Evolução Pensamento Administrativo II
Evolução Pensamento Administrativo II
Evolução Pensamento Administrativo II
p ensamento
administrativo
O smbolo de percentagem
(%), comumente usado pelos
profissionais dos segmentos
de administrao e custos,
empregado nesta obra
para representar o grupo
de disciplinas que tratam
dessas reas.
e voluo do
p ensamento
administrativo
Conselho editorial
Editora Ibpex
Ivo Jos Both, Dr. (presidente)
Elena Godi, Dr.
Diretor-presidente
Wilson Picler
Editor-chefe
Lindsay Azambuja
Editores-assistentes
Adriane Ianzen
Jerusa Piccolo
Anlise de informao
Gustavo Scheffer
Reviso de texto
Sandra Regina Klippel
Capa
Bruno Palma e Silva
Projeto grfico
Raphael Bernadelli
Diagramao
Rafaelle Moraes
apresentao
O curso de Administrao busca a formao de um profissional em constante aprendizado e atualizao, capacitado a
atender as demandas organizacionais, assessorando entidades pblicas e privadas. Inclusa nesse propsito, esta
disciplina, Evoluo do Pensamento Administrativo, tem
o objetivo de estimular e dar subsdios aos alunos para a
compreenso e a aplicao, com segurana, de conhecimentos indispensveis para tomar decises.
Para que isso seja concretizado, fazemos uma reflexo
sobre a histria da administrao, onde vamos estudar os
principais personagens da administrao, passando pela
teoria clssica at a contempornea. Os captulos foram
desenvolvidos com o objetivo de interpretar o pensamento
vi
s umrio
Introduo, xi
A cincia da administrao, 16
1.2
Fordismo, 17
1.3
A burocracia, 18
A abordagem clssica, 26
A abordagem estruturalista, 43
Teoria neoclssica, 46
Teoria comportamental, 66
viii
5.1
7.2
7.3
( 8 ) Reengenharia , 119
8.1
Sumrio
ix
Lendo na revista Veja1 o artigo A nmero 1 do mundo, produzido com base no estudo do Instituto de Tecnologia
de Massachusetts (EUA), percebi que a ordem das coisas
mudou, que os conceitos em administrao tambm so
outros e que tudo aquilo que nos foi ensinado no passa de
uma anlise histrica.
A nmero um do mundo da indstria automobilstica no mais a General Motors, e sim a Toyota, que desenvolveu um novo modelo de gesto, chamado toyotismo.
Segundo o artigo, o sistema Toyota de produo reduz
os estoques pela metade e aumenta a produo em 40%,
levando as empresas no s as do setor automobilstico,
xi
Introduo
i ntroduo
mas as de diversos outros a substituir o modelo introduzido por Henry Ford, que, na realidade, completou a tarefa
de Taylor, assim como serviu de base para os estudos de
Mayo e Lewin, completando o ciclo da teoria clssica
com Weber.
Vamos, portanto, tomando como exemplo o toyotismo,
analisar as principais correntes da evoluo do pensamento
administrativo a partir de 1957. Esse processo nos Estados
Unidos chamou-se de inovao, at 1970, com a teoria da
contingncia em grandes tpicos (sendo que neste estudo
o nosso foco est centrado no perodo de 1980 at os dias
atuais, isto , 2007).
Nesse cenrio, iniciaremos a discusso interpretando
o toyotismo com uma viso macro-histrica, pois a grande
mudana no se d apenas no processo produtivo, mas
tambm no mbito das relaes de trabalho entre o sujeito
xii
(1)
(1.1)
a cincia da administrao
A cincia da administrao pode ser definida como a aplicao do mtodo cientfico e do raciocnio analtico ao processo de decises dos executivos no controle de sistemas
comerciais e industriais, pelos quais aqueles so responsveis. Esses sistemas podem compreender manufaturas especficas, operaes administrativas ou de servios,
departamentos ou fbricas inteiras, ou mesmo empresas
completas.
Uma caracterstica importante dos cientistas da administrao o esforo que fazem para abordar problemas
gerenciais com o mesmo tipo de objetividade que se espera
dos cientistas (puros) em seus estudos dos fenmenos
fsicos.
A aplicao de mtodos cientficos implica a necessi-
Evoluo do pensamento
administrativo
16
dade de coleta de dados, a anlise crtica dos indcios reunidos, a formulao de hipteses usadas para a construo de
modelos de comportamento dos sistemas que esto sendo
examinados, a especificao de critrios para a mensurao
das variveis que afetam o desempenho desses sistemas, a
criao de projetos experimentais (quando apropriada), a
previso de resultados futuros e o teste de validade e da
solidez dos modelos e das hipteses propostos.
difcil destacar algum dado que nos indique quando
(1.2)
f ordismo
A palavra fordismo foi cunhada nos anos 1930, pelo
marxista italiano Antonio Gramsci e pelo socialista belga
Henri de Man, ao referirem-se aos textos de Henry Ford
missas para uma importante transformao da civilizao
capitalista.
Esse pressuposto deve-se ao fato de que o modelo de
desenvolvimento econmico estabelecido em pases capitalistas depois da Segunda Guerra Mundial foi o fordismo.
Com esse modelo administrativo, foram enfatizados
os princpios do gerenciamento cientfico baseados em
Frederick Taylor, com a sistematizao atravs da criao
17
Elementos bsicos
sobre a evoluo
do pensamento
administrativo
de mtodos especficos para se desenvolver tarefas elementares. Desenvolveu-se assim uma diviso entre tarefas
e a especializao de funes de modo padronizado, buscando a automao.
Os salrios elevados, segundo Ford, significavam uma
forma de recompensa pela disciplina e estabilidade da
fora de trabalho e ao mesmo tempo possibilitariam a criao de um mercado comprador para atender a demanda da
produo.
Analisando o fordismo de forma mais crtica, verificamos que ele se liga modernidade, com um estilo burocrtico e racionalista, pois nele a sociedade garante a todos
a participao no trabalho coletivo e divide os benefcios
entre todos, porque a sociedade organizada por gerentes
particulares ou pblicos, construindo o mundo de acordo
com a sua cincia.
Com a globalizao da economia, a partir dos anos
1970, os princpios de Ford e Taylor tornaram-se menos eficazes em relao ao estado regulador, sendo que os parmetros da especializao, nos anos 1980, voltaram-se para
a tarefa, enquanto o sistema de produo passou a ser mais
flexvel, mais voltado para o mercado.
Evoluo do pensamento
administrativo
18
(1.3)
a burocracia
No decorrer da histria, a burocracia surge em formaes
sociais e econmicas extremamente diferentes, mas que ao
mesmo tempo exibem vrios aspectos em comum.
uma das categorias centrais da cincia social
moderna, relacionando-se a um tipo de administrao no
19
Elementos bsicos
sobre a evoluo
do pensamento
administrativo
(1.4)
20
Toyotismo
1. Defeitos no produto s
eram identificados no final
da linha de produo.
3. O estoque mnimo. Os
fornecedores entregam as
peas quando a companhia
solicita.
4. O operrio-modelo era
aquele que melhor obedecia s diretrizes de seus
superiores.
4. O operrio-modelo
aquele que identifica problemas e prope solues.
5. O funcionrio deveria
apenas se preocupar com as
tarefas imediatas.
5. O funcionrio deve se
preocupar com a aplicao
que o produto ter depois
de vendido.
21
Elementos bsicos
sobre a evoluo
do pensamento
administrativo
Fordismo
(.)
p onto final
Neste captulo procuramos identificar os conceitos sobre
administrao cientfica assim como sua relao, sob o
ponto de vista social, entre o trabalhador e a teoria clssica (fordismo e burocracia), inclusive introduzindo a viso
contempornea em relao ao trabalhador (toyotismo).
atividades
1.
Evoluo do pensamento
administrativo
22
2.
3.
4.
(2)
e mpenhar-se continuamente no aumento da eficincia da empresa a fim de que a produo cresa o que
recomenda aos administradores a abordagem clssica. Por
sua vez aqueles que defendem a abordagem comportamental tm como paradigma que o aumento da produo
acontece atravs da maior compreenso dos processos pessoais de seus administrados. No entanto, alm desses dois
segmentos de concepo da administrao, ainda temos a
abordagem estruturalista , a da cincia da administrao e
a da teoria neoclssica propriamente dita.
(2.1)
a abordagem clssica
Essa abordagem pode ser dividida em duas reas distintas.
A primeira, isto , a anlise da administrao de tarefas,
consiste principalmente nos estudos de Frederick W. Taylor,
Frank e Llian Gilbreth e Henry L. Gantt sobre os cargos
de funcionrios dos nveis mais inferiores das empresas.
A segunda, a anlise da administrao das funes, est
relacionada com a funo administrativa como um todo. O
principal colaborador desta categoria foi Henri Ford.
A anlise da administrao de tarefas se preocupa com
a melhor maneira de realizar uma tarefa, isto , pesquisa
a maneira como uma tarefa pode ser estruturada a fim de
obter maior produtividade dos funcionrios. Esse processo
conhecido como mtodo cientfico da administrao ou
simplesmente administrao cientfica.
26
Sua principal meta era o aumento da eficincia dos funcionrios por meio do planejamento cientfico das tarefas. Sua
premissa bsica era de que existia uma maneira melhor de
realizar uma tarefa e tal maneira deveria ser descoberta e
colocada em prtica. Em sua concepo, a nfase nas tarefas, a racionalizao do trabalho dos operrios, o estudo
dos tempos e dos movimentos, a fragmentao das tarefas,
a especializao do trabalhador e o incentivo salarial com
prmios de produo resultariam em motivao.
