Práticas Litúrgicas

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PRTICAS LITRGICAS CONTROVERSAS


[SLIDE 1] CAPA
[SLIDE 2] OBJETIVOS DA PALESTRA
1. Em anos recentes algumas prticas litrgicas de antigos
grupos puritanos tm sido pregadas e praticadas dentro da
IPB como se fossem a expresso mais bblica e reformada de
culto, causando polmica e confuso.
2. Nosso objetivo responder s dvidas geradas entre pastores
e membros das Igrejas presbiterianas quanto legitimidade
da participao no culto pblico de corais, solistas, mulheres,
crianas, instrumentos de msica, hinos e cnticos espirituais,
bem como da celebrao de dias festivos como Pentecostes,
etc.;
3. Reafirmar princpios e prticas litrgicos relacionados com
estas dvidas que esto em vigor dentro da denominao, e
que esto de acordo com seus documentos oficiais.
4. No se coloca em dvida a honestidade, sinceridade e
postura reformada de quem defende essas prticas apenas
se busca esclarecimento e direo.
[SLIDE 3] TEXTOS REFERENCIAIS
1. atribudo aos presbteros o governo das igrejas locais, 1Tm
5.17.
2. Confisso de F, I.6: Todo o conselho de Deus concernente a
todas as coisas necessrias para a glria dele e para a
salvao, f e vida do homem, ou expressamente declarado
na Escritura ou pode ser lgica e claramente deduzido dela.
Escritura nada se acrescentar em tempo algum, nem por
novas revelaes do Esprito, nem por tradies dos homens;
reconhecemos, entretanto, ser necessria a ntima iluminao
do Esprito de Deus para a salvadora compreenso das
coisas reveladas na palavra, e que h algumas
circunstncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da
Igreja, comum s aes e sociedades humanas, as quais tm
de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudncia crist,

3.

4.

5.
6.

7.

segundo as regras gerais da palavra, que sempre devem ser


observadas.
Compete ao Supremo Conclio formular sistemas ou padres
de doutrina quanto f; estabelecer regras de governo, de
disciplina e de liturgia, de conformidade com o ensino das
Sagradas Escrituras (CI-IPB Art 97, letra a). A IPB adota
Princpios de Liturgia estabelecidos pelo Supremo Conclio,
onde so exarados os princpios que devem reger o culto nas
igrejas presbiterianas;
competncia do Conselho determinar planos e medidas
que contribuam para o progresso, paz e pureza da
comunidade sob sua jurisdio (CI-IPB, Art. 70 letra h); e
ainda exercer o governo espiritual e administrativo da Igreja
sob sua jurisdio (CI-IPB, Art 83 letra a); e ainda
supervisionar, orientar e superintender a obra de educao
religiosa, o trabalho das sociedades auxiliadores femininas,
das unies de mocidade e outras organizao da Igreja, bem
como a obra educativa em geral e quaisquer atividades
espirituais (h);
funo privativa do Pastor orientar e supervisionar a liturgia
na Igreja de que pastor (CI-IPB, Art 31 letra d);
SC-82-084, sobre uma consulta do Presbitrio Sul Fluminense
sobre Problemas de Liturgia, o Supremo Conclio da Igreja
Presbiteriana do Brasil RESOLVE: Declarar que, luz dos
artigos 30 e 31 da Constituio da Igreja Presbiteriana do
Brasil, cabe ao Pastor, com exclusividade a docncia em
geral na Igreja, especialmente quanto ao plpito, mas
compete ao Conselho zelar para que tudo seja feito segundo
a Palavra de Deus e dentro dos padres da Igreja
Presbiteriana do Brasil, recorrendo, se necessrio, ao
presbitrio.
Ao aprovar a Pastoral de Liturgia, a CE-95 decidiu: CE-95124 - Doc. CVIII - Quanto ao Doc. 114 - Pastoral da Comisso
de Liturgia Igrejas e pastores sob liturgia na IPB - Aprovado
em seus termos: "O Supremo Conclio da Igreja Presbiteriana
do Brasil, ciente da diversidade cultural e social que a
caracteriza, e apreensivo quanto as tendncias polarizantes
que podem acontecer em contextos assim, resolve enviar
toda Igreja, mas principalmente aos pastores, a seguinte
CARTA PASTORAL. O SC reitera a Constituio afirmando

