os servios
ambientais em quantidade e qualidade apropriadas.
No possvel pensar em um futuro para a humanidade sem construir uma
relao adequada entre o homem e a natureza que o cerca. E essa magnfica
variedade de formas de vida no pode ser vista apenas como recursos naturais, sem a valorizao dos inmeros benefcios intangveis que nos traz.
38
678,8 ha
0,7%
rea antropizada
40.876,3 ha
42,8%
Cobertura vegetal
rea urbana
Outros*
39
Em relao s Unidades de Conservao de Uso Sustentvel, 92% do municpio est inserido na rea de Proteo Ambiental da Bacia do Rio Macacu,
havendo reas com vegetao conser vada e tambm trechos degradados.
Quanto s Unidades de Conservao de Proteo Integral, o Parque Estadual
dos Trs Picos e a Estao Ecolgica do Paraso abrangem cerca de 20% do
municpio. Vale a pena ressaltar que alguns trechos destas reas protegidas
esto inseridas nesta grande rea de Proteo Ambiental.
Essas Unidades de Conser vao esto inseridas no Corredor Ecolgico da
Serra do Mar, rea prioritria para a conservao da Mata Atlntica. Apesar
dos esforos para uma ao efetiva por parte do poder pblico estadual, no
Mosaico de Unidades de Conservao da Mata Atlntica Central Fluminense,
a atuao das autoridades competentes ainda no plena. Os resultados dos
Planos de Manejo das Unidades de Conservao no so divulgados populao, apenas a pesquisadores, o que dificulta o acesso desta aos dados obtidos.
40
41
por que ainda no houve uma divulgao efi caz do potencial ambiental do
municpio para a populao.
O grupo considera que preciso superar a falta de programas de ampliao
e de capacitao do quadro de pessoal para fi scalizao e informao sobre
os recursos ambientais.
preciso aproximar o poder pblico e a sociedade civil organizada para
garantir aes de planejamento e gerenciamento do meio ambiente e turismo.
Alm disso, necessrio fortalecer uma rede de informao e cooperao,
com a participao de rgos governamentais e no governamentais, para
gerenciar os impactos gerados por grandes empreendimentos.
42
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Articulao
3. Articular com a sociedade civil organizada sua participao
no planejamento e gerenciamento do meio ambiente.
Programas
4. Elaborar Programas de Recuperao de reas Degradadas
(Prad), visando recuperao dos remanescentes f lorestais
da Mata Atlntica.
5. Desenvolver programas que promovam a instalao de
sistemas agrof lorestais.
Comunicao
6. Divulgar a existncia das Unidades de Conservao e RPPN
da regio.
7. Divulgar os programas de ref lorestamento existentes no
municpio (Replanta Macacu, Projeto Caminhos para a
Sustentabilidade).
8. Criar um plano de comunicao capaz de conscientizar a
populao sobre os danos causados ao meio ambiente por
atividades predatrias.
Baixa prioridade
Capacitao
2. Capacitar a populao para a utilizao racional e a conser vao dos recursos naturais, com o apoio tcnico de
associaes, cooperativas, escolas, universidades e ONGs.
3. Realizar cursos de capacitao que orientem os produtores
rurais a prevenir e recuperar as propriedades em processo
de eroso.
Possveis parceiros
Aliana para a Conservao da Mata Atlntica . Associaes de
Moradores . Cmara Municipal . Conselho Nacional da Reserva
da Biosfera da Mata Atlntica . Conservao Internacional do
Brasil . CPRM . Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro
. DNPM . Emater . Embrapa . Empresas associadas ao Comperj
. Escola Nacional de Botnica Tropical . Escolas . Fundao O
Boticrio de Proteo Natureza . Fundao SOS Mata Atlntica . Ibama . IBGE . ICMBio . Inea . MMA . MP . ONGs . Pacto
pela Restaurao da Mata Atlntica . Prefeitura Municipal .
Reserva Ecolgica de Guapiau (Regua) . SEA . Secretaria Municipal de Meio Ambiente . TCE-RJ . Universidades . Veculos
de comunicao locais.
Estudos tcnicos
9. Elaborar estudos tcnicos que promovam a proteo dos
recursos naturais.
Infraestrutura
1. Instalar viveiros de mudas nas comunidades.
43
RECURSOS HDRICOS
A gua essencial vida no planeta. Embora seja um recurso renovvel, seu
consumo excessivo, aliado ao desperdcio e poluio, vem causando um
dficit global, em grande parte invisvel. Cada ser humano consome direta
ou indiretamente quatro litros de gua por dia, enquanto o volume de gua
necessrio para produzir nosso alimento dirio de pelo menos 2 mil litros.
Isso explica por que aproximadamente 70% da gua consumida no mundo vo
para a irrigao (outros 20% so usados na indstria e 10% nas residncias).
Rio Macacu
Cachoeiras de Macacu, devido localizao geogrfica privilegiada, apresenta grande variedade de recursos hdricos, tem um vasto potencial
hdrico e um importante fornecedor de gua para outras localidades. A
regio est inserida em duas grandes bacias hidrogrficas, a do Rio So Joo
e a dos rios Guapi-Macacu.
Bacia hidrogrfica rea drenada
por um rio principal e seus afluentes,
incluindo nascentes, subafl uentes
etc. a unidade territorial de planejamento e gerenciamento das guas.
44
A bacia hidrogrfica dos rios Guapi-Macacu uma das que est inserida no
sistema hidrogrfico da Baa de Guanabara. Com uma rea de drenagem de
cerca de 1.640 km 2 , corresponde a 31% da rea continental de contribuio
deste sistema. Abrange os municpios de Cachoeiras de Macacu, Itabora e
Guapimirim, e responsvel pelo abastecimento de cerca de 2,5 milhes de
habitantes destes municpios, alm de So Gonalo e Niteri.
O Rio Macacu nasce na Serra dos rgos, a cerca de 1.700 metros de altitude,
em Cachoeiras de Macacu, e percorre aproximadamente 74 quilmetros at a
juno com o Rio Guapimirim. O Rio Guapiau o principal af luente do Rio
Macacu. Prximo nascente, na Serra dos rgos, ainda apresenta pouca
vazo, mas, medida que ocorre o encontro com outros rios da regio, este
volume tende a aumentar, at se encontrar com o Rio Macacu.
O Canal de Imunana foi construdo pelo extinto Departamento Nacional de
Obras e Saneamento (DNOS), a partir da conf luncia dos rios Guapiau e
Macacu, para drenar as reas frequentemente inundadas. A obra desviou o
curso natural do Rio Macacu, que foi unido ao Rio Guapimirim e desconectado
do Rio Cacerebu. Sua rea de drenagem foi enormemente aumentada, e o Rio
Guapimirim, aps receber as guas do Macacu-Guapiau, at sua foz na Baa
de Guanabara, passou a ser chamado de Guapi-Macacu. O Rio Cacerebu, que
era af luente do Rio Macacu, ganhou desembocadura independente a partir
das obras do DNOS, ocupando o antigo baixo leito e a foz do Rio Macacu at
a Baa de Guanabara.
45
Cachoeira da Jornada
46
PROPOSTAS
Alta prioridade
Baixa prioridade
Mdia prioridade
Controle e fiscalizao
dos rios e nascentes
Capacitao
7. Rea li za r cu r sos de capacitao em Gesto de guas e
Gesto Territorial.
Gesto pblica
Articulao
8. Promover a troca de informaes entre a Autarquia Municipal de guas e Esgoto de Cachoeiras de Macacu (Amae),
a Companhia Estadual de guas e Esgotos (Cedae) e os
Comits de Bacia (Baa de Guanabara e Lagos de So Joo)
sobre suas atuaes.
Programas
4. Cr iar programas de despoluio e ref lorestamento das
margens do Rio Macacu e seus af luentes que incluam a
recuperao das nascentes.
5. Criar programas de Educao Ambiental, incluindo vertentes relacionadas aos recursos hdricos do municpio.
Estudos tcnicos
1. Realizar o inventrio das nascentes localizadas fora das
Unidades de Conservao, dimensionando sua importncia.
2. Fazer o zoneamento das reas de nascentes que seriam impactadas por futuras instalaes empresariais e industriais.
3. Identificar estudos que comprovem a diminuio do volume
e da qualidade da gua em decorrncia do desmatamento.
Comunicao
4. Divulgar a existncia dos Comits de Bacias Hidrogrficas
da regio, viabilizando o desenvolvimento de aes estratgicas no municpio.
5. Acompanhar e divulgar os Estudos de Impacto Ambiental
e Relatrios de Impacto ao Meio Ambiente de empreendimentos a serem instalados no municpio.
Planejamento
Programas
9. Criar programas para a reutilizao de gua.
Fiscalizao
10. Acompanhar a aplicao de investimentos destinados
preservao dos recursos hdricos.
11. Fiscalizar as empresas que atuam no municpio.
12. Monitorar as condies ambientais do Rio Macacu.
Possveis parceiros
Autarquia Municipal de guas e Esgoto de Cachoeiras de
Macacu (Amae) . ANA . Cedae . Comit de Bacia Hidrogrfica
da Baa de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maric e
Jacarepagu . Coppe UFRJ . Eletrobrs . Emater . Embrapa
. Empresas associadas ao Comperj . Fundao O Boticrio de
Proteo Natureza . Fundao SOS Mata Atlntica . Ibama .
Inea . Jardim Botnico do Rio de Janeiro . Ministrios (Meio
Ambiente, Integrao Nacional) . ONGs . Prefeitura Muncipal .
Secretarias Estaduais (Ambiente, Assistncia Social e Direitos
Humanos) . Secretaria Municipal de Meio Ambiente . Universidades . WWF Brasil.
47
BIODIVERSIDADE
A biodiversidade a base do equilbrio ecolgico do planeta. Sua conservao deve se concentrar na manuteno das espcies em seus ecossistemas
naturais, por meio do aumento e da implantao efetiva das reas protegidas,
que asseguram a manuteno da diversidade biolgica, a sobrevivncia das
espcies ameaadas de extino e as funes ecolgicas dos ecossistemas.
A biodiversidade interfere na estabilizao do clima, na purificao do ar e
da gua, na manuteno da fertilidade do solo e do ciclo de nutrientes, alm
de apresentar benefcios culturais, paisagsticos e estticos.
O Ti Sangue uma das vrias espcies
de aves habitam a regio de Cachoeiras
de Macacu
As principais formas de destruio da diversidade biolgica so urbanizao descontrolada, ocupao irregular do solo, explorao mineral, desmatamentos e fragmentao de ecossistemas, queimadas, superexplorao
de recursos naturais, utilizao de tecnologias inadequadas na produo
f lorestal, pesqueira, agropecuria e industrial, indefinio de polticas pblicas e implantao de obras de infraestrutura sem os devidos cuidados.
Acrescentam-se ainda a introduo de espcies exticas da f lora e da fauna
e a comercializao ilegal de espcies silvestres.
O Brasil possui 25% da biodiversidade mundial, reunindo uma riqueza difcil
de mensurar, pois h espcies que sequer foram identificadas. O Instituto de
Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea) estima o valor do patrimnio gentico
brasileiro em US$ 2 trilhes (quatro vezes o PIB nacional). As cifras em jogo
so altas. Produtos da biotecnologia (biodiversidade explorada), como cosmticos, remdios e cultivares, constituem um mercado global que chega a
US$ 800 bilhes por ano, cifra semelhante do setor petroqumico.
48
49
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Fiscalizao
2. Combater a biopirataria, a caa e a pesca predatrias.
Capacitao
3. Capacitar profi ssionais e voluntrios sobre a diversidade
biolgica no municpio, tornando a fi scalizao mais efetiva.