O que ocorre dentro dos padres, segundo Taylor, no
deve ocupar a ateno do administrador, mas, sim, ele deve
27
Abordagem da teoria clssica a teoria
neoclssica da administrao
cia 100%).
Henry L. Gantt
Gantt atribuiu a insatisfao, a ineficincia nas tarefas e
as bonificaes de produo, principalmente, ao fato de
que tais tarefas e bonificaes eram estipuladas de acordo
com o que era produzido por trabalhadores no passado ou,
ento, de acordo com a opinio de algum a respeito do que
os trabalhadores eram capazes de fazer. Segundo Gantt, o
conhecimento cientfico exato de o que um trabalhador era
28
Henry Ford
Ford foi o divulgador das idias da administrao cientfica e o precursor da produo em massa, com a adoo do
paradigma da linha de montagem. Sendo que a produo em massa se baseia na simplicidade, por meio de trs
aspectos:
o fluxo do produto no processo produtivo planejado,
ordenado e contnuo;
o trabalho entregue ao operrio em vez de este ter de
ir busc-lo;
as operaes so analisadas em seus elementos
constituintes.
Para acelerar a produo por meio de um trabalho ritmado, coordenado e econmico, Ford adotou trs princpios, que so: o de intensificao, o da economicidade e o
de produtividade.
1 Princpio de intensificao: diminuir o tempo de durao, com a utilizao imediata dos equipamentos e da
matria-prima e com a rpida colocao do produto no
mercado.
de estoque da matria-prima em transformao para
que o automvel fosse pago empresa antes de vencido
o prazo de pagamento dos salrios e da matria-prima.
A velocidade de produo deve ser rpida, ou seja, o
minrio sai da mina no sbado e entregue sob forma
de um carro ao consumidor, na tera-feira, tarde.
3 Princpio de produtividade: aumentar a capacidade de
produo do homem no mesmo perodo (produtividade) por meio da especializao e da linha de montagem. O operrio ganha mais, e o empresrio tem
produo maior.
29
Abordagem da teoria clssica a teoria
neoclssica da administrao
Henri Fayol
Fayol considerado o pioneiro da teoria da administrao.
Os elementos de administrao descritos por ele so a base
para gesto: planejamento, organizao, liderana, coordenao e controle. Os princpios da administrao, segundo
Fayol, so definidos em 14 pontos bsicos, que veremos na
seqncia.
1 Diviso do trabalho: parte da concepo de que o trabalho deve ser dividido entre as pessoas e as equipes
para assegurar que o esforo e a ateno estaro concentrados em partes especficas das tarefas. Fayol apresentou a especializao no trabalho como a melhor
maneira de utilizar os recursos humanos de uma
empresa.
2 Autoridade: considera a autoridade definida como o
direito de dar ordens e o poder de exigir obedincia,
enquanto a responsabilidade consiste em responder
por seus deveres e est associada autoridade. Portanto
todo aquele que assume autoridade tambm assume
responsabilidade, pois os conceitos de autoridade e de
responsabilidade esto intimamente relacionados.
30
31
Abordagem da teoria clssica a teoria
neoclssica da administrao
13 Iniciativa: a administrao deve estar disposta a encorajar a iniciativa de seus funcionrios, que definida
como uma atividade de trabalho nova ou adicional
empreendida pelo prprio funcionrio.
14 Esprito de grupo: a administrao deve encorajar
a harmonia e os bons sentimentos em geral entre os
funcionrios.
Os princpios gerais de administrao de Fayol abrangem uma ampla variedade de tpicos, porm a eficincia
empresarial, o trato com as pessoas e a atitude administrativa adequada so os trs temas gerais enfatizados por ele.
Em resumo, na organizao informal de Fayol so definidas as funes essenciais da empresa, divididas em cinco
atividades, isto :
prever: analisar cenrios; definir os objetivos a atingir
e os meios para alcan-los; programar quem, como e
quando;
organizar: definir os recursos; alocar os recursos em
rgos e pessoas; estruturar os rgos; atribuir autoridade e responsabilidade;
comandar: preencher os cargos; estabelecer a comu-
32
Planejamento
Formular objetivos e os meios
para alcan-los.
Recursos
Humanos
Financeiros
Materiais
Tecnolgicos
Informao
Controle
Organizao
Monitorar as
atividades e
corrigir os
desvios.
Desenhar o
trabalho e
coordenar
atividades.
Desempenho
Objetivos
Produtos
Servios
Eficincia
Eficcia
Direo
Designar pessoas, dirigir seus
esforos, motivlas, liber-las e
comunic-las.
33
Abordagem da teoria clssica a teoria
neoclssica da administrao
Autoridade e hierarquia
(cadeia de comando)
Linhas de
comunicao
Max Weber
As burocracias surgiram a partir da era vitoriana [1837
1901] como decorrncia da necessidade que as organizaes sentiram de ordem e de exatido, e das reivindicaes
dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial1.
Foi nesse cenrio que Weber [1864 1920] estudou as
organizaes sob um ponto de vista estruturalista, preocu-
34
sociedade:
a sociedade tradicional: na qual predominam caractersticas patriarcais e patrimonialistas, como a famlia, o cl,
a sociedade medieval, entre outras;
a sociedade carismtica: nessa predominam caractersticas msticas, arbitrrias e personalistas, como nos grupos revolucionrios, nos partidos polticos, nas naes
em revoluo, e outras;
35
Abordagem da teoria clssica a teoria
neoclssica da administrao
a sociedade legal, racional ou burocrtica: na qual prevalecem as normas impessoais e a racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes empresas, nos
estados modernos, nos exrcitos, entre outras.
36
Autoridade carismtica: acontece quando os subordinados aceitam as ordens superiores justificando-as por
causa da influncia da personalidade e da liderana do
superior com o qual se identificam. Weber usa o termo
carisma no sentido de uma qualidade extraordinria e
indefinvel de uma pessoa.
a hierarquia da autoridade;
(2.2)
a abordagem comportamental
pa-se com o aumento da produo por meio de uma maior
compreenso de como so as pessoas. De acordo com os
tericos dessa abordagem, se os gerentes compreenderem
seus funcionrios e adaptarem as empresas a eles, o xito
organizacional ser uma conseqncia natural.
Elton Mayo
Elton Mayo e o seu grupo, especialmente as pesquisas de
Hawthorne, criaram uma outra forma de ver a organizao,
37
Abordagem da teoria clssica a teoria
neoclssica da administrao
38
relaes humanas: no local de trabalho as pessoas participam de grupos sociais dentro da organizao e mantm-se em uma constante interao social. Para explicar
o comportamento humano nas organizaes, a teoria das
relaes humanas passou a estudar essa interao social.
As relaes humanas so as aes e as atitudes desenvolvidas a partir dos contatos entre as pessoas e grupos;
39
Abordagem da teoria clssica a teoria
neoclssica da administrao
que passamos de uma sociedade estvel para uma sociedade adaptvel, mas negligenciamos a habilidade social;
Kurt Lewin
Para explicar a motivao do comportamento, Lewin elaborou a teoria de campo, que se baseia em duas suposiderivado da totalidade dos fatos coexistentes, estes fatos
necessidade de segurana intima: a que leva o individuo a autodefesa, a procura de proteo contra o
perigo, ameaa ou privao;
41
Abordagem da teoria clssica a teoria
neoclssica da administrao
mesma;
o organismo humano permanece em estado de equilbrio psicolgico, [segundo Lewin], at que um estmulo rompa e crie
uma necessidade.9
Maslow
Maslow10 afirma que os seres humanos possuem necessidades bsicas e teoriza que elas podem ser dispostas em
uma hierarquia de importncia, que corresponde ordem
em que os indivduos geralmente procuram satisfaz-las,
ou seja:
as fisiolgicas;
as de alimentao, de abrigo, de descanso, de exerccio etc.;
as de segurana;
as de proteo contra o perigo, a ameaa e a privao;
as sociais;
as de participao, de associao, de aceitao por parte
dos companheiros, de troca, de amizade e de afeto;
as de auto-realizao (essas so as necessidades de
cada um realizar o seu prprio potencial, de estar em
contnuo desenvolvimento, de ser criador no sentido
Evoluo do pensamento administrativo
42
b.
(2.3)
a abordagem estruturalista
43
(2.4)
a abordagem da cincia da
administrao
Churchman, Ackoff e Arnoff14 definem a abordagem da
cincia da administrao, ou pesquisa operacional (PO),
em dois paradigmas. Para eles, ela caracteriza-se, primeiro,
pela aplicao do mtodo cientfico aos problemas que surgem na operao de um sistema e, segundo, pela soluo
desses problemas por meio da soluo de equaes matemticas que representam um sistema. A abordagem da
cincia da administrao sugere que a melhor maneira de
os administradores aperfeioarem as empresas por meio
da utilizao do mtodo cientfico e das tcnicas de matemtica para resolver problemas operacionais.
44
utilizamos tais observaes especficas para construir um modelo geral que seja compatvel com essas
observaes especficas e a partir das quais possamos prever as conseqncias, caso venhamos a alterar
o sistema;
45
Abordagem da teoria clssica a teoria
neoclssica da administrao
(2.5)
t eoria neoclssica
Considerando o avano obtido com a teoria das relaes
humanas associado ao grande crescimento que as organizaes estavam experimentando, essa teoria surge como
uma retomada ou tambm podemos dizer que consiste em
uma reviso das teorias clssicas. Entretanto, a teoria neoclssica est muito prxima aos ensinamentos de Fayol e,
em menor escala, aos de Taylor.
