Apostila Neurofuncional II Modificada

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Desenvolvimento Motor Normal


Desenvolvimento um processo continuo entre o sistema interno (
organizao fisiolgica do beb) e o externo (aspectos ambientais) no significa
apenas um aumento no tamanho (crescimento ), mas, significa que certos elementos
se modificam e se adaptam de acordo com a maturao, experincias e exigncias
do meio.
MATURAO
Seqncia de comportamentos motores cronologicamente ligados a idade.
Teorias tradicionais admitiam que o desenvolvimento obedecia uma
seqncia hierrquica e invarivel, na dependncia da maturao do crtex cerebral;
ou seja que atividades mais precoces criariam condies necessrias para as
atividades consecutivas, Uma atividade pr-requisito para outra, Sabemos
portanto que a capacidade para executar alguns movimentos surge a partir da
maturao do SNC, mas no necessariamente porque um ato motor precede o
outro. Ex. engatinhar antes de andar.
EXPERINCIAS
Atravs da experincia, tanto o ser humano quanto os animais, so capazes
de realizar movimentos complicados muito antes da poca prevista.(Algumas
culturas Africanas colocavam bebs dentro de um buraco cavado na areia e
observavam que estes sentavam mais cedo que os outros.) Ex. beb conforto inibe
postura prona.
MEIO
O desejo de olhar a sua volta, de responder a um estmulo sonoro obriga o
beb a sustentar a cabea em direo ao estmulo .
Ao nascer o SNC do beb pouco desenvolvido e aquisio do controle
motor e das habilidades motoras so consecutivas modificao progressiva do seu
sistema; ou seja, as fibras nervosa crescem, formam novas conexes entre os
neurnios e comeam a exercer sua ao.
Quando pensamos em desenvolvimento motor normal as seguintes reas
devem ser levadas em considerao :
MATURAO
a) Sistema nervoso - continua a amadurecer aps o nascimento, com o maior
aumento da maturidade neuromotora, ocorrendo durante os dois primeiros anos de
vida.
b) Controle motor voluntrio - Enquanto a criana desenvolve controle motor ela
capaz de: perceber objetos teis ao seu propsito; aprender a interagir com seu
ambiente e. estabelecer objetivos que ela atinge atravs do movimento. O controle
motor voluntrio. junto com tnus muscular adequado E: o controle postural formam
a base para fornecimento de informaes que permitem da criana antecipar os
ajustes necessrios para o movimento mais frente.
c) Reflexo - Combinao de sinergias musculares, envolvendo mltiplas articulaes
que agem como uma unidade funcional e resultam em um comportamento motor
conhecido. H uma teoria que os reflexos atuam para limitar os movimentos,

reduzindo o grau de liberdade, desta forma aumentando a estabilidade e fornecendo


padres de movimentos que produzem uma oportunidade para a criana adquirir
conhecimento sobre seu corpo.
ESTMULO SENSORIAL
Visual, tctil, Proprioceptivo, labirntico / Vestibular e Somato-sensorial. Este
estmulo fornece os dados que permitem criana ajustar o movimento.
CINESIOLOGIA
Durante o desenvolvimento os msculos so alongados e ativados. Este
alongamento muscular necessrio para que ocorra um alinhamento sseo
adequado, bem como atividade muscular adequada. Durante o desenvolvimento a
criana aprende a controlar os msculos que esto se alongando (contraes
excntricas) e encurtando (contraes concntricas).
ALINHAMENTO BIOMECNICO
H mudanas no alinhamento sseo durante o desenvolvimento. Estas
mudanas so necessrias para permitir atividade muscular adequada. Um exemplo
disso a mudana que ocorre no alinhamento da cabea e colo femural em relao
parte longa do fmur. Quando o beb nasce h anteverso figural aumentada, que
diminui enquanto o beb desenvolve abduo e extenso do quadril. A mudana
ssea necessria para permitir um bom alinhamento plvico femural ao ficar de p.
A anteverso femural aumentada causa aumento da rotao interna femural
ao ficar de p.
ATIVIDADE MUSCULAR SINRGICA
Grupos musculares que trabalham juntos para produzir movimentos. Um
exemplo a atividade sinrgica dos msculos abdominais e peitorais

Os Primeiros Doze Meses


Recm-nascido: 0 10 dias
I.

Informao Geral
"Flexo fisiolgica"
Reao cervical de retificao.
Reao labirntica de retificao - RLR.
Reflexo tnico cervical assimtrico - RTCA - (pode estar presente)
Sugar - engolir
Reflexo de preenso.
Ficar de p primrio e marcha automtica.
II. Prono
Cabea para o lado
M.M.S.S- Aduzido, flexionado
M.M.I.I - Flexionado, plvis alta (causa mudana de peso anterior)
Recuo flexor de ambos (M.M.S.S e M.M.I.I).
Movimento: - Gira a cabea:

M.M.I.I. chute.
Movimento sem inteno
III. Supino
Flexionado, simtrico.
Cabea para o lado (aproximadamente 45)
M.M.S.S - Flexionado. aduzido
Mos - mos fechadas ( mas no o tempo todo).
M.M.I.I - Flexionado, abduzido, rotao externa Movimento: Rotao de
cabea.
Movimentos de extremidades sem inteno.
IV. Sentar
Puxado para sentar - no h controle flexor .
Sentado - Cabea pende para frente.
Cifose total da coluna.
Plvis perpendicular
V. De p
Ficar de p primrio (aceita o peso do corpo quando com suporte), mantido
por aproximadamente 3 semanas.
Cotovelos flexionados, quadris atrs dos ombros, ps juntos.
Andar automtico

UM MS
I.

Informao Geral
Idntica do neonatal.

II.

Prono
Flexo diminuda
M.M.S.S - Rotao externa e abduzido.
Cotovelos atrs dos ombros.
M.M.I.I - Flexo do quadril diminuda
Plvis mais baixa
Movimento: Cabea eleva e gira

III.

Supino
Flexo diminuda
Cabea mais para o lado (rotao cervical aumentada).
M.M.S.S - Rotao externa aumentada. abduo.
M.M.I.I - Extenso aumentada
Movimento: Gira a cabea. movimentos das extremidades sem inteno.

IV.

Sentar
Puxado para sentar - No h controle flexor.
Sentado - Tentativas passageiras de elevar a cabea.
- Cifose total da coluna.
- Plvis perpendicular

V.

De p
Sustenta um pouco do peso
Aumento da extenso do cotovelo
Andar automtico - pode ou no estar presente.

DOIS MESES
I.

Informao Geral
Reao cervical e retificao
Reao labirntica de retificao (R-L.R):comeando retificao de cabea
Reao tica de retificao (R.O.R)
RTCA. (causa informao ttil assimtrica =Transferncia de peso)
Reflexo de preenso

II.

Prono
Flexo diminuda
Cabea: elevao para 45
M.M.S.S - Rotao externa e abduo aumentada.
- Peso nas mos e antebrao.
- Cotovelos atrs dos ombros.
M.M.I.I - Diminuio da flexo de quadril
- Plvis mais baixa (transferncia de peso anterior diminuda)
Movimento: Eleva e gira a cabea.

III.

Supino
Flexo diminuda.
Cabea: - Rotao para o lado aumentada.
- Raramente na linha mdia..
- R.T.C.A. aumentado
M.M.S.S - Abduo aumentada.
- Extenso de cotovelo aumentada.
- Posio assimtrica (RTCA).
- M.M.S.S se afastando do corpo.
M.M.I.I - Flexo d quadril diminuda.

- Rotao externa aumentada, abduo.


- Ps na superfcie ( apoiados).
Movimento: Sem inteno, (com movimentos rpidos)
IV.

Sentar
Puxado para sentar - Tenta ajudar (RLR e ROR aumentada)
- Menor atraso da cabea
Sentado - Cabea elevada. mas apresenta movimentos para frente e para
trs.
- Cifose total da coluna.

V. De p
- Astasia, abasia (incoordenao motora para ficar de p ou andar - ps
pobremente orientados. podem no sustentar o peso).
- Cabea elevada usando os extensores capitais.
- Extenso de cotovelo aumentada.
- Quadris atrs dos ombros

TRS MESES
I.

Informao Geral
Comeando simetria
Orientao da cabea na linha mdia aumentada.
Retificao labirntica mais forte (R.L.R.), portanto retificao da cabea mais
forte.
Retificao tica mais forte-(R.O.R.).
Reao cervical de retificao diminuda.
RTCA diminuindo (porque o controle flexor est aumentando).

II. Prono
Extenso aumentada.
Cabea: At 90 graus.

Gira livremente (mudana de peso)


M.M.S.S - Abduo horizontal + aduo horizontal = suporte de peso do
antebrao - propriocepo nos ombros, elevao do peito, cotovelo,;
alinhados com os ombros. - Apresenta tambm rotao externa de mero.
M.M.I.I - Extenso lombar: plvis para baixo, flexo do quadril diminuda
(porm nos quadris = flexo. abduo, rotao externa).
III.Supino
Simetria aumentada.
- Cabea: prxima linha mdia ( controle bilateral de msculos cervicais,
especialmente flexores do pescoo.
- M.M.S.S - vm junto ao peito, puxa sua roupa. rotao interna antigravitria,
flexo para frente dos braos.
M.M.I.I- "pernas de sapo", rotao externa aumentada, abduo, ps juntos.
IV.Sentar
Puxado para sentar
- Controle flexor aumentado.
- Atraso da cabea diminudo.
- Desejo aumentado de retificar a cabea (RLR / ROR).
- Reao assimtrica comum.
- Olhos tentam se fixar no examinador.
- M M.S.S - ajudam.
- No participao abdominal ou de M.M.I.I.
Sentado - Controle de cabea..
- Extenso dos cotovelos aumentada.
- Aduo escapular (retora a extenso das costas
- Extenso umeral.
- T nus baixo na pane interior das coluna e quadris, portanto, se
curva para a frente
MMII - Pouco suporte
V. De p
Sustenta um pouco do peso
Controle de cabea
M.M.I.I - Abduo, rotao externa, extenso.
- Quadris flexionados e atrs dos ombros.
- Dedos dos ps em garra.

Quatro Meses
(Ms critico)
I.

Informao Geral

Simetria aumentada.
Flexo aumentada
Extenso aumentada.
RLR e ROR aumentada

Comeando a reao Landau.


RTCA diminuda
Melhor controle da cabea (melhor retificao da cabea)
Comeando retificao lateral da cabea
Olhos dominando

II.

Prono

Extenso aumentada
Cabea elevada na linha mdia
Peito elevado
Rotao da cabea - transferncia de peso.
M.M.S.S - aduo horizontal ajuda a elevar o peito.
- Suporte de peso no antebrao (propriocepo nos ombros)
M.M.I.I - extenso lombar aumentada.
- Anteroverso de plvis, quadris para baixo, abduo dos quadris
diminuda, com rotao externa, flexo (M.M.I.I. em linha com a parte inferior
do tronco), chutar sem inteno, com mudana de peso na plvis.
Comeo de Landau, extenso da coluna com elevao da cabea e aduo
escapular bilateral ( refora extenso )
Brinca com Landau e parte para um bom suporte de peso do antebrao.
Rola para o lado acidentalmente, porque incapaz de controlar a mudana de
peso
O posicionamento de M.M.I.I importante. Se os M.M.I.I esto "como sapo" a
mudana de peso do tronco inferior no pode ocorrer de o rolar bloqueado
biomecanicarnente.
III.

Supino

Controle dos flexores aumentado - equilibra a forte extenso


"Torna-se um todo" (mos e olhos aos joelhos)
Boa orientao da cabea na linha media.

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M.M.S.S - mos juntas no espao (flexo do ombro)


- Mos e olhos at os joelhos ( extenso do cotovelo) e conscincia
do corpo.
M.M.I.I - extenso do quadril aumentada, aumento da ntero e retroverso da
plvis.
- Quadril ativo, flexo do joelho........ diminuio da mobilidade plvica,
controle de abdominais se iniciando.
- Diminuio da abduo e rotao externa = adoo aumentada.
- Empurrar sem inteno com M.M.I.I, tem mobilidade plvica e faz
transferncia de peso
( estimulo ttil assimtrico).
Rola para o lado - (a) da posio recolhida (mos nos joelhos), e com reao
cervical de retificao (b) ao hiperextender o pescoo.
IV.

Ficando de Lado (importante)

Estmulo ttil e proprioceptivo assimtrico.


Estimula a retificao lateral da cabea.
Retificao lateral possvel quando extensores + flexores se equilibram um ao
outro.
V.

Sentado

Puxado para sentar - controle flexor aumentado, simetria aumentada, cabea


na linha mdia.
- os braos puxam. h alguma atividade abdominal.
alguma flexo de M.M.I.I.
Sentado - Cabea elevada na linha mdia, coluna retificada at articulao
traco-lombar, flexo lombar, plvis perpendicular, flexo do quadril ( tnus
baixo ), pequena aduo escapular (portanto os braos no ficam puxados
para trs), mo boca.
VI.

De p

Pode ser segurado pelos braos em vez do tronco - aumenta aduo


escapular.
Cabea elevada -linha mdia (queixo ainda no colocado).
Ombros podem se elevar
Plvis atrs dos ombros
M.M.I I - Podem flexionar e estender - aumento da flexo dos dedos ( garra)

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CINCO MESES
I.

Informao Geral
Reao Landau aumentada (nadar)
RLR. ROR aumentado
Retificao da cabea aumentado (prono. supino, lateral).
Retificao do corpo com a cabea.
Reaes de equilbrio iniciando em prono.

II . Prono
Extenso aumentada na parte inferior da coluna e quadris.
Suporte de peso no brao estendido.
Peito elevado.
Mudana de peso no antebrao.
Controle de ombro
Mudana de peso na parte-superior do tronco e rotao
Retificao lateral do corpo
Supinao e mudana de peso ulnar enquanto o peso muda sobre os braos.
Habilidade de alcanar.
M M.II em linha com o tronco
Landau (nadar) os msculos da espinha se estendem enquanto os msculos
escapulares se movem
Balanar: estimulao vestibular
Rolar para supino

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III.Supino
Controle flexor aumentado.
Mos para mame (interao visual).
Ps na boca (ps, mos, olhos - comunicao de corpo).
Alonga msculos extensores, dessensibiliza os ps.
Rola de supino para o lado com dissociao de M.M.II (retificao do corpo
agindo sobre a cabea.
M.M.II (de baixo) - (lado suportando o peso) = alongamento.
M.M.II (de cima) - flexo lateral (antigravidade).
A cabea retifica lateralmente.
(Mudana de peso... estimulao ttil as simtrica no corpo..... reao de
retificao do corpo agindo sobre a cabea....... retificao da
cabea....estimulao labirntica...... aumenta a propriocepo no
pescoo....... retificao lateral do corpo).
IV Sentado
No h atraso na cabea, comea o (tucking) do queixo, os braos puxam,
abdominais ativos. M.MII. com flexo nos quadris e joelhos.
Sentar - Controle da cabea. (tucking de queixo), extenso da coluna, flexo
para frente no quadril - no na coluna.
MMSS- Suporte para frente. ou em W
MM II - Base de suporte aumentada. estabilidade posicional, quadril em
flexo, abduo, rotao externa e flexo do joelho.
V.

De P
Pode se puxar para ficar de p
Suporte de quase todo o peso
MM.I.I = abduo, rotao, externa
Balana = estimulao proprioceptiva, vestibular
Lordose lombar. .. . quadril quase em linha com os ombros

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SEIS MESES
I. Informao Geral
R.L.R, R.O.R., R.R.C. (Reao de retificao de cabea). = Todos fortes.
Landau maduro ( extenso do quadril).
Reao de retificao do corpo sobre o corpo.
Reaes de equilbrio em prono (comeando em supino).
II.

Prono
Suporte de peso nos braos estendidos.
Extenso do quadril.
Extenso forte - empurra para trs (mobilidade escapular).
Alternncia de peso no antebrao (retificao lateral de cabea e do tronco).
Reaes de equilbrio em prono.

III.

Supino
Controle flexor aumentado.
Mos aos ps ( controle de amplitudes intermediarias no espao ).
Eleva a cabea independentemente.
Alcana a me (braos estendidos).
Alcana o brinquedo ( uma ou duas mos) - transfere.
Rola de supino para prono - M M.I.I. com dissociao (usa flexo lateral para
transio de flexo para extenso).

IV.

Puxado para sentar


Pode levantar a cabea independentemente.
Puxa com M.M.S.S.
MMII. Flexo nos quadris. extenso dos joelhos.

V Sentado
Controle do tronco
Coluna ereta
VI. De p
Suporte de peso total. Pode ser segurado pelas duas mos
Balana

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SETE MESES
I.

Informao Geral
Reaes de equilbrio em supino ( iniciando no sentar).
Extenso protetora para o lado quase sempre presente
Barriga fora do cho

II.

Prono
Quadrpede (barriga fora do cho)
MMSS- Extenso dos cotovelos, punhos, dedos
M.M.I.I - Flexo do quadril, joelhos.
Lordose
Balana(estimulao vestibular)
Gira em torno (Pivot) em prono.
- Alterna peso em M.M.S.S (para os lados).
- Alterna peso nas mos (o agarrar muda de ulnar para radial.
Engatinha de barriga - sempre muito breve
M.M.S.S. - Transfere o peso (puxa).
M.M.II- Transfere o peso (dissociao)

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III.

Supino
No gosta de supino - rola para sair

IV. Puxado para Sentar


Faz sozinho
MMSS - puxam
MMII- flexo de quadril, extenso do joelho.
V. Sentado
Senta a partir de quadrpede ( Transfere o peso para um lado da
plvis......reao de balano....se empurra para trs sobre uma perna ....senta
para trs)
Rotao de tronco sentado
Mos livres
Lordose sentado
Passa de sentado a prono
Equilbrio precrio
VI.

De lado
Brinca freqentemente de lado
Boa retificao lateral
(Gradualmente aumentado o ngulo para sentar de lado)

VII.