Possveis parceiros
Alerj . Associaes de Moradores . Cmara Municipal . Empresas
associadas ao Comperj . Escola Nacional de Botnica Tropical .
Fundao O Boticrio de Proteo Natureza . Fundao SOS
50
Baixa prioridade
Mata Atlntica . Ibama . ICMBio . Inea . Jardim Botnico do
Rio de Janeiro . MMA . MP . Museu Nacional do Rio de Janeiro
. ONGs . Pacto pela Restaurao da Mata Atlntica . Prefeitura
Municipal . SEA . Secretaria Municipal de Meio Ambiente .
Universidades . Veculos de comunicao locais.
MUDANAS CLIMTICAS
O aumento da concentrao dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera
contribui para a reteno de calor na Terra, provoca a elevao da temperatura mdia do planeta e a principal causa das mudanas climticas. Isso se
deve, principalmente, queima de combustveis fsseis (petrleo, gs natural
e carvo mineral), ao desmatamento, s queimadas e aos incndios f lorestais.
As principais consequncias do agravamento do efeito estufa so: temperaturas globais mdias mais elevadas, resultando em ruptura dos sistemas
naturais; mudanas nos regimes de chuva e nos nveis de precipitao em
muitas regies, com impactos na oferta de gua e na produo de alimentos;
maior incidncia e intensidade de eventos climticos extremos, como ondas
de calor, tempestades, enchentes, incndios e secas; elevao do nvel do mar
e alteraes de ecossistemas, como o aumento de vetores transmissores de
doenas e sua distribuio espacial.
Na maioria dos pases, a maior dificuldade para controlar a emisso de GEE
reside na queima de combustveis fsseis para a obteno de energia. J no
Brasil, as principais causas so as queimadas e as emisses dos veculos
automotores. A temperatura mdia no Pas aumentou aproximadamente 0,75
C no sculo 20, o que tem intensificado a ocorrncia de secas e enchentes,
e provocou o surgimento de fenmenos climticos que no ocorriam no
Brasil, como furaces.
O clima de Cachoeiras de Macacu do tipo tropical, com vero mido e chuvoso e inverno frio, com pouca chuva. Segundo dados do Instituto
Nacional de Meteorologia (2006), a temperatura mdia anual de 21 C, e a
precipitao mdia anual varia de 1.700 mm a 2.600mm.
H grande preocupao com os efeitos das mudanas climticas o desmatamento dos remanescentes f lorestais de Mata Atlntica aumenta a temperatura
e modifica a umidade relativa do ar. Na avaliao do grupo, faltam seriedade
e responsabilidade dos setores responsveis pela proteo da atmosfera. A
instalao de mais indstrias na regio e o crescimento urbano desordenado,
que favorecem o deslocamento de veculos no municpio, elevam a concentrao dos gases de efeito estufa. No h incentivos s empresas de transporte
para a manuteno e adequao da frota legislao ambiental.
A perspectiva da vinda de 750 indstrias para a regio a partir da instalao
do Comperj causa apreenso, pois aumentar a emisso de gases poluentes.
A falta de efi ccia e efi cincia na fi scalizao, controle e monitoramento das
atividades potencialmente poluidoras af lige os moradores e h dvidas sobre
como as medidas compensatrias sero implementadas.
51
O grupo destaca a parceria com o Comperj para o acompanhamento e o controle das variaes climticas ou qualquer mudana ambiental que ocorra na
regio. Mas entende que preciso mobilizar a sociedade civil para cobrar
a adoo de programas e projetos de conscientizao sobre a proteo da
atmosfera no municpio.
52
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Baixa prioridade
Gerenciamento da qualidade do ar
Possveis parceiros
Gesto pblica
Estudo tcnico
3. Realizar um inventrio das indstrias que emitem gases
poluentes na regio.
Infraestrutura
4. Instalar postos de monitoramento da qualidade do ar.
53
Ordem Fsica
HABITAO
A Agenda 21, em seu captulo 7, afi rma que o acesso habitao segura e saudvel essencial para o bem-estar fsico, psicolgico, social e econmico das
pessoas e que o objetivo dos assentamentos humanos melhorar as condies de
vida e de trabalho de todos, especialmente dos pobres, em reas urbanas e rurais.
Essa meno especial aos mais pobres se deve ao fato de que estes tendem a
estar nas reas ecologicamente mais frgeis ou nas periferias das grandes
cidades. Moradores instalados em assentamentos precrios esto mais sujeitos
a problemas como falta de saneamento e de servios pblicos adequados e a
desastres naturais, como inundaes e deslizamentos de terra.
O dficit habitacional do Brasil de 5,8 milhes de domiclios. Com os projetos
de habitao popular no Pas sendo guiados pelo menor preo, importante
considerar os novos parmetros propostos pela construo sustentvel ao se
planejarem os investimentos necessrios para atender a essa imensa demanda.
A s s e nt a me nt o s pr e c r io s 1)
Favelas, vilas, mocambos; 2) Loteamentos irregulares e moradores de
baixa renda; 3) Cortios; 4) Conjuntos habitacionais degradados
(Fonte: Ministrio das Cidades).
56
Os participantes da Agenda 21 Local afirmam que houve aumento populacional nas reas preservadas, ocupao irregular das encostas e margens dos
rios, invaso de terrenos pblicos e construes desordenadas. Ainda segundo
a ONU/Habitat, em 2008, havia 15 assentamentos precrios, urbanos e rurais
no municpio, ocupando uma rea de 0,76 km.
Segundo o grupo, parte do problema resultado da falta de uma poltica pblica direcionada para os assentamentos (Santa F, So Jos da Boa Morte,
Margens do Rio Guapiau, Serra Queimada, Boa Vista e outras reas rurais).
Os integrantes afirmaram que a falta de legalizao de imveis, que permanecem sem ttulos de propriedade urbana e rural, favorece a grilagem da terra
e temem que esta situao venha a piorar com a inaugurao do Comperj.
Assistncia tcnica
0,03%
Planos municipais
de habitao
0,07%
Produo de habitao
11%
Urbanizao de
assentamentos precrios
88%
0
20
40
60
80
100
57
760000
780000
800000
7540000
720000
Terespolis
Nova Friburgo
7520000
700000
Areal
A Observao Internacional
do Impacto do COMPERJ
sobre os Objetivos de
Desenvolvimento do Milnio
(ODMs) nos Municpios
do CONLESTE
ODM 7
META 11
7520000
7540000
680000
Localizao dos
assentamentos precrios,
em relao rea urbana,
nos municpios do Conleste
!!
!
!
!
!
CASIMIRO DE ABREU
CACHOEIRAS DE MACACU
7500000
SILVA JARDIM
MAG
7500000
!
!
!
GUAPIMIRIM
Legenda
as
!
!
!
! ! !
!
!
Cabo Frio
Assentamentos precrios
reas urbanas
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!!
RIO BONITO
7480000
!
!
!
!
!
!
Araruama
!
! !
!
!
TANGU
!
!
!
!
So Pedro da Aldeia
!
!
!
! ! !
!
!
!
! !
!
!
7460000
!
!
!
!
!
!! !
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!!
!
!
!
!
!
!
NITERI
!
!
Saquarema
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
Iguaba Grande
!
!
!
!
!
! !
!
! !
!
!
!
SO GONALO
!
!!
!
!
!
!
!
!!
!
!
!
MARIC
!
! !
!
!
!
!
!
7460000
!
!
!
!
Rodovias
!
!
7480000
! !
ITABORA
COMPERJ
!
!
!
!
Arraial do Cabo
!
!
!
!
Escala 1:600.000
Projeo Universal Transverso de Mercator
Fuso 23 - Datum SAD-69
Oceano Atlntico
Km
0
680000
700000
720000
2,5
10
740000
15
20
760000
780000
58
800000
PROPOSTAS
Alta prioridade
Baixa prioridade
Mdia prioridade
Elaborao de um plano
Estudos tcnicos
habitacional sustentvel
Infraestrutura
2. Disponibilizar reas para a constr uo de condomnios
populares.
Comunicao
Gesto pblica
1. Criar planos de emergncia para as reas de risco, a cargo
da Defesa Civil, inclusive Gasduc III e Comperj, divulgando
este documento para a populao.
2. Criar um fundo emergencial para calamidades pblicas.
3. Adequar as polticas pblicas voltadas preveno de acidentes em reas de risco, promovendo aes preventivas
nessas localidades.
Gesto pblica
Planejamento
Programas
5. Desenvolver programas que promovam o pronto atendimento
aos moradores que forem afetados por acidentes.
Possveis parceiros
Planejamento
1. Atualizar o cadastro das edificaes, aliado a um programa
de regularizao urbanstica e rural, tendo como referncia o Plano Diretor, o Plano Local de Habitao e Interesse
Social, o Plano Municipal de Desenvolv imento Rural e
Conselhos afins.
59
SANEAMENTO
Estao de Tratamento de Esgotos
(ETE) Infraestrutura que trata as
guas residuais de origem domstica
e/ou industrial, comumente chamadas de esgotos sanitrios ou despejos industriais. Aps o tratamento,
so escoadas para o mar ou rio com
um nvel de poluio aceitvel (ou
ento, so reutilizadas para usos
domsticos), atravs de um emissrio, conforme a legislao vigente
para o meio ambiente receptor.
Aterros Existem trs formas de
d isposio de resduos em aterros: os aterros sanitrios, que recebem os resduos de origem urbana
(domsticos, comerciais, pblicos,
hospitalares etc.); os industr iais
(somente para resduos considerados
perigosos); e os aterros controlados
para lixo residencial urbano, onde
os resduos so depositados e recebem uma camada de terra por cima.
Na impossibilidade de reciclar o
lixo por compostagem acelerada ou
a cu aberto, as normas sanitrias
e ambientais recomendam a adoo
de aterro sanitrio e no controlado.
60
Esgoto Sanitrio
Segundo o estudo ONU-Habitat/UFF, entre 2006 e 2008, o nmero de domiclios particulares permanentes urbanos em Cachoeiras de Macacu com acesso
ao ser vio de coleta de esgoto sanitrio aumentou em 2,36%. Em 2008, a
cobertura no municpio era de 76,60% dos domiclios, caracterizando uma
situao melhor em relao realidade da regio (22,33%).
Recentemente, foi aprovado pelo Ministrio das Cidades um projeto que
contempla a construo das trs primeiras Estaes de Tratamento de Esgoto
(ETE) do municpio. Os recursos so oriundos do Programa de Acelerao do
Crescimento (PAC2), totalizando R$ 36 milhes. O projeto deve atender cerca
de 70% do esgoto da zona urbana do municpio.
740000
760000
780000
800000
Areal
Terespolis
Nova Friburgo
7520000
7520000
700000
7540000
7540000
680000
7500000
7500000
CACHOEIRAS DE MACACU
GUAPIMIRIM
SILVA JARDIM
ODM 7
META 10 - Indicador A
Percentual de domicilios
particulares permanentes urbanos
com acesso rede geral de esgoto
nos municpios do CONLESTE
CASIMIRO DE ABREU
MAG
A Observao Internacional
do Impacto do COMPERJ
sobre os Objetivos de
Desenvolvimento do Milnio
(ODMs) nos Municpios
do CONLESTE
as
0,00 - 30,00 %
Cabo Frio
30,01 - 50,00 %
Araruama
TANGU
So Pedro da Aldeia
7480000
ITABORA
7480000
50,01 - 75,00 %
RIO BONITO
SO GONALO
Sem informao
Rodovias
Iguaba Grande
Saquarema
NITERI
75,01 - 100,00 %
7460000
MARIC
Arraial do Cabo
Escala 1:600.000
Projeo Universal Transverso
de Mercator
Fuso 23 - Datum SAD-69
Oceano Atlntico
0 2,5 5
680000
700000
720000
740000
10
15
20
Km
760000
780000
800000
Abastecimento de gua
A Cedae e a Autarquia Municipal de guas e Esgotos (Amae) abastecem o
municpio: 54,97% dos domiclios com abastecimento de gua proveniente
da rede de distribuio, 44,77% dos domiclios com abastecimento de gua
proveniente de poos ou nascentes e 0,26% outras fontes de abastecimento.