Os fundamentos encontrados na teoria neoclssica
so:
46
A abordagem neoclssica discute as funes da administrao e quais os princpios associados a essas prticas. A teoria neoclssica e a administrao por objetivos fazem parte
dessa escola.
Nem o desempenho da produo nem a linha de resultados so por si ss uma medio adequada de desempenho
da administrao de uma empresa. Ser que isso
verdadeiro? Que outros aspectos devem ser considerados? So questionamentos que devemos fazer.
(.)
p onto final
Conhecer a viso histrica da administrao fundamental
para avaliar as tendncias futuras. Na era clssica, a teoria
da administrao procurou dar enfoque nas tarefas, partindo mais tarde para nfase na estrutura organizacional
e depois enfatizando as pessoas como o descrito na teoria
47
das relaes humanas. J na teoria neoclssica (era industrial) houve uma reformulao das teorias, com nfase na
teoria comportamental. Com as mudanas e transformaes, principalmente com a globalizao, entramos na era
da informao e conseqentemente da qualidade, produtividade e competitividade, assuntos estes que sero tratados nos prximos captulos.
atividades
1.
2.
3.
4.
5.
Descreva
as
neoclssica?
48
principais
caractersticas
da
teoria
(3)
naturalmente slidas, que todos j consideravam tediosamente rotineiras. Assim, oportuno considerar, ainda conforme nos ensina Drucker2, que os fatores bsicos no se
modificam, porm aquilo que necessrio para administr-los sofre enormes alteraes, de acordo com as mudanas nas condies internas e externas.
(3.1)
o s princpios da administrao
por objetivos
Administrar em pocas turbulentas exige uma prvia discusso das novas e peculiares exigncias dos fatores bsicos de sobrevivncia e de sucesso de um negcio: liquidez,
produtividade e os custos do futuro. Acreditamos que dentro dessa viso est inserido o que podemos chamar de
cos, teremos o lucro. A pergunta : quais os princpios que
53
Administrao por objetivos
54
(3.2)
o processo de planejamento
A administrao por objetivos uma forma especfica de
praticar o processo de planejamento, que consiste em definir planos. Em essncia, um plano contm objetivos e formas de realiz-los. Planejar um processo; os resultados
so os planos.
O processo de planejar compreende trs etapas principais: definio dos objetivos, definio dos meios de execuo e definio dos meios de controle.
55
Administrao por objetivos
Procedimentos: os procedimentos ou rotinas estabelecem precisamente o que deve ser feito em determinadas situaes. Um procedimento descreve as regras ou
as etapas a serem observadas na soluo de um problema. Os procedimentos so conjuntos de atividades
padronizadas.
Atividades: as atividades envolvem o dispndio de
energia e recursos. Certas atividades so padronizadas
e integram os procedimentos. Outras atividades precisam ser definidas uma a uma, quando necessrio
colocar em prtica uma deciso programada. De forma
geral, a atividade cessa quando o objetivo atingido.
Recursos: atividades, polticas e procedimentos precisam de recursos para sua realizao ou execuo.
Devem ser dimensionados o tempo de execuo, o
espao e as instalaes; bem como o nmero de pessoas, a necessidade de equipamentos e de informaes
necessrias para a elaborao do plano. No processo de
planejamento, a definio dos meios de execuo esta-
56
belece os diferentes tipos de recursos que sero necessrios, bem como seu custo.
57
Administrao por objetivos
mos na seqncia.
b.
c.
d.
58
identificado no apenas pelo total, mas analisado (avaliado) tambm por produto, por cliente, por regio, por
unidade de negcio, sendo assim uma informao preciosa para tomada de deciso.
Desperdcio: o controle de desperdcio o mais eficaz
em relao produtividade e qualidade. Os principais itens de controle esto relacionados a materiais,
tempos, espaos e logstica.
Controle da liquidez: a questo de liquidez o controle
de primeira prioridade, ou seja, manter a capacidade de
pagamento dos compromissos. Esses controles podem
ser feitos atravs de controles de adimplncia, giro dos
estoques, prazos de pagamento e recebimento.
59
Administrao por objetivos
Finanas
Clientes
Para alcanarmos a
nossa viso, como
devemos ser vistos pelos nossos
clientes?
viso
estratgica
Aprendizado e
crescimento
Para alcanarmos
nossa viso, como
sustentaremos nossa
capacidade de mudar
e melhorar?
Processos internos
Para satisfazermos
nossos acionistas
e clientes, em que
processos de negcios devemos alcanar a excelncia?
Premissas
Objetivos
Metas
Indicadores
Aes
(projetos)
60
(.)
p onto final
A administrao por objetivos, na viso de Peter Drucker,
veio consolidar um dos principais marcos do processo
administrativo, ou seja, o planejamento com nfase nos
objetivos e voltado principalmente para empresa atender o mercado, isto , na viso de fora para dentro das
organizaes, envolvendo a integrao de todos no processo, substituindo a hierarquia tal como vista anteriormente9. Quando se trabalha com planejamento, alm dos
objetivos, ou seja, APO (estratgia), devemos considerar o
fator estratgia em si, que nos direciona sobre o caminho
a seguir. Complementando, os autores Robert S. Kaplan e
David P. Norton demonstram o acompanhamento da estratgia atravs do balanced scorecard no livro A Estratgia em
Ao, que trata especificamente do acompanhamento dos
objetivos e seus indicadores para acompanhamento.
atividades
1.
2.
4.
5.
61
Administrao por objetivos
3.
(4)
(4.1)
t eoria comportamental
A abordagem comportamental preocupa-se com o aumento
da produo por meio de uma maior compreenso de como
so as pessoas. De acordo com os tericos dessa abordagem, se os gerentes compreenderem seus funcionrios e
adaptarem as empresas a eles, o xito organizacional ser
uma conseqncia natural.
Os resultados dos estudos na fbrica de Hawthorme
avaliaram o reconhecimento da varivel humana dentro
do processo produtivo. Os administradores comearam a
perceber que precisavam compreender essa influncia para
que pudessem maximizar seus efeitos positivos e minimizar os negativos. Esses estudos deram incio ao movimento
66
67
Teoria comportamental e teoria do desenvolvimento organizacional
teoria geral da administrao, enriquecendo o seu contedo e a sua abordagem. Por essa razo, seus conceitos so
os mais populares de toda a teoria administrativa; pois
Esta teoria trouxe novos conceitos sobre motivao, liderana, comunicao dinmica de grupos, processo decisrio, comportamento organizacional, estilos administrativos,
que alteraram completamente os rumos da teoria administrativa, tornando-a mais humana e amigvel. Um dos subprodutos da teoria comportamental foi o movimento pelo
Desenvolvimento Organizacional, que iniciou na dcada de
1970 e esta retornando agora com fora total.3
Logo, quando tratamos de desenvolvimento organizacional, necessariamente devemos conhecer a cultura
organizacional, que o primeiro passo para conhecermos
uma organizao.
68
Cultura organizacional
A cultura define o modo de se comportar das pessoas nas
organizaes. a maneira costumeira ou tradicional de
pensar e fazer as coisas, bem como guia o comportamento
e a tomada de deciso do indivduo. Cada organizao tem
a sua cultura, o que lhe d identidade prpria. A cultura
manifesta-sa em trs diferentes planos: no plano visvel
dos artefatos, no plano dos valores compartilhados e nas
pressuposies bsicas que se depositam no seu ntimo.
A diversidade de pessoas de diferentes padres culturais e o multiculturalismo, que a globalizao trouxe,
tornaram mais complexa a identificao da cultura organizacional. Existem culturas bem sucedidas, isto , que so
flexveis e inovadoras o suficiente para conduzir organizaes para o sucesso, ao lado de culturas que impedem a
renovao organizacional. Assim, podemos falar em culturas adaptativas, que se caracterizam pela constante reviso e atualizao de seus padres de conduta ao lado de
culturas conservadoras, nas quais predominam a manuteno e a preservao de idias, valores, costumes e tradies, os quais no mudam ao longo do tempo.
(4.2)
t eoria do desenvolvimento
organizacional
Quando falamos em teoria do desenvolvimento organizacional (DO), estamos nos referindo a juno de idias
oriundas de vrias correntes do pensamento (principaltos de mudana e adaptabilidade. Afirmamos isso, pois
O desenvolvimento organizacional uma mudana planejada
cujo foco principal est em mudar as pessoas e a natureza e
qualidade de suas relaes de trabalho. O desenvolvimento
organizacional enfatiza a mudana cultural como base para
mudana organizacional. Mudar a mentalidade das pessoas para que elas possam mudar e revitalizar a organizao. French e Bell definem a DO como um esforo de longo
prazo, apoiado pela direo, no sentido de melhorar os processos de resoluo de problemas e de renovao organizacional
particularmente atravs de um eficaz e colaborativo diagnstico e administrao da cultura organizacional, com nfase
nas equipes formais de trabalho, equipes temporrias e cultura intergrupal com assistncia de consultor facilitador e
69
Teoria comportamental e teoria do desenvolvimento organizacional
70
pode ser ajudada a fazer essas melhorias. Isso significa que ao de interveno do DO decorrente do
diagnstico efetuado pela pesquisa. A ao especfica para cada necessidade diagnosticada. A pesquisa/
ao envolve:
diagnstico preliminar do problema, feito pela
equipe;
obteno de dados para apoio ao (rejeio do)
diagnstico;
retroao de dados aos participantes da equipe;
explorao dos dados pelos participantes para busca
de solues;
planejamento
da
soluo/ao
apropriada
ao
diagnstico;
execuo da soluo/ao.
