Apostila Neurofuncional II Modificada
Apostila Neurofuncional II Modificada
Apostila Neurofuncional II Modificada
Informao Geral
"Flexo fisiolgica"
Reao cervical de retificao.
Reao labirntica de retificao - RLR.
Reflexo tnico cervical assimtrico - RTCA - (pode estar presente)
Sugar - engolir
Reflexo de preenso.
Ficar de p primrio e marcha automtica.
II. Prono
Cabea para o lado
M.M.S.S- Aduzido, flexionado
M.M.I.I - Flexionado, plvis alta (causa mudana de peso anterior)
Recuo flexor de ambos (M.M.S.S e M.M.I.I).
Movimento: - Gira a cabea:
M.M.I.I. chute.
Movimento sem inteno
III. Supino
Flexionado, simtrico.
Cabea para o lado (aproximadamente 45)
M.M.S.S - Flexionado. aduzido
Mos - mos fechadas ( mas no o tempo todo).
M.M.I.I - Flexionado, abduzido, rotao externa Movimento: Rotao de
cabea.
Movimentos de extremidades sem inteno.
IV. Sentar
Puxado para sentar - no h controle flexor .
Sentado - Cabea pende para frente.
Cifose total da coluna.
Plvis perpendicular
V. De p
Ficar de p primrio (aceita o peso do corpo quando com suporte), mantido
por aproximadamente 3 semanas.
Cotovelos flexionados, quadris atrs dos ombros, ps juntos.
Andar automtico
UM MS
I.
Informao Geral
Idntica do neonatal.
II.
Prono
Flexo diminuda
M.M.S.S - Rotao externa e abduzido.
Cotovelos atrs dos ombros.
M.M.I.I - Flexo do quadril diminuda
Plvis mais baixa
Movimento: Cabea eleva e gira
III.
Supino
Flexo diminuda
Cabea mais para o lado (rotao cervical aumentada).
M.M.S.S - Rotao externa aumentada. abduo.
M.M.I.I - Extenso aumentada
Movimento: Gira a cabea. movimentos das extremidades sem inteno.
IV.
Sentar
Puxado para sentar - No h controle flexor.
Sentado - Tentativas passageiras de elevar a cabea.
- Cifose total da coluna.
- Plvis perpendicular
V.
De p
Sustenta um pouco do peso
Aumento da extenso do cotovelo
Andar automtico - pode ou no estar presente.
DOIS MESES
I.
Informao Geral
Reao cervical e retificao
Reao labirntica de retificao (R-L.R):comeando retificao de cabea
Reao tica de retificao (R.O.R)
RTCA. (causa informao ttil assimtrica =Transferncia de peso)
Reflexo de preenso
II.
Prono
Flexo diminuda
Cabea: elevao para 45
M.M.S.S - Rotao externa e abduo aumentada.
- Peso nas mos e antebrao.
- Cotovelos atrs dos ombros.
M.M.I.I - Diminuio da flexo de quadril
- Plvis mais baixa (transferncia de peso anterior diminuda)
Movimento: Eleva e gira a cabea.
III.
Supino
Flexo diminuda.
Cabea: - Rotao para o lado aumentada.
- Raramente na linha mdia..
- R.T.C.A. aumentado
M.M.S.S - Abduo aumentada.
- Extenso de cotovelo aumentada.
- Posio assimtrica (RTCA).
- M.M.S.S se afastando do corpo.
M.M.I.I - Flexo d quadril diminuda.
Sentar
Puxado para sentar - Tenta ajudar (RLR e ROR aumentada)
- Menor atraso da cabea
Sentado - Cabea elevada. mas apresenta movimentos para frente e para
trs.
- Cifose total da coluna.
V. De p
- Astasia, abasia (incoordenao motora para ficar de p ou andar - ps
pobremente orientados. podem no sustentar o peso).
- Cabea elevada usando os extensores capitais.
- Extenso de cotovelo aumentada.
- Quadris atrs dos ombros
TRS MESES
I.
Informao Geral
Comeando simetria
Orientao da cabea na linha mdia aumentada.
Retificao labirntica mais forte (R.L.R.), portanto retificao da cabea mais
forte.
Retificao tica mais forte-(R.O.R.).
Reao cervical de retificao diminuda.
RTCA diminuindo (porque o controle flexor est aumentando).
II. Prono
Extenso aumentada.
Cabea: At 90 graus.
Quatro Meses
(Ms critico)
I.
Informao Geral
Simetria aumentada.
Flexo aumentada
Extenso aumentada.
RLR e ROR aumentada
II.
Prono
Extenso aumentada
Cabea elevada na linha mdia
Peito elevado
Rotao da cabea - transferncia de peso.
M.M.S.S - aduo horizontal ajuda a elevar o peito.
- Suporte de peso no antebrao (propriocepo nos ombros)
M.M.I.I - extenso lombar aumentada.
- Anteroverso de plvis, quadris para baixo, abduo dos quadris
diminuda, com rotao externa, flexo (M.M.I.I. em linha com a parte inferior
do tronco), chutar sem inteno, com mudana de peso na plvis.
Comeo de Landau, extenso da coluna com elevao da cabea e aduo
escapular bilateral ( refora extenso )
Brinca com Landau e parte para um bom suporte de peso do antebrao.
Rola para o lado acidentalmente, porque incapaz de controlar a mudana de
peso
O posicionamento de M.M.I.I importante. Se os M.M.I.I esto "como sapo" a
mudana de peso do tronco inferior no pode ocorrer de o rolar bloqueado
biomecanicarnente.
III.
Supino
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Sentado
De p
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CINCO MESES
I.
Informao Geral
Reao Landau aumentada (nadar)
RLR. ROR aumentado
Retificao da cabea aumentado (prono. supino, lateral).
Retificao do corpo com a cabea.
Reaes de equilbrio iniciando em prono.
II . Prono
Extenso aumentada na parte inferior da coluna e quadris.
Suporte de peso no brao estendido.
Peito elevado.
Mudana de peso no antebrao.
Controle de ombro
Mudana de peso na parte-superior do tronco e rotao
Retificao lateral do corpo
Supinao e mudana de peso ulnar enquanto o peso muda sobre os braos.
Habilidade de alcanar.
M M.II em linha com o tronco
Landau (nadar) os msculos da espinha se estendem enquanto os msculos
escapulares se movem
Balanar: estimulao vestibular
Rolar para supino
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III.Supino
Controle flexor aumentado.
Mos para mame (interao visual).
Ps na boca (ps, mos, olhos - comunicao de corpo).
