Relatório de Vento

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 25

LT 230 kV GRAVATA 3 OSRIO 3

PROJETO BSICO

00

Emisso inicial RADPDEEC-0597/15

17/06/15

M.Fernandes

17/06/15

S.Anauate

DISCRIMINAO DAS
REVISES

DATA

CONFERIDO

DATA

APROVAO

ELETROSUL CENTRAIS ELTRICAS S.A

APROVAO

DATA
ELABORADO: E.A.
VERIFICADO: M.F.
APROVADO: S.A.

DATA
17/06/15
17/06/15
17/06/15

LOTE A2

RELATRIO DE VENTOS
ESC-NA

DES: L139-501-0002

R-00

Fl. 1/25

NDICE

1. OBJETIVO........................................................................................................................................... 3
2. INTRODUO.................................................................................................................................... 4
3. CARACTERSTICAS DAS ESTAES......................................................................................... 5
3.1 CRITRIOS DE REGIONALIZAO......................................................................................... 5
3.2

RUGOSIDADE DOS TERRENOS............................................................................................. 7

4. OS MAPEAMENTOS......................................................................................................................... 8
5. VENTOS BSICOS DE PROJETO................................................................................................. 9
ANEXO I
A.I.1

CRITRIOS A SEREM ATENDIDOS..........................................................................11

CRITRIOS PARA PROJETO MECNICO (COMO CONSTA NO EDITAL)..........11

ANEXO II

DISTRIBUIO DE GUMBEL E VELOCIDADES MXIMAS DE VENTO.....12

ANEXO III

OS AJUSTES DA DISTRIBUIO DE GUMBEL S AMOSTRAS..................14

ANEXO IV

MAPEAMENTOS DE ISTACAS, TERRENO B, A 10 M DE ALTURA...........17

ANEXO V

O PROBLEMA DA TURBULNCIA DOS VENTOS NO BRASIL......................23

ANEXO VI

REGIONALIZAO DOS CVS DAS SRIES HISTRICAS............................24

CRITRIOS DE REGIONALIZAO DOS COEFICIENTES DE VARIAO........................24


AVI.1

PARA AS SRIES DE 10 MINUTOS.............................................................................24

AVI.2

PARA AS SRIES DE 3 SEGUNDOS............................................................................25

AVI.3

PARA AS SRIES DE 30 SEGUNDOS..........................................................................25

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 2/25

1. Objetivo
Este relatrio apresenta os clculos das velocidades elevadas de vento a serem esperadas
para a regio de implantao da LT Gravata 3 Osrio 3, 230 kV, no Estado Rio Grande do
Sul. O objetivo deste relatrio o de prover os setores de projeto com velocidades de
vento mximas prospectivas e seguras que atendam s exigncias tcnicas constantes do
respectivo Edital da ANEEL, relativo ao sistema de transmisso areo nacional.

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 3/25

2. Introduo
O estudo admitir a regio de localizao da linha de transmisso citada, tal como indicada
nos mapas de istacas e ser subsidiado pelas estaes abaixo indicadas (veja tambm a
Tabela 3.1.1). s sries de dados de velocidades mximas anuais, coletados nas estaes
localizadas nas vizinhanas do empreendimento, ser aplicado o conceito da distribuio
estatstica de extremos de Gumbel. O Anexo II apresenta uma descrio dos mtodos
usuais mencionados para a determinao dos ajustes de Gumbel do Anexo III.

Figura 2.1 - Regio de implantao do sistema eltrico de transmisso em foco


De

particular

importncia

reveste-se

escolha

das

estaes

meteorolgicas

que

constituiro o fundamento do clculo. A regio em questo razoavelmente densa e at


mesmo esparsa no que tange a anemometria. Os clculos que se seguem fundamentam,
portanto, seu escopo nas estaes mais prximas do empreendimento mencionado, a fim
de subsidiar as determinaes paramtricas necessrias consecuo do estudo. O item
seguinte apresenta alguns detalhes sobre os dados aqui usados e sobre os tratamentos
estatsticos a que foram submetidos.
Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 4/25

3. Caractersticas das estaes


Para dar maior confiabilidade nos resultados, foram utilizadas as estaes mais prximas
do empreendimento em questo, pois senso comum que os resultados de uma rede mais
completa so mais slidos do que aqueles relacionados com esquemas muito dispersos e
escassos. A distribuio espacial das estaes encontra-se caracterizada na Figura 2.1,
apresentada anteriormente, enquanto as suas caractersticas fisiogrficas e paramtricas
relevantes constam das Tabelas 3.1.1 e 3.1.2.