Treinamento da sensitividade
Consiste em reunir grupos de treinamentos e que so orientados por um lder treinado para aumentar a sua sensibilidade
quanto s suas habilidades e [sic] de dificuldades de relacionamento interpessoal. O resultado consiste em maior criatividade (menos temor dos outros e menos posio de defesa),
menor hostilidade quanto aos outros (devido melhor compreenso dos outros) e maior sensitividade s influncias
sociais e psicolgicas sobre o comportamento em trabalho,
71
Teoria comportamental e teoria do desenvolvimento organizacional
Anlise transacional
Desenvolvimento de equipes
Consultoria de procedimentos
e.
Reunio de confrontao
Principais limitaes da DO
Como todo e qualquer programa ou concepo em relatambm os processos do desenvolvimento organizacional apresentam pontos falhos. Entre eles, podemos destacar como aqueles que representam as principais limitaes
dessa teoria:
73
Teoria comportamental e teoria do desenvolvimento organizacional
demonstrar como as pessoas podem mudar seus comportamentos como parte do programa;
(.)
p onto final
A teoria comportamental teve grande importncia para
a administrao, pois Lewin e Maslow, principais pensadores da poca, comprovaram que a eficincia nas organizaes passa necessariamente por aspectos que so: o
74
Evoluo do pensamento administrativo
atividades
1.
2.
3.
4.
Por que muitas organizaes contratam consultorias especializadas em mudana organizacional como agentes externos de mudana?
Qual a influncia da teoria comportamental para as
organizaes?
75
Teoria comportamental e teoria do desenvolvimento organizacional
5.
(5)
p elo fato de a abordagem sistmica da administrao estar baseada na teoria geral dos sistemas, nela a anlise da situao administrativa enfatizada como sistema;
enquanto a abordagem contingencial enfatiza que o que
um administrador faz na prtica depende ou est condicionado a um conjunto de circunstncias uma situao.
(5.1)
t eoria dos sistemas
Ludwig von Bertalanffy reconhecido como fundador
da teoria dos sistemas. Segundo ele1, h dois tipos de sistemas: fechado e aberto. A principal premissa dessa teoria
diz que, para compreender totalmente o funcionamento de
uma entidade, esta deve ser vista como um sistema.
Um sistema um conjunto de partes interdependentes que funcionam como um todo para algum propsito.
Por exemplo, de acordo com a teoria geral dos sistemas,
para compreender o funcionamento do corpo humano,
uma pessoa precisa entender como funcionam suas partes
Evoluo do pensamento administrativo
80
81
Teoria dos sistemas e teoria da contingncia
82
preciso que a organizao crie dispositivos corretivos para o reequilbrio. Isso significa que necessria
uma ao direta e consciente dos executivos sempre
que algo no est de acordo com o previsto.
Retroalimentao (realimentao feedback): a capacidade de o sistema reajustar sua conduta em funo
do desempenho j ocorrido. Se levarmos em conta que
a organizao, como um sistema aberto, atua em determinado ambiente, vivendo em interao com ele; preciso que ela tenha mecanismos que captem qual seu
impacto no mesmo, de modo a manter ou alterar seu
futuro.
83
Teoria dos sistemas e teoria da contingncia
84
As bases estruturais do sistema orgnico so: a filosfica, ou seja, a histria e a antropologia, e a base tcnico/
cientfica, isto , a biologia e a matemtica.
Figura 4: Esquema global da organizao
Coordenao geral
(Diretores)
Unidades de apoio
Profissionais do conhecimento
Meta: buscar a evoluo da
empresa no tempo e no espao.
Unidades de resultado
Profissionais do lucro
Meta: buscar a sobrevivncia
da empresa.
Processo organizacional
Meio ambiente
Organizao
Alimentao
Informao
Sangue
Dinheiro
Clulas
Indivduo
Tecidos
Grupos
rgo
Sistemas
Controladoria
Corpo
Empresa
Sade
Riqueza
Vida
Vida
Apoio X resultados
Apoio: nas funes de apoio atuam profissionais do
conhecimento, so os chamados tcnicos: engenheiros;
advogados; contadores; analistas; assistentes etc. Nelas
so produzidas as pesquisas e/ou estudos. So atividades de apoio: marketing; contabilidade; custos; PCP; RH;
controladoria; informtica; tecnologia; departamento
pessoal etc.;
Resultado: nas funes de resultado, os profissionais so representados pelos gerentes e supervisores
(fazem negcios, lideram pessoas e geram lucro). Nelas
so realizados os negcios. Como exemplo podemos
citar: compras; vendas; produo; finanas etc.
85
Teoria dos sistemas e teoria da contingncia
Processo biolgico
Diretoria
Controladoria
Apoio organizacional
Tecnologia
Unidades de
resultado
Servios de apoio
Unidades
operacionais
de resultado
Operaes
86
Apoio organizacional
Linha de
resultados
Apoio gerencial
(5.2)
t eoria da contingncia
Essencialmente, essa abordagem enfatiza as relaes condicionais (se... ento...). Se essa varivel situacional existe,
ento essa ser a provvel atitude que um administrador
tomaria. Por exemplo, se um gerente tivesse um grupo de
subordinados inexperientes, a abordagem contingencial
recomendaria que ele os liderasse de uma maneira diferente do que se os subordinados fossem experientes.
87
Teoria dos sistemas e teoria da contingncia
88
pela hiptese geral orientadora de que aquelas organizaes cujas caractersticas internas melhor se adquam s
demandas de um determinado ambiente so as que conseguiro um melhor nvel de adaptao, garantindo, assim, a
sobrevivncia e o xito.
O grande mrito da abordagem contingencial fazer
com que a gerncia normalmente concentrada nos problemas internos da organizao e nas tarefas volte seus
olhos para o ambiente, deixe de olhar para si e olhe para o
seu redor. E no momento em que ela faz isso, acaba por descobrir os parmetros e os elementos chaves para orientar
o seu desempenho: o competidor, os apoios e, especialmente, o cliente e os resultados por este esperado.
As organizaes so visualizadas, no cenrio contemporneo, como entidades em contnuo desenvolvimento e
mudana para alcanar ajustamento adequado ao ambiente.
Nelas, tudo pode e deve ser continuamente melhorado e
aperfeioado para a obteno desse ajustamento contnuo.
(.)
p onto final
Na abordagem da teoria dos sistemas, verifica-se uma
viso ampliada dos problemas organizacionais em contraposio antiga abordagem do sistema fechado. A viso
do homem funcional dentro das organizaes a principal decorrncia sobre a concepo da natureza humana.
Apesar do grande impulso, a teoria dos sistemas ainda
carece de melhor sistematizao e detalhamento, pois sua
aplicao prtica ainda incipiente. Quanto abordagem
contingencial, em sua essncia aborda a interligao do
rentes do que existe fora delas: seus ambientes. Segundo
89
atividades
1.
2.
3.
4.
5.
(6)
(6.1)
a organizao que aprende
Uma organizao que aprende aquela que se ocupa em
criar, adquirir, transferir conhecimentos e alterar comportamentos com base nesses novos conhecimentos.
Organizaes que aprendem se preocupam com a soluo sistemtica de problemas, com a experimentao de
novas idias, com o aprendizado a partir da experincia e
de fatos histricos, com o aprendizado a partir de experi-
94
ncias alheias e com a rpida transferncia de conhecimentos dentro da empresa como um todo.
Os administradores que desejam criar uma organizao que aprende devem promover um ambiente que
conduza ao aprendizado e encorajar a troca de informaes entre todos os membros da empresa. Honda, Toyta,
General Electric, Grupo Gerdau, Grupo Randon, Grupo
Grandene, Petrobras e Vale do Rio Doce so organizaes
bem sucedidas que aprendem.
Construir uma organizao que aprende, de acordo
com Senge1, consiste em implementar, dentro da empresa,
cinco caractersticas: pensamento sistmico, viso comum,
desafio aos modelos globais, aprendizagem em grupo e
compromisso pessoal.
O pensamento sistmico: cada membro da empresa
compreende a natureza de seu trabalho e como ele
se encaixa no processo de fornecimento de produtos
finais ao cliente.
A viso comum: todos os membros possuem uma viso
comum do propsito da empresa e um sincero comprometimento a fim de alcanar esse propsito.
(6.2)
a tecnologia da informao (TI)
A dcada de 1990 marca, segundo Chiavenato2, a era da
informao, graas ao impacto provocado pelo desenvolvimento tecnolgico e a TI. Na era da informao, o capital financeiro cede o trono para o capital intelectual. A
nova riqueza passa a ser o conhecimento, este, portanto, o
recurso organizacional mais valioso e importante.
O processo de desenvolver informaes comea com
o recolhimento de alguns tipos de fatos ou de estatsticas,
chamados de dados. Uma vez recolhidos, os dados so
analisados de alguma maneira. Em termos gerais, a informao o conjunto de concluses derivado da anlise dos
95
A organizao que aprende e a tecnologia da informao
dados e, em termos administrativos, o conjunto de concluses derivado da anlise dos dados relativos ao funcionamento de uma empresa3.
Na nova era, quanto mais poderosa a TI, mais informado e poderoso se torna seu usurio seja ele a pessoa,
a organizao ou o pas. A informao a fonte de energia da organizao: seu combustvel o mais importante
recurso ou insumo.