Alonga msculos extensores, dessensibiliza os ps.
Rola de supino para o lado com dissociao de M.M.II (retificao do corpo
agindo sobre a cabea.
M.M.II (de baixo) - (lado suportando o peso) = alongamento.
M.M.II (de cima) - flexo lateral (antigravidade).
A cabea retifica lateralmente.
(Mudana de peso... estimulao ttil as simtrica no corpo..... reao de
retificao do corpo agindo sobre a cabea....... retificao da
cabea....estimulao labirntica...... aumenta a propriocepo no
pescoo....... retificao lateral do corpo).
IV Sentado
No h atraso na cabea, comea o (tucking) do queixo, os braos puxam,
abdominais ativos. M.MII. com flexo nos quadris e joelhos.
Sentar - Controle da cabea. (tucking de queixo), extenso da coluna, flexo
para frente no quadril - no na coluna.
MMSS- Suporte para frente. ou em W
MM II - Base de suporte aumentada. estabilidade posicional, quadril em
flexo, abduo, rotao externa e flexo do joelho.
V.
De P
Pode se puxar para ficar de p
Suporte de quase todo o peso
MM.I.I = abduo, rotao, externa
Balana = estimulao proprioceptiva, vestibular
Lordose lombar. .. . quadril quase em linha com os ombros
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SEIS MESES
I. Informao Geral
R.L.R, R.O.R., R.R.C. (Reao de retificao de cabea). = Todos fortes.
Landau maduro ( extenso do quadril).
Reao de retificao do corpo sobre o corpo.
Reaes de equilbrio em prono (comeando em supino).
II.
Prono
Suporte de peso nos braos estendidos.
Extenso do quadril.
Extenso forte - empurra para trs (mobilidade escapular).
Alternncia de peso no antebrao (retificao lateral de cabea e do tronco).
Reaes de equilbrio em prono.
III.
Supino
Controle flexor aumentado.
Mos aos ps ( controle de amplitudes intermediarias no espao ).
Eleva a cabea independentemente.
Alcana a me (braos estendidos).
Alcana o brinquedo ( uma ou duas mos) - transfere.
Rola de supino para prono - M M.I.I. com dissociao (usa flexo lateral para
transio de flexo para extenso).
IV.
V Sentado
Controle do tronco
Coluna ereta
VI. De p
Suporte de peso total. Pode ser segurado pelas duas mos
Balana
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SETE MESES
I.
Informao Geral
Reaes de equilbrio em supino ( iniciando no sentar).
Extenso protetora para o lado quase sempre presente
Barriga fora do cho
II.
Prono
Quadrpede (barriga fora do cho)
MMSS- Extenso dos cotovelos, punhos, dedos
M.M.I.I - Flexo do quadril, joelhos.
Lordose
Balana(estimulao vestibular)
Gira em torno (Pivot) em prono.
- Alterna peso em M.M.S.S (para os lados).
- Alterna peso nas mos (o agarrar muda de ulnar para radial.
Engatinha de barriga - sempre muito breve
M.M.S.S. - Transfere o peso (puxa).
M.M.II- Transfere o peso (dissociao)
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III.
Supino
No gosta de supino - rola para sair
De lado
Brinca freqentemente de lado
Boa retificao lateral
(Gradualmente aumentado o ngulo para sentar de lado)
VII.
De P
Suporte total do peso (suporte externo mnimo)
Puxa a si prprio para ficar de p
Balana
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OITO MESES
I Informao Geral
Reaes de equilbrio sentado ( iniciando em quadrpede )
Extenso protetora para os lados
II Prono
Engatinha nas mos e joelhos usando flexo lateral meios de locomoo
primrios Passa de quadrpede para sentado usa retificao lateral
III Sentar
Boa extenso de tronco
Estabilidade posicional de extremidade inferiores diminuda
Rotao equilibrada por extenso protetora para os lados e ou reaes de
equilbrio
Mos pega pequenos objetos com o polegar oposio do dedo e solta
Passa de sentado para quadrpede
IV De lado
Brinca deitado de lado
V De p
Puxa para ficar de p - atravs do ajoelhar 1/2 ajoelhar (semi-ajoelhado)
Rotao do tronco sobre extremidades inferiores
Anda de lado
Fica de p com ajuda de uma nica mo
VI Andar
Movimenta os ps para andar (segurado pelas duas mos )
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NOVE MESES
I Sentar
Controle de tronco aumentado
Posio verstil mais funcional
Utiliza vrias posies de extremidade inferior
Freqentemente senta de lado usando mobilidade do quadril (aumentada)
Pode sentar em W
Desenvolve e usa habilidades manipulativas mais finas quando est sentado
II Quadrpede
Engatinhar um meio primrio de locomoo
III De joelhos
Extenso do quadril incompleta
IV Puxa para ficar de p
Usa MMSS MMII mais ativamente
Passa 1/2 ajoelhar (semi-ajoelhado)
V De p
Anda em torno dos mveis
VI Andar
Anda quando segurado pelas duas mos
Diminuio da abduo e rotao externa do MMII
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DEZ MESES
I Sentado
Uso aumentado das habilidades finas de MMSS portanto usa posicionamento
de MMII mais primitivo
Espelhamento de MMSS durante habilidades motoras finas
II De p
Levanta passando por ajoelhado e semi-ajoelhado
Abaixa-se da posio de p mantm suporte em MMSS
III Andar
Segurado pelas duas mos
Inicia o uso de alguma rotao plvica e aumenta a largura dos passos em
MMII
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ONZE MESES
I Sentar
Varia posicionamento de MMII
- Senta com os joelhos estendidos
- Senta de lado
Controla a rotao do tronco
II De joelhos e semiajoelhado
Usa as posies mais freqentemente demonstrando aumento do controle de
quadril
III Para ficar de p
Utiliza joelho... semi-ajoelhado... acocorado... simtrico
Extenso MMII e elevao de tronco c
IV De p
MMSS usa muito pouco fica de p sozinho
Controle aumentado do quadril
Abduo de MMII...ampla base de suporte
V Andar
Se move e alcana mveis fora do alcance
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DOZE MESES
Reaes de retificao bem integradas na maioria dos movimentos
Reaes de equilbrio presentes em todas as posies exceto de p
II Para ficar de p
Levanta com as pernas no precisa mais de MMSS
III De p
Capaz transferir o peso e levantar uma perna
IV Andar
Pode tentar andar sem ajuda - extenso de tronco aumentada aduo
escapular (guarda alta) abduo ampla de MMII
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3. Pode sentar-se sem apoio mas no impulsiona-se com os braos quando em prono ou
passa de sentada para prono.