3.1 Critrios de regionalizao


O processo de determinao de mdias regionais para os CVs (coeficientes de variao) 1 e
os FRs (fatores de rajada)2 seguem prtica comum em meteorologia, j que parmetros
mdios so mais representativos e mais confiveis do que os de estaes tomadas
isoladamente, com variados tempos de coleta. H diversos critrios para se proceder a
uma homogeneizao regional de parmetros climticos, tal como adotar-se a mdia dos
valores paramtricos determinados nas estaes mais prximas, ou mdia ponderada, em
funo dos anos de coleta, de tal sorte que estaes com mais tempo de coleta tenham
uma influncia majorada no fenmeno espacial em questo. Pode-se recorrer, ainda, a um
valor mdio acrescido de um determinado nmero de desvios-padro, dependendo do grau
de confiabilidade que se deseja conferir ao estudo.

Este estudo adota os critrios de regionalizao dos CVs descritos no Anexo VI. Alm disso,
as velocidades mdias do vento com tempo de mdia de 10 minutos encontram-se
corrigidas, como justificado e sugerido 3 em [6 e 7].

CV = (mdia) / (desvio padro)


FR = (velocidade de 3 s) / (velocidade de 10 min)
3
para compensar o excesso de turbulncia verificado nos ventos que ocorrem no Brasil
Relatrio de Ventos
DES.: L139-501-0002
REV.: 00
1
2

FL 5/25

Tabela 3.1.1 - Caractersticas gerais das estaes anemomtricas


# no

nome

mapa

latitude

longitude

rgo

(graus)

(graus)

coletor

14

Bag

31.40

54.10

DEPV

104

Livramento

30.88

55.52

INMET

140

Porto Alegre

30.02

51.22

INMET

152

Rio Grande

32.02

52.08

INMET

182

Triunfo

29.87

51.38

INMET

Tabela 3.1.2 - Caractersticas paramtricas das estaes anemomtricas

nome

anos

Vmdio

CV

Vmdio

10 min

10 min

3 seg

(km/h)

(%)

(km/h)

CV
3
seg

FR3s

FR30s

(pu)

(pu)

(%)

Bag

10

57.67

19

92.27

19

1.60

1.30

Livramento

69.50

16

111.20

16

1.60

1.30

Porto Alegre

61.30

19

98.08

19

1.60

1.30

Rio Grande

54.11

19

86.57

19

1.60

1.30

Triunfo

61.04

16

97.67

16

1.60

1.30

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 6/25

nomenclatura:

3.2

CV

coeficiente de variao (%) regionalizado (10 min e 3 s)

FR3s

fator de rajada de 3 segundos (pu) regionalizado

FR30s

fator de rajada de 30 segundos (pu) regionalizado

Rugosidade dos terrenos

Quanto rugosidade do terreno no entorno das estaes consideradas nesse estudo,


admitiu-se que as velocidades medidas nas estaes esto associadas a terrenos com grau
de rugosidade B, tal como classificado pelas Normas IEC 60826 e NBR 5422, significando
terrenos planos com poucos obstculos.
A escolha se deve ao fato de que as estaes meteorolgicas normalmente se encontram
em regies de rugosidade B, por imposies naturais das redes meteorolgicas que, grosso
modo, requerem localizaes em terrenos desprovidos de obstculos para evitar distores
nas medies.