De P
Suporte total do peso (suporte externo mnimo)
Puxa a si prprio para ficar de p
Balana

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OITO MESES
I Informao Geral
Reaes de equilbrio sentado ( iniciando em quadrpede )
Extenso protetora para os lados
II Prono
Engatinha nas mos e joelhos usando flexo lateral meios de locomoo
primrios Passa de quadrpede para sentado usa retificao lateral
III Sentar
Boa extenso de tronco
Estabilidade posicional de extremidade inferiores diminuda
Rotao equilibrada por extenso protetora para os lados e ou reaes de
equilbrio
Mos pega pequenos objetos com o polegar oposio do dedo e solta
Passa de sentado para quadrpede
IV De lado
Brinca deitado de lado
V De p
Puxa para ficar de p - atravs do ajoelhar 1/2 ajoelhar (semi-ajoelhado)
Rotao do tronco sobre extremidades inferiores
Anda de lado
Fica de p com ajuda de uma nica mo
VI Andar
Movimenta os ps para andar (segurado pelas duas mos )

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NOVE MESES
I Sentar
Controle de tronco aumentado
Posio verstil mais funcional
Utiliza vrias posies de extremidade inferior
Freqentemente senta de lado usando mobilidade do quadril (aumentada)
Pode sentar em W
Desenvolve e usa habilidades manipulativas mais finas quando est sentado
II Quadrpede
Engatinhar um meio primrio de locomoo
III De joelhos
Extenso do quadril incompleta
IV Puxa para ficar de p
Usa MMSS MMII mais ativamente
Passa 1/2 ajoelhar (semi-ajoelhado)
V De p
Anda em torno dos mveis
VI Andar
Anda quando segurado pelas duas mos
Diminuio da abduo e rotao externa do MMII

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DEZ MESES
I Sentado
Uso aumentado das habilidades finas de MMSS portanto usa posicionamento
de MMII mais primitivo
Espelhamento de MMSS durante habilidades motoras finas
II De p
Levanta passando por ajoelhado e semi-ajoelhado
Abaixa-se da posio de p mantm suporte em MMSS
III Andar
Segurado pelas duas mos
Inicia o uso de alguma rotao plvica e aumenta a largura dos passos em
MMII

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ONZE MESES
I Sentar
Varia posicionamento de MMII
- Senta com os joelhos estendidos
- Senta de lado
Controla a rotao do tronco
II De joelhos e semiajoelhado
Usa as posies mais freqentemente demonstrando aumento do controle de
quadril
III Para ficar de p
Utiliza joelho... semi-ajoelhado... acocorado... simtrico
Extenso MMII e elevao de tronco c
IV De p
MMSS usa muito pouco fica de p sozinho
Controle aumentado do quadril
Abduo de MMII...ampla base de suporte
V Andar
Se move e alcana mveis fora do alcance

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DOZE MESES
Reaes de retificao bem integradas na maioria dos movimentos
Reaes de equilbrio presentes em todas as posies exceto de p
II Para ficar de p
Levanta com as pernas no precisa mais de MMSS
III De p
Capaz transferir o peso e levantar uma perna
IV Andar
Pode tentar andar sem ajuda - extenso de tronco aumentada aduo
escapular (guarda alta) abduo ampla de MMII

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2. DESENVOLVIMENTO MOTOR ANORMAL


PADRES PATOLGICOS
2.1 REFLEXOS
DEFINIO:
uma resposta motora a um estmulo adequado. So inconscientes e executados
imediatamente como reao ao estmulo determinado. So inatos e no precisam de
aprendizagem, embora a experincia os aperfeioe.
IMPORTNCIA:
Todas as aes que executamos hoje partem da relao entre o que inato e o que
adquirido. Os reflexos vo oferecer as primeiras imagens sensoriais de movimento. A
combinao, a sucesso e a repetio que vo promover o controle das aes sensriomotoras.
REAO:
E o resultado do reflexo integrado.
(Tabela de reflexos e comportamento motor na parte de curiosidades)

PADRES PRIMITIVOS E PATOLGICOS DE MOVIMENTO


1. Definies:
Padres primitivos de movimentos:
Padres de atividades pertencentes s primeiras fases do desenvolvimento da
criana normal, aproximadamente o nascimento at por volta de 4 meses de idade. Eles
aparecem como padres em massa de flexo ou extenso dos membros; nessa fase
tambm ocorrem movimentos mais distais isolados nas mos. joelhos e ps. Se os padres
em massa ficam retidos sem modificaes nas crianas de 6 meses ou mais. eles podem
ser chamados de 'primitivos na aparncia'.
Esses padres podem tambm ser descritos como padro fundamental primrio
bsico infantil. precoce ou imaturo.
Padres de movimentos patolgicos:
Padres anormais de atividade que no so vistos no desenvolvimento da criana
normal.
2- 'Reflexos Primitivos':
Quando a palavra primitivo e usada na literatura e geralmente relativo a reflexos
primitivos. Esses so diferentes dos padres primitivos como discutidos no Conceito Bobath.
Um reflexo obrigatrio. O chamado 'reflexo primitivo', visto em crianas pequenas. por
exemplo. o Moro, Galant, no so obrigatrios. Por essa razo, nos mencionamos o uso dos
termos reaces primitivas', respostas primrias ou padres motores primrios. Esses
termos permitem a variedade das respostas. e sua modificao com a maturao do SNC.
3. Patolgico:
Ns fazemos uma distino entre patologia e patolgico.
Patologia: e o estudo sistemtico das doenas do corpo. Suas causas. sintomas e
tratamento.
Patolgico: Padres motores patolgicos e padres motores anormais. podem ser
usados

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alternadamente. Um padro patolgico ocorre quando h um tonos postural anormal. o qual


se caracteriza por uma falta de variedade, estereotipia. falta de seletividade,
inadaptabilidade.
I.
II.
III.
IV.
V.
VI.
VII.
VIII.

Sinais possveis de um padro patolgico:


Preenso somente com braos fletidos/pronados e flexo da cabea e tronco
Cabea sempre virada para um lado.
Posio em garra dos artelhos persistente.
Retrao dos ombros com flexo dos cotovelos em supino, sem ser capaz de juntar
as mos ou leva-las a boca.
Preenso sempre com a mesma mo e nunca com a outra.
Rotao interna nos quadris com aduo e extenso (semi-flexo)
Assimetria do tronco com flexo lateral do pescoo para o mesmo lado que a flexo
lateral do tronco
Extenso da perna livre enquanto a criana segurada de cabea para baixo por
uma perna
Uma criana com dificuldades no aprendizado pode ter uma patologia mas no
apresentar padres patolgicos de movimentos. O mesmo padro, em situaes diferentes,
pode ter implicaes diferentes. Ele pode ser ou primitivo ou patolgico dependendo da
qualidade do tonos postural. Geralmente, padres primitivos esto associados com tonos
postural normal ou quase normal, e os padres patolgicos com o tonos postural anormal.
Um exemplo:
Uma criana apresenta retrao da cabea e do pescoo. Isso pode acontecer
devido a um padro primitivo de atividade ( dificuldade de aprendizado. atraso do
desenvolvimento ). Poderia ser patolgico (criana com quadriplegia espstica ou atetose):
Primitivo/precoce (normal): Esse padro de retn1o visto como pane do comeo
do desenvolvimento, em supino. ou nas primeiras reaes de equilbrio no sentar e no ficar
em p, na fase cronolgica apropriada.
Primitivo (patologia): A criana com dificuldade no aprendizado que tem uma falta de
motivao de progredir no .desenvolvimento e retm padres de movimentos (primitivos)
mais globais. com um tonos postura! quase normal.
Patolgico: A criana com tonos postural anormal e com falta de uma variedade de
padres de movimentos. Essa criana pode ser motivada a mover-se mas interrompida de
faz-lo por causa da hipenonia. Exemplo, quando quer alcanar com a mo para frente e
no consegue.
4. Disperso:
Discrepncia em certas reas do desenvolvimento. Exemplo: criana pode levantar a
cabea e apoiar- se nos antebraos quando em prono, mas no consegue juntar as duas
mos na linha mdia em supino
Importncia da disperso no desenvolvimento da criana:
Padres patolgicos esto associados com tonos postural anormal. Algumas vezes.
quando difcil de decidir se patologia ou no, uma olhada geral no desenvolvimento da
criana pode ajudar a dar um quadro mais correto.
Uma criana pode levantar sua cabea de forma muito boa quando em prono. mas
ter um marcante . atraso da retificao quando puxada para sentar, e ter dificuldade em
segurar sua cabea na linha mdia. Isso indicaria disperso no desenvolvimento daquela
criana. Isso diferente da criana com atraso global do desenvolvimento e nenhum sianl
de padres patolgicos e patologia.
Outros exemplos de disperso:
I. Pode engatinhar mas no consegue puxar-se para ficar em p e sentar-se a partir de
prono.
2. Consegue manter peso quando em p mas no levanta a cabea, ou no estica os
braos para frente para pegar um brinquedo quando em supino.

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3. Pode sentar-se sem apoio mas no impulsiona-se com os braos quando em prono ou
passa de sentada para prono.
4. Pode sentar-se com bom equilbrio e suporte confivel de braos mas no fica em p
quando segurado pelas mos.
5. Pode ficar com apoio nas mos e joelhos mas no senta-se sem apoio.
5. Sumrio:
Pode ser difcil esboar uma linha divisria entre os sinais anormais e leves da leso
cerebral e os padres de movimentos primitivos normais vistos nos primitivos meses de
vida. Uma tentativa para fazer isso poderia ser til para o diagnstico e para a interveno.
Por exemplo, algumas vezes ns vemos os padres de chutes primitivos que
parecem normais, embora lhe faltem seletividade. Se o ciclo de extenso desse padro
tambm apresentar rotao interna, ento ele pode ser considerado como patolgico e no
primitivo. Rotao interna geralmente vista com flexo ( ou semi-flexo) dos quadris ou
cintura escapular. Isso tronar as habilidades funcionais difceis ou impossveis de serem
obtidas se interveno.

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O desenvolvimento anormal tem uma seqncia bem definida como descrito


abaixo:
PADRO ORIGINAL
A qualidade do movimento no normal.
COMPENSAES
As compensaes mudam o padro original. So o resultado de movimentos sem o
controle e / ou mobilidade apropriada. So tambm o resultado de manuseios e posies em
que as crianas so colocadas.
HBITO
Repetio de padro de movimento, tanto faz normal ou anormal. Se torna habitual e
no muda. Quando o padro anormal j um hbito fcil fazer o diagnstico. porm o
tratamento mais difcil j que a criana est habituada com o padro.
CONTRATURAS / ENCURTAMENTOS
Msculos encurtados pelos espasmos ou por causa do uso sem uma atividade
equilibrada pelo antagonista.
DEFORMIDADES
CIRURGIAS
O primeiro problema o desenvolvimento axial da extenso que no
acompanhada de forma adequada pelo desenvolvimento axial da flexo, o que resulta em
um desequilbrio entre elas. Por causa disso o tnus extensor se torna anormal. Os
problemas maiores ocorrem nas seguintes reas:
PESCOO
OMBROS
PLVIS
QUADRIL
1. - PESCOO
A- Hiperextenso (= extenso de cabea = extenso do occipital com atlas.C1 )
NORMAL
De 1 - 3 meses - O equilbrio com desenvolvimento dos flexores do pescoo leva ao
alongamento do pescoo. A extenso da cabea equilibrada pela flexo da cabea e
cervical.
ANORMAL
Controle flexor no se desenvolve de forma adequada para contrabalanar com a
extenso.
No vai haver alongamento do pescoo. A extenso e flexo da cabea no vo ter
um equilbrio, embora a flexo cervical se desenvolva.
B - Assimetria - Os flexores so necessrios para trazer a cabea para a linha mdia
e suprimir o RTCA
NORMAL
3 -4 meses - O desenvolvimento dos flexores leva ao controle da cabea na linha
mdia, ao desenvolvimento da simetria, convergncia dos olhos e possibilidade de juntar
as mos na linha mdia,
ANORMAL

26

O 5 flexores no se desenvolvem adequadamente, levando ao controle de cabea


pobre na linha mdia. H falta de simetria, dificuldade na convergncia dos olhos e as mos
dificilmente se juntam, Tambm no capaz de levar as mos boca ou face.
H diminuio da estimulao ttil, que os bebs geralmente fazem levando as mos
boca, face e ao corpo. H assimetria. do pescoo ( RTCA ), eventualmente afetando
tronco e extremidades.
2- OMBROS (Cintura escapular )
Quando existe problema no pescoo, o problema dos ombros tambm existe, porque
o controle da cabea, pescoo e ombros precoce e se desenvolve junto. O
desenvolvimento dos ombros est diretamente ligado ao desenvolvimento do pescoo.
A - ESCPULO-UMERAL - HIPERTONIA
NORMAL
Normal de 1-3 meses. os cotovelos esto atrs dos ombros. Quando os flexores do
tronco superior e estabilizadores da escpula se desenvolvem os braos se movem para
frente ( cotovelos em frente dos ombros). - O alongamento dos msculos entre a escpula e
mero e a dissociao escpulo-umeral permite a :
- Rotao externa de extremidade superior;
- Supinao e pronao de antebrao;
- Desenvolvimento motor fino do punho e dedos.
ANORMAL
Os braos no se movem para frente por causa do pobre desenvolvimento do controle
flexor. levando :
- Hipertonia dos msculos entre a escpula e mero;
- Extremidade superior se mantm em rotao interna;
- Falta dissociao entre a escpula e o mero, portanto continua a se mover como
uma unidade nica:
- Desenvolvimento pobre do controle motor fino da extremidade superior.
B - ADUO ESCAPULAR
usada para reforar a extenso axial e a estabilidade na sequncia do
desenvolvimento.
NORMAL
Normal no 4-5 ms - landau.
- Incio do sentar;
- Inicio do ficar de p;
- Incio da marcha independente - sempre contrabalanado pelo igual controle flexor do
tronco.
ANORMAL
No vai haver equilbrio;
A aduo da escpula leva retrao do braa.. com pobre dissociao escpulo-umeral.
Os msculos escapulares no desenvolvem a estabilidade no tronco, no dando para a
escapula estabilidade necessria para as funes dissociadas dos membros superiores.
Portanto. os braos no vm para frente para:
- Suporte no cotovelo;
- Funo de membros superiores, quando sentado sem apoio;
- Funo de membros superiores de p e durante a marcha

27

COMPENSAES PREVISVEIS - Normalmente vistas na postura sentada.


1) HIPEREXTENSODO PESCOO
a) Limita o seguimento visual para baixo;
b) Leva a mandbula para frente;
c) Dificulta o vedamento labial.
Pobre controle de cabea:
a- Elevao dos ombros para dar estabilidade para cabea;
b- lsso limita a possibilidade de retificao lateral e rotao da cabea.
2) OMBROS
a- Se torna mais rgido e mais limitado quando usado em elevao para estabilizar a
cabea;
b- A elevao aumenta a : - hiperextenso do pescoo;
- aduo umeral
- hiperextenso umeral.
3) PLVIS
ANTEROVERSO
NORMAL
Se inicia mais ou menos aos 4 meses em prono, sendo balanceado pelo
desenvolvimento de:
1 )Abdominais (4- 5 meses) inicialmente
2)Abdominais e extensores do quadril trabalhando juntos (alongamento do iliopsoas);
Atividades em supino que trabalham as musculaturas posterior e anterior (equilbrio
entre elas):
1) Mos aos joelhos (pernas aduzidas e flexionadas no quadril e joelhos):
2) Leva os ps a boca;
3) Pega os ps com as mos no ar. Aumenta anteroverso ativa, flexo, abduo e
rotao externa do quadril. Antes do alongamento do iliopsoas da ativao dos abdominais
e extensores do quadril, os adutores e rotadores internos se desenvolvem para equilibrar.
O controle muscular do quadril d a estabilidade para a transferncia de peso em
prono com apoio nos cotovelos.
ANORMAL
Abdominais no se desenvolvem:
Iliopsoas nunca se alonga;
Atividades equilibradas em supino no ocorrem.
1)Tem dificuldade para levar as mos aos joelhos;
2)Tem dificuldade para levar as mos boca;
3)Dificuldade em pegar os ps com as mos.
A anteroverso da plvis permanece forte porque no tem oposio, portanto os
membros inferiores ficam abduzidos, flexionados externamente
Por causa da falta de estabilidade do quadril a postura de sapo que d a
estabilidade do mesmo.

28

RETROVERSO
NORMAL
Resulta da co-contrao normal dos abdominais e extensores do quadril. .
ANORMAL
A retroverso anormal a compensao por perda da mobilidade da articulao do
quadril.
A espasticidade dos extensores do quadril leva ao encurtamento e perda da mobilidade,
consequentemente est limitada a mobilidade de flexo do quadril. Portanto, quando se
tenta fletir o quadril a plvis puxada para trs, especialmente na posio sentado.
4 - QUADRIL
A - Contratura pelvico-femural
NORMAL
De 3-4 meses apresenta abduo, flexo e rotao externa dos membros inferiores
(postura de sapo). As mudanas. ocorrem pelo alongamento do iliopsoas e o
desenvolvimento normal da extenso. aduo e rotao interna dos membros inferiores em
relao a um tronco estvel.
- As pernas se movem juntas;
- Depois dissociadas;
- Transferncia de peso com alongamento do tronco e extenso da perna do lado que
est com o peso e flexo do outro lado (alternado);
- Alongamento dos msculos entre a plvis e o fmur.
ANORMAL
-

Os membros inferiores permanecem na posio de sapo (flexo, abduo e rotao


externa):
A extenso, aduo, e rotao interna das pernas no se desenvolvem;
As pernas no se movimentam juntas;
A dissociao dos membros inferiores no ocorre:
No ocorre a transferncia de peso, nem o alongar, lento do lado que est com o
peso e nem a flexo do lado oposto,
Os msculos entre a plvis e o fmur permanecem encurtados.

B - Extenso do quadril - aduo


NORMAL
Ocorre como resultado da progresso do desenvolvimento normal.
Extensores e adutores do quadril com trabalho dos abdominais. Os extensores e
adutores do quadril so balanados pelos flexores e abdutores e trabalham integrados com
o tronco.
ANORMAL
Sem um bom desenvolvimento dos abdominais os extensores e adutores do quadril
no podem se desenvolver normalmente, porque eles no tm um tronco estvel para
trabalhar junto (no tem equilbrio entre flexores e abdutores) .
A extenso e aduo das pernas do como resultado a flexo anormal do tronco.

29

ENCEFALOPATIA CRNICA NO PROGRESSIVA


DA INFNCIA
Informao geral
1) Grupo de sndromes descritas, que compreendem os efeitos de uma leso cerebral,
congnita ou adquirida, durante o nascimento e nos primeiros anos de vida. Podem estar
afetadas outras funes, podendo coexistirem em graus variados, efeitos perifricos e
centrais. O termo coloquial Espstico (Referncia a Spastics Society e a antiga
denominao para portadores e a PC) Insatisfatrio, porque enfatiza um aspecto e exclui
outros. O termo Paralisia Cerebral, recebe a mesma critica. Criana portadora de Leso
Cerebral., parece ser O melhor termo para descrever tal condio (LIoydRoberts).
2) Grupo de condies no progressivas que ocorrem na criana, cuja leso cerebral causa
uma deficincia da funo motora. Esta deficincia, pode ser o resultado de uma paresia, de
movimentos involuntrios ou incoordenao, mas as alteraes motoras que so transientes
ou, so resultado de enfermidades cerebrais progressivas ou tributveis as anormalidades
de medula espinhal, so excludas (In gram, 1955e 1964).
3) Condio no progressiva da funo motora, incluindo postura e movimento, como
resultado de uma leso irreparvel do SNC.A leso ocorre durante o perodo de maturao
cerebral, seja no perodo pr, peri ou psnatal(nos primeiros anos de voa). Apesar da leso
cerebral ser esttica, o problema da PC dinnico para. a criana, mudando O crescimento,
com a adaptao da criana a sua deficincia e, com o tratamento (Renshaw).
4) Una permanente mas no mutvel alterao do movimento e da postura, devido a um
defeito ou leso cerebral no progressiva, nos primeiros anos de voa (Christen serl, E e
Melchior, JC 1967).
5) Grupo de condies neurolgicas crnicas, observadas na infncia e, caracterizadas pela
deficincia da funo motora com a presena de paresia, incoordenao ou movimentos
involuntrios. As alteraes progressivas do SNC so excludas (Gordon).
6) A incidncia de PC no Terceiro mundo baixa, porque tais crianas morrem muito cedo (
Rang, Silver e Garza, pgina 345 de Pediatric Orthopaedics, de Lovell e Winter).
7) Desordem/Distrbio da postura e do movimento, devido a um defeito ou leso do crebro
imaturo (Bax 1964). A leso no progressiva e, produz um dano varivel da coordenao
da ao muscular, com uma resultante incapacidade da criana, para manter posturas e
realizar movimentos normais. Essa deficincia motora central, est freqentemente
associada a outros distrbios, como os visuais, auditivos, intelectuais. perceptivos, de
comunicao. etc (Bobath).
8) A PC, algumas vezes chamada de leso neurolgica no progressiva crnica, uma
desordem do controle muscular ou da coordenao (sistema motor output), resultante de
una leso cerebral, durante seus primeiros estgios de desenvolvimento/maturao. Outros
problemas podem estar associados como os visuais, auditivos, intelectuais. perceptivos, de
comunicao, de sua sade fisiolgica. como a constipao e as convulses, entre outros (
Slackman & Healy).
9) Grupo de condies incapacitantes que so resultantes de uma leso do SNC. Cerebral
refere-se ao crebro e Paralisia, descreve a PERDA DO CONTROLE MUSCULAR, que
geralmente (mas no sempre) um sintoma. No hereditria, contagiosa, progressiva, ou
uma causa primria de bito.
10) Conduo causada por uma leso cerebral, durante a gravidez, o parto ou durante os
primeiros anos de vida. Cerebral refere-se ao crebro e Paralisia a desordem da postura e
do movimento. No progressiva ou contagiosa. No "curvel" neste sentido, embora a

30

Terapia e o Treinamento possam ajudar . No uma doena/patologia e, nunca deve ser


referida como tal (UCPA).
11) No uma doena mas uma condio que afeta os msculos e em alguns casos, os
sentidos. Os efeitos da PC variam de leves a severos, dependendo de qual parte do crebro
est afetada (Folheto do New York State Offce of Advocate for the Disa bled).
12) Grupo de condies nunca uma doena caracterizada pela disfuno nervosa e
muscular. Algumas mostram alteraes da marcha, perda da destreza manual ou outros
problemas motores. Convulses, problemas visuais, auditivos, da fala, psicolgicos
comportamentais e distrbios do aprendizado, podem ocorrer (UCPA).
13) Quadro apresentado pelos indivduos que tm uma leso no encfalo imaturo, de
carter no progressivo, nas reas que controlam os movimentos e a coordenao do tnus.
freqente ao lado dos distrbios da motricidade, encontrarmos desordens sensoriais,
intelectuais e emocionais.
14) Desordem da postura e do movimento, persistente mas no imutvel, devido a uma
disfuno do encfalo, presentes antes do seu crescimento e desenvolvimento estarem
completados. Muitos outros aspectos podem fazer parte do quadro.
15) Condio causada por uma leso no encfalo imaturo, de carter no progressivo. Os
sinais e sintomas dependem da rea lesada do crebro e da extenso da leso e, expressase em padres anormais de postura e movimento.
16) Quadros clnicos caracterizados essencialmente pelas alteraes do tnus da
motricidade e das posturas, decorrentes da deficincia ou perda da funo de reas do
encfalo, responsveis pela elaborao, programao e coordenao de nossas aes
posturais e do tnusa, ocasionadas por de feitos de formao ou pela destruio de suas
clulas, "reliquat" definitiva de processos mrbidos que aps agirem sobre o SN, antes de
haver se completado o desenvolvimento funcional da motricidade, tenham cessado
inteiramente suas atividades (Samaro Brando).
17) Desordem da postura e do movimento, persistente mas no imutvel, decorrente de
alteraes do desenvolvimento funcional da motricidade em conseqncia da deficincia ou
perda da funo das reas do encfalo, responsveis pela elaborao, programao de
coordenao de nossas aes, posturas e do tnus, ocasionadoas por defeitos de formao
ou pela destruio de seus neurnios por processos mrbidos que tenham cessado
inteiramente suas atividade (Samaro Brando).