4. Pode sentar-se com bom equilbrio e suporte confivel de braos mas no fica em p
quando segurado pelas mos.
5. Pode ficar com apoio nas mos e joelhos mas no senta-se sem apoio.
5. Sumrio:
Pode ser difcil esboar uma linha divisria entre os sinais anormais e leves da leso
cerebral e os padres de movimentos primitivos normais vistos nos primitivos meses de
vida. Uma tentativa para fazer isso poderia ser til para o diagnstico e para a interveno.
Por exemplo, algumas vezes ns vemos os padres de chutes primitivos que
parecem normais, embora lhe faltem seletividade. Se o ciclo de extenso desse padro
tambm apresentar rotao interna, ento ele pode ser considerado como patolgico e no
primitivo. Rotao interna geralmente vista com flexo ( ou semi-flexo) dos quadris ou
cintura escapular. Isso tronar as habilidades funcionais difceis ou impossveis de serem
obtidas se interveno.
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RETROVERSO
NORMAL
Resulta da co-contrao normal dos abdominais e extensores do quadril. .
ANORMAL
A retroverso anormal a compensao por perda da mobilidade da articulao do
quadril.
A espasticidade dos extensores do quadril leva ao encurtamento e perda da mobilidade,
consequentemente est limitada a mobilidade de flexo do quadril. Portanto, quando se
tenta fletir o quadril a plvis puxada para trs, especialmente na posio sentado.
4 - QUADRIL
A - Contratura pelvico-femural
NORMAL
De 3-4 meses apresenta abduo, flexo e rotao externa dos membros inferiores
(postura de sapo). As mudanas. ocorrem pelo alongamento do iliopsoas e o
desenvolvimento normal da extenso. aduo e rotao interna dos membros inferiores em
relao a um tronco estvel.
- As pernas se movem juntas;
- Depois dissociadas;
- Transferncia de peso com alongamento do tronco e extenso da perna do lado que
est com o peso e flexo do outro lado (alternado);
- Alongamento dos msculos entre a plvis e o fmur.
ANORMAL
-
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CONCEITO
uma desordem da postura e movimento, persistente mas no imutvel,
decorrente de alteraes da motricidade em conseqncia da deficincia ou perda da
funo das reas do encfalo, responsveis pela elaborao, programao de aes,
ocasionados pela destruio de neurnios de um crebro ainda imaturo.
HISTRICO
Descrita em 1843 por John Litlle, ortopedista ingls que descreveu 47 casos de
crianas portadoras de rigidez espstica. Mais tarde, Phelps generalizou o termo P.C. para
diferencia-lo de Paralisia Infantil(Poliomielite). Em 1862 Litlle acreditava que a etilologia nos
casos descritos estava relacionada s circunstncias adversas ao nascimento (
prematuridade, anxia, convulses.) Nas ltimas dcadas, trabalhos cientficos vem
comprovando tal afirmao.
ETIOLOGIA
Pr-natais:
Infeces intrauterinas
Hemorragias
Fatores metablicos
Radiao
Txicos
Anxia fetal
Peri-natais:
Hemorragias Intracranianas
Traumatismos cerebrais
Prematuridade
Anxia
Incompatibilidade Rh
Ps- natais:
T.C.E.
Meningites
Anxia (acidentes)
Convulses
AFECCES PR E PERINATAIS
As afeces pr e perinatais devem ser bem avaliadas quando se deseja chegar
prximo ao diagnstico diferencial entre a paralisia cerebral., sua etiologia e as demais
patologias da criana.
No momento faremos uma reviso nos seguinte itens:
1 - Malformaes
2- Distrbios Hipxico-lsqumicos
3 - Hemorragias Intraventriculares do prematuro
4 - Infeces Congnitas
I - Malformaces
As malformaes so as causas abundantes de encefalopatia crnica no evolutiva.,
pode se exteriorizar na forma de Paralisia Cerebral., deficincia mental ou distrbios do
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Diabetes
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- Hipertenso arterial
- Anemia
- Eclmpsia
- Cardiopatia
- Hemorragias uterinas
FATORES FETAIS
- Prematuridade
- Infeces
- Sndrome da transfuso feto-fetal ou feto-materna
FATORES OBSTTRICOS
- Vcios de apresentao
- Modelagem excessiva da cabea
- Placenta prvia
- Hemorragia placentria
- Circular do cordo
- Prolapso do cordo
FATORES NEONATAIS
-
Crises de apnia
Anemia
PORENCEFALIAS
HIDRANENCEFALIAS
MICROPOLIGIRIAS
ULEGIRIAS - Pr-natais tardias, perinatais
ENCEFALOMALCIAS MULTICSTICAS - Pr-natais tardias, perinatais
LEUCOMALCIA PERIVENTRICULAR - Perinatais
STATUS MARMORATUS - Perinatais
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via transplacentria
protozorio toxoplasma (assintomtico )
25% para transmisso de mes infectadas/feto na gravidez.
taxa de infeco inversamente proporcional a idade do feto: 20% no 1 trimestre e
60% no 3 trimestre
gravidade maior quando a infeco precoce
gravidade menor no 3 trimestre ( assintomticos )
2/5 apresentam quadro neurolgico
B - Rubola
-
via transplacentria
efeitos patognicos nos primeiros 4 meses da gravidez
vrus causa meningoencefalite com vasculite que levam a microenfartos cerebrais
dissiminados e sobretudo causa ao inibitria da proliferao neuronal.
Quadro clnico: comprometimento do SNC, ocular , audio, corao.
C Citomegalovirus
-
via transplacentria
efeitos patognicos sobre o feto se a infeco materna ocorrer na 1 metade da
gestao
- 50% dos fetos desenvolvero a infeco
- CMU causa meningoencefalites com fenmenos inflamatrios difusos, mais
importantes nas regies periventriculares. Alm dos fenmenos inflamatrios o CMV
provoca alterao proliferativa (microcefalia) e migratrios (disgenesias corticais).
Pode haver associaes variadas de retardo do crescimento e desenvolvimento,
calcificaes cerebrais, crises convulsivas, etc.
D - Herpes Simples
- contaminao peri-natal RN sintomticos, podendo a infeco ser difusa ou localizada no
SNC, olhos, pele, boca. Quadro clnico depende da extenso da leso.