Os demais domiclios tm gua de poo, com acompanhamento monitorado por essas empresas. H previso de ampliar o abastecimento de gua na
regio entre 80% e 85%.
O abastecimento de gua alcanava 76,6% dos domiclios do municpio,
tambm acima da mdia do Conleste (45,57%).
61
740000
760000
780000
800000
Areal
Terespolis
Nova Friburgo
7520000
7520000
700000
7540000
7540000
680000
7500000
7500000
GUAPIMIRIM
SILVA JARDIM
ODM 7
META 10 - Indicador A
Percentual de domicilios
particulares permanentes urbanos
com acesso rede geral de gua
nos municpios do CONLESTE
CASIMIRO DE ABREU
CACHOEIRAS DE MACACU
MAG
A Observao Internacional
do Impacto do COMPERJ
sobre os Objetivos de
Desenvolvimento do Milnio
(ODMs) nos Municpios
do CONLESTE
as
0,00 - 30,00 %
Cabo Frio
30,01 - 50,00 %
Araruama
TANGU
So Pedro da Aldeia
7480000
ITABORA
7480000
50,01 - 75,00 %
RIO BONITO
SO GONALO
Sem informao
Rodovias
Iguaba Grande
Saquarema
MARIC
7460000
NITERI
75,01 - 100,00 %
Arraial do Cabo
Escala 1:600.000
Projeo Universal Transverso
de Mercator
Fuso 23 - Datum SAD-69
Oceano Atlntico
0 2,5 5
680000
700000
720000
740000
10
15
20
Km
760000
780000
800000
Resduos Slidos
Segundo informaes obtidas na Amae, as 32 toneladas de lixo coletadas por
dia no municpio so enviadas a um aterro controlado.
Os participantes do processo sabem que a falta de conscientizao da populao
tem como consequncia a grande produo de lixo. H preocupao com o manejo
inadequado do lixo e com o aumento da quantidade de lixo sem destinao final
correta, havendo necessidade de ampliao do sistema de coleta do lixo domiciliar.
62
PROPOSTAS
Alta prioridade
Baixa prioridade
Mdia prioridade
Comunicao
Gesto pblica
Planejamento
1. Realizar a coleta seletiva em escolas, associaes, empresas
e sindicatos, entre outros locais.
2. Criar cooperativas de catadores para realizar a triagem e
reciclagem dos resduos slidos.
Planejamento
2. Criar um Grupo de Trabalho no Frum da Agenda 21 Local para
propor aes que promovam a extino do lixo de Japuba.
Programas
3. Propor a elaborao de um Programa Lixo Mnimo, adequado realidade local, incluindo os servios de coleta seletiva
em todos os distritos do municpio.
Possveis parceiros
Gesto pblica
Capacitao
5. Promover cursos de capacitao sobre o manejo adequado
do lixo para os catadores de materiais reciclveis.
63
MOBILIDADE E TRANSPORTE
Praticamente todos os aspectos da vida moderna esto ligados a sistemas
de transporte que permitem o deslocamento de pessoas, matrias-primas
e mercadorias. Nosso ambiente, economia e bem-estar social dependem de
transportes limpos, eficientes e acessveis a todos. No entanto, os meios de
transporte disponveis so insustentveis e ameaam a qualidade de vida e
a sade da populao e do planeta.
Nos ltimos 30 anos, os investimentos pblicos no Brasil privilegiaram a
infraestrutura voltada para a circulao dos automveis. Alm da poluio
atmosfrica e sonora, este modelo de transportes gera um trnsito catico e
violento, que causa acidentes com milhares de mortes todos os anos.
Segundo o Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o
setor de transportes j responsvel por um quarto das emisses de dixido de
carbono em todo o mundo. A tendncia que entre 2005 e 2030 essas emisses
aumentem 57%, sendo 80% deste crescimento nos pases em desenvolvimento
e, em sua grande maioria, provenientes de carros particulares e caminhes.
Sistemas de transportes sustentveis demandam uma boa distribuio de
ser vios nos bairros, de forma a reduzir a necessidade de deslocamentos,
assim como transporte pblico de qualidade e ciclovias.
64
65
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Aes de engenharia de
trfego e mobilidade
Infraestrutura
1. Reparar e manter as estradas vicinais.
2. Construir passarelas e instalar sinalizao em pontos estratgicos, que devero ser definidos por pessoal tcnico.
3. Reformar a Rodovia RJ-122.
4. Reformar a Rodovia RJ-126 no trecho compreendido entre
Areal e Japuba e transformar em estrada-parque o trecho
entre Japuba (Serra de Bertoldo) e Patis.
5. Construir ciclovias em todos os distritos do municpio.
6. Elaborar um projeto de engenharia de trfego, visando
melhoria da infraestrutura local.
Gesto pblica
7. Criar um programa de ordenamento do transporte pblico
local, promovendo melhorias em seu atendimento (horrios,
frequncia, tarifao, criao de linhas, ampliao da frota,
entre outros).
8. Atualizar o Plano Diretor e a Lei Orgnica Municipal para
promover melhorias no transporte no municpio.
9. Fiscalizar as etapas do projeto de Engenharia de Trfego
e Mobilidade, por intermdio da Secretaria Municipal de
Ordem Pblica.
66
Baixa prioridade
10. Criar a Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade.
Estudo tcnico
11. Realizar estudos tcnicos para viabilizar a extenso do
ramal de trem que ligar Cachoeiras de Macacu, Itabora e
Nova Friburgo.
Planejamento
12. Ampliar as iniciativas de fomento ao transporte alternativo,
para atender demanda crescente da populao.
13. Elaborar programas de incentivo adequao da frota de
nibus, para cumprir a legislao ambiental vigente.
Possveis parceiros
Agetransp . DNER . DNIT . Empresa Municipal de Transporte
Coletivo . Fetranspor . FGV . ONGs . Secretaria Estadual de
Transportes . Secretarias Municipais (Ordem Pblica, Obras e
Urbanismo) . Universidades.
SEGURANA
Justia e paz so aspiraes humanas legtimas. Sua falta representa uma
perda para a qualidade de vida. Segurana um tema que transcende as
aes policiais e judiciais de represso e conteno da violncia armada e
preveno de mortes.
Relaciona-se diretamente com a reduo da evaso escolar, distribuio de
renda, incluso social, ateno bsica sade, reforma urbana e rural, e
soluo das questes habitacionais. Ao tratar do tema, tambm preciso
dedicar ateno especial s questes que envolvem violncia domstica, de
gnero, racismo e todo tipo de intolerncia.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA), s a criminalidade violenta custa cerca de R$ 140 bilhes por ano ao Pas. Os custos
totais da criminalidade so estimados em 10% do PIB brasileiro. Portanto,
segurana pblica tambm est relacionada a desenvolvimento econmico.
No Rio de Janeiro, com indicadores de segurana no mesmo patamar dos de
pases em guerra, o desafio da construo de um Estado seguro e acolhedor
para seus cidados a questo de fundo por trs de todos os objetivos. Conquistar a reduo e o controle da violncia armada implica compromissos e
processos de longo prazo, com financiamento continuado e envolvimento de
amplos setores da sociedade, aliados a polticas pblicas eficazes.
67
52,74
53,55
46,58
50
40
50,48
39,26
43,99
40,69
33,93
35,16
30
Conleste
20
RJ
10
0
2000 - 2002
2003 - 2005
68
Cachoeiras
de Macacu
2006
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Promoo da segurana
e ordem pblica
Gesto pblica
1. Realizar concurso pblico para aumentar o efetivo da Guarda Municipal e das Polcias Civil e Militar.
2. Fortalecer o Conselho Comunitrio de Segurana, promovendo a integrao da comunidade com a Secretaria Municipal de Ordem Pblica e as Polcias Ostensiva e Judiciria.
Infraestrutura
3. Instalar uma Delegacia Legal em Papucaia.
4. Implantar pontos estratgicos de policiamento em Marapor
e So Jos da Boa Morte.
5. Construir um novo prdio para abrigar a 4 Companhia de
Polcia Militar e a sede da Guarda Municipal, com infraestrutura adequada e tecnologia avanada.
6. Criar ouvidorias para atender s denncias populares.
Planejamento
Baixa prioridade
Municipais (Direitos da Criana e do Adolescente, Cidade
e Segurana).
Programas e projetos
8. Elaborar programas e projetos de combate a todo tipo de
violncia, por meio de aes integradas de esporte, cultura,
educao e gerao de emprego e renda.
Possveis parceiros
Cmara Municipal . Confederao Nacional dos Municpios .
Conselho Comunitrio de Segurana . Conselhos Municipais
(Direitos da Criana e do Adolescente, Cidade e Segurana) .
Empresas associadas ao Comperj . FGV . Guarda Municipal .
IBGE . ISP . Ministrio da Justia . MP . OAB . ONGs . Pmerj .
Polcia Civil do Estado do Rio de Janeiro . Prefeitura Municipal
. Secretaria de Estado de Segurana do Rio de Janeiro . TCE-RJ
. Universidades . Veculos de comunicao locais.
7. Promover o combate pedofilia, mediante aes integradas do Ministrio Pblico, Conselho Tutelar, Conselhos
69
Ordem Social
EDUCAO
De acordo com a Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia
e a Cultura (Unesco), a educao, em todas as suas formas, molda o mundo
de amanh, instrumentalizando indivduos com habilidades, perspectivas,
conhecimento e valores necessrios para se viver e trabalhar.
O captulo 36 da Agenda 21 Global afi rma que a educao e a conscincia pblica
ajudam as sociedades a desenvolver plenamente suas potencialidades e que o
ensino, tanto formal quanto informal, indispensvel para modificar a atitude
das pessoas, de forma a capacit-las para avaliar e enfrentar os obstculos ao
desenvolvimento sustentvel. Para despertar a conscincia ambiental e tica,
tambm so fundamentais valores e atitudes, tcnicas e comportamentos que
favoream a participao pblica efetiva nos processos decisrios.
Segundo o Relatrio de Acompanhamento de Indicadores do Milnio na Regio
do Conleste (2009), o acesso ao Ensino Fundamental praticamente universalizado nas grandes cidades brasileiras, e, em geral, as crianas chegam a
ele na idade adequada. Todavia, o ndice de reprovao ainda elevado, o
que impede que muitas concluam esse nvel de ensino.
72
Metas projetadas
Municpio
2005
2007
2009
2007
2009
2011
2013
2015
2017
2019
2021
Anos iniciais
3,9
3,9
3,8
3,9
4,3
4,7
5,0
5,3
5,5
5,8
6,1
Anos finais
3,8
4,0
3,8
3,8
4,0
4,2
4,6
5,0
5,3
5,5
5,8
73
Total Estadual
Total Privado
8.202
7.096
5.106
6.656
1.450
1.243
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
74
2007
2008
2009
PROPOSTAS
Alta prioridade
Baixa prioridade
Mdia prioridade
Universalizao da
educao no municpio
Infraestrutura
Gesto pblica
Projetos
Programas e projetos
Comunicao
Infraestrutura
Articulao
7. Estabelecer parcerias com universidades estaduais e federais
para a implementao de um campus no municpio.