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 7/25

4. Os mapeamentos
Considerados os valores paramtricos constantes das Tabelas 3.1.1 e 3.1.2, as exigncias
do Anexo I, a metodologia estatstica descrita no Anexo II e, ainda, os ajustes das
amostras estatstica de Gumbel, foram elaborados os mapeamentos de istacas
apresentados no Anexo IV. Quanto ao modelo matemtico de ajuste utilizado neste estudo,
h algumas ponderaes a serem feitas. O ajuste mais conservador o dos mnimos
quadrados, pois, tal como pode ser visto no Anexo II, possui uma correo de majorao
do ajuste em funo do nmero de anos de coleta, ou seja, quanto menor a amostra,
maior ser a correo ou majorao no valor do ajuste. Esse mtodo tem sido
extensivamente usado no Brasil, por ser mais seguro e por assim compensar em parte as
incertezas e imprecises advindas da dispersa rede de medio elica nacional. Este
estudo faz as regionalizaes amostrais sugeridas nos editais da ANEEL, estabelecendo
critrios para inferir valores esperados para os coeficientes de variao (Anexo VI). Adota
ainda as correes das mdias em funo do exposto em [6 e 7], e define o mtodo dos
mnimos quadrados como adotado, para produzir valores mais conservadores que faam
face baixa densidade de estaes.

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 8/25

5. Ventos bsicos de projeto


Dos mapeamentos obtidos, podem ser recomendadas as velocidades de vento constantes
da Tabela 5.1, de forma a subsidiarem as hipteses de carga normalmente utilizadas no
dimensionamento de estruturas areas de transmisso. Os clculos das velocidades foram
feitos seguindo a formulao do Anexo II.

Tabela 5.1 - Velocidades de projeto (km/h),


terrenos tipo B, medies feitas a 10 m de altura
perodo de retorno (anos)

Osrio

/ tempo de mdia

Gravata

150 / 10 minutos

120

150 / 3 segundos

190

50 / 10 minutos

105

50 / 30 segundos

140

2 / 10 minutos

60

2 / 30 segundos

80

Nota 1 - As velocidades indicadas na tabela acima so o resultado de uma avaliao


espacial das figuras do Anexo IV, feitas como mdias mentais das leituras dos mapas. Nos
mapas de isolinhas, as velocidades mltiplas de 5 so indicadas pelos seus valores modais,
enquanto que os demais dgrads servem como ferramentas de interpolao. No traado
das istacas usa-se um modelo clssico para a determinao de isolinhas, modelo esse que
estabelece que a influncia de cada estao em qualquer ponto da rede se faz
inversamente proporcional sua distncia a esse ponto.
Nota 2 - As velocidades em cada estao, indicadas nos mapas respectivos, evitam que
eventuais extrapolaes do modelo matemtico das distncias sejam escolhidas como
velocidades de projeto.
espaciais,

sempre

Como qualquer estudo estatstico que envolve avaliaes


um

subjetivismo

nas

operaes de

arredondamentos

e de

interpolaes o que impede que haja sempre uma unanimidade nos valores finais.

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 9/25

Referncias
[1]

Kendall, G.R. Statistical Analysis of Extreme Values First

Canadian

Hydrology Conference, July 1959.


[2]

IEC International Electrotechnical Commission, IEC 60826 - Design Criteria of


Overhead Transmission Lines, Technical Committee n 0 11, Secretariats 27 & 28,
Recommendations for Overhead Lines, Ed. 3, 2000.

[3]

Cigr Working Group 22.06, Probabilistic Design of Overhead

Transmission

(CIGR Brochure 109 - 22-00 (WG-06)01, 1996


[4]

Silva Filho, J. I., Menezes Jr, A. A. Mapeamento de Istacas do

Brasil,

Relatrio Tcnico Cepel 851/82.


[5]

Menezes Jr, A. A., Tan A. L., Fernandes D. - Velocidades de vento de elevada


intensidade ocorridas em Florianpolis e Passo Fundo - Um enfoque metodolgico
estatstico - XVII SNPTEE, Uberlndia, 2003

[6]

Silva Filho, J. I., Alves Menezes Jr, A., et alli, Esforos devidos ao vento sobre
componentes de LTs e fatores de correo normativos compatveis com a realidade
brasileira - XVIII SNPTEE, Curitiba 2005

[7]

Silva Filho, J. I., Alves Menezes Jr, A., et alli, Assessment of Environmental
Statistics as an Accessible Breakthrough to Improve OHTLs Design, Bienal CIGR,
2006