E- Sfilis
-
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INCIDNCIA
Pases desenvolvidos :1 a 2 p/1000 nascidos vivos
Estatstica mundial: 7 p/ 1000 nascidos vivos
QUADRO CLNICO
Piramidal ou espstica
Extra-piramidal
TOPOGRAFICAMENTE
Piramidal:
Quadriplegias
Hemiplegias
Diplegias
Monoplegias
Extra-Piramidal:
Atetose
Ataxia
Mistos
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QUADRIPLEGIAS
Grave, moderada e leve
DIPLEGIAS
Grave, moderada e leve
Envolvimento dos membros inferiores;
Sujeitos a deformidades ;
HEMIPLEGIAS
Grave, moderada e leve
Envolvimento de um hemicorpo
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MONOPLEGIAS
Envolvimento de somente um membro
mais rara
ATETOSE
Leso no ncleo da base e tlamo;
Divide-se em:
* Coreoatetose
* Atetose c/ espasticidade
* Distonia
* Atetose pura
Movimentos involuntrios ;
Tnus postural instvel/flutuante.
ATAXIA
Rara (2%)
Leso no cerebelo e tratos cerebelares;
Envolvimento todo corpo;
Incoordenao esttica e dinmica;
MISTAS
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INFORMAOES DO
Avaliao
comparativamente
Laudo
o registro das observaes da avaliao
1 parte Identificao do paciente, diagnstico e queixas
2 parte Aspectos positivos e negativos identificados e analisados
3 parte Concluso
4 parte Proposta de tratamento
5 parte Encaminhamento (se for o caso)
Obs: Cada parte dever ter no mnimo um pargrafo
Referencias
Braga, Lcia; Cognio e Paralisia Cerebral
Bobath, Karel; Uma base neurofisiolgica para o tratamento da PC
Lima, Csar e Fonseca Luiz, Paralisia Cerebral
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QUADRIPLEGIA ESPSTICA
A criana espstica
A espasticidade se desenvolve gradualmente a medida que a criana cresce e
comea a reagir dentro do seu desenvolvimento. Somente poucas crianas so espsticas
ao nascer. essas geralmente so as quadriplgicas gravemente afetadas.
A criana espstica grave se encontra fixa em poucos padres tpicos devido ao
severo era grau de co-contrao das partes comprometidas, especialmente das articulaes
proximais.
A criana espstica apresenta hipertonia de carter permanente, inclusive em
repouso. O grau de espasticidade varia com o estado geral da criana, sua excitabilidade e
a intensidade da estimulao a que est sujeita todo o momento.
Quando a espasticidade estiver totalmente desenvolvida a criana no pode
controlar sua cabea. no mantm o equilbrio em nenhuma posio . no usa seus braos
e mos, seus movimentos so de extenso e exigem grande esforo.
Escoliose e cifo-escoliose;
Deformidade em flexo do quadril e joelhos
Eqinovaro e eqinovalgo dos ps:
Subluxao o quadril (raramente de ambos) em geral o esquerdo. e podem ser o
resultado dos seguintes fatores:
a) Desenvolvimento defeituoso da articulao do quadril. por no ficar de p nem andar.
b) Espasticidade adutora com coxa vara e rotao interna dos MMII.
c) Inclinao do quadril devido distribuio assimtrica da espasticidade, No lado de maior
flexo a espasticidade dos flexores laterais do tronco tracionam a plvis para cima e a
rodam para frente. Esta tendncia acentuada pelo RTCA.
Desenvolvimento motor
Supino
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Prono
Sentado
Cabea fletida
Coluna com cifose dorsal
Quadril em semi-flexo
MMII aduzidos
Ausncia do controle de tronco e cabea
Ausncia das reaes de proteo
Distrbios Associados
Caracterstica da personalidade
-
Prognstico:
ruim, mesmo que o tratamento seja precoce, devido intensa espasticidade desde
os primeiros dias de vida. O tratamento precoce no oferece bons resultados em relao ao
desenvolvimento motor da criana, mas evita as deformidades e contraturas que se
instalam com rapidez.
O quadro pode ser agravado pelo manuseio errado e / ou posicionamento indevido.
quando a criana colocada mais em supino e sentada, agravando o quadro.
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Prono
Tronco fletido
MMSS preso sob o tronco
Flexo dos quadris e joelhos
Libera as vias areas
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Rolar
Locomoo
Puxa-se para frente com os braos fletidos, pronados e mos fechadas, MMII
estendidos e em aduo
Alguns Sentam em W(entre os calcanhares) e ficam sobre os joelhos
Podem se locomover sentados utilizando o RTCA ou de joelhos, o que a grava o
problema das contraturas em flexo
Podem adquirir reaes de equilbrio e endireitamento sentado e de joelhos mas no
na postura bpede
No conseguem ficar em p, falta extenso de tronco e quadril
Contraturas e Deformidades:
Cifoescoliose
Flexo de quadril e joelhos
Eqinovaro e eqinovalgo dos ps;
Flexo e pronao dos antebraos;
Subluxao e luxao de quadril.
Caracterstica da personalidade
Semelhante espasticidade grave
Necessidade de tranqilidade e manuseio cuidadoso
Freqentemente bom contato com o meio
Respostas motoras menos estereotipadas e mais adequadas em relao s crianas
com espasticidade grave
Falta de adaptao s mudanas bruscas e rpidas
Perseverao em muitos casos
Prognstico
Regular
No podem ficar de p, pois no conseguem extenso de tronco e quadril
suficientes. O prprio sentar prejudicado pela dificuldade em elevar a cabea desde
supino.
As reaes de apoio esto comprometidas, pois a criana mantm semi-fiexo de
cotovelos e pronao dos antebraos
As reaes de retificao esto prejudicadas pelos movimentos em bloco da cabea
e tronco O equilbrio no consegue se instalar devido assimetria.