Capacitao
8. Criar um programa de capacitao e qualificao permanente dos profissionais de educao, com atualizao de
linguagem e apropriao de novas tecnologias educacionais.
Possveis parceiros
Cmara Municipal . Conleste . Empresas associadas ao Comperj
. Firjan . Fundao Macatur . Ministrios (Educao, Cincia e
Tecnologia) . Observatrio Nacional de Incluso Digital . ONGs
. Prefeitura Municipal . Sebrae . Secretaria Municipal de Educao . Seeduc . Senac . Senai . Sesc . Universidades.
75
EDUCAO AMBIENTAL
Trata-se de processos por meio dos quais o indivduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competncias
voltados para a conservao do meio ambiente e dos bens de uso comum,
essenciais qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Seu papel educar e conscientizar as populaes sobre a importncia da
preser vao do meio ambiente, oferecendo-lhes, ao mesmo tempo, opes
de subsistncia e opor t unidades para melhorar sua qualidade de v ida,
mostrando que as comunidades locais so as principais beneficirias das
atividades de conser vao.
No Brasil, para que esses objetivos sejam atingidos, a Poltica Nacional de
Educao Ambiental (Lei 9.795/99 e Decreto 4.281/02) estabelece que os temas
ambientais devem estar presentes durante todo o processo de escolarizao,
at o Ensino Superior, de forma transversal, em todos os nveis e disciplinas.
76
Em 2009, a prefeitura municipal recebeu o prmio Destaque a MunicpiosModelo na Preservao de reas Verdes e de Unidades de Conservao, oferecido pelo Instituto Ambiental Biosfera.
77
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Capacitao
3. Capacitar alunos das redes de ensino (pblica e privada)
para atuarem como multiplicadores de informaes.
Comunicao
4. Realizar visitas tcnicas e ciclos de palestras em Unidades
de Conservao e RPPN da regio.
78
Baixa prioridade
5. Divulgar as atividades de Educao Ambiental nos diversos
veculos de comunicao locais.
Possveis parceiros
Associaes de Moradores . Coletivo Jovem de Meio Ambiente
do Rio de Janeiro . Empresas associadas ao Comperj . Escolas
. Ministrios (Meio Ambiente, Educao) . ONGs . Prefeitura
Municipal . Rebal . Reser va Ecolgica de Guapiau (Regua) .
Secretarias Municipais (Educao, Meio Ambiente) . Seeduc .
Universidades . Veculos de comunicao locais.
CULTURA
Segundo a Unesco, a diversidade cultural, produto de milhares de anos de histria e fruto da contribuio coletiva de todos os povos, o principal patrimnio
da humanidade. As civilizaes e suas culturas tambm resultam da localizao geogrfica e das condies de vida que cada uma oferece, o que se traduz
na riqueza e diversidade de formas de viver e sobreviver da espcie humana.
A cultura representa as formas de organizao de um povo, seus costumes
e tradies, que so transmitidos de gerao a gerao, como uma memria
coletiva, formando sua identidade e, muitas vezes, mantendo-a intacta, apesar
das mudanas pelas quais o mundo passa.
A identidade cultural uma das mais importantes riquezas de um povo, pois
representa um conjunto vivo de relaes sociais e patrimnios simblicos,
historicamente compartilhados, que estabelece a comunho de determinados
valores entre os membros de uma sociedade. Trata-se de um conceito de tamanha complexidade, que pode ser manifestado de vrias formas e envolver
situaes que vo desde a fala at a participao em certos eventos.
A diversidade cultural um dos pilares da identidade brasileira e fator de
sustentabilidade do desenvolvimento do Pas. O maior desafio nesta rea
enfrentar a presso que o desenvolvimento exerce sobre as estruturas tradicionais sejam fsicas, como stios arqueolgicos ou patrimnios histricos,
sejam imateriais, como conhecimentos e prticas das populaes.
79
O municpio ainda no possui Conselho de Polticas Culturais, Fundo Municipal de Cultura e Lei de Incentivo Cultura, embora a discusso sobre os
temas esteja em andamento. Uma iniciativa cultural de destaque o Projeto
de Identidade do Artesanato, desenvolvido pela prefeitura em parceria com
o Sebrae, que oferece capacitao a artesos por meio de cursos, oficinas e
atividades de intercmbio que valorizam e divulgam o artesanato local.
A iniciativa privada tem grande importncia na oferta de atividades de lazer
em Cachoeiras de Macacu, onde produtores culturais locais so responsveis
pela realizao de eventos musicais e festivos ao longo do ano. H ainda espaos privados que oferecem oficinas de artes e atividades culturais regulares.
Outro destaque a conquista recente de dois Pontos de Cultura para o municpio, por intermdio do Programa Cultura Viva, do Ministrio da Cultura
e governo do estado. So eles: Ponto de Cultura Se Liga na Praa, com atividades artstico-culturais em praas pblicas, e Ponto de Cultura Seiva, com
foco em ecologia interior e Educao Ambiental.
80
Cachoeiras de Macacu mantm um Programa de Agenda 21 da Cultura, iniciado em 2009, por intermdio de sua associao de artistas, e considerado um
dos seis municpios do estado com esse tipo de agenda em construo. Em sua
participao na II Conferncia Nacional de Cultura, em Braslia, o municpio
conseguiu inserir o tema Agenda 21 da Cultura como diretriz norteadora dos
Planos Nacional, Estaduais e Municipais de Cultura em todo o Pas.
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Baixa prioridade
Gesto pblica
Possveis parceiros
Associaes de Moradores . Cmara Municipal . Conselho Estadual de Cultura . Empresas associadas ao Comperj . Escolas .
Fundao Macatur . Iphan . Minc . ONGs . Prefeitura Municipal
. Sebrae . Secretaria Estadual de Cultura . Secretarias Municipais (Educao, Desenvolvimento Econmico, Turismo, Cultura,
Indstria e Comrcio) . Senac . Sesc . Universidades . Veculos
de comunicao locais.
3. Solicitar a rdios e jornais espao para divulgar uma programao peridica e continuada sobre a cultura local.
Comunicao
Infraestrutura
5. Criar um centro de documentao histrica do municpio.
Planejamento
7. Criar um circuito turstico cultural que d visibilidade ao
patrimnio histrico e cultural de Cachoeiras de Macacu.
81
SADE
A Agenda 21 brasileira afirma em seu objetivo 7 Promover a sade e evitar
a doena, democratizando o SUS que a origem ambiental de diversas doenas bem conhecida e que o ambiente natural e as condies de trabalho,
moradia, higiene e salubridade, tanto quanto a alimentao e a segurana,
afetam a sade, podendo prejudic-la ou, ao contrrio, prolongar a vida.
82
Ateno Bsica e Gesto Estadual Plena. Desta forma, o municpio responsvel pela execuo da assistncia ambulatorial bsica; das aes bsicas
de vigilncia sanitria, de epidemiologia e controle de doenas; gerncia de
todas as unidades ambulatoriais; autorizao de internaes hospitalares e
procedimentos ambulatoriais especializados; operao do Sistema de Informaes Ambulatoriais do SUS e controle e avaliao da assistncia bsica.
De acordo com a Secretaria Municipal de Sade (2009), o municpio conta com
o servio de um hospital, um ambulatrio, um centro comunitrio, um Centro
de Ateno Psicossocial (Caps) e um posto do Programa Municipal de Combate
Dengue (CMCD). O Hospital Municipal Doutor Celso Martins conta com 62 mdicos, 16 enfermeiros, 2 cirurgies-dentistas e 5 assistentes sociais, formando uma
equipe multidisciplinar capaz de atender 109 leitos para internaes temporrias
e pronto atendimento. No existe atendimento de sade estadual no municpio,
porm alguns estabelecimentos particulares prestam servios a preos populares.
O servio de sade municipal conta com o Programa de Sade da Famlia (PSF),
com trs postos em Cachoeiras de Macacu (Primeiro Distrito), dois postos em
Japuba (Segundo Distrito) e trs postos em Subaio (Terceiro Distrito). Existem,
ainda, Unidades Bsicas de Sade com um ponto no Primeiro Distrito, na comunidade de Fara, cinco pontos no Segundo Distrito e trs pontos no Terceiro Distrito.
A rea da sade enfrenta muitos problemas no municpio, pois faltam programas
de sade preventiva e de melhoria dos postos de sade, como formas de desafogar
o hospital central, alm da migrao da populao doente de cidades vizinhas
para seus postos de sade e rede hospitalar, sem que haja infraestrutura adequada para absorver esta demanda. So poucas as especialidades disponveis na
rede pblica, a remunerao dos profi ssionais da rea baixa em comparao a
outros municpios e faltam equipamentos para exames mais sofi sticados.
O hospital da cidade registra um grande nmero de pessoas com doenas ligadas
falta de saneamento bsico, como verminoses e doenas de pele, alm de outras
ligadas desnutrio, como anemias e doenas pulmonares. Embora o municpio
tenha muitos recursos hdricos, nem todos os habitantes recebem gua tratada.
83
PROPOSTAS
Alta prioridade
Baixa prioridade
Mdia prioridade
Estruturao e organizao
da rede de sade
Infraestrutura
Gesto pblica
2. Ampliar, na rede ambulatorial, o quadro de mdicos especialistas em neurologia, neurocirurgia, cardiologia, ortopedia,
pediatria e neuropediatria, geriatria, oftalmologia, otorrino
e fonoaudiologia.
Comunicao
Gesto pblica
5. Criar um Plano de Carreira para os profissionais da sade,
com adequao dos salrios da categoria.
Universalizao da sade
Gesto pblica
Infraestrutura
1. Elaborar polticas interdisciplinares para a criao de programas de desenvolvimento esportivo especfico para problemas de sade, aproveitando espaos pblicos e privados.
Projetos
2. Ampliar a ao dos programas Mdico de Famlia e Estratgia de Sade da Famlia, visando evitar a formao de filas
e a demora no atendimento.
1. Elaborar projetos de conscientizao sobre a gravidez precoce, envolvendo escolas, entidades religiosas, postos de
sade e famlias.
Comunicao
Comunicao
4. Promover o combate de vetores de doenas, mediante campanhas de esclarecimento, preveno e treinamento em escolas,
associaes de moradores, igrejas e outras instituies.
Possveis parceiros
Fiscalizao
7. Acompanhar a ao fiscalizadora do Conselho Municipal
de Sade.
Planejamento
84
GRUPOS PRINCIPAIS
A Agenda 21 Global define como grupos principais as mulheres, crianas e
jovens, povos indgenas, ONGs, autoridades locais, trabalhadores e seus sindicatos, comerciantes e industririos, a comunidade cientfica e tecnolgica,
agricultores e empresrios. desses grupos que o documento cobra comprometimento e participao para a implementao dos objetivos, polticas e
mecanismos de ao previstos em seu texto.
Sendo um processo democrtico e promotor da cidadania, a construo da
Agenda 21 Local no pode deixar de considerar as necessidades e interesses
de outros grupos, como afrodescendentes, ciganos, idosos, pessoas com deficincia, homossexuais, travestis e outras minorias.
A Agenda 21 brasileira vai alm e destaca como uma de suas prioridades a necessidade de diminuir as desigualdades sociais no Pas para garantir as condies
mnimas de cidadania a todos os brasileiros, enfatizando a importncia de proteger os segmentos mais vulnerveis da populao: mulheres, negros e jovens.
na Seo III, dedicada ao fortalecimento do papel dos grupos principais, que
a Agenda 21 Global prope o desenvolvimento de processos de consulta s
populaes locais para alcanar consenso sobre uma Agenda 21 Local para a
comunidade. No Captulo 28, recomenda que os pases estimulem todas as suas
autoridades locais a ouvirem cidados e organizaes cvicas, comunitrias,
empresariais e industriais locais para obter as informaes necessrias para
formular as melhores estratgias, aumentando a conscincia em relao ao
desenvolvimento sustentvel. Para a legitimidade e sucesso deste processo,
fundamental a incluso de representantes de todos os grupos sociais.
