Eritroblastose Fetal
Eritroblastose Fetal
Eritroblastose Fetal
Belo Horizonte
2013
Belo Horizonte
2013
Sumrio resumido
4.
4.1 O processo cognitivo humano e a Teoria da Carga Cognitiva ............ Erro! Indicador no definido.
4.2 A importncia do estudo da Teoria da Carga Cognitiva ..................... Erro! Indicador no definido.
5.
6. PRODUTO: MATERIAL DE APOIO PARA O PROFESSOR PARA UTILIZAO EM SALA DE AULA . Erro!
Indicador no definido.
6.1 TRABALHANDO COM O MATERIAL DIDTICO .................................... Erro! Indicador no definido.
6.2 DEPOIMENTO DE USO DO MATERIAL EM SALA DE AULA .................. Erro! Indicador no definido.
7.
ANLISE DOS DADOS DO QUESTIONRIO APLICADO AOS ALUNOS .. Erro! Indicador no definido.
Ao Professor
Porque, para quem e para que foi produzido esse material paradidtico
Por que os anticorpos anti-Rh passam para o feto enquanto os anticorpos anti-A e
anti-B no passam?
Por que usado o termo vacinao quando se injeta anticorpos anti-Rh em mes Rh
+
de crianas Rh logo aps o nascimento? No seria uma soroterapia ou soropreveno?
-
A B
UMA SUJESTO
Sempre que possvel contextualize, socialize
e motive.
AB apresentam antgenos A e B;
No plasma desses indivduos podem existir, ou no, dois tipos de anticorpos: Anti-A e
Anti-B.
O indivduo AB no produz nenhum dos dois anticorpos pois os dois antgenos lhe so
familiares;
TRANSFUSES
A primeira transfuso precedida da realizao de provas de compatibilidade, foi realizada em 1907,
por Reuben Ottenber, porm este procedimento s passou a ser utilizado em larga escala a partir da
Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Em 1914, Hustin relatou o emprego de citrato de sdio e glicose como uma soluo diluente e
anticoagulante para transfuses, e em 1915Lewisohn determinou a quantidade mnima necessria para a
anticoagulao. Desta forma, tornavam-se mais seguras e prticas as transfuses de sangue.
Idealizado em Leningrado, em 1932, o primeiro banco de sangue surgiu em Barcelona em 1936
durante a Guerra Civil Espanhola.
Aps quatro dcadas da descoberta do sistema ABO, um outro fato revolucionou a prtica da
medicina transfusional, a identificao do fator Rh, realizada por Landsteiner.
No sculo XX, o progresso das transfuses foi firmado atravs do descobrimento dos grupos
sanguneos; do fator Rh; do emprego cientfico dos anticoagulantes; do aperfeioamento sucessivo da
aparelhagem de coleta e de aplicao de sangue, e, do conhecimento mais rigoroso das indicaes e
contra indicaes do uso do sangue.
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/transfusao.../transfusao-sanguinea.p...
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Soro anti-A
Soro anti-B
Sensibilizao de cobaia
com Antgeno B do sangue
humano
EXERCCIOS
Antes de seguir em frente, recomendamos que o professor desafie os alunos
a identificaremos tipos sanguneos a partir dos resultados apresentados abaixo, para
verificar se os mesmos compreenderam o princpio do teste. VEJA O EXEMPLO A SEGUIR
IDENTIFIQUE OS GRUPOS SANGUNEOS
ANALISANDO OS RESULTADOS APRESENTADOS
O esquema sugerido pode ser montado em
cartolina ou projetado no quadro.
O-
O+
A-
A+
B-
B+
AB -
AB +
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Antisoros
produzidos
em cobaias
Indivduo I
Indivduo II
A figura acima mostra testes de hemoaglutinao in vitro para dois indivduos diferentes.
Com base nos resultados dos testes responda a que se pede:
01. Determine os tipos sanguneos dos indivduos I e II Nos Sistemas ABO e Rh.
Indivduo
I
II
02. Porque o indivduo I no pode doar sangue para o Indivduo II ?
- ____________________________________________________________________
03. Porque o indivduo II no pode doar sangue para o Indivduo I ?
- ____________________________________________________________________
04. Tratando-se de teste realizado para me e filho afetado por Eritroblastose Fetal, defina quem a
me e que o filho.
Me - ________________________ Filho - ________________________
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O Sistema sanguneo Rh
Os grupos sanguneos do sistema Rh de humanos foram descobertos, em
1940, por Landsteiner e Wiener a partir do sangue de macaco do gnero Rhesus.
Algum tempo aps injetar o sangue desse macaco em coelhos, havia produo
de anticorpos para combater as hemcias introduzidas. O soro produzido a partir
do sangue dos coelhos que continha anticorpos anti-Rh (ou anti-D) que poderia
aglutinar as hemcias do macaco.
A FIGURA A SEGUIR PODE SER UTILIZADA PARA SE CONTAR ESSA HISTRIA.