Embora no tenha surgido ainda um corpo estruturado e integrado de idias capazes de formar uma nova
teoria administrativa, as modernas abordagens em plena
96
Tecnologia
Pessoas
Organizao
Estrutura
Ambiente
Tarefas
97
Competitividade
Aspectos organizacionais
Aspectos culturais
Participao e envolvimento
Clulas de produo
Comprometimento pessoal
Unidades estratgicas de
negcios
Simplicidade e agilidade
Focalizao em metas e
resultados
98
Organicidade e flexibilidade
Melhoria contnua
Competitividade
Comportamento gil e
proativo
Excelncia
Adequao ao negcio e
misso
Proximidade/intimidade
com o cliente
Aprendizagem
organizacional
Mudana cultural e
comportamental
Fonte: CHIAVENATO, 2004b.
Propenso ao: as empresas bem sucedidas valorizam a ao, o fazer acontecer. Elas contam com pessoas
que fazem, que tentam e que tambm praticam erros.
2.
Proximidade do cliente: as empresas bem sucedidas so orientadas para o cliente. O valor dominante
a satisfao das necessidades do cliente, atravs da
qualidade, excelente servio, confiabilidade ou inovao do produto. Vendas e servios ps-vendas so
intensamente valorizados. Os gerentes entram em contato com os clientes, conhecem suas necessidades e
aprendem novas idias.
3.
5.
6.
7.
99
A organizao que aprende e a tecnologia da informao
4.
100
(.)
p onto final
O recurso mais importante na nova organizao a TI;
por trs dela est o computador. A TI ainda no conseguiu gerar os benefcios de produtividade e desempenho
mirados pelas organizaes. Dentre as principais razes
destacamos:
os administradores tm uma compreenso limitada
de o que a TI pode proporcionar organizao. Quase
sempre esto preocupados com reduo de custos
e de economias, bem como querem reduzir tarefas e
pessoas;
a TI usada como meio de coletar dados e de sustentar
processos com estatsticas. O foco no processamento
de dados j era. A TI mais do que uma ferramenta
para coletar dados e transformar em informaes;
a TI transformou-se em mais uma funo na organizao, quando deveria ser um recurso disposio
atividades
1.
3.
4.
101
A organizao que aprende e a tecnologia da informao
2.
(7)
q ualidade total
Qualidade total
105
106
107
Qualidade total
(7.1)
d irees da qualidade
A qualidade passou a ser um requisito fundamental para
as organizaes e, principalmente, a partir das certificaes ISO 9.000 (certificao internacional), no apenas para
o produto ou servio em si, mas indo alm, considerando
108
(7.2)
modelo de gerenciamento da
qualidade total
Todos devem ser treinados nos fundamentos da gesto disciplinada. A gerncia de qualidade total deve estar comprometida com o controle dos processos, que uma tarefa
pendentemente do nvel hierrquico9.
Controlar processos com vista na qualidade significa identificar as caractersticas verdadeiras da qualidade
desejada pelos consumidores (itens por meio dos quais
so controlados os processos), bem como as caractersticas
substitutas da qualidade (causas que afetam os processos),
ou seja, ter uma compreenso correta da relao entre as
caractersticas verdadeiras de qualidade e as caractersticas substitutas de qualidade.
O controle do processo, de acordo com Oakland10, deve
ser realizado por meio do mtodo da espiral, isto :
avaliar a situao e definir os seus objetivos;
planejar para realizar inteiramente esses objetivos;
fazer, isto , implementar;
verificar se os objetivos foram atingidos;
aperfeioar, ou seja, executar aes corretivas.
A eficcia da organizao e de seu pessoal depende
do empenho com que cada pessoa e cada departamento
desempenha seu papel e se move no sentido das metas e
dos objetivos comuns11. Ainda se constitui uma caracterstica dessa concepo de gesto o controle, que o processo pelo qual so fornecidas informaes de feedback para
manter todas as funes em suas respectivas linhas12.
109
Qualidade total
Clientes e fornecedores
A capacidade de atender s exigncias do cliente vital,
no apenas entre duas organizaes diferentes, mas dentro da prpria empresa13. A idia de clientes/fornecedores
internos e externos constitui o ncleo da qualidade total.
Para que seja obtida qualidade por meio de toda uma
organizao, conforme especifica Oakland14, cada pessoa
da cadeia de qualidade deve questionar cada interface.
110
Cliente
Quem so os meus clientes imediatos?
Quais so os seus verdadeiros requisitos?
Como posso identificar esses requisitos?
Como posso medir minha capacidade para atendlos?
Ser que disponho da necessria capacidade para
atend-los?
Ser que estou, continuamente, atendendo aos
requisitos?
Como controlo as mudanas nos requisitos?
Fornecedores
Quem so os meus fornecedores imediatos?
Quais so os meus verdadeiros requisitos?
Como comunico esses requisitos?
Meus fornecedores tm capacidade para avaliar e atender aos meus requisitos?
Como lhes informo as mudanas em meus requisitos?
Comprometimento e liderana
Para ser bem-sucedido na promoo da eficcia e da eficincia da empresa, o gerenciamento da qualidade total deve
ser de fato aplicado em todas as reas e comear pelo topo,
com o diretor executivo ou seu equivalente15. A gerncia mdia deve no apenas dominar os princpios do Total
Quality Management (TQM), mas tambm explic-los aos
funcionrios sob sua chefia e estar segura de que o seu
subordinados. Esse nvel de gerncia deve tambm assegurar que os esforos e as realizaes de seus subordinados obtenham o reconhecimento, a ateno e a recompensa
que merecem.
Existem, segundo Caravantes16, cinco requisitos para
uma liderana eficaz:
1.
2.
3.
4.
5.
ganhar confiana. Caso contrrio, no haver seguidores, e a nica definio de um lder algum que tem
seguidores.
111
Qualidade total
Cultura
As organizaes podem ser consideradas um ser vivo e
com personalidade. Seu comportamento traduz-se por tradio, hbitos, costumes, opinies, atitudes, preconceitos,
regulamentos e maneiras de resolver problemas conjunto
que constitui a cultura organizacional.
A mudana cultural, de acordo com Souza18, inicia-se
freqentemente por seu efeito: o clima. Para mudar a cul-
112
Comunicao
As atitudes e o comportamento das pessoas podem ser
influenciados pela comunicao, e a essncia da mudana
de atitude ganhar aceitao por meio de processos de
comunicao existentes.
Um bom padro de comunicao s existe quando se cria um
ambiente aberto, livre, no manipulativo, em que as necessidades de defesa so minimizadas. Um bom padro de comunicaes exige uma atmosfera de aceitao, especialmente
quando h divergncias de opinies e perspectivas; supe
liberdade de manifestar tanto opinies como sentimentos
com autenticidade, especialmente na presena de superiores;
supe empatia e capacidade de ouvir ativamente, isto , de
Ferramentas tcnicas
Os nmeros formam a base para a compreenso, as decises e as aes na busca do melhoramento contnuo dos
que haja um cuidadoso sistema de coleta, de registro e de
113
Qualidade total
Sistemas
Um sistema pode ser definido, segundo Oakland22,
como um conjunto de componentes, tais como: estrutura
114
Grupos
A nica maneira eficiente de atacar melhorias de processo ou problemas , segundo Caravantes24, empregar
algum modo de trabalho em grupo. O que dito tambm
por Oakland25, pois, para este, a complexidade da maioria dos processos operados na indstria, no comrcio e
nos servios faz com que seu controle esteja alm das possibilidades de um s indivduo. O trabalho em grupo,
estabelecido de modo amplo na organizao, um componente essencial da implementao da qualidade total,
pois cria confiana, melhora as comunicaes e desenvolve
interdependncia26.
Sob esse prisma, grupos interfuncionais em comunicaes e recursos humanos representam uma oportunidade
Treinamento
O treinamento em qualidade deve ser contnuo para atender no apenas s mudanas em tecnologia, mas tambm
s mudanas no ambiente em que a organizao atua, sua
estrutura e, talvez, o mais importante, todo o pessoal que
As atividades de treinamento em qualidade podem ser
consideradas sob forma de um ciclo de melhoria, cujos elementos so:
assegur-lo como parte da poltica de qualidade;
atribuir responsabilidades;
definir objetivos;
selecionar organizaes para treinamento;
especificar necessidades;
preparar programas e materiais;
implementar e controlar;
avaliar os resultados e a eficcia.
Os programas de treinamento em qualidade devem ser
centralizados em torno dos princpios bsicos de compreenso dos processos; os seminrios/workshops devem ser
realizados em pequenos grupos. preciso que se d funcionalidade ao treinamento. Para tanto, fundamental que
ele seja til e reconhecido como tal.
115
Qualidade total
trabalha ali.
(7.3)
c ultura japonesa
O diferencial da cultura japonesa est concentrado no no
nvel aparente da tecnologia, mas sim em outros elementos, principalmente em termos de comportamento. Dentre
vrios elementos destacamos: a viso dos recursos huma-
116
(.)
p onto final
A administrao centrada no cliente demanda uma nova
viso, isto , uma postura empresarial mais flexvel, atenta
ao ambiente, capaz de se auto-renovar e estimular o crescimento de todos os que esto ao seu redor. As empresas
bem sucedidas sero aquelas que aprenderem adequadamente a lio. Segundo Caravantes27, qualidade no um
programa que possa ser colocado goela abaixo nas pessoas. Trata-se de uma opo individual por uma nova postura diante da vida.
117
Qualidade total
atividades
1.
2.
3.
118
4.