Em Cachoeiras de Macacu, existem ONGs atuando em diversos setores, incluindo escolas, e na divulgao das questes ambientais. Com apoio
institucional e parcerias, elas contribuem para o desenvolvimento sustentvel
local, inclusive na elaborao, discusso e aprovao de polticas, projetos e
programas voltados para a questo socioambiental.
No entanto, os participantes entendem que faltam parcerias mais efetivas
com o poder pblico, empresas e outras instituies para promover a capacitao destas organizaes para a elaborao de projetos. Apontam, tambm,
a necessidade de divulgao das atividades desenvolvidas e de prestao de
contas. Segundo eles, h falta de controle das aes de empresas e de ONGs
estrangeiras quanto s questes ambientais e de utilizao dos recursos locais.
Existem diversas entidades representativas no municpio, como os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural; Turismo; Sade; dos Direitos da
Criana e do Adolescente (CMDCA), Conselho Tutelar; da Cidade; Comunitrio
85
86
76,6%
Cachoeiras
de Macacu
Conleste
81,7%
87,8%
80
60
40
20
0
Rio de
Janeiro
Brasil
87
PROPOSTAS
Alta prioridade
Baixa prioridade
Mdia prioridade
Gesto pblica
1. Fortalecer os grupos de mulheres existentes no municpio,
por meio da elaborao de polticas pblicas, aplicao da
legislao vigente e aes afirmativas.
2. Criar a Secretaria Municipal de Mulheres para tratar das
questes de gnero, sade e violncia domstica.
Infraestrutura
3. Instalar no municpio uma Delegacia de Atendimento Mulher.
4. Criar creches em horrio integral.
Capacitao
5. Ampliar a oferta de cursos para a qualificao de mulheres.
Planejamento
6. Promover o aproveitamento das mulheres no mercado de trabalho.
7. Realizar aes que incentivem a participao das mulheres
do municpio, tanto no mbito da poltica como no setor de
qualificao profissional.
Comunicao
8. Realizar campanha de esclarecimento sobre os direitos
das mulheres.
Programas
Capacitao
5. Ampliar a rea de atuao do Projeto Agente Jovem, incluindo a realizao de cursos de idiomas e informtica.
Infraestrutura
3. Criar um Centro de Atendimento Sade do Idoso.
Programas
4. Criar um programa de incentivo incluso digital dos idosos.
Programa de integrao
Capacitao
1. Capacitar e qualificar as lideranas sociais em seus grupos
de atuao.
Articulao
2. Formalizar parcerias entre os setores pblico e privado,
com vistas obteno de recursos para realizar programas
e projetos.
Fortalecimento da
Planejamento
3. Realizar programas que integrem todas as iniciativas (municipais, estaduais e federais) voltadas manuteno dos
direitos da infncia e da juventude.
Infraestrutura
4. Assegurar a melhoria no atendimento dos servios especficos para a infncia e juventude (sade, esporte, educao,
entre outros).
Comunicao
Fiscalizao
4. Estabelecer mecanismos de acompanhamento e fiscalizao
da gesto de ONGs que atuam no municpio, garantindo a
transparncia das aes.
5. Pesquisar a aquisio de terras locais por ONGs estrangeiras.
88
Articulao
7. Realizar parcerias entre as Secretarias Municipais, cooperativas, ONGs e sindicatos, para desenvolver projetos
socioambientais no municpio.
Articulao
3. Promover o dilogo permanente entre os sindicatos e o poder
pblico, por intermdio de fruns, seminrios, audincias
pblicas e outros meios.
Fiscalizao
Capacitao
Planejamento
Fortalecimento dos
grmios estudantis
Capacitao
1. Promover cursos de formao poltica.
Gesto pblica
1. Implementar o Conselho Municipal de Pessoas com Deficincia.
2. Criar o Programa Municipal de Acessibilidade Urbana.
Articulao
3. Buscar, junto ao poder pblico e empresas privadas, contribuies para ajudar as entidades que atendem as pessoas
com deficincia, lutando pela criao de incentivos fiscais.
Articulao
Fiscalizao
Comunicao
Valorizao do conhecimento
Comunicao
Planejamento
Comunicao
Estudos tcnicos
1. Realizar estudos para catalogar todas as comunidades tradicionais, incentivando a preservao de sua cultura.
Planejamento
2. Criar um Frum de planejamento, integrao e fortalecimento dos grupos principais e populaes tradicionais.
Comunicao
1. Informar a populao sobre a importncia da participao
nos sindicatos.
Capacitao
2. Conscientizar o trabalhador de seu papel na sociedade por
meio da divulgao das aes e responsabilidades sindicais.
Comunicao
2. Realizar campanhas de conscientizao sobre diversidade
de gnero e combate ao preconceito.
89
Capacitao
3. Cr iar um programa de capacitao de professores, com
atuao no combate ao preconceito, na incluso social do
grupo LGBT e na orientao sexual.
Possveis parceiros
Alerj . Associao Pestalozzi de Cachoeiras de Macacu . Associaes de Moradores . Cmara Municipal . CMDCA . Conselho
Estadual de Defesa da Criana e do Adolescente do Estado do
Rio de Janeiro . Conselho Estadual dos Direitos da Mulher
. Conselho Tutelar . Cooperativas . Empresas associadas ao
90
PADRES DE CONSUMO
A pobreza e a degradao ambiental esto estreitamente relacionadas.
Enquanto a primeira tem como resultado determinados tipos de presso
ambiental, segundo a Agenda 21, as principais causas da deteriorao ininterrupta do meio ambiente mundial so os padres insustentveis de consumo e produo, especialmente nos pases industrializados. Motivo de sria
preocupao, tais padres de consumo e produo provocam o agravamento
da pobreza e dos desequilbrios.
91
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Baixa prioridade
Planejamento
Infraestrutura
Elaborao de programas
2. Elaborar programas de combate ao desperdcio de energia
e gua.
3. Criar um programa de formao tcnica em permacultura.
Comunicao
4. Promover campanhas de sensibilizao da populao para o
consumo responsvel (qualidade, rtulos, validades, transgnicos, cadeias produtivas).
Infraestrutura
5. Implantar fontes alter nativas de energia (solar, elica,
biocombustvel etc.) em residncias, comrcio, indstrias,
escolas, hospitais, entre outros.
92
Possveis parceiros
Ampla . Associao Comercial e Empresarial de Cachoeiras
de Macacu (Acecam) . Associaes de Moradores . Autarquia
Municipal de gua e Esgoto de Cachoeiras de Macacu (Amae) .
Cmara Municipal . Cedae . Cooperativa de Eletrificao Rural
de Cachoeiras e Itabora (Cerci) . Empresas associadas ao Comperj . Escolas . Firjan. MP . OAB . ONGs . Prefeitura Municipal .
Procon . Sebrae . Senac . Senai . Veculos de comunicao locais.
ESPORTE E LAZER
O conceito de qualidade de vida, embora subjetivo, independentemente da
nao, cultura ou poca, relaciona-se a bem-estar psicolgico, boas condies
fsicas, integrao social e funcionalidade.
O esporte e o lazer so fatores de desenvolvimento local pelos benefcios que
proporcionam sade fsica e mental dos seres humanos e pela oportunidade
que oferecem de desenvolvimento individual e convivncia social. So atividades reconhecidas pelas Naes Unidas como direitos humanos e, portanto,
devem ser promovidas em todo o mundo.
Atividades esportivas so uma ferramenta de baixo custo e alto impacto
nos esforos de desenvolvimento, educao e combate violncia em vrias
sociedades, e o lazer fundamental para a qualidade de vida dos indivduos.
Ambos tm o poder de atrair e mobilizar a juventude, promovendo a incluso e a cidadania, valores como respeito ao outro e natureza, aceitao de
regras, trabalho de equipe e boa convivncia social. Alm disso, atividades
de esporte e lazer geram empregos e renda.
O municpio possui espaos para a prtica de esportes e para o lazer em escolas, clubes e numa Vila Olmpica, que ser revitalizada segundo o Plano
Diretor, que prev ainda a criao de um espao de cultura e lazer no local
onde funcionava o Senai.
A Liga das Agremiaes Amadoras do Municpio e a Associao de Basquete
Cachoeirense so espaos importantes de incentivo a crianas e jovens na
prtica de esportes. Muitas escolas municipais mantm seus espaos abertos
nos finais de semana para atividades das comunidades 4 .
93
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Baixa prioridade
6. Firmar parceria com as Secretarias Municipais de Meio
Ambiente, e de Esporte e Lazer para a prtica de esportes
de aventura.
7. Incentivar a prtica do esporte profissional mediante incentivo financeiro.
Possveis parceiros
Articulao
Cmara Municipal . CBB . CBF . CBV . COB . Empresas associadas ao Comperj . Ministrio de Esportes . Oi Futuro . Prefeitura
Municipal . Secretaria de Estado de Esporte e Lazer . Secretaria
Municipal de Esporte e Lazer. Suderj.
3. Criar parcerias para desenvolver projetos esportivos e culturais em todos os bairros, inclusive na zona rural.
Infraestrutura
4. Ampliar as reas de lazer em reas rurais e urbanas, com
segurana adequada.
Gesto pblica
5. Criar um fundo municipal de incentivo ao esporte e um
Conselho para gerenciar o investimento.
94
95
Ordem Econmica
GERAO DE TRABALHO,
RENDA E INCLUSO SOCIAL
As mudanas climticas e seus impactos, e a degradao do meio ambiente em
geral, tm implicaes significativas para o desenvolvimento econmico e social, para os padres de produo e de consumo e, portanto, para a criao de
empregos e gerao de renda.
Ao contrrio do que muitos afi rmam, a transio para a sustentabilidade pode
aumentar a oferta de emprego e a gerao de renda. A relao direta entre o
mundo do trabalho e o meio ambiente constitui a essncia dos chamados empregos verdes trabalhos e atividades que contribuem para a preservao ou
restaurao da qualidade ambiental, com remunerao adequada, condies de
trabalho seguras e respeito aos direitos dos trabalhadores.
A economia de Cachoeiras de Macacu , no perodo 2002-2007, correspondia a 5,06% do PIB da regio das baixadas litorneas. Dentro do
Comperj, este municpio integra a Regio de Inf luncia Direta e respondeu,
nesse perodo, por 6,56% do PIB da regio5.
Segundo dados da Fundao Cide, em 2005, o ndice de Qualidade do Municpio (IQM mede as condies de atrao de investimentos e multiplicao
dos benefcios do crescimento econmico) era de 0,265, correspondendo ao
40 lugar na classificao dos municpios do Estado do Rio de Janeiro (em
um total de 92 municpios).
Cachoeiras de Macacu um dos 87 municpios do Estado do Rio de Janeiro
que recebem royalties pela explorao e produo de petrleo. Anualmente,
recebe cerca de R$ 23 milhes em repasse desses recursos.
98
O perfil do setor produtivo do municpio se encontra no Grfico 6. Em todos os setores da economia, o porte predominante de estabelecimento a
microempresa.