31

CONCEITO
uma desordem da postura e movimento, persistente mas no imutvel,
decorrente de alteraes da motricidade em conseqncia da deficincia ou perda da
funo das reas do encfalo, responsveis pela elaborao, programao de aes,
ocasionados pela destruio de neurnios de um crebro ainda imaturo.

HISTRICO
Descrita em 1843 por John Litlle, ortopedista ingls que descreveu 47 casos de
crianas portadoras de rigidez espstica. Mais tarde, Phelps generalizou o termo P.C. para
diferencia-lo de Paralisia Infantil(Poliomielite). Em 1862 Litlle acreditava que a etilologia nos
casos descritos estava relacionada s circunstncias adversas ao nascimento (
prematuridade, anxia, convulses.) Nas ltimas dcadas, trabalhos cientficos vem
comprovando tal afirmao.

ETIOLOGIA
Pr-natais:
Infeces intrauterinas
Hemorragias
Fatores metablicos
Radiao
Txicos
Anxia fetal
Peri-natais:
Hemorragias Intracranianas
Traumatismos cerebrais
Prematuridade
Anxia
Incompatibilidade Rh
Ps- natais:
T.C.E.
Meningites
Anxia (acidentes)
Convulses

AFECCES PR E PERINATAIS
As afeces pr e perinatais devem ser bem avaliadas quando se deseja chegar
prximo ao diagnstico diferencial entre a paralisia cerebral., sua etiologia e as demais
patologias da criana.
No momento faremos uma reviso nos seguinte itens:
1 - Malformaes
2- Distrbios Hipxico-lsqumicos
3 - Hemorragias Intraventriculares do prematuro
4 - Infeces Congnitas
I - Malformaces
As malformaes so as causas abundantes de encefalopatia crnica no evolutiva.,
pode se exteriorizar na forma de Paralisia Cerebral., deficincia mental ou distrbios do

32

comportamento. Sua etiologia variada fatores genticos que se transmitem segundo os


modos autossmicos ou ligado ao sexo., cromossomopatias e fatores ambientais podem
perturbar a seqncia normal do desenvolvimento no curso da morfognese do SNC.
Ainda., agentes multifatoriais., que combinam fatores ambientais e genticos podem
estar implicados no surgimento de malformaes.
No decurso do desenvolvimento embrionrio do SNC, trs etapas bsicas so
importantes, pois, pode-se dizer que os diferentes padres mal-formativos conhecidos
refletem a etapa na qual incidiram os eventos perturbadores da morfognese.
Estudando os perodos ou fases temos:
Perodo indutivo, que diz respeito a capacidade que tem determinada camada
germinativa de produzir modificaes em outra.
Isso ocorre nos primeiros 30 dias de gestao. O folheto embrionrio mesodrmico
induz o ectoderma suprajacente a formao da placa neural ( 23 semana embrionria).
Na 3a semana surge o noto corda.
Aps os 21 dias h unio das bordas da goteira se unem formando o tubo neural
(primria e secundria). na fase da neurulao que pode ocorrer alteraes
comprometedoras chamadas ESTADOS DISRFICOS OU DISRAFIAS. As disrafias variam
entre a severa craniorraquisquise at a espinha bfida oculta (considera uma expresso
leve).
Um segundo perodo do processo indutivo a SEGMENTAO que sofre o tubo
neural em sua poro mais anterior (inicia por volta do 24 dias ps concepo ).
A segmentao o processo formador das dilataes vesiculares que constituram:
- prosencfalo (mais tarde se transformar nos hemisfrios cerebrais)
- metencfalo (mesencfalo)
- tromboencefalo (tronco cerebral e cerebelo)
Estes fenmenos ocorrem entre a 5 e 6 semanas de gestao e mesoderma
induzir a formao da face.
Alteraes desta fase do origem as HOLO prosencefalias.
A terceira etapa na embriognese do SNC e a Proliferao e a Migrao Neuronal. O
tudo neusal constitudo por um epitlio pseudo-estratificado formado por clulas primitivas
que do origem a todos os neurnios e clulas gliais. Estas clulas se dividem
sucessivamente nesta zona junto luz do tubo.
Aps um tempo de PROLIFERAO ativa, as clulas deixam esta zona e MIGRAM
para superfcie onde vo formar a placa cortical. O pico migratrio entre o 3 e 5 ms.
Apenas no cerebelo fenmenos migratrios acontecem at a poca do nascimento.
As primeiras clulas a migrar so as que se situaro mais profundamente no crtex,
maduro e as ltimas as mais superficiais.
ALTERAES da PROLIFERAO vo ocasionar lissencefalias, paquigiriais,
micropoliginais, heterotopias, neuronais, disgenesias corticais, agenesias comissurais.
Alteraes ocorrentes aps o 5 ms de vida intra uterina no mais causaro
malformaes, mas tero influncia na mielinizao, na maturao neuronal e glial, no
desenvolvimento sinaptico, etc.
2- Distrbios Hipxico-Isqumicos
So freqentes nos perodos pr ou perinatal. Podem acarretar leso neurolgica por
deficincia ou falta de irrigao sangnea cerebral (isquemia ou insuficincia de oxigenao
do sangue circulante (hipoxia).
Encefalopatia "hipxico-isqumica" designa quadros clnicos neurolgicos fixos, no
evolutivos, muitas vezes com apresentao na forma de Paralisia Cerebral.
A etiologia dos distrbios circulatrios variada.So fatores de risco pr e perinatais:
FATORES MATERNOS
-

Diabetes

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- Hipertenso arterial
- Anemia
- Eclmpsia
- Cardiopatia
- Hemorragias uterinas
FATORES FETAIS
- Prematuridade
- Infeces
- Sndrome da transfuso feto-fetal ou feto-materna
FATORES OBSTTRICOS
- Vcios de apresentao
- Modelagem excessiva da cabea
- Placenta prvia
- Hemorragia placentria
- Circular do cordo
- Prolapso do cordo
FATORES NEONATAIS
-

Crises de apnia
Anemia

ALTERAES CEREBRAIS hipxico-isqumicas e sua poca de constituio:


-

PORENCEFALIAS
HIDRANENCEFALIAS
MICROPOLIGIRIAS
ULEGIRIAS - Pr-natais tardias, perinatais
ENCEFALOMALCIAS MULTICSTICAS - Pr-natais tardias, perinatais
LEUCOMALCIA PERIVENTRICULAR - Perinatais
STATUS MARMORATUS - Perinatais

3 - Hemorragias Intraventricular DO PREMATURO


Extremamente freqente em prematuros abaixo de 32 semanas, podendo atingir 40
% desta criana. A hemorragia se origina da substncia matricial subventricular , rompe-se
no ventrculo, mas pode invadir os hemisfrios cerebrais, eventualmente. Sua patogenia
multifatorial com fatores intravasculares, vasculares e extravasculares esto implicados em
propores variadas. O quadro clinico diverso dependendo da extenso da hemorragia
podendo variar entre o coma, apnia, crises convulsivas, descerebrao e quadriparesia
flacida ou manifestaes sutis como queda do hematcrito.
O diagnstico feito pelo exame do LCR que se apresenta hemorrgico, e pela
ultrasonografia. A mortalidade varia de 15% 60% dependendo da severidade da
hemorragia.
Nos sobreviventes as seqelas podem ser quadriplegias e diplegias. Podem
desenvolver hidrocefalias.
BORGES(2002) cita a Hemorragia intracraniana como o maior fator de risco para
paralisia cerebral e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor em recm-nascidos com
muito baixo peso.
4 - Infeces Congnitas

34

Diversos organismos podem, passando atravs da barreira placentria atingir o feto e, em


particular seu crebro. Dependendo da data da infeco, alteraes malformativas ou
destrutivas podem ser observadas.
As manifestaes clnicas dependem do perodo e da intensidade das alteraes
patolgicas cerebrais decorrentes do processo infeccioso.
As infeces congnitas mais comuns so as chamadas do grupo TORCH
E mais recentemente includo, o HIV.
GRUPO TORCH
Toxoplasmose
Rubola
Citomegalovirus
Herpes Simples
Sfilis
A Toxoplasmose
-

via transplacentria
protozorio toxoplasma (assintomtico )
25% para transmisso de mes infectadas/feto na gravidez.
taxa de infeco inversamente proporcional a idade do feto: 20% no 1 trimestre e
60% no 3 trimestre
gravidade maior quando a infeco precoce
gravidade menor no 3 trimestre ( assintomticos )
2/5 apresentam quadro neurolgico

B - Rubola
-

via transplacentria
efeitos patognicos nos primeiros 4 meses da gravidez
vrus causa meningoencefalite com vasculite que levam a microenfartos cerebrais
dissiminados e sobretudo causa ao inibitria da proliferao neuronal.
Quadro clnico: comprometimento do SNC, ocular , audio, corao.
C Citomegalovirus
-

via transplacentria
efeitos patognicos sobre o feto se a infeco materna ocorrer na 1 metade da
gestao
- 50% dos fetos desenvolvero a infeco
- CMU causa meningoencefalites com fenmenos inflamatrios difusos, mais
importantes nas regies periventriculares. Alm dos fenmenos inflamatrios o CMV
provoca alterao proliferativa (microcefalia) e migratrios (disgenesias corticais).
Pode haver associaes variadas de retardo do crescimento e desenvolvimento,
calcificaes cerebrais, crises convulsivas, etc.
D - Herpes Simples
- contaminao peri-natal RN sintomticos, podendo a infeco ser difusa ou localizada no
SNC, olhos, pele, boca. Quadro clnico depende da extenso da leso.

E- Sfilis
-

via transplacentria - hoje rara


efeito patognico - 2a metade da gestao
S.N. sempre afetado com repercusses variveis

35

HIV - virus da imunodeficincia humana, atinge o feto por via transplacentria.

INCIDNCIA
Pases desenvolvidos :1 a 2 p/1000 nascidos vivos
Estatstica mundial: 7 p/ 1000 nascidos vivos

QUADRO CLNICO
Piramidal ou espstica

Leses no crtex motor ou no trato piramidal


Mais frequente ( 75%)
Tnus muscular aumentado

Extra-piramidal

Leses no ncleos da base ou cerebelo


Menos comum (25%)
Tnus base diminudo / movimentos involuntrios

TOPOGRAFICAMENTE
Piramidal:
Quadriplegias
Hemiplegias
Diplegias
Monoplegias
Extra-Piramidal:
Atetose
Ataxia
Mistos

36

QUADRIPLEGIAS
Grave, moderada e leve

Envolvimento dos quatro membros;


Leso difusa do crtex cerebral;
Sujeitos a deformidades;
Hipertonia global;
Distrbios associados;
Perpetuao reflexa;

DIPLEGIAS
Grave, moderada e leve
Envolvimento dos membros inferiores;
Sujeitos a deformidades ;

HEMIPLEGIAS
Grave, moderada e leve

Envolvimento de um hemicorpo

37

MONOPLEGIAS
Envolvimento de somente um membro

mais rara

ATETOSE
Leso no ncleo da base e tlamo;
Divide-se em:
* Coreoatetose
* Atetose c/ espasticidade
* Distonia
* Atetose pura
Movimentos involuntrios ;
Tnus postural instvel/flutuante.

ATAXIA
Rara (2%)
Leso no cerebelo e tratos cerebelares;
Envolvimento todo corpo;
Incoordenao esttica e dinmica;
MISTAS

Combinao de duas formas;


9 a 22%

PADRES DE DESENVOLVIMENTO EM PARALISIA CEREBRAL


Material de Autoria do Centro Bobath de Londres
At os 4 meses de idade nenhum sinal de espasticidade ou de atetose, a nas um
comportamento motor primitivo mas freqentemente alguns sinais especficos como:
a) extenso do pescoo ou freqentemente, forte impulso extensor intermitente
(opisttono ).
(Atetides quadriplgicos).
b) R.T.C.A, no como um influncia transitria na postura da criana, sem
movimentos restringidos mas, permanente e ocorrendo regularmente quando roda a cabea
para o lado. (Quadriplegias espsticas e atetose algumas vezes).
c) - dificuldade de levar os dedos boca, sugar os dedos ou o polegar (R.T.C.S. ou
tenso dos braos e retrao do ombro devido atividade extensora).

38

- dificuldade de levar os braos para frente do peito ou aproxim-los. A


criana mal faria isto quando os membros inferiores so colocados passivamente
sobre o abdmen ou elevamos a cabea para sentarmos a criana. (Quadriplegias
atetsica e espsticas).
d) total extenso precoce dos membros inferiores com plantiflexo dos ps. com ou
sem aduo. Normal somente aos 6 meses. (Diplegias espstica ou Quadriplegias).
e) comportamento motor predominantemente assimtrico. Chuta, somente, com uma
perna mantm uma s mo fechada, (hemiplegias).
f) no capaz de tolerar a posio de prono. chora, no capaz de rodar ou elevar a
cabea, dificuldade respiratria. (Quadriplegias espstica e atetsica).
g) tnus anormalmente baixo. excessiva abduo dos membros superiores e
inferiores flexo, (membros inferiores estendidos, ao invs, de elevados em abduo em
direo ao abdmen como numa criana normal, deitada em supino ou prono. Em prono as
ndegas esto apoiadas ao invs de elevadas. No apresenta resistncia extenso
passiva tal, como encontramos numa criana normal at 4 meses de idade. Os dedos dos
ps devem tocar o queixo em idades mais avanadas do que na criana normal, algumas
vezes acima de 18 meses ou mais ( atetose e ataxia).
Desenvolvimento da Espasticidade:
Algumas crianas rgidas desde muito cedo, opisttono, membros inferiores aduzidos
e estendidos, membros superiores fletidos e ombros retrados ou R.T.C.A. Talvez a
espasticidade flexora em prono no permita elevar a cabea pode ter extenso tnica
mesmo em prono o que permite elevar e manter a cabea mas tem flexo dos braos. Esta
rigidez pode gradualmente desaparecer , a criana pode iniciar os movimentos mas fortes
espasmos intermitentes, (rigidez varivel).
Usualmente: tnus normal razoavelmente at 4 meses de idade, desenvolve ento
espasticidade extensora com cada vez mais evidentes reflexos tnicos, conquanto os
reflexos tnicos no tenham mais influncias aos 4 meses de idade. Na criana normal o
tnus extensor desenvolve a extenso da cabea, primeira atividade deitada em prono a
extenso do tronco. das coxas e ento das pernas e p at cerca dos 6 meses onde
conservamos a extenso completa. A espasticidade extensora tambm desenvolve da
cabea para baixo, mas no deitada em prono quando a atividade flexora tambm forte
para permitir a elevao da cabea, etc.
A criana espstica deita em supino, mas no fica sentada. O tnus extensor
aumenta em supino da cabea para baixo, extenso da cabea e do pescoo, retrao dos
ombros e depois extenso dos membros inferiores. Extenso dos membros inferiores
combinados mais tarde com aduo, rotao interna e plantiflexo dos ps esto prestes
usualmente quando a criana fica de p ( influncia da reao positiva de suporte ).
Encontramos freqentemente a cabea e o pescoo retrados, coxas e pernas
estendidas, mais abduo da coxas e dorsiflexo dos ps ( oportunidade de tratamento
neste estgio antes da criana fica de p, para bloquear o padro extensor total).
Depois progredindo na criana sentada: a espasticidade flexora ajudada pela influncia dos
reflexos tnicos labirntico produzem a queda da cabea. O tronco est fletido, a criana no
pode elevar a cabea sem deix-la cair para trs, se no for apoiada, as coxas esto
insuficientemente fletidas por causa da existncia da espasticidade extensora e, a
espasticidade flexora flete a cabea e o tronco. Os ombros estio protrados e o tronco fletido,
os braos usualmente estendidos e os antebraos fletidos. Freqentes espasmos
extensores intermitentes (levando a cabea para trs e estendendo as coxas e pernas,
quando excitada, quando abre a boca para comer, chorar ou quer falar.
Desenvolvimento dos espasmos intermitentes:

39

A criana inicialmente e flcida, hipotnica, postura primitiva com flexo e excessiva


abduo dos membros inferiores e, abduo e flexo dos membros superiores, e ocasionais
posies de reflexos tnicos cervicais.
Na estimulao brusca os impulsos extensores totais, rigidez extensora do pescoo,
coluna e coxas, menos nas pernas, so produzidos por estes espasmos. (Ataques
distnicos ). Usualmente em crianas atetides os membros inferiores so menos afetados
que o tronco e os membros superiores. Elas freqentemente podem mover-se no cho
usando esses padres, principalmente pela atividade dos membros inferiores mais normais
para empurrarem-se para trs sobre suas cabeas e ombros. Os R.T.C.A aparecem fortes
com estes espasmos extensores, sempre mais de um lado.
Aduo e o cruzamento dos membros inferiores com plantiflexo dos ps no
ocorrem at a criana ficar de p. Todavia, freqentemente, aparece quando seguramos sob
as axilas antes de p-las de p.