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Postura Bpede
Referncias
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DIPLEGIA ESPSTICA
CONCEITO
GENERALIDADES
QUALIDADE DO TNUS
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MOVIMENTAO E POSTURA
Supino e prono
Mesmo com a ausncia do RTCA, o movimento de rotao da cabea pode
produzir mudanas no tnus das pernas. A criana pode dar os pontaps
alternados com o lado occipital
Dificuldade para levantar a cabea em prono ou supino, devido hipertonia
flexora ou extensora, respectivamente
Dificuldade em rolar de supino para prono por falta de rotao de tronco e
incapacidade de flexionar e cruzar a perna que est mais elevada
Arrasta, sem dissociao, com os braos fletidos e as pernas rgidas em
extenso. O esforo de puxar o corpo aumenta a espasticidade extensora
dos MMII (reao associada), assim apresentaro o padro total de
espasticidade extensora, com extenso, aduo e RI
Difcil ou impossvel a passagem para sentado, j que o quadril resistir
flexo e as pernas se aduziro, podendo at se cruzar
Sentado
As reaes de proteo aparecero tarde ou permanecero deficientes,
quando existe o comprometimento dos MMSS
Posio relativamente estvel, base de sustentao estreita e postura ciftica
Utilizam os MMSS como apoio. Em alguns casos a presena do Moro pode
dificultar este apoio, tornando impossvel para a criana apoiar as mos no
cho
MMII em padro extensor acentuado
Podem usar posio W" para estabilizar o sentar no solo
Sentam melhor em cadeira
Se o equilbrio sentado for adquirido antes dos trs anos, o prognstico de
marcha bom
Gatas
Executam empurrando-se com os MMSS, alguns engatinham aos pulos
puxando os MMII
Os mais leves engatinham alternado com muitas assimetrias
Muitos no engatinham, pela incapacidade de flexionar os MMII
Escalada
Executam puxando MMII em bloco (os mais leves podem dissociar)
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Postura Bpede
Plantiflexo, aduo e rotao interna dos MMII, semi-flexo de joelho e
quadril
Marcha
Andam mais tarde com base de sustentao estreita
O prognstico de marcha bom em cerca de 75% dos casos e normalmente
est ligado a idade que a criana adquiriu o equilbrio sentado. Se este
equilbrio for adquirido antes dos 3 anos de idade,o prognstico da marcha
bom.
Padro de marcha mais comum: flexo, aduo e RI de quadril, flexo de
joelhos (resultante da espasticidade e/ ou contratura dos msculos
isquiotibiais) e flexo plantar (resultante da espasticidade e/ ou contratura
dos msculos trceps sural)
Transferem o peso mais para um lado, o outro aumentar a rotao interna e
a plantiflexo
Equilbrio precrio
Alguns desenvolvem recurvatum e p de mata borro" na tentativa de
colocar os calcanhares no solo
Pouca rotao de tronco inferior
Desenvolvem marcha com compensaes
DEFORMIDADES
TEMPERAMENTO
dceis
as vezes hipercinticos
baixo nvel para frustrao
podem apresentar problemas de fala
escolaridade geralmente normal, alguns tem dficit cognitivo,
pode haver alterao visual
Referncias:
Braga, Lcia; Cognio e Paralisia Cerebral
Bobath, Karel; Uma base neurofisiolgica para o tratamento da PC
Garri, Neide; Alteraes ortopdicas em crianas com PC da clnica escola de
Fisioterapia da Universidade do Sagrado Corao USC
Staub, Ana e cols; Efeito da Estimulao Eltrica neuromuscular em pacientes
com PC do tipo diplegia espstica
Carmo, Anna; Hidroterapia aplicada PC espstica
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Distribuio Topogrfica
Comprometimento de um dimdio, Mi, cintura plvica, tronco, cintura. escapular , MS.
Obs.: Maior comprometimento do MS
Prevalncia
Diagnstico
Postura e movimentao
Generalidades
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Movimentao
O diagnstico precoce pela assimetria caracterstica desde os primeiros
movimentos. Aduo do polegar, mo fechada, uso preferencial pelo lado no
afetado.
Supino
Rola de supino para prono sobre o lado afetado, impulsionando-se com o lado
sadio
Prono
Rolar
Arrastar
Sentar
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Engatinhar
De p
Escpula aduzida
Marcha
Distrbios associados
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Prognstico
Bom prognstico
O paciente ter independncia funcional
TRIPLEGIA
MONOPLEGIA
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Referncias
Braga, Lcia; Cognio e Paralisia Cerebral
Bobath, Karel; Uma base neurofisiolgica para o tratamento da PC
Carmo, Anna; Hidroterapia aplicada PC espstica
Lima, Csar e Fonseca Luiz, Paralisia Cerebral
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ATETOSE
GENERALIDADES
Atetose uma palavra que vem do grego que significa postura sem fixao,
grupo mais mesclado.
A classificao da atetose usada pelo Bobath dividida em 4 subgrupos
1) Atetose com espasticidade
2} Atetose com espasmos tnicos intermitentes
3)Coreoatetose
4)Atetose pura
Leso nos gnglios da base, resultando em movimentos involuntrios. Os
gnglios da base tem com funo principal refinar a informao transportada
s reas motoras do crtex
Presena de movimentos involuntrios
Etiologia
RH incompatibilidade
Ictercia ( no tratada)
Anxia / Asfixia
Incompatibilidade RH X Ictercia
A incompatibilidade de Rh desenvolve-se quando h uma diferena no tipo
sangneo de Rh da mulher gestante (Rh negativo) e do feto (Rh positivo). Como
conseqncia, anticorpos anti-Rh positivos so formados
.
54
Distribuio
Quadriplegia- mais comum
Hemiplegias - ocasional
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- Distnicos
- Tnus muito mais mutvel
- Geralmente subordinados a mudana da posio da cabea, so imprevisveis
e podem ocorrer com ou sem estmulo- A criana pode ficar fixada
temporariamente em posturas extremas: padro total, misto e assimtrico
- Os espasmos podem acometer todo o corpo ou apenas partes proximais
2. Ausncia de fixao proximal
3 . Padro postural
Assimetria;
Pobre controle de cabea e tronco;
Padro primitivo de MI
Variedade de padres, muitos so capazes de fazer todos os movimentos
MMSS normalmente mais comprometidos que MMII
4. Controle Postural
5. Contraturas e deformidades
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6. Problemas associados
a) Respirao e comunicao
Respirao bucal;
Disartria - articulao difcil causado por movimentos e involuntrios e
incoordenados;
Dificuldade de fonao (sustentar sons devido pobre coordenao de
respirao)
Fala depende do stress emocional
b) Audio
Dificuldade em focalizar
Movimentos doe olhos no independentes da cabea
e) Personalidade
1. Postura e movimentao
Assimetria
Base de sustentao alargada
Pouco controle de cabea, cintura escapular e MMSS
Cabea mais virada para um dos lados
Evolui para compensaes posturais
Usa o RTCA para segurar objetos, sendo o agarrar fraco.
Sentar em bancos difcil pelo padro total - pouco controle da graduao do
movimento
Se o MMII no so muito afetados chegam a rolar iniciando a movimentao
pelos mesmos
Usa o RTCS para sentar em W.