que funo privativa do Ministro do Evangelho "Orientar e


supervisionar a liturgia na Igreja de que pastor". Entretanto
salienta que tal liturgia deve ser feita dentro de determinados
parmetros que esto implcitos ou explcitos nas Sagradas
Escrituras em nossos Smbolos de F e em nossa praxe. Tais
parmetros no podem ser omitidos quando a liturgia estiver
sendo elaborada ou praticada.
8. O Supremo Conclio, ou sua Comisso Executiva, quando
reconhece que determinada circunstncia de culto no
tratada nas Escrituras e Smbolos de F, legisla sobre ela,
pedido de suas igrejas. E estas decises so normativas para
a vida das igrejas jurisdicionadas. Por exemplo, o caso de
paramentos e estolas:
a. CE-89-054 - Doc. XV - Quanto ao Doc. 36, Referente
resoluo do Presbitrio de Sorocaba sobre Cerimnias
Litrgicas. A CE-SC/IPB, considerando: 1) Que o uso de
paramentos (estolas e cores litrgicas) so uma prtica
Catlica - Romana; 2) Que essa prtica no contribui
para melhor compreenso do culto; 3) Que o uso de
paramentos e cores litrgicas no est regulamentado
pela nossa Constituio e pelos seus Princpios de
Liturgia, Resolve: Determinar aos Ministros e Conselhos
que, para o bem - estar da Igreja, se abstenham do uso
de paramentos e cores litrgicas, excetuando-se o uso
da toga.
[SLIDE 4] CANTO CORAL
1. CANTO CORAL
Reafirmamos a validade e legitimidade do canto coral em nossos
cultos, em conformidade com o entendimento da Igreja
Presbiteriana do Brasil do culto agradvel a Deus, destacando que
o canto coral deve ser voltado para a glria e louvor de Deus,
executado em proporo e simetria aos demais elementos da
ordem de culto e despido de qualquer conotao de apresentao
ou exibio. O mesmo se aplica ao canto solo. Rejeitamos o
conceito que o canto coral antibblico bem como rejeitamos a
idia de que cantatas substituem a pregao da Palavra de Deus.

Biblicamente
1. A primeira meno do coral antifnico feminino de Miri, Ex
15.21-22.
2. O canto coral fez parte do culto da Igreja na Antiga Aliana.
a. O canto coral no fazia parte do sistema sacrificial que
j foi abolido. Na verdade, foi introduzido por Davi,
sculos aps o sistema sacrificial estar em andamento
(1Cr 15.16-22)
b. O canto coral estava relacionado com vrias partes do
culto, com a gratido e a ao de graas, e no
exclusivamente com sacrifcios (1Cr 25.3; 2Cr 5.12-14).
3. Um coral de anjos saudou a chegada do Salvador, Lc 1.13-14.
4. No culto de Corinto, aparentemente havia a participao
individual de irmos cantando salmos, 1Co 14.26.
5. Os cultos que so descritos em Apocalipse consistem dos
louvores e cnticos de diferentes grupos, cf. Ap 5.8-10; 7.9-12;
19.1-8.
6. Nas igrejas neotestamentrias prevalecia o canto
congregacional, semelhana da liturgia das sinagogas.
7. Analisando as Escrituras, vemos que cantar louvores a Deus
primariamente uma prerrogativa da congregao, do povo
de Deus reunido isto jamais poder ser substitudo por
corais ou solos, cantatas ou apresentaes, como foi feito na
Idade Mdia.
8. Assim, legitimamente parte do louvor que a congregao
presta a Deus.
Confessionalmente
1. A Confisso de F menciona como parte do culto o cantar
salmos com graas no corao (XXI, 5).
2. Nosso Princpios de Liturgia interpretou como cnticos
sagrados (Art 8), dando-lhe maior abrangncia.
3. Na ausncia de maiores definies, como quem pode cantar e
como pode cantar, a IPB tem entendido que trata-se de
circunstncias que podem ser definidas pela Igreja, como
prova a jurisprudncia a seguir.
4. O Catecismo Maior afirma a primazia da pregao, ao ensinar
que o Esprito de Deus torna a leitura, e especialmente a
pregao da palavra, um meio eficaz para iluminar, convencer