AVALIAO DE FISIOTERAPIA NEUROPEDITRICA


AVALIAAO E O REGISTRO DE TODAS AS
PACIENTE

INFORMAOES DO

*Existem diversas escalas de avaliao em neurologia infantil descritas na


literatura mundial.
A avaliao utilizada na Clinica- escola da Universidade Catlica de Braslia
foi criada pela supervisora do estagio baseada nas escalas de Bobath e AIMS
podendo ser encontrada nos anexos.
LAUDO FISIOTERPICO

Avaliao

Anlise dos aspectos


negativos e positivos
concluso
Descritiva = patologia, sequelas
Conclusiva = Problema principal

comparativamente

Laudo
o registro das observaes da avaliao
1 parte Identificao do paciente, diagnstico e queixas
2 parte Aspectos positivos e negativos identificados e analisados
3 parte Concluso
4 parte Proposta de tratamento
5 parte Encaminhamento (se for o caso)
Obs: Cada parte dever ter no mnimo um pargrafo

Referencias
Braga, Lcia; Cognio e Paralisia Cerebral
Bobath, Karel; Uma base neurofisiolgica para o tratamento da PC
Lima, Csar e Fonseca Luiz, Paralisia Cerebral

40

QUADRIPLEGIA ESPSTICA
A criana espstica
A espasticidade se desenvolve gradualmente a medida que a criana cresce e
comea a reagir dentro do seu desenvolvimento. Somente poucas crianas so espsticas
ao nascer. essas geralmente so as quadriplgicas gravemente afetadas.
A criana espstica grave se encontra fixa em poucos padres tpicos devido ao
severo era grau de co-contrao das partes comprometidas, especialmente das articulaes
proximais.
A criana espstica apresenta hipertonia de carter permanente, inclusive em
repouso. O grau de espasticidade varia com o estado geral da criana, sua excitabilidade e
a intensidade da estimulao a que est sujeita todo o momento.
Quando a espasticidade estiver totalmente desenvolvida a criana no pode
controlar sua cabea. no mantm o equilbrio em nenhuma posio . no usa seus braos
e mos, seus movimentos so de extenso e exigem grande esforo.

Quadriplegia Espstica Grave


Generelalidades
Os membros inferiores esto to comprometidos quanto os membros superiores.
Pode, entretanto, haver graus de comprometimento diferente em cada hemicorpo, o que
leva a uma assimetria postural e dinmica.
Por serem muito comprometidas essas crianas quase no se movimentam,
apresentando apenas esboo de movimento voluntrio, esses poucos movimentos so
repetidos e os padres so portanto estereotipados. Apresentam mais co-contrao nas
partes proximais que distais
Contraturas e Deformidades

Escoliose e cifo-escoliose;
Deformidade em flexo do quadril e joelhos
Eqinovaro e eqinovalgo dos ps:
Subluxao o quadril (raramente de ambos) em geral o esquerdo. e podem ser o
resultado dos seguintes fatores:
a) Desenvolvimento defeituoso da articulao do quadril. por no ficar de p nem andar.
b) Espasticidade adutora com coxa vara e rotao interna dos MMII.
c) Inclinao do quadril devido distribuio assimtrica da espasticidade, No lado de maior
flexo a espasticidade dos flexores laterais do tronco tracionam a plvis para cima e a
rodam para frente. Esta tendncia acentuada pelo RTCA.
Desenvolvimento motor
Supino

Padro postural opsttono


Retrao da cabea/pescoo e ombro
Extenso da coluna
Flexo de cotovelos
Pronao de antebrao
Mos fechadas e polegar aduzidos
MMII estendidos, aduzidos e em RI
Quadris fletidos

41

Prono

Padro postural a flexo


MMSS e MMII sob o corpo
Incapacidade de liberar os braos
Incapacidade de liberar vias areas

Sentado

Cabea fletida
Coluna com cifose dorsal
Quadril em semi-flexo
MMII aduzidos
Ausncia do controle de tronco e cabea
Ausncia das reaes de proteo

Distrbios Associados

Crises convulsivas, pequeno e grande mal;


Microcefalias/hidrocefalias
Alteraes visuais
a) cegueira total ou parcial.
b) incoordenao ocular.
Diferentes graus de deficincia mental;
Alteraes perceptivas;
Problemas respiratrios
a)
respirao invertida.
b)
peito de pombo
c)
diminuio do dimetro torcico.
d)
assimetria do trax.
Problemas de alimentao:
a)
protuso de lngua;
b)
dificuldade de suco;
c)
dificuldade de deglutio;
d)
falta de controle respirao / deglutio;
e)
tendncia a engasgar;
reflexos orais exacerbados (procura, suco, vmito, mordida)

Caracterstica da personalidade
-

Medo e insegurana constituem parte importante do aumento da hipertonia;


Necessidade de tranqilidade;
Falta de contato com o meio ambiente;
Respostas estereotipadas;
Falta de adaptao mudanas;
Perseverao.

Prognstico:
ruim, mesmo que o tratamento seja precoce, devido intensa espasticidade desde
os primeiros dias de vida. O tratamento precoce no oferece bons resultados em relao ao
desenvolvimento motor da criana, mas evita as deformidades e contraturas que se
instalam com rapidez.
O quadro pode ser agravado pelo manuseio errado e / ou posicionamento indevido.
quando a criana colocada mais em supino e sentada, agravando o quadro.

42

Quadriplegia Espstica Moderada


Generalidades
A maioria das quadriplegias so moderadas, onde a espasticidade vai se instalando
durante o 1 ano, de vida. A espasticidade pode ser forte de um lado e moderada do outro
ou pode ser moderada de um e leve do outro, portanto a distribuio de espasticidade
assimtrica, acometendo, mais um hemicorpo que o outro.
Enquanto a criana gravemente afetada no pode mover-se de maneira alguma,
torna-se deformada por permanecer em algumas posturas anormais. A criana afetada no
moderadamente tenta mover-se, todavia s pode faz-lo de algumas maneiras anormais,
em padres anormais, estereotipados ou com esforo excessivo o que aumenta sua
espasticidade, evidenciando durante a execuo dos movimentos os padres patolgicos.
H atraso no desenvolvimento motor. Os primeiros sinais de anormalidade aparecem
geralmente por volta dos 3 ou 4 meses de idade podendo s vezes aparecer antes. Os
primeiros sinais so:

Falta de controle de cabea;


A criana no senta, ou inicia o sentar numa faixa mais tardia;
A criana permanece apenas em supino.

No conseguem ficar de p, pois no tm extenso de quadril e tronco suficientes.


As crianas com Quadriplegia espstica moderada, podem adquirir reaes de equilbrio na
postura sentada e de joelhos, mas no de p e na marcha.
Desenvolvimento Motor
Supino

MMII semi-fletidos e com leve abduo


Ausncia dos movimentos isolados dos ps
Pontaps alternados raros
Dedos em garra
MMSS: Retrao de ombros,flexo de cotovelos, punhos e dedos e desvio ulnar
O RTCA + a retrao dos ombros impede a ca de levar as mos a boca, linha
mdia e o uso bilateral das mos

Prono

Tronco fletido
MMSS preso sob o tronco
Flexo dos quadris e joelhos
Libera as vias areas

Sentado (somente com apoio)

MMII : Aduo, semi-flexo de quadril e joelhos; planti-flexo e dedos em garra


Controle de cabea deficiente e ausncia no controle de tronco
MMSS: Retrao dos ombros, cotovelos fletidos e pronados, mos fechadas
Senta-se sobre o sacro, fazendo uma cifose dorsal
Base sobre a qual est sentada estreita e o equilbrio precrio(aduo e flexo das
pernas)
No usa os braos para apoio , em funo da espasticidade flexora
Tronco assimtrico, devido a interferncia do RTCA, favorecendo a escoliose,
juntamente com a cifose
Ao ser puxada para sentar, cabea pende para trs e s comea a flexo quando
houver certa flexo do quadril

43

Rolar

Rola com dificuldade devido a retrao dos ombros


Rola em bloco, devido a falta da reao corporal de retificao agindo sobre o corpo
Rola para decbito lateral
Utiliza o padro flexor total(sem dissociao)

Locomoo

Puxa-se para frente com os braos fletidos, pronados e mos fechadas, MMII
estendidos e em aduo
Alguns Sentam em W(entre os calcanhares) e ficam sobre os joelhos
Podem se locomover sentados utilizando o RTCA ou de joelhos, o que a grava o
problema das contraturas em flexo
Podem adquirir reaes de equilbrio e endireitamento sentado e de joelhos mas no
na postura bpede
No conseguem ficar em p, falta extenso de tronco e quadril

Contraturas e Deformidades:
Cifoescoliose
Flexo de quadril e joelhos
Eqinovaro e eqinovalgo dos ps;
Flexo e pronao dos antebraos;
Subluxao e luxao de quadril.
Caracterstica da personalidade
Semelhante espasticidade grave
Necessidade de tranqilidade e manuseio cuidadoso
Freqentemente bom contato com o meio
Respostas motoras menos estereotipadas e mais adequadas em relao s crianas
com espasticidade grave
Falta de adaptao s mudanas bruscas e rpidas
Perseverao em muitos casos
Prognstico
Regular
No podem ficar de p, pois no conseguem extenso de tronco e quadril
suficientes. O prprio sentar prejudicado pela dificuldade em elevar a cabea desde
supino.
As reaes de apoio esto comprometidas, pois a criana mantm semi-fiexo de
cotovelos e pronao dos antebraos
As reaes de retificao esto prejudicadas pelos movimentos em bloco da cabea
e tronco O equilbrio no consegue se instalar devido assimetria.

Quadriplegia Espstica Leve


um quadro de espasticidade leve global, ou ento leve em um hemicorpo e
moderado no outro. A espasticidade aparece ao longo do primeiro ano de vida, embora o
sinal de tnus anormal possa ser notado mais precocemente.
Apresenta assimetria que pode levar escoliose.
O desenvolvimento motor semelhante ao quadriplgico espstico moderado.
O reflexo de Moro persiste, dificultando as reaes de apoio.
Engatinham com interferncia do RTCS. Utilizam-se de reflexos patolgicos ( RTCS,
RTCA, RTL ) para realizar mudanas de postura e outras atividades.
Desenvolvimento motor

44

Mais lento que o normal


-Atingem a posio sentada, permanecem sem apoio e com equilbrio de
tronco
Passam de supino para sentado utilizando o membro superior ( o melhor)
Reflexo de Moro persiste, dificultando a reaes de proteo (apoio)
Engatinham com interferncia do RTCS

Postura Bpede

Assumem esta posio tracionando-se pelo brao menos comprometido


MMII em planti-flexo, extenso, RI e aduo
Marcha sem movimentao dos joelhos
Equilbrio

precrio, para manter o equilbrio fixam os braos e o tronco, realizando pequenos


deslocamentos. O controle de cabea e tronco so deficientes, geralmente no sente antes
dos 15 ou 18 meses. A posio sentada, inclusive nesta idade, instvel e s possvel
aumentando a base de sustentao com movimentos de flexo e abduo.
O ficar de p e a marcha esto atrasados, 3 anos ou mais. A marcha instvel e
tende a cair para trs, com aumento da base de sustentao, pisadas fortes e
cambaleantes, apresentando dificuldades em andar em linha reta e transpor obstculos.
Os movimentos finos das mos e dedos e a manipulao de objetos difcil,
podendo apresentar um tremor intencional.
Falta de movimento dos olhos e cabea, no podendo seguir objetos nem olhar para
controlar os movimentos das mos.
OBS: As deformidades aparecem, porm em grau ou proporo e com menos
intensidade. Os distrbios associados esto ausentes ou pouco acentuados. O prognstico
bom, pois adquirem independncia.

Referncias

Braga, Lcia; Cognio e Paralisia Cerebral


Bobath, Karel; Uma base neurofisiolgica para o tratamento da PC
Garri, Neide; Alteraes ortopdicas em crianas com PC da clnica escola de
Fisioterapia da Universidade do Sagrado Corao USC

45

DIPLEGIA ESPSTICA
CONCEITO

Forma de paralisia cerebral onde o comprometimento e a alterao do tnus


muscular mais evidente em MMII, porm os MMSS tambm esto
comprometidos.
Um dimdio pode ser mais comprometido que o outro .

GENERALIDADES

muitas vezes conseqente prematuridade devido anatomia da leso.


Segundo Mc Donald, 80% dos prematuros que apresentam
alguma
anormalidade motora, tm diplegia espstica.
Leso atinge principalmente a poro do trato piramidal responsvel pelos
movimentos das pernas, prxima aos ventrculos. A regio periventricular
muito vascularizada e os prematuros, em funo da imaturidade cerebral, com
muita freqncia apresentam hemorragia nesta rea. Por este motivo, a
diplegia quase sempre relacionada com prematuridade.

QUALIDADE DO TNUS

Hipertonia maior nos MMII


Hipertonia menor nos MMSS
O Beb pode parecer absolutamente normal nos primeiros meses, porm a
espasticidade pode estar ausentes ou de forma leve
A anormalidade s ir aparecer quando a extenso normal atingir o quadril e o
tronco

ATIVIDADE REFLEXA TNICA


RTCS o mais evidente
Positiva de suporte
Moro

46

MOVIMENTAO E POSTURA

Desenvolver a retificao normal da cabea e caso no tenha o


comprometimento de MMSS e as reaes de pra-quedas tambm sero
normais.
Apresenta boa funo bimanual .
Aumenta o tnus extensor dos MMII a todo movimento voluntrio (at mesmo
falar).
Os MMII fazem movimentos em maa.

Supino e prono
Mesmo com a ausncia do RTCA, o movimento de rotao da cabea pode
produzir mudanas no tnus das pernas. A criana pode dar os pontaps
alternados com o lado occipital
Dificuldade para levantar a cabea em prono ou supino, devido hipertonia
flexora ou extensora, respectivamente
Dificuldade em rolar de supino para prono por falta de rotao de tronco e
incapacidade de flexionar e cruzar a perna que est mais elevada
Arrasta, sem dissociao, com os braos fletidos e as pernas rgidas em
extenso. O esforo de puxar o corpo aumenta a espasticidade extensora
dos MMII (reao associada), assim apresentaro o padro total de
espasticidade extensora, com extenso, aduo e RI
Difcil ou impossvel a passagem para sentado, j que o quadril resistir
flexo e as pernas se aduziro, podendo at se cruzar
Sentado
As reaes de proteo aparecero tarde ou permanecero deficientes,
quando existe o comprometimento dos MMSS
Posio relativamente estvel, base de sustentao estreita e postura ciftica
Utilizam os MMSS como apoio. Em alguns casos a presena do Moro pode
dificultar este apoio, tornando impossvel para a criana apoiar as mos no
cho
MMII em padro extensor acentuado
Podem usar posio W" para estabilizar o sentar no solo
Sentam melhor em cadeira
Se o equilbrio sentado for adquirido antes dos trs anos, o prognstico de
marcha bom
Gatas
Executam empurrando-se com os MMSS, alguns engatinham aos pulos
puxando os MMII
Os mais leves engatinham alternado com muitas assimetrias
Muitos no engatinham, pela incapacidade de flexionar os MMII
Escalada
Executam puxando MMII em bloco (os mais leves podem dissociar)

47

Postura Bpede
Plantiflexo, aduo e rotao interna dos MMII, semi-flexo de joelho e
quadril
Marcha
Andam mais tarde com base de sustentao estreita
O prognstico de marcha bom em cerca de 75% dos casos e normalmente
est ligado a idade que a criana adquiriu o equilbrio sentado. Se este
equilbrio for adquirido antes dos 3 anos de idade,o prognstico da marcha
bom.
Padro de marcha mais comum: flexo, aduo e RI de quadril, flexo de
joelhos (resultante da espasticidade e/ ou contratura dos msculos
isquiotibiais) e flexo plantar (resultante da espasticidade e/ ou contratura
dos msculos trceps sural)
Transferem o peso mais para um lado, o outro aumentar a rotao interna e
a plantiflexo
Equilbrio precrio
Alguns desenvolvem recurvatum e p de mata borro" na tentativa de
colocar os calcanhares no solo
Pouca rotao de tronco inferior
Desenvolvem marcha com compensaes
DEFORMIDADES

Cifose da coluna dorsal


Lordose da coluna lombar
Luxao e subluxao
Aduo, RI, flexo do quadril
Eqinovalgo ou varo dos ps

TEMPERAMENTO

dceis
as vezes hipercinticos
baixo nvel para frustrao
podem apresentar problemas de fala
escolaridade geralmente normal, alguns tem dficit cognitivo,
pode haver alterao visual

Referncias:
Braga, Lcia; Cognio e Paralisia Cerebral
Bobath, Karel; Uma base neurofisiolgica para o tratamento da PC
Garri, Neide; Alteraes ortopdicas em crianas com PC da clnica escola de
Fisioterapia da Universidade do Sagrado Corao USC
Staub, Ana e cols; Efeito da Estimulao Eltrica neuromuscular em pacientes
com PC do tipo diplegia espstica
Carmo, Anna; Hidroterapia aplicada PC espstica

48

HEMIPLEGIA , TRIPLEGIA e MONOPLEGIA ESPSTICA


HEMIPLEGIA

Distribuio Topogrfica
Comprometimento de um dimdio, Mi, cintura plvica, tronco, cintura. escapular , MS.
Obs.: Maior comprometimento do MS

Qualidade do Tnus (no dimdio afetado}


Hipertonia (maioria)
* MS
Hipertonia em Flexo
* MI Hipertonia em extenso
Atetose (raro)
Ataxia (mais raros)
Crianas maiores desenvolvem fixaes.
No h alterao de tnus no dimdio no afetado

Prevalncia

A hemiplegia caracteriza-se por dficit motor e espasticidade unilateral.


Acomete 25 a 40% dos pacientes com PC
De 70% a 90% dos insultos ocorrem na fase pr-natal at o fim do perodo
neonatal

Diagnstico

Diagnstico precoce difcil, e as primeiras alteraes tornam-se evidentes


entre o 4 e o 6 ms, quando os pais notam que ela s utiliza os membros de
um hemicorpo. Em apenas alguns casos quando a hemiplegia muito
acentuada, percebe-se a patologia logo ao nascer

Postura e movimentao
Generalidades

Etiologia variada, podendo ocorrer em funo de um parto demorado,,


prematuridade, asfixia, convulses , infeces...
Desenvolvimento motor atrasado,com aparecimento tardio do equilbrio
sentado , em p, e na marcha.
Ele tender a cair para o lado plgico, j que no possui as reaes de
equilbrio de tronco e a reao de pra-quedas comprometida no
hemicorpo afetado
Presena de reao associada
A criana passar a se orientar mais para o lado sadio e negligenciara o
hemicorpo comprometido, isso esta associado aos distrbios perceptuais,
como a propriocepo e a estereognose. Este distrbios podem no ser
necessariamente resultado direto da leso e sim em funo ao pouco uso do
hemicorpo comprometido
Hipotrofia e diminuio do comprimento do lado afetado
MS
Ombros abduzidos, antebrao pronado, punho e dedos flexionados
MI
Quadril semi-flexo e aduo,p em Eqinovaro ou valgo

49

Movimentao
O diagnstico precoce pela assimetria caracterstica desde os primeiros
movimentos. Aduo do polegar, mo fechada, uso preferencial pelo lado no
afetado.
Supino

No apresenta os movimentos seletivos do Ms e Mi.

Flexo lateral do tronco e cabea para o lado bom (s vezes muito


discretamente )

Rola de supino para prono sobre o lado afetado, impulsionando-se com o lado
sadio

Prono

Quando os braos ficam sob o tronco, tem dificuldade de liberar o plgico.