Alguns ficam de gatas porm, o engatinhar e muito difcil
Alguns chegam a marcha
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2. Classificao
tnus
M
R
Hiper
normo
hipo
b) Atetose Pura
Similar ao grupo anterior, porm os movimentos involuntrios so vistos
distalmente
Tnus
de base: hipotnico
Hiper
de movimento: flutuante
de sustentao: instvel
Normo
impedindo uma posio estvel
Hipo
c) Atetose Distnica
Tnus
Movimento: do hipo para o hiper
Hipo
Normo
Hiper
_______
_____________________
_____________________
Base - Hipotnico
Espasmos intermitentes
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Deformidades
- Bastante comum em funo da assimetria
- Predominantes do lado cranial, grandes escolioses, deformidades de quadril,
joelhos ( onde assume atitude flexora).
c) Atetose com espasticidade
Tnus
- de base: hipo, para normotnus
- de movimento: de normo para hiper
- apresentam co-contrao proximal
Hipo
_______
Normo
_____________________
Hiper
_____________________
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ATAXIA
CARACTERSTICAS
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Titubeao da cabea;
Dismetria;
Nistgmo;
Apresentam falta de estabilidade adequada contra gravidade da cabea,
tronco e cintura escapular, mais incoordenao motora e tremor.
As primeiras manifestaes observadas so em geral a hipotonia, falta de
equilbrio no sentar e incoordenao motora grossa
A marcha independente tardia com aumento da base de apoio e quedas
freqentes.
1) ATAXIA CEREBELOSA
Transtornos do tnus muscular
1. Hipotonia
2. Hipoatividade
Transtornos dos movimentos ativos
A) Dissinergia ou assinergia ( dificuldade no iniciar e no trmino do movimento )
- as mensagens enviadas do crtex motor determinam o sinergismo
muscular, ou seja, promove a perfeita harmonia entre as aes musculares
dos agonistas e antagonistas.
As assinergias manifestam-se clinicamente por:
1.
Ataxia Esttica
Ataxia Dinmica
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ATAXIA LABIRNTICA
Ataxia Esttica
Ao ficar na posio de p, tende a ir para um dos lados e ao fechar os olhos o
movimento lateral acentua at queda.
Ataxia Dinmica
Na marcha desvia-se para o lado (preferencialmente para um dos lados) ao andar
para frente; e desvia-se para o outro lado ao andar para trs ( marcha em estrela).
Distrbios associados
MISTA
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Interveno precoce
A interveno precoce no tratamento das crianas com leses cerebrais de
fundamental importncia e exige manuseio especfico, a evoluo motora do beb,
preparando-o para fases subseqentes do seu desenvolvimento.
Pode ser iniciada logo aps a alta do berrio, de acordo com o parecer
mdico.
Equipe
Fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudilogo, mdico, pedagogo,
entre outros fazem parte da equipe interdisciplinar, que utiliza diversas terapias para
sanar problemas de sade, ajudando a otimizar o potencial da criana.
As crianas podero apresentar dificuldades importantes em todas as reas;
portanto, todos que atuam com a criana devem saber qual a melhor conduta a ser
tomada frente a estas dificuldades.
Reunies com a equipe devero ser realizadas periodicamente.
Visita domiciliar, escola podem ser realizadas.
Objetivo
A interveno precoce tem com objetivo principal promover o
desenvolvimento e a aquisio de habilidades funcionais, preveno ou correo de
uma deformidade e educao do paciente e sua famlia.
Tratamento
Os fisioterapeutas trabalham as capacidades motoras globais das crianas,
como rolar, engatinhar, ficar de p e caminhar.
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reas de interveno
Alta da fisioterapia
Pelo grande comprometimento motor, geralmente nosso cliente permanece
longos perodos em tratamento.
Ao chegar numa fase de plat quando sua evoluo se torna
estacionaria, devemos liber-lo de terapia sistemtica. Devem ser realizadas
revises e orientaes peridicas, uma vez que h tendncias retraes
musculares, diminuio da mobilidade e mesmo das atividades funcionais.. Se no
houver uma manuteno adequada, pode-se , assim, perder a mobilidade e funo
adquirida.
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4) Encaminhar
5) Marena
ao dia
Considerar possvel
organizao neurolgica
desenvolvimento for estabelecido antes do prximo nvel
se
cada
nvel
do
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REFERNCIAS
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CONCEITO BOBATH
TCNICAS DE INIBIO E FACILITAO
TRATAMENTO NEUROEVOLUTIVO (1943)
Foi desenvolvido em 1943 por Karel e Berta Bobath
1. baseado no reconhecimento de dois fatores:
A interferncia na maturao normal do crebro pela leso, levando a um
atraso no desenvolvimento motor, ou alguns aspectos deste desenvolvimento
A presena padres anormais de postura e de movimento, resultantes do
tnus postural anormal
2. Objetivo
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9. Semi-ajoelhado
A plvis da criana rodada para trs no lado de no suporte de peso, isto
a perna da frente. Isso estabiliza a plvis e previne a aduo e flexo da perna que
est na frente, assim como a flexo da perna com o suporte de peso.
Pontos Chaves
1 Flexo da cabea:
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'Tapping' de Inibio
'Tapping' de Presso
'Tapping' Alternado
'Tapping' por Deslizamento
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5. Importncia do tronco
Tronco a parte central do corpo
Estabiliza os MMSS e cintura escapular para que possam existir os
movimentos seletivos e controlados
Liga a pelve aos MMII, promovendo seu alinhamento e estabilidade
o eixo central, deve ser capaz de estabilizar e alinhar os segmentos
vertebrais tanto em posio esttica como dinmica.
Suporte para o controle de cabea
Portanto, o controle de seus movimentos e sua estabilidade so imprescindveis
na criana com leso neurolgica.
Nestas crianas precisamos alcanar todos os movimentos, simetria e controle
proporcionados pelo tronco, nos planos frontal, sagital e transversos.
A rotao de tronco a base para a bilateralidade, integrao e dissociao.
Obs.: O proximal interfere no distal e o distal no proximal; portanto devemos
tratar tambm as extremidades.
6. Concluso
O tratamento Neuro-evolutivo tem passado por muitas mudanas desde o seu
comeo em 1943, entretanto, o conceito bsico nunca foi mudado.
Os terapeutas aprenderam muito com os seus erros. Muitas coisas foram
aprendidas com os criadores de outros mtodos que influenciaram o pensamento
dos Bobaths.
Os terapeutas mudaram algumas terminologias para adaptar aos novos
conhecimentos em neurocincia, principalmente os surgidos nos anos 90, mas na
prtica os manuseios continuam os mesmos.