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 10/25

Anexo I
A.I.1

Critrios a serem atendidos

Critrios para projeto mecnico (como consta no Edital)

Para o projeto mecnico de uma linha de transmisso, os carregamentos oriundos da ao


do vento nos componentes fsicos da linha de transmisso devem ser estabelecidos a partir
da caracterizao probabilstica das velocidades de vento da regio, com tratamento para
fenmenos meteorolgicos severos, tais como, sistemas frontais, tempestades, tornados,
furaces etc.
Os parmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por
estaes

anemomtricas

selecionadas

adequadamente

para

caracterizar

regio

atravessada pela linha de transmisso:

(a) Mdia e coeficiente de variao (em porcentagem) das sries de velocidades


mximas anuais de vento a 10 m de altura, com tempos de integrao da mdia de 3
(trs) segundos (rajada) 10 (dez) minutos (vento mdio).
(b) Velocidade mxima anual de vento a 10 m de altura, com perodo de retorno
correspondente ao vento extremo, como definido no item 2.2.4.1, e tempos de
integrao para o clculo da mdia de 3 (trs) segundos e 10 (dez) minutos. Se o
nmero de anos da srie de dados de velocidade for pequeno, na estimativa da
velocidade mxima anual deve ser adotado, no mnimo, um coeficiente de variao
compatvel com as sries mais longas de dados de velocidades de ventos medidas na
regio.
(c) Coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao
tempo de integrao da mdia de 10 (dez) minutos.
(d) Categoria do terreno adotada para o local das medies.

No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser


considerada a categoria de terreno definida na IEC 60826 que melhor se ajuste topologia
do corredor da LT.

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 11/25

Anexo II

Distribuio de Gumbel 4 e velocidades mximas de vento

A distribuio de valores mximos de Gumbel culminou por se constituir

numa

unanimidade para explicar os eventos de velocidades mximas anuais de vento no setor


eltrico mundial, o brasileiro a includo.

Os esforos atuais convergem no sentido de otimizar a aplicao da distribuio de Gumbel


com base em dados coletados no prprio pas e coloc-los em consonncia com os
protocolos normativos de outros pases, tal como o caso da IEC 60826 e da NBR - 5422.
De uma forma genrica, a referida distribuio pode ser definida por [2]:

V T = V m + s ( Y - C2 ) / C 1

Y = - ln [ - ln ( 1 - 1 / T ) ]

Vm

velocidade mdia da amostra de mximos anuais

(km/h)

desvio-padro da amostra de mximos anuais

(km/h)

VT

velocidade de vento referida a um perodo de retorno T

C1 e C2 coeficientes da distribuio de Gumbel

(anos)
(ver Tabela A1)

Os citados coeficientes so calculados pelas equaes:


n

tamanho da amostra

Zi = - ln [ - ln(1 - i/(n + 1)]


C2

valor mdio de Zi

C1

desvio-padro de Zi

i variando de 1 at n

Como os valores de C1 e de C2 s dependem do tamanho da mostra, os seus respectivos


valores encontram-se definidos na Tabela A1.

Emil Julius Gumbel, nascido a 18 de julho de 1891, em Munique. Estatstico de origem judia, era
considerado pela Repblica de Weimar como um dos seus maiores inimigos, pelos seus discursos
pacifistas e socialistas.
Relatrio de Ventos
DES.: L139-501-0002
REV.: 00
FL 12/25
4

Tabela A1 - Valores dos coeficientes C1 e C2


n
2
3
4
5
6
7
8
9
1
0
1
1
1
2
1
3
1
4
1
5
1
6

C1
0.4983
8
0.6434
8
0.7314
7
0.7927
8
0.8387
7
0.8749
3
0.9043
2
0.9288
2
0.9496
3
0.9675
8
0.9832
7
0.9971
3
1.0095
0
1.0206
0
1.0306
0

1
7
1
8
1
9
2
0
2
1
2
2
2
3
2
4
2
5
2
6
2
7
2
8
2
9
3
0

n
1.0397
0
1.0481
0
1.0557
0
1.0628
0
1.0694
0
1.0755
0
1.0812
0
1.0865
0
1.0914
0
1.0961
0
1.1005
0
1.1047
0
1.1086
0
1.1124
0
1.2825
5