Faz transferncia de peso incompleta, na diagonal
Dificuldade em transferir o peso para o lado plgico e liberar o MS sadio para
brincar

Rolar

Rolam sobre o lado plgico de supino para prono, impulsionando-se com o


lado sadio

Dificuldade em iniciar o movimento de rotao sobre o lado normal

Arrastar

Como o rolar difcil, iniciam logo o arrastar


Puxam-se com o lado bom, aumentam as reaes associadas, aparece
eqinismo e aumenta a aduo
Esta forma de locomoo ainda difcil

Sentar

No inicio preferem sentar a partir de prono, mais tarde conseguem a partir de


supino
Evidencia-se o pouco uso do hemi-tronco, aumenta o padro hemiplgico e
as reaes associadas
Preferem a postura em side sitting pelo lado bom
Prefere arrastar sentado , puxando o corpo com o lado normal
Peso do corpo transferido para o lado sadio

50

Engatinhar

Os mais graves tem muita dificuldade para esta postura


Os mais moderados e leves chegam a engatinhar com pouco peso no Ms e
mo fechada

De p

Peso corpreo sobre o lado bom.

MI plgico em rotao interna e p eqino.

Quadril rodado para trs - ombro protrado

Escpula aduzida

Cotovelo fletido e para trs - pronao e desvio ulnar

Flexo do punho, polegar aduzido

Criana cai muito, reao de pra-quedas deficiente no lado plgico

Marcha

Livre mais tardia.

Em padro com rotao externa e abduo do MI, arrasta o lado plgico

Ou ainda em rotao interna e aduo do Mi, faz pronao do p e dedos em


garra.

O Ms aumenta o padro flexor

Incapaz de realizar o toque do calcanhar

Faz recurvatum do joelho

Correr/Subir e descer escadas

Com a velocidade no apiam o calcanhar


Desce e sobe escada com dificuldade,no alterna as pernas

OBS. Agachar e em todas as trocas de posturas o peso encontra-se sobre o


lado no comprometido

Distrbios associados

Dficit visual em 17-27%


70,6% apresentam epilepsia
Retardo mental e dficit de aprendizado atingem 60% das crianas
Hiperativos - voluntariosos sem limites - frustrao no aceitam a deficincia
- rejeio ao tratamento
Deformidades
escoliose, flexora de cotovelo, pronao de antebrao e
desvio ulnar, aduo do polegar e eqinovaro ou valgo do tornozelo

51

Prognstico

Bom prognstico
O paciente ter independncia funcional

TRIPLEGIA

Envolvimento predominante de trs membros, geralmente duas pernas e um


brao
Como os quatro membros esto comprometidos em algum nvel, alguns
autores discordam desta classificao, achando tratar-se de uma tetraplegia
Na prtica observa-se uma diferena por apresentarem um dos MMSS mais
funcional do que o outro

MONOPLEGIA

Tipo mais leve de PC


Apenas um membro comprometido
Casos raros
Crianas superam com facilidade as suas limitaes

52

Referncias
Braga, Lcia; Cognio e Paralisia Cerebral
Bobath, Karel; Uma base neurofisiolgica para o tratamento da PC
Carmo, Anna; Hidroterapia aplicada PC espstica
Lima, Csar e Fonseca Luiz, Paralisia Cerebral

53

ATETOSE
GENERALIDADES
Atetose uma palavra que vem do grego que significa postura sem fixao,
grupo mais mesclado.
A classificao da atetose usada pelo Bobath dividida em 4 subgrupos
1) Atetose com espasticidade
2} Atetose com espasmos tnicos intermitentes
3)Coreoatetose
4)Atetose pura
Leso nos gnglios da base, resultando em movimentos involuntrios. Os
gnglios da base tem com funo principal refinar a informao transportada
s reas motoras do crtex
Presena de movimentos involuntrios
Etiologia
RH incompatibilidade
Ictercia ( no tratada)
Anxia / Asfixia
Incompatibilidade RH X Ictercia
A incompatibilidade de Rh desenvolve-se quando h uma diferena no tipo
sangneo de Rh da mulher gestante (Rh negativo) e do feto (Rh positivo). Como
conseqncia, anticorpos anti-Rh positivos so formados
.

Durante a gestao, os glbulos vermelhos da circulao fetal se misturam na


circulao materna. Se a me for Rh negativo, seu sistema no suportar a
presena de clulas Rh positivo. Seu sistema imune trata as clulas Rh fetais
positivas como se fossem uma protena ou substncia estranha e cria anticorpos
contra as clulas sangneas fetais. Estes anticorpos anti-Rh positivos se movem
pela placenta at o feto, onde destroem os glbulos vermelhos do feto. O primeiro
filho normalmente no afetado (a no ser que a me j tenha tido uma gestao
interrompida, a qual pode ter sensibilizado seu sistema) pois leva algum tempo at
que a me desenvolva anticorpos contra o sangue fetal.

54

A incompatibilidade pode causar sintomas que vo de muito leves at a morte


do recm-nascido. Na sua forma mais leve, a incompatibilidade de Rh causar
hemlise (destruio de glbulos vermelhos) com a liberao de hemoglobina livre
na circulao do beb. A hemoglobina convertida em bilirrubina, que faz com que
o neonato fique amarelo (ictercia). A ictercia da incompatibilidade de Rh, medida
pelo nvel de bilirrubina na corrente sangnea do neonato, pode variar desde nveis
leves at nveis altamente perigosos.
O kernicterus uma sndrome neurolgica causada por depsitos de bilirrubina
nos tecidos cerebrais (SNC). O kernicterus se desenvolve em neonatos que
apresentam ictercia extrema, especialmente aquelas com incompatibilidade de Rh
grave. Ocorre alguns dias aps o parto e inicialmente caracterizado pela perda do
reflexo de Moro (alarme), alimentao deficiente e atividade diminuda.
Posteriormente, um choro estridente, em alto tom pode se desenvolver juntamente
com uma postura incomum, fontanelas protuberantes e convulses. Os bebs
podem morrer repentinamente por kernicterus. Se sobreviverem, posteriormente
desenvolvem diminuio do tnus muscular, distrbios do movimento, perda da
audio em alto grau, convulses e capacidade mental diminuda.

Distribuio
Quadriplegia- mais comum
Hemiplegias - ocasional

OBS.: Discintico e distnico so termos comumente usados para descrever


atetose.
CARACTERSTICAS
1.

Tnus Postural anormal

Tnus postural instvel ou flutuante, em funo dos tipos diferentes de


movimentos involuntrios. A amplitude da flutuao varia para cada criana,
gravidade da condio e do grau de estmulo e de esforo
Tnus de base - hipotnico
Movimentos involuntrios: espasmos mveis, contraes passageiras,
irregulares e localizadas e espasmos tnicos intermitentes
Espasmos mveis
- Movimentos alternados dos membros em flexo/extenso, pronao/supinao
, etc

55

- Dana atetide, movimentos retorcidos

Contraes passageiras, irregulares e localizadas

- ocorrem sem previso ou padro conhecido


- podem produzir postura e movimentos grotescos
- Geralmente no consegue ser imitado e ocorrem distalmente

Espasmos tnicos intermitentes

- Distnicos
- Tnus muito mais mutvel
- Geralmente subordinados a mudana da posio da cabea, so imprevisveis
e podem ocorrer com ou sem estmulo- A criana pode ficar fixada
temporariamente em posturas extremas: padro total, misto e assimtrico
- Os espasmos podem acometer todo o corpo ou apenas partes proximais
2. Ausncia de fixao proximal

Alterao da inervao recproca


co-contrao proximal inadequada
Incapacidade de permanecer em uma postura estvel, especialmente contra
gravidade, e uma deficincia na estabilidade proximal para dar estabilidade s
partes mveis
Pobre ou insuficiente graduao do movimento
Podre controle do
movimento
Graduao inadequada da atividade dos antagonistas Pobre ou insuficiente
graduao do movimento , principalmente em amplitudes medianas
Controle do movimento pobre

3 . Padro postural

Assimetria;
Pobre controle de cabea e tronco;
Padro primitivo de MI
Variedade de padres, muitos so capazes de fazer todos os movimentos
MMSS normalmente mais comprometidos que MMII

4. Controle Postural

Reaes de equilbrio insuficientes


Em, casos leves e moderados podem estar presentes mas com inadequada
coordenao

5. Contraturas e deformidades

So pouco similares neste grupo como um todo porque as crianas


apresentam amplitude exagerada de movimento, variedade de movimento e
movimentos constantes

56

Dependendo do tipo de atetose e da gravidadepodem apresentar:


a) contratura em flexo de quadril e joelho;
b) luxaes de quadril, ombros, mandbula e dedos; ,
c) escoliose

6. Problemas associados
a) Respirao e comunicao

Respirao bucal;
Disartria - articulao difcil causado por movimentos e involuntrios e
incoordenados;
Dificuldade de fonao (sustentar sons devido pobre coordenao de
respirao)
Fala depende do stress emocional
b) Audio

Grande percentagem de dificuldade de percepo auditiva ( controle


pobre da cabea e orientao na linha mdia).
c) Alimentao
Coordenao insuficiente nos movimentos da deglutio
Preferem alimentos slidos
Movimentos de mastigao e de beber imaturos
d) Viso

Dificuldade em focalizar
Movimentos doe olhos no independentes da cabea

e) Personalidade

Pacientes instveis e imprevisveis


No conseguem graduar as emoes
Mostram mudanas bruscas de um estado para o outro

1. Postura e movimentao

Assimetria
Base de sustentao alargada
Pouco controle de cabea, cintura escapular e MMSS
Cabea mais virada para um dos lados
Evolui para compensaes posturais
Usa o RTCA para segurar objetos, sendo o agarrar fraco.
Sentar em bancos difcil pelo padro total - pouco controle da graduao do
movimento
Se o MMII no so muito afetados chegam a rolar iniciando a movimentao
pelos mesmos
Usa o RTCS para sentar em W.
Alguns ficam de gatas porm, o engatinhar e muito difcil
Alguns chegam a marcha

57

2. Classificao
tnus

Divide-se de acordo pelo tipo de movimentos involuntrios e pela flutuao do


a) Coreoatetose

Creia - movimentos involuntrios bruscos, breves, arrtimicos que perturbam


os movimentos voluntrios. Predomina na raiz dos membros face e pescoo. Se
exacerbam com a emoo. No podem ser controlados pela vontade.
- tnus de base hipo ou prximo ao normal
- flutuao do hipo/normo/hiper

M
R

Hiper
normo
hipo

Tnus de base normal ou prximo ao normal


Dficit importante de co-contrao proximal
Grandes amplitudes na articulaes proximais
Movimentos involuntrios presentes nas articulaes proximais
Os movimentos frequentemente so bons porque eles no esto associados
com espasticidade
Grandes movimentos de braos e pernas
As reaes de equilbrio e endireitamento esto presentes, porm
incoordenadas, atrasadas ou exageradas
Deformidades: geralmente no existem devido a hipermobilidade, porm
podem aparecer muitas subluxaes (ombro, mandbula.. dedos,
coxofemoral)

b) Atetose Pura
Similar ao grupo anterior, porm os movimentos involuntrios so vistos
distalmente
Tnus
de base: hipotnico
Hiper
de movimento: flutuante
de sustentao: instvel
Normo
impedindo uma posio estvel
Hipo

Movimentos involuntrios com apresentao vermiforme", mais distalmente


visvel, ( dedos, lngua etc ). Poucos movimentos bruscos.
Deformidades
Pode apresentar subluxaes, escolioses, pelo dficit de co-contraao e
hipermobilidade, porm esto pouco presentes

c) Atetose Distnica

Tnus
Movimento: do hipo para o hiper

Hipo
Normo
Hiper

_______
_____________________
_____________________

Base - Hipotnico

Espasmos intermitentes

58

Mudanas repentinas do tonos, estas mudanas so espasmos


intermitentes, dando a impresso de movimento ( larga amplitude)
Espasmos afetam a articulao proximalmente.
Espasmos tiram a criana do equilbrio, sendo as reaes de
equilbrio, endireitamento e proteo ausentes.
Padres de movimento dependentes do movimento da cabea
Assimetria postural
Movimentao
- no apresenta co-contrao proximal e postura antigravitacional eficaz, tem
dificuldade para qualquer movimento voluntrio
- usam a atividade reflexa para movimentao e desenvolvem inmeras
fixaes
- variam entre a EXTREMA flexo/extenso.
- mesmo em repouso h fibrilao muscular.

Deformidades
- Bastante comum em funo da assimetria
- Predominantes do lado cranial, grandes escolioses, deformidades de quadril,
joelhos ( onde assume atitude flexora).
c) Atetose com espasticidade
Tnus
- de base: hipo, para normotnus
- de movimento: de normo para hiper
- apresentam co-contrao proximal
Hipo

_______

Normo

_____________________

Hiper

_____________________

- Geralmente espasticidade moderada( mais proximal);


- Movimentos involuntrios mais distais;
- O tonus postural flutua entre muito alto e relativamente normal;
- Reaes de equilbrio e endireitamento dependem do grau da espasticidade e da
atetose;
Deformidades
Esto na dependncia do grau entre a espasticidade e a atetose.

Bobath, Karel; Uma base neurofisiolgica para o tratamento da PC


Carmo, Anna; Hidroterapia aplicada PC espstica
Lima, Csar e Fonseca Luiz, Paralisia Cerebral

59

ATAXIA
CARACTERSTICAS

A Paralisia Cerebral do tipo ataxia conseqente leso do cerebelo e dos


tratos cerebelares.
Localiza-se logo abaixo do crebro e possui seguintes funes:
Coordena os movimentos comandados pelo crebro, garantindo uma perfeita
harmonia
entre
eles;
-d o tnus muscular, isto , regula o grau de contrao do msculo em
repouso;
-mantm o equilbrio do corpo, graas s suas ligaes com os canais
semicirculares do ouvido interno.

A ataxia pura em Paralisia cerebral muito raro. Geralmente visto em


combinao com espasticidade, atetose ou ambos.
Corresponde entre 10 15% das crianas com PC.
Inicialmente muito difcil reconhecer a ataxia, sendo difcil tambm
diferenciar da hipotonia geral.
O diagnstico diferencial se baseia em uma cuidadosa histria clnica, mas o
diagnstico preciso s e conseguido de acordo com o desenvolvimento motor
O tonos postural baixo, mas no excessivamente, o que possibilita um certo
grau de controle postural contra a gravidade.
O desenvolvimento neuropsicomor atrasado, alcanando as metas do
desenvolvimento muito mais tarde que o normal. Normalmente no sentam
antes dos 15 ou 18 meses, com larga base de sustentao.
A marcha independente tardia com aumento da base de apoio e quedas
freqentes, bastante instvel.
H falta de seletividade dos movimentos e falta de coordenao dos
movimentos finos
Apresenta distrbio da inervao recproca, h falta de co-contrao proximal
> o controle contra a gravidade e os movimentos impossveis ou muito dficeis
Tremor intencional;
Oscilao do tronco;

60

Titubeao da cabea;
Dismetria;
Nistgmo;
Apresentam falta de estabilidade adequada contra gravidade da cabea,
tronco e cintura escapular, mais incoordenao motora e tremor.
As primeiras manifestaes observadas so em geral a hipotonia, falta de
equilbrio no sentar e incoordenao motora grossa
A marcha independente tardia com aumento da base de apoio e quedas
freqentes.

1) ATAXIA CEREBELOSA
Transtornos do tnus muscular
1. Hipotonia
2. Hipoatividade
Transtornos dos movimentos ativos
A) Dissinergia ou assinergia ( dificuldade no iniciar e no trmino do movimento )
- as mensagens enviadas do crtex motor determinam o sinergismo
muscular, ou seja, promove a perfeita harmonia entre as aes musculares
dos agonistas e antagonistas.
As assinergias manifestam-se clinicamente por:
1.

Dismetria - consiste em erros na medida de movimentos, podendo ser


hipermetrias ou hipometrias

2. Disdiadococinesia Dificuldade ou impossibilidade, da realizao de


movimentos alternados e rpidos
3. Decomposio dos movimentos Os movimentos no so realizados de
forma harmnica, o ato motor no se faz como umtodo, sendo decomposto
em etapas
B) Tremor intencional (no aparece em repouso), manifesta-se quando o
paciene realiza um movimento voluntrio, melhor observado no final dos
movimentos
C) Distasia e a disbasia dificuldade para manter-se em p e marcha
respectivamente. Caracterizando-se por distrbios do equilbrio em p e aumento
da base de sustentao para no cair

Ataxia Esttica

Ao ficar em p, oscila em todas as direes lentamente mas no cai


Ao ficar de p com os olhos fechados no agrava seu equilbrio.

Ataxia Dinmica

Na marcha, aumenta a base de sustentao e , titubeia como um brio

61

ATAXIA LABIRNTICA
Ataxia Esttica
Ao ficar na posio de p, tende a ir para um dos lados e ao fechar os olhos o
movimento lateral acentua at queda.
Ataxia Dinmica
Na marcha desvia-se para o lado (preferencialmente para um dos lados) ao andar
para frente; e desvia-se para o outro lado ao andar para trs ( marcha em estrela).

Distrbios associados

Apresenta alterao da percepo com conseqente deficincia na noo


espacial e no esquema corporal.
A falta de ateno e dificuldade nas atividades motoras uni e bimanuais so
observadas nas crianas devido ao dficit na coordenao seletiva .
Apresenta falta de movimentos oculares independentes da cabea, no
podendo seguir um objeto ou usar seus olhos para controlar os movimentos
das mos ( controle olho - mo)
Distrbios respiratrios freqentes
A fala est comprometida, devido a incoordenao lbio lngua e apresenta
tremor na lngua.
Disartria- alterao na articulao das palavras devido a falta de coordenao
dos msculos; o paciente pode falar de forma pastosa , com separao
pronunciada das slabas
O nistgmo tambm contribui para a alterao da percepo, pois dificulta a
viso dos objetos. decorrente a falta de coordenao dos msculos
encarregados da movimentao dos olhos

MISTA

a combinao de dois tipos, piramidais ou extra-piramidais


Classifica-se o quadro de acordo com a alterao motora predominante

Bobath, Karel; Uma base neurofisiolgica para o tratamento da PC


Lima, Csar e Fonseca Luiz, Paralisia Cerebral
Doretto, Dario; Fisiopatologia Clinica do Sistema Nervoso
Fundamentos da Semiologia

62

TRATAMENTO FISIOTERPICO BASES, RECURSOS


E TCNICAS
O programa de tratamento feito de acordo com a criana. Nunca deve ser
copiado, pois este dever ser estabelecido de acordo com suas caractersticas, sua
idade e em que fase se encontra.
O programa deve visar metas de curto e longo prazo, sendo estas
direcionadas para a qualidade dos movimentos, para a funo e melhor controle
postural nas diferentes posturas e movimentos.
A freqncia no programa de fisioterapia depende das condies da criana e
da famlia; as o maior nmero de vezes geralmente leva a melhores resultados.

Interveno precoce
A interveno precoce no tratamento das crianas com leses cerebrais de
fundamental importncia e exige manuseio especfico, a evoluo motora do beb,
preparando-o para fases subseqentes do seu desenvolvimento.
Pode ser iniciada logo aps a alta do berrio, de acordo com o parecer
mdico.

Equipe
Fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudilogo, mdico, pedagogo,
entre outros fazem parte da equipe interdisciplinar, que utiliza diversas terapias para
sanar problemas de sade, ajudando a otimizar o potencial da criana.
As crianas podero apresentar dificuldades importantes em todas as reas;
portanto, todos que atuam com a criana devem saber qual a melhor conduta a ser
tomada frente a estas dificuldades.
Reunies com a equipe devero ser realizadas periodicamente.
Visita domiciliar, escola podem ser realizadas.

Objetivo
A interveno precoce tem com objetivo principal promover o
desenvolvimento e a aquisio de habilidades funcionais, preveno ou correo de
uma deformidade e educao do paciente e sua famlia.