Conclui-se que as tcnicas de estimulao proprioceptivas e tteis so de
grande importncia para a melhora do tnus muscular, auxiliando tambm no
equilbrio corporal. O conhecimento fisiolgico das tcnicas importante no s para
fins didticos, mas para aplicao correta das mesmas.
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REFERNCIAS
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4) ROTAO DE TRONCO
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REFERENCIA
LOIS BLY; FACILITATION TECHNIQUES BASED ON NDT PRINCIPLES
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TAPPING / PLACING
Introduo
Mesmo quando os msculos esto em repouso, persiste certo grau de
resistncia palpao. Isto chamado tnus muscular. O tnus do msculo
esqueltico resulta inteiramente de uma baixa freqncia de impulsos nervosos
oriundos da medula espinhal. Esses impulsos, por sua vez, so controlados, em
parte, por impulsos transmitidos do crebro para os motoneurnios apropriados, e
em parte por impulsos que se originam nos fusos musculares situados no prprio
msculo.
Cada motoneurnio cujo axnio emerge da medula espinhal inerva muitas
fibras musculares diferentes, esse nmero, depende do tipo de msculo. Todas as
fibras musculares inervadas por Um mesmo axnio formam a chamada unidade
motora.
As fibras musculares de uma unidade motora no ocorrem agrupadas no
interior do msculo, mas, ao contrario, misturam-se. Com as de outras unidades
motoras por meio de microfixes. Esta interdigitao permite que as unidades
motoras distintas se contraiam apoiando umas s outras, em vez de o fazer como
segmentos distintos.
Quando um msculo deixa de receber seu suprimento nervoso, ele deixa de
receber os sinais para contrao, necessrios manuteno de suas dimenses
normais. Por conseguinte ocorre atrofia quase imediata. Aps cerca de 2 meses,
comeam tambm aparecer sinais de degenerao nas prprias fibras musculares.
No estgio final a atrofia por desnervao, a maioria das fibras musculares
so destrudas, sendo substitudas por tecido fibroso e gorduroso. O tecido fibroso
que substitui as fibras musculares durante a atrofia por desnervao, apresenta
tendncia' retrao por muitos meses, o que chamado de contratura. Por
conseguinte, um dos mais importantes Problemas na prtica da fisioterapia impedir
que os msculos atrficos desenvolvam contraturas debilitantes e desfigurantes.
Isso conseguido pelo estiramento dirio dos msculos, ou pelo uso de aparelhos
que mantenham os msculos estirados durante o processo atrfico.
2. Terminaes Nervosas
Em suas extremidades Perifricas, as fibras nervosas dos nervos modificamse dando origem a formaes, ora mais, ora menos complexas, as terminaes
nervosas que podem ser de dois tipos: sensitivas ou aferentes (receptora) e motoras
ou eferentes. As terminaes sensitivas, quando estimuladas por uma forma
adequada de energia (luz, calor, etc...) do origem a um impulso nervoso que segue
Pela fibra em cuja extremidade elas esto localizadas. Este impulso levado ao
SNC e, depois de um trajeto ora mais, ora menos complicado, atinge reas
especficas do crebro, onde sero interpretado resultando. As terminaes
nervosas motoras existem na poro terminal das fibras aferentes e so elementos
de ligao entre estas fibras e os rgos efetuadores.
3. Classificao Morfolgica dos Receptores
Se divide em dois grupos: receptores especiais que so os mais complexos
relacionando-se com o neuroeptlio (retina, rgo de Corti, etc...) e fazem parte dos
rgos especiais do sentido, estes receptores especiais esto localizados na
cabea. J os receptores gerais ocorrem em todo o corpo, em maior quantidade na
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pele, apresenta uma estrutura mais simples que as dos receptores especiais
podendo morfologicamente ser classificado em livre e encapsulados conforme
tenham ou no uma cpsula conjuntiva. Os receptores encapsulados so mais
complexos que os livres. As terminaes encapsuladas mais importantes so: A)
Copsculos de Meissner: ocorrem nas papilas drmicas principalmente na pele
espessa das mos e dos ps, so receptores de tato e presso; E) Corpsculos de
Ruffmi; ocorrem nas papilas drmicas e nos ps, como na pele pilosa do restante do
corpo, so receptores de tato e presso; C) Corpsculo de Vater-Paccini: tem
distribuio ampla, ocorre Principalmente no tecido celular subcutneo das mos e
dos ps ou mesmo em territrios mais profundos, como nos septos intermusculares
e no peristeo, so responsveis pela sensibilidade vibratria, ou seja a capacidade
de receber estmulos mecnicos rpidos e repetitivos.
Fisiologicamente os receptores se classificam em: A) Quimiorreceptores: so
receptores sensveis s estmulos qumicos, como os da olfao e gustao; os
receptores do corpo cartideo so capazes de detectar variaes no teor de
oxignio circulante; E) Osmorreceptores: detecta variao da , presso osmtica; C)
termorrecptores: so receptores capazes de detectar frio e calor: So terminaes
nervosas livres; D) Mecanorreceptores : receptores sensveis a estmulos mecnicos
e constituem o grupo mais diversificado. Aqui situam-se os receptores de audio e
equilbrio do ouvido interno, os receptores do seio carotdeo sensveis mudanas
na Presso arterial (Barorreptores), os fusos neuromusculares e os rgos
neurotendinosos, sensveis ao estiramento de msculos e tendes, assim como
receptores cutneos responsveis pela sensibilidade de tato, presso e vibrao; E)
Fotorrecptores: receptores sensveis luz como os cones e bastonetes da retina; F)
Nociceptores receptores ativados quando h leso de tecido causando dor.
Quanto a localizao os receptores se classificam em: 1) Esteroceptores:
loca1izam-se na superfcie externa do corpo, onde so ativados por agentes
externos como frio, calor, tato, presso, luz e som; 2) Proprioceptores: situam-se
mais profundamente, nos msculos, tendes, ligamentos e cpsulas articulares. Os
impulsos nervosos proprioceptores, podem ser conscientes e inconscientes. Esses
ltimos no despertam nenhuma sensao, sendo utilizados pelo SNC para regular
a atividade muscular atravs do reflexo miottico ou dos vrios centros envolvidos
na atividade motora em especial o cerebelo. Os impulsos proprioceptivos
conscientes atingem o crtex cerebral e permite ao indivduo, mesmo de olhos
fechados, ter percepo de seu corpo e de suas partes, bem como da atividade
muscular e do movimento das articulaes. So, pois, responsveis pelo sentido de
posio e de movimento das articulaes.