2
3
4
5
6
7
8
9
1
0
1
1
1
2
1
3
1
4
1
5
1
6

C2
0.4043
4
0.4285
9
0.4458
0
0.4587
9
0.4690
3
0.4773
5
0.4842
8
0.4901
5
0.4952
1
0.4996
1
0.5035
0
0.5069
5
0.5100
4
0.5128
4
0.5153
7

1
7
1
8
1
9
2
0
2
1
2
2
2
3
2
4
2
5
2
6
2
7
2
8
2
9
3
0

0.5176
8
0.5198
0
0.5217
5
0.5235
5
0.5252
2
0.5267
8
0.5282
3
0.5295
9
0.5308
6
0.5320
6
0.5331
9
0.5342
6
0.5352
7
0.5362
2
0.5772
2

No caso dos valores de C1 e C2 serem assumidos para n = , o mtodo acima se identifica


com o mtodo dos momentos, que menos conservador e raramente usado.

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 13/25

Anexo III Os ajustes da distribuio de Gumbel s amostras


As figuras seguintes ilustram os ajustes de Gumbel em cada estao, tempo de mdia de
10 minutos. Para os demais tempos de mdia, os coeficientes da Tabela 3.1.2 podem ser
usados.

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 14/25

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 15/25

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 16/25

Anexo IV

Mapeamentos de istacas, terreno B, a 10 m de altura

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 17/25

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 18/25

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 19/25

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 20/25

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 21/25

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 22/25

Anexo V

O problema da turbulncia dos ventos no Brasil

As preocupaes relativas aos esforos resultantes da ao do vento sobre componentes de


linhas areas de transmisso vm se avolumando no Brasil, como em outros pases. As
ocorrncias de quedas de estruturas tomam a sua devida importncia num sistema de
fornecimento de energia eltrica cada vez mais interligado e mais dependente de uma
uniformidade de parmetros de projeto capazes de estabelecer uma base uniforme e
comparativa. Pelas suas caractersticas aleatrias, a ao do vento em LTs areas sempre
polmica e sujeita a enfoques nacionais que possam introduzir alternativas sobre
fenmenos tpicos de cada regio. Isto implica um esforo de procura de medies e
modelagens prprias por parte da engenharia nacional, tal como vem se verificando no
Brasil. De uma forma geral, a norma brasileira que rege o assunto em muito se serve da
experincia continental adquirida ao longo de dcadas e tambm do acervo publicado em
normas internacionais (IEC 60826 e EN 50341, por exemplo).
Essa simbiose produz naturalmente alguns elementos que podem gerar certa dualidade
conceitual no que trata do conhecimento estatstico que embasa o estudo, no seu todo, e
nas aplicaes dos seus resultados. Em poucas palavras, as anlises de velocidades de
vento de elevada intensidade no Brasil vm sistematicamente revelando uma falta de
aderncia entre os valores locais e os divulgados como bsicos para adoo internacional.
Com base nos elementos j colocados, o CEPEL e a BATVIA apresentaram um artigo
tcnico no XVII SNPTEE (Uberlndia) [6], no sentido de alertar que as velocidades de
vento de elevada intensidade, e caractersticas prprias do territrio brasileiro, implicam
uma necessidade de repensar (ou mesmo majorar) os resultados preconizados pela IEC,
quando se segue sem alteraes, os atuais clculos de cargas mecnicas devidas ao vento.
Posteriormente, o mesmo assunto foi aprofundado e apresentado na bienal do CIGR Paris de 2006. bastante realstico admitir que dados locais analisados segundo a tica de
qualquer procedimento estatstico, no raro, conduzem a valores numricos ou a decises
prticas que diferem do que publicado para uso generalizado, nos casos em que no se
dispe de coleta especfica de dados. Esse polmico e estimulante assunto pode ser
avaliado nos seus detalhes em [7]. De forma resumida, os estudos supracitados
concluram pela necessidade de majorar as velocidades mdias de 10 minutos em 8%
(regio sul), 12% (regies centro-oeste e sudeste) e 16% (regies norte e nordeste), para
fazer face maior turbulncia constatada nas velocidades de vento registradas no Brasil.
Com a aludida correo, a metodologia da Norma IEC 60826 pode ser usada com maior
segurana. Esse estudo j incorpora tal modificao paramtrica.