Tratamento
Os fisioterapeutas trabalham as capacidades motoras globais das crianas,
como rolar, engatinhar, ficar de p e caminhar.

63

reas de interveno

Capacidades motoras globais


Capacidades funcionais
Anlise e treinamento da marcha
Equilbrio
Postura e alinhamento biomecnico
Amplitude de movimento
Fora muscular
Integrao
Orientao familiar: modo de segurar, posicionamento nas diferentes
posturas
Seleo do material utilizado no tratamento: rolos, bolas.
Bancos,mesas, cunhas, espelhos, brinquedos, andador, etc...
Orientao quanto a utilizao de rteses, e equipamentos
Modificar o ambiente do paciente

Alta da fisioterapia
Pelo grande comprometimento motor, geralmente nosso cliente permanece
longos perodos em tratamento.
Ao chegar numa fase de plat quando sua evoluo se torna
estacionaria, devemos liber-lo de terapia sistemtica. Devem ser realizadas
revises e orientaes peridicas, uma vez que h tendncias retraes
musculares, diminuio da mobilidade e mesmo das atividades funcionais.. Se no
houver uma manuteno adequada, pode-se , assim, perder a mobilidade e funo
adquirida.

PRINCPIOS BSICOS DO TRATAMENTO DA PARALISIA CEREBRAL

1. Trabalharemos com uma criana cujo S.N.C no maturou ao nvel da sua


idade cronolgica. Esta criana pode ser muito primitiva em alguns aspectos (p.
exemplo no controle da cabea, no equilbrio, no uso das mos, no padro de
locomoo, etc...). Os reflexos que so normais num beb e que devem ser
modificados ou substitudos mais tarde, podem ainda permanecerem como
completamente ativos.
2 . Trataremos um S.N.C. mal desenvolvido ou lesado que incapaz de
estabelecer o equilbrio entre a inibio e a facilitao, que necessrio para
produzir um tnus postural normal, movimentos normais, respirao e fala tambm
normais.
3 . A criana com PC um todo e como tal deve ser tratada no sentido
estrutural como uma personalidade total. Devido leso enceflica no podemos
esperar que uma criana PC tenha movimentos isolados dos segmentos de um
membro, ou de um membro isoladamente sem que provoque movimentos em todo o
corpo (movimentos de massa).

64

4. A criana PC como qualquer criana aprende atravs da estimulao


sensorial pelo manuseio da me ao vesti-la, aliment-la e ao brincar com ela. O
bebe aprende o que "ele" e o..que a "mame". Aprende a pegar, puxar,
empurrar, acariciar, etc.... coisas que interessam a ele. No entanto a criana PC
jamais experimentou movimentos e tnus normais, porm em condies especiais
de atendimento poder aprender padres normais de movimentos por repetio
assim como faz uma criana normal. As observaes do crescimento e do
desenvolvimento motor da criana normal que se faz da cabea para os ps e nos
membros das partes prximas para os distais nos permitem desenvolver estas
seqncias normais com melhores habilidades motoras. O desenvolvimento esta
progredindo quando a criana ganha condies essenciais para uma habilidade
motora mais difcil. 0s movimentos grosseiros so alcanados antes dos movimentos
seletivos e. mesmo aqueles que exigem da criana uma perfeita coordenao ativa
envolvendo a viso, movimentos da cabea, audio, rotao do tronco, movimentos
das extremidades, equilbrio e orientao especial necessitam de um padro
postural normal. Um movimento normal no se realiza sem que se tenha um tnus
normal.
5 . A avaliao correta de uma criana essencial para que se obtenha bons
resultados no tratamento. Esta deve determinar claramente o que impede a
instalao do tnus e dos movimentos normais de maneira que possamos planejar o
tratamento. No s as formas comuns de avaliao so teis para anotar as
condies iniciais e as modificaes posteriores da criana mas tambm os
comentrios em geral so aceitveis.
6 . Os objetivos do tratamento devem ser realistas, preciso e prontamente
adaptveis a objetivos mais avanados ou mais difceis enfatizando sempre que a
criana um "todo".
7 . Os planos de tratamento de atender sempre s necessidades individuais
da criana. No h listas de exerccios, treinos, rotinas para o espstico, o atetide,
hipercintico, entretanto, h diretrizes gerais por causa dos fatores comuns
encontrados nos diversos tipos de PC: espasticidade, atetose, hipercinsis, etc...
8 . Uma norma bsica do mtodo o desenvolvimento do trabalho junto aos
pais da criana, ensinando-lhes o manuseio adequado durante as atividades da vida
diria, realizando o tratamento em casa e facilitando com isto novas experincias
sensriomotoras necessrias ao desenvolvimento psico-motor normal.

MTODOS DE TRATAMENTO FISIOTERAPICO


Em 1938/1944 foi uma poca em que surgiram vrios mtodos de tratamento
fisioterpico em neuropediatria. Fizemos um apanhado de alguns que julgamos os
mais importantes e que ainda hoje so utilizados em diversos pases pelo mundo
afora.
PETO (1938 )Hungria Professor
Independncia a qualquer custo
O condutor integra tratamento e educao
fundamental que as crianas sejam tratadas em grupos onde um agente
externo libera o grupo empregando atividades dirias
O treinamento envolve programa dirio com tempo fixado: levantar-se, vestirse, alimentar-se, etc

65

A inteno rtmica a tcnica usada para o treinamento do movimento ( o ritmo pode


ser atravs de uma contagem ou palavra operativa durante o movimento, como por
ex: levante, levante, levante)
Movimentos seguindo o modelo so repetidos em vrios contextos dentro de
1 plano dirio cuidadosamente elaborado
Trabalha-se sesses individuais quando a criana no est trabalhando bem
no grupo, ento com o trabalho individual objetiva-se d-las maior participao e
adequao no mesmo.
Cada movimento tem um propsito => AVDs

PHELPS (1940, Ortopedista Americano)


Baseia-se em tcnicas de condicionamento para os exerccio utilizando
melodias e ritmos com finalidade de facilitar a contrao muscular voluntria.
Treinar a musculatura espstica ( controle de atetoses). Obs.: do ponto de
vista ortopdico e do desenvolvimento motor este no muito considerados.
Inicia pela aquisio de habilidades musculares por etapas at independncia
motora e aquisio de praxia complexas.
Os objetivos nas AVDs so de auxiliar a pessoa a se vestir, alimentar, lavarse, sentar-se, locomoo
Equipamentos usados por Phelps:
Como o mesmo era ortopedista utilizava e palmilhas, elaboradas
pos ele mesmo, para corrigir ou conter os movimentos involuntrios (Atetoses)
Tcnicas : Massagem, mobilizao passiva, ativa, ativa assistida e ativa resistida,
movimentos condicionados, movimento confuso, automtico, combinados
movimentos de relaxamento, descanso.
TEMPLE-FAY (Doman-Delacato / Reorganizao Neurolgica) (1940
Neurocirurgio Filadlfia)
Baseia-se no critrio filogenrico, empregando padres de movimento
residuais e reflexos patolgicos.
Filognese => Evoluo da espcie
Ontognese =.>Desenvolvimento do indivduo desde fecundao at
maturidade
Acreditava que movimentos eram em padres e no existia uma educao
muscular
Procura compensar a falta de centros superiores do encfalo utilizando
atividade reflexa de centros mais baixos para alcanar formas teis e movimento
Para o criador da tcnica no existia leso cerebral incurvel e seus padres
de movimentos primitivos que se originavam na medula ou mesencfalo e que
poderiam produzir uma atividade
Tcnica:
Estes movimentos primitivos seguiam em seqncia que era progressiva e
elaborada Ex: Tronco / cabea
Arrastar padres homelateral ( MMSS / MMII) => Padres de
movimento contralateral ( tudo passivo, vrios fisioterapeutas para realizar o
movimento)
Estgio:
1) Prono rotao lateral de cabea
2) Pronolateral
3) Contralateral

66

4) Encaminhar
5) Marena
ao dia

Padres progressivos realizados por 5 minutos, por 5 pessoas e por 5 vezes

Considerar possvel
organizao neurolgica
desenvolvimento for estabelecido antes do prximo nvel

se

cada

nvel

do

MARGARETH BOOD (1940) Fisioterapeuta e T.O. Americana


Mtodo baseia-se em algumas teorias neurofisiolgica:
a. Estmulos aferentes: atravs de nervos e receptores sensoriais usa tcnicas de
estimulao sensoriais tais como escovas, pincis. gelo, presso e estiramento
usadas para facilitar ou inibir respostas motoras
b. Controle muscular voluntrio: estabelecer conscincia muscular (paciente
visualiza o que ser feito)
c. Usa seqncia do desenvolvimento ontogentico e vias reflexas para estimulao,
o que vai provocar um movimento de uma forma inconsciente ou de um nvel
involuntrio
d. A funo muscular. Presso => o terapeuta dirige o movimento
e. Coordenao ao incoordenada impedida e orientada a fazer corretamente
O objetivo final obter equilbrio e marcha
No usa fora
Segura-se o paciente de uma maneira solta, pois no tem inteno de
prender ou resistir
Mo do terapeuta tem como objetivo dirigir o pensamento do paciente para a
rea especfica
No h distino do tipo de paciente, o mtodo procura ver quais os
problemas o caso apresenta individualmente.
VERAS(1917) Mdico Americano
Iniciou com o tratamento do prprio filho que era tetraplgico. Neste ele
recuperou alguns movimentos.
Treinamento por 8hs dirias (mesmo seqncia - hora)
Famlia recebe um treinamento para poder fazer no paciente
Mtodo rgido, chegava a machucar o indivduo
Treinava-se a andar em posio retificada
Movimentos comparados a anfbios, mamferos, homem
Seqncia filogentica seguida fielmente. Movimentos pensados de
maneira progressiva, feitos com movimentao passiva e incorporados a fazer
ativamente
No usa rteses nem outros tipos de exerccio
Movimentos reflexos so usados at serem gasto (espasticidade, por
exemplo}
KABAT e M.KNOTT ( Facilitao Neuromuscular Proprioceptiva)
Discutiam que o padro sempre em diagonal e espiral
Desenvolver o potencial do paciente com seqncia de padro. Ao invs de
educao muscular o princpio era movimentos padres

67

Grupos de movimentos: Padres de movimentos => rolar, p, rolar


Movimentos rotatrios e diagonais sempre mesma direo
Provoca estmulo aferente sensorial dando nfase a propriocepo como
toque, estimulo auditivo, visual, estiramento, presso e contrao
Comando verbal junto com o movimento. Com resistncia
Resistncia usada para facilitar ao muscular padres sinrgicos de
movimento:
necessrio graduar a resistncia em funo do movimento
Saber onde aplicar resistncia
Efeito indireto ou direto
Resistncia grande de um lado para resposta em outro segmento = radiao
Para paciente com Paralisia Cerebral a tcnica atualmente adaptada
VOJTA
Base de tcnica = Kabat = Temple-Fay
Usa o arrastar reflexo e padres que facilitam outros movimentos que so
feitas atravs de pontos que so dados presso, estiramento e resistncia.
A resistncia dada facilitar o movimento ou melhorar a resposta reflexa para
que seja mais forte. Tambm dada para provocar resposta consciente ou no na
criana.
Utiliza pontos chaves especficos
Pressiona (sem dor ) => Criana responde saindo do ponto de presso
Quando voc provoca a criana chora reagindo ao estmulo:
Choro = reao
Mielo / e P. O. existe melhora
Analisa aes musculares e princpios de movimento usados pelos bebes. A
seqncia provocar estes movimentos do beb

REFERNCIAS

ABPC; Paralisia cerebral aspectos prticos


Miller, Geoffrey; Clark, Gary -Paralisias cerebrais causas,
consequncias e conduta

68

CONCEITO BOBATH
TCNICAS DE INIBIO E FACILITAO
TRATAMENTO NEUROEVOLUTIVO (1943)
Foi desenvolvido em 1943 por Karel e Berta Bobath
1. baseado no reconhecimento de dois fatores:
A interferncia na maturao normal do crebro pela leso, levando a um
atraso no desenvolvimento motor, ou alguns aspectos deste desenvolvimento
A presena padres anormais de postura e de movimento, resultantes do
tnus postural anormal
2. Objetivo

Inibir os padres de atividade reflexa anormal e facilitar padres motores


mais normais como uma preparao para uma maior variedade de
habilidades funcionais. Esses padres de atividades mais seletivos so
transformados nas habilidades posturais e voluntrias consideradas
possveis de serem realizadas pela criana.
Transferir as experincias desenvolvidas nas sesses de tratamento para as
atividades de vida diria. um aprendizado motor

Obs.: A aprendizagem somente ocorre quando o cliente um participante ativo no


processo.
3. Tcnicas utilizadas
1. Pontos chaves
2. Co-contrao

Dar estabilidades e mobilidade simultnea contrao simultnea de


agonistas e antagonistas

3. Inibio dos padres patolgicos, movimentao inadequada


4. Facilitao dos movimentos funcionais

o manuseio especfico favorecendo atividades, ajudando-as ou


tornando-as mais fceis, alongando msculos, promovendo sensaes
do movimento especfico para a funo com diferentes experincias e
prontido para as diferentes posturas
5. Tcnicas de propriocepo e de estimulao ttil
Todas essas tcnicas foram desenvolvidas e podem ser adaptadas para todos os
tipos de paralisia cerebral. As tcnicas devem ser ajustadas s necessidades
individuais de cada criana.

69

3.1 Pontos chaves de controle


So zonas ou regies do corpo da pessoa onde pegamos e a levamos para
uma melhor organizao e alinhamento biomecnico para executar um movimento.
Esta rea leva ou induz uma mobilidade ou um estmulo tctil e podemos aumentar
ou diminuir tnus, atravs do movimento. Assim poderemos interferir nos padres de
movimento, inibindo ou facilitando o mesmo.
Inibindo a movimentao inadequada e facilitando os movimentos funcionais
atravs do manuseio especfico, favorecendo as atividades, ajudando-as, tornandoas mais fceis
Pontos chaves
1. Cabea - extenso da cabea
a) Elevao da cabea quando em prono, sentado e em p ajuda, em muitos casos,
a facilitar a extenso o resto do corpo
b) Flexo da cabea com protrao da cintura escapular vai inibir a espasticidade
extensora ou espasmos extensores (por exemplo. nos pacientes espsticos e
atetides com uma forte retrao de pescoo e de ombros quando eles esto em
supino), e facilitar o controle da cabea quando puxados para senta, e quando virar
para os dois lados. Vai inibir tambm a hiper-extenso dos quadris e joelhos nos
atetides quando em p e na marcha.
2. Membros superiores e cintura escapular
a) Toda rotao interna com protrao de ombro inibe o espasmo extensor e til
nos atetides. mas nos pacientes espsticos essa manobra aumenta a
espasticidade flexora do pescoo, tronco e quadris, assim como tambm nos
membros inferiores. Toda rotao externa com supinao e extenso de cotovelos
inibem a flexo e aumenta a extenso no resto do corpo.
b) Abduo horizontal dos braos em rotao externa com supinao e extenso
dos cotovelos, inibe a espasticidade flexora, especialmente dos flexores aos
peitorais e pescoo, e facilita a abertura espontnea das mos e dedos. Tambm
facilita a abduo das pernas com rotao externa e extenso.
c) Elevao dos braos com rotao externa inibe a espasticidade flexora e a
presso para baixo dos braos e cintura escapular e ajuda a extenso da espinha,
quadris e pernas nas quadriplegias e diplegias espsticas
d) Extenso dos braos diagonalmente para trs inibe a espasticidade flexora como
na abduo horizontal e pode ser mais efetiva nos casos severos e seria melhor
iniciar com essa manobra do que com a anterior,. Porque quando os braos so
colocados em abduo horizontal a espasticidade flexora pode se tornar mais forte
e) Abduo do polegar com o brao em rotao externa. Rotao externa e
extenso facilitam a abertura dos dedos. O punho deve estar estendido.
3. Pernas e plvis

70

a) Flexo das pernas favorece (facilita) a abduo e externa assim como a


dorsiflexo.
b) Rotao externa com extenso facilita a abduo e dorsiflexo.
c) Dorsiflexo dos artelhos inibe a espasticidade extensora da perna inteira e facilita
a dorsiflexo do tornozelo, assim como tambm a rotao externa e a abduo
da perna, porm torna a extenso de joelhos e quadris mais difcil, especialmente
quando em p.
4.Prono
a) Cabea levantada, braos estendidos acima da cabea, espinha estendida
facilita a extenso de quadris e pernas.
b) Cabea levantada com braos estendidos em abduo horizontal facilita a
extenso da espinha dorsal, abertura dos dedos e abduo das pernas.
c) Cabea para um lado, enquanto a levantamos facilita a flexo-abduo da perna
daquele lado e o movimento para cima do brao como no arrastar-se. Nas
hemiplegias, a cabea em direo do lado afetado, facilita a atividade do brao e
perna daquele lado.
5. Supino
Em crianas muito pequenas, com grau leve de espasticidade. mas com
retrao de pescoo e ombro, a flexo as pernas em a abduo contra o abdmen,
com alguma presso para baixo, facilita o movimento do braos para frente e mos
juntas na linha mdia.
6. Sentada
a) Flexo dos quadris, tronca bem para frente, pernas abduzidas facilita a extenso
da espinha e a elevao da cabea.
b) Aduo dos braos estendidos: segurando os braos para frente estabiliza a
cintura escapular e facilita o controle e cabea quando puxado para sentar e levado
para supino novamente.
c) Pressionando o esterno, e conseqentemente fletido a espinha dorsal inibe a
retrao de pescoo e ombro e traz a cabea e braos para o controle de cabea e o
alcanar para frente com os braos.
7. Ajoelhado, em p e a marcha
a) Flexo dos braos com pronao e rotao interna e flexo da espinha dorsal
inibe os espasmos extensores e a hiperextenso dos quadris e joelhos nos
atetides, mas produz flexo nos joelhos e quadris nos espsticos
b) Extenso de braos em rotao externa sendo segurados em diagonal para trs,
inibe a espasticidade dos flexores do tronco, quadris e pernas nos espsticos, e
facilita a extenso da espinha, quadril e pernas com rotao externa e abduo.
8. A posio de quatro com suporte de peso com braos estendidos e mos
abertas
Isso facilitado levantando a cintura escapular da criana e puxando seus
ombros para trs. Essa manobra previne a protrao excessiva dos ombros (com
espasmo dos peitorais). Inibe a espasticidade flexora e aduo dos braos e facilita
a extenso, abduo e a abertura de mos e dedos.

71

9. Semi-ajoelhado
A plvis da criana rodada para trs no lado de no suporte de peso, isto
a perna da frente. Isso estabiliza a plvis e previne a aduo e flexo da perna que
est na frente, assim como a flexo da perna com o suporte de peso.
Pontos Chaves
1 Flexo da cabea:

Objetivo: inibio de uma espasticidade extensora.


Favorece: a flexo de tronco
2 Brao e Cintura Escapular em Rotao Interna

Objetivo: inibio de uma espasticidade extensora no tronco


Favorece: a flexo da cabea; a flexo do tronco; protuso do ombro
3 Rotao Externa dos Braos

Objetivo: inibio de uma espasticidade flexora.