489
500
400
300
Micro
Pequena
245
Mdia
200
149
100
0
12
Grande
8
Agropecuria
25
Indstria
21
Comrcio
Servios
76,73
80
17,88
2004
42,29
40
20
2002
52,69
60
3,87
27,58
21,38
28,06
2007
14,04
1,89
Agropecuria
Indstria
Servio
Administrao
Pblica
99
27,85%
30
25
17,75%
20
15
8,98%
9,41%
9,39%
9,59%
0a4
anos
5a9
anos
10 a 14
anos
15 a 19
anos
17,03%
10
5
0
20 a 29
anos
30 a 49
anos
50 anos +
66,10
60
50
40
30
20,82
13,76
20
17,14
10
0
% da populao
que PEA
% da PEA ocupada
100
101
102
103
PROPOSTAS
Alta prioridade
Gesto pblica
1. Criar os Conselhos Municipais de Trabalho e Renda e de
Desenvolvimento Econmico, alm do Frum Municipal de
Emprego e Desenvolvimento Econmico.
2. Assegurar a reserva de um percentual de vagas para contratao de mo de obra local, a partir da instalao de novos
empreendimentos.
3. Ativar o funcionamento do Centro de Oportunidades.
Articulao
2. Buscar parcerias para reativar os cursos profissionalizantes
promovidos pelo Sistema S.
104
Baixa prioridade
Mdia prioridade
Programas
Possveis parceiros
CIEE . Coppe UFRJ . Fundao Ita Social . Ministrio do Trabalho e Emprego . OIT . ONGs . Prefeitura Municipal . Prominp
. Sebrae . Secretarias Municipais (Governo, Promoo Social
e Trabalho, Administrao, Educao) . Senac . Senai . Sesc .
Sest/Senat . Sine . Veculos de comunicao locais.
AGRICULTURA
A Agenda 21, em seu Captulo 32, afirma que a agricultura ocupa um tero
da superfcie da Terra e constitui a atividade central de grande parte da
populao mundial. Segundo o documento, as atividades rurais ocorrem
em contato estreito com a natureza a que agregam valor com a produo
de recursos renovveis , ao mesmo tempo em que a tornam vulnervel
explorao excessiva e ao manejo inadequado.
A agricultura sustentvel quando ecologicamente equilibrada, economicamente vivel, socialmente justa, culturalmente apropriada e orientada por
um enfoque holstico. Este modelo de agricultura respeita a diversidade e a
independncia, utiliza os conhecimentos da cincia moderna para se desenvolver e no marginaliza o conhecimento tradicional acumulado ao longo dos
sculos por grandes contingentes de pequenos agricultores em todo o mundo.
A g roecolog ia A bord a
age
ge m d a
agricultura que se baseia nas din m ica s d a nat u reza e prope
mudanas profundas nos sistemas
e nas formas de produo. Sua filosofia produzir de acordo com as
leis e as dinmicas que regem os
ecossistemas uma produo com
e no contra a nat ureza. Rene
conceitos das cincias naturais e
das cincias sociais em prticas
dedicadas ao estudo das relaes
produt ivas ent re homem-nat ureza, visando sempre a sustentabilidade ecolgica, econmica,
social, cultural, poltica e tica.
No mbito da agroecologia, encontramos ainda discusses sobre
ma nuteno da biod iversidade,
agricultura orgnica, agrofl oresta, permacultura e agroenergia,
dentre outros temas.
105
106
107
PROPOSTAS
Alta prioridade
Baixa prioridade
Mdia prioridade
pblicas na agricultura
Gesto pblica
1. Atualizar o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural.
Fiscalizao
3. Cobrar maior rigor na fiscalizao do uso de agrotxicos.
Capacitao
4. Criar cursos de capacitao em economia agroindustrial.
4. Disponibilizar os profissionais do quadro tcnico da prefeitura para intermediar o fomento de financiamento junto
aos bancos.
Projeto
5. Desenvolver programas de economia solidria.
Estudo tcnico
6. Realizar um levantamento das demandas dos produtores rurais.
7. Realizar estudos tcnicos que busquem soluo para o alagamento em reas produtivas (ex.: So Jos da Boa Morte).
Comunicao
8. Divulgar os trabalhos do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural.
Planejamento
9. Buscar apoio tcnico para as atividades sustentveis geradoras de emprego e renda (agricultura orgnica, apicultura,
silvicultura, sistemas agrof lorestais e aquicultura).
Infraestrutura
10. Instalar postos de coleta para embalagens de agrotxicos.
Comunicao
2. Estimular a identificao das vocaes presentes no setor
agroindustrial e de empreendedorismo, capacitando a mo
de obra local.
108
Gesto pblica
Programas e projetos
2. Desenvolver programas que garantam o uso dos produtos
agrcolas do municpio na merenda escolar e no abastecimento do hospital municipal.
3. Ampliar o Programa de Agricultura Integrada e Sustentvel
(Projeto Pais) para a populao rural.
4. Ampliar o Programa de Capacitao de Agricultores para a
certificao de produtos orgnicos.
Planejamento
5. Promover um encontro entre os agricultores com o objetivo
de identificar a situao de trabalho e produo, bem como as
informaes necessrias para promover o cultivo orgnico.
6. Ampliar a produo de gneros alimentcios orgnicos e sua
comercializao nos mercados local e regional.
7. Promover um programa de distribuio de sementes s famlias, para o cultivo de hortas domsticas e comunitrias.
8. Incentivar a criao de um Mercado do Produtor para facilitar o escoamento da produo de produtos orgnicos.
Articulao
9. Estabelecer parcerias com instituies de pesquisa para
promover a formao de Arranjos Produtivos Locais (APL).
Planejamento
1. Criar cooperativas para atender demanda dos projetos de
biodiesel e outras culturas que promovam o desenvolvimento de tecnologias sustentveis.
Projetos
2. Cultivar sementes oleaginosas para produo de biocombustvel e outras culturas com potencial para aproveitamento
na biotecnologia.
3. Ampliar o acesso anlise da terra, correo de solo, sementes e mudas de qualidade, bem como ao acompanhamento
tcnico-rural.
Capacitao
4. Capacitar pessoas para captar recursos destinados produo de oleaginosas.
5. Capacitar um quadro tcnico para orientar os produtores
rurais sobre as melhores tcnicas de manejo e inovaes.
Possveis parceiros
Associaes de Moradores . Cmara Municipal . Emater . Embrapa . Inea . Ministrios (Agricultura, Pecuria e Abastecimento,
109
INDSTRIA E COMRCIO
Em seu Captulo 30, a Agenda 21 reconhece que a prosperidade constante, objetivo fundamental do processo de desenvolvimento, resulta principalmente das
atividades do comrcio e da indstria. Mas alerta que o setor econmico deve
reconhecer a gesto do meio ambiente como uma de suas mais altas prioridades.
No possvel ter uma economia ou uma sociedade saudvel num mundo com
tanta pobreza e degradao ambiental. O desenvolvimento econmico no pode
parar, mas precisa mudar de rumo para se tornar menos destrutivo.
A abundncia de recursos hdricos
favoreceu a instalao de uma fbrica
de cerveja na regio
As polticas e operaes empresariais podem desempenhar um papel importante na reduo do impacto sobre o uso dos recursos e o meio ambiente por
meio de processos de produo mais eficientes, estratgias preventivas, tecnologias e procedimentos mais limpos de produo ao longo do ciclo de vida
de um produto. necessrio estimular a inventividade, a competitividade
e as iniciativas voluntrias para estimular opes mais variadas e efetivas.
A competitividade tambm exige das indstrias e do comrcio a adequao
a esta tendncia, o que est propiciando o surgimento de produtos e servios
ambientais que visam diminuio dos danos ao meio ambiente.
A contribuio deste setor para o desenvolvimento sustentvel pode aumentar
medida que os preos de bens e servios ref litam cada vez mais os custos
ambientais de seus insumos, produo, uso, reciclagem e eliminao, segundo
as condies de cada local.
110
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Infraestrutura
4. Viabilizar a criao de reas industriais (condomnios), de
acordo com a vocao e zoneamento adequado do municpio.
Articulao
5. Realizar parcerias para a instalao de incubadoras de empresas.
Capacitao
6. Realizar cursos de capacitao e qualif icao, v isando
atender s necessidades do setor produtivo.
Fiscalizao
7. Monitorar o ndice de empregabilidade no municpio.
Baixa prioridade
Fortalecimento do setor de
comrcio e servios
Gesto pblica
1. Elaborar programas de desburocratizao para o setor de
comrcio e servios.
2. Investir em projetos de incluso social.
3. Elaborar programas de fortalecimento do microempresrio.
Capacitao
4. Estimular o empreendedorismo por meio de cursos de capacitao em cooperativismo e associativismo.
Infraestrutura
5. Reaparelhar o Centro de Oportunidades do municpio.
Possveis parceiros
Associao Comercial, Industrial e Agropastoril de Cachoeiras de Macacu . Cmara Municipal . Empresas associadas ao
Comperj . FGV . Firjan . Ibama . IBGE . Inea . Ministrios (Meio
Ambiente, Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior,
Trabalho e Emprego) . Prefeitura Municipal . Prominp . Sebrae .
Secretarias Estaduais (Ambiente, Desenvolvimento Econmico,
Energia, Indstria e Servios, Trabalho e Renda) . Secretarias
Municipais (Meio A mbiente, Desenvolv imento Econmico,
Turismo, Cultura, Indstria e Comrcio, Promoo Social e
Trabalho) . Senac . Senai . Sesc . TCE-RJ . Universidades.
Comunicao
2. Compartilhar informaes sobre os empreendimentos instalados na regio, especialmente no que diz respeito ao
licenciamento ambiental.
111
TURISMO
O turismo est entre as atividades econmicas que mais dependem da conservao e valorizao do meio ambiente natural e construdo, especialmente
para os destinos cujo destaque so os atrativos relacionados cultura e s
belezas naturais. considerado sustentvel quando consegue alcanar os
resultados econmicos desejados respeitando o meio ambiente e o desenvolvimento das comunidades locais.
Os turistas, cada vez mais, favorecem empreendimentos que minimizam a
poluio, o desperdcio, o uso de energia, de gua e de produtos qumicos
txicos. Visitantes satisfeitos, que levam consigo novos conhecimentos e
recomendam aos amigos que tenham a mesma experincia, so a garantia
de sucesso de um destino turstico.
Um ambiente saudvel e preser vado, no qual h respeito pela diversidade
humana, natural e cultural o ideal para a prtica sustentvel do turismo.
Se essas condies no so asseguradas, o destino comea a declinar e deixa
de gerar os benefcios a que se prope.
O desenvolvimento do turismo sustentvel deve respeitar a legislao vigente, garantir os direitos das populaes locais, conservar o ambiente natural
e sua biodiversidade, considerar o patrimnio cultural e os valores locais,
e estimular o desenvolvimento social e econmico dos destinos tursticos.
112
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Melhoria na infraestrutura
dos atrativos tursticos
Gesto pblica
1. Criar no municpio um Convention & Business Bureau.
Baixa prioridade
3. Promover cursos de formao de lideranas que protagonizem o turismo na regio.
Programas e projetos
4. Desenvolver um projeto par ticipativo para identif icar a
identidade cultural local.
Infraestrutura
Planejamento
7. Definir territrios especficos para a disposio de oferendas, reduzindo os transtornos causados por estas atividades.
Planejamento
8. Elaborar um cadastro de hotis, pousadas, reas de camping
e projetos para novos hotis.
Comunicao
10. Desenvolver um plano de comunicao para divulgar os
atrativos tursticos da regio.
Fiscalizao
11. Controlar a visitao das reas tursticas, evitando a degradao do patrimnio turstico.
Possveis parceiros
Articulao
Capacitao
2. Realizar cursos tcnicos de turismo e de incluso produtiva
no turismo (ex.: guias tursticos, camareira).