Sangue retirado
do macaco
Sangue injetado
em coelho
Macaco Rhesus
Soro anti-Rh
(anti-D)
Soro preparado
com o sangue
coelho
85% da populao
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natural,
ou
seja,
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IgA
IgD
IgE
IgG
IgM
16
Outro
aspecto
importante
para
se
compreender
melhor
processo
Primeira Introduo
de hemcias Rh+
em receptor Rh-
Primeira introduo
de hemcias Rh+
no mesmo receptor
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IB IB
ou
ou
IA i
IB i
ii
GENTIPOS
FENTIPOS
Sistema Rh
RR
IA IB
rr
ou
Rr
AB
Rh-negativo
Rh-positivo
Ausncia
de Fator
Rh na
superfcie
das
hemcias
Presena
de Fator
Rh na
superfcie
das
hemcias
SIM
NO
(Grupos)
ANTGENOS
Nem a
Somente a
Somente b
Ambos
Nem b
POSSIBILIDADE
aeb
SIM
SIM
SIM
PARA A
anti-a
Somente
Somente
PRODUO DE
anti-b
anti-b
anti-a
NO
DE SER
SENSIBILIZADO
anti-Rh
ANTICORPOS
RESULTADO DA
TIPAGEM
SANGUNEA
IN VITRO
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Receptor universal
Doador
universal
Doador universal
Receptor
universal
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Grupo B: s pode doar sangue para indivduos dos tipos B ou AB, pois tais
indivduos possuem o antgeno B nas membranas das suas hemcias e produzem
naturalmente grandes quantidades anticorpos anti-A, caso haja o estmulo apropriado.
Grupo AB: s pode doar sangue para indivduos do tipo AB pois, conforme visto, tais
indivduos possuem os antgenos A e B nas membranas das suas hemcias e NO
produzem anticorpos de nenhum tipo, por esse motivo so denominados de Receptores
Universais, ou seja, podem receber sangue de todos os tipos sanguneos ABO.
Grupo O: pode doar sangue para indivduos dos tipos O, A, B e AB pois, conforme
visto, eles NO possuem os antgenos A e B nas membranas das suas hemcias, sendo
por esse motivo so denominados de Doadores Universais, mas podem produzir
naturalmente anticorpos anti-A e anti-B, caso haja o estmulo apropriado (no quer dizer
que tenham anticorpos circulantes capazes de afetar o receptor).
Grupo Rh- : por no possurem Fator Rh em suas hemcias esses indivduos podem
doar sangue tanto para Rh+ como para Rh-, desde que no haja incompatibilidade ABO.
Grupo Rh+ : por possurem Fator Rh em suas hemcias esses indivduos s podem
doar sangue para indivduos Rh+
O ALUNO PODERIA PERGUNTAR: - o que pode acontecer com um indivduo que
recebe em sua corrente circulatria (por transfuso) sangue contendo antgenos
(aglutininas) ?
E A RESPOSTA PODERIA SER:
O organismo do receptor, aps algum tempo (dependendo em parte da
memria imunolgica), poderia reagir produzindo anticorpos capazes de se ligarem as
hemcias recebidas, provocando sua aglutinao, com conseqncias graves e
normalmente fatais.
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A
X
AB
AB
X
AB
X
AB
AB
X
O
AB
AB
AB
AB
Rh-
Rh-
X
Rh+
X EXCLUSO DE PATERNIDADE
e DE MATERNIDADE
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DICA DIDTICA Conhecer o significado de termos cientficos facilitar o ensino-aprendizado.
O QUE SIGNIFICA ERITROBLASTOSE FETAL?
A designao de DOENA HEMOLTICA DO RECM-NASCIDO relativamente fcil de
compreender, mas o significado do termo ERITROBLASTOSE FETAL no to obvio para muitos
professores e para a maioria dos alunos secundaristas.
A presena de grande quantidade ERITROBLASTOS, que so clulas nucleadas precursoras de
ERITRCITOS (hemcias) no sangue do feto ou do recm-nascido, indica que a sua medula ssea
(responsvel pela produo dos eritrcitos) est liberando estas clulas na corrente sangunea, antes que
ocorram as etapas necessrias produo de eritrcitos maduros.
Essa liberao, para a correte sangunea, de clulas imaturas (eritroblastos) normalmente ocorre
devido a estimulao excessiva da medula ssea vermelha devido a presena de uma anemia severa ou
outro quadro de carncia eritrocitria, como ocorre na anemia hemoltica causada por anticorpos anti-Rh
maternos em fetos Rh+.
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Indivduos
Indivduos
Indivduos
Indivduos
HH
HH
HH
HH
ii ou Hh ii pertencem ao grupo O.
IAi ou Hh IAIA pertencem ao grupo A
IBi ou Hh IBIB pertencem ao grupo B
IAIB ou Hh IAIB pertencem ao grupo AB
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Consideraes finais
Esperamos que o presente material possa contribuir para o ensino
aprendizado, significativo, dos Sistemas Sanguneos ABO e Rh e sua relao com a
Eritroblastose Fetal, preenchendo algumas lacunas (genticas e imunofisiolgicas)
que, de acordo com o levantamento de questionamentos mais comuns de alunos e
professores, podem representar obstculos ao ensino aprendizado da unidade
didtica.
A pesquisa que nos levou a propor a produo desse paradidtico, foi
estimulada, no apenas pelo levantamento de deficincias e dvidas de alunos e
professores, mas tambm, e em grande parte, pela anlise da abordagem desses
contedos em livros didticos adotados pela maioria das escolas e referendados
pelo PNLDEM do MEC. Pudemos nessa pesquisa perceber que mesmo nos livros
didticos considerados de alta qualidade didtico-pedaggica apresentavam
deficincias com relao aos contedos abordados na subunidade didtica.
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Referncias Bibliogrficas
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criana Prof. Pedro Alcntara do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da
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28
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ROSEN, Fred S.; GEHA, Raif S.. Estudo de casos em imunologia 3a.ed. Artmed, caso 22,
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STITES, Daniel P; TERR, Abba I.; PARSLOW, Tristam G. Imunologia mdica 9a.ed.
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29
STITES, Daniel P; TERR, Abba I.; PARSLOW, Tristam G. Imunologia mdica 9a.ed.
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UZUNIAN, Armnio; BIRNER, Ernesto. Biologia. v. nico. 3a. Ed. Harbra, 924 a 926 p.