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 23/25

Anexo VI

Regionalizao dos CVs das sries histricas

Critrios de regionalizao dos coeficientes de variao


A regionalizao dos coeficientes de variao das sries de mximos anuais de velocidades
de vento tem sido recomendada e utilizada como forma de compensar o fato de que as
sries de valores disponveis em cada estao tm variaes entre limites afastados (4-5
anos at 20-25 anos) e tm, em consequncia, preciso diferenciada. Os procedimentos de
regionalizao so, no entanto, muito variados e subjetivos, dependendo dos critrios mais
afeitos ou preferidos, por parte de quem realiza essas determinaes. Mdias lineares, ou
ponderadas pelos tempos de coleta, mdias mveis, extremos de distribuies so algumas
das possibilidades, aqui citadas para exemplificar.

AVI.1 Para as sries de 10 minutos


Para fins de regionalizao dos valores dos coeficientes de variao das sries de
velocidades mximas anuais, referidas ao tempo de mdia de 10 minutos, hajam vista as
inmeras tentativas isoladas feitas aqui no Brasil, levam s seguintes concluses que se
encontram ora em prtica:
1

O valor mnimo genrico ser de 13% (CV = 13%), vlido para qualquer
estao coletora.

As estaes que eventualmente apresentem valores superiores a 13% e


inferiores a 16%, no estgio de medio em que se encontram, quanto aos
perodos de coleta, sero consideradas como tpicas de 16% (CV=16%). Este
mesmo valor ser adotado nas estaes do DEPV, face s conhecidas
incertezas tanto no que se refere aos valores mdios das sries como quanto
aos respectivos desvios-padro.

As estaes que eventualmente apresentem valores superiores a 16%, sero


consideradas como tpicas de 19% (CV = 19%).

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 24/25

AVI.2 Para as sries de 3 segundos


Quanto aos valores da regionalizao paramtrica das sries de 3 s, as seguintes
ponderaes so aplicveis:
a)

Para se proceder a uma regionalizao paramtrica das sries de 3 s, pode-se fazer

uso dos conceitos de uma anlise exploratria de dados envolvendo as duas sries em
questo: as de 10 minutos e as de 3 segundos, esta ltima tambm dita de valores
instantneos.
Assim que h uma relao mdia entre os valores mdios de 3 segundos e os de 10
minutos, i.e, 1,70 para as regies NORTE e NORDESTE, e 1,60 para as regies SUDESTE,
CENTRO-OESTE e SUL, valores esses obtidos por mdia ponderada pelos anos de coleta.

AVI.3 Para as sries de 30 segundos


Alm disso, verifica-se para as regies NORTE e NORDESTE que o coeficiente de variao
mdio ponderado das sries de 3 s ligeiramente inferior ao mdio atualmente praticado
no Brasil (12% contra 16%). Nas demais regies, constata-se que o CV mdio ponderado
para 3 s muito prximo ao que se pratica com as sries de 10 minutos (16,5% contra
16,0%). Portanto, os coeficientes de variao das sries de 3 s sero mantidos os mesmos
ora praticados no Brasil, para 10 minutos, como medida conservadora.
c)

Para as sries de 30 segundos, os fatores de rajada so os obtidos por interpolao

entre os valores de 3 s e de 10 minutos, ou seja, 1,35 para as regies NORTE e NORDESTE


e 1,30 para as regies SUDESTE, CENTRO-OESTE e SUL, respectivamente.
As regies NORTE e NORDESTE devem ser entendidas como a parte do territrio brasileiro
situada at o paralelo 15 sul; as regies SUDESTE e CENTRO-OESTE se estendem de mais
de 15 sul at 23 sul (prximo ao trpico de Capricrnio) e a regio SUL segue da at o
limite extremo do Rio Grande do Sul.

Relatrio de Ventos

DES.: L139-501-0002

REV.: 00

FL 25/25

Você também pode gostar