Favorece: extenso da cabea; extenso do tronco; retrao do ombro; aduo
da cintura escapular.
4 Rotao externa, Supinao e Extenso do Cotovelo

Objetivo: inibio de uma espasticidade flexora


Favorece: extenso da cabea; extenso do tronco; retrao do ombro; aduo
da cintura escapular.
5 Rotao Interna, pronao e Extenso do Cotovelo

Objetivo: inibio de uma espasticidade extensora


Favorece: flexo da cabea; flexo do tronco; protuso do ombro; abduo da
cintura escapular.
6 Extenso dos Braos Diagonalmente para Trs com Rotao Externa

Objetivo: inibio de uma espasticidade flexora severa


Favorece: extenso da cabea; aduo da escpula; extenso dos MMII;
retrao do ombro; extenso do tronco; extenso e abduo dos dedos.
7 Elevao do brao com rotao externa

Objetivo: inibio de uma espasticidade flexora e a depresso do ombro


Favorece: extenso da cabea; elevao da escpula; extenso dos MMII;
extenso do tronco.
8 Abduo do polegar com o brao em supinao e o punho em extenso

72

Objetivo: inibio de um padro flexor nos dedos


Favorece: extenso das mos com abertura dos dedos
9 Abduo dos braos estendidos, mantidos frente

Objetivo: inibio de movimentos constantes da cabea


Favorece: estabilidade da cintura escapular, e com isto a retificao da cabea
(linha mdia)
10 Em Supino, flexiona os joelhos e fixando a regio plantar no ponto de
apoio

Objetivo: inibio do padro tesoura


Favorece: abduo coxofemural
11 Posio de gato

Objetivo: inibio de uma espasticidade flexora dos MMII; inibio de uma


espasticidade extensora dos MMII
Favorece: abertura dos dedos e da mo (estimulando a regio palmar); extenso
e elevao da cabea; extenso da coluna; extenso do tronco; flexo do quadril;
flexo do joelho.
3.2 Tcnicas de propriocepo e de estimulao ttil

Nas crianas atxicas e em algumas do grupo de atetides nas quais a


hipotonia e a deficincia da inervao recproca dificultam o controle postural e a
direo do movimento, so usadas as tcnicas que aumentam o tonos postural e
que regulam a interao dos agonistas, e dos sinergistas. Elas so usadas tambm
em algumas crianas espsticas ou atetides. em adio s tcnicas de inibio e
facilitao, se o tonos postural for bastante baixo e parecem ser fracos na ausncia
da atividade tnica reflexa.
A base racional dessas tcnicas de propriocepo e de estimulao ttil
provavelmente similar base das tcnicas de 'resistncia mxima' e 'estabilizao
rtmica' usadas por Kabat (1948, 1959) e Knott (1952), ou seja, reforando e
somando atravs de aplicao de estimulao cuidadosa e repetitiva.
Essas tcnicas so usadas:
1. Quando existe uma fraqueza dos msculos, aparente ou real, aps a hipertonia.
Isto , a espasticidade ou espasmos intermitentes foram reduzidos ou
completamente inibidos no tratamento.
2. Quando tem um dficit sensorial com fraqueza muscular devido falta de input
sensorial.
3. Quando no tem nenhum dficit sensorial, mas a criana no sabe como se
movimentar por causa da falta de experincia sensrio-motora prvia ou por uma
apraxia.
Na aplicao dessas tcnicas necessrio evitar o aumento da espasticidade
ou dos espasmos intermitentes pela estimulao da atividade reflexa postural
anormal. Isso pode ser evitado da seguinte forma:
1. Combinando as tcnicas de estimulao sempre com inibio dos padres
reflexos, para fazer um desvio ('shunt') dos impulsos nervosos em direo dos
canais desejados, e longe dos padres de reflexos anormais.

73

2. Estimulando cuidadosamente e somente quando o tonos postural for baixo,


parando o procedimento imediatamente quando o tonos ficar anormalmente alto. Na
verdade as tcnicas de estimulao so usadas alternando-se com as tcnicas
inibitrias. desejvel que se antecipe s reaes anormais e par-las antes que
elas ganhem fora.
3. Procure por respostas localizadas, e evite a generalizao das reaes
associadas.
1. Suporte de peso com ou sem presso e resistncia: Posturas estticas no
devem ser usadas, especialmente na criana espsticas. Aqui os movimentos de
ajustamento intrnsecos e automticos devem ser obtidos atravs de transferncia
de peso constante em grandes amplitudes, para os lados, para frente, para trs. e
diagonalmente, enquanto damos presso e resistncia. Isso pode ser feito em varias
posies e atividades em supino, prono, sentada, em p e andando. No paciente
atxico e atetide as mesmas tcnicas so usadas, mas de uma forma mais
esttica; os movimentos de transferncia de peso devem ser feitos vagarosamente e
em pequenas amplitudes. Uma combinao de suporte de peso, presso e
resistncia podem ser usadas em todos os casos para conseguir um tonos postural
firme, para a manuteno da postura contra a gravidade e para o controle dos
movimentos involuntrios.
2. 'Placing' e ,Holding': 'Placing' e um termo usado para descrever a habilidade do
paciente em interromper um movimento em qualquer etapa, automaticamente ou
voluntariamente. Em uma pessoa normal, isso pode ser demonstrado quando
movimentamos passivamente seu membro, por exemplo, seu brao, com um mnimo
suporte de seu peso (levemente segurado e no apoiado pela mo inteira do
terapeuta), e deix-lo ir, isto , larg-lo em vrias etapas de um movimento. O
membro, ento, vai ficar automaticamente, por um momento, onde ele havia sido
largado. O membro fica leve quando movimentado enquanto a pessoa normal o
controla ativamente e automaticamente em toda a extenso do movimento. Portanto,
Placing definido como a adaptao automtica dos msculos s mudanas de
postura e isso uma parte necessria e inseparvel do mecanismo de reflexo
postural normal. Essa reao normal ao Placing um pr-requisito para o controle
harmonioso de qualquer etapa de um movimento voluntrio.
No tratamento, o corpo e membros do paciente so colocados em vrias
posies e ele e requisitado a manter e control-los sem ajuda, em uma grande
variedade de padres funcionais e em varias etapas e em diversas amplitudes de
um movimento.
3. 'Tapping'
'Tapping e freqentemente usado em combinao com 'placing'. Na verdade,
um meio de tornar o 'placing possvel.
'Tapping' e um meio de aumentar o tonos postural do tronco e dos membros
atravs de estimulao proprioceptiva e ttil. Tambm usado para aumentar a
atividade de um grupo muscular especifico.
O 'tapping' e aplicado no tronco, no membro, ou em uma parte do membro, a
principio em intervalos regulares em uma rpida sucesso, e gradativamente quando as respostas ativas ocorrem - em intervalos irregulares e mais
vagarosamente.
Tapping somente usado quando h uma fraqueza aparente ou real de um
grupo muscular especifico, ou em hipotonia global, isto , falta de sustentao do
controle postural contra a gravidade, No deve ser usado na presena da

74

espasticidade ou de espasmos, ou quando, durante o processo de aplicao de


tapping, tais sinais de hipertonia aparecem. No caso desse ltimo dado citado pode
ocorrer mesmo se no comeo da aplicao de tapping, o tonos muscular estava
bastante baixo. Ento. O Tapping tem de ser interrompido imediatamente e a
atividade reflexa tnica anormal deve ser inibida, at que no tenha sinais de
hipertonia. Tapping pode ento ser reiniciado.
Todas as tcnicas de estimulao, mas especialmente o tapping, podem
gerar respostas motoras anormais nos pacientes com paralisia cerebral.
aconselhvel, portanto, usar o tapping junto com padres inibitrios de reflexos,
para prevenir os padres de atividades reflexos tnica anormais, e assim localizar e
direcionar o efeito da estimulao como for desejada.
O efeito do tapping em produzir um aumento de tonos e contratibilidade dos
msculos, se deve adio e abastecimento espacial e temporal de impulsos
nervosos aos msculos. Os primeiros taps so muito preliminares e no resultam
em uma resposta. Em pacientes com tonos muscular muito baixo pode levar muito
tempo, e temos que aplicar uma srie de taps antes que uma resposta possa ser
percebida. Cada taps deve ser seguido por outro antes que o efeito do anterior
diminua. Por essa razo os taps devem seguir a outros de forma rpida no comeo.
Se permitirmos que o paciente relaxe entre os taps, o efeito se perdera. Por outro
lado, se os taps forem feitos um atrs do outro rpido demais, e o paciente no ter
tempo de reagir e o terapeuta no ter como julgar o efeito. Objetivamente falando,
'tapping' iniciado de forma rpida e quando temos a primeira resposta. isto ,
quando as primeiras contraes musculares so percebidas e o paciente comea a
manter um membro ou o tronco ativamente, diminumos a velocidade da aplicao
do 'tapping' e os intervalos entre cada um so mais prolongados, de tal forma que o
terapeuta possa julgar quanto tempo o efeito do 'tapping' anterior dura. Ao primeiro
sinal de relaxamento do paciente, 'tapping' re-iniciado. Com freqncia.
necessrio dar somente um ou dois 'taps' para recuperar a atividade novamente. O
ritmo do 'tapping' deve ser modificado freqentemente, uma vez que uma resposta
tenha sido eliciada porque, se o paciente se acostuma a um certo ritmo, ele se torna
inativo e se 'entrega' ao apoio do terapeuta. Mas quando O ritmo do 'tapping'
modificado com freqncia. o paciente continua a controlar o seu tronco ou membros
automaticamente como uma proteo contra a queda. Os 'taps' tm que ser dados
de forma precisa e a parte do corpo tocada somente por uma frao de segundos, e
deixada sem apoio entre os 'taps', de tal forma que o paciente possa assumir o
controle dessa parte quando sem suporte. Se a mo do terapeuta permanece por
muito tempo, o paciente ficar passivo e relaxado, e nenhuma atividade ser
conseguida. As reaes do paciente que se seguem a uma srie de 'taps' tm que
ser cuidadosamente observadas e o ritmo e direo do 'tapping' se modifica, de
acordo com essas reaes.
'Tapping' usado para aumentar o tonos mais nos pacientes atetides e
atxicos do que nos espsticos, cujo tonos muscular geralmente suficiente para a
manuteno de posturas contra a gravidade, quando a interferncia da atividade
tnica reflexa foi eliminada pela inibio reflexa. Entretanto, 'tapping' para melhorar
reaes de equilbrio, isto , a ativao dos movimentos de ajustamento mudanas
de posturas, c mais usado em pacientes espsticos.
H quatro tipos de 'tapping':
1)
2)
3)
4)

'Tapping' de Inibio
'Tapping' de Presso
'Tapping' Alternado
'Tapping' por Deslizamento

75

O 'tapping' serve para:


a) Ativar grupos musculares 'fracos' que no conseguem contrair-se como um
resultado da inibio recproca pelos msculos antagonistas ('tapping' de Inibio )
b) Aumentar tonos postural para a manuteno da postura contra a gravidade
('tapping' de presso).
c) Obter graduao apropriada da inervao recproca e para estimular as reaes
de equilbrio ('tapping' alternado).
d) Ativar padres sinrgicos da funo muscular pela estimulao de grupos
musculares especficos responsveis por aquela ao, com um movimento de alisar
firme em direo do movimento desejado ('tapping' por deslizamento).
1. 'Tapping' de Inibio
Ele feito para aumentar a funo de msculos que no conseguem contrair
por causa da atividade excessiva de seus antagonistas hipertnicos. Portanto, a
hipertonia deve ser primeiro reduzida com os padres de inibio reflexa, com
alongamento dos grupos musculares hipertnicos e com o encurtamento dos
msculos 'fracos' e inativos. Quando no h hipertonia, mas tambm no tem
habilidade para o paciente manter uma posio desejada o 'tapping' feito pela
liberao momentnea da parte do corpo que dever ser mantida pelo paciente,
mas segurado imediatamente antes que ele caia mais do que uma frao de
centmetros. Em cada vez, isso produz um pequeno alongamento dos grupos
musculares encurtados e inativos em sua amplitude interna. Atravs da repetio
isso d mais tonos a esses grupos musculares e capacita o paciente-a manter uma
posio (contrao isomtrica).
Os msculos, em si, no so tocados. O 'tapping' feito em durao do
padro funcional desejado.
chamado de 'tapping' inibitrio porque o principal propsito obter funo
atravs da inibio, mas enquanto inibe a hipertonia ele facilita a atividade nos
grupos musculares opostos.
2 'Tapping' de presso
feito para obter co-contrao para manuteno da fixao postural.
'Tapping' de presso ativa a contrao simultnea dos agonistas e antagonista. Esse
tipo de 'tapping' iniciado em uma 'posio media' na qual tanto os agonistas como
os antagonistas tm aproximadamente o mesmo comprimento, e no na extenso
interna ou externa de qualquer grupo muscular. utilizado principalmente em
atetides e atxicos que tm mobilidade excessiva, falta de fixao e falta de
sustentao do tonos postural. uma forma muito forte de estirnulaco dos
receptores musculares e articulares, e, se feito com pacientes espsticos que ficam
'hipotnicos' quando a espasticidade est sobre controle deve ser usado com grande
cuidado e discrio, de tal forma que no se produza ou aumente a espasticidade.
Ele pode ser alternado com o 'tapping' inibitrio (ou segui-lo).
3. 'Tapping' alternado
Esse tipo de 'tapping' feito, geralmente como uma seqncia do 'tapping' de
presso, isto , quando o paciente capaz de manter uma posio mdia de
maneira firme. mais til nos atetides e atxicos e em todos os pacientes que
apresentem desequilbrio da funo dos antagonistas. Ele melhora a graduao da

76

contrao e relaxamento dos agonistas e antagonistas. tambm til nos pacientes


espsticos para estimular e regular as reaes de equilbrio e se usado para esse
propsito faz parte das tcnicas de facilitao dos movimentos automticos.
feito por um 'tapping' suave com os dedos do terapeuta estendidos como no
'tapping' de inibio.
4. 'Tapping' por deslizamento
Esse tipo de 'tapping difcil de ser descrito porque, embora seja o nico tipo
de 'tapping' aplicado a um msculo especifico, feito sobre o msculo com um
movimento de alisamento firme que ativa no somente o msculo em si, mas um
padro inteiro de ao muscular. na verdade a estimulao de um padro de
funo atravs da ativao dos 'primeiros movimentos' daquele padro.
O 'tapping' feito com uma batida precisa e firme com os dedos do terapeuta
estendidos pelo comprimento do msculo ou em um nmero de msculos que
trabalham na mesma direo, e que tm uma funo sinrgica.
Falando de uma maneira geral as posies que o paciente estimulado a
manter, isto , aquelas nas quais o paciente deveria ser 'placed' (colocado) atravs
do 'tapping', so:
1, Posies que so essenciais para a estabilidade e fixao do tronco,
cintura escapular e plvica, quando sentado, ajoelhado e em p, de tal forma que os
movimentos independentes de sua cabea, braos e pernas se tomem possveis.
2. Etapas intermedirias desses movimentos que os pacientes no
conseguem realizar, ou os quais, ele realiza numa maneira incontrolavelmente
desajeitada, devido a falta de tonos muscular ou ao desequilbrio dos antagonistas.
FISIOLOGIA DO PLACING E TAPPING
Receptores articulares => aumento da tenso ao nvel dos tendes
=>provocam => estimulo OTG => vo provocar => estiramento da fibra
extrafusal (alfa) => levar => estimulo para fibra fusal =>os receptores
proprioceptivos vo comear uma estimulao integrada que ir ser enviada
=> medula espinhal => ocorrer um processo monossinptico => neurnio
sensitivo (que recebeu estimulo) => sinapse => motoneurnio corno anterior
=> onde ir => resposta para que haja estabilizao no processo contrtil
Os receptores articulares que esto presentes em articulaes tais como,
palma das mos e planta dos ps, recebem um determinado estimulo acarretando
um aumento da tenso ao nvel dos tendes, isso ir provocar um estimulo nos
rgos tendinosos de Golgi, este estimulo por sua vez ocasionar estiramento de
fibras extrafusais (alfa) que levar estimulo para a fibra fusal, dai os receptores
proprioceptivos comearo uma estimulao integrada que ira ser enviada medula
espinhal onde ter um processo monossinptico e o neurnio sensitivo que recebeu
estimulo, far sinapse com o motoneurnio - corno anterior onde ir responder para
que haja estabilizao no processo contrtil.
Os centros superiores comandam as funes proprioceptivas, a informao
ser levada da medula para o crebro e depois para o cerebelo nos seus ncleos de
integrao chamado ncleo rubro Substncias reticulares e tambm o tlamo, onde
todas as informaes recebidas da periferia e enviados pelos tratos espinocerebelares anterior e posterior sero codificadas e posteriormente enviadas pelos
tratos descendentes provenientes do cerebelo, substncia reticular, tlamo e ncleo
rubro, para que haja regulao do tnus necessrio para manuteno da postura

77

desejada no determinado membro que esta sendo visado e tambm provocar o


equilbrio entre os msculos desejados.
4. Princpios de tratamento

Necessidades individuais de tratamento


A criana deve ser tratada como um todo
Avaliao
Elaborao do plano de tratamento
Reavaliar constantemente
Estabelecer metas realsticas
Trabalhar com a famlia e em equipe
Despertar motivao da criana

5. Importncia do tronco
Tronco a parte central do corpo
Estabiliza os MMSS e cintura escapular para que possam existir os
movimentos seletivos e controlados
Liga a pelve aos MMII, promovendo seu alinhamento e estabilidade
o eixo central, deve ser capaz de estabilizar e alinhar os segmentos
vertebrais tanto em posio esttica como dinmica.
Suporte para o controle de cabea
Portanto, o controle de seus movimentos e sua estabilidade so imprescindveis
na criana com leso neurolgica.
Nestas crianas precisamos alcanar todos os movimentos, simetria e controle
proporcionados pelo tronco, nos planos frontal, sagital e transversos.
A rotao de tronco a base para a bilateralidade, integrao e dissociao.
Obs.: O proximal interfere no distal e o distal no proximal; portanto devemos
tratar tambm as extremidades.
6. Concluso
O tratamento Neuro-evolutivo tem passado por muitas mudanas desde o seu
comeo em 1943, entretanto, o conceito bsico nunca foi mudado.
Os terapeutas aprenderam muito com os seus erros. Muitas coisas foram
aprendidas com os criadores de outros mtodos que influenciaram o pensamento
dos Bobaths.
Os terapeutas mudaram algumas terminologias para adaptar aos novos
conhecimentos em neurocincia, principalmente os surgidos nos anos 90, mas na
prtica os manuseios continuam os mesmos.
Conclui-se que as tcnicas de estimulao proprioceptivas e tteis so de
grande importncia para a melhora do tnus muscular, auxiliando tambm no
equilbrio corporal. O conhecimento fisiolgico das tcnicas importante no s para
fins didticos, mas para aplicao correta das mesmas.