Admite-se hoje que a capacidade de perceber posio e movimento, ou seja a
propriocepo consciente, depende basicamente das informaes trazidas ao SNC
pelos fusos neuromusculares e rgos neurotendinosos, sendo possvel, entretanto
que os receptores das articulaes tenham pelo menos papel subsidirio nessa
funo; C) Interoceptores: localizam-se nas vsceras e nos vasos.
4. ANATOMIA E FISIOLOGIA
4.1. Receptores Articulares
Os receptores sensoriais especializados nos msculos, articulaes e
ligamentos so sensveis distenso, tenso e presso.
Esses rgos terminais conhecidos como proprioceptores, retransmitem
rapidamente a informao acerca da dinmica muscular e do movimento dos
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87
88
9.CURIOSIDADES
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QUADRO DE V. APGAR
FACTORES DE
VITALIDADE
1 Cor
(Apperance)
2. Ritmo (Pulse)
cardaco
3. lrritabilidade
reflexa (Grimace)
4. Tnus (Activity
5. Respirao .
(Respiration)
Ausente.
AVALIAO
1
Rosada no corpo
e azulada
nas extremidades
< 100
Nula
Grito
Grito vigoroso
Actividade nula
Movimentos activos
0
Azul
Ausente
2
Rosada
> 100
Boa
90
Exames do pr-natal:
O primeiro exame de ultra-som solicitado pelo mdico a partir da confirmao da
gravidez, ainda na primeira consulta do perodo pr-natal, para detectar o tempo correto de
gestao e o tamanho do embrio. A partir disso, todas as gestantes devem fazer pelo
menos mais trs exames.
Translucncia nucal: entre a 11 e a 13 semana. Ajuda a detectar alteraes nos
cromossomos e doenas como a sndrome de Down. feito com a ajuda do ultra-som e
mede a regio da nuca do embrio.
Ultra-som morfolgico: entre a 20 e a 22 semana. Exame que dura cerca de 40
minutos e analisa minuciosamente o feto e eventuais malformaes.
Ultra-som convencional: s vsperas do parto. Para o mdico se certificar que est tudo
bem com o beb.
Exames mais sofisticados para gestaes de alto risco:
Teste de Coombs: at a 13 semana, para mes com RH negativo. O teste serve para
avaliar o grau de resposta do organismo materno frente a um tipo de sangue que
desenvolve na me anticorpos contra o sangue do feto.
Amniocentese: a partir da 14 semana, para mulheres com mais de 35 anos que tm
casos de doena gentica na famlia, ou acima de 38 anos sem histrico nenhum.
Ultra-som em 3D: aps a 22 semana, para grvidas com histrico familiar de
malformaes, indicado como complemento do ultra-som convencional.
Ecocardiografia do feto: depois da 24 semana, em gestantes cardacas ou com histrico
familiar.
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10. GLOSSARIO
1) PRONO (decbito ventral) : deitado de barriga para baixo.
2) SUPINO (decbito dorsal) : deitado de barriga para cima.
3) FLEXO: movimento que envolve a dobradura de uma articulao pelo qual o angulo
entre os ossos e diminuido
4) EXTENSO: oposto de flexo.
5) POSTURA: posio do corpo no espao; posio a partir da qual se inicia o movimento.
6) DISTAL/PROXIMAL: termos relacionados ao ponto central funcional do corpo; distal
significa afastado do ponto central do corpo e proximal mais prximo do ponto central.
7) TNUS: estado de tenso da musculatura.
8) PADRES MOTORES: a forma como o corpo e extremidades trabalham em conjunto
para tornar o movimento possvel.
9) ADUO: movimento da extremidade aproximando-se da 1inha media
10) ABDUO: movimento da extremidade afastando-se da linha media
11) PRONAO (M. S. ) : acompanhamento do antebrao quando vira a palma da mo para
baixo.
12) - SUPINAO (M. S. ) : acompanhamento do antebrao quando vira a palma da mo
para cima.
13) - PRONAO (do p) : perda do arco plantar sendo que o movimento ocorre na
articulao do tornozelo ( tibio- tarsica).
14) - SUPINAO (do p) : aumento do arco plantar- sendo que o movimento ocorre na
articulao tibio-tarsica
15) - ROTAO INTERNA: rodar as extremidades em direo ao eixo do corpo
(medialmente) .
16) - ROTAO EXTERNA: rodar as extremidade em direo contraria ao eixo do corpo (
lateralmente) .
17) - INVERSO: movimento no qual o segmento distal a articulao e desviado
medialmente.
18) - EVERSO: movimento no qual o segmento distal a articulao e desviado
lateralmente.
19) - PROTRAO: movimento de flexo, movimento que forma um angulo concavo com o
ombro .
20) - RETRAO: movimento de extenso movimento que forma um angulo convexo dos
ombros.
21) - RETROVERSO: bscula do quadril com a espinha ilaca se dirigindo para trs .
22) - ANTEROVERSO: bscula do quadril com a espinha ilaca se dirigindo para frente.
23) - PLANTIFLEXO: extenso do p que ocorre na articulao tibio-tarsica.
24) - DORSIFLEXO: flexo do p que ocorre na articulao tibio-tarsica.
25) - MOVIMENTO VOLUNTRIO : movimento feito com inteno e concentrao.
26) - MOVIMENTO INVOLUNTRIO : movimento sem inteno
27) - MOVIMENTO ATIVO: movimento que a criana faz sem ajuda.
28) - MOVIMENTO PASSIVO: movimento que se faz com a criana sem ajuda ou
cooperao dela.
29) - MOVIMENTO AUTOMATICO: movimento que ocorre sem necessidade de esforo ou
de ser pensado.
30) - MOVIMENTO PRIMITIVO: movimento dos bebes normais.
31) - SIMETRIA: ambos os lados (hemicorpos) iguais.
32) - ASSIMETRIA: um lado do corpo diferente do outro (desigual).
33) - ESPASTICIDADE: rigidez
34) - HIPERTONIA: tnus aumentado
35) - HIPOTONIA: tnus diminudo
36) - ESPASMO: sbito endurecimento dos msculos" contrao muscular involuntria e
violenta.
37) - CLONUS: tremor em msculos espsticos .
38) - CONTRATURA: msculos e articulaes permanentemente endurecidos.
39) - DEFORMIDADE: corpo ou extremidades fixados em posies anormais.
40) - AGONISTA: msculo efetuador do movimento.
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