1) O documento descreve a teoria da antropologia interpretativa desenvolvida por Clifford Geertz, que enfatiza a compreensão das culturas através da interpretação dos significados simbólicos nas ações humanas.
2) Geertz critica a abordagem estruturalista de Lévi-Strauss e defende que a tarefa do antropólogo é realizar etnografias minuciosas e interpretações culturais.
3) A cultura é compreendida como teias de significados construídas pelos povos, sendo o objetivo da ant
1) O documento descreve a teoria da antropologia interpretativa desenvolvida por Clifford Geertz, que enfatiza a compreensão das culturas através da interpretação dos significados simbólicos nas ações humanas.
2) Geertz critica a abordagem estruturalista de Lévi-Strauss e defende que a tarefa do antropólogo é realizar etnografias minuciosas e interpretações culturais.
3) A cultura é compreendida como teias de significados construídas pelos povos, sendo o objetivo da ant
Descrição original:
Resumo do primeiro capítulo de Interpretações das Culturas
1) O documento descreve a teoria da antropologia interpretativa desenvolvida por Clifford Geertz, que enfatiza a compreensão das culturas através da interpretação dos significados simbólicos nas ações humanas.
2) Geertz critica a abordagem estruturalista de Lévi-Strauss e defende que a tarefa do antropólogo é realizar etnografias minuciosas e interpretações culturais.
3) A cultura é compreendida como teias de significados construídas pelos povos, sendo o objetivo da ant
1) O documento descreve a teoria da antropologia interpretativa desenvolvida por Clifford Geertz, que enfatiza a compreensão das culturas através da interpretação dos significados simbólicos nas ações humanas.
2) Geertz critica a abordagem estruturalista de Lévi-Strauss e defende que a tarefa do antropólogo é realizar etnografias minuciosas e interpretações culturais.
3) A cultura é compreendida como teias de significados construídas pelos povos, sendo o objetivo da ant
Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 3
UMA DESCRIO DENSA:
POR UMA TEORIA INTERPRETATIVA DA CULTURA
Com o texto muito fragmentado a compreenso tornou-se difcil, porm ao estudar a obra na ntegra percebemos que certas idias, vises e comportamentos surgem com tanta intensidade que acabam sendo incorporados pelas populaes,passando a ser considerados como cultura. Podemos assim definir cultura como: 1 - o modo de vida global de um povo; 2 - o legado social que o indivduo adquire do seu grupo; 3 - uma forma de pensar, sentir e agir; 4 - uma abstrao do comportamento; 5 - uma teoria, elaborada pelo antroplogo, sobre a forma pela qual um grupo de pessoas se comporta realmente; 6 - um celeiro de aprendizagem em comum; 7 - um conjunto de orientaes padronizadas para os problemas recorrentes; 8 - comportamento aprendido; 9 - um mecanismo para a regulamentao normativa do comportamento; 10 - um conjunto de tcnicas para se ajustar tanto ao ambiente externo como em relao aos outros homens; 11 - um precipitado da histria. Poderamos relacionar uma infindvel lista de definies, o que reforaria a nossa viso ecltica, mas mesmo assim, apesar de tantas definies necessrio que uma escolha seja feita. C. Geertz (1926 2006), fundador da Antropologia Interpretativa, representa um divisor de guas no tema. uma contraposio ao modelo Levi-straussiano da antropologia estrutural, propondo uma nova Teoria Antropolgica. O autor fala em culturas (no plural) do ser humano. A ao humana uma atividade estruturante, um efeito de superfcie. Neste sentido Geertz busca o que pode ser inferido/interpretado nos relatos etnogrficos. Hoje h uma grande cautela em se explorar o inconsciente atravs das aes reais como manifestaes de aes do consciente. A interpretao do que acontece, segundo o autor, no pode se distanciar daquilo que acontece. Para ele, o trabalho do antroplogo realizar etnografia. A obra Grande Serto Veredas de Guimares Rosa pode ser considerada um exemplo ao que Geertz se refere no Brasil. Um ser humano pode ser um enigma completo para outro ser humano. Ns no compreendemos o povo, ainda que dominemos seu idioma. Ns no podemos nos situar entre eles. Neste trecho, ele faz uma crtica a B. Malinovski. Para Geertz, falta interpretao descrio etnogrfica de Malinovski. E a Antropologia Interpretativa exige grande rigor e preciso conceitual.