78

REFERNCIAS

ABPC; Paralisia cerebral aspectos prticos


Miller, Geoffrey; Clark, Gary -Paralisias cerebrais causas,
consequncias e conduta
Lima, Csar; Fonseca, Luiz Paralisia Cerebral Neurologia,
Ortopedia, Reabilitao

79

ATIVIDADES COM BOLAS E ROLOS


1) ATIVAO DOS FLEXORES

2) ATIVAO DOS EXTENSORES

80

3) TRANSFERNCIA DE PESO LATERAL PARA ATIVAO SIMULTANEA DOS


FLEXORES E EXTENSORES

4) ROTAO DE TRONCO

5) TRANSFERNCIA DE PESO SEMI-AJOELHADO

81

6) TRANSFERNCIA DE PESO EM MMSS/ROTAO DE TRONCO

7) PASSAGEM DE PRONO PARA SENTADO DE LADO

82

8) REAO LATERAL DE ENDIREITAMENTO

83

9) PASSAGEM DE PRONO PARA SENTADO NA BOLA

10) POSTURA BPEDE

REFERENCIA
LOIS BLY; FACILITATION TECHNIQUES BASED ON NDT PRINCIPLES

84

TAPPING / PLACING
Introduo
Mesmo quando os msculos esto em repouso, persiste certo grau de
resistncia palpao. Isto chamado tnus muscular. O tnus do msculo
esqueltico resulta inteiramente de uma baixa freqncia de impulsos nervosos
oriundos da medula espinhal. Esses impulsos, por sua vez, so controlados, em
parte, por impulsos transmitidos do crebro para os motoneurnios apropriados, e
em parte por impulsos que se originam nos fusos musculares situados no prprio
msculo.
Cada motoneurnio cujo axnio emerge da medula espinhal inerva muitas
fibras musculares diferentes, esse nmero, depende do tipo de msculo. Todas as
fibras musculares inervadas por Um mesmo axnio formam a chamada unidade
motora.
As fibras musculares de uma unidade motora no ocorrem agrupadas no
interior do msculo, mas, ao contrario, misturam-se. Com as de outras unidades
motoras por meio de microfixes. Esta interdigitao permite que as unidades
motoras distintas se contraiam apoiando umas s outras, em vez de o fazer como
segmentos distintos.
Quando um msculo deixa de receber seu suprimento nervoso, ele deixa de
receber os sinais para contrao, necessrios manuteno de suas dimenses
normais. Por conseguinte ocorre atrofia quase imediata. Aps cerca de 2 meses,
comeam tambm aparecer sinais de degenerao nas prprias fibras musculares.
No estgio final a atrofia por desnervao, a maioria das fibras musculares
so destrudas, sendo substitudas por tecido fibroso e gorduroso. O tecido fibroso
que substitui as fibras musculares durante a atrofia por desnervao, apresenta
tendncia' retrao por muitos meses, o que chamado de contratura. Por
conseguinte, um dos mais importantes Problemas na prtica da fisioterapia impedir
que os msculos atrficos desenvolvam contraturas debilitantes e desfigurantes.
Isso conseguido pelo estiramento dirio dos msculos, ou pelo uso de aparelhos
que mantenham os msculos estirados durante o processo atrfico.
2. Terminaes Nervosas
Em suas extremidades Perifricas, as fibras nervosas dos nervos modificamse dando origem a formaes, ora mais, ora menos complexas, as terminaes
nervosas que podem ser de dois tipos: sensitivas ou aferentes (receptora) e motoras
ou eferentes. As terminaes sensitivas, quando estimuladas por uma forma
adequada de energia (luz, calor, etc...) do origem a um impulso nervoso que segue
Pela fibra em cuja extremidade elas esto localizadas. Este impulso levado ao
SNC e, depois de um trajeto ora mais, ora menos complicado, atinge reas
especficas do crebro, onde sero interpretado resultando. As terminaes
nervosas motoras existem na poro terminal das fibras aferentes e so elementos
de ligao entre estas fibras e os rgos efetuadores.
3. Classificao Morfolgica dos Receptores
Se divide em dois grupos: receptores especiais que so os mais complexos
relacionando-se com o neuroeptlio (retina, rgo de Corti, etc...) e fazem parte dos
rgos especiais do sentido, estes receptores especiais esto localizados na
cabea. J os receptores gerais ocorrem em todo o corpo, em maior quantidade na

85

pele, apresenta uma estrutura mais simples que as dos receptores especiais
podendo morfologicamente ser classificado em livre e encapsulados conforme
tenham ou no uma cpsula conjuntiva. Os receptores encapsulados so mais
complexos que os livres. As terminaes encapsuladas mais importantes so: A)
Copsculos de Meissner: ocorrem nas papilas drmicas principalmente na pele
espessa das mos e dos ps, so receptores de tato e presso; E) Corpsculos de
Ruffmi; ocorrem nas papilas drmicas e nos ps, como na pele pilosa do restante do
corpo, so receptores de tato e presso; C) Corpsculo de Vater-Paccini: tem
distribuio ampla, ocorre Principalmente no tecido celular subcutneo das mos e
dos ps ou mesmo em territrios mais profundos, como nos septos intermusculares
e no peristeo, so responsveis pela sensibilidade vibratria, ou seja a capacidade
de receber estmulos mecnicos rpidos e repetitivos.
Fisiologicamente os receptores se classificam em: A) Quimiorreceptores: so
receptores sensveis s estmulos qumicos, como os da olfao e gustao; os
receptores do corpo cartideo so capazes de detectar variaes no teor de
oxignio circulante; E) Osmorreceptores: detecta variao da , presso osmtica; C)
termorrecptores: so receptores capazes de detectar frio e calor: So terminaes
nervosas livres; D) Mecanorreceptores : receptores sensveis a estmulos mecnicos
e constituem o grupo mais diversificado. Aqui situam-se os receptores de audio e
equilbrio do ouvido interno, os receptores do seio carotdeo sensveis mudanas
na Presso arterial (Barorreptores), os fusos neuromusculares e os rgos
neurotendinosos, sensveis ao estiramento de msculos e tendes, assim como
receptores cutneos responsveis pela sensibilidade de tato, presso e vibrao; E)
Fotorrecptores: receptores sensveis luz como os cones e bastonetes da retina; F)
Nociceptores receptores ativados quando h leso de tecido causando dor.
Quanto a localizao os receptores se classificam em: 1) Esteroceptores:
loca1izam-se na superfcie externa do corpo, onde so ativados por agentes
externos como frio, calor, tato, presso, luz e som; 2) Proprioceptores: situam-se
mais profundamente, nos msculos, tendes, ligamentos e cpsulas articulares. Os
impulsos nervosos proprioceptores, podem ser conscientes e inconscientes. Esses
ltimos no despertam nenhuma sensao, sendo utilizados pelo SNC para regular
a atividade muscular atravs do reflexo miottico ou dos vrios centros envolvidos
na atividade motora em especial o cerebelo. Os impulsos proprioceptivos
conscientes atingem o crtex cerebral e permite ao indivduo, mesmo de olhos
fechados, ter percepo de seu corpo e de suas partes, bem como da atividade
muscular e do movimento das articulaes. So, pois, responsveis pelo sentido de
posio e de movimento das articulaes.
Admite-se hoje que a capacidade de perceber posio e movimento, ou seja a
propriocepo consciente, depende basicamente das informaes trazidas ao SNC
pelos fusos neuromusculares e rgos neurotendinosos, sendo possvel, entretanto
que os receptores das articulaes tenham pelo menos papel subsidirio nessa
funo; C) Interoceptores: localizam-se nas vsceras e nos vasos.
4. ANATOMIA E FISIOLOGIA
4.1. Receptores Articulares
Os receptores sensoriais especializados nos msculos, articulaes e
ligamentos so sensveis distenso, tenso e presso.
Esses rgos terminais conhecidos como proprioceptores, retransmitem
rapidamente a informao acerca da dinmica muscular e do movimento dos

86

membros para as pores conscientes e inconscientes do SNC para o devido


processamento. Assim sendo a progresso de qualquer movimento ou seqncia de
movimentos registrada continuamente afim de propiciar a base para modificar o
comportamento motor subseqente.
Esto presentes em maior quantidade, na regio plantar dos ps e na palma
da mo.
4.2. Fusos articulares
Os fusos musculares fornecem informao sensorial acerca de alteraes no
comprimento e na tenso das fibras musculares. Sua principal funo consiste em
responder distenso imposta a um msculo e atravs de uma ao reflexa, iniciar
uma contrao mais vigorosa para reduzir esta distenso.
O fuso possui um formato fusiforme e est preso em paralelo s fibras
regulares ou extrafusais do msculo. Consequentemente quando um msculo
distendido, o mesmo ocorre com o fuso. O nmero de fusos contido em cada
msculo varia muito, conforme o grupo muscular. Relativamente existem mais fusos
nos msculos que realizam movimentos complexos do que naqueles que
empreendem movimentos grosseiros. O fuso coberto por uma bainha de tecido
conjuntivo. Dentro do fuso existem dois tipos de fibras musculares especializadas
denominadas fibras intrafusais. Um tipo conhecido como fibras nucleares tipo bolsa,
bastante volumoso e possui numerosos ncleos compactados centralmente
atravs de todo seu dimetro. Existem habitualmente duas fibras tipo bolsa por fuso.
Outro tipo de fibra intrafusal contm muitos ncleos ao longo de seu eixo
longitudinal. Essas so fibras nucleares em cadeia. As extremidades das fibras
intrafusais so estriadas contm actina e miosina e so capazes de se contrair.
Trs fibras nervosas diferentes controlam os fusos; duas so aferentes ou
sensoriais e a outra eferente ou motora. Um segundo grupo de fibras nervosas
sensoriais menores, conhecidas como terminaes tipo raminho de flores, faz
conexo principalmente sobre as fibras em cadeia, mas tambm h ligaes com as
fibras tipo bolsa. Essas terminaes so menos sensveis distenso que as fibras
anuloespira1ados e tipo raminho de flores retransmitem os impulsos atravs das
razes sensoriais para dentro da medula, causando ativao reflexa dos
motoneurnios que se dirigem ao msculo, induzindo ao msculo se contrair com
mais fora e a se encurtar; por sua vez isso faz com que o estimulo de distenso
seja removido dos fusos.
O terceiro tipo de fibra nervosa fusiforme desempenha uma funo motora.
Essas so as finas fibras aferentes gama que inervam as extremidades estriadas
contrteis das fibras, ativadas pelos centros superiores do crebro proporcionam o
mecanismo destinado a manter o fuso em funcionamento mximo para todos os
comprimentos do msculo. A estimulao dos aferentes gama resulta em contrao
das extremidades dos fusos, regulando assim seu comprimento e sua sensibilidade,
independente do comprimento global do prprio msculo. Esse mecanismo de
ativao prepara o fuso para outras reaes de alongamento que esto prestes a
ocorrer, mesmo que o msculo j tenha adquirido um novo comprimento. Esses
ajustes permitem aos fusos monitorizar continuamente o comprimento dos msculos
onde esto localizados.
4.3. Reflexos de Distenso

87

O significado funcional do fuso muscular reside em sua capacidade de


identificar, responder e controlar as mudanas no comprimento das fibras
musculares extrafusais. Isto importante na regulao do movimento e na
manuteno da postura. Os msculos posturais so bombardeados continuamente
pelos fluxos neurais; tero que estar de prontido para responder aos movimentos
voluntrios ou para manter um certo grau de atividade constante, destinada a
neutralizar a fora da gravidade e manter a postura ereta, o reflexo de distenso
fundamental para conseguir esse intento. Existem trs componentes principais para
o reflexo de distenso: (1) fuso muscular que receptor sensorial dentro do msculo
que responde distenso; (2) uma fibra nervosa aferente que leva o impulso
sensorial do fuso para medula e; (3) um neurnio motor eferente na medula espinhal
que induz o msculo a se contrair.
4.4. rgos Tendinosos de Golgi
Diferentemente os fusos musculares, que ficam paralelos as fibras
musculares extrafusais, os rgos Tendinosos de Golgi esto conectados em srie
com at vinte cinco (25) fibras exrafusais Esses receptores sensoriais tambm esto
localizados nos ligamentos das articulaes e so responsveis principalmente pela
identificao de diferenas na tenso muscular, mais que no comprimento do
msculo
Quando estimulados por tenso ou distenso excessiva, os receptores de
Golgi conduzem seus sinais rapidamente, afim de desencadear uma inibio reflexa
dos msculos por eles inervados. Isso ocorre por causa da influncia predominante
do interneuronio medular inibitrio sobre os motoneurnios que inervam os msculos
Assim sendo, o rgo tendinoso de Golgi funciona como um mecanismo sensorial
protetor. Se a mudana na tenso ou na distenso for excessivamente grande, a
descarga do sensor aumenta; isso deprime ainda mais a atividade dos
motoneuronios e reduz a tenso gerada nas fibras musculares Se a contrao do
msculo produz pouca tenso, os receptores do Golgi sero ativados apenas
fracamente e exercero pouca influencia. Ento a funo bsica dos rgos
tendinosos de Golgi consiste em proteger o msculo e seu envoltrio de tecido
conjuntivo contra possveis leses induzidas por uma sobrecarga excessiva.
4.5. Corpsculos de Facini
So pequenas formaes elipsides localizadas perto dos rgos tendinosos
de Golgi Esses pequenos receptores sensoriais semelhantes a cebolas e que so
sensveis ao movimento rpido e presso profunda esto encrevados numa nica
fibra nervosa desmielinizada. A deformao ou compresso da cpsula por um
estimulo mecnico transmite presso s terminaes nervosas sensoriais existentes
dentro de sua parte central. Isso reproduz uma mudana no potencial eltrico da
terminao nervosa. Se esse potencial gerador for de magnitude suficiente, ser
criado um sinal sensorial que se propagar atravs do axnio mielinizado que deixa
o corpsculo.
Os corpsculo de Pacini so sensores mecnicos de "adaptao rpida", pois
emitem poucos impulsos no inicio de um estimulo permanente e, a seguir,
permanecem eletricamente silenciosos ou podem emitir uma segunda descarga de
impulsos

88

8.PATOLOGIAS GENTICAS, NEUROMUSCULARES


E MALFORMAES CONGNITAS

9.CURIOSIDADES

89

QUADRO DE V. APGAR
FACTORES DE
VITALIDADE
1 Cor
(Apperance)
2. Ritmo (Pulse)
cardaco
3. lrritabilidade
reflexa (Grimace)
4. Tnus (Activity
5. Respirao .
(Respiration)

Ausente.

AVALIAO
1
Rosada no corpo
e azulada
nas extremidades
< 100

Nula

Grito

Grito vigoroso

Actividade nula

Alguns movimentos nos


braos e nas pernas
Lenta e irregular

Movimentos activos

0
Azul

Ausente

2
Rosada
> 100

Boa

A avaliao de 7 a 10 compreende a maioria dos casos que evidenciam um estado


normal. As avaliaes 4, 5 e 6 merecem uma interveno muitas vezes relacionada com a
assistncia de oxignio ou a observao da faringe, onde podero estar contidos elementos
que dificultam a respirao. As avaliaes abaixo de 4 merecem cuidados ainda mais
profundos. O ndice deve ser repetido cinco minutos depois do nascimento e ser
devida1nentc assinalado na ficha neonatal. Est provado, por estudos longitudinais, que os
ndices inferiores a 4 so altamente predictivos de leses neurolgicas e de outras
anomalias da criana deficiente.
Devem realizar-se no recm-nascido vrios cuidados e exames peditricos, como
por exemplo: pele, rgos genitais, face, cabea, trax, abdmen, sistemas sensoriais,
fontanelas, cordo umbilical, malformaes congnitas, etc.

90

Exames do pr-natal:
O primeiro exame de ultra-som solicitado pelo mdico a partir da confirmao da
gravidez, ainda na primeira consulta do perodo pr-natal, para detectar o tempo correto de
gestao e o tamanho do embrio. A partir disso, todas as gestantes devem fazer pelo
menos mais trs exames.
Translucncia nucal: entre a 11 e a 13 semana. Ajuda a detectar alteraes nos
cromossomos e doenas como a sndrome de Down. feito com a ajuda do ultra-som e
mede a regio da nuca do embrio.
Ultra-som morfolgico: entre a 20 e a 22 semana. Exame que dura cerca de 40
minutos e analisa minuciosamente o feto e eventuais malformaes.
Ultra-som convencional: s vsperas do parto. Para o mdico se certificar que est tudo
bem com o beb.
Exames mais sofisticados para gestaes de alto risco:
Teste de Coombs: at a 13 semana, para mes com RH negativo. O teste serve para
avaliar o grau de resposta do organismo materno frente a um tipo de sangue que
desenvolve na me anticorpos contra o sangue do feto.
Amniocentese: a partir da 14 semana, para mulheres com mais de 35 anos que tm
casos de doena gentica na famlia, ou acima de 38 anos sem histrico nenhum.
Ultra-som em 3D: aps a 22 semana, para grvidas com histrico familiar de
malformaes, indicado como complemento do ultra-som convencional.
Ecocardiografia do feto: depois da 24 semana, em gestantes cardacas ou com histrico
familiar.

91

10. GLOSSARIO
1) PRONO (decbito ventral) : deitado de barriga para baixo.
2) SUPINO (decbito dorsal) : deitado de barriga para cima.
3) FLEXO: movimento que envolve a dobradura de uma articulao pelo qual o angulo
entre os ossos e diminuido
4) EXTENSO: oposto de flexo.
5) POSTURA: posio do corpo no espao; posio a partir da qual se inicia o movimento.
6) DISTAL/PROXIMAL: termos relacionados ao ponto central funcional do corpo; distal
significa afastado do ponto central do corpo e proximal mais prximo do ponto central.
7) TNUS: estado de tenso da musculatura.
8) PADRES MOTORES: a forma como o corpo e extremidades trabalham em conjunto
para tornar o movimento possvel.
9) ADUO: movimento da extremidade aproximando-se da 1inha media
10) ABDUO: movimento da extremidade afastando-se da linha media
11) PRONAO (M. S. ) : acompanhamento do antebrao quando vira a palma da mo para
baixo.
12) - SUPINAO (M. S. ) : acompanhamento do antebrao quando vira a palma da mo
para cima.
13) - PRONAO (do p) : perda do arco plantar sendo que o movimento ocorre na
articulao do tornozelo ( tibio- tarsica).
14) - SUPINAO (do p) : aumento do arco plantar- sendo que o movimento ocorre na
articulao tibio-tarsica
15) - ROTAO INTERNA: rodar as extremidades em direo ao eixo do corpo
(medialmente) .
16) - ROTAO EXTERNA: rodar as extremidade em direo contraria ao eixo do corpo (
lateralmente) .
17) - INVERSO: movimento no qual o segmento distal a articulao e desviado
medialmente.
18) - EVERSO: movimento no qual o segmento distal a articulao e desviado
lateralmente.
19) - PROTRAO: movimento de flexo, movimento que forma um angulo concavo com o
ombro .
20) - RETRAO: movimento de extenso movimento que forma um angulo convexo dos
ombros.
21) - RETROVERSO: bscula do quadril com a espinha ilaca se dirigindo para trs .
22) - ANTEROVERSO: bscula do quadril com a espinha ilaca se dirigindo para frente.
23) - PLANTIFLEXO: extenso do p que ocorre na articulao tibio-tarsica.
24) - DORSIFLEXO: flexo do p que ocorre na articulao tibio-tarsica.
25) - MOVIMENTO VOLUNTRIO : movimento feito com inteno e concentrao.
26) - MOVIMENTO INVOLUNTRIO : movimento sem inteno
27) - MOVIMENTO ATIVO: movimento que a criana faz sem ajuda.
28) - MOVIMENTO PASSIVO: movimento que se faz com a criana sem ajuda ou
cooperao dela.
29) - MOVIMENTO AUTOMATICO: movimento que ocorre sem necessidade de esforo ou
de ser pensado.
30) - MOVIMENTO PRIMITIVO: movimento dos bebes normais.
31) - SIMETRIA: ambos os lados (hemicorpos) iguais.
32) - ASSIMETRIA: um lado do corpo diferente do outro (desigual).
33) - ESPASTICIDADE: rigidez
34) - HIPERTONIA: tnus aumentado
35) - HIPOTONIA: tnus diminudo
36) - ESPASMO: sbito endurecimento dos msculos" contrao muscular involuntria e
violenta.
37) - CLONUS: tremor em msculos espsticos .
38) - CONTRATURA: msculos e articulaes permanentemente endurecidos.
39) - DEFORMIDADE: corpo ou extremidades fixados em posies anormais.
40) - AGONISTA: msculo efetuador do movimento.

92

41) - ANTAGONISTA: msculo que controla o movimento agindo de forma oposta e


contraria ao agonista.
42) - SINERGISTA: msculo que auxilia o agonista agindo em conjunto
43) ALONGAt'1ENTO: ato de extender a musculatura encurtada .
44) - GENU RECURVATUM: hiperextenso do joelho.
45) - P EQUINO: posio de plantiflexo do p com encurtamento do tendo de aquiles

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