113
GERAO DE RESDUOS
As atividades industriais, agroindustriais, hospitalares, de transportes, servios
de sade, comerciais e domiciliares produzem grandes volumes de resduos slidos
sob a forma de plsticos, metais, papis, vidros, pneus, entulhos, lixo eletrnico,
substncias qumicas e alimentos. Para piorar este quadro, a maioria dos municpios no conta com mecanismos de gerenciamento integrado desses resduos.
Substncias qumicas perigosas de origem orgnica, como os organoclorados,
ou inorgnica, como metais pesados (chumbo e mercrio, entre outros), provocam doenas e no se degradam na natureza. Pilhas, baterias de telefones
celulares, lmpadas de mercrio e outros resduos perigosos tm em sua
composio metais pesados, altamente txicos, no biodegradveis e que se
tornam solveis, penetrando no solo e contaminando as guas.
J os resduos infectantes gerados pelos servios de sade constituem risco
pelo potencial de transmisso de doenas infectocontagiosas, uma vez que
nem sempre so coletados, tratados, eliminados ou dispostos corretamente.
urgente a diminuio, o gerenciamento, a reciclagem e a reutilizao dos
resduos gerados ao longo de todas as fases do processo econmico, considerando que muitos deles podem ser reaproveitados, beneficiando a todos.
Em Cachoeiras de Macacu, h preocupao com a destinao inadequada de substncias txicas, perigosas e radioativas. Falta orientao para o
uso correto de agrotxicos, assim como o descarte adequado das embalagens,
Possveis Classes
Responsvel
Domiciliar
Prefeitura
Comercial
2, 3
Prefeitura
Industrial
1, 2, 3
Gerador do resduo
Pblico
2, 3
Prefeitura
Servios de sade
1, 2, 3
Gerador do resduo
1, 2, 3
Gerador do resduo
Agrcola
1, 2, 3
Gerador do resduo
Entulho
Gerador do resduo
Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/residuos/
classes_dos_residuos.html
114
115
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Baixa prioridade
Gesto pblica
Comunicao
1. Realizar campanhas educativas, visando informar a populao sobre danos causados pelos resduos radioativos
sade e ao meio ambiente.
Fiscalizao
2. Solicitar ao Cnen a realizao de cursos sobre o tema, destinados aos funcionrios pblicos das Secretarias Municipais.
Possveis parceiros
txicas e perigosas
Capacitao
4. Capacitar o quadro tcnico das Secretar ias Municipais
(Meio Ambiente, Sade e Defesa Civil, Educao, Agricultura, Pecuria e Abastecimento) e do Corpo de Bombeiros,
a fim de prover maior conhecimento sobre manejo seguro
de substncias qumicas txicas e perigosas.
Programas e projetos
5. Desenvolver programas e projetos voltados reduo do
despejo de resduos industriais por meio da utilizao de
tecnologias limpas.
116
resduos radioativos
Capacitao
117
Meios
de Implementao
CINCIA E TECNOLOGIA
Segundo a Agenda 21, o desafio relacionado a este tema utilizar o conhecimento cientfico e tecnolgico em busca de solues inovadoras em prol
do desenvolvimento sustentvel. E um dos papis da cincia oferecer informaes que permitam desenvolver polticas adequadas gesto cautelosa
do meio ambiente e ao desenvolvimento da humanidade.
A cincia e a tecnologia devem colaborar para a adoo de tcnicas de manejo
e uso adequado dos recursos ambientais, melhorando a qualidade de vida
das populaes e permitindo sua participao na elaborao de estratgias
de desenvolvimento local.
A fim de alcanar esses objetivos so necessrias aes para melhorar, atualizar e ampliar, ao longo do tempo e de forma permanente, as bases de dados
cientficos existentes. Isto exige o fortalecimento das instituies de pesquisas, o estmulo aos cientistas e a ampliao das fontes de financiamento,
alm de uma aproximao das instituies cientficas e tecnolgicas e dos
cientistas com a populao.
Segundo a Unesco, o Brasil aplica aproximadamente 1,4% do PIB em cincia
e tecnologia, sendo que 1,02% do PIB so investimentos diretos em pesquisa e
desenvolvimento. Mas observa que o Pas enfrenta o desafio de fazer com que
os investimentos cheguem de forma mais homognea populao e possam
efetivamente melhorar sua qualidade de vida.
120
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Estudos tcnicos
1. Fazer um inventrio das instituies de pesquisa e pesquisadores que atuam no municpio.
Planejamento
2. Estimular a instalao de empresas de gesto em Tecnologia
da Informao (TI) e formao profissional no municpio.
Capacitao
Baixa prioridade
Possveis parceiros
Emater . Embrapa . Empresas associadas ao Comperj . Escolas
. Fiocr uz . Fundao BioRio . IBGE . Ministrios (Cincia e
Tecnologia, Meio Ambiente) . Sebrae . Secretarias Estaduais
(Cincia e Tecnologia, Educao, Ambiente) . Secretarias Municipais (Governo, Educao, Meio Ambiente) . Universidades
. Veculos de comunicao locais.
3. Elaborar cursos de formao tcnica para atender s demandas que surgiro a partir do Comperj.
Infraestrutura
1. Criar incubadoras de universidades e centros de pesquisa para
o desenvolvimento de prticas cientficas e tecnolgicas.
121
RECURSOS FINANCEIROS
ICMS-Verde A legislao tradicional do Imposto sobre Circulao
de Mercadorias e Ser vios (ICMS)
prev que 25% dos recursos arrecadados pelo governo estadual do
Rio de Janeiro sejam repassados
s prefeituras, segundo cr itr ios
como nmero de habitantes e rea
ter r itor ia l. Com a aprovao da
Lei do ICMS-Verde, o componente
ecolgico foi incor porado a essa
distribuio, tornando-se um dos
seis ndices estabelecidos para o
clculo do imposto. Dependendo do
tipo de poltica que adotar em favor
do meio ambiente, o municpio ter
direito a maior repasse do imposto.
O ndice de repasse do ICMS-Verde
composto da seguinte forma: 45%
para reas conservadas (Unidades
de Conservao, reservas particulares e reas de proteo permanentes); 30 % pa ra qua lidade da
gua; e 25% para a administrao
dos resduos slidos. As prefeituras
que criarem suas prprias Unidades
de Conservao tero direito a 20%
dos 45% destinados manuteno
de r ea s proteg ida s. Os nd ice s
para a premiao dos municpios
so elaborados pela Fundao Cide.
(Fonte: Centro de Informaes de
Dados do Rio de Janeiro)
122
Nomenclatura
Frmula
Valor
Descrio
Srie Histrica
Indicador
de equilbrio
oramentrio
Receita realizada/
despesa executada
1,2012
Ver Grfico 11
Indicador do
comprometimento
da receita
corrente com a
mquina
administrativa
Despesas de custeio/
receitas correntes
0,79
Ver Grfico 12
Autonomia
financeira
Receita tributria
prpria/despesas de
custeio
0,091
Ver Grfico 13
Esforo tributrio
prprio
Transferncias
correntes e de capital/
receita realizada
0,099
Ver Grfico 14
Carga tributria
per capita
Receita tributria
prpria + cobrana
dvida ativa/
populao
134,23
Ver Grfico 15
Investimentos per
capita
Investimentos/
populao do
municpio
50,31
Ver Grfico 16
Grau de
investimento
Investimentos/receita
total
2,84%
Ver Grfico 17
Liquidez corrente
Ativo financeiro/
passivo financeiro
7,65
Ver Grfico 18
123
1,2
0,200
1,1023
0,188
1,1012
1,1
0,165
0,9682
1,0
0,146
0,130
0,107
0,099
0,9793
0,9
0,095
0,8992
0,8
2003
0,099
0,9076
2004
2005
2006
2007
2008
2004
2005
2006
2007
160
1,03
1,00
2003
2008
1,2
0,060
0,072
134,23
0,92
0,9
120
0,91
0,86
0,79
0,6
71,80
80
77,05
87,81
82,61
0,3
0,0
40
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2003
2004
2005
2006
2007
2008
0,12
51,00
160
0,101
136,70
0,091
0,09
120
0,073
0,084
0,06
80
0,070
69,04
0,059
124
50,31
24,05
0,03
0,00
95,39
70,03
40
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2003
2004
2005
2006
2007
2008
%
15
10
12 10,72%
10,45%
7,65
11,18%
4
5,63%
2,84%
2
3,16%
2003
2004
2005
2006
2007
2008
1,42
1,35
0,57
0,51
2003
2004
2005
2006
0,36
2007
2008
125
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Baixa prioridade
Gesto integrada do
Planejamento
da receita prpria
Infraestrutura
Gesto pblica
2. Reestruturar o aparato de fiscalizao das Secretarias Municipais com recursos humanos e materiais de combate
sonegao, controle e aumento de receita.
Gesto pblica
3. Formular polticas pblicas ambientais que incrementem a
participao do municpio no ICMS-Verde.
4. Criar um programa de trabalho na Lei Oramentria Anual
direcionado efetivao do Frum da Agenda 21 Local e
seu funcionamento.
Articulao
5. Estabelecer parcerias entre os programas do municpio e as
empresas que integram a cadeia produtiva do Comperj para
implementao das aes propostas pelo Frum da Agenda
21 Local.
Possveis parceiros
Gesto pblica
Planejamento
1. Realizar cursos de capacitao, elaborao de projetos e
captao de recursos.
126
MOBILIZAO E COMUNICAO
A participao, essencial em um processo de Agenda 21 Local, tem a funo
de aproximar o cidado da gesto e das polticas pblicas. Dessa maneira,
ele conquista espao, garante a elaborao de um planejamento que ref lita
as necessidades locais e acompanha sua implantao.
A mobilizao social parte importante do processo de fomento participao. Ela acontece quando um grupo de indivduos se rene e decide agir para
um bem comum. Fazer parte de um processo de mobilizao uma escolha
que depende das pessoas se verem ou no como responsveis e capazes de
transformar sua realidade.
O desenvolvimento local depende do acesso a informaes organizadas e
disponibilizadas com transparncia a todos os interessados. Para que possam
participar efetivamente dos processos decisrios e inf luenciar as polticas
locais, os cidados devem estar bem informados sobre os problemas, oportunidades e potenciais da regio.
Embora haja uma quantidade considervel de dados produzidos, preciso
sistematiz-los e atualiz-los para que se transformem em informao til
para as populaes e que sua divulgao seja ampla e democrtica entre os
diferentes segmentos sociais.
O desafio promover formas de organizar, disponibilizar e divulgar as informaes de modo integrado, coerente e acessvel a todos, para que elas se
tornem ferramentas eficazes de participao social.
127
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Baixa prioridade
Polticas pblicas de
2. Criar rede de informao com participao social e governamental sobre os potenciais impactos gerados por novos
empreendimentos.
Comunicao
Planejamento
participao social
Projetos
3. Elaborar projetos continuados nas comunidades, para sensibilizar as pessoas sobre a importncia da participao
popular na tomada de decises.
Planejamento
4. Criar um sistema de gesto, democrtica e participativa,
que assegure apoio tcnico efetivo aos movimentos de representao social.
Comunicao
1. Instalar um sistema de acompanhamento, monitoramento
e divulgao das informaes relevantes para a tomada de
decises, com mecanismos de universalizao do conhecimento sobre a realidade local.
128
Gesto pblica
4. Integrar os Conselhos Municipais no uso das mesmas ferramentas de tomada de deciso.
5. Criar o governo eletrnico como ferramenta de comunicao
e transparncia.
6. Propor a criao de lei que institua conferncias peridicas de cada uma das Secretarias Municipais como meio de
participao popular na tomada de deciso.
Possveis parceiros
Cmara Municipal . Confederao Nacional dos Municpios .
Conleste . Empresas associadas ao Comperj . Escolas . FGV .