(8)
r eengenharia
nos produtos e nos clientes coerente com a nfase, manifestada pelos primeiros pensadores da qualidade, na
minimizao da variao e dos defeitos nos produtos
manufaturados. Osborn e Gaebler2 reforaram esse pensamento afirmando que:
122
123
Reengenharia
(8.1)
q uando a reengenharia a
soluo
Evoluo do pensamento administrativo
124
A reengenharia s dever ser aplicada, segundo diversos autores, quando houver necessidade de destruir o
que existe, pois melhorias marginais exigem ajuste fino;
melhorias drsticas requerem a destruio do antigo e a
sua substituio por algo novo9. Segundo Davenport10, as
oportunidades de melhoria nascem de anlises detalhadas
das atuais operaes dos processos, e os problemas so
documentados durante o curso das atividades de entendimento dos processos. esse nvel de exame que d origem
s oportunidades de simplificao e de racionalizao.
Focalizar a reengenharia na reduo de custos, sob o
ponto de vista de Andrews e Stalick11, no traz resultados
positivos. A oportunidade certa acontece em situaes nas
quais a combinao dos benefcios, a seguir expostos,
alcanada:
provoca o aumento da capacidade da organizao em
produzir, de acordo com as especificaes individuais,
produtos e servios, mantendo a economia da produo em massa;
propicia o aumento da satisfao do cliente com o produto ou o servio, preferindo, assim, determinada
organizao ( a sua) do concorrente;
torna fcil e agradvel, para o consumidor, negociar
com determinada empresa;
quebra barreiras organizacionais, trazendo o consumidor para dentro dos canais de informao, por meio da
(8.2)
p rocessos inovados pela
reengenharia
Na reengenharia, o modelo industrial literalmente virado
de cabea para baixo. Para que as organizaes possam
atender as atuais exigncias no que se refere qualidade,
ao atendimento, flexibilidade e ao baixo custo, os processos precisam se manter simples. Isso significa que:
vrios servios so combinados em um: a caracterstica
bsica e comum dos processos renovados a ausncia
da linha de montagem, ou seja, muitos servios e tarefas, anteriormente distintos, so integrados e resumidos em um;
125
Reengenharia
os trabalhadores tomam as decises: com a reengenharia, os processos so comprimidos horizontal e verticalmente. Isso significa que, no ponto do processo em que
os trabalhadores tinham que consultar o nvel hierrquico superior, eles agora podem tomar suas prprias
decises, ou seja, os prprios trabalhadores realizam
Evoluo do pensamento administrativo
126
(8.3)
m udanas decorrentes da
reengenharia
As espcies de mudanas que ocorrem, de acordo com
Hammer e Champy12, so as seguintes:
unidades de trabalho mudam de departamentos funcionais para equipes de processos: quando um processo reformulado pela reengenharia, praticamente
todos os aspectos da organizao, pessoas, cargos,
valores e gerentes so transformados;
os servios mudam de tarefas simples para multidimensionais, pois as organizaes devero ser vistas como
organizaes federativas;
os papis das pessoas mudam de controlados para autorizados, assim, a disciplina corporativa dever ser esquecida, o novo foco ser o esprito corporativo;
a preparao para servios muda de treinamento para
educao. O treinamento aumenta as habilidades e a
competncia e ensina os funcionrios o como de um
127
Reengenharia
128
de gerente funcionais. Os executivos, portanto, precisam ser lderes capazes de influenciar e de reforar os
valores e as crenas dos funcionrios e de assegurar
que os processos sejam projetados de modo que os trabalhadores possam executar os servios necessrios e
sejam motivados a isso pelos sistemas gerenciais da
(.)
p onto final
A argumentao maximalista distingue a reengenharia
dos processos empresariais do redesenho dos processos empresariais. A reengenharia comea do zero (recomea), enquanto o redesenho dos processos trata de um
ajuste gradual, mais de acordo com o conceito de mudana
evolutiva, contnua, prpria da gesto da qualidade.
A reengenharia de grande escala exige um esforo
extraordinrio de todos os nveis da organizao. As organizaes que optam pelo caminho do a partir do zero
costumam ser aquelas que se encontram em uma situao em que a estratgia de alto risco considerada como
a nica sada.
atividades
1.
129
Reengenharia
empresa.
2.
3.
Em sua opinio, quais as causas que criaram condies propcias para o surgimento da reengenharia e da
reinveno?
4.
130
A reengenharia, segundo seus autores, s deve ser aplicada quando houver necessidade de destruir o que existe.
Como voc interpreta essa afirmao?
(9)
administrao contempornea
a ntes da s egunda Grande Guerra, a administrao nos Estados Unidos era dominada por princpios
ditados por Taylor e Ford, que a viam como uma cincia. Drucker1, oriundo de uma formao humanista liberal, optou por v-la como uma filosofia. Em vez de analisar cada tarefa em detalhe, ele buscou princpios gerais
da administrao subjacentes a todas as tarefas gerenciais.
Deslocando a nfase dessas tarefas para o resultado em vez
de para o processo, ele criou o conceito da administrao
por objetivos. Em lugar de simplesmente administrar processos, os administradores devem estabelecer objetivos
para, ento, trabalhar em direo a eles. Era o incio de uma
134
(9.1)
p eter d rucker
O elemento chave em uma empresa de negcios, segundo
Drucker2, o administrador; o qual desempenha um papel
central ao reunir recursos dispersos e criar produtos.
Embora ele se refira algumas vezes aos administradores
como recurso humano bsico da empresa, fica claro que
a administrao no tanto um recurso quanto um catalisador, uma vez que o administrador o elemento dinmico e inspirador em todo o negcio3.
Drucker previu o tempo em que os trabalhadores se
tornariam redundantes, sendo substitudos pela automao. Mas a administrao permaneceria, e a conseqncia
era que todo o emprego seria gerencial; teramos evoludo de uma sociedade de trabalho para uma sociedade de
administrao. Ele atribuiu aos dirigentes o papel principal, no apenas para administrar as empresas, mas tambm para criar mercados.
Existe apenas uma definio vlida do propsito de um negcio: criar um cliente. Os mercados no so criados por Deus,
pela natureza ou por foras econmicas, mas pelas pessoas que
administram o negcio. A necessidade que o negcio satisfaz
pode ter sido sentida pelos clientes [...], mas permanece uma
necessidade potencial, at que os homens de negcios a convertam numa ao efetiva. Somente ento existem clientes e
135
Administrao contempornea
um mercado.4
(9.2)
t om p eters
Em seu livro Vencendo a Crise, escrito com Richard
Waterman, em 1982, procura identificar quais as caractersticas das empresas exitosas, o que elas cultivam em
comum. Em resumo, Peters5 considerou oito atributos
comuns para a empresa exitosa:
uma inclinao (vis) para a ao;
estar prxima do consumidor;
autonomia e empreendedorismo;
produtividade com pessoas;
136
saber lidar, simultaneamente, com caractersticas justas e soltas (por exemplo: manter valores centrais da
organizao e, simultaneamente, ter uma organizao
descentralizada).
(9.3)
rosabeth moss k anter
A soluo que Kanter prope est baseada na inovao.
Cabe s organizaes criarem um clima favorvel para que
essas inovaes possam florescer. Sua viso que adentramos numa poca em que as mudanas sociais, econmicas e
polticas, foram, esto e continuaro sendo de tal magnitude
que as organizaes hoje vigentes no tm condies de acomod-las. A referida professora de administrao aceita a
idia de que as organizaes tero que se tornar mais enxutas, de forma a se tornarem flexveis; prope, ainda, que se
avance de uma simples mentalidade empreendedora para
uma viso ps-empreendedora no que tange aos princpios
da administrao6. Princpios que devem ser os de:
minimizar os objetivos e maximizar as opes. Manter
os custos fixos baixos e tanto quanto possvel usar
meios variveis e contingentes para atingir os objetivos corporativos;
buscar a alavancagem por meio da influncia e da
combinao. Buscar poder a partir da possibilidade de
acesso e de envolvimento e no do controle total ou da
(9.4)
p eter s enge
Esse autor defende a idia que as organizaes de aprendizagem so organizaes em que as pessoas continuamente
expandem a sua capacidade para criar os resultados que
elas efetivamente desejam, em que os padres de pensamentos novos e com capacidade para se expandirem so
cultivados, em que a aspirao coletiva liberada, e em
que as pessoas esto continuamente aprendendo a apreender juntas8. Do ponto de vista de Senge, organizaes
137
Administrao contempornea
138
(9.5)
m ichael e . p orter
O grande mrito de Porter foi o de relacionar estratgias
de negcios com microeconomia aplicada, dois campos
de estudo que, at ento, sempre foram tratados de forma
independente. Ele definiu, em grande medida, a corrente
de pensamento mundial no que tange aos temas estratgia e competio em um contexto mundial.
Em seu livro Estratgia Competitiva, publicado em 1980,
ele desenvolveu e apresentou o modelo das cinco foras,
rejeitando a abordagem tradicional empregada no campo
estratgico, que operava baseada em uma lgica dualista,
do simples sim ou no. Exatamente pela alterao
lgica usual e pela introduo de variveis novas e relevantes, ele fez a diferena no campo das estratgias. E de
139
Administrao contempornea
140
(9.6)
i kujiro nonaka e h irotaka
takeushi
Segundo esses autores, o sucesso das empresas deve-se a
sua capacidade e sua especializao na criao do conhecimento organizacional, isto , a capacidade de uma empresa
criar novo conhecimento, difundi-lo na organizao como
um todo e incorpor-lo a produtos, servios e sistemas. A
criao do conhecimento organizacional a chave para as
formas caractersticas com que as empresas japonesas inovam. Elas so peritas em fomentar a inovao de forma
contnua, incremental e em espiral.
Eles afirmam que quando os ocidentais pensam na
criao do conhecimento organizacional, o modelo mental
por eles utilizados consiste em considerar a organizao
como uma mquina de processamento de informaes12.