e humilhar os pecadores (Pergunta 155). Portanto, no se


deve substituir a pregao da Palavra por cantatas ou
apresentaes.
Institucionalmente
A IPB sempre aceitou a presena e atividades de corais em suas
igrejas locais. No h um nico questionamento disto ao longo dos
seus 144 anos, pelo menos no nvel de Supremo Conclio ou
Comisso Executiva. Este fato demonstra por si s o entendimento
da IPB que o culto cristo conforme a Bblia pode conter canto
coral. Entre as decises destes conclios, destaco o seguinte:
1. Em deciso de 1996, a Comisso Executiva, analisando
relatrio do Hospital Evanglico de Rio Verde congratula-se
com a entidade pelo fato de haver existncia do coral,
formado por mdicos e funcionrios do hospital (item 3).
2. Nos cultos de instalao do Supremo Conclio e Comisso
Executiva, sempre h corais e solos participando da liturgia.
3. Em 1998, o Supremo Conclio, ao jubilar o Rev. Obadias
Pires, ressaltou entre seus feitos, que foi professor e regente
de coral de oito igrejas
4. Em 2000 a IPB aprovou o Regimento Interno do Conselho de
Hinologia e Msica da denominao. Consta entre suas
competncias, Estimular o trabalho coral em nossas igrejas
(Art 7o. letra c) e Promover encontros peridicos de msicos
e pessoas envolvidas com a rea musical da igreja para:
intercmbio de experincias; inspirao recproca; debate de
problemas afins; aperfeioamento de msicos, regentes e
corais (Art 7o. letra l).
5. A IPB tambm aprovou em 2000 o currculo dos Institutos
Bblicos da denominao. O Captulo II Art 5o. diz o seguinte:
O Instituto manter os seguintes Cursos: a) Curso Bblico
para estudantes que tenham concludo o 1 Grau Escolar; b)
Curso Bblico por Extenso (CEIBEL); c) Curso de Msica
destinado ao preparo de organistas, regentes de corais e
lderes de programas de msica nas Igrejas.
[SLIDE 5] -- CANTO CONGREGACIONAL CONDUZIDO POR UM
GRUPO

[SLIDE 6] CONTINUAO
Reafirmamos a validade e legitimidade no culto dos cnticos e
hinos espirituais conduzidos por pessoas para este fim designadas
pelo Conselho, destacando semelhana do item anterior, a
necessidade de simetria, e de um carter teocntrico e despojado
de qualquer semelhana com shows mundanos. Rejeitamos os
chamados louvorzes, com expresso coreogrfica, dana
litrgica e palmas para Jesus.
Biblicamente
1. Aplicam-se os mesmos argumentos bblicos para a presena
de canto coral, destacando os textos que mencionam os
regentes.
2. O primeiro mandamento ensina que Deus seja o centro do
culto. Coreografias, louvorzes, apresentaes, espetculos,
shows, desviam a ateno do adorador para os participantes
e tornam o culto antropocntrico.
3. O segundo mandamento ensina que devemos adorar a Deus
conforme os princpios que ele revelou, no havendo nada
nas Escrituras que justifique a execuo de coreografias
durante o culto pblico a Deus.
4. O aplauso Jesus, alm de ser violao do segundo
mandamento, em nossa cultura caracteriza a apreciao que
se d a pessoas que realizaram determinados feitos, e , em
nossa realidade, desprovido da adorao e temor que
devemos ao Cristo ressurreto.
Confessionalmente
O Catecismo Maior explica que devemos evitar no culto todas as
invenes supersticiosas, corrompendo o culto de Deus,
acrescentando ou tirando desse culto, quer sejam inventadas e
adotadas por ns, quer recebidas por tradio de outros, embora
sob o ttulo de antiguidade, de costume, de devoo, de boa
inteno, ou por qualquer outro pretexto (Pergunta 109). No
vemos fundamentao bblica para coreografias, shows e
espetculos.
Institucionalmente

1. O Supremo Conclio de 1998, respondendo a uma consulta


sobre coreografia, danas, ritmos corporais (SC-IPB/98 DOC. CXIII), afirmou nos considerandos:
a. dentro da compreenso Reformada do Novo
Testamento, no culto alm da sinceridade do adorador e
obedincia aos preceitos bblicos, no que concerne ao
participante deve predominar a inteligibilidade da
adorao (Rm 12.1-2).
b. a nfase acentuada no movimento fsico durante o culto,
alm de no se constituir em praxe presbiteriana, no
contribui para a sua inteligibilidade, antes, propicia
desvios do sentido mais profundamente bblico da
adorao crist.
2. Neste mesmo ano, o SC determinou Comisso Nacional de
Evangelizao que em seus congressos observe a liturgia
presbiteriana exarada nas decises do SC/IPB (CE-SC/IPB99 - Doc. CV (105), item 12).
[SLIDE 7] O QUE CANTAR NO CULTO A DEUS
Reafirmamos a validade e legitimidade do canto congregacional de
hinos e cnticos compostos por autores cristos antigos e
modernos, desde que em melodia condizente com o carter sacro
do culto e com contedo bblico, em acordo com os smbolos de f
da nossa Igreja. Rejeitamos o conceito de que somente os salmos
metrificados so legtimos no culto, bem como rejeitamos o
emprego de cnticos de contedo duvidoso, obscuro e mesmo
antibblico.
Biblicamente
1. Na Igreja do Antigo Testamento, antes de Davi, cantavam-se
hinos compostos por diferentes pessoas, como Moiss (Ex
12).
2. No culto realizado no tabernculo e centralizado em
Jerusalm, cantavam-se os hinos compostos por Davi e vrios
outros, que vieram a compor o saltrio.
3. H evidncias de que os cristos no perodo apostlico, alm
de cantar os salmos, compuseram alguns hinos:
a. O cntico de Zacarias (Lc 1.67-79);

b. O cntico de Simeo (Lc 2.28-32);


c. O cntico de Maria (Lc 1.46-55);
4. Paulo menciona salmos, hinos e cnticos espirituais em suas
cartas: Ef 5.19; Cl 3.16; 1Co 14.15; 1Co 14.26:
5. Talvez encontremos partes de hinos cristos nas cartas de
Paulo, em 1Tm 3.16; 2Tm 2.11-13; etc.
6. De acordo com Apocalipse, no culto celestial sero cantados
novos cnticos, inclusive o cntico de Moiss.
Confessionalmente
1. A Confisso de F menciona como parte do culto cantar
salmos com graas no corao, (XXI, 5).
2. O Princpios de Liturgia amplia para cnticos sagrados (Art
8).
Institucionalmente
1. A IPB mantm, imprime e distribui atravs de sua editora
oficial um hinrio contendo, hinos compostos por cristos
antigos e modernos. Alguns destes so baseados nos salmos.
2. Nas liturgias dos cultos realizados nos conclios, inclusive
Supremo Conclio, sempre h o canto de hinos e cnticos.
3. SC-62-042 - Quanto ao Doc. 38, Uso de Hinrio, o SC
considera o uso do hinrio questo aberta pelo que as Igrejas
podero adotar o Hinrio Evanglico ou o tradicional Salmos e
Hinos.
4. O SC-94 determinou Secretaria de Msica, entre outras
coisas: 3.2) Incentivar o uso do hinrio "Novo Cntico" em
nossas Igrejas. 3.3) Que se passe a tratar e orientar as Igrejas
quanto a cnticos espirituais ou "corinhos". (SC-94-013).
5. Em 1995, a CE-IPB aprovou como alvo da Secretaria
Nacional de Msica Trabalhar na publicao dos 150 salmos
do "Saltrio de Genebra", em Portugus, acompanhados por
150 outros, relativos de compositores contemporneos,
preferencialmente brasileiros.
[SLIDE 8] O USO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS

Reafirmamos a validade e legitimidade do uso de instrumentos


musicais no acompanhamento do cntico congregacional e coral,
ressalvando que os mesmos visam apenas ao acompanhamento e
no exibio da habilidade do musicista, e que tais instrumentos
devem ser tocados de forma a no se destacarem acima das
vozes, prejudicando o entendimento dos ouvintes. Rejeitamos o
conceito de que o canto capela (sem instrumentos) seja a nica
maneira legtima de louvor congregacional, bem como rejeitamos
espetculos musicais no culto.
Biblicamente
1. Inventados por Jubal, Gn 4.21 e depois por Davi, para o culto
a Deus, 1Cr 23.5; 2Cr 7.6. Salomo tambm fez, 2Cr 9.11.
2. De acordo com o ttulo de alguns salmos, eram usados para
acompanh-los no templo, cf. Salmo 4 (instrumentos de
corda), Salmo 5 (flautas).
3. Harpas esto presentes no culto celestial de Apocalipse 15.2.
4. O silncio quanto ao uso de instrumentos no culto do perodo
apostlico pressupe a continuidade e legitimidade deste uso,
impedido apenas pela situao de marginalidade em que vivia
a igreja primitiva.
Confessionalmente
1. No h qualquer meno instrumentos musicais na
Confisso de F e nos Catecismos, bem como nos Princpios
de Liturgia.
2. O assunto pertence s circunstncias de culto mencionadas
na Confisso de F, h algumas circunstncias, quanto ao
culto de Deus e ao governo da Igreja, comum s aes e
sociedades humanas, as quais tm de ser ordenadas pela luz
da natureza e pela prudncia crist, segundo as regras gerais
da palavra, que sempre devem ser observadas (I, 6).
Institucionalmente
1. O uso de instrumentos musicais generalizado em todas as
igrejas presbiterianas, inclusive nos cultos de seus conclios
maiores.

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2. A Comisso Executiva de 1987 estabeleceu um convnio com a


Igreja Presbiteriana de Angola, e como parte dele, se
comprometeu a enviar, entre outras coisas, alguns instrumentos
musicais (CE-87-146).
[SLIDE 9] CULTOS EM OCASIES ESPECIAIS
Reafirmamos a validade e a legitimidade da realizao de cultos
por ocasio de datas histricas do Cristianismo, como Natal,
Ressurreio de Cristo e Pentecostes (descida do Esprito Santo).
Rejeitamos o conceito de que tais celebraes so catolicismo ou
misticismo, bem como rejeitamos a realizao de cultos em
homenagem a datas seculares e consumistas, como dia dos pais,
das mes, etc.
Biblicamente
No livro dos Salmos, bem como em outras partes das Escrituras,
encontramos o convite e o exemplo para darmos graas a Deus por
determinados livramentos e bnos especiais, cf. Salmo 105.1-5;
Salmo 106.1-2; Salmo 107.1-3; etc.
Confessionalmente
1. A Confisso de F reconhece a propriedade de rendermos
graas a Deus em ocasies especiais, so partes do
ordinrio culto de Deus ... alm dos juramentos religiosos;
votos, jejuns solenes e aes de graas em ocasies
especiais, tudo o que, em seus vrios tempos e ocasies
prprias, deve ser usado de um modo santo e religioso (XXI,
5). Em assim fazendo, a Confisso no est aprovando as
festas religiosas como as que haviam na Antiga Aliana, mas
reconhece que h ocasies especiais em que em prprio
render graas a Deus em culto pblico.
2. Os Princpios de Liturgia reconhecem a propriedade das
aes de graas em casos mui especiais: Sem o propsito
de santificar de maneira particular qualquer outro dia que no
seja o dia do Senhor, em casos muito excepcionais de
calamidades pblicas, como guerras, epidemias, terremotos,
etc., recomendvel a observncia de dia de jejum ou,
cessadas tais calamidades, de aes de graas. Art.25 - Os