O antroplogo tenta entender o que acontece, mas tambm est no meio do
acontecimento. Por isso, teorias antropolgicas tambm so temporrias, elas tambm esto no meio da travessia. A cultura nunca igual, sempre uma recriao. O ser humano expressa sua experincia vivida. As especificidades so complexas e possuem um carter nico. Generalizaes devem ser feitas com critrios. Para compreender o que o ser humano faz, necessrio entender uma ao dentre vrias outras e localiz-la, caracteriz-la. No estudo da cultura, a tarefa essencial da construo terica no codificar regularidades abstratas, mas tornar possveis descries minuciosas, no generalizar atravs dos casos, mas generalizar dentro deles. Geertz recupera o conceito de Max Weber, que afirma que o homem um ser amarrado em teias de significados que ele mesmo teceu. A cultura , portanto, uma cincia interpretativa, em busca do significado. O comportamento uma ao simblica. O fluxo do comportamento (ao social) faz com que as formas culturais se articulem. O significado emerge do papel que desempenham. A cultura pblica porque o significado o . No estudo da cultura, os significantes no so sintomas ou conjunto de sintomas, mas atos simblicos e o objetivo no a terapia, mas a anlise do discurso social. O autor esclarece que para o desenvolvimento do estudo, no necessrio se tornar um nativo, mas conversar com eles. Sob este aspecto, o objetivo da antropologia o alargamento do universo do discurso humano. Compreender a cultura de um povo expe a sua normalidade sem reduzir a sua particularidade. Os textos antropolgicos so interpretaes (de qualidade discutvel, uma vez que apenas um nativo pode interpretar sua cultura). Antropologia , portanto, fico, algo construdo, modelado. No falsa, mas no-factual ou apenas experimentos de pensamentos. Embora a cultura possa existir no posto comercial, no forte da colina, no pastoreio de carneiros, a antropologia existe nos livros, nos artigos, nas conferncias, na exposio e no museu como ocorre nos filmes. necessrio haver um mnimo coerncia para que sejam caracterizados os sistemas culturais. A descrio etnogrfica para Geertz , portanto, interpretativa e microscpica (os antroplogos no estudam as aldeias, eles estudam nas aldeias). H uma srie de caractersticas de interpretao cultural que tornam ainda mais difcil o seu desenvolvimento terico. A primeira a necessidade de a teoria conservar-se mais prxima do terreno do que parece ser o caso em cincias mais capazes de se abandonarem a uma abstrao imaginativa. Somente pequenos vos de raciocnio tendem a ser efetivos em antropologia; vos mais longos tendem a se perder em sonhos ilgicos, em embrutecimentos acadmicos com simetria formal.
As idias no aparecem inteiramente novas a cada estudo, so adotadas de outros
estudos relacionados e refinadas durante o processo, aplicadas a novos problemas interpretativos. Se deixarem de ser teis com referncia a tais problemas, deixam tambm de ser usadas e so mais ou menos abandonadas. Se continuam a ser teis, dando luz novas compreenses, so posteriormente elaboradas e continuam a ser utilizadas. Olhar as dimenses simblicas da ao social no afastar-se dos dilemas existenciais da vida em favor de algum domnio emprico de formas noemocionalizadas, mergulhar no meio delas. A vocao essencial da Antropologia interpretativa no responder s nossas questes mais profundas, mas colocar nossa disposio as respostas que outros deram e assim inclu-las no registro de consultas sobre o que o homem falou. Na busca de anlises profundas h o risco de que a anlise da cultura perca contato com as dificuldades presentes na superfcie como as questes polticas e econmicas, as necessidades biolgicas e fsicas. Sobre isso afirma Geertz: A nica defesa contra isso e, contra transformar a anlise cultural numa espcie de esteticismo sociolgico primeiro treinar tais anlises em relao a tais realidades e tais necessidades. por isso que eu escrevi sobre nacionalismo, violncia, identidade, a natureza humana, a legitimidade, revoluo, etnicismo, urbanizao, status, a morte, o tempo e, principalmente sobre as tentativas particulares de pessoas particulares de colocar essas coisas em alguma espcie de estrutura compreensiva e significativa. (GEERTZ, 1989, p.21) Quando percebemos os simbolismos implcitos nas aes sociais ou seja na arte, religio, ideologia, cincia, lei, moralidade, senso comum, no nos afastamos dos dilemas existenciais, ao contrrio, mergulhamos no meio deles. A antropologia interpretativa no pretende simplesmente responder questes profundas, mas sim colocar disposio muitas outras respostas que j foram elaboradas, aumentado o nmero de registros sobre o que o homem tem falado.
Aberturas para a história da educação: do debate teórico-metodológico no campo da história ao debate sobre a construção do sistema nacional de educação no Brasil
O Consenso em Jürgen Habermas e o Dissenso em Jean François Lyotard como Narrativa de Legitimação do Conhecimento Científico: Em Busca de um diálogo epistemológico intercultural