Por outro lado, segundo os autores, quando pensamos com
a viso oriental, especificamente com a das empresas japonesas, a histria outra. Os japoneses entendem que o
conhecimento expresso em nmeros e palavras apenas
parte ainda que muito importante do conhecimento global. H, entretanto um outro conhecimento, dificilmente
visvel e exprimvel, a que eles chamam de conhecimento
lizar e, por conseqncia, tambm difcil de transmitir e
compartilhar. Concluses, reflexes individuais, de carter solitrio, palpites subjetivos e insights podem ser includos nessa categoria. Eles usam a metfora do iceberg, em
que apenas uma nfima parcela esta acima da linha dgua,
para explicar o que conhecimento explcito. O conhecimento tcito est, por definio, encoberto, em guas profundas, incluindo emoes, valores e ideais. A distino
entre o conhecimento explcito e o conhecimento tcito a
chave para a compreenso das diferenas entre a abordagem ocidental e a japonesa do conhecimento13.
Conforme os autores14, o conhecimento explcito pode
ser facilmente processado por um computador, transmitindo eletronicamente ou armazenado em banco de dados.
No entanto, a natureza intuitiva e subjetiva do conhecimento tcito dificulta o processamento e a transmisso do
conhecimento adquirido por qualquer mtodo sistemtico
ou lgico. Pois, para que possa ser comunicado e compartilhado dentro da organizao, o conhecimento tcito ter
que ser convertido em palavras ou nmeros que qualquer
um possa compreender. exatamente durante o tempo em
que essa converso ocorre tcito em explcito e novamente
em tcito que o conhecimento organizacional criado.
141
Administrao contempornea
(9.7)
james c . c ollins e jerry i. p orras
Evoluo do pensamento administrativo
142
(9.8)
s umantra g hoshal e c hristopher
b artlet
Administrar fazer acontecer. Administrar no significa
simplesmente executar tarefas ou operaes, mas fazer
com que elas sejam executadas por outras pessoas em conjunto e de maneira satisfatria e que tragam resultados.
O administrador no o que faz, mas o que faz fazer. A
administrao faz as coisas acontecerem atravs das pessoas em conjunto para permitir que as organizaes alcancem sucesso em suas estratgias e operaes.
143
Administrao contempornea
144
autores Ghoshal e Bartlet16, os administradores bem sucedidos no focalizam apenas os aspectos mecnicos da administrao sobre como fazer planos ou desenhar esquemas
de trabalho, mas baseiam-se em trs processos que levam
as pessoas a focalizar sua ateno na criao da mudana,
que so os processos empreendedor, o de construir competncias e o de renovao.
Processo empreendedor: o empreendedorismo refere-se
atitude para fora da organizao, no sentido de buscar
oportunidades que motivem as pessoas a tocar suas operaes como se fossem os proprietrios delas. Os administradores bem sucedidos aplicam seu tempo e energia
em fazer as pessoas pensarem como empreendedoras,
aproveitarem as oportunidades, alm de proporcionar
a elas autoridade, apoio e recompensas que as tornem
auto-disciplinadas e auto-direcionadas para realizarem
suas operaes como se fossem donas delas.
Processo de construir competncias: em um mundo
de tecnologias convergentes, as organizaes precisam
se tornar cada vez mais flexveis e responsveis. Elas
devem explorar as vantagens de economias de escala
e, sobretudo, o talento e o conhecimento das pessoas
que nelas trabalham. Administradores bem sucedidos aplicam seus esforos para criar um ambiente que
facilita o florescimento de competncias, seja encorajando as pessoas a assumirem maiores responsabilidades, investindo em sua educao e treinamento, o que
necessitam para sua autoconfiana, enquanto impulsionam e as apiam em aprender com seus erros. O
(9.9)
t errence d eal e a llen k ennedy
A cultura corporativa constitui-se de experincias, de histrias, de crenas, de normas e de aes compartilhadas
que caracterizam uma organizao e influenciam o seu
desenho; componentes bsicos que so para caracterizar a
cultura corporativa17.
Experincias compartilhadas: so os eventos comuns
em que as pessoas participam e se tornam parte de seu
pensamento. Exemplo: um grupo de funcionrios trabalha na estreita proximidade durante um longo perodo de tempo, dedicando 12 horas por dia e sete dias
por semana para criar um novo produto no prazo estabelecido, essa experincia se torna parte de sua cultura.
145
Administrao contempornea
146
tura. Voc se lembra..., Naquele tempo..., so indcios comuns de histrias que entraram na mitologia de
uma organizao.
Crenas compartilhadas: so aquelas coisas que todos
os membros da organizao aceitam como um fato a
respeito da companhia. Exemplo: os funcionrios da
IBM acreditam que a empresa vencer qualquer batalha em que decida se envolver.
Similaridade: so normas compartilhadas, maneiras
em geral aceitas de se fazer negcios. Exemplo: uma
norma na Delta Air Lines que se espera que todos os
funcionrios ajudem a realizar o trabalho.
Aes compartilhadas: so comportamentos cotidianos que a maioria das pessoas tm. Exemplo: Na IBM,
a cultura mais formal determina que todos os homens
usem gravata.
Conseqncias da cultura
A cultura corporativa causa impacto na eficcia organizacional nos seguintes aspectos:
parece ser importante para a alta administrao criar
e transmitir uma cultura clara, forte e no arrogante.
Pode no haver uma melhor cultura em particular,
mas parece que todos na organizao precisam entender qual a cultura;
a cultura deve fazer parte da estratgia. A eficcia tende
a aumentar quando a cultura corporativa coerente
com a estratgia da organizao. Quando a cultura e a
(.)
p onto final
Os pensadores esto cada vez mais prximos da realidade do seu principal objetivo de estudo: o mercado, j que
os empresrios tm comprovado na prtica quando suas
teses funcionam ou no. As prticas precisam de um bom
conhecimento terico, da mesma forma que a teoria precisa da aplicao dos mtodos. No entanto, alguns executivos, por acreditarem em gurus, perdem a ateno nos
problemas reais, e acabam adquirindo idias, que, muitas
vezes, no resolvem.
atividades
1.
2.
3.
147
Administrao contempornea
Apresentao
1 FILHO, 2004 citado por SAMPAIO,
2007.
Introduo
1 TEIXEIRA, 2007.
Captulo 1
1
2
3
4
BBLIA, 1993.
OUTHWAITE; BOTTOMORE, 1996.
WEBER, 1999.
FREITAS, 1996.
Captulo 2
1 VALENTIM, 2007.
2 UNILASALLE, 2007.
3 FACULDADES MONTEIRO LOBATO,
2007.
4 Ibid.
5 Ibid.
6 VALENTIM, 2007.
7 feltrin, 2007a.
8 feltrin, 2007b.
9 feltrin, 2007c.
10 MASLOW, 1970.
11 Ibid.
12 CARAVANTES, 2005.
13 REINALDO, 2007.
14 CHURCHMAN; ACKOFF; ARNOFF,
1957.
15 REINALDO, op. cit.
Captulo 3
1
2
3
4
5
6
7
8
9
DRUCKER, 1980.
Ibid.
Ibid.
MAXIMIANO, 2000, p. 191.
ZMITROWICZ, 2007.
Ibid.
PETERS, 2007.
BORNHOLDT, 1997, p. 185.
DRUCKER, 1980.
Captulo 4
1
2
3
4
5
CAVARANTES, 2005.
CHIAVENATO, 2004b.
BOFF JNIOR, 2007.
feltrin, 2007d.
CHIAVENATO, citado por FELTRIN,
2007d.
6 BOFF JNIOR, 2007.
7 GAR, 2007.
8 Ibid.
Captulo 5
1
2
3
4
5
BERTALANFFY, 1975.
HOPKINS, citado por BARNAT, 2007.
CHIAVENATO, 2004b.
CERTO, 2003.
CARAVANTES, 1998.
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
Ibid.
OAKLAND, 1994.
Ibid.
CARAVANTES, 1998.
Ibid.
DRUCKER, 1980.
SOUZA, 1978.
CARAVANTES; BJUR, 1996.
ISHIKAWA, 1986.
Ibid.
OAKLAND, 1994.
DRUCKER, 1980.
CARAVANTES, 1998.
OAKLAND, 1994.
Ibid.
CARAVANTES, 1998.
Captulo 8
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
MOCSNYI, 1994.
DAVENPORT, 1994.
OSBORNE; GAEBLER, 1994.
DAVENPORT, 1994.
HAMMER, 1993.
Ibid.
DAVENPORT, 1994.
DRUCKER, 1980.
PIRES, 2007.
DAVENPORT, 1994.
ANDREWS; STALICK, 1994.
HAMMER; CHAMPY, 1994.
Captulo 6
150
1
2
3
4
5
SENGE, 1990.
CHIAVENATO, 2004b.
CERTO, 2003.
CHIAVENATO, op. cit.
ARAJO, 2004.
Captulo 7
1
2
3
4
5
6
7
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Captulo 9
1
2
3
4
5
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9
10
11
12
13
14
15
16
17
DRUCKER, 1980.
Ibid.
Ibid.
Ibid.
PETERS; WATERMAN, 2006.
KANTER, 1995.
Ibid.
SENGE, 1994.
Ibid.
PORTER, 1986.
Ibid.
NONAKA; TAKEUSHI, 1986.
Ibid.
Ibid.
COLLINS; PORRAS, 1982.
GHOSHAL; BARTLET, 1997.
DEAL; KENNEDY, 1991.
r eferncias
152
153
Referncias
a nexos
mquinas, sendo da desenvolvidas tcnicas que permitiam um melhor desempenho da produo humana e das
mquinas.