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jejuns e aes de graas podero ser observados pelo


indivduo ou famlia, Igrejas ou Conclios (Captulo XI, arts. 24
e 25).
Institucionalmente
1. Historicamente, igrejas reformadas tm adotado como estas
ocasies algumas datas histricas do cristianismo, como
Natal, Ressurreio e Pentecostes.
2. Historicamente, o Supremo Conclio tem se limitado a corrigir
os abusos, mas jamais a proibir a celebrao de cultos por
ocasio das datas do calendrio litrgico.
a. O SC-58, numa resoluo sobre a comemorao do
Natal, reconhece que tais comemoraes esto debaixo
da jurisdio dos Conselhos: SC-58-122 - Natal Comemorao - Quanto ao Doc. 7 do PNPR a respeito
da comemorao do dia de Natal. Considerando que os
programas de comemorao do dia de Natal devem
estar sob a direta fiscalizao dos Conselhos, Art.83 letra H da CI/IPB;
b. CE-87-100 Quanto ao Doc. 23 - Do Presbitrio de Itu
sobre a secularizao do Natal, procedente do SC. A
Comisso Executiva resolve: 1) Recomendar que os
Conclios da IPB orientem as comemoraes de Natal,
no sentido de redescobrir a mensagem central e
evanglica da comemorao; 2) Informar que
atribuio do Conselho da Igreja zelar para que as
comemoraes, quaisquer que sejam, assumam
conotao essencialmente evanglica, de tal maneira
que os participantes possam ser motivados a adorar ao
Deus vivo e proclamar a salvao em nosso Senhor
Jesus Cristo.
c. CE-89-052 - Consulta do Presbitrio de Itu sobre "Atos
Litrgicos". A CE-SC/IPB, considerando: 2) Que a
sugesto sobre a comemorao do Natal Com O USO
de velas, que recebe o nome de "Coroa do Advento",
um desvio da Histria da Igreja; 3) Que o uso de velas
no Velho Testamento no justifica o seu uso na Igreja
Crist, ainda que a ttulo de comemorao do Natal;
Resolve: 2) Declarar que qualquer inovao litrgica ou
comemorativa, que no traga edificao espiritual, deve

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ser evitada; 3) Determinar que o uso de velas em liturgia


ou comemorao na igreja seja evitado para no haver
uma associao com o culto "afro-brasileiro" e com a
liturgia catlico romana.
3. Seguindo nesta direo, a IPB aprovou em 1995 uma Pastoral
sobre Liturgia, que diz o seguinte no item 2: A comemorao
das festividades religiosas no deve ser esquecida. Corremos
o risco de passar a nossas ovelhas uma imagem
"espiritualizada" dos eventos histricos do cristianismo.
Podemos datar alguns deles com grande preciso e podemos
ver a Igreja Crist comemorando alguns destes eventos deste
o perodo apostlico. Devemos relembrar que o cristianismo
est assentado em bases histricas. To histricas que
possuem data de aniversrio. Festas como Natal, Pscoa,
Ascenso e Pentecostes foram sempre comemorados pela
cristandade (Embora no saibamos com certeza a verdadeira
data do Natal, podemos calcular, entretanto, as datas da
Pscoa, da Ascenso e do Pentecostes). lamentvel a
Igreja lembrar-se de efemrides comuns e esquecer-se de
datas to importantes para nossa f.
[SLIDE 10] A PARTICIPAO DAS MULHERES NO CULTO
[SLIDE 11] CONTINUAO
Reiteramos a validade e legitimidade da participao ativa das
mulheres crists nos cultos pblicos, orando, lendo a Palavra de
Deus, dirigindo o canto congregacional e coral ou quaisquer outras
atividades devidamente autorizadas pelo Conselho. Rejeitamos o
conceito de que as Escrituras probem a participao ativa das
mulheres crists no culto pblico. Igualmente rejeitamos a prtica
da mulher crist pregar a Palavra de Deus no culto pblico como se
fosse ministro do Evangelho.
Biblicamente
1. As mulheres participaram ativamente dos cultos do perodo
apostlico, 1Co 11.5; At 21.9.
2. Era-lhes restrito, entretanto, o ensinar com autoridade, 1Co
11.10; 14. 33-35; 1Tm 2.11-15.

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Confessionalmente
Nada encontramos nos smbolos de f sobre o assunto.
Institucionalmente
1. prtica comum nas igrejas presbiterianas que mulheres
crists sejam convidadas para orar em pblico, para ler as
Escrituras no culto, enfim, para participar ativamente em suas
partes.
2. Por outro lado, o Supremo Conclio tem historicamente se
recusado a ordenar mulheres ao ministrio da Palavra, como
se percebe pelas decises abaixo:
a. SC-74-051 - "Doc. C - Quanto ao Doc. 24 DO
PRESBITRIO DE RIO CLARO; SOBRE MINISTRIO
FEMININO ORDENADO - Considerando: 1) que a
argumentao bblica bsica referida no documento que
acompanha a proposta, no convence, porque
insuficiente para levar a Igreja Presbiteriana do Brasil a
mudar sua posio sobre o assunto; 2) que a mulher
presbiteriana tem, dentro da estrutura atual da Igreja
presbiteriana do Brasil, bastante campo para exercer o
seu ministrio. O Supremo Conclio resolve: No
acolher a proposta do Presbitrio de Rio Claro".
b. CE-87-085 - Presbitrio de Bauru - Contra a Introduo
do Ministrio Pastoral da Mulher na Igreja - Doc. V Quanto ao Doc. 38 - Do Presbitrio de Bauru,
encaminhando sua deciso contrria introduo do
ministrio pastoral da mulher na Igreja. A Comisso
Executiva resolve: 1) Declarar, sobretudo, carente de
fundamentao bblica a proposta de ordenao de
mulheres para o presbiterato docente. 2) Recomendar a
publicao do relatrio da Comisso Especial do
Presbitrio de Bauru sobre o assunto.
[SLIDE 12] A TEOCENTRICIDADE DO CULTO
Reafirmamos, por fim, que todas as atividades dentro do culto
devem ser voltadas para Deus e ter carter eminentemente cltico.
Rejeitamos a incluso no tempo do culto de avisos,
agradecimentos, apresentao e saudao entre os membros e de

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visitantes, e quaisquer outras atividades que no se constituam em


culto a Deus, deixando-as para aps o trmino do culto.
Biblicamente
1. O primeiro mandamento determina que devemos prestar culto
somente a Deus.
2. O Senhor Jesus reafirmou a mesma coisa, ao ser tentado por
Satans, Mt 4.10.
Confessionalmente
A Confisso de F determina que O culto religioso deve ser
prestado a Deus o Pai, o Filho e o Esprito Santo - e s a ele; no
deve ser prestado nem aos anjos, nem aos santos, nem a qualquer
outra criatura; nem, depois da queda, deve ser prestado a Deus
pela mediao de qualquer outro seno Cristo (XXI, 2).
Institucionalmente
Os Princpios de Liturgia da IPB prescrevem no Captulo III, Arts. 7
e 8, que "O Culto pblico um ato religioso, atravs do qual o povo
de Deus adora o Senhor, entrando em comunho com Ele, fazendolhe confisso de pecados e buscando pela mediao de Jesus
Cristo, o perdo, a santificao da vida e o crescimento espiritual...."

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