Firjan . Ibam . IBGE . MP . OAB . ONGs . Prefeitura Municipal .
Sebrae . Senac . Senai . Sesc . TCE-RJ . Universidades . Veculos
de comunicao locais.
GESTO AMBIENTAL
Nos ltimos anos, os municpios brasileiros vm assumindo um papel cada vez
mais efetivo na gesto das polticas pblicas, dentre elas a poltica ambiental.
Desde 1981, a Poltica Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/81) define o papel
do poder local dentro do Sistema Nacional do Meio Ambiente. A Constituio
Federal de 1988, por sua vez, transformou o municpio em ente autnomo da
federao e lhe facultou o poder de legislar suplementarmente sobre a poltica
ambiental, em especial sobre questes de interesse local.
Gesto o ato de administrar, ou seja, usar um conjunto de princpios, normas e funes para obter os resultados desejados. A gesto ambiental de um
territrio deve cuidar para que este no se deteriore, conservando as caractersticas que se deseja e aprimorando aquelas que necessitam de melhoria.
Para isto, preciso conscientizar e capacitar administradores e funcionrios
para que possam desempenhar seu papel, suas responsabilidades e atribuies.
Uma gesto participativa, como pede a Agenda 21, entende que poder local
no apenas a Prefeitura, mas o conjunto de poderes institudos, a sociedade
civil organizada, outras esferas sociais, o poder pblico estadual e federal e
as relaes que estabelecem entre si. Uma boa gesto ambiental depende do
bom funcionamento deste conjunto e tem como atribuies cuidar das reas
importantes para o equilbrio ambiental e a qualidade de vida dos cidados.
A gesto ambiental do municpio passa por um processo de fortalecimento institucional e de construo de polticas pblicas integradas, visando
utilizar os recursos naturais locais com vistas ao desenvolvimento sustentvel.
Nesse sentido, observa-se maior participao da Secretaria de Meio Ambiente,
inclusive atravs da implementao do Conselho Municipal de Meio Ambiente
e do Fundo Municipal de Meio Ambiente.
A gesto envolve:
129
130
PROPOSTAS
Alta prioridade
Mdia prioridade
Infraestrutura
1. Criar uma ouvidoria municipal.
Gesto pblica
2. Integrar as diferentes Secretarias Municipais, para criar um
Sistema Integrado de Interveno sobre a realidade local.
Fiscalizao
3. Acompanhar o funcionamento dos Conselhos Municipais.
4. Criar mecanismos de licenciamento para a instalao de
novos empreendimentos, em suas vrias categorias.
Planejamento
5. Promover a participao da sociedade nas etapas de licenciamento dos empreendimentos na regio.
6. Realizar encontros entre setores interessados e voluntrios
para dimensionar a disponibilidade de captao de recursos
e a formalizao de parcerias para desenvolver programas
de preservao ambiental.
7. Criar padres de qualidade (selos, normas, similares) para
incentivar projetos socioambientais.
Fortalecimento do Frum
da Agenda 21 Local
Planejamento
1. Fortalecer o Frum da Agenda 21 Local, a fim de otimizar
a interao entre o poder pblico e a sociedade.
2. Fortalecer o Frum da Agenda 21 Local no contexto regional, para traar estratgias de desenvolvimento sustentvel
na regio.
3. Fomentar a gesto ambiental par ticipativa por meio da
Agenda 21.
Estudos tcnicos
Baixa prioridade
Infraestrutura
5. Construir a Casa da Agenda 21 Local com uso de tecnologia
verde.
Programas e projetos
1. Realizar projetos de cooperao tcnica, para legalizar e
fortalecer entidades da sociedade civil organizada.
2. Elaborar um programa permanente de segurana para possibilitar a gesto dos riscos inerentes s atividades da cadeia
produtiva do Comperj.
Planejamento
3. Fortalecer a participao social nos Conselhos Municipais,
fomentando a gesto participativa.
Comunicao
4. Criar mecanismos de divulgao dos resultados das entidades da sociedade civil, com dados sobre suas misses institucionais, projetos em andamento, parceiros conquistados
e recursos humanos, entre outros.
Possveis parceiros
ABC . Associaes de Moradores . Cmara Municipal . Escolas
. Ibama . IBGE . ICMBio . Inea . Ministrio do Meio Ambiente
. MP . ONGs . Prefeitura Municipal . Rebal . SEA . Secretarias
Municipais (Gover no, Ordem Pblica, Obras e Urbanismo,
Promoo Social e Trabalho, Administrao e Modernizao,
Agr icu lt ura, Pecur ia e Abastecimento, Desenvolv imento
Econmico, Turismo, Cultura, Indstria e Comrcio, Educao,
Esporte e Lazer, Meio Ambiente, Planejamento e Gesto, Sade e
Defesa Civil) . Universidades . Veculos de comunicao locais.
131
Programas ambientais
Monitoramento dos corpos hdricos superficiais e sedimentos
Acompanhar a evoluo da qualidade das guas dos rios Macacu e Cacerib,
verificando alteraes nas caractersticas e na qualidade das guas. Essa
iniciativa dar origem a um banco de dados que orientar o monitoramento
da gua em fases futuras do empreendimento, assegurando que no haja
degradao de corpos hdricos pelas atividades do Complexo.
132
133
Projetos sociais
Educao Ambiental
O objetivo do programa de Educao Ambiental desenvolver aes nas reas
de inf luncia direta e indireta do empreendimento, visando capacitar diversos setores da sociedade para uma atuao efetiva na melhoria da qualidade
ambiental e de vida na regio.
Comunicao social
O programa de Comunicao Social do Comperj visa difundir e monitorar
continuamente as informaes sobre a implantao do empreendimento, informando riscos, situaes especficas e evitando criar expectativas irreais
entre os diversos pblicos de interesse envolvidos.
134
Acompanhamento epidemiolgico
Acompanhamento analtico da evoluo de enfermidades e agravos na rea
de abrangncia do Comperj com foco nos municpios de Itabora, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, So Gonalo e Guaxindiba , contribuindo para
quantificar e informar possveis mudanas no comportamento epidemiolgico
no decorrer do processo de implantao do Complexo.
Atitude sustentvel
O projeto, desenvolvido no parque ambiental Praia das Pedrinhas, em So
Gonalo, visa oferecer atividades esportivas e culturais, em sua maioria a
crianas e adolescentes. O projeto traz ainda benefcios ao meio ambiente, j
que a gua que abastece o lago artificial (piscino) captada por uma balsa
localizada na Baa de Guanabara e tratada com fins de purificao, tornandose prpria para o banho.
Mova-Brasil
O objetivo do projeto promover a dignidade humana por meio da alfabetizao de jovens e adultos, utilizando a metodologia criada por Paulo Freire.
135
Convivncia Positiva
Visa fortalecer a autoestima e os vnculos familiares e comunitrios de crianas e adolescentes com HIV e AIDS, por meio de atividades socioeducativas.
Reciclando Vidas
Contribui para a incluso social e o desenvolvimento humano e econmico
da comunidade de catadores de resduos de Itaoca.
Agricultura Familiar Periurbana
O objetivo do projeto ampliar as oportunidades de ocupao socioeconmica
e de gerao de renda para os agricultores familiares periurbanos de Nova
Iguau, Queimados, Mag e Rio de Janeiro.
Matrizes que Fazem
Tem como objetivo a qualificao profissional de jovens de So Gonalo,
por meio de oficinas de corte e costura, cermica, artesanato, entre outras.
Projeto PAIS (Produo Agroecolgica Integrada e Sustentvel)
Visa promover a empregabilidade e o aumento de renda de agricultores familiares, por meio da insero de tcnicas de produo agrcola, dispensando
o uso de adubos qumicos e agrotxicos.
Projeto CataSonhos
O projeto tem como principal objetivo fortalecer a rede de catadores da regio
e suas atividades de coleta e comercializao de material reciclvel e de leo
vegetal usado.
136
GLOSSRIO / SIGLAS
137
138
139
140
PARTICIPANTES
Primeiro Setor
Adriano Luz Corra Pinto - Parque Estadual dos
Trs Picos
Almir Dias - Secretaria Municipal de Agricultura,
Pecuria e Abastecimento
Ceclia de Castro Mendes - Secretaria Municipal de
Sade e Defesa Civil
Claudiomar da C. de Oliveira
Daiana Barroso Reis - Secretaria Municipal de
Promoo Social e Trabalho
Deneci de Souza Sardinha - Secretaria Municipal de
Educao
Edson Ely Marinho Autarquia Municipal de gua
e Esgoto de Cachoeiras de Macacu (Amae)
Elica Silva e Magalhes - Secretaria Municipal de
Educao
Erasmo Trielli Junior - Prefeitura Municipal de
Cachoeiras de Macacu
Jacir Adriano
Segundo Setor
Alex Fren Rangel - Colgio N1
Almir Correa de S - Aougue Almir Correa
lvaro Silva de Souza
Ana Cristina V. de Souza - Pra Casa Jininha
141
Carlos Adar
Fbio R. C. Monteiro
142
Terceiro Setor
Alan Saldanha
Alcina Peixoto
Raphael Macedo
Carlos Helio
Sergio R. Silva
Durval Saldanha
Erenildo da Silva Baiense
Evanildo de Souza
Hermes Pereira de Nazar
Hilton de Figueiredo
Valmlia Maciel
Victor Schwartz
Comunidade
Ado Rodrigues Pacheco
Adelino das Dores - Associao de Moradores e
Amigos do Setenta
143
Adevaldo da Silva
Floreci A. da Silva
Alvaro R. da Silva
Gediel de Vasconcelos
Ilcinia Rosa
Iracema E da Silva
Derciu Ferreira
Devaz Ferreira
Divino Soares
Douglas B. Rodrigues
Ediel Santanna
Efradio Martins
Lacio Anselm
Lais Pereira
144
Michel de Souza
Moses Bueno
145
146
Encarregado de Logstica
Paulo Brahim
Mrcio Ranauro
Coordenadora Tcnica
Tcnico
Tcnico
Tcnico
Fernanda Leopardo
Assistente Tcnico
Assistente Tcnica
Assistente de Apoio
147
ISER
Coordenadora Geral (construo
coletiva)
Samyra Crespo
Coordenador do Projeto
Claudison Rodrigues
Coordenadora Financeira
Dioney Brollo
Coordenador de Produo
Wagner Sabino
Tcnica
Mrcia Gama
Tcnica
Patricia Kranz
Ana Batista
Renata Bernardes
Martha Guimares
Assistente Tcnico/Financeiro
Hebert Lima
Camila Rodi
Fernando Pereira
Rodaviva
148
Coordenador do Projeto
Claudison Rodrigues
Coordenadora Financeira
Rozender Smaniotto
Coordenador de Produo
Wagner Sabino
Coordenador Regional
Vladimir Falco
Tcnica
Isabel Macedo
Tcnico
Marcelo Arantes
Tnia Jandira
Assistente Tcnico
Hebert Lima
Fernando Pereira
Martha Guimares
Camila Rodi
Rosangela Ferro
Tesoureiro
Raimundo Nonato
ASA
Coordenador Geral
Gerente do Projeto
Coordenador Tcnico
Leandro Quinto
Tcnica
Tcnico
Thiago Albuquerque
Tcnico
Alex Bernal
Gisele Renault
Renata Villaa
Tatiana de S Ferreira
Apoio Administrativo
Heidi Marques
Consultorias:
Fundao Jos Pelcio Ladec / UFRJ
(construo coletiva)
Patricia Kranz
Consultor
Consultor
Consultor
Consultor
Roberto Rocco
Consultor
Leandro Quinto
Tcnica
Produo de vdeo
149
150
151
maio 2011
www.agenda21cachoeirasdemacacu.com.br