As teorias utilizadas h algum tempo visavam apenas as tcnicas de formao do produto e do mercado de
atuao, dando pouca importncia formao da cultura
organizacional e da relao desenvolvida dentro dessas
organizaes (SVEIBY, 1998).
Hoje vivemos a Era do Conhecimento, onde a mudana
passou a ser a nica certeza e firmao necessria para a
sobrevivncia das organizaes. Dessa forma, as organizaes partem incessantemente em busca do mapa da mina
capaz de promover as mudanas que permitam a elas destaque e segurana diante da volatilidade do mercado. Esse
mapa chama-se conhecimento e a aprendizagem e a participao aos caminhos apontados por ele.
todos os cursos de ao disponveis, bem como as conseqncias da opo por qualquer um deles (PRESTE MOTTA,
1981, p. 6).
Aceitando essa premissa, pode-se concluir que o
homem pode sempre escolher o melhor curso de ao, ou
seja, aquele que maximiza os resultados de sua deciso.
Para tanto, e sempre segundo a Escola da Administrao
Cientfica, suficiente que persiga o maior lucro (racionalidade econmica), dado que o homem considerado como
um homo economicus.
A figura do homo economicus tomada da economia
clssica, onde pode-se identificar traos dessa teoria nos
fundamento da denominada Lei da Oferta e da Procura.
Quando se tenta passar da economia para a organizao, surgem outros problemas. A economia por trabalhar
com grandes agregados pode supor que tem vigncia, uma
extenso da lei dos grandes nmeros, e que possveis desvios dos diversos atores so compensados no conjunto ao
qual pertencem. J na administrao trabalha-se com agregados menores, onde os problemas no respondem lgica
econmica ou, pelo menos, no apenas a ela.
A crena na possibilidade da existncia de uma cincia da administrao, baseada na experincia cientfica e
no mtodo lgico dedutivo, apoiou os princpios sobre os
quais foi edificada a Escola Clssica da Administrao.
A limitao da problemtica empresa, e o modelo de
homem adotado, conduz a que a Escola Clssica considere
um alto grau de centralizao nas decises, de modo a exercer um controle completo sobre tudo o que se passa para o
interior da empresa. Ao mesmo tempo, como o entorno no
considerado parte do sistema da organizao, incertezas
e ameaas, assim como possveis oportunidades, no perturbam o processo decisrio. Em ltima instncia, pode
ser postulada a possibilidade de criar um modelo matemtico analtico que, pelo menos em teoria, poderia dar conta
do funcionamento da organizao (empresa), permitindo
equacionar os valores que deveriam ter as diversas variveis e parmetros para obter os resultados timos, ou seja,
o lucro mximo.
Nos anos 1920, surge a Escola das Relaes Humanas,
que acompanha o desenvolvimento do pensamento de
Freud, estimado que o comportamento humano poderia ser
explicado biologicamente. Existiria um antagonismo bsico
entre homem e sociedade. A esta caberia o enquadramento
dos instintos humanos, atravs do processo de socializao,
j que o homem, por natureza, seria anti-social e dominado
pelos instintos.
A Escola das Relaes Humanas vai centrar sua posio na concepo do homo social. No que diz respeito ao
processo decisrio, esta escola colocava na motivao a
possibilidade de levar o homem a trabalhar pela organizao. Assim, era preciso que o homem conhecesse o objetivo
da organizao para a qual trabalhava e, o que era melhor
ainda, que participasse do processo decisrio. Essa participao, se bem condicionada a certas particularidades da
organizao, alcana sua melhor expresso quando o estilo
de liderana adotado o democrtico. O controle desloca-se
da superviso estreita para o controle por resultados.
Para a Escola de Relaes Humanas, os problemas na
organizao no so originados socialmente, so provocados por desajustes das estruturas individuais. Desse modo,
no so reconhecidos os conflitos, o que implicaria em aceitar a existncia de interesses contrapostos e da negociao
como mtodo de resoluo desses conflitos. O resultado
seria uma diminuio do poder hierrquico incompatvel
com a burocracia administrativa.
pode ser estudada e que no caso coincide com a viso protestante do mundo; so regidos por leis que conhecidas
permitem controlar processos e resultados, enfatizando-se,
em particular, os princpios do darwinismo social. Assim,
na tentativa de substituir mtodos empricos e rudimentares por mtodos cientficos, Taylor criou uma metodologia
denominada Organizao Racional do Trabalho (ORT).
Os principais aspectos da organizao racional do trabalho so (CHIAVENATTO, 2004b):
anlise do trabalho e estudo dos tempos e movi
mentos;
estudo da fadiga humana;
diviso do trabalho e especializao do operrio;
desenho de cargos e tarefas;
incentivos salariais e prmios de produo;
conceito de homo economicus;
condies ambientais de trabalho;
padronizao de mtodos e de mquinas;
superviso funcional.
A partir da, operou-se uma mudana no modo de
pensar das cincias que contaminou o modo de pensar o
mundo do social.
Einstein com a teoria da relatividade especial ps em
xeque o mundo newtoniano. Tambm, resgatou-se o pensamento de Boltzman e de outros fsicos que, j no fim do
sculo XIX, tinham desenvolvido alguns alicerces sobre os
quais se embasou a fsica moderna, ao introduzirem a estatstica no interior do mundo fsico. Assim, a idia de um
mundo regido mecanicamente como um relgio ir contrapor-se idia de um mundo contingencial.
Pouco a pouco, foram surgindo idias como a mecnica
estatstica, a fsica quntica, e outras, que introduzem a
a burocracia profissional para coordenar apoia-se na padronizao de habilidades e em seus parmetros associados para
delinear o treinamento e a doutrinao. Ela admite especialistas grandemente treinados e doutrinados os profissionais
para o ncleo operacional e ento fornece a eles considervel
controle sobre seu trabalho (MINTZBERG, 1995, p. 189).
O treinamento e a doutrinao so processos importantes para as burocracias profissionais. No caso do trabalho mdico nas organizaes de sade, inicia-se por anos
de estudo em universidades especializadas, onde as habilidades e os conhecimentos da profisso so programados
de maneira formal de acordo com o que deve ser o profissional. Soma-se a isso, um longo perodo de treinamento
em servio, onde o conhecimento formal aplicado, e a
prtica de habilidades aperfeioada sob a superviso prxima de membros da profisso.
Para Mintzberg, o que freqentemente surge na burocracia profissional so hierarquias paralelas, uma democracia de baixo para cima para os profissionais e uma
segunda burocraticamente mecanizada de cima para baixo
para assessoria de apoio (MINTZBERG, 1995, p. 197). A
burocracia profissional apoia-se na autoridade de natureza
profissional, ou seja, o poder da percia.
Na burocracia profissional o poder e o prestgio esto
na percia, na capacidade de conhecimentos e habilidades.
Na proporo em que ganham experincia e reputao os
funcionrios vo movendo-se atravs dos escales, impondo-se por sua competncia profissional.
A princpio, com essa descrio, pode parecer que os
administradores profissionais possuam menos poder que
os chamados operadores. No entanto, Mintzberg (1995), ao
descrever os papis do administrador profissional, mostra
Autor
Eventos
4000
a.C.
Egpcios
Necessidade de planejar,
organizar e controlar.
2600
a.C.
Egpcios
Descentralizao.
2000
a.C.
Egpcios
1800
a.C.
Hamurabi
(Babilnia)
1491
a.C.
Hebreus
(Moiss)
Conceito de organizao.
Princpio escalar, princpio
da exceo.
600
a.C.
Nabucodonosor
Controle da produo e
incentivos salariais.
500
a.C.
Mencius (China)
Necessidade de sistemas e de
padres.
400
a.C.
Scrates, Plato
284
Deoclcio
(Roma)
Delegao da autoridade.
1436
Arsenal de
Veneza
Contabilidade de custos;
balanos; inventrios;
administrao de pessoal;
padronizao e linha de
montagem.
(continua)
1525
Machiavelli
(Itlia)
1767
James Stuart
(Inglaterra)
1776
Adam Smith
Especializao de operrios;
conceito de controle.
1779
Ely Whitney
(EUA)
1800
James Watt
(Inglaterra)
1810
Robert Owen
(Inglaterra)
Prticas de pessoal;
treinamento.
1832
Charles Babbage
(Inglaterra)
1856
Daniel C.
McCallum (EUA)
Uso do organograma.
1886
Henry Metcalfe
(EUA)
1900
Frederick W.
Taylor
Administrao cientfica.
1916
Henry Fayol
Teoria clssica.
(continua)
(concluso)
1932
Helton Mayo;
Kurt Lewin
1935
Max Weber
Teoria da burocracia.
1935
Peter Druker;
Ernest Dale;
Harold Koontz;
Willian
Newman
Teoria neoclssica.
1947
Amitai Etzioni;
Jean Viet;
Richard Hall
Teoria estruturalista.
1954
Peter Druker
1957
Herbert Simon;
Chester Bernard;
Douglas
McGregor;
C. Argyris;
Abraham
Maslow
Teoria comportamental.
1960
Paul Lawrence;
Cris Argyris
Teoria do desenvolvimento
organizacional.
1960
Ludwig Von
Bertalanffy;
Daniel Katz; A.
K. Rice
1970
Paul Lawerence;
Jay W. Lorsch
Teoria da contingncia.
Aps
1990
Diversos
Tecnologia da informao:
servios; acelerao da
mudana; imprevisibilidade;
instabilidade e incertezas;
nfase na produtividade,
qualidade, competitividade,
cliente